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FORTALEZA
2017
Resumo do livro O prefeito de Jerusalém. Segredos de Neemias para os líderes de hoje.
Trata-se de uma obra de ficção que descreve a amizade entre Noêmio e Tobias, dois
estranhos que se conhecem em um avião num voo para Recife, e como a história bíblica de
Neemias influenciou positivamente a vida pessoal e profissional de Noêmio. No entanto, o
livro tem seu foco na história de Neemias, o prefeito de Jerusalém, e em sua habilidade em
organizar e administrar tal cidade para a reconstrução dos seus muros no ano 444 a.C.
O enredo se inicia com a conversa entre Noêmio e Tobias dentro de um avião, durante
um voo. Ao entrar na aeronave, Tobias aparenta estar estressado. Ele e Noêmio começam a
conversar e Tobias percebe que eu companheiro de viagem está com um livro chamado “O
prefeito de Jerusalém”. Tobias pergunta se o assunto é político ou religioso, ao que Noêmio
responde que se trata de um livro sobre talentos humanos. Tobias desabafa sobre sua situação
de vida, que não está nada bem, e Noêmio lhe dá um conselho: “Só com bastante
determinação, coragem, bom senso e fé em Deus é que podemos atravessar esses apertos.”
(GRETZ, 1997, p. 16). Noêmio conta ao novo amigo que também já tinha passado por
situações como as que Tobias estava passando, mas ler a história de Neemias o havia ajudado
a enfrentar os problemas de outra maneira. Tobias quis saber o que havia de tão interessante a
história de Neemias e, a partir de então, os dois travam uma longa conversa sobre o prefeito
de Jerusalém.
Noêmio começa a contar a história de Neemias, sobre seu ofício de copeiro na corte do
rei Artaxerxes e como estrategicamente ele conseguiu a licença do rei para ir até a cidade
onde estavam enterrados seus pais (Jerusalém) a fim de reedificar os seus muros. Noêmio
revela a seu amigo como o exemplo de Neemias o havia ajudado a adquirir estratégias para
falar com o diretor da empresa onde trabalhava e pedir o cargo de gerente regional da empresa
na região Nordeste. Noêmio explicou a Tobias que estava preparado para correr o risco,
inclusive tecnicamente: “Pedir a ajuda de Deus é muito importante, mas temos que fazer a
nossa parte também. Não adiantaria eu convencer o diretor no calor do momento se depois
não conseguisse discutir o assunto ao ser sabatinado.” (GRETZ, 1997, p. 30).
Baseado na atitude de Neemias, Noêmio mostra para Tobias que viver sem correr
riscos nos leva a uma vida limitada e sem graça, e que a história de Neemias é um exemplo de
coragem. Ele vivia comodamente no palácio do rei Artaxerxes, mas não hesitou quando
chegou o momento de seguir um novo rumo. Noêmio contou que houve oposição ao trabalho
de Neemias, mas nem por isso ele ceder. O personagem conta também como o exemplo do
prefeito de Jerusalém o deu coragem para assumir um novo desafio na vida profissional.
Noêmio continua relatando a história de Neemias a Tobias e lembra que muita gente
se juntou ao mutirão de reconstrução do muro sob a liderança eficiente de Neemias. Este, com
muita sabedoria, cuidou para que cada voluntário fosse alocado em setores de trabalho
próximos às suas casas, valorizando a qualidade de vida de cada trabalhador. Surgiram novas
ameaças dos inimigos de Neemias ao seu projeto de reedificação dos muros. Ao ser
provocado verbalmente, ele reage e demonstra ira através de suas palavras. O personagem
Noêmio comenta que é importante colocar a raiva para fora, desabafando no momento certo,
para que não haja acúmulo de emoções más e elas acabem sendo descarregadas em outro
momento, em pessoas que não têm culpa dos problemas pelos quais a pessoa furiosa está
passando. Diante da ameaça de ataque dos inimigos, Neemias expõe suas armas e as sugere a
todo o povo de Jerusalém: a) confiança, b) organização, c) coragem, d) comprometimento, e)
flexibilidade, f) prontidão, g) atenção, h) comunicação, i) união. (GRETZ, 1997, p. 64).
