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É POSSÍVEL E BIOLÓGICO

“A feitiçaria baseia-se na pressuposição de que o Cosmo é um todo e de


que, portanto, existem ligações ocultas entre todos os fenômenos naturais. O
feiticeiro tenta, por meio do seu conhecimento e poder, controlar ou, pelo
menos, influenciar essas ligações a fim de produzir os resultados práticos que
deseja." Jeffrey B. Russell e Brooks Alexander apresentam um estudo
completo sobre o tema em História da Bruxaria: Feiticeiras, Hereges e Pagãs.

A citação acima tem o condão de dizer que nada é sobrenatural: tudo


pode ser produzido biológica e fisicamente: Joana Darc, o mago Rasputin, a
Madame Helena Brawaski, Jane Seth/Jane Roberts e seu Seth, no Livro
"Eterna Validade da Alma", e os dez magos ou bruxos mais famosos do
mundo, como: Cornéllius Agrippa, Chaim Samuel Jacob Falk, Nicolas Flamel,
Paracelso ou Philippus Aureolus Theophrastus, juntamente com o conhecido
Gerard Eucausse, de pseudônimo Papus e Hew Draper, John Dee,Edward
Talbot ou Edward Kelley, Eliphas Levi e o mal compreendido Aleister Crowler,
todos são de natureza biopsicológica e material, graças à compreensão do
Todo Imanente.

Aleister fez maldades com seus poderes, mas quem não fez nas várias
encarnações? Quem não tiver faltas, que atire a primeira pedra.
Mister Aleister Crowler nos ensinou na senda da própria vida, com as
experiências aprendidas das sombras surgidas, uma preciosa lição de alerta: a
alumiar outras veredas batidas rumo à iluminação.

O caminho inverso, de São Cipriano, de bruxaria, aprendizado e


santidade, nos revela com detalhes a inversa possibilidade de redenção
também pela caridade. Nascido no século III, foi introduzido logo cedo na
irmandade dos magos e, após uma estadia entre os persas, aprendeu as artes
da adivinhação e invocação. São Cipriano, no entanto, foi Bispo de Antioquia,
passou à história como mártir e santo.

Ainda que tenha se curado no espírito das artes de Bruxaria, se tornou,


no entanto, menos famoso que seu grimório de rituais e de
encantamentos mágicos escrito pelo mago antes da sua conversão ao
Cristianismo, o mais que conhecido livro da capa preta ou o Livro de São
Cipriano.

Joana D'Arc trouxe encanto ao mundo na sua batalha contra os inimigos


na memorável Guerra dos Cem Anos, que se encerrou graças à sua
coragem, angariando todo o ódio do patriarcado por ser uma mulher que
receberia todos os louros da glória, mas esse revestimento luzidio de dogmas
religiosos para punição de hereges guerreiras remonta a tempos imemoriais.

Nascida em 1412, em Domrèmy, França, D'Arc foi considerada heroína


da França pelos seus feitos durante a Guerra dos Cem Anos, com os
Britânicos. Acabou executada numa fogueira, unindo no sacrifício supremo,
ingleses machistas e franceses mal-agradecidos, com dupla acusação de
bruxaria e heresia numa união jamais imaginada pela causa romana, ou seja,
da Igreja Católica. O poder do patriarcado foi decisivo para a morte da
jovem de 19 anos de idade apenas.

Havia precedentes de seus poderes, em 1425, aos 13 anos de idade,


Joana, ainda adolescente afirmou aos seus pais, Jacques d’Arc e Isabelle
Romée, ter visto no quintal de casa os santos de devoção dos franceses:
Arcanjo São Miguel, Santa Catarina de Alexandria e Santa Margarida de
Antioquia, pedindo para que ela lutasse contra os ingleses na defesa do Rei
Carlos VII, a quem visitou depois de 11 dias de espera, tendo inclusive se
despido de sua vaidade única feminina, cortando os  próprios cabelos, e se
apresentando como se fosse um soldado. O reconhecimento de santidade
somente veio séculos depois, tornando-se aquela ex renegada bruxa a
padroeira de toda a França.

Tudo pelo reconhecimento que hoje se tem da dignidade e da força da


mulher. O mundo sem Joana seria outro, talvez a Geopolítica também, pois os
ingleses se detivessem os dois lados do Canal da Mancha teriam o Super Ego
exacerbado ao ponto de terem eles próprios lutado sem a ajuda da Rússia,
Estados Unidos e Aliados contra o III Reich, com resultado incerto para o
mundo civilizado.
MEMÓRIA VOLÁTIL

A memória em desencanto e a total falta de memória tem sido o


pesadelo da atual geração. Como nas máquinas (hardwares) e nos softwares
(programas), a memória humana passa por um processo de disco rígido ou
winchester para um processo de volatilidade ou RAM. A cada evolução da
Internet menos tempo de memória Random Access Memory e mais profundo
no HD ou Disco Rígido o emaranhado de riscos ocorrendo, ruído ensurdecedor
aos seres sensitivos, até que um apagão se instale.

Bruxos e bruxas tiveram a infância povoada de trevas das buscas de


sentido para suas visões, mais explicações plausíveis às descobertas
aterradoras.

— Comum a todos místicos, adolescência atribulada pelo inconformismo


com a situação de atraso religioso, devido às mentiras e contradições da fé -
lembra aos neófitos o líder Megaron - Pois todos eles e elas trazem na sua
memória permanente a existência dos poderes pessoais de levitação,
transmutação, projeção, transmigração e de cura, além dos outros todos
recebidos no ser original, sem qualquer necessidade de muletas religiosas -
conclui.

Sentindo comprar a um preço alto o que já possuía com sobra, todo ser
iluminado de outras vidas se rebela contra dogmas religiosos ou se torna um
usurpador e comercializa cinicamente seus dons, sem ensinar tudo quanto está
sendo ministrado no seu verdadeiro véu.

Alguns países estão sendo condenados ao desastre espiritual


exatamente quando poderiam estar brilhando nesta dobra do espaço-tempo.
Exceção feita aos magos revelados e aos abnegados condutores de rebanhos,
muitos inflamados pregadores de boas novas são verdadeiros buracos-negros,
puxando as luzes para a mais densa treva, com seus rituais de coleta da
"energia dinheiro", enganando boas intenções dos seguidores da Deusa Diana,
cujos templos imitam os de reis dedicados à Ciência de Deus e à
aprendizagem da evolução no conhecimento armazenado por vidas
sucessivas.

Viver isso numa vida apenas, tem levado bruxos, ragas, pajés e xamãs
ao sofrimento extremo da loucura. Aconteceu a Baga Vanga, da Bulgária, ficar
cega, ao mago Rasputin a sombra do poder no Império Russo, ao Osho, no
século passado, a fuga num amontoado de presentes caros, sem contar as
internações psiquiátricas do Zuza da Deusa.

Vidas sem a compreensão necessária do mundo. As dimensões


entrando em conflito com realidade atrasada de seu tempo de vida física. Dor
de se sentir desacompanhado na jornada. O místico também sofre por ver além
da capa do falso condutor de ovelhas o real lobo que costuma seguir à frente
dos rebanhos.

Rasputin via o fim da Monarquia Russa se aproximar, mas entrou dentro


do reino da opulência e as sombras o detiveram naquela condição de
eminência. A estatura de Grigori Yefimovich Rasputin é de um místico russo,
mas foi autoproclamado homem santo quando se aproximou da família do Czar
Nicolau II, tornando-se figura politicamente influente no final do período
imperial.

A suma de sua aparição no perfil histórico nos faz refletir que a


autoproclamação fez com aquela abundante fonte de luz e sabedoria. O
místico verdadeiro foge de todo o reconhecimento, porque a fonte é milhões de
vezes maior que o ator em cena sob aqueles holofotes do Altar do Alto.
ESPELHO E LUZ PRÓPRIA

A magia está no espelho e na luz própria. Todo dia pela manhã, ante a
luz, na frente do espelho, a magia acontece primeiro em quem olha a própria
imagem e depois nos outros e, finalmente, no mundo, pois todo o Universo
reage à visão e da subsequente avaliação de quem olha.

Há uma magia no ato de acordar pela manhã tentando se reconectar


com o ontem e seu enredo. Na morte sucede o mesmo, acordando o “ser
interior” à procura do há pouco vivido, este lhe é oferecido de outras melhores
existências, como num filme pronto e já projetado.

— A morte, na minha humilde opinião, pode ser um fenômeno bastante


aceitável. A morte normal é realmente um processo tranquilo, algo que
podemos reconhecer, para o qual podemos nos preparar e algo com o que
podemos lidar - diz Kathryn Mannix, médica britânica autora de livro sobre o
assunto, após décadas de acompanhamento de doentes terminais.

Sobre a magia do despertar em Paz, existem vários ensinamentos no


mundo, todos eles com bases sólidas. O horário da frequência de ondas alfa no
cérebro pode ser usado para garantir um dia feliz e como a vida é feita de cada
manhã, todo dia um recomeço.

As ondas alfas têm entre 7 e 14 ciclos, levando ao estado de


relaxamento e meditação, fazendo a ponte entre realidade e fantasia,
importante para facilitar a quebra de resistências ao que parecia impossível.

Neste período toda a razão cede espaço para a emoção e a fantasia.


Mas, se você tiver sono para a "siesta" do meio-dia, por exemplo, é do mesmo
jeito, tão criativa hora que empresas sérias e focadas no próprio crescimento,
como a Windows oferece aos seus milionários colaboradores nas suas próprias
confortáveis dependências. Um gigante executivo como o megaempresário Bill
Gates não iria desperdiçar algo tão precioso como o tempo de milhares de
mentes geniais.
A morte como vida no tempo da dimensão diferente. Um barco
conduzindo o morto pelo Elêusis no meio do fogo tem sido o melhor retrato
dessa passagem de transição por séculos.

O barco é todo o conjunto de corpos que revestem o vivente, o fogo


alumiando o caminho em forma do calor das ações na vida presente e o lago
ou rio representam a eternidade de todo o ser.

A chegada nunca é revelada, pois a ninguém tem sido dado antever o


próprio destino. Apenas aquela libertação sentida aponta para a felicidade
extrema no outro lado.
PAJÉ FAZ CHOVER

— Tserenhorada, pajé xavante, sentado na carroceria de um Toyota


Bandeirante, em velocidade de 60 km por hora, vendo uma nuvem carregada
de água e energia se aproximar, resolveu agir e com sopro direcionado, olhar,
intenção e agitando aa duas mãos em concha, teve êxito, afastando a chuva -
narra Khan, que na ocasião se sentava ao lado do indígena.

Na cosmologia do Povo que se autodenomina, A’uwe Uptabi ou Povo


Autêntico, descendentes dos antigos Xerentes da Aldeia Barracão de Goiás, a
figura responsável por conhecer os efeitos medicinais das ervas é o “pajé”, na
tradução do Tupi.

O pajé é o xamã, ou seja, espécie de sacerdote, médico, curandeiro,


conselheiro, adivinho e líder espiritual com poderes de natureza ritualística,
mágica e religiosa, reunindo desde seu nascimento a capacidade de manter
contato com o universo sobrenatural e forças da Natureza.

O encanto foi feito usando o poder natural da aerocinese, capacidade de


gerar, absorver o elemento ar, controlando o vento. Isto inclui produzir
rajadas que pode direcionar, atrair ou empurrar nuvens, com ar em movimento.

A explicação foi fácil, mas aquela engenharia gestual se torna impossível


à luz da razão, restando buscar no fenômeno da vocação natural do pajé o
motivo do resultado.

O poder é do Pajé, mas a descrição é a seguinte, para o caso de ser um


xamã: para realizar esta façanha, primeiro sente e olhe paras a nuvens, feche
os olhos, depois você deve visualizar-se nitidamente pegando nas mãos, como
em um sonho lindo, mais tarde você deverá concentrar ar, com as mãos, em
todo o local em sua volta, lançando o ar e o vento, com as duas mãos, para
todos os lados.

Depois de repetir o lançamento do ar sentado, levante-se e faça o


mesmo em pé, jogando, com mãos físicas e mentais em conchas, as rajadas
de vento até o céu, procurando mudar as correntes de vento à sua volta.
OS QUATRO ELEMENTOS

Você dorme com a psiquê do velho de ontem e acorda renovado em


espírito, porque "eis que faço tudo de novo", visto que a natureza é "inércia e
movimento". Contém Deus Universo e está contida em Deus Multiverso.

— Veja a terra, os outros planetas dentro e próximos na Via Láctea. Tem


estabilidade do ponto de vista interno, enquanto fora há movimento e
velocidade. Todos os elementos que formam seu corpo são os mesmos que
estão lá fora: ar, fogo, água e terra. Podendo manejar os quatro elementos
externos, você pode mais facilmente controlar suas forças interiores. Água é o
elemento mais complicado. Fogo, depois na Terra e depois o Ar, a ordem em si
não importa. Pense em tudo que existe de vida nestes quatro elementos:
salamandras, silfos, serpentes ígneas e o que você já conhece fora do fogo, do
ar na água e na terra – diz Megaron.

— Você estrará no Carmo Elementar para treinar o seu controle de


águas, aproxime-se de alguma das cachoeiras e as observe. Sinta o seu cheiro
e em seguida tente formar mentalmente ondas na cachoeira, se conseguir
estará pronto e se tornará xamã - Megaron ensina aos povos do Xingu, onde o
dom natural é percebido e prescrutado até o desenvolvimento completo - O sol
é o fogo alquímico e real, portanto, fogo é perigoso inspirador e destruidor de
impurezas.

Ninguém que se sentar à beira de uma fogueira crepitando não deixará


de sentir lembranças ancestrais ou genéticas. A força contida nisso é de uma
represa prestes a romper ou canalizada para potentes turbinas de energia
elétrica.

O melhor detergente, depurador de manchas profundas: fogo, elemental


muito quente e que deve ser controlado com um cuidado enorme, devido ao
perigo de suas possíveis queimaduras no seu aspecto físico ou quase físico,
porque o fogo é tangível, visível, palpável, mas não é portável sem algo físico,
necessitando de lenha, cogumelo seco, tecido ou mineral para seu transporte.
Entretanto, o ato consciente de dominar o fogo no seu aspecto xamânico
é muito simples. Pense em uma imensa e crepitante fogueira aberta aos céus e
em seguida tente lançar, com as palmas de suas mãos, raios de fogo. Faça
isso tenazmente, com toda a energia, várias vezes, até ver o resultado em
faíscas e labaredas.

Pisar brasas quentes sem cinzas e não queimar os pés nunca foi milagre
espiritual, mas truque elementar, pois não é o fogo em si, revelando-se algo
protetor entre o físico e o fogo, pois a temperatura no centro é menor que na
periferia, como no interior do sol, no meio do buraco negro, "wormehole", onde
ganhamos estabilidade, transporte e novas dimensões.

— Você é feito de Terra, de pó de estrelas, de chão do rés, do barro e


somente continua rastejando a sua natureza biopsicológica de réptil porque
não se reconhece assim. A terra precisa ser dominada, mas não esquartejada
como fazem idiotas - assevera o líder ouvido por Khan Alex, no Conselho.

Controlá-la? Medite e visualize continentes, ilhas, penínsulas, toda a


superfície coberta por terra no planeta, em seguida concentre nas pequenas
bolinhas de terra à sua volta e as transforme em uma semente que ao cair
sobre o solo deve ser erguida em forma de gigantescas árvores, por seus
poderes como a serpente no deserto.

O reino se assemelha à semente de mostarda, a menor delas, que, de


bolinhas quase invisíveis, se tornam o que são. Finalmente, sobre o fogo, o
elemental, se a lenha for tocada pelo vento no lado oposto ao da brasa as
chamas consumirão numa velocidade mil vezes menor que se fosse do lado da
queima na madeira, isso para todas as abordagens da raiva, da fúria, da guerra
e dos planetas a serem explorados.
SEU CORPO DESPERTO

O despertar do corpo para ele próprio se livrar do véu da ignorância se


dá no tapa, na batida firme, no toque, no tambor e no ritmo. Bater no peito e
afirmar: "Aceito essa cura, isso vai ser para o seu mais alto bem", mas demora
pois é autoconvencimento e para se convencer tem de primeiro se
autoconhecer.

Se conhecer torna-se tão importante quanto praticar o amor próprio, que


exige silêncio e amor incondicional ao estranho. Estranho mesmo, porque não
há uma conexão espiritual com a sua própria imagem, havendo julgamento e
cobrança, antes que se tenha praticado meditação, conexão, na base da aura
mantra ou do ritual de entrega para renascimento do Eu Superior.

Bobagem pensar em fortalecer o espírito, pois ele é imensamente forte,


já que nunca se separa de vez com o Todo. O que acontece é um aparente
distanciamento do manto quântico, mas, como a resina dura e sólida, ou a
seiva, seu estado líquido, o espírito nunca desgruda de vez da grande árvore
ou Deus.

Contudo, apenas para garantir a sua crença de força, porque a carne é


fraca você deve perseverar na virtude, caminhar no sentido de deixar um
mundo melhor do que achou ao nascer, fazer aos outros somente o que
gostaria que os outros lhe fizessem, viver sem depender muito dos outros, se
possível; abençoar cada coisa boa sem amaldiçoar o ruim, desviar a atenção
de notícias péssimas ou tragédias.

Religiões para o espírito parece piada, academias fazem melhor que


igrejas. As seitas, igrejas, mesquitas, sinagogas e templos deveriam servir para
melhorar a conexão do corpo com o Ser Superior, Eu Sou, mediante o
convencimento de "Eu Não Sou Corpo, Também Não Sou Mente, mas Eu Sou
Um em Espírito com Deus". "Eu Sou" já bastaria para melhorar o mundo,
dissolvendo a ilusão da individualidade.
A transição do homem religioso para o homem integral, completo,
espiritual, está sendo feito agora, com a elevação da consciência animal para a
consciência individual de serviço, sem interesse mesquinho de salvação.

Após este nível, irá para a consciência de autoestima, e, se conseguir,


para o nível de consciência de transformação, indo em sequência ascendente
para a consciência de coesão interna, dali, em evolução, para o nível de
trabalhar para deixar uma marca no mundo e finalmente, de entrega total,
serviço e solidariedade.

A última fase de consciência é a busca de Deus na figura do outro, onde


toma consciência da unicidade de Tudo com o Todo Perfeito, conforme nos
tornamos um com nossa solidariedade e da consciência de busca do outro
para a consciência de total com o Todo.
NÃO SOU CORPO, NEM MENTE

Ninguém é o corpo da Ginástica, como também não é a mente da


Escola ou da Universidade, você poderá adquirir uma mente perseverante com
um pouco de trabalho e paciência. Desenvolva determinação adquirindo mais
consciência dos seus reais valores espirituais, cultivando a convicção de viver
de acordo com metas pessoais e tornando-se resiliente o bastante para
superar adversidades.

Nascerem pobres, num lugar miserável, de pais sem formação


escolar, ter um governo insensível e corrupto, foram fundamentais para muitos
alçarem voos de águia na década de 60, 70 e 80, especialmente no Brasil. Os
governos vindouros não souberam aproveitar esta bagagem para o preparo
das novas gerações.

Como na pirâmide de Abraham Maslow, o capital acumulado virou


ignorância e massa crítica, já que suprir necessidades básicas cria demandas
de novas necessidades, num ciclo virtuoso crescente. A tragédia é que as
filosofias medievais jamais admitiriam isso, pois a sua interpretação do
iluminismo tem desvios propositais de interpretação.     

O resultado foi a volta das trevas ao poder e a regressão às condições


anteriores, num ciclo vicioso de atraso para a mente e miséria do corpo.
Agora, todos os esforços de bruxos se concentram na mudança desses
paradigmas, com alta magia, sem acepção do certo e do errado, bom e mau,
pod poc, por todas as nove, curtos, garotos e aléns. Para retirar da escravidão
autoimposta os trabalhadores da sombra e isso exige a Alquimia da Luz.
Caindo a sombra, derramada a luz, morrerão os impostores e charlatães
religiosos.

— Se não sou esse corpo, se não sou esta mente, logo não me


condiciono às imposições do poder, seus exércitos e igrejas ou de combalida e
dividida ordem secreta saída da igreja-mater, hoje mancomunada com a
imposição das trevas e do medo. Livre para o exercício da liberdade, com a
vara, o baco, o escudo de luz, reúno exércitos e faço combate no âmago do
profano - como sentenciou Megaron ao seu discípulo e escudeiro nas viagens
de projeção astral.

O corpo real e a mente superior não obedecem às regras de um mundo


caótico, porque não foi levado ao engano de um deus terrível, do homem
religioso de árbitro, da humanidade ignorante e apegada às superstições vãs,
sem livros completos ou sem livro sagrado algum.

Há dois mil anos o Ocidente perde tempo cuidando do espírito, da alma,


da essência, quando que somente precisa fazer é reconectar o avatar-corpo
com sua natureza primitiva, voltar a ser húmus, para a Terra vir a ser seu lar
espiritual, seu berço natural.  A conexão corpo-espírito se dá quando houver o
respeito com a mãe provedora, sem gritos, sem orações e sem aflitas buscas,
apenas contemplação e sentimentos de gratidão.
CRIAR NOVA REALIDADE

A criação da mente consiste em fixar no plano da consciência uma meta.


Tudo é mental. Primeiro ocorre no plano mental, depois vem a identificação e,
finalmente, a concretização no plano físico e material. Sem sonho, sem
riquezas.

Os sonhos são nossos guias de quanto estamos progredindo na meta de


concretizar os desejos. A simbologia do pai é de que estamos acertando na
consecução dos objetivos, se aparece um bezerro e sinal de que devemos
esquecer ídolos ou apegos. Se aves em fuga é sinal de que há urgência de
foco no nosso desejo.

A ceifa nos sonhos é sinal de grande colheita entre a humanidade,


significando ganhos para quem governa mesmo o plano da vida, pois tudo é o
oposto do oposto do caminho: a dor da perda tem sido ilusão, porque a vida é
fardo e tribulação, enquanto a morte tem o signo da liberdade desejada e a
nova terra com mais alegria, movimento e emoção.

O fim do homem e da mulher somente tem símbolo de tragédia quando


é provocada pela própria criatura humana em si e em outrem. No primeiro
caso, o filho do homem se perde num emaranhado de destinos terríveis, pois a
bússola foi perdida e a guia afastada no ato extremo de menos valia. A medida
foi esvaziada e onde está o seu tesouro aí estará o seu coração. Se você foi
capaz de se matar, que tesouro pode aquilatar?

Já aniquilar o outro é tragédia, porque a morte real é de quem mata,


enquanto o outro, o supostamente morto, se sente vivo, anunciando isso nos
quatro cantos do mundo das sombras.

O xamã, bruxo e feiticeiro, Pajé ou vidente, na fala com a personalidade-


alma do falecido recebendo dela sempre a mesma notícia de que o
falecido é sobrevivente, mas mortos são autor ou mandantes do crime, uma
verdade também pelo fato de que somos um só com o Eu Sou.

A proclamação desta verdade tem o condão e o propósito de manter o


criminoso enredado nos laços do sangue derramado do templo profanado, por
isso voltando sempre ao local do crime até ser devidamente sepultado na culpa
e, invariavelmente, preso numa cadeia física ou mental/espiritual. O morto criou
aquela horrenda realidade paralela para seu algoz, com a sua nova capacidade
de projeção no espaço e no tempo.

A senda norteia o místico para a descoberta do que segue errado com o


vivente em sintonia com o que agora usa o véu da imortalidade.

Uma teia invisível os liga, como aranha e a mosca aprisionada no visco


de sua excreção tênue, mas não é imperceptível ao que nasceu para ver o que
se desenha no sentido anti-horário.

Este liame permite a construção do arcabouço de engessamento


inquebrável, levando à solução de todos os crimes de morte, mesmo os não
revelados ao mundo. Matar é tirar vida preciosa do Eu Sou um com Eu Sou.
Espécie de suicídio, já que há um manto nos ligando para todo o sempre.
Morrer se faz necessário ao agressor, mas isso acontece em outro nível que
não o de perder a própria vida, morrendo-se lentamente no próprio conceito de
vida e o mundo se desmorona a partir do ceifar a existência alheia.

As idas e partidas sucessivas terão as características da supressão do


sopro de vida, indo desde eventos simples aos mais complicados, não como
açoite de um Deus vingador, mas como a manifestação da própria Consciência
do verdugo dentro de cada açoitador.

A mesma mão que fere com ferro será ferida pela mesma " mão”. Não
há perdão a este nível, apenas gelinho vendido ao calibre de ouro nas Igrejas.
Capital ou Cabeça são ceifadas como escrito e seu rico talento em ouro não
compra o perdão por se matar matando o Eu Sou.

Para o perdão crie em sua volta uma vida abençoada para os outros,
leve Paz verdadeira e permanente a todos os viventes, do menor ao maior,
faça do mundo degraus de evolução, sem esperar recompensas, pois não
gratificação no conserto a ser feito no vale que abriu, apenas brisa após suor
gelado, e um riso depois de passada a dor da subida, como alegria de um pôr
do sol.
PERSISTÊNCIA E CORÊNCIA

O caminho escolhido deve ser o do meio, pois tem aquele sulco de


Caterpilar no barro da estrada em profundidade necessária para não ser
abandonado quando o caminheiro precisar automatizar sem esforço. A
coerência da escolha vai dar a vitória.

Ser saudável exige a escolha: comer até empanturrar ou comer de


acordo com a atividade que pratica e ser feliz. Se o seu trabalho envolve
apenas o físico pode até comer mais, consciente da medida necessária para a
limpeza no outro dia; mas, se você pratica apenas atividade intelectual seu
consumo de alimentos será menor e mais consciente pois as qualidades dos
alimentos são venenos para a mente.

A outra razão da má qualidade de vida, gerando desajustes e ausência


de energia vital para seus poderes, vem da falta de contato com a natureza, o
ar, a água em cachoeiras, o fogo, a terra tocando seus pés. Finalmente, advém
a depressão e a dor moral, com consequências desastrosas e o desequilíbrio
emocional, podendo matar inicialmente o corpo etéreo e em seguida o físico,
que se projeta dele. A morte física é detectável seis meses antes, se por
doenças, por isso.

Há uma ausência do movimento e aumento da inércia no sistema


parassimpático no corpo. Os xamãs detectam no primeiro olhar, por inexistirem
cores e brilho na aura do moribundo em movimento. A visualização do quadro
deve ser guardada com o adivinho, pois há o evidente risco de se ferir
suscetibilidades.

A premonição não se altera, mas associa o vidente ao mau presságio,


além de não servir para diminuir as dores das perdas. Nem sempre se vê algo
grandioso. As visões vão de coisas corriqueiras a eventos distantes, sem
relação com a própria comunidade. Uma enchente repentina na Índia, numa
paisagem em que o bruxo jamais pisou nesta existência, faz parte do quadro
de visão dos eventos.
Duas aeromoças conversando antes do embarque no fatídico voo 447,
do Rio a Paris, em 2009 com 288 mortos, inclusive de integrante da família real
portuguesa-brasileira, o fim trágico de alguém da família num lugar distante mil
quilômetros ou mais. Um porteiro moreno baixo, de cabelos ondulados, em Juiz
de Fora, impedindo a visão do interior do Paço Municipal, para esconder
alguém que teria aberto avenida nos fundos do órgão público ao tempo de um
certo Melo Jardim.

Nada que possa ter relação com fatos do momento, aparentemente.


Como se houvesse um entrelaçamento quântico nas ocorrências relatadas e
milhares de outras apenas anotadas em cadernos sempre presentes nas
mesinhas ou sobre os armários de quartos.
VIVER É BURACO NA EXISTÊNCIA

A existência é contínua e viver constitui buraco-negro na eternidade. As


visitas à região dos mortos, muito constantes para os iniciados na senda dos
magos, são explicadas por exigirem abstração do corpo físico e um elevado
grau de vidência do visitante.

Há um encontro no meio do caminho, as vezes uma visita do etéreo e


nas muitas das ocasiões um deslocamento do xamã até aquele campo
vibracional na eternidade.

O maior impedimento aos novos xamãs desta época tem sido, nesta
ordem: a religião limitadora, o álcool, o excesso de comida, o escândalo no
primeiro contato, pois o medo inibe a experiência mística.

A religião limita ao ensinar os dogmas que não validam amor


incondicional, a comida parada nos intestinos por gerar veneno que vai até o
cérebro. Álcool por endurecer tecidos e introduzir outros espíritos que não os
desejados e o escândalo ("não vos escandalizai") por ser entendido por eles
como perigo ao visitante e razão de queda. Quase todas as atuais seitas
religiosas têm o escândalo como primado e o medo como atrativo.

Se alguém promete morte eterna, castigo de um Deus implacável, e


durante todo o ritual coletivo grita sem parar, repetindo inúmeras vezes as
imprecações de inimigo imaginado pelo ouvinte, não deseja outra coisa, senão
o atraso mental, espiritual e material do buscador.

A partir da compreensão de que o ser humano nada precisa para a


perfeição, toda a natureza se harmoniza com as mudanças, inclusive quanto o
salto evolutivo a partir de um eventual ciclo carbono, somos obrigados a
acalmar toda a ansiedade por salvação. Nada a ser feito.

Somente Gratidão e o ímpeto único de subir degraus de Consciência. A


consciência iniciada no nível animal irracional precisa chegar ao patamar de
entender que somos apenas uma única consciência com o Todo, apenas
existindo a diferença da compreensão desse manto que nos une por alguns e a
total ignorância disso.
É como se estivessem todos no meio do buraco negro existencial, mas
alguns acomodados e com suas ilusões, no centro, e outros, conscientes de
uma saída nas bordas, recebendo a máxima energia das partículas de Deus.

Na qualidade de habitantes despertos deste Universo, poderemos nos


descobrir como embriões de um Universo mais antigo. Vamos então chamar a
Galáxia da Via-Láctea e tudo à sua volta girando e viajando com o singelo e
possessivo nome de Nosso Universo-Útero. A semente desta Placenta forjada
dentro de um buraco negro poderá ter-se desenvolvido há quase quatorze
bilhões de anos.

Por causa da imprecisão na escala espaço-tempo, suas dobras,


colapsos frequentes de ondas, embora o nosso Universo se tenha expandido
rapidamente desde aquela remotíssima época, poderemos ainda estar
escondidos atrás de um horizonte de eventos de uma calmaria efêmera (de
bilhões de anos), mas cercados de uma tempestade monumental, como
consequências de estar no meio do enorme buraco de minhoca.

Somente bilhões de anos darão respostas, não a nós, mas àqueles


seres que habitarão estes mundos tempestuosos destes vários Universos
dentro dos bilhões de Multiversos, onde apenas a Consciência Eu Sou paira e
observa "ad eternum".
MANIPULAR NUNCA

A interferência na vida do outro é o maior empecilho que pode acontecer


para barrar o crescimento espiritual de uma pessoa. Infelizmente, no entanto, é
o que acaba acontecendo mais frequentemente.

Os profissionais do direito, advogados, juízes e promotores,


procuradores, defensores, os agentes de saúde, médicos, professores,
religiosos, psicólogos, até o mais simples costureiro pode manipular o seu
cliente, freguês, aluno ou paciente, até sem o perceber, como resultado do
aprendizado que teve para exercício da profissão.

— Manipulação atinge o manipulador como um soco no estômago, se


descoberto e desmascarado o embuste - proclama o veredito do observador
Randal, no Colóquio de Guaiaquil, acerca do fenômeno desastroso para aquela
dimensão de xamãs dos Andes, na cidade portuária do Equador.

Por isso, a agenda de respostas não existe para os vocacionados.


Apenas perguntas difíceis, jamais respostas fáceis.

A escuridão não encobre a luz que o bruxo carrega dentro de si,


tampouco desvela o segredo contido nas sucessivas reencarnações do xamã
ou feiticeiro. A noite escura da alma de um desses seres dura vidas, mas ao
invés de clamor infrutífero, eles dão conforto e certeza aos descalços que os
procuram.

As vidas paralelas que cruzam as suas recebem o calor de sua


convivência, pois tudo se desfaz ao sabor da tola paixão. O amor está escrito
na dimensão que o rege, sem poesia e sem razão, mas como fio da espada,
cortando e sangrando cartilagem e ossos até o coração. O xamã ama o que foi
escolhido para lhe dar nova direção.

Numa casa “mal assombrada” (toda a casa tem sombras) o que ocorre é
manipulação dos sentidos para se produzir sons que causem medo ao incauto.
Numa dessas, o chamado "fantasma" abria portas, fazia soar o barulho da
porta se abrindo, passava numa sala do meio, saía pela porta dos fundos
fazendo barulho.
Observado o fenômeno em completa vigília, houve barulho, mas a porta
não abriu fisicamente, os passos vieram até a rede onde estava o observador,
pararam ali, prosseguindo depois de desviar sob punhos da rede de descanso
e manipulou o barulho da porta de novo, na saída para o quintal.

Numa outra edificação, ante duas luzes acesas, uma verde e uma azul,
no jardim, a antiga moradora já sem o avatar-corpo, alguns anos depois,
manipulou várias vezes o apagar da luz azul, acionando o sensível interruptor
da lâmpada específica. O cônjuge sobrevivente, vizinho do local, num ato falha
sugeriu que a falecida era apaixonada por verde. O azul não era a sua cor de
predileção.

A mente criativa do mundo pós–vida se desenvolve como aqui, muito


lentamente, por isso, assombrações, ou seja, as sombras como ações.
Manipulação se aprende no berço, ao chorar para atrair os pais ou outras
pessoas, quando eles não estão por perto. É o primeiro e o último a ser
abandonado pelos humanos que não atingem o nível de consciência mais alto,
o do serviço para União com o Todo Consciência, antes da morte.

Parece até brincadeira, mas oração tem o mesmo sentido de


assombração. Orar é mover-se no sentido de alcançar algo com aquilo que o
suplicante já não possui mais, a certeza de já possuir saúde, vigor, paz,
serenidade ou prosperidade.

Correto é visualização ou antever o que está apenas no manto da


existência após uma relaxada e sem esforço. Meditação é meditar a ação para
recuperar o que se perdeu ou o que se pensa não ter ainda, pois ninguém
nasce pobre, se nasce é sem o conhecimento da alquimia da transformação do
vil elemento em ouro real.
MAGIA DA ABUNDÂNCIA

Toda a abundância decorre da magia de ser alegre e feliz ao máximo


que puder. Há um encanto para ter riqueza: ser o máximo de alegre na vida,
independente do que você tiver, sentir ou tiver passado durante a
infância, adolescência e juventude. 

— Ninguém precisa vender nada, mas vender-se bem, como


personagem, rindo, cantando, conversando e sendo o melhor que puder ser -
já dizia o mestre Tá, um escravo que se refugiou nas Minas de Carvão para
não morrer no Brasil.

Tá era maravilhoso e expressava alegria. Trabalhava na perfuração de


poços e mal podia se conter lá embaixo de tanto que brincava e sorria. Era
forte e tirava mais pedras e metais preciosos que os outros. O velho Tá, alto,
gordo, moreno, com seu sotaque mineiro, com sua alegria e desprendimento,
juntava dinheiro para correr mundo, contando grandes histórias de incentivo
aos outros mineradores.

Uma dessas histórias dizia de uma mina soterrada a poucos centímetros


do veio de ouro, porque o dono da mina não soube distinguir a forma que
antecede o filão ouro em pepita: pedra dura de sair fogo à batida da picareta,
desistindo daquela escavação, para a alegria do paciente anão Bigorna, pai de
12 filhos incrivelmente gigantes e cheios de determinação.

A mulher do anão era gigante e vidente, se chamava Piedade e não


tinha filhas, apenas irmãs, que carregavam pedras do interior de túneis com
destreza e agilidade.

Os sonhos de Dona Piedade sempre se concretizavam, sendo o da mina


cheia de ouro um deles e por paciência e piedade, a mina foi restaurada para
alegria geral da comunidade em volta do “véio”.

– Se você andar pelas montanhas de Minas, ainda hoje encontrará com


o garimpo de ouro dos tempos de zagais, com o filho mais novo de Bigorna e
Piedade de capataz - completava velho Tá.
OLHAR E SUGESTOPEDIA

A sugestão inserida com os olhos malévolos no contexto do


subconsciente pode até matar quem os recebe inocentemente. Doido de fome
numa feira de ciências, Kahn Alex se aproximou de uma banca nagô de
comidas e, como apenas tinha moeda estrangeira, tentou adquirir guloseimas
de uma bruxa de olhos brancos.

Ela pegou a moeda, olhou com maldade em seus olhos, fez um olhar
vesgo e amedrontador para o menino, deixando-o tonto por horas
devolvendo então o dinheiro e nada disse.

No período de influência Russa, a sugestopedia prosperou na Bulgária e


cresceu a ponto de influenciar sábios até no Ocidente. A base da sugestopedia
é interagir com a força de atingir graus elevados de eficácia na cura do próprio
agente, quanto no seu espelho real, o outro, por meio de música, drama e
gestuais que tanto podem edificar quanto destruir barreiras psicológicas de
outrem.

Giorgi Luzarov, búlgaro, nascido em Sofia,  se dedicou ao estudo  da


sugestopedia como método  de ensino. A música clássica, a dramaturgia e
todos os recursos da sugestão do consciente e do subconsciente foram usados
em várias gerações de búlgaros. As décadas de 60, 70, 80 e 90 foram
povoadas destas técnicas de ensino na Bulgária e em vários países da Europa.

O tecido da parte virada para o lado em que entrava luz nos oceanos e
mares se tornaram sentidos físicos do ser humano ao longo da vida marinha do
organismo pré-humano especializando-se  ao longo dos milênios, na captação
da luz incipiente, calor, brisa, até se tornar o que é hoje: olhos, olfato,
derme paladar, audição, enquanto  a parte dentro da água se especializava em
sensibilidade para sentir e se defender por isso a sua capacidade de sentir
presenças mesmo sem vê-las diretamente.

Já os olhos, por estarem à  frente, em três áreas diminutas do rosto


primitivo, adquiriram mais influência no ambiente  físico, se transformando em
pontos nevrálgicos de importância fundamental para a saída do antigo
ambiente marítimo, galgando o posto de bússola para o novo organismo 
terráqueo em sua nova jornada vitoriosa.

O terceiro ponto de captação de luz se refluiu e virou a glândula pineal,


pituitária ou terceiro olho, colaborando com a intuição, clarividência e com a
mediunidade.

A biologia fez algo maravilhoso para o homem e algo perigoso para a


sua sobrevivência, que foi colocar a ilusão da separação do Todo e do outro
organismo, gerando a identificação, a ideia da supremacia sobre o outro igual
ou a ideia errônea de que pode servir a um Ser Superior, quando
somente pode ser servido, sendo todo o esforço apenas útil para ser grato.
IMPRECAÇÕES CARECEM DE TRADUÇÃO

As pragas de bruxos carecem de tradução. As palavras precisam ser


compreendidas para serem pragas. As bênçãos também não têm sentido sem
estarem no idioma da região de nascimento de quem as usou com eficácia de
mobilização da bem-aventurança pretendida e realizada. É da natureza de
ambos ter a colaboração do espelho.

A ambição Jesuíta de tribos convertidas e falando latim servia a um


projeto de dominação tanto quanto a globalização. Não deu certo.
As palavras mágicas são como os alimentos na infância: evocam para a vida
inteira lembranças gustativas e olfativas dos primeiros anos. Gordura de iaque
é saborosa para tribos da Mongólia, abóbora d'água ou girimum para indianos
e nodestinos do Brasil, ovos em fase de germinação de patinhos para orientais
da Coreia do Sul. O coentro para populações afrodescendentes e a salsa para
descendentes alemães adeptos de salsichões ou chucrutes.

Uma Aldeia Global, se houver, fará renascer a aplicação de magias mais


rápidas,até via rede social do futuro, com objetivos claros de conquista da
mente e escravidão religiosa de pessoas por máquinas programadas com
inteligência artificial.

A imbecilidade praticada com toda a praticidade e inteligência de nossa


época de interatividade, faz-nos temer este futuro apenas super evoluído
tecnicamente. O ser espiritual, alto, preto, magro e com roupas tribais, que
avisou ao carteiro dos céus sobre a chegada do vírus tinha uma machadinha
de duas faces cortantes entre as mãos, mas declarava que ceifaria após
sucessivos abastecimentos de sua machadinha, o que indica várias vezes da
pandemia ou várias pandemias e uma ligação de força com o berço da
humanidade.

— Outro dia - narra o bruxo seguidor de rumi - o mesmo ser chegou e


disse diretamente: “Você foi atingido por este mal como parte da humanidade.”
A partir daí houve entendimento de que há o vírus e a sua vibração
atravessando mundos, pois ao que se sabe de cientistas renomados, vírus nem
podem ser considerados organismos vivos, mas parte sutil dele.

Vírus não têm células, mas são partículas infecciosas. Para muitos
estudiosos deste microuniverso particular, vírus nem são considerados seres
vivos, pois carecem da função reprodutora per si, podendo esses multiplicarem
somente com ajuda externa.

Uma vez que infiltre material genético em células de outros seres vivos,
eles as reprogramam para que produzam mais vírus, como cópias, como num
xero copiador descontrolado e com muito papel, liberando assim milhões de
reproduções de si, ou partículas infecciosas.

Cada vírus se apossa de célula hospedeira específica. Alguns atacam


somente plantas, outros animais e humanos. Incrível, mas há vírus
especialistas em atacar apenas bactérias e fungos, dizem estes estudos
científicos em todas as melhores publicações científicas do mundo.

A Sars-Covid ou Coronavírus, mesmo a complexa síndrome de


imunodeficiência adquirida ou AIDS, hepatites, gripes desde a comum até a
espanhola, dengue, e suas similares zika vírus e chicungunha, catapora e
sarampo são algumas das muitas doenças causadas por vírus. Entre vermes
ou micróbios, bactérias, bacilos, que são bactérias em formato de bastonetes, e
vírus, este último seria o menor dos pesadelos se não houvesse unidade de
propósito com células de outros organismos vivos.
BICHO DE SEDA NO MANTO QUÂNTICO

Tecer sua individualidade no manto quântico com todos os "erros" desta


vida parece ser a busca da maioria dos seres humanos no planeta. A
similaridade com o bicho da seda se deve ao ato de nascer como lagarta,
caminhar, se alimentar de folhas em volta, ter todas as funções vitais, exceto
reprodução, mas se identificar no final com o próprio corpo, tecendo casulo de
fibras ou linhas de seda, morrendo e só voltando ao final como borboleta para
perpetuar vida pouco mais atrasada na escala evolutiva: a lagarta, num círculo
eterno e pelo que se sabe das borboletas monarcas, com memória no DNA
suficiente para voltar do México, onde se enclausuram, até o extremo Norte
das Américas.

A tarefa de se individualizar com identificação, o apego extremado a


tudo, a todos e ao sofrimento ou por outro lado e por consequência a aversão a
tudo de quanto se lembra de aspecto desolador, assim como a total ignorância
de quem realmente somos, faz girar a roda. Mais pessoas no Planeta e mais
ignorância nesta existência, até que queiramos subir até o ápice da
Consciência de Serviço à Humanidade, a última busca, enquanto estivermos
no corpo.

Se ultrapassarmos os degraus da sobrevivência, dos relacionamentos


em grupos de ódio e separatismo ou igrejas, se formos aprovados por nós
mesmos na autoavaliação e autoestima; na transformação pessoal, na fase de
coesão interna que chamam de isolamento, do sair (diáspora interior) e fazer a
diferença para o mundo e iniciarmos o serviço construtivo à humanidade sem
manipulação, daremos um salto de qualidade e aí sim, teremos resgatado cada
ser desta Terra.

Ao nascer na miséria o indivíduo recebe a chance de uma vida em


crescimento material, o que por si já pode alavancar o tesouro de uma vida
cheia de conquistas de valores também espirituais. Pobreza material não
subjuga o aspecto espiritual do bruxo, xamã, feiticeiro, pajé, raga ou vidente
consciente, servindo como acicate e estímulo para seu crescimento espiritual.
SUA TRIBO AINDA EXISTE, VOCÊ É QUE NÃO TEM MEMÓRIA

Ao dormir um bruxo se reúne com a sua tribo original, deixa de pertencer


a esta desordem de multidão. Suas atitudes todas na atual dimensão coletiva
não criam um progredir espiritual, por isso não dormir se tornou tão perigoso
para estes seres da dimensão de cura.  

A memória comum não registra, na maioria das vezes, os encontros


nesta senda de matrimônio e de reencontro com os verdadeiros amigos e
parentes tribais. As reuniões sucessivas em comunhão com tribos são
salvaguarda de sua dimensão espiritual. A comunhão com a congregação
cristã, muçulmana, judaica, evangélica etc., independente de sua raça não
realiza ser algum, pois a essência apenas ocorre ao dormir o ser com a tribo a
que sempre pertenceu.

A sensação é de perda de energia depois de encontros com a sua


comunidade natural, contrapondo com a energia de recarga recebida quando
você se encontra com o seu povo original. Sempre que se encontrar com
alguém com quem já lutou parece que você está com um mal-
estar físico: dores no baixo ventre para alguns, dores nos ombros e
pescoço para outros, arrepios ou descontrolada boca seca e perda de líquido
da pele (calafrios).

Antes de pedir e receber ajuda de ancestrais bruxos, o xamã, feiticeiro


ou raga sente uma gama de infortúnios, porque não sabe o que fazer com os
quadros de visões que recebe. É a noite escura da alma do ser bruxo, capaz
de levar qualquer neófito à umbrais, internação, momentos terríveis antes do
desabrochar da espiritualidade.

Os ancestrais socorrem se forem invocados, mas a invocação sincera


leva uma "eternidade" para ser aprendida, outra para ser atendida. A debilidade
do período pode ser entendida como enfermidade, fraqueza, marginalidade e
até escapismo da "realidade".

A criança ensinada a não se identificar como apenas corpo-físico


poderia vencer melhor essa situação ou fase da vida. A prática ritual de
consciência de que "você não é corpo, também não é mente, mas um espírito
eterno habitando um corpo", tem a mesma finalidade daquela de se fundir na
figura materna ou da pessoa mais próxima disso. 

Ante a pergunta sobre quem é, a criança diz que é "a mãe",


desidentificando-se do próprio avatar-corpo, para escapar do dilema eterno de
se ver pela primeira vez em algo que não conhecia antes de aqui chegar. A tal
senilidade dos idosos tem a mesma dissociação para facilitar partida apegos à
figura que via no espelho, reflexo ou idealização da própria figura. 

A volta ao povo de onde veio se parecer com a primeira vez do adulto


isolado ante o espelho. A identificação com o rosto é cheia de reflexões
profundas, pois o alter ego percebido era obtusamente diverso do que se vê no
reflexo, a ponto da não-aceitação e daí o surgimento daquela frase de todo
aborígene: "O espelho e a fotografia roubam meu espírito", numa verdade
esplêndida, pois o que está acontecendo é isso mesmo, pois o espelho, a foto,
a filmagem não mostram o que existe em nós de real, roubando-nos a
verdadeira essência.
MADAME DUKAKIS VIVIA PERSONAGENS

Ela era a máxima de coerência como dona de casa e como artista, prima
do ator Michael Dukakis, acreditava que recebia a essência de quem quer que
se fosse deste mundo. As pessoas iam embora e deixavam suas qualidades
incorporadas.

— Tenho dons maravilhosos de todas as pessoas que conviveram


comigo - dizia sempre que se lembrava de uma delas com carinho.

Madame Dukakis passou pela transição e deixou suas qualidades todas


numa espécie de floresta existente na América do Norte, em que ao entrar as
pessoas sentem alegria e bem estar na presença calma daquela personalidade
encantadora.

Para aquela mulher canadense imergir na sua grande espiritualidade,


nunca pregou qualquer dogma e foi a plenitude da felicidade. Madame Dukakis
foi a primeira pessoa a assimilar da natureza humana a sua melhor qualidade,
vivendo de modo a dar exemplos à sua comunidade, numa época difícil no
meio de privações pessoais e infinitas

Olympia Dukakis foi atriz, diretora, produtora, professora e ativista


americana. Ela atuou em mais de 130 produções teatrais, mais de 60 filmes e
em 50 séries de televisão. Mais conhecida como atriz de cinema, ela começou
sua carreira no teatro. Não muito tempo depois de sua chegada a Nova Iorque
ela ganhou um Obie Award para Melhor Atriz no ano de 1963 por sua off-
Broadway desempenho em Bertolt Brecht's Man Iguala o Man.

Olympia Dukakis interpretou Anna Madrigal, a senhoria transgênero, na


minissérie original de 1993, Tales Of The City. Ela reprisou o papel nas
sequências, More Tales of the City (1998) Further Tales of the City (2001)
e Tales of the City de Armistead Maupin (2019).

Como sra. Madrigal, ela era a figura materna de que muitos de nós
precisávamos em uma época em que a aceitação da sociedade era escassa.
"Anna Madrigal é como um anjo", disse Madame Dukakis sobre sua
personagem da série de TV: "Ela é uma pessoa que fica olhando, alguém que
está lá para dar conforto, para que as pessoas não se sintam sozinhas". Um de
seus inquilinos pergunta se ela tem objeções a animais de estimação e ela diz:
“Não tenho objeções a nada.”

Atores e atrizes interpretam personagens da vida real ou de ficção, mas


alguns atores e atrizes captam estes personagens e prolongam suas vidas,
como fazia especialmente Madame Dukakis em todas as personagens que
encarnou durante maior parte de sua vida. Na série Tales of the City (em
português "Contos Urbanos"), baseada nos romances de Armistead Maupin,
Dukakis encarnou Anna Madrigal, personagem da série Tales Of The City. Já
em 2019, participou na continuação da série Crónicas de São Francisco, na
Netflix, na qual interpretou a transexual Anna Madrigal.

Madame tinha o dom de fazer migrar toda a natureza do personagem


para a sua vivência pessoal, captando a energia daquela vida, e de certa forma
migrar para a personalidade-alma antes ocupada, expressando e estendendo a
existência do ser imaginário ou real.
POVO SOME, BRUXO NUNCA

As pessoas de um povo podem desaparecer por guerras, perseguições,


migração, fusão com outros povos, como no caso dos hebreus verdadeiros, ou
ainda nos grandes desastres, fome, crises de água, casamentos, maldições,
transmutação, como no caso dos últimos Maias; mas seus bruxos permanecem
como arquivos permanentes.

Vez por outra surgem, renascidos de onde menos se espera aqueles


prodígios do bem maior. Vendo estes prodígios, por consequência e em
dedução irracional, surge a ideia errada de dualidade, bem e mal, levando
"entendidos" a acreditarem que existam Deus bom e fiel e um diabo ruim e
desagregador, quando na verdade, são duas polaridades de um mesmo Ser,
todo energia, todo perfeição, Todo Universo.

Como um padrão de energia, Deus tem sua fase positiva e sua fase
negativa, para o equilíbrio do Todo Perfeito. Bruxos são catalisadores e atuam
como isolamento-terra, por isso passam pelo mundo sem os extremos de
sofrimento e sem os extremos da plenitude abundante.

Ao se aliarem às energias ditas positivas, as religiões passam a atrair


energias contrárias e as seitas de magia densa costumam atrair os ditos
religiosos, inclusive atraindo essas forças contrárias todo o tipo de oposição até
sua completa destruição. Na era de Peixes havia o símbolo espaço-tempo para
lhes darem estabilidade relativa, mas no tempo que se inicia isso acaba e
Aquário junta tudo num caldo quântico, como água energizada destruindo
completamente o que restou desse período Cristão no Ocidente.

Os Bruxos de todas as ordens, os Xamãs de todos os povos, os


Feiticeiros de todas as tribos ou sem elas no plano físico, crescerão na
neutralidade e no seu ambiente favorito, de massa crítica interpenetrando todas
as coisas. A hora no milênio é do despertar de forças de magias há muito
esquecidas, agora com tecnologia, melhores vibrações e muito mais intuição
ou saberes derramados como gotas de orvalho.
Há uma busca de arquivos Akáshicos dos melhores tempos da
ascensão dos sumérios e acádios. As grandes mudanças já se iniciaram
naquele mundo dimensional e o nascimento de um Príncipe está em adiantada
projeção. A vida renasce no deserto. A Era de Real Beleza vai começar no
terreno fértil da mente criativa de Deus Único.

Escândalos se sucederão nas grandes corporações que servem Diana,


e seu ouro não satisfarão o silêncio. O que foi escondido nos sótãos e porões
será revelado nos outeiros e nas cumieiras, tudo isso depois da Grande
Zigurath, do Príncipe, no Oriente.
APARÊNCIAS ENGANAM TENDENCIOSOS

A sugestão de uma vista rápida tem o poder de convencer a quem está


predisposto a aceitar qualquer coisa sem cuidadosa análise e meticulosa
pesquisa. Se vemos o mínimo do que existe, julgar beira à insanidade,
testemunhar em Juízo então se torna obsceno, condenar sem outras
analisadas opiniões uma brutalidade monstruosa.

Portanto, se o amor está colocado como condição sine qua non para o


surgimento do ser humano, em toda a organização da vida, como querer amor
dentro de um projeto construído sem este ingrediente essencial? Toda a
engenharia envolvida objetiva e alcança o resultado da atração e depois do
amor e mais tarde da aceitação.

Se não houver o amor no princípio, ele precisa estar na memória dos


primeiros anos do período lúdico, até 5 ou 6 anos de idade da criança nascida
da relação sem a faísca do amor. Isso a equivale a sublimar o vil metal em
ouro, esfregando no cadinho do acolhimento amoroso e do cuidado extremado
o ego dilacerado ou íntegro até que ele se incendeie e se molde ao alquimista.

Sentir no corpo físico toda dor moral tem sido a resposta para traumas
de sofrimentos ou de medos difusos. Não saber a causa do medo irracional e
inconsciente tem o nome médico de "temor difuso", mas poderia ser definido
como "trepidação do espírito" ante eventos em algum lugar além do físico e
além do mental. Consequentemente "trepidação na dimensão superior", qual
seja aquele mal estar estranho e que tem levado algumas pessoas encerrarem
o próprio ciclo vital para escapar do sofrimento.

Nos países menos desenvolvidos, como conhecemos, isso está mais


presente do que nos países mais estáveis e avançados. A razão fica evidente
no primeiro olhar. Falta de estrutura familiar, exploração das mulheres,
relações familiares conflituosas, insegurança, falta de trabalho, desagregação
familiar com  separações, além de uma proteção social mínima às  famílias dos
trabalhadores.
A visão deturpada do mundo desenvolvido de que existem países em
desenvolvimento não condiz com a realidade das populações. Há uma situação
aparente, verticalizada, mas olhado de perto o que se vê, horizontalmente, é
uma piora do estado geral dessas populações.

Há crescimento nos números per capita, mas a realidade local é o


abismo entre quem domina a principal fonte de riquezas, que ainda é a terra,
por um projeto de Governos totalitários transformando este bem permanente
em grandes latifúndios, gerando apenas exportações e convulsões no tecido
social.

No contexto descrito, a dimensão do bruxo se amplia para o mundo do


fenômeno. Há aquilo que Mister Aliester Crowler experimentou no seu período
de experiência na Terra, com as magníficas e não desejáveis ocorrências de
destruição de conceitos e estruturas visíveis a quem aguça o olhar para os
fatos.

Empresas transnacionais atingidas por fenômenos "naturais", países


supremacistas desmoronando, colheitas malditas, quebras, falências, países
em devastação pelo desequilíbrio dos fatores chuvas, sol, ventos, gelo, neve,
fogo, água, a terra queimada pelo hidrogênio da soja, o ar pegando fogo pelo
efeito estufa.

A bruxaria, o xamanismo, os feiticeiros e os pajés já não estão em


lugares diferentes, mas em todos os lugares que enxergam de onde estão.
Consequências serão cada vez maiores e darão o nome verdadeiro de
desequilíbrio, mas sem apontarem as causas. Todos os iniciados de todas as
épocas vaticinam que há riscos até de evacuação de hemisfério inteiro por
causa da falta desse equilíbrio da Natureza.
MENDIGO ACORDADO, REI DORMINDO

Em 30 minutos, no máximo, uma vida cheia de aventuras no deserto do


México, com morte prematura após picada de Cobra. O sonho resumiu uma
vida inteira, identificando o menino Panchito, sua mãe, Conchita em lugar
ermo, próximo à fronteira com o atual território norte americano.

Foi uma das primeiras e mais claras definições de um mundo alternativo,


um espaço-tempo derivado do tempo das origens e ao qual se acessa durante
a experiência do sonho humano.

Era um pequeno xamã às voltas com sua encarnação prova de fogo há


mil e quatrocentos anos atrás, no tempo em que o México ainda detinha todo o
território do Novo México. A mendicância se deriva da ausência de
comunicação compreensível daquilo que se vive no reino à parte, muitas vezes
enquanto se dorme.

Ninguém que não seja capaz de acessar aquelas esferas vai entender
um mundo alimentando vidas acessíveis a estes iniciados naquelas paragens
espirituais.

As tribos nativas da Austrália reivindicam o "dreamtime" ou o mundo


onírico como o âmbito no qual residem as entidades anímicas de ancestrais,
animais totêmicos e plantas, mas também como o espaço-tempo do qual
provêm seus desenhos e modelos para as criações artísticas.

Este acesso, porém, é ilimitado e acessível a todos que ouvem a grande


música das altas esferas. Muitos nascidos fora das comunidades naturais, mas
delas descendentes, acessam o espaço e retiram de lá suas impressões de
mundos.

Alchera ou "Dreamtime", tempo-espaço que se vincula com o tempo das


nossas origens, no qual vivem nossos ancestrais, amigos amorosos e seres
dispostos a ajudar o vivente dos dias de hoje com o que podem compreender
dele.
Na antevéspera da Pandemia Covid-19, para xamãs, ragas,
feiticeiros, pajés, isso ficou patente, nos constantes avisos com o uso dos
instrumentos deles para simbolizar os riscos do não-isolamento, na dimensão
das altas esferas.

Machadinhas lançadas para espantar os iniciados, advertências


constantes, visitas ao Alchera, de guerreiros tribais se tornaram uma
incessante preocupação daqueles ancestrais, até que o escolhido passasse a
tomar os cuidados devidos e com gratidão.

No livro "Mundos Em Desconstrução" as experiências de interação


são mais bem descritas e o fenômeno de vidas enquanto se vive ganha
destaque nas passagens descritas com riquezas de detalhes pelo personagem
Khan Alex, um escritor do período de cultura Persa e cujos dons de projeção o
ajudam a orientar seus discípulos que se aprontam no nível elevado de
consciência.

O observador ancestral parece cuidar das trajetórias de evolução dos


que ainda estão na senda do contraste, habitando energias densas e o espaço-
tempo de aparência material. Para que o iniciado não se perca,
sua mão amiga empunha a sabedoria que não se perde com a transição. Sua
sabedoria não inclui normas legais em vigência e suplanta as cátedras
limitantes do ensino que não tenha caráter universal.

Adverte e projeta uma sucessão de fatos para os que descuram dos


princípios basilares da evolução. Estudantes de nichos restritos sobre normas
legais e métodos de burla da persecução penal ou cível, nos países devotados
à corrupção, são constantemente advertidos com sonhos de futuros mais e
mais escabrosos, até que abandonem o aprendizado deletério e limitador de
sua evolução na busca da perfeição. Servir e jamais explorar os que ainda dão
os primeiros passos nos degraus da consciência.
A NATUREZA ABRIGA A TODOS

Desde os deviches dos povos do deserto, passando pelos whiskas


andinos, de natureza sexual, aos ayahuasca, ervas para alterar o estado de
sentir do espírito, até as práticas com runas do Havaí, passando pelas saunas
do Temazkal, o céu da lua cheia, os sonhos lúcidos, os caminhos guaranis e os
xerimbabos sagrados, de animais domesticados pelos povos amazônicos, as
juremas, o vudu, orixás e caboclos, todos são manifestações do Todo por
xamãs conscientes ou sem consciência disso.

Temaskal é um ritual de xamanismo, uma prática religiosa milenar que


considera a natureza a própria manifestação da divindade. Pedras são
aquecidas e nas saunas improvisadas as pessoas recebem o calor e o vapor
de água, representando o útero materno, ouvindo o tambor, no ritmo do
coração de mãe, envolvendo todos os elementos da natureza: ar, água, terra e
fogo, e por quatro vezes as pedras são aquecidas, numa representação das
quatro estações.

No ritual sagrado, o Xamã condutor da cerimônia despeja água sobre as


pedras incandescentes. Aí que vapor d'água começa a fazer efeito, pois
misturado com o perfume das ervas medicinais, aquele vapor ajuda a recuperar
a saúde do corpo, desobstruindo os poros da pele, dilatando os vasos
sanguíneos e proporcionando, assim, eliminação de toxinas e melhoras no
aparelho respiratório e imunológico. A nível corporal e em consequência da
elevação do avatar-corpo há sublimação da essência divina no ser de luz ali
presente.

O xamã, feiticeiro, pajé, bruxo, no entanto, não se condiciona às


práticas, mas se eleva àquela dimensão superior ou "dreamtime", e nesse
tempo-espaço dos sonhos consegue soluções para os males de seu tempo,
sejam físicos ou espirituais, surgindo assim as diversas práticas de cura e
redenção anímica, todas descritas no primeiro parágrafo e outras ainda sem
menção, mas com validade e eficácia.
A caminhada dos guaranis, os rituais dos andes, os sonhos, chás de
ayahuasca, runas, rodas, deviches, rituais de amor, juremas, tamaskal, céu de
maria, xerimbabos dentro de aldeias amazônicas para as escolhas dos
espíritos das florestas, as imersões na Sibéria, os orixás, os animais do poder,
são exemplos da interação desses seres com o espiritual superior.
QUIBAYOS PRATICAM VUDU COM SINCRETISMO

O isolamento nas montanhas e vales da vizinha Venezuela deu origem à


prática do Culto à Santa Maria Lionza pelos Quibayos, há mais de um século.
Há um sincretismo do catolicismo com a religião Vudu, de origem africana,
talvez pelo contato em sonhos e projeções com os povos do Continente-berço.
A mesma mistura que ocorre com a Umbanda Brasileira. O vudu é mais forte e
predomina nos símbolos e nos rituais.

Angelina Pollok-Eltz, ex-professora de Antropologia da Universidade


Católica Andrés Bello, em Caracas, que escreveu uma série de livros sobre o
culto Quibayo disse que ele começou nas montanhas da Sorte no começo dos
anos 1920 e foi levado aos centros urbanos da Venezuela uma década depois.

Maria Lionza, que monta uma Anta ou Tapir, galopando mundo, é


conhecida pelos membros do culto como “a rainha”. A essência da prática é a
cura de doenças que escapam à Medicina tradicional ou na falta dela a níveis
acessíveis a todos. O primeiro terreiro ocorreu nas Montanhas da Sorte, na
Venezuela.

Rituais vistosos, sangue nas iniciações e oferendas chocantes são


marketing de lacração dos xamãs e uma saída para sair do lugar mais próximo
das suas andanças no "dreamtime".

A natureza também tem estes encantos mágicos, como a pimenta que


traz sementes picantes no seu bojo interior para permitir a disseminação sem
espantar quem a abre para comer apenas o embrulho cheio de seiva ou ainda
a maior flor do mundo com o seu cheiro de carne podre para atrair seus
polinizadores famintos.

Ave amazônica, cigana, foi esquecida pelo Livro do Levítico, no Antigo


Testamento e da Torá Judaica. Tem três estômagos, rumina, os pés fundidos
em cinco dedos, cheira estrume de boi, mas não está lá na permissão para
consumo, nem poderia, pois habita o outro lado do mundo, escapando da
inspiração divina.
O bom disso é que atrai a mesma "lacração" que os xamãs. Mais de 50
mil fiéis, da Venezuela, das Américas e da Europa acorrem para as montanhas
da Sorte, para as curas da Rainha Maria Lionza montada na Anta "Brasil",
como dizem atualmente os descontentes com os rumos dos dois maiores
países do Subcontinente da América do Sul.

Quem viaja às florestas da montanha da Sorte, no estado de Yaracuy,


na Venezuela não sabe o que esperar. Na busca de cura, elevação e riquezas,
o inusitado acontece naquelas semanas de outubro nas montanhas da Sorte.

Ninguém também tem certeza sobre as origens do culto, que inclui


aspectos do catolicismo e das religiões africanas mais primitivas, nem sobre o
número de seguidores. Estimativas são de dez a trinta por cento da população
da Venezuela cultua "Tchê La Reina".

A figura de Maria Lionza evoca o sexo sagrado no seu aspecto de


montaria numa no tapir. Sexo é sagrado. O prazer experimentado no sexo
pode atingir seu auge na busca do êxtase sem a descarga do orgasmo no
abismo da matéria, elevando a experiência sexual um enredo espiritual tão
inebriante quanto outro ritual religioso, cada ato e cada gesto simbolizando e
expressando a Origem da Vida.
RITUAIS DE CURA E ELEVAÇÃO

Cristãos matam perus, porcos, fazem oferendas, já sacrificaram pessoas


por suas crenças. As religiões chamaram a atenção com a radicalização de
suas práticas ritualísticas até caírem no lugar comum, de substituir sacrifícios
de sangue por vinho, depois de sacrifícios por pães ázimos e, finalmente, por
pequenos discos de trigo molhado a suco de uva.

Não fosse o fim da civilização dos astecas, incas e maias talvez aquelas
civilizações não sacrificassem agora apenas as pinhatas recheadas de doces
para apaziguar deuses ancestrais. as evidências estão nos diversos cultos
evangélicos cada vez mais parecidos com programas de auditório do tipo
"quem dá mais dinheiro?" ou ainda "qual é a imitação de música?" e
ultimamente "quem sai da casa para assaltar na política?".

Há uma espécie de maldição nisso, pois cristãos foram responsáveis


pela destruição das crenças e culturas incas e astecas na colonização pelos
espanhóis. também, como a maioria dos outros índios, a civilização maia atual
encontra-se cristianizada, contudo, seu universo religioso conservou
numerosas sobrevivências do antigo panteão sagrado, como os velhos ritos, os
cultos aos mortos, surgindo verdadeiro sincretismo.

As características do cristo indígena herdam muito de do deus chamado


de quatzalcoatls pelos astecas, de kukulkan pelos maias e por viracocha pelos
incas. Nos andes, aos poucos os curandeiros voltam ao teatro da ação efetiva,
depois de séculos de caminhos erráticos da religião europeia.

Já administram o tratamento ancestral, como a ingestão do chá de


ayahuasca no tratamento de toxicomanias, como proposta de tratamento não-
coercitivo da dependência de drogas psicoativas.

A base do tratamento andino das doenças novas, como transtornos


obsessivos compulsivos tem sido a Psicoterapia do Encantamento, que
estende e aprofunda os passos já trilhados pela Psicologia Junguiana.

A psicoterapia busca resgatar as tradições alquímicas e esotéricas,


valorizando o conhecido poder curador dos estados alterados de consciência,
favorecidos e alcançados por meio de ritos de iniciação centrados no orfismo,
práticas xamânicas genuinamente andinas e uma disciplina respiratória de
hiperventilação desenvolvida e aprimorada no Equador, Bolívia e Peru.

A saúde humana, segundo a sabedoria milenar andina, depende da


saúde do Planeta. Todo e qualquer dano que se faça à natureza é um mal que
o homem comete contra si mesmo, também em prejuízo de sua comunidade e
de sua saúde.

Isso explica o absoluto respeito que o povo andino tem pela


Pachamama, que para eles é sagrada, o que justifica tanto a preocupação
ecológica quanto as oferendas que fazem à Mãe-Natureza sempre que
desejam alcançar alguma cura física ou espiritual por meio de rituais
xamânicos.
VIVENDO NO ALTAR DO AUTODOMÍNIO

Ancestrais de uma pessoa são verdadeiros intercessores por ela


enquanto ela viver neste mundo de fenômenos aparentes. A ideia da culpa
apaga a gratidão, pois julgamos nossos antepassados com gravidade e
soberba na busca de um céu inexistente, pois a realidade é que você estará
sempre vivendo nas condições criadas por sua consciência.

A consciência se eleva na medida em que você se reconhece no


primeiro degrau, com toda a vontade e certeza de poder escalar, um a um,
todos os outros lances da escala evolutiva.

Os três primeiros desenvolvem aspectos pessoais da nossa consciência,


a garantia da satisfação das nossas necessidades mais básicas: fisiologia,
segurança, amor e orgulho. O quarto nível é uma virada de chave para uma
vida mais significativa, mais consciente e menos instintiva.

Nos últimos três níveis, a busca é por propósito, conduzindo a própria


vida como um instrumento de mudança e doação ao mundo. Conhecer e
dominar esses níveis são fatores imprescindíveis para identificar a sua
consciência atual e buscar meios de alcançar a próxima fase.

A vida é, mas a morte não é, condição primordial para evolução do nível


de consciência de uma vida. Ninguém evolui ou melhora porque morre. O
mesmo ignorante vivo ao morrer apenas se torna pouco mais ignorante, pois
desconhece por dias a própria situação de morto. Ficam perdidos,
desesperados, parecendo cachorros caídos do caminhão de mudança.

Perguntam absurdos e muitas vezes não querem compreender.


Já os sábios mortos imediatamente evoluem para a bem-aventurança da
inteligência e passam a acamparem nos melhores lugares, contemplando a
vastidão de outros ascensionados ao Altar do Alto.

Todos precisam evoluir nos mesmos níveis de consciência, mas uns


poucos afortunados têm memória suficiente para se lembrarem dos caminhos
percorridos em outros tempos, com pernas maiores ou menores, braços mais
longos ou mais curtos, com maior ou menor grau de sabedoria.
Tudo existe em função do sentido da evolução da Consciência. Assim os
viventes não caem nas distrações capazes de provocar quedas, como álcool,
drogas, crenças engessadoras do crescimento espiritual, pactos, juras,
testemunhos ou pregações contra o próprio valor na superação dos problemas.

Não há um Deus para você pegar na mão dele, isso seria dependência
psíquica. Há um Todo Consciência para expandir a consciência do
aparentemente indivíduo. A individualidade é ilusão, pois tudo está diluído no
caldo quântico.

Há memória ancestral, lembranças de vidas inteiras no chamado sentido


ou "insight", registros acchasicos para acudirem aos que não se anestesiam
com todos os condicionamentos impostos pelo "bottled spirit", servido pelo
mercado.

As montanhas da Terra provocam sonhos acordados, capazes de


desorientar os caminhantes e as montanhas do céu os despertam. Bruxos
conectam montanhas do céu à terra.

Os xamãs, bruxos, ragas, feiticeiros e feiticeiras, pajés e as mães e pais


de santo são tão importantes para o mundo quanto a própria Terra, a chuva, o
sol que a atiça e o vento que a distribui e agita, os raios catalisadores da
química perfeita e a boa vontade na farta colheita.

Aqueles que venham a fugir da linha do serviço de edificação da


construção maior apenas perdem o caminho do meio e se enveredam nas
tortuosas tempestades da existência pós vida como se tivesse ainda seu
avatar-corpo ou qualquer um dos casulos nas diversas moradas. A condenação
absoluta nunca existiu, pois tudo é apenas para celebrar o Universo, Todo-
Consciência Plena.

Estar na Consciência já é consagração ou salvação. Nascer com vida é


todo o caminho. Morrer será apenas a plenitude coroada da existência bem-
sucedida. O tempo nem importa tanto assim, a qualidade de vida faz a
diferença.
A TERRA DE PREPARO

Era feito o chamado "acero" ou a queimada para não se alastrar fogo


para além dos limites de onde se queria queimar. O chefe da operação era
Cirino Miranda, lavrador desde criança e vindo do litoral Sul da Bahia,
acostumado a cuidar dessas tarefas com o claro objetivo altruísta de não
degradar o solo.

Ali era tranquilo, mas os cuidadores precisavam de toda a atenção para


os silfos de vento não espalharem as línguas de fogo para além dos limites das
áreas de plantio.

— Vamos acerar, criando um corredor de cinzas para o fogo, mesmo


tocado pelos ventos, não atravessar - recomendou o mais velho, Natalino
Vasconcelos.

— O senhor sabe que o fogo pode atravessar até o rio de cinquenta ou


sessenta metros, né Cirino? - lembrou o companheiro de sarau caboclo,
gaiteiro Zé Galo.

Ao se sentarem no grande tronco de Anjico tombado pelo vento, ouviram


um som lá na extremidade no meio do mato, onde não puderam ver quem
havia enviado aquele tum - tuuuum ‐ tum, como Código Morse para SOS. Três
dos músicos disseram, ao mesmo tempo:

— Nossas palavras foram recebidas pelos espíritos da floresta como


acertadas e capazes de evitar desastres.

Como por magia, dois toques compridos no tronco oco, onde já


habitavam preás e outros seres menores. O som era forte e possante,
compassado, pulsante. Contudo, lá na sede a sinfonia cabocla rolava clássica,
em alto estilo, juntando o xote e o rasqueado, o ritmo forte das canções
mineiras e o forró pé de serra do Nordeste.

Era o domingo de São Bartolomeu e tudo indicava alegria no povoado,


havia passado o pior da situação de escassez em julho último, quando as
provisões haviam se esgotado até no Armazém Central.
Era um chamariz para o povo se juntar a proclamação das boas novas
para o plantio de lavouras, roças familiares, basicamente de subsistência
daquelas famílias de imigrantes.

Viviam uma ilusão em vida. Como o brilho das estrelas, a fonte já havia
se esgotado, mas restava a derradeira luminescência do que foi um dia astro.
Foi assim até o dia em que, por presunção de poder sobre o elemento quente,
fez acontecer o sinistro mais devastador que já se viu por aquelas bandas,
destruindo paióis, casas, lavouras e todas as criações de terreiro.

O líder Cirino chamou a todos, depois de silenciada a música ao vivo,


para explicar o que poderia ter ocorrido.

— Pode ter sido alguma fagulha deixada por cigarro, mesmo uma gota
d'água ao sol tem o poder de atiçar fogo numa temperatura alta como estamos
vivendo.

Nessas ocasiões consultava-se o velho Deco, um vidente cego de 80


anos. Este, fitando com o que lhe restava de brilho e luz, disse tranquilamente
agricultores que o haviam procurado na sua caverna da Serra Azul:

— Ouviram alguma coisa diferente enquanto se preparavam para o


acero inicial?

Cirino se lembrou das batidas na madeira de Anjico e contou o detalhe,


de terem ouvido três batidas e mais duas, após terem entendido de que se
tratava.

— Pois era mesmo a confirmação.

— Mas é daí seu Deco, por que houve o desastre se tudo estava certo?

— Simplesmente porque as duas batidas eram para "vosmecê"


cuidarem de seguir caprichando, pois duas batidas são as reticências do
Universo.
PARA O UNIVERSO CAOS É ORDEM

As maiores tragédias são as pistas pintadas pelo Universo para mudar o


curso da História de pessoas ou da humanidade. A forma de linguagem é o
desenho, literalmente, os traços marcados pelos acontecimentos.  Em
Éfeso, no tempo de Paulo, Apóstolo e dono de um método imbatível de ensino,
um evento mudou o início da propagação do Cristianismo no mundo,
conhecido como Tumulto em Éfeso, que independente do que se crê, mudou
tudo, da crença em Diana, de muitas religiões de hoje, tenazes por dinheiro e
poder, para a rebeldia da fé num Deus solidário e que pratica o amor
verdadeiro.

Paulo, então, enviou para a região da Macedônia dois de seus


ajudantes, Timóteo e Erasto, enquanto ele mesmo permanecia na Ásia por
mais algum tempo. Nessa ocasião houve um grande tumulto na cidade de
Éfeso por causa do Caminho do Senhor. Tudo começou quando Demétrio, um
ourives, convocou uma reunião com todos os que estavam envolvidos em
trabalhos desse tipo. Essas pessoas faziam miniaturas de prata do templo da
deusa Diana e esse negócio lhes dava muito lucro. Demétrio disse a todos:

— Homens! Vocês sabem que este trabalho nos dá um bom lucro.

— Como vocês podem ver e ouvir, esse tal de Paulo anda persuadindo e
desencaminhando muita gente, dizendo que os deuses feitos por mãos
humanas não são deuses e isso vem acontecendo não só em Éfeso, mas
também em quase toda a região da Ásia. Isso é muito perigoso, pois pode
trazer má fama para os nossos negócios e pode fazer com que o templo da
grande deusa Diana perca todo o seu prestígio. Há ainda o perigo de que a
majestade de Diana, deusa adorada não somente na Ásia como também em
todo o mundo, seja destruída.

Ao ouvirem isto, todos ficaram furiosos e começaram a gritar:

— Diana dos Efésios é a maior!

A confusão tomou conta da cidade. A multidão agarrou os macedônios


Gaio e Aristarco, companheiros de viagem de Paulo e correram para o
teatro. Paulo queria se apresentar ao povo, mas os discípulos não o deixaram
fazer isso. Alguns amigos de Paulo, autoridades provinciais, lhe mandaram
recado pedindo que ele não fosse ao teatro. Algumas pessoas gritavam uma
coisa, outras gritavam outra e toda a assembleia estava numa total confusão.

A maior parte deles não sabia nem a razão de estarem todos


reunidos.  Então os judeus empurraram Alexandre para a frente e alguns que
estavam entre a multidão lhe deram instruções sobre o que falar. Alexandre fez
um sinal com a mão e tentou explicar ao povo o que estava
acontecendo. Quando as pessoas da multidão, porém, se deram conta de que
ele também era judeu, se puseram a gritar todos juntos:

— Diana dos Efésios é a maior! E isto durou mais ou menos duas horas.
Então o secretário da cidade acalmou a multidão e disse:

— Povo de Éfeso, há alguém no mundo que não saiba que a cidade de


Éfeso é a guardiã do templo da grande Diana e da pedra sagrada que caiu do
céu. Desde que ninguém pode negar isso, então fiquem calmos e não façam
nada precipitadamente. Por que vocês trouxeram estes homens até aqui? Eles
não roubaram nenhum templo e tampouco disseram coisas más a respeito da
nossa deusa! Se Demétrio e seus companheiros têm alguma acusação contra
alguém, os tribunais estão abertos e além do mais existem os governadores.
Eles que se acusem uns aos outros lá, mas se vocês querem saber mais
alguma coisa, isso tem que ser resolvido em uma assembleia legal. Do jeito
que as coisas estão, há o perigo de sermos acusados de subversão pelo que
aconteceu hoje, pois não há motivo algum que possamos alegar para justificar
este alvoroço, depois de dizer isto, despediu a assembleia. Paulo, dono da
maior magistratura que já se ouviu falar, soube se afastar do que era indigno
sem se macular com os atos criminosos de incitação à ordem estabelecida na
cidade de Éfeso.
GRATIDÃO PRECEDE A GRAÇA

A prévia gratidão antecipa a graça, pois se visualizar já realizado o fato


desejado, isso traz à baila aquela realização concreta. Sentar-se a mesa,
mesmo chorando de dor da perda, e nela ver o banquete, realiza o sonho da
abundância.

A vida inteira se resume numa busca de sentido. Abre-se os olhos no


berço e o que se descortina é um caminho longo a ser mais entendido que
percorrido.

A busca é a jornada e a chegada não existe sem a busca constante,


mas ao contrário do que cantam os alienados, o preço da liberdade não é à
eterna vigilância, mas a eterna busca por liberdade com tenacidade e rebeldia

— Vendia pão numa charrete ou carroça - contava o sírio-libanês


Mustafa Jamil - e havia transcorrido onze anos nesta luta de madrugar para
vender pão numa das cidades mais frias do Sul. Era uma vida de trabalho e
penúria, até o dia em que mula empacou e neste exato dia, minha vida mudou,
pois soltei a mula, dei-lhe uns tiros para espantar o animal para longe e nunca
mais precisei vender pão nas ruas.

Vendia melancia nas ruas de uma vila e num dia de chuva, a carroça
virou numa esquina e quebraram algumas daquelas frutas pelo tombo e as
outras as quebrei, de revolta e dor, e aquela quinta-feira foi a última de meu
currículo de vendedor, pois na segunda-feira já estava na Capital estudando.

A história do Juiz Balbino prossegue daí em diante cheia de vitórias por


sua revolta justa contra a miséria e a limitação dos recursos minguados da
família.

— Esperei chegar um dia escuro, antes de uma grande tormenta no Sul


da Província, para eu fugir de casa, em que um padrasto havia entrado e
destruído todos os sonhos, escravizando a mim e aos meus irmãos, bebendo
todo o dinheiro conseguido com a venda diária de uma horta - narra a
influencer Vânia Vargas, chef de "Bê a Bá na Cozinha", com milhões de
seguidores nas redes sociais.
Além de fazer festas com amigos utilizando todo o dinheiro conseguido
com a atividade de hortaliças, o padrasto de Vânia ainda chegava bêbado e
expulsava toda a família de casa, sob ameaças de tiros, com um revólver entre
as mãos e atirando à esmo, quando não espancava a todos ou os violentava.

A promessa de fuga da casa aconteceu em setembro, vésperas das


grandes moções na fronteira, e depois de procurar um casamento adequado,
Vânia se tornou uma história de sucesso, assim como Mustafa Jamil e o Juiz
Balbino, graças à rebeldia inicial e ao novo rumo de busca da prosperidade por
um tino interno, sem aconselhamentos de fora. Tomar a própria vida entre seus
dedos foi a salvação dessas vidas.
JOÃO BATISTA, O PRIMO POBRE

O precursor, aquele que se levanta do deserto igual a um caniço, era o


mais humilde dos homens, indigno de sequer desatar as sandálias do primo. A
gratidão também se mostra assim, mãos postas, em agradecimento, menor
que todas as virtudes, porém, capaz de mover as bênçãos do Universo sobre a
cabeça de quem se dobra.

A aparência frágil na primeira impressão poderia parecer uma pessoa


vacilante, dobrável às tentações da fome, do frio, da dor, mas confrontado com
Herodes se revelou firme o Profeta João Batista, condenando veementemente
a luxúria e a fornicação do Governador com a bailarina Salomé, sua cunhada,
mulher de seu irmão, o Nobre Felipe. O pedido a Herodes foi insuflado por
Herodíade, esposa do mandatário.

O caminho da redenção foi escolhido, o primo de Jesus foi lembrado


como simplesmente "o maior de todos os homens nascidos de mulher", uma
forma de gratidão imensa, partindo de quem partiu. A flor exala seu perfume
mesmo no vaso sem água, assim tem sido a gratidão dos grandes ao mártir.
Num tempo em que se tiram crianças dos bancos das congregações para o
assento de verdadeiros títeres cruéis, sem se importar com a conduta desses
líderes, a gratidão do Mestre ao Profeta soa como advertência às condutas
religiosas de nossa época.

No Islã, entre os deveres dos fiéis destaca-se a gratidão diária a Allah,


Deus Único, e a caridade como forma de agradecimento pelo que se recebe
das mãos do Altíssimo e Misericordioso. O Profeta Muhammad praticava além
da gratidão o costume da autorreflexão para se aprofundar no contato com a
imensa sabedoria de Deus.

Antes mesmo da Missão Profética, o profeta Maomé costumava ficar


recluso em cavernas fora da cidade de Meca para buscar aproximação com a
presença divina. Foi durante um desses retiros que ele recebeu a revelação do
Livro Sagrado Alcorão, através do Arcanjo Gabriel, pela primeira vez.
O atualizado Livro Sagrado Muçulmano resulta de uma dedicação
devotada de um antigo mascate ou vendedor ambulante a Deus Único. O
descanso de um Príncipe à sombra de uma árvore frondosa trouxe mais luzes
ao mundo. Sidharta Gautama, mais tarde e Iluminado, Buda teve a revelação
sob uma árvore, após abandonar seu Palácio para buscar a "imensa profusão
com Deus".

O príncipe hindu Sidharta Gautama, nascido meio milênio antes de


Jesus Cristo, deixou seu luxuoso palácio e sua família para seguir os passos
da mendicância, do jejum, da meditação, acabou criando uma religião que crê
no homem e que, hoje, influencia cada vez mais pessoas no Ocidente.

A grande boa nova trazida por Buda foi a ideia de que a vida espiritual,
como capacidade de conhecer a si mesmo, não tem nada a ver com as
restrições de casta impostas pelos brâmanes. Foi um salto e tanto para a
estrutura social da Índia, que aceitou prontamente essa religião tolerante. Buda
diz que todos os seres humanos têm vislumbres de iluminação.

Isso acontece nos momentos em que aquele insistente e autorreferente


"Eu" não interfere, quando a mente não se prende ao passado, não sonha com
o futuro e se envolve apenas com o momento presente. Estes vívidos
momentos de ligação com o aqui-e-agora contrastam com a mente habitual.
Surgem como relances fugidios, mas podem também ser voluntariamente
induzidos pelo processo meditativo, aí está o fim do sofrimento, a iluminação, o
Nirvana, que é um estado de contemplação sem tempo em horas.
A CIÊNCIA POR UM FIO, RELIGIÃO CAI

A ciência ortodoxa está presa por um fio. Utiliza o mesmo fio em que
está presa para manipular seu público, pois partiu de um pressuposto falso de
que há uma realidade cartesiana.

A religião nem este fio tem, conta histórias repetidas por entendidos do
passado, desfiando teias de aranhas sem as duas pontas presas, uma ao
vento, a outra à baila dos humores de cada época.

As várias tendências de compreensão do homem sob o ponto de vista


teológico esbarram na realidade dos fatos históricos. As revelações são, grosso
modo, a compreensão de cada povo, suas vontades de ser o que desejaria que
fosse. Desertos com miragens ansiosamente aguardadas pelo controle externo
da massa ignorante, nada contrariando os projetos dos donos do poder.

Agindo a classe dominante como se pretendesse objetivos contrários


aos seus, consegue diretamente infligir à massa sofrimentos dilacerantes de
seu modo de vida, levando a base da população acreditar-se favorecida, assim
que recebe minúscula contrapartida do que lhe foi tirada aos grandes bocados.

Atrás da destruição de bilhões de dólares de transferências aos menos


favorecidos por diversos mecanismos previdenciários, trabalhistas e de apoio à
criatividade, o Brasil implantou recentemente bolsas miseráveis de minguados
recursos, espécie de esmola aos antigos donos do engenhoso e bem
construído sistema social.

Nas nações em bloco, as mesmas mudanças foram desastrosas, mas


por meio do grupo de países, o que pulverizou a reação da população. O maior
exemplo de domínio engenhoso pela máquina de propaganda contra a
população majoritariamente pobre aconteceu também no Brasil, entre 2016 e
2021.

As pessoas foram levadas a acreditar que estavam contribuindo com a


estabilidade simplesmente por destruírem sua renda, aposentadoria, direitos
consagrados e benefícios sociais, como acesso à moradia e aos bens de
consumo mais básicos, enquanto uma classe privilegiada se afirmar como
exportadora de comodities agrícolas sem praticamente pagar impostos. Sem as
bases da preservação da ordem estabelecida, o País marcha a passos largos
para o caos social e econômico.

A ideia de religião está sendo solapada pela constatação de os líderes


religiosos apenas querem seus privilégios intactos, sem a menor resistência
ante a destruição da vida financeira de seus mantenedores, fiéis dizimistas por
séculos.
A VIDA SE ABRE PARA FORTES

A vida se abre em folhas de ouro, como as oferecidas aos grandes


atores da Roma antiga, quando se escolhe um caminho contrário de tudo
quanto é dito pelos que estão fora e fora estão todos. Dentro apenas está a sua
essência e a Consciência do Self-Force.

Aquela coroa de folhas de ouro que na Roma antiga era oferecida aos
grandes atores, como reconhecimento e celebração de seu talento artístico, se
apresenta agora aos que tomam para si a jornada de seguir o próprio mestre
interno. Seguir a voz de dentro requer coragem. A maior parte das pessoas
segue o rebanho. 

As sensações do próprio corpo não falham quando a pessoa se exime


de influências externas ou internas, vindas da desordem nos pensamentos e
especialmente nos sentimentos e das interferências não ditas, sopradas por
outras pessoas das esferas de afinidade do senciente.

Para o psicanalista Carl Jung, o self pode ser definido como a nossa


essência, aquilo que existe de mais único e peculiar na nossa psiquê. Na visão
científica, a psicologia analítica o tem como objeto de estudo, e alguns autores
o descrevem também como nuclear arquétipo, pois quando nasce uma criança
ela não tem ainda um ego, mas traz consigo o self.
A INÉRCIA NO MOVIMENTO

O único sinal de Deus no Ser Humano é a aparente contradição de estar


em repouso e em movimento ao mesmo tempo. O caminho ensinