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05/05/2023, 17:31 Estatuto do Servidor Público de São José do Rio Pardo - SP

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Versão consolidada, com alterações até o dia 27/01/2023

LEI Nº 2.712, DE 16 DE MARCO DE 2004.


(Vide Leis nº 2898/2006, nº 2995/2007, nº 3876/2012, nº 4008/2012, nº 4900/2017 e nº 5253/2019)

DISPÕE SOBRE O ESTATUTO DOS SERVIDORES PÚBLICOS DO MUNICÍPIO DE


SÃO JOSÉ DO RIO PARDO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

O Prefeito do Município de São José do Rio Pardo, Estado de São Paulo,

Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono e promulgo a seguinte Lei:

TÍTULO I

CAPÍTULO ÚNICO
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º Esta lei disciplina os direitos, deveres e responsabilidades a que se submetem os Servidores Públicos da Administração
Direta, Autarquias e Fundações Públicas do Município de São José do Rio Pardo, e denominar-se-á Estatuto dos Servidores Públicos
do Município de São José do Rio Pardo.

Art. 2º Considera-se, para efeitos desta lei, que:

I - Servidor Público Estatutário é a pessoa legalmente investida em cargo público de provimento efetivo ou em comissão.

II - Cargo Público é o conjunto de atribuições específicas desempenhadas pelo servidor, criado por lei com denominação
própria e valor do nível correspondente.

III - Cargo em Comissão é o conjunto de tarefas e encargos de direção, chefia, coordenação, supervisão, assessoramento e
outras funções de confiança, de livre nomeação e de exoneração do Prefeito, com jornada de 8 (oito) horas diárias.

IV - Cargo de Confiança é conjunto de tarefas e encargos de direção, chefia e coordenação exercidos por funcionários
pertencentes ao quadro permanente de provimento efetivo.

V - Função Estatutária é o conjunto de atribuições e responsabilidades cometidas aos servidores estabilizados pelo artigo 19
do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.

VI - Função Gratificada é o conjunto de tarefas e encargos de direção e chefia, atribuído a um servidor efetivo, desde que não
seja conveniente a criação do cargo.

VII - Vencimento é a retribuição pecuniária básica, fixada em lei para o cargo público, e paga mensalmente ao servidor pelo
exercício de suas atribuições.

VIII - Remuneração é a percepção do vencimento acrescido das vantagens pecuniárias a que o servidor tem direito.

IX - Jornada Extraordinária é o conjunto de atividades desenvolvidas após a jornada ordinária de trabalho, com autorização da
chefia e com remuneração da hora excedente, exceto aos detentores de cargo em comissão ou de confiança, acrescida no mínimo
em 50% do valor da hora normal nos dias úteis e 60% aos sábados, domingos e feriados.

X - Classe é o conjunto de cargos sob a mesma denominação com as mesmas atribuições e idêntica natureza.

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XI - Carreira é o conjunto de classes com os mesmos requisitos de habilitação, escalonadas segundo critérios de complexidade
e responsabilidades das atribuições para a progressão dos servidores que a integram.

XII - Quadro é o conjunto de cargos isolados ou de carreira, integrantes da estrutura organizacional de um mesmo serviço,
órgão ou poder.

XIII - Nível é a designação numérica indicativa da posição em que se encontra determinado servidor na referência de seu
cargo, na hierarquia da Tabela de Vencimentos, expressa pelos números romanos de "I" até "XIX".

XIV - Grau é o desdobramento da referência destinado à evolução funcional do servidor público, indicado pelas letras "A" a
"M" da Lei Municipal Nº 1837/94, de 12/05/1994.

Art. 3º Os cargos públicos serão inseridos nos respectivos quadros em nível, assim considerada a posição do cargo na escala geral
de vencimentos.

Art. 4º É proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo os casos previstos em lei.

TÍTULO II
DO PROVIMENTO, VACÂNCIA, REMOÇÃO, REDISTRIBUIÇÃO E SUBSTITUIÇÃO

CAPÍTULO I
DO PROVIMENTO

Seção I
Disposições Gerais

Art. 5º São requisitos básicos para investidura em cargo público:

I - A nacionalidade brasileira;

II - O gozo dos direitos políticos;

III - A quitação com as obrigações militares e eleitorais;

IV - O nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;

V - A idade mínima de 18 (dezoito) anos;

VI - Aptidão física e mental.

§ 1º As atribuições do cargo podem justificar a exigência de outros requisitos estabelecidos em lei.

§ 2º As pessoas portadoras de deficiência são asseguradas ao direito de se inscrever em concurso público para provimento de
cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que são portadoras, reservando-se neste caso 3% (três por cento)
das vagas oferecidas no concurso.

Art. 6º O provimento dos cargos públicos far-se-á mediante ato da autoridade competente de cada Poder.

Art. 7º Á investidura em cargo público ocorrerá com a posse.

Art. 8º São formas de provimento de cargo público:

I - Nomeação;

II - Promoção;

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III - Ascensão;

IV - Transferência;

V - Readaptação;

VI - Reversão;

VII - Aproveitamento;

VIII - Reintegração;

IX - Recondução.

Seção II
Da Nomeação

Art. 9º A nomeação far-se-á:

I - Em caráter efetivo, quando se tratar de cargo isolado de provimento efetivo ou de carreira;

II - Em comissão, de livre provimento e exoneração;

III - Em caráter interino.

§ 1º A designação por acesso, para função de direção, chefia, coordenação, supervisão ou assessoramento recairá,
preferencialmente, em servidor de carreira.

§ 2º Os cargos de Chefe de Seção, Chefe de Divisão, Coordenador do INCRA, Coordenador do Procon, Coordenador Médico e
Coordenador Pedagógico deverão ser preenchidos por funcionários pertencentes ao Quadro Permanente de Cargos Efetivos da
Prefeitura Municipal.

§ 3º Dentre os cargos em comissão, no mínimo 20% (vinte por cento) das nomeações serão destinadas a servidores do quadro
efetivo. (Redação acrescida pela Lei nº 4505/2015)

Art. 10. A nomeação para cargo de carreira ou cargo isolado de provimento efetivo depende de prévia habilitação em concurso
público de provas ou de provas e títulos, obedecida a ordem de classificação e o prazo de sua validade.

Parágrafo único. Os demais requisitos para o ingresso e o desenvolvimento do servidor na carreira, mediante promoção,
ascensão e acesso, serão estabelecidos pela lei que fixar as diretrizes do sistema de carreira na Administração Pública Municipal e
seus regulamentos.

Seção III
Do Concurso Público

Art. 11. O concurso será de provas ou de provas e títulos, podendo ser realizado em duas etapas, conforme dispuserem a lei e o
regulamento do respectivo plano de carreira.

Art. 12. O concurso público terá validade de até 2 (dois) anos, podendo ser prorrogado uma única vez, por igual período.

§ 1º O prazo de validade do concurso e as condições de sua realização serão fixados em edital, que será publicado na
imprensa oficial.

§ 2º Não se abrirá novo concurso enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior com prazo de validade não
expirado.

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§ 3º O concursado, quando convocado, sê-lo-á pessoalmente mediante notificação ou carta com aviso de recebimento.

Seção IV
Da Posse e do Exercício

Art. 13. A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo termo, do qual deverão constar as atribuições, os deveres, as
responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado, que não poderão ser alterados unilateralmente, por qualquer das
partes, ressalvados os atos de ofício previstos em lei.

§ 1º A posse ocorrerá no prazo de 30 (trinta) dias contados da publicação do ato de provimento, prorrogável por mais 30
(trinta) dias, a requerimento do interessado.

§ 2º Em se tratando de servidor em licença, ou afastado por qualquer outro motivo legal, o prazo será contado do término do
impedimento.

§ 3º A posse poderá dar-se mediante procuração específica.

§ 4º No ato da posse, o servidor apresentará declaração de bens e valores que constituem seu patrimônio e declaração
quanto ao exercício ou não de outro cargo, emprego ou função pública.

§ 5º Será tomado sem efeito o ato de provimento se a posse não ocorrer no prazo previsto no parágrafo 10 deste artigo.

Art. 14. A posse em cargo público dependerá de prévia inspeção médica oficial.

Parágrafo único. Só poderá ser empossado aquele que for julgado apto física e mentalmente para o exercício do cargo.

Art. 15. Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo.

§ 1º É de 30 (trinta) dias o prazo para o servidor entrar em exercício, contados da data da posse e da publicação dos atos
oficiais relativos aos demais casos.

§ 2º Será exonerado o servidor empossado que não entrar em exercício no prazo previsto no parágrafo anterior.

§ 3º Cabe à autoridade competente do órgão ou entidade para onde for designado o servidor dar-lhe exercício.

§ 4º O funcionário só poderá ter exercício no cargo para o qual tenha sido nomeado e na repartição em que estiver lotado,
sendo vedado conferir-lhe atribuições diferentes das definidas em Lei.

Art. 16. O início, a suspensão, a interrupção e o reinicio do exercício serão registrados no assentamento individual do servidor.

Parágrafo único. Ao entrar em exercício, o servidor apresentará ao órgão competente os elementos necessários ao seu
assentamento individual.

Art. 17. A promoção ou a ascensão não interrompe o tempo de exercício, que é contado no novo posicionamento na carreira a
partir da data da publicação do ato que promover ou ascender o servidor.

Art. 18. O servidor transferido, removido, redistribuído, requisitado ou cedido, que deva ter exercício em outra localidade, terá 30
(trinta) dias de prazo para entrar em exercício, incluído nesse prazo o tempo necessário ao deslocamento para a nova sede.

Parágrafo único. Na hipótese de o servidor encontrar-se afastado legalmente, o prazo a que se refere este artigo será contado
a partir do término do afastamento.

Art. 19. O ocupante de cargo de provimento efetivo poderá cumprir a jornada de até 44 (quarenta e quatro) horas semanais e 8
(oito) horas diárias de trabalho, salvo quando a lei ou edital de concurso estabelecer duração diversa acertada em convenção
coletiva de trabalho.

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§ 1º O exercício de cargo em comissão exigirá de seu ocupante integral dedicação ao serviço, podendo o servidor ser
convocado sempre que houver interesse da administração, independentemente da jornada estipulada no "caput" deste artigo.

§ 2º Na jornada de trabalho mencionada no "caput" deste artigo, serão respeitadas as regras fixadas no edital do concurso
público pelo qual o servidor foi admitido, e qualquer alteração deverá ser negociada através de convenção coletiva de trabalho.

Art. 20. O servidor nomeado em caráter permanente para ocupar cargo efetivo, isolado ou inicial de carreira, ao entrar em
exercício ficará sujeito a estágio probatório de 3 (três) anos, para adquirir sua estabilidade no serviço público.

I - A contagem de tempo de exercício para o cumprimento do estágio probatório será suspensa durante os afastamentos e
licenças concedidos legalmente, mesmo que considerados de efetivo exercício para outros efeitos legais.

II - O tempo de serviço público em outro cargo, mesmo no caso de acumulação legal, não exime o servidor do cumprimento
do estágio probatório do novo cargo.

§ 1º A forma de avaliação e os procedimentos serão definidos em Lei. (Vide Resolução nº 3/2018)

§ 2º O relatório conclusivo do estágio deverá ser encaminhado à autoridade competente até 120 (cento e vinte) dias antes do
vencimento do prazo final do estágio.

§ 3º A aprovação do servidor acarreta sua confirmação no cargo independente de qualquer ato.

§ 4º Na reprovação devidamente fundamentada deverá ser concedido prazo de 15 dias para o servidor exercer o seu amplo
direito de defesa.

§ 5º Esgotando-se os recursos à decisão administrativa contrária à permanência do servidor, implicará sua exoneração do
cargo.

§ 6º A aprovação do servidor lhe confere a estabilidade no serviço público.

§ 7º Serão objeto de avaliação para o desempenho do cargo:

I - Assiduidade;

II - Disciplina;

III - Capacidade de iniciativa;

IV - Produtividade;

V - Responsabilidade;

VI - Conhecimento técnico.

§ 8º Até 120 (cento e vinte) dias antes de findo o período do estágio probatório, será submetida à homologação da autoridade
competente a avaliação do desempenho do servidor, realizada de acordo com o que dispuser a lei, sem prejuízo da continuidade
de apuração dos fatores enumerados nos incisos I a VI deste artigo.

§ 9º O servidor não aprovado no estágio probatório será exonerado ou, se estável, reconduzido ao cargo anteriormente
ocupado, observado o disposto no parágrafo único do artigo 30.

Art. 21. O estágio probatório não exime o funcionário das penalidades previstas nesta Lei.

Seção V
Da Estabilidade

Art. 22. O servidor habilitado em concurso público e empossado em cargo de provimento efetivo adquirirá estabilidade no serviço

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público ao completar 3 (três) anos de efetivo exercício.

Art. 23. O servidor estável só perderá o cargo em virtude de decisão de processo administrativo, com amplo direito de defesa ou
em face de sentença judicial transitada em julgado.

Seção VI
Da Transferência

Art. 24. Transferência é a mudança do servidor para exercer suas funções em outra seção, divisão ou departamento do mesmo
Poder.

§ 1º A transferência ocorrerá a pedido do servidor, atendido o interesse do serviço, mediante o preenchimento de vaga.

§ 2º Será admitida a transferência de servidor ocupante de cargo de quadro em extinção para igual situação em quadro de
outro órgão ou entidade.

Seção VII
Da Readaptação

Art. 25. Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que
tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em inspeção médica.

§ 1º Se julgado incapaz para o serviço público, o readaptando será aposentado, nos termos da legislação previdenciária
pertinente.

§ 2º A readaptação será efetivada em cargo de atribuições afins, respeitada a habilitação exigida.

Seção VIII
Da Reversão

Art. 26. Reversão é o retomo à atividade de servidor aposentado por invalidez, quando, por junta médica oficial, forem declarados
insubsistentes os motivos da aposentadoria.

Art. 27. A reversão far-se-á no mesmo cargo ou no cargo resultante de sua transformação.

Parágrafo único. Encontrando-se provido o cargo, o servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a ocorrência de
vaga.

Art. 28. Não poderá reverter o aposentado que já tiver completado 60 (sessenta) anos de idade e que tenha cumprido os demais
requisitos para concessão de aposentadoria por tempo de contribuição, nos termos da legislação previdenciária pertinente.

Seção IX
Da Reintegração

Art. 29. A reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua
transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens.

§ 1º Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o servidor ficará em disponibilidade, observado o disposto nos artigos 31 e 32.

§ 2º Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocupante será reconduzido ao cargo de origem, sem direito à indenização
ou aproveitado em outro cargo, ou, ainda, posto em disponibilidade.

Seção X
Da Recondução

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Art. 30. Recondução é o retomo do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado e decorrerá de:

I - Inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo;

II - Reintegração do anterior ocupante.

Parágrafo único. Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor será aproveitado em outro, observado o disposto no
artigo 31.

Seção XI
Da Disponibilidade e do Aproveitamento

Art. 31. O retorno à atividade de servidor em disponibilidade far-se-á mediante aproveitamento obrigatório em cargo de
atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado.

Art. 32. A Divisão de Recursos Humanos determinará o imediato aproveitamento de servidor em disponibilidade em vaga que vier
a ocorrer nos órgãos ou entidades da Administração Pública Municipal.

Art. 33. Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade se o servidor não entrar em exercício no prazo
legal, salvo doença comprovada por junta médica oficial.

CAPÍTULO II
DA VACÂNCIA

Art. 34. A vacância do cargo público decorrerá de.

I - Exoneração;

II - Demissão;

II - Promoção;

IV - Ascensão;

V - Transferência;

VI - Readaptação;

VII - Aposentadoria;

VIII - Posse em outro cargo inacumulável;

IX - Falecimento.

Art. 35. A exoneração de cargo efetivo dar-se-á a pedido do servidor, ou de ofício.

Parágrafo único. A exoneração de ofício dar-se-á:

I - Quando não satisfeitas as condições do estágio probatório;

II - Quando, tendo tomado posse, o servidor não entrar em exercício no prazo estabelecido.

Art. 36. A exoneração de cargo em comissão dar-se-á:

I - A juízo da autoridade competente;

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II - A pedido do próprio servidor.

CAPÍTULO III
DA SUBSTITUIÇÃO

Art. 37. O servidor investido em cargo de comissão ou de confiança terá substituto eventual nomeado por ato oficial da
autoridade competente.

§ 1º O substituto assumirá automaticamente o exercício do cargo de comissão ou confiança nos afastamentos ou


impedimentos regulamentares do titular.

§ 2º O substituto fará jus à gratificação pelo exercício da função de direção, coordenação, encarregado ou chefia, paga na
proporção dos dias de efetiva substituição, tendo como referência o vencimento do cargo ocupado temporariamente.

TÍTULO III
DOS DIREITOS E VANTAGENS

CAPÍTULO I
DO VENCIMENTO E DA REMUNERAÇÃO

Art. 38. Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor fixado em lei.

Parágrafo único. Nenhum servidor receberá como vencimento importância inferior ao salário mínimo estabelecido em nível
nacional.

I - Os Secretários Municipais terão a retribuição pecuniária mensal efetuada por subsídio fixado em lei, numa única parcela,
observado os limites estabelecidos na Constituição Federal.

II - O servidor público de cargo efetivo que ocupar cargo em comissão ou cargo de confiança, ou função gratificada, terá
incorporado à sua remuneração, a cada período de 12 (doze) meses de efetivo exercício no cargo, 1/8 (um oitavo) da diferença
entre os vencimentos das duas situações, até atingir 100% (cem por cento), para todos os efeitos legais, retroativamente a
fevereiro de 2001.
Parágrafo único. Caso o servidor não atinja os múltiplos de 12 (doze) meses, deverá ser observada a proporcionalidade de
meses referentes ao período de efetivo exercício no cargo, e aplicada à remuneração do servidor.

II - O servidor, com mais de cinco anos de efetivo exercício, que tenha exercido ou venha a exercer cargo ou função que lhe
proporcione remuneração superior à do cargo de que seja titular, ou função para a qual foi admitido, incorporará um décimo dessa
diferença, por ano, até o limite de dez. (Redação dada pela Lei nº 5193/2018)

III - Aos ocupantes dos cargos de Secretários Municipais e dos servidores de carreira que ocupem funções de confiança, é
facultado optar pela remuneração do cargo de que seja titular na Administração Direta, Autarquias e Fundações Públicas do
Município de São José do Rio Pardo. (Redação acrescida pela Lei nº 3793/2011)

Art. 39. Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei.

§ 1º O servidor ocupando cargo em comissão terá sua remuneração específica em tabela de vencimentos, na forma da lei.

§ 2º Os vencimentos do cargo efetivo, seja na carreira ou isolado, acrescidos das vantagens de caráter permanente, serão
irredutíveis.

§ 3º É assegurada a isonomia de vencimentos para cargos de atribuições iguais ou assemelhadas do mesmo Poder, ou entre
servidores dos Poderes Executivo e Legislativo, ressalvadas as vantagens de caráter individual e as relativas a natureza ou ao local
de trabalho.

§ 4º É assegurada a isonomia de vencimentos para os aposentados, respeitando a redação dada pela Lei Municipal nº 1930,
de 27/03/1995.

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§ 5º Os servidores terão garantida anualmente a revisão salarial, conforme o disposto no artigo 37, X da Constituição Federal,
desde que não ultrapasse o limite prudencial de 51,3% da Receita Corrente Liquida estabelecido pela Lei Complementar nº 101/00.
(Vide Leis nº 3346/2009 e nº 4313/2014)

§ 6º A data-base para a correção acima mencionada, para os servidores da Prefeitura Municipal, autarquias e fundações, será
o dia 1º do mês de maio de cada ano, que será paga no mês subsequente. (Vide Lei nº 3346/2009)

§ 6º A data-base para a correção acima mencionada, para os servidores da Prefeitura Municipal, autarquias e fundações, será
o dia 1º do mês de janeiro de cada ano, que será paga no mês subsequente. (Redação dada pela Lei nº 4311/2014) (Vide Lei nº
4313/2014)

§ 7º Fica definido o INPC - Índice Nacional de Preços ao Consumidor - do IBGE, acumulado, como índice para revisão salarial
anual dos servidores da Prefeitura Municipal, Autarquias e Fundações, observada a limitação dos índices de despesas com pessoal
estipulados na Constituição Federal e na Lei de Responsabilidade Fiscal, assim como o impacto nas finanças do município. (Redação
dada pela Lei nº 4311/2014)

Art. 40. Nenhum servidor da Administração Municipal poderá perceber mensalmente, como remuneração, importância superior
ao subsídio do Prefeito Municipal.

Art. 41. Serão descontadas da remuneração do servidor:

I - A importância relativa aos dias em que faltar ao serviço, excetuadas as faltas abonadas e as concessões previstas no artigo
84; e

II - A importância proporcional aos atrasos, ausências e saídas antecipadas, iguais ou superiores a 15 (quinze) minutos,
observada a peculiaridade de cada caso.

Parágrafo único. Não serão descontadas dos servidores as faltas justificadas por atestados médicos, que deverão ser
aprovados por médico perito da Administração Pública.

Art. 42. As indenizações e devoluções ao erário público serão descontadas dos servidores em débito em parcelas mensais,
corrigidas monetariamente, as quais não deverão ser inferiores a 10% (dez por cento) da remuneração, ficando a critério das partes
a forma de ressarcimento, salvaguardada a subsistência do servidor e de seus dependentes financeiros.

Art. 43. O servidor em débito com o erário, que for demitido, exonerado ou que tiver sua aposentadoria ou disponibilidade
cassada, terá o prazo de 60 (sessenta) dias para quitar o débito.

Parágrafo único. A não quitação do débito, no prazo previsto, implicará sua inscrição em dívida ativa.

Art. 44. A remuneração não será objeto de arresto, sequestro ou penhora, exceto nos casos de prestação de alimentos resultante
de decisão judicial.

CAPÍTULO II

SEÇÃO I
DAS VANTAGENS

Art. 45. Integram a remuneração dos servidores os seguintes benefícios:

I - Sexta parte;

II - Prêmios;

III - Gratificações;

IV - Adicionais;

V - Reembolso de viagem;

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VI - Tíquete-alimentação;

VI - Auxílio-alimentação; (Redação dada pela Lei nº 5837/2021)

VII - Salário família;

VIII - Ajuda de custo ao professor da zona rural.

Art. 46. As vantagens pecuniárias não serão computadas nem acumuladas, para efeito de concessão de quaisquer outros
acréscimos pecuniários ulteriores, sob o mesmo título ou idêntico fundamento.

Subseção I
Da Sexta Parte

Art. 47 O servidor público que completar 25 (vinte e cinco) anos de serviço fará jus a receber a sexta parte, correspondente a 1/6
(um sexto) de sua remuneração.

Art. 47.  O servidor público municipal que completar 25 (vinte e cinco) anos de efetivo serviço público neste Município de São José
do Rio Pardo, sob o regime estatutário, fará jus a receber a sexta parte, correspondente a 1/6 (um sexto) de sua remuneração.
(Redação dada pela Lei nº 5814/2021)

Subseção II
Dos Prêmios do Prêmio Por Tempo de Serviço

Art. 48 Os servidores públicos municipais receberão o Prêmio por Tempo de Serviço Municipal, que será calculado sobre a
remuneração, excetuando-se os benefícios decorrentes de horas extras, gratificações, acúmulo de cargo, substituições, prêmio por
assiduidade e ajuda de custo, nos seguintes termos:
I - 10 anos: 2 (duas) vezes sua remuneração;
II - 15 anos: 3 (três) vezes sua remuneração;
III - 20 anos: 4 (quatro) vezes sua remuneração;
IV - 25 anos: 5 (cinco) vezes sua remuneração;
V - 30 anos: 6 (seis) vezes sua remuneração;
VI - 35 anos: 10 (dez) vezes sua remuneração;
VII - 40 anos: 15 (quinze) vezes sua remuneração.
§ 1º O prêmio instituído no "caput" será pago de uma só vez no prazo de 30 (trinta) dias, a contar da data em que o servidor
fizer jus a percepção, e não se incorporará ao vencimento para nenhum efeito.
§ 2º O servidor terá direito aos prêmios se preencher os seguintes requisitos:
a) não se afastar do serviço público municipal:
1. por mais de 60 (sessenta) dias, para fazer jus ao prêmio previsto no inciso I deste artigo;
2. por mais de 30 (trinta) dias, a cada 5 (cinco) anos, para fazer jus aos prêmios previstos nos incisos II, III, IV, V, VI e VII deste
artigo;
b) não ter sofrido suspensão ou quaisquer penalidades disciplinares, observando-se nestes casos as decisões finais de
sindicâncias, processos administrativos ou decisões judiciais transitadas em julgado.
§ 3º Para efeito do que dispõe este artigo, não se consideram faltas abonadas e licenças para desincompatibilização eleitoral, à
gestante, por adoção, paternidade e médica para tratamento de saúde do próprio servidor, devidamente comprovada e sujeita a
inspeção médica a critério da autoridade competente.
§ 4º O servidor terá assegurado o direito, de acordo com a sua necessidade, a 6 (seis) faltas abonadas no exercício anual, sem
prejuízo da sua remuneração. (Art. 48 declarado inconstitucional pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, conforme ADIN
nº 2137245-29.2017.8.26.0000) (Vide acórdão no link para download ao final da página.)

DO PRÊMIO POR ASSIDUIDADE

Art. 49 Fica instituído o Prêmio Por Assiduidade correspondente a 10% (dez por cento) do vencimento do servidor, a ser pago
mensalmente para todos os ocupantes de cargos públicos que não tenham faltas no período de apuração.
§ 1º Fica preservado o direito da remuneração pecuniária do Prêmio por Assiduidade aos servidores que, no período de

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apuração, tenham utilizado ou que estejam em gozo das seguintes licenças:


I - Faltas abonadas;
II - Licença à gestante, por adoção e licença-paternidade;
II - As concessões previstas no artigo 84 desta lei;
IV - As licenças por Acidente de Trabalho, desde que comprovadas pelo C. A. T. (Comunicado de Acidente de Trabalho).
§ 1º O Prêmio Por Assiduidade não se incorporará à remuneração do servidor para quaisquer fins.
§ 2º Serão consideradas para apuração do Prêmio Por Assiduidade as datas utilizadas para fechamento de folha de
pagamento. (Art. 49 declarado inconstitucional pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, conforme ADIN nº 2074202-
55.2016.8.26.0000) (Vide acórdão no link para download ao final da página.)

DO PRÊMIO DE APOSENTADORIA

Art. 50. Aos servidores públicos municipais será pago o Prêmio de Aposentadoria.

§ 1º O referido prêmio será pago em uma única parcela, em até 30 (trinta) dias da data em que se deu a aposentadoria.

§ 2º O valor do Prêmio de Aposentadoria será correspondente à remuneração devida ao cargo que o servidor público
municipal ocupava quando da sua aposentadoria.

Subseção III
Das Gratificações da Gratificação Por Participação em Comissão e Por Participação Nas Sessões Plenárias

Art. 51 O servidor efetivo ou em comissão, designado para participar como membro de comissão, com a efetiva participação nas
reuniões, receberá a gratificação de 5% (cinco por cento) sobre o menor vencimento padrão do quadro geral do Poder Executivo,
limitando-se a 5 (cinco) sessões por mês, independentemente do número de reuniões realizadas.

Art. 51 O servidor efetivo ou em comissão, designado para participar como membro de comissão, com a efetiva participação nas
reuniões, receberá a gratificação de 5% (cinco por cento) sobre o menor vencimento padrão do quadro geral do Poder Executivo,
limitando-se a 8 (oito) sessões por mês, independentemente do número de reuniões realizadas. (Redação dada pela Lei nº
3544/2010)

Art. 51. O servidor efetivo ou em comissão, designado para participar como membro de comissão, com a efetiva participação nas
reuniões, receberá a gratificação de 5%(cinco por cento), à exceção de pregoeiro oficial que receberá 10%(dez por cento), todos
sobre o menor vencimento padrão do quadro geral do Poder Executivo, limitando-se a 8(oito) sessões por mês,
independentemente do número de reuniões realizadas (Redação dada pela Lei nº 3765/2011)

Parágrafo único. A Gratificação por Participação nas Sessões Plenárias da Câmara Municipal de São José do Rio Pardo será
paga ao servidor da Câmara Municipal, observando-se o disposto na Lei Nº 2.224, de 28/05/1998, que a regulamenta. (Revogado
pela Lei nº 5672/2021)

Subseção IV
Dos Adicionais

Art. 52. São devidos aos servidores os seguintes adicionais:

I - Décimo terceiro salário;

II - Adicional por tempo de serviço;

III - Adicional pelo exercício de atividades insalubres ou perigosas;

IV - Adicional pela prestação de serviço extraordinário;

V - Adicional noturno;

VI - Adicional de férias;

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VII - Adicional de substituição em cargo superior.

DO DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO

Art. 53. O décimo terceiro salário corresponde a 1/12 (um doze avos) da remuneração a que o servidor fizer jus no mês de
dezembro, por mês de exercício no respectivo ano.

Parágrafo único. A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias será considerada como mês integral.

Art. 54. O décimo terceiro salário será pago até o dia 20 (vinte) do mês de dezembro de cada ano, em até duas parcelas, sendo a
primeira no mês de aniversário do servidor.

Art. 55. O servidor exonerado perceberá seu décimo terceiro salário proporcionalmente aos meses de exercício, calculando-se
sobre a remuneração do mês da exoneração.

Art. 56. O décimo terceiro salário não será considerado para cálculo de qualquer vantagem pecuniária.

DO ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO

Art. 57 O adicional por tempo de serviço é devido à razão de 5% (cinco por cento) por cada 3 (três) anos de efetivo exercício no
serviço público municipal, incidindo sobre o vencimento do servidor, incorporando-se o valor correspondente à remuneração do
servidor para todos os efeitos legais.
§ 1º O direito ao recebimento do adicional por tempo de serviço ocorrerá a partir do mês em que o servidor completar o
triênio, independentemente de qualquer requerimento de sua parte.
§ 2º A contagem para aquisição do triênio será observada a partir do último adicional concedido, ou da data da posse do
servidor, a qual deverá ser apurada pela Divisão de Recursos Humanos.

Art. 57.  O adicional por tempo de serviço será devido à razão de 5% (cinco por cento) por cada 3 (três) anos de efetivo exercício
no serviço público municipal, incidindo sobre o vencimento do servidor, incorporando-se o valor correspondente à remuneração do
servidor para todos os efeitos legais. (Redação dada pela Lei nº 5814/2021)

§ 1º O direito ao recebimento do adicional por tempo de serviço ocorrerá a partir do mês em que o servidor completar o
triênio, independentemente de qualquer requerimento de sua parte. (Redação dada pela Lei nº 5814/2021)

§ 2º A contagem para aquisição do triênio será observada a partir da data da posse do servidor em cargo público no Município
de São José do Rio Pardo, admitido mediante concurso público, ou da data do último adicional concedido, mediante apuração pela
Divisão de Recursos Humanos. (Redação dada pela Lei nº 5814/2021)

§ 3º Não será permitida a soma de períodos anteriores referentes a outros regimes que não o estatutário. (Redação acrescida
pela Lei nº 5814/2021)

Dos Adicionais de Insalubridade e de Periculosidade

Art. 58. Têm direito aos adicionais de insalubridade e de periculosidade os servidores que exercem suas funções com
habitualidade em atividades ou operações insalubres.

§ 1º São consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho,
exponham os empregados a agentes nocivos à
saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus
efeitos.

§ 2º O servidor que fizer jus aos adicionais de insalubridade e de periculosidade deverá optar por um deles.

§ 3º O direito aos adicionais de insalubridade e de periculosidade cessa com a eliminação das condições ou dos riscos que
deram causa a sua concessão.

Art. 59. Haverá permanente controle da atividade de servidores em operações ou locais considerados penosos, insalubres ou

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perigosos.

Parágrafo único. Enquanto durar sua gestação e sua lactação, a servidora gestante ou lactante será afastada das operações e
locais previstos neste artigo, exercendo suas atividades em local salubre e em serviço não penoso e não perigoso.

Art. 60 Na concessão dos adicionais de atividades penosas, de insalubridade e de periculosidade, serão observadas as situações
estabelecidas em legislação específica (federal e estadual).

Art. 60. Na concessão dos adicionais de atividades penosas, de insalubridade e de periculosidade, serão observadas as situações
estabelecidas em legislação especifica (federal, estadual e municipal). (Redação dada pela Lei nº 4216/2014)

Art. 61. Os locais de trabalho e os servidores que operam com Raios X, substâncias radioativas e substâncias tóxicas serão
mantidos sob controle permanente, de modo que as doses de radiação ionizante e níveis de intoxicação não ultrapassem o nível
máximo previsto na legislação própria.

Parágrafo único. Os servidores a que se refere este artigo serão submetidos a exames médicos a cada 6 (seis) meses.

DO ADICIONAL POR SERVIÇO EXTRAORDINÁRIO

Art. 62. O serviço extraordinário será remunerado com acréscimo mínimo de 50% (cinquenta por cento) em relação à hora normal
de trabalho, calculada sobre o valor do vencimento do servidor.

§ 1º O serviço extraordinário prestado aos sábados, domingos e feriados terá um acréscimo de 60% (sessenta por cento) em
relação à hora normal de trabalho, calculado sobre o valor do vencimento do servidor.

§ 2º Somente será permitido o serviço extraordinário para atender a situações excepcionais e temporárias, respeitado o limite
máximo de 2 (duas) horas por jornada, após autorização expedida pelo chefe imediato, que comprovará a necessidade de sua
realização.

§ 2º Somente será permitido o serviço extraordinário para atender a situações de conveniência e oportunidade, desde que
autorizado e justificado por chefe imediato, mesmo que após a realização do serviço (Redação dada pela Lei nº 2733/2004)

§ 3º As horas extras executadas sem a observância do disposto no parágrafo anterior não serão remuneradas.

DO ADICIONAL NOTURNO

Art. 63. O serviço noturno, prestado em horário compreendido entre 22 (vinte e duas) horas de um dia e 5 (cinco) horas do dia
seguinte, terá o valor-hora acrescido

de 20% (vinte por cento), computando-se cada hora como cinquenta e dois minutos e trinta segundos.

DO ADICIONAL DE FÉRIAS

Art. 64. Independentemente de solicitação, será pago ao servidor, por ocasião das férias, um adicional correspondente a 1/3 (um
terço) da remuneração do período das férias.

Parágrafo único. No caso de o servidor exercer função de direção, chefia ou assessoramento, ou ocupar cargo em comissão, a
respectiva vantagem será considerada no cálculo do adicional de que trata este artigo.

DO ADICIONAL DE SUBSTITUIÇÃO EM CARGO SUPERIOR

Art. 65. Para efeito de pagamento ao servidor que fizer jus ao adicional de substituição em cargo superior, deverá ser observado o
disposto no artigo 37, § 2º, desta Lei.

Subseção V
Da Prevenção de Riscos no Trabalho

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Art. 66. A Administração promoverá a redução de riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança,
instituindo a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA, com os seguintes objetivos:

I - Observar e relatar condições de risco no ambiente de trabalho;

II - Solicitar medidas para reduzir e/ou neutralizar os riscos existentes:

III - Discutir os acidentes ocorridos;

IV - Orientar os servidores quanto à prevenção de acidentes.

Parágrafo único. As normas regulamentadoras da CIPA obedecerão à legislação superior em vigência.

Subseção VI
Do Reembolso de Viagem

Art. 67 O motorista em viagem a serviço terá direito ao reembolso de viagem, equivalente às refeições, fixado em 10% (dez por
cento) do valor do salário mínimo vigente, distribuído parcialmente com a proporcionalidade em tempo/distância nos seguintes
percentuais:
I - 8,34% (oito inteiros e trinta e quatro décimos percentuais) do salário mínimo vigente até 300 (trezentos) quilômetros com
permanência de no mínimo 5 (cinco) horas;
II - 10% (dez por cento) do salário mínimo vigente acima de 300 (trezentos) quilômetros sem tempo de permanência fixado.

Art. 67. O motorista em viagem a serviço terá direito a diária, equivalente às refeições, considerando a distância de ida entre o
Município de São José do Rio Pardo e outro distribuídos da seguinte forma:
I - 4,3% (quatro inteiros e três décimos percentuais) do salário-mínimo vigente até 100 km;
II - 7,5% (sete inteiros e cinco décimos percentuais) do salário-mínimo vigente de 101 (cento e um) a 250 (duzentos e
cinquenta) km;
III - 9,7% (nove inteiros e sete décimos percentuais) do salário-mínimo vigente de 251 (duzentos e cinquenta e um) km em
diante.

Art. 67.  O motorista em viagem a serviço terá direito à diária, equivalente às refeições, cujo valor será regulamentado por Decreto
do Chefe do Executivo, considerando-se a distância entre o Município de São José do Rio Pardo e a cidade de destino, bem como o
tempo despendido pelo servidor para os afazeres naquela localidade. (Redação dada pela Lei nº 5900/2022)

§ 1º Em caso de necessidade de acompanhamento de pacientes por profissionais da saúde (Médico, Enfermeiro e Técnico de
Enfermagem) em razão de transferência em regime de urgência e casos especiais poderá ser autorizado o pagamento do mesmo
valor de diária pago aos motoristas a esses profissionais mediante justificativa fundamentada pelo (a) Secretário (a) Municipal de
Saúde. (Redação dada pela Lei nº 4890/2017)

§ 2º Os valores das diárias somente serão pagos quando o horário de trabalho externo do motorista ultrapassar 03 (três)
horas. (Redação acrescida pela Lei nº 5900/2022)

Subseção VII
Do Tíquete-alimentação

Subseção VII
Do Auxílio-alimentação (redação Dada Pela Lei nº 5837/2021)

Art. 68 Aos servidores públicos da Administração Direta, Autarquias e Fundações Públicas do Município de São José do Rio Pardo,
ativos e inativos e pensionistas, está garantido o pagamento pecuniário mensal através do tíquete-alimentação, que deverá
obedecer aos critérios estabelecidos nesta lei. (Expressão "e inativos e pensionistas" declarada inconstitucional pelo Tribunal de
Justiça do Estado de São Paulo, conforme ADIN nº 2230158-30.2017.8.26.0000) (Vide acórdão no link para download ao final da
página.)

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Art. 68.  Aos servidores públicos ativos da Administração Direta, Autarquias e Fundações Públicas do Município de São José do Rio
Pardo está garantido o pagamento mensal de auxílio-alimentação, que poderá ser feito em pecúnia ou por meio de tíquete-
alimentação, obedecendo aos critérios estabelecidos nesta lei e em  regulamento  do Chefe do Executivo, quando este se fizer
necessário. (Redação dada pela Lei nº 5837/2021) (Vide Leis nº 5883/2022 e nº 6120/2023)

§ 1º O valor do tíquete-alimentação será corrigido anualmente, aplicando-se o índice mínimo de 25% (vinte e cinco) por cento
do salário mínimo vigente. (Vide Lei nº 3293/2009)

§ 1º 0 valor do tíquete-alimentação será corrigido anualmente, aplicando-se o índice mínimo de 50% (cinquenta) por cento do
salário mínimo vigente; (Redação dada pela Lei nº 4621/2016)

§ 1º O valor do benefício a que se refere este artigo é fixado em R$ 25,00 (vinte e cinco reais) por dia de trabalho, a ser
corrigido anualmente pelo índice INPC - Índice Nacional de Preços ao Consumidor - do IBGE acumulado, na mesma data-base do
art. 39, §6º, da Lei 2.712, de 16 de março de 2004 (Redação dada pela Lei nº 5411/2019)

§ 2º A autoridade competente deverá tomar as providências necessárias para renovar anualmente o convênio com o
Ministério do Trabalho para assegurar a participação no Programa de Alimentação ao Trabalhador (PAT).

§ 3º Em caso de faltas, justificadas ou injustificadas, não haverá descontos no tíquete-alimentação. (Redação acrescida pela Lei
nº 4138/2013)

§ 3º O tíquete alimentação somente será descontado nos dias em que houver faltas não justificadas (Redação dada pela Lei nº
5081/2018)

§ 3º (VETADO). (Redação dada pela Lei nº 5401/2019)

§ 3º Os servidores que desempenham jornadas especiais, iguais ou superiores a 12 (doze) horas seguidas de trabalho, bem
como os servidores licenciados ou cedidos, mediante convênio ou outro ato normativo, sem ônus à prefeitura, para prestar
serviços ou ter exercício em cargo ou função de qualquer natureza junto a órgãos ou entidades de outras esferas de Governo
Federal ou Estadual, terão as suas situações regulamentadas por decreto do Poder Executivo Municipal, que poderá, inclusive,
prever valores superiores de pagamento para aqueles servidores que desempenham jornadas especiais. (Redação dada pela Lei nº
5411/2019)

§ 4º O controle do benefício será realizado de acordo com o registro de ponto do servidor. (Redação acrescida pela Lei nº
5401/2019)

§ 5º O benefício será pago, no máximo, até o dia 5 de cada mês. (Redação acrescida pela Lei nº 5401/2019)

§ 6º Para os servidores públicos municipais em exercício, o benefício será devido em função dos dias efetivamente
trabalhados no mês anterior. (Redação acrescida pela Lei nº 5401/2019)

§ 7º Serão consideradas para apuração do tíquete alimentação as datas utilizadas para fechamento da folha de pagamento.
(Redação acrescida pela Lei nº 5401/2019)

§ 7º Serão consideradas para apuração do auxílio-alimentação as datas utilizadas para fechamento da folha de pagamento.
(Redação dada pela Lei nº 5837/2021)

§ 8º Será contemplado, uma única vez, o servidor que acumule regularmente cargos e empregos ou funções públicas da
administração Direta ou Indireta. (Redação acrescida pela Lei nº 5401/2019)

§ 9º O beneficio não se incorporará à remuneração do servidor e sobre ele não incidirão quaisquer contribuições trabalhistas,
previdenciárias ou fiscais. (Redação acrescida pela Lei nº 5401/2019)

§ 10 Não fará jus ao tíquete alimentação o servidor:


I - em gozo de férias;
II - em faltas abonadas;
III - em gozo de folgas concedidas devido à prestação de serviços à Justiça Eleitoral;
IV - em gozo das concessões previstas no art. 84 da Lei 2.712, de 16 de março de 2004;

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V - licenciado ou afastado do exercício do cargo ou função, com ou sem prejuízo total ou parcial da remuneração;
VI - em licença por motivo de doença de qualquer natureza;
VII - em licença maternidade, paternidade ou adotante;
VIII - (VETADO);
IX - em período de recesso, conforme estabelecido no calendário escolar;
X - inativo, aposentado ou pensionista;
XI - os agentes públicos definidos no art. 39, §4º da Constituição Federal;
XII - que, por qualquer motivo, não esteja no desempenho das atribuições que lhe foram designadas pela Administração;
(Redação acrescida pela Lei nº 5401/2019)

§ 10 O auxílio-alimentação, de caráter indenizatório, não será:

I - incorporado ao vencimento, remuneração, provento ou pensão;

II - caracterizado como salário-utilidade ou prestação salarial "in natura". (Redação dada pela Lei nº 5837/2021)

§ 11 Não fará jus ao auxílio-alimentação o servidor:

I - em gozo de férias;

II - em faltas abonadas;

III - em gozo de folgas concedidas devido à prestação de serviços à Justiça Eleitoral;

IV - em gozo das concessões previstas no art. 84 da Lei 2712, de 16 de março de 2004;

V - licenciado ou afastado do exercício do cargo ou função, com ou sem prejuízo total ou parcial da remuneração;

VI - em licença por motivo de doença de qualquer natureza;

VII - em licença maternidade, paternidade ou adotante;

VIII - em período de recesso, conforme estabelecido no calendário escolar;

IX - inativo, aposentado ou pensionista;

X - os agentes públicos definidos no art. 39, § 4º da Constituição Federal;

XI - que, por qualquer motivo, não esteja no desempenho das atribuições que lhe foram designadas pela Administração.
(Redação acrescida pela Lei nº 5837/2021)

Subseção VIII
Do Salário-família

Art. 69. Ao servidor é assegurado o salário-família na forma prevista na legislação previdenciária do Município.

Subseção IX
Da Ajuda de Custo ao Servidor Que Prestar Serviços na Zona Rural

Art. 70. Os servidores que prestam serviços na zona rural do Município receberão uma ajuda de custo para transporte,
correspondente a 01 (um) litro de combustível a cada 10 (dez) quilômetros rodados.

Parágrafo único. Para se obter o valor total a ser pago, obedecer-se-á ao cálculo seguinte:

I - O valor total dos quilômetros percorridos no período de 30 (trinta) dias, dividido por 10 (dez), multiplicado pelo valor/litro
do combustível.

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Seção II
Das Férias

Art. 71. Todo servidor terá direito anualmente ao gozo de um período de férias, sem prejuízo da remuneração.

Art. 72. Após cada período de 12 (doze) meses de vigência do contrato de trabalho, o servidor terá direito a férias, na seguinte
proporção e condições:

1 - 30 (trinta) dias corridos, se tiver registrado um total anual de até 5 faltas no serviço;

II - 24 (vinte e quatro) dias corridos, se tiver registrado um total anual de faltas entre 6 (seis) e 14 (quatorze);

III - 18 (dezoito) dias corridos, se tiver registrado um total de faltas entre 15 (quinze) e 23 (vinte e três);

IV - 12 (doze) dias corridos, se tiver registrado um total de faltas entre 24 (vinte e quatro) e 32 (trinta e duas).

§ 1º É vedado descontar, do período de férias, as faltas do servidor ao serviço.

§ 2º O período das férias será computado, para todos os efeitos, como tempo de serviço.

§ 3º Fica facultado ao servidor converter 1/3 (um terço) das férias em abono pecuniário.

Art. 73. Não será considerada falta ao serviço, para os efeitos do artigo anterior, a ausência do servidor:

I - Nos casos referidos no artigo 84 e nos incisos do § 1º do artigo 49, desta lei;

II - Durante o licenciamento compulsório da servidora por motivo de maternidade ou aborto, observados os requisitos para
percepção do salário-maternidade custeado pelo Instituto Municipal de Previdência - IMP;

III - Por motivo de acidente do trabalho ou enfermidade atestada pelo Instituto Municipal de Previdência - IMP;

IV - Faltas abonadas.

V - As faltas devidamente justificadas mediante atestado médico, apresentado no prazo a que se refere a Portaria nº 5.871, de
2 de Maio de 2000. (Redação acrescida pela Lei nº 3395/2009)

Art. 74. O tempo de trabalho anterior à apresentação do servidor para serviço militar obrigatório será computado no período
aquisitivo, desde que ele compareça ao estabelecimento dentro de 90 (noventa) dias da data em que se verificar a respectiva baixa.

Subseção I
Da Concessão e da época Das Férias

Art. 75. As férias serão concedidas por ato da administração, em um só período ou em 2 (dois) períodos, um dos quais não poderá
ser inferior a 10 (dez) dias corridos nos 12 (doze) meses subsequentes à data em que o servidor tiver adquirido o direito.

Art. 76. A concessão das férias será participada, por escrito, ao servidor, com antecedência de, no mínimo, 30 (trinta) dias.

§ 1º O servidor não poderá entrar no gozo das férias sem que apresente ao Setor de Recursos Humanos sua Carteira de
Trabalho e Previdência Social, em que será anotada a respectiva concessão.

§ 2º A concessão das férias será, igualmente, anotada no livro ou nas fichas de registro dos servidores.

Art. 77. Sempre que as férias forem concedidas após o prazo de que trata o artigo 75, a Administração pagará em dobro a
respectiva remuneração.

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CAPÍTULO III
DAS LICENÇAS

Seção I
Disposições Gerais

Art. 78. Conceder-se-á ao servidor licença:

I - Por motivo de doença do servidor;

II - Para o serviço militar;

III - Para o desempenho de mandato eletivo;

IV - Para tratar de interesses particulares;

V - Para desempenho de mandato classista.

VI - para acompanhamento de internaçao hospitalar de filho menor, ate o limite de 05 (cinco) dias seguidos, sem possibilidade
de prorrogaçao. (Redação acrescida pela Lei nº 3538/2010)

VI - para gestante e adotante (Redação dada pela Lei nº 4433/2014)

VII - para paternidade. (Redação acrescida pela Lei nº 4433/2014)

§ 1º A licença prevista no inciso I será precedida de exame por médico ou junta médica oficial.

§ 2º O servidor não poderá permanecer em licença da mesma espécie por período superior a 24 (vinte e quatro) meses, salvo
nos casos dos incisos II, III, e V.

§ 3º E vedado o exercício de atividade remunerada durante o período da licença prevista no inciso I deste artigo.

Art. 79. A licença concedida dentro de 60 (sessenta) dias do término de outra da mesma espécie será considerada como
prorrogação.

Seção II
Da Licença Para o Serviço Militar

Art. 80. Conceder-se-á licença ao servidor convocado para o serviço militar em quartéis, na forma e condições previstas na
legislação específica.

§ 1º O servidor que prestar o serviço militar em Tiro de Guerra não fará jus à licença descrita neste artigo.

§ 2º Concluído o serviço militar, o servidor terá até 30 (trinta) dias sem remuneração para reassumir o exercício do cargo.

Seção III
Da Licença Para Tratar de Interesses Particulares

Art. 81. Poderá ser concedida ao servidor estável licença para tratar de assuntos particulares, pelo prazo de 2 (dois) anos
consecutivos, sem remuneração, depois de completados três anos de efetivo exercício.

§ 1º A licença poderá ser interrompida, a qualquer tempo, a pedido do servidor.

§ 2º Não se concederá nova licença antes de decorridos 2 (dois) anos do término da anterior.

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§ 3º O pedido de licença deverá ser apreciado no prazo de 10 (dez) dias, e somente será negado por absoluta necessidade do
serviço, plenamente justificado no despacho que o negar, cabendo o requerimento para efeito de reconsideração.

§ 4º Preserva-se todos os direitos adquiridos dos servidores que fizerem uso desta licença.

Seção IV
Da Licença Para o Desempenho de Mandato Classista

Art. 82. O servidor efetivo poderá obter o direito à licença para desempenho de mandato classista em sindicato, associação ou
entidade representativa dos servidores públicos municipais de São José do Rio Pardo.

§ 1º Poderão ser licenciados servidores eleitos para cargos de direção ou representação nas referidas entidades até o máximo
de 2 (dois), por entidade.

I - A remuneração e as demais vantagens do cargo de origem do servidor licenciado serão devidas na íntegra, a partir do dia
do início até o término do mandato.

II - A licença terá duração igual à do mandato, podendo ser prorrogada, no caso de reeleição.

§ 2º Fica facultado à entidade exercer o direito à licença ou não.

Seção V
Da Licença à Gestante e Adotante (redação Acrescida Pela Lei nº 4433/2014)

Art. 82-A Será concedida licença gestante por 120 (cento e vinte) dias consecutivos, sem prejuízo da remuneração.

Art. 82-A Será concedida licença gestante por 180 (cento e oitenta) dias consecutivos, sem prejuízo da remuneração. (Redação
dada pela Lei nº 4822/2017)

§ 1º A licença poderá ter início no primeiro dia do nono mês de gestação, salvo antecipação por prescrição médica.

§ 2º No caso de nascimento prematuro, a licença terá início a partir do parto.

§ 3º No caso de natimorto, decorridos 30 (trinta) dias do evento, a servidora será submetida a exame médico e, se julgada
apta, reassumirá o exercício.

§ 4º No caso de aborto atestado por médico oficial, à servidora terá direito a 30 (trinta) dias de repouso remunerado.
(Redação acrescida pela Lei nº 4433/2014)

Art. 82-B Para amamentar o próprio filho, até a idade de 6 (seis) meses, a servidora lactante terá direito, durante a jornada de
trabalho, à uma hora de descanso, que poderá ser parcelada em dois períodos de meia hora. (Redação acrescida pela Lei nº
4433/2014)

Art. 82-C A servidora que adotar ou obtiver a guarda judicial para fins de adoção de criança é devido salário-maternidade pelo
período de 120 (cento e vinte) dias. (Redação acrescida pela Lei nº 4433/2014)

Art. 82-C A servidora que adotar ou obtiver a guarda judicial para fins de adoção de criança é devido salário-maternidade pelo
período de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos, sem prejuízo da remuneração. (Redação dada pela Lei nº 4822/2017)

Seção VI
Da Licença Paternidade (redação Acrescida Pela Lei nº 4433/2014)

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Art. 82-D Pelo nascimento ou adoção de filhos, o servidor terá direito à licença paternidade de 5 (cinco) dias consecutivos.
(Redação acrescida pela Lei nº 4433/2014)

CAPÍTULO IV
DOS AFASTAMENTOS

Seção I
Do Afastamento Para Exercício de Mandato Eletivo

Art. 83. Ao servidor investido em mandato eletivo aplicam-se as seguintes disposições:

I - Tratando-se de mandato federal, estadual ou distrital, ficará afastado do cargo;

II - Investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;

III - Investido no mandato de vereador:

a) havendo compatibilidade de horário, perceberá as vantagens de seu cargo, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo;
b) não havendo compatibilidade de horário, será afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;
c) o servidor não poderá exercer cargos de livre nomeação ou confiança, resguardados os seus direitos adquiridos sobre a
remuneração.

§ 1º No caso de afastamento do cargo, o servidor contribuirá para a seguridade social como se em exercício estivesse.

§ 2º O servidor investido em mandato eletivo ou classista não poderá ser removido ou redistribuído de ofício para localidade
diversa daquela onde exerce o mandato.

CAPÍTULO V
DAS CONCESSÕES

Art. 84. Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor ausentar-se do serviço;

I - Por 1 (um) dia, para doação de sangue;

II - Por 1 (um) dia, para se alistar como eleitor;

III - Por 5 (cinco) dias consecutivos, em razão de:

a) casamento;
b) falecimento: do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos, enteados, menor sob guarda ou tutela e irmãos.

Art. 85. A Administração deve garantir e patrocinar aos servidores públicos municipais, ao longo de sua carreira, formação
profissional dirigida, com ênfase sobre a ética, em ciclos periódicos de treinamento e capacitação profissional.

Art. 86. Devem ser dadas a todos, indistintamente, oportunidades iguais para que possam melhorar habilidades e capacidades,
por meio de programas de treinamento e desenvolvimento.

Art. 87. Será concedido horário especial ao servidor estudante, quando comprovada a incompatibilidade entre o horário escolar e
o da repartição, sem prejuízo do exercício do cargo.

Parágrafo único. Para efeito do disposto neste artigo, será exigida a compensação de horário na repartição, respeitada a
duração semanal do trabalho.

CAPÍTULO VI

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DO TEMPO DE SERVIÇO

Art. 88 É contado para todos os efeitos o tempo de serviço público municipal, inclusive o prestado às Forças Armadas.

Art. 88.  É contado para todos os efeitos desta Lei o tempo de serviço público no Município de São José do Rio Pardo, inclusive o
prestado às Forças Armadas. (Redação dada pela Lei nº 5814/2021)

Art. 89. A apuração do tempo de serviço será feita em dias, que serão convertidos em anos, considerado o ano como de trezentos
e sessenta e cinco dias.

Parágrafo único. Feita a conversão, os dias restantes, até 182 (cento e oitenta e dois), não serão computados, arredondando-
se para 1 (um) ano, para efeito de aposentadoria, quando excederem a esse número.

Art. 90. Além das ausências ao serviço previstas no artigo 84, são considerados como de efetivo exercício os afastamentos em
virtude de:

I - Exercício de cargo em comissão ou equivalente, em órgão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, Municípios e
Distrito Federal;

II - Participação em programa de treinamento regularmente instituído;

III - Desempenho de mandato eletivo federal, estadual, municipal ou do Distrito Federal,

IV - júri e outros serviços obrigatórios por lei;

V - Licenças previstas em lei.

Art. 91. Contar-se-á apenas para efeito de aposentadoria e disponibilidade:

I - O tempo de serviço público prestado aos Estados, Municípios e Distrito Federal;

II - A licença para atividade política, nos termos da legislação em vigor.

III - O tempo correspondente ao desempenho de mandato eletivo federal, estadual, municipal ou distrital, anterior ao ingresso
no serviço público municipal;

IV - O tempo de serviço em atividade privada, vinculada à Previdência Social;

V - O tempo de mandato classista.

§ 1º É vedada a contagem cumulativa de tempo de serviço prestado concomitantemente em mais de um cargo ou função de
órgão ou entidade dos Poderes da União, Estado, Distrito Federal e Município, autarquia, fundação pública, sociedade de economia
mista e empresa pública.

CAPÍTULO VII
DO DIREITO DE PETIÇÃO

Art. 92. É assegurado ao servidor o direito de requerer aos Poderes Públicos, em defesa de direito ou interesse legítimo, nos
termos da Constituição Federal.

Art. 93. O requerimento será dirigido à autoridade competente para decisão, e encaminhado por intermédio desta à que estiver
imediatamente subordinado o requerente.

Art. 94. Cabe pedido de reconsideração à autoridade que houver expedido o ato ou proferido a primeira decisão, não podendo ser
renovado.

Parágrafo único. O requerimento e o pedido de reconsideração de que tratam os artigos anteriores, deverão ser despachados
no prazo de 5 (cinco) dias e decididos dentro de 15 (quinze) dias.

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Art. 95. Caberá recurso:

I - Do indeferimento do pedido de reconsideração;

II - Das decisões sobre recursos.

§ 1º O recurso será dirigido à autoridade imediatamente superior à que tiver expedido o ato ou proferido a decisão, e,
sucessivamente, em escala ascendente, às demais autoridades.

§ 2º O recurso será encaminhado, por intermédio da autoridade, à que estiver imediatamente subordinado o requerente.

Art. 96. O prazo para interposição de pedido de reconsideração ou de recurso é de 15 (quinze) dias, a contar da publicação ou da
ciência, pelo interessado, da decisão recorrida.

Art. 97. O recurso poderá ser recebido com efeito suspensivo, a juízo da autoridade competente.

Parágrafo único. Em caso de provimento do pedido de reconsideração ou do recurso, os efeitos da decisão retroagirão à data
do ato impugnado.

Art. 98. O direito de requerer prescreve:

I - Em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de demissão e de cassação de aposentadoria ou disponibilidade, ou que afetem
interesse patrimonial e créditos resultantes das relações de trabalho;

II - Em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos, salvo quando outro prazo for fixado em lei.

Parágrafo único. O prazo de prescrição será contado da data da publicação do ato impugnado ou da data da ciência pelo
interessado, quando o ato não for publicado.

Art. 99. O pedido de reconsideração e o recurso, quando cabíveis, interrompem a prescrição.

Art. 100. A prescrição é da ordem pública, não podendo ser relevada pela administração.

Art. 101. Para o exercício do direito de petição, é assegurada vista do processo ou documento, na repartição, ao servidor ou a
procurador por ele constituído.

Art. 102. A administração deverá rever seus atos, a qualquer tempo, quando eivados de ilegalidade.

Art. 103. São fatais e improrrogáveis os prazos estabelecidos neste Capítulo, salvo motivo de força maior.

TÍTULO IV
DO REGIME DISCIPLINAR

CAPÍTULO I
DOS DEVERES

Art. 104. São deveres do servidor:

I - Exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo;

II - Ser leal às instituições a que servir;

III - Observar as normas legais e regulamentares;

IV - Cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais;

V - Atender com presteza:

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a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo;


b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou esclarecimento de situações de interesse pessoal;
c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública;

VI - Levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo;

VII - Zelar pela economia do material e a conservação do patrimônio público;

VIII - Guardar sigilo sobre assunto da repartição;

IX - Manter conduta compatível com a moralidade administrativa;

X - Ser assíduo e pontual ao serviço;

XI - Tratar com urbanidade as pessoas;

XII - Representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder.

Parágrafo único. A representação de que trata o inciso XII será encaminhada pela via hierárquica e apreciada pela autoridade
superior àquela contra a qual é formulada, assegurando-se ao representando ampla defesa.

CAPÍTULO II
DAS PROIBIÇÕES

Art. 105. Ao servidor é proibido:

I - Ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato;

II - Retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da repartição;

III - Recusar fé a documentos públicos;

IV - Opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou execução de serviço;

V - Promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição;

VI - Cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja de sua
responsabilidade ou de seu subordinado;

VII - Coagir ou aliciar subordinados no sentido de se filiarem a associação profissional ou sindical, ou a partido político;

VIII - Manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau
civil;

IX - Valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública;

X - Atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários
ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro;

XI - Receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de suas atribuições;

XII - Praticar usura sob qualquer de suas formas;

XIII - Proceder de forma desidiosa;

XIV - Utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades particulares;

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XV - Cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, exceto em situações de emergência e transitórias;

XVI - Exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo ou função e com o horário de trabalho.

CAPÍTULO III
DA ACUMULAÇÃO

Art. 106. Ressalvados os casos previstos na Constituição, é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, salvo nas
hipóteses previstas no artigo 37, IV, da Constituição Federal.

§ 1º A proibição de acumular estende-se a cargos, empregos e funções em autarquias, fundações públicas, empresas públicas,
sociedades de economia mista da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos Territórios e dos Municípios.

§ 2º A acumulação de cargos, ainda que lícita, fica condicionada à comprovação da compatibilidade de horários.

Art. 107. O servidor não poderá exercer mais de um cargo em comissão, nem ser remunerado pela participação em órgão de
deliberação coletiva.

Art. 108. O servidor vinculado ao regime desta lei, que acumular licitamente 2 (dois) cargos efetivos, quando investido em cargo de
provimento em comissão, ficará afastado de ambos os cargos efetivos.

CAPÍTULO IV
DAS RESPONSABILIDADES

Art. 109. O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de suas atribuições.

Art. 110. A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao erário ou a
terceiros.

§ 1º A indenização de prejuízo dolosamente causado ao erário somente será liquidada na forma prevista no artigo 42, na falta
de outros bens que assegurem a execução do débito pela via judicial.

§ 2º Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor perante a Fazenda Pública, em ação regressiva.

§ 3º A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles será executada, até o limite do valor da herança
recebida.

Art. 111. A responsabilidade penal abrange os crimes de contravenções imputadas ao servidor, nessa qualidade.

Art. 112. A responsabilidade civil-administrativa resulta de ato omissivo ou comissivo praticado no desempenho do cargo ou
função.

Art. 113. As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo independentes entre si.

Art. 114. A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência do fato
ou sua autoria.

CAPÍTULO V
DAS PENALIDADES

Art. 115. São penalidades disciplinares:

I - Advertência;

II - Suspensão;

III - Demissão;

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IV - Cassação de aposentadoria ou disponibilidade;

V - Destituição de cargo em comissão;

VI - Destituição de função comissionada.

Art. 116. Na aplicação das penalidades, serão consideradas a natureza e a gravidade da infração cometida, os danos que dela
provierem para o serviço público, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes funcionais.

Art. 117. A advertência será aplicada por escrito, nos casos de violação de proibição constante do artigo 120, incisos I a VIII, e de
inobservância de dever funcional previsto em lei, regulamentação ou norma interna, que não justifique imposição de penalidade
mais grave.

Art. 118. A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com advertência e de violação das demais
proibições que não tipifiquem infração sujeita a penalidade de demissão, não podendo exceder de 90 (noventa) dias.

§ 1º Será punido com suspensão de até 15 (quinze) dias o servidor que, injustificadamente, recusar-se a ser submetido a
inspeção médica determinada pela autoridade competente, cessando os efeitos da penalidade uma vez cumprida a determinação.

§ 2º Quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão poderá ser convertida em multa, na base de 50%
(cinquenta por cento) por dia de vencimento ou remuneração, ficando o servidor obrigado a permanecer em serviço.

Art. 119. As penalidades de advertência e de suspensão terão seus registros cancelados, após o decurso de 3 (três) e 5 (cinco) anos
de efetivo exercício, respectivamente, se o servidor não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar.

Parágrafo único. O cancelamento da penalidade não surtirá efeitos retroativos.

Art. 120. A demissão será aplicada nos seguintes casos:

I - Crime contra a administração pública;

II - Abandono de cargo;

III - Inassiduidade habitual;

IV - Improbidade administrativa;

V - Incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição;

VI - Insubordinação grave em serviço;

VII - Ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legitima defesa própria ou de outrem;

VIII - Aplicação irregular de dinheiro público;

IX - Revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo;

X - Lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional;

XI - Corrupção;

XII - Acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas;

XIII - Transgressão aos casos previstos nos incisos IX a XVI do artigo 105.

Art. 121. Verificada em processo disciplinar acumulação proibida e provada a boa-fé, o servidor optará por um dos cargos.

§ 1º Provada a má-fé, perderá também o cargo que exercia havia mais tempo e restituirá o que tiver percebido

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indevidamente.

§ 2º Na hipótese do parágrafo anterior, sendo um dos cargos, emprego ou função exercido em outro órgão ou entidade, a
demissão lhe será comunicada.

Art. 122. Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade do inativo que houver praticado, na atividade, falta punível com a
demissão.

Art. 123. A destituição de cargo em comissão exercido por não ocupante de cargo efetivo será aplicada "ad nutum" da autoridade
competente.

Art. 124. A demissão ou a destituição de cargo em comissão, nos casos previstos nos incisos IV, VIII, X e XI do artigo 120, poderá
implicar a indisponibilidade dos bens por ato judicial e o ressarcimento ao erário, sem prejuízo da ação penal cabível.

Art. 125. A demissão ou a destituição de cargo em comissão por infringência ao artigo 105, incisos IX e XI, incompatibiliza o ex-
servidor para nova investidura em cargo público municipal, pelo prazo de 5 (cinco) anos.

Parágrafo único. Não poderá retornar ao serviço público municipal o servidor que for demitido ou destituído do cargo em
comissão por infringência ao artigo 120, incisos I, IV, VIII, X e XI.

Art. 126. Configura abandono de cargo a ausência intencional do servidor ao serviço por mais de trinta dias consecutivos.

Art. 127. Entende-se por falta de assiduidade habitual a ausência ao serviço, sem causa justificada, por 60 (sessenta dias),
intercaladamente, durante o período de 12 (doze meses).

Art. 128. O ato de imposição da penalidade mencionará sempre o fundamento legal e a causa da sanção disciplinar.

Art. 129. As penalidades disciplinares serão aplicadas:

I - Pelo Prefeito Municipal, pelo Presidente da Câmara Municipal, quando se tratar de demissão e cassação de aposentadoria
ou disponibilidade de servidor vinculado ao respectivo Poder, órgão ou entidade;

II - Pelas autoridades administrativas de hierarquia imediatamente inferior àquelas mencionadas no inciso anterior quando se
tratar de suspensão superior a 30 (trinta) dias;

III - Pelo chefe da repartição e outras autoridades na forma dos respectivos regimentos ou regulamentos, nos casos de
advertência ou de suspensão de até 30 (trinta) dias;

IV - Pela autoridade que houver feito a nomeação, quando se tratar de destituição de cargo em comissão.

Art. 130. A ação disciplinar prescreverá:

I - Em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade e destituição
de cargo em comissão;

II - Em 2 (dois) anos, quanto à suspensão;

III - Em 180 (cento e oitenta) dias, quanto à advertência.

§ 1º O prazo de prescrição começa a correr da data em que o fato se tornou conhecido.

§ 2º Os prazos de prescrição previstos na lei penal aplicam-se às infrações disciplinares capituladas também como crime.

§ 3º A abertura de sindicância ou a instauração de processo disciplinar interrompe a prescrição, até a decisão final proferida
por autoridade competente.

§ 4º Interrompido o curso da prescrição, o prazo começará a correr a partir do dia em que cessar a interrupção.

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TÍTULO V
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 131. A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é obrigada a promover a sua apuração imediata,
mediante sindicância ou processo administrativo disciplinar, assegurada ao acusado ampla defesa.

Art. 132. As denúncias sobre irregularidades serão objeto de apuração, desde que contenham a identificação e o endereço do
denunciante e sejam formuladas por escrito, confirmada a autenticidade.

Parágrafo único. Quando o fato narrado não configurar evidente infração disciplinar ou ilícito penal, a denúncia será
arquivada, por falta de objeto.

Art. 133 Da sindicância poderá resultar:


I - Arquivamento do processo;
II - Aplicação de penalidade de advertência ou suspensão de até 30 (trinta) dias;
III - Instauração de processo disciplinar.
Parágrafo único. O prazo para conclusão da sindicância não excederá a 030 (trinta) dias, podendo ser prorrogado por igual
período, a critério da autoridade superior.

Art. 133. A sindicância é o meio adequado para apuração e elucidação de irregularidades no serviço público, para a posterior
instauração de processo administrativo e eventual aplicação de penalidade.

§ 1º A sindicância será dispensada quando forem conhecidas a autoria, e a materialidade da infração disciplinar.

§ 2º O prazo para a conclusão da sindicância será de 30 (trinta) dias, podendo ser prorrogado por iguais períodos, a critério da
autoridade competente. (Redação dada pela Lei nº 2906/2006)

Art. 134 Sempre que o ilícito praticado pelo servidor ensejar a imposição de penalidade de suspensão por mais de 30 (trinta) dias,
de demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade, ou destituição de cargo em comissão, será obrigatória a instauração
de processo disciplinar.

Art. 134. Os prazos previstos neste Título são contínuos, salvo disposição expressa em contrário, não se interrompendo aos
domingos ou feriados.

§ 1º Os prazos serão computados excluindo-se o dia do começo e incluindo-se o do vencimento.

§ 2º Só se iniciam e vencem os prazos em dia de expediente no órgão ou entidade da Administração Pública.

§ 3º Considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia útil subsequente se, no dia do vencimento, o expediente for
encerrado antes do horário normal. (Redação dada pela Lei nº 2906/2006)

CAPÍTULO II
DO AFASTAMENTO PREVENTIVO

Art. 135. Como medida cautelar e a fim de que o servidor não venha a influir na apuração da irregularidade, a autoridade
instauradora do processo disciplinar poderá determinar o seu afastamento do exercício do cargo, pelo prazo de até 60 (sessenta)
dias, sem prejuízo da remuneração.

Parágrafo único. O afastamento poderá ser prorrogado por igual prazo, findo o qual cessarão os seus efeitos, ainda que não
concluído o processo.

CAPÍTULO III
DO PROCESSO DISCIPLINAR

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Art. 136. O processo disciplinar é o instrumento destinado a apurar responsabilidade de servidor por infração praticada no
exercício de suas atribuições, ou que tenha relação com as atribuições do cargo em que se encontre investido.

Art. 137 O processo disciplinar será conduzido por comissão composta de 3 (três) servidores estáveis designados pela autoridade
competente, que indicará, dentre si, o Presidente.

Art. 137. O processo disciplinar será conduzido por comissão composta de, no mínimo, 3 (três) servidores estáveis designados pela
autoridade competente, que indicará, dentre si, o Presidente. (Redação dada pela Lei nº 6047/2022)

§ 1º A comissão terá como secretário 1 (um) servidor designado pelo seu Presidente, podendo a indicação recair em um de
seus membros.

§ 2º Não poderá participar de comissão de sindicância ou de inquérito, cônjuge, companheiro ou parente do acusado,
consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau.

§ 3º A critério do Chefe do Poder poderá ser constituída comissão permanente e, havendo necessidade de dedicação
exclusiva, seus membros poderão ser dispensados de suas atividades normais. (Redação acrescida pela Lei nº 2906/2006)

§ 4º Os membros da comissão permanente serão nomeados pelo prazo de 01 (um) ano, permitida a recondução. (Redação
acrescida pela Lei nº 2906/2006)

§ 5º Os processos pendentes de julgamento deverão ser apreciados pela comissão que tiver acompanhado a instrução.
(Redação acrescida pela Lei nº 2906/2006)

Art. 138. A comissão exercerá suas atividades com independência e imparcialidade, assegurado o sigilo necessário à elucidação do
fato ou exigido pelo interesse da administração.

Parágrafo único. As reuniões e as audiências das comissões terão caráter reservado.

Art. 139 O processo disciplinar se desenvolve nas seguintes fases:


I - Instauração, com a publicação do ato que constituir a comissão;
II - Inquérito administrativo, que compreende instrução, defesa e relatório;
III - Julgamento.

Art. 139. O processo disciplinar é sumário e ordinário.

Parágrafo único. Observar-se-á o procedimento sumário quando da infração puder resultar aplicação de penalidade de
advertência ou suspensão de até 30 (trinta) dias; o procedimento ordinário será adotado nas demais hipóteses. (Redação dada pela
Lei nº 2906/2006)

Art. 139-A O procedimento sumário será iniciado com portaria da autoridade competente, a qual deverá indicar a qualificação do
acusado, as normas pertinentes à infração e a sanção cominada para a espécie. (Redação acrescida pela Lei nº 2906/2006)

Art. 139-B O acusado será cientificado da acusação, através de carta, com aviso de recebimento, a qual deverá indicar a data e o
local da realização da audiência única de instrução e julgamento, sendo acompanhada com cópia da portaria de instauração do
processo disciplinar.

§ 1º A citação do acusado deverá ser feita com, no mínimo, 05 (cinco) dias de antecedência da audiência de instrução e
julgamento.

§ 2º O acusado deverá apresentar a sua defesa, escrita ou oral, na própria audiência referida no caput deste artigo, bem como
as testemunhas que pretende ouvir em sua defesa, no máximo em número de 3 (três), as quais deverão comparecer
independentemente de intimação.

§ 3º Todas as provas serão produzidas na audiência única de instrução e julgamento, ainda que não requeridas previamente,
podendo a comissão limitar ou excluir as que forem consideradas excessivas, impertinentes ou protelatórias.

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§ 4º É facultado ao acusado fazer-se acompanhar de advogado em todas as fases do processo. (Redação acrescida pela Lei nº
2906/2006)

Art. 139-C Terminada a instrução, a Comissão oferecerá ao acusado a oportunidade de 15 (quinze) minutos para a apresentação de
suas alegações finais orais.

Parágrafo único. Após a apresentação das alegações finais a Comissão elaborará o seu relatório final em, no máximo, 02 dias,
o qual será encaminhado para a autoridade competente para decisão final. (Redação acrescida pela Lei nº 2906/2006)

Art. 139-D O acusado será cientificado da decisão por caria, com aviso de recebimento, podendo, se o julgamento o prejudicar,
apresentar recurso ao Chefe do Poder.

Parágrafo único. Do recurso não poderá resultar agravamento da sanção. (Redação acrescida pela Lei nº 2906/2006)

Art. 139-E O processo disciplinar ordinário obedecerá ao disposto no artigo 140 e seguintes, se desenvolvendo de acordo com as
fases a seguir:

I - Instauração, com a publicação do ato que constituir a comissão;

II - Inquérito administrativo, que compreende instrução, defesa e relatório;

III - Julgamento. (Redação acrescida pela Lei nº 2906/2006)

Art. 140 O prazo para a conclusão do processo disciplinar não excederá a 60 (sessenta) dias, contados da data de publicação do ato
que constituir a comissão, admitida a sua prorrogação por igual prazo, quando as circunstâncias o exigirem.

Art. 140. O prazo para a conclusão do processo disciplinar não excederá a 60 (sessenta) dias, contados da data de publicação do
ato que constituir a comissão, admitida a sua prorrogação por iguais períodos, quando as circunstâncias o exigirem. (Redação dada
pela Lei nº 2906/2006)

§ 1º Sempre que necessário, a comissão dedicará tempo integral aos seus trabalhos, ficando seus membros dispensados do
ponto, até a entrega do relatório final.

§ 2º As reuniões da comissão serão registradas em atas que deverão detalhar as deliberações adotadas.

Seção I
Do Inquérito

Art. 141. O inquérito administrativo obedecerá ao princípio do contraditório, assegurada ao acusado ampla defesa, com a
utilização de todos os meios e recursos admitidos em direito

Art. 142. Os autos do inquérito integrarão o processo disciplinar, como peça informativa da instrução.

Parágrafo único. Na hipótese de o relatório da sindicância concluir que a infração está capitulada como ilícito penal, a
autoridade competente encaminhará cópia dos autos ao Ministério Público, independentemente da imediata instauração do
processo disciplinar.

Art. 143. Na fase do inquérito, a comissão promoverá a tomada de depoimentos, acareações, investigações e diligências cabíveis,
objetivando a coleta de prova, recorrendo, quando necessário, a técnicos e peritos, de modo a permitir a completa elucidação dos
fatos.

Art. 144. É assegurado ao servidor o direito de acompanhar o processo pessoalmente ou por intermédio de procurador, arrolar e
reinquirir testemunhas, produzir provas e contraprovas e formular quesitos, quando se tratar de prova pericial.

§ 1º O presidente da comissão poderá denegar pedidos considerados impertinentes, meramente protelatórios, ou de nenhum
interesse para o esclarecimento dos fatos, desde que, devidamente fimdamentado.

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§ 2º Será indeferido o pedido de prova pericial, quando a comprovação do fato independer de conhecimento especial de
perito.

Art. 145. As testemunhas serão intimadas a depor mediante mandado expedido pelo Presidente da comissão, devendo a segunda
via, com o ciente do interessado, ser anexada aos autos.

Parágrafo único. Se a testemunha for servidor público, a expedição do mandado será imediatamente comunicada ao chefe da
repartição onde serve, com a indicação do dia e hora marcados para inquirição.

Art. 146. O depoimento será prestado oralmente e reduzido a termo, não sendo lícito à testemunha trazê-lo por escrito, mas
poderá se valer da leitura de anotações e documentos.

§ 1º As testemunhas serão inquiridas separadamente.

§ 2º Na hipótese de depoimentos contraditórios ou que se infirmem, proceder-se-á à acareação entre os depoentes.

Art. 147. Concluída a inquirição das testemunhas, a comissão promoverá o interrogatório do acusado, observados os
procedimentos previstos nos artigos 145 e 146.

§ 1º No caso de mais de um acusado, cada um deles será ouvido separadamente, e sempre que divergirem em suas
declarações sobre fatos ou circunstâncias, será promovida a acareação entre eles.

§ 2º O procurador do acusado poderá assistir ao interrogatório, bem como à inquirição das testemunhas, sendo-lhe vedado
interferir nas perguntas e respostas, facultando-se lhe, porém, reinquiri-las, por intermédio do presidente da comissão.

Art. 148. Quando houver dúvida sobre a sanidade mental do servidor, a comissão proporá à autoridade competente que ele seja
submetido a exame médico apto a atestar a capacidade ou incapacidade.

Parágrafo único. O incidente de sanidade mental será processado em auto apartado e apenso ao processo principal, após a
expedição do laudo pericial.

Art. 149. Tipificada a infração disciplinar, será formulada a indicação do servidor, com a especificação dos fatos a ele imputados e
das respectivas provas.

§ 1º O indiciado será citado por mandado expedido pelo presidente da comissão para apresentar defesa escrita, no prazo de
10 (dez) dias, assegurando-se lhe vista do processo na repartição.

§ 2º Havendo dois ou mais indiciados, o prazo será comum e de 20 (vinte) dias.

§ 3º O prazo de defesa poderá ser prorrogado pelo dobro, para diligências reputadas indispensáveis.

§ 4º No caso de recusa do indiciado em apor o ciente na cópia da citação, o prazo para defesa contar-se-á da data declarada,
em termo próprio, pelo membro da comissão que fez a citação, com a assinatura de 2 (duas) testemunhas.

Art. 150. O indiciado que mudar de residência fica obrigado a comunicar à comissão o lugar onde poderá ser encontrado.

Art. 151. Achando-se o indiciado em lugar incerto e não sabido, será citado por edital, publicado em jornal de grande circulação e
em jornal de circulação local do último domicílio conhecido, para apresentar defesa.

Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, o prazo para defesa será de 30 (trinta) dias a partir da última publicação do edital.

Art. 152. Considerar-se-á revel o indiciado que, regularmente citado, não apresentar defesa no prazo legal.

§ 1º A revelia será declarada, por termo, nos autos do processo e devolverá o prazo para a defesa.

§ 2º Para defender o indiciado revel, a autoridade instauradora do processo designará um servidor como defensor dativo,
ocupante de cargo de nível igual ou superior ao do indiciado.

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Art. 153. Apreciada a defesa, a comissão elaborará relatório minucioso, onde resumirá as peças principais dos autos e mencionará
as provas em que se baseou para formar a sua convicção.

§ 1º O relatório será sempre conclusivo quanto à inocência ou à responsabilidade do servidor.

§ 2º Reconhecida a responsabilidade do servidor, a comissão indicará o dispositivo legal ou regulamentar transgredido, bem
como as circunstâncias agravantes ou atenuantes.

Art. 154. O processo disciplinar, com o relatório da comissão, será remetido à autoridade que determinou a sua instauração, para
julgamento.

Seção II
Do Julgamento

Art. 155. No prazo de 20 (vinte) dias, contados do recebimento do processo, a autoridade julgadora proferirá a sua decisão.

§ 1º Se a penalidade a ser aplicada exceder a alçada da autoridade instauradora do processo, será este encaminhado à
autoridade competente, que decidirá em igual prazo.

§ 2º Havendo mais de um indiciado e diversidade de sanções, o julgamento caberá à autoridade competente para a imposição
da pena mais grave.

§ 3º Se a penalidade prevista for a demissão ou cassação de aposentadoria ou disponibilidade, o julgamento caberá às


autoridades de que trata o inciso I do artigo 129.

Art. 156. O julgamento acatará o relatório da comissão, salvo quando contrário às provas dos autos.

Parágrafo único. Quando o relatório da comissão contrariar as provas dos autos, a autoridade julgadora poderá,
motivadamente, agravar a penalidade proposta, abrandá-la ou isentar o servidor de responsabilidade.

Art. 157. Verificada a existência de vício insanável, a autoridade julgadora declarará a nulidade total ou parcial do processo e
ordenará a constituição de outra comissão, para instauração de novo processo.

§ 1º O julgamento fora do prazo legal não implica nulidade do processo.

§ 2º A autoridade julgadora que der causa à prescrição de que trata o artigo 130, será responsabilizada na forma do Capítulo
IV do Título IV.

Art. 158. Extinta a punibilidade pela prescrição, a autoridade julgadora determinará o registro do fato nos assentamentos
individuais do servidor.

Art. 159. Quando a infração estiver capitulada como crime, o processo disciplinar será remetido ao Ministério Público para
instauração da ação penal, ficando trasladado na repartição.

Art. 160. O servidor que responder a processo disciplinar só poderá ser exonerado a pedido, ou aposentado voluntariamente, após
a conclusão do processo e o cumprimento da penalidade, acaso aplicada.

Art. 161. Serão assegurados transporte e diárias aos membros da comissão e ao secretário, quando obrigados a se deslocarem da
sede dos trabalhos para a realização de missão essencial ao esclarecimento dos fatos.

Seção III
Da Revisão do Processo

Art. 162. O processo disciplinar poderá ser revisto a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando se aduzirem fatos novos ou
circunstâncias suscetíveis de justificar a inocência do punido ou a inadequação da penalidade aplicada.

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§ 1º Em caso de falecimento, ausência ou desaparecimento do servidor, qualquer pessoa da família poderá requerer a revisão
do processo.

§ 2º No caso de incapacidade mental do servidor, a revisão será requerida pelo respectivo curador.

Art. 163. No processo revisional, o ônus da prova cabe ao requerente.

Art. 164. A simples alegação de injustiça da penalidade não constitui fundamento para a revisão, que requer elementos novos,
ainda não apreciados no processo originário.

Art. 165. O requerimento de revisão do processo será dirigido ao Prefeito Municipal ou ao Presidente da Câmara, que, se autorizar
a revisão, encaminhará o pedido ao dirigente do órgão ou entidade, nos termos do caput, onde se originou o processo disciplinar.

Parágrafo único. Deferida a petição, a autoridade competente providenciará a constituição de comissão, na forma do artigo
137.

Art. 166. A revisão correrá em apenso ao processo originário.

Parágrafo único. Na petição inicial, o requerente pedirá dia e hora para a produção de provas e inquirição das testemunhas
que arrolar.

Art. 167. A comissão revisora terá 60 (sessenta) dias para a conclusão dos trabalhos.

Art. 168. Aplicam-se aos trabalhos da comissão revisora, no que couber, as normas e procedimentos próprios da comissão do
processo disciplinar.

Art. 169. O julgamento caberá à autoridade que aplicou a penalidade.

Parágrafo único. O prazo para julgamento será de 20 (vinte) dias, contados do recebimento do processo, no curso do qual a
autoridade julgadora poderá determinar diligências.

Art. 170. Julgada procedente a revisão, será declarada sem efeito a penalidade aplicada, restabelecendo-se todos os direitos do
servidor, exceto em relação à destituição do cargo em comissão, que será convertida em exoneração.

Parágrafo único. Da revisão do processo não poderá resultar agravamento de penalidade.

TÍTULO VI
DA SEGURIDADE SOCIAL DO SERVIDOR

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 171. O plano de seguridade social dos servidores públicos municipais será mantido por lei própria, que regulamentará a
concessão dos benefícios, observadas as disposições desta lei.

Art. 172. Os benefícios previstos no Plano de Seguridade Social do servidor do Município de São José do Rio Pardo compreendem:

I - Ao servidor:

a) aposentadoria;
b) auxílio-natalidade;
c) salário-família;
d) licença para tratamento de saúde;
e) licença à gestante, à adotante e licença-patemidade
f) licença por acidente de trabalho;
g) assistência à saúde;
h) garantia de condições individuais e ambientes de trabalho adequadas, conforme legislações pertinentes.

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II - à família:

a) pensão vitalícia e temporária;


b) auxílio-funeral;
c) auxílio-reclusão;
d) assistência à saúde.

§ 1º As aposentadorias e pensões serão concedidas e mantidas pelo Instituto Municipal de Previdência de São José do Rio
Pardo, nos termos da lei específica.

§ 2º O recebimento indevido de benefícios havidos por fraudes, dolo ou má-fé, implicará devolução do total auferido, sem
prejuízo da ação penal cabível.

CAPÍTULO II
DOS BENEFÍCIOS

Art. 173. Os benefícios previdenciários dos servidores públicos municipais serão regulamentados por lei específica, observada
legislação superior.

CAPÍTULO III
DO CUSTEIO

Art. 174. O plano de seguridade social do servidor será custeado com o produto da arrecadação de contribuições sociais
obrigatórias, na forma da lei.

TÍTULO VII

CAPÍTULO ÚNICO
DA CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA DE EXCEPCIONAL INTERESSE PÚBLICO

Art. 175. Para atender às necessidades temporárias de excepcional interesse público, poderão ser efetuadas contratações de
pessoal, por tempo determinado, mediante contrato de locação de serviços.

Art. 176. Consideram-se como de necessidade temporária, de excepcional interesse público, as contratações que visem a:

I - Combater surtos epidêmicos;

II - Atender a situações de calamidade pública;

III - Substituir professores, médicos e demais profissionais na área da saúde;

IV - Atender a outras situações de urgência, devidamente justificadas;

V - Evitar a solução de continuidade em outros serviços públicos essenciais.

§ 1º As contratações de que trata este artigo terão dotações específicas e obedecerão ao prazo máximo de 6 (seis) meses,
conforme disposições constitucionais.

§ 1º As contratações de que trata este artigo terão dotações específicas e obedecerão ao prazo máximo de 12 (doze) meses,
conforme disposições constitucionais. (Redação dada pela Lei nº 2755/2004)

§ 2º O recrutamento será feito mediante processo seletivo simplificado, sujeito a ampla divulgação ou outra forma descrita
em lei, no caso de professores.

§ 3º Os processos administrativos que tratarão das justificativas para se contratarem servidores temporários, deverão conter a
superior autorização do prefeito.

TÍTULO VIII

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CAPÍTULO ÚNICO
DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS

Art. 177. Compete ao Poder Executivo, ao Poder Legislativo, às Autarquias e Fundações Públicas Municipais, no âmbito de suas
respectivas funções administrativas expedir as normas regulamentares necessárias à perfeita execução das disposições deste
Estatuto, obedecendo fielmente aos seguintes requisitos:

I - Não haverá restrição ou ampliação de direitos e deveres definidos neste Estatuto por meio de qualquer disposição
regulamentar;

II - Os regulamentos deverão ser emanados por atos regulamentares gerais ou específicos dos órgãos a que se refere o caput
deste artigo, em atendimento das peculiaridades dos serviços prestados por seus servidores, no período de 120 (cento e vinte)
dias, sob pena de improbidade administrativa, devendo o responsável pelo órgão responder na forma da lei pelos seus atos;

III - As normas procedimentais existentes que contrariem este Estatuto serão revogadas automaticamente;

IV - Aplica-se ao Poder Executivo o disposto no inciso II deste artigo.

§ 1º O prazo para a adaptação regulamentar a este Estatuto será de 6 (seis) meses, a partir da sua publicação.

§ 2º Para as vantagens pecuniárias que dependam de regulamentação, poderá ser previsto no regulamento prazo para sua
entrada em vigor, de acordo com as possibilidades orçamentárias e financeiras.

Art. 178. Os prazos processuais previstos nesta lei serão computados em dias corridos, excluindo-se o dia do começo e incluindo-se
o dia do seu vencimento, salvo disposição em contrário.

Parágrafo único. Considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia útil, se o término ocorrer no sábado, domingo ou feriado.

Art. 179. São isentos de taxas os requerimentos, certidões de ordem administrativa e outros documentos de interesse pessoal do
servidor público municipal, requeridos nos termos do regulamento.

Art. 180. O dia 28 de outubro será consagrado ao servidor público municipal.

Art. 181. O Magistério e a Guarda Municipal são regidos primeiramente por esta lei e pelo disposto no Estatuto do Magistério e
Estatuto da Guarda Municipal Comunitária, de forma a preservar-lhes os direitos.

Art. 182. Os recolhimentos dos encargos e contribuições destinados ao Fundo do Instituto Municipal de Previdência serão
repassados até o último dia útil de cada mês.

Parágrafo único. Ultrapassando o limite disposto no caput deste artigo, o Prefeito Municipal perderá o mandato, tacitamente,
conforme o disposto na Lei Orgânica Municipal.

Art. 183. A Prefeitura Municipal tomará as providências necessárias à adoção de medidas relativas à segurança, higiene e medicina
do trabalho, através do diploma legal específico, no prazo previsto nesta lei, observada a legislação federal pertinente.

Art. 184. Os servidores que tenham sido admitidos mediante concurso público, em período anterior à promulgação da presente lei
terão seus direitos quanto à estabilidade assegurados, nos termos do artigo 5º, inciso XXXVI, da Constituição Federal, observado o
estágio probatório.

Art. 185. Fica autorizado às entidades representativas de classe efetuar desconto em folha de pagamento de vencimentos dos
servidores públicos municipais, ativos, inativos, pensionistas, da Administração Direta e Indireta, valores referentes a mensalidades,
contribuições ou convênios firmados entre as entidades com empresas comerciais ou instituições financeiras.

§ 1º Os descontos em folha mencionados neste artigo, salvo os obrigados por Lei, só serão admitidos com autorização
expressa do servidor.

§ 2º O percentual mensal de desconto não poderá exceder a 30% (trinta por cento) da remuneração do servidor ou

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05/05/2023, 17:31 Estatuto do Servidor Público de São José do Rio Pardo - SP

pensionista municipal.

§ 2º O percentual mensal de desconto não poderá exceder o limite estabelecido em legislação federal. (Redação dada pela Lei
nº 5728/2021)

§ 3º Caso o servidor se utilize da licença para assuntos particulares, ou seja, exonerado do cargo ocupado na Administração
Municipal, deverá ser feito levantamento dos valores de gastos decorrentes dos convênios firmados pelas entidades
representativas de classe.

I - Os valores apurados serão objetos de desconto na última folha de pagamento a que o servidor fizer jus.

a) Caso o valor ultrapasse o limite estabelecido no § 2º deste artigo, o servidor deverá prontamente negociar diretamente com
as empresas ou instituições financeiras o pagamento dos respectivos valores.
b) Fica a Prefeitura Municipal, as Entidades Representativas de Classe, Instituto Municipal de Previdência e Fundações ou
Autarquias isentos de qualquer responsabilidade oriunda dos gastos efetuados pelos servidores ou pensionistas.

Art. 186. As despesas decorrentes da presente lei correrão por conta das dotações orçamentárias próprias suplementares se
necessário.

Art. 187. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, com seus efeitos retroativos a 21 de abril de 2003.

Art. 188. Revoga-se a Lei nº 1793, de 08 de dezembro de 1993, e alterações posteriores.

São José do Rio Pardo, 16 de março de 2004.

JOÃO BATISTA SANTURBANO


Prefeito municipal

Download Anexo: Estatuto do Servidor Público de São José do Rio Pardo-SP


(www.leismunicipais.comhttps://s3.amazonaws.com/municipais/anexos/sao-jose-do-rio-pardo-sp/2004/anexo-lei-ordinaria-2712-2004-sao-jose-d

Download Anexo: Declarações de Inconstitucionalidade presentes nos artigos 48, 49 e 68.


(www.leismunicipais.comhttps://s3.amazonaws.com/municipais/anexos/sao-jose-do-rio-pardo-sp/2004/anexo-lei-ordinaria-2712-2004-sao-jose-d

Nota: Este texto não substitui o original publicado no Diário Oficial.

Data de Inserção no Sistema LeisMunicipais: 10/03/2023

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