O muro é concluído em 52 dias. No entanto, Neemias percebeu que, além do muro, era
preciso reconstruir a identidade e a autoestima de seu povo. O trabalho ainda não estava
terminado. Por isso, Neemias “planejou sua segunda etapa: depois de levantar o muro de
pedras, ele precisava agora consolidar sua obra, levantando o muro emocional e fortalecendo
espiritualmente seu povo.” (GRETZ, 1997, p. 92).
O sonho de Neemias avança para o futuro e ele presencia mais cenas de guerra e
destruição. Contempla as obras majestosas do rei Herodes, mas fica profundamente triste pelo
destino do povo. Neemias fica emocionado ao ver Jesus aos doze anos, sua ida à Jerusalém e
sua desenvoltura entre os doutores no templo; vê cenas de seu ministério, seu julgamento e
sua crucificação. O sonho se torna sombrio, como um pesadelo, e ele contempla novamente o
povo sendo perseguido e dispersado pelos romanos, e novamente a destruição de Jerusalém.
Neemias abre os olhos, em sobressalto, e teme pelo seu povo, por quem tanto lutara para
consolidar a identidade da nação. Mas uma voz interna lhe dizia que iria valer a pena, que a
história ainda não havia terminado. As visões de Neemias continuam: ele vê a guerra de 613,
em que Jerusalém é tomada pelos persas; a conquista de Jerusalém pelos romanos em 623; em
637 a cidade em poder dos árabes; as Cruzadas após o ano de 1077; Jerusalém tomada
novamente em 1099 e passando 80 anos sob o governo de um rei cristão.
A viagem de Neemias em sonho pela história do povo judeu chega ao ano de 1542,
quando os muros de Jerusalém são novamente reconstruídos. Ele vê recomeçar lentamente a
migração de judeus para a Palestina em 1882, ao ser fundada uma colônia judaica na cidade
de Jafta. Em 1909, a formação do primeiro kibutz, uma fazenda coletiva, naquela região, e
mais de 40 mil judeus se deslocando para lá em apenas seis anos. A partir de 1917, quando a
Grã-Bretanha ocupa a Palestina, ele vê crescer um movimento para reconstrução do Estado de
Israel.
A seguir, eles continuam tratando na conversa sobre o âmbito empresarial, sobre como
é importante uma empresa que se comunica bem com os seus funcionários, assim como
Neemias se comunicava com o povo de Jerusalém e, principalmente, com aqueles designados
para guardar as portas da cidade. Noêmio fala sobre a necessidade que houve em repovoar a
cidade, que com pouca gente habitando lá estaria desprotegida. Neemias resolveu o caso
fazendo um trato com as famílias que viviam fora da cidade para que houvesse um sorteio e
os contemplados fossem morar em Jerusalém.
A partir disso é que surge entre os três personagens o assunto de como é importante
termos um muro de proteção na nossa vida, que se traduz pelo cuidado com a saúde, o estudo,
o aprimoramento profissional, a firmeza pessoal. Tobias pergunta a Noêmio se não é melhor
estar aberto, compartilhar, ao que o amigo contesta que o muro, assim como o de Jerusalém,
tem portas para todos os lados e que Tobias pode se comunicar com que quiser. Porém é
preciso ter cuidado com o que entra se quiser ter paz: “Ter seu muro construído e bem
conservado é ser uma pessoa preparada. Com amor, fé, vontade, firmeza, equilíbrio, saúde,
autoconfiança, entusiasmo, prosperidade, alegria de viver.” (GRETZ, 1997, p. 173).
Neemias contempla a cidade pela última vez enquanto medita no monte das
Oliveiras. Observa o muro reconstruído, os campos e as casas com seu povo
novamente confiante. Olha o céu amanhecendo na direção de Belém e imagina que
uma estrela-guia ainda surgirá naqueles horizontes, anunciando um novo tempo.
(GRETZ, 1997, p. 185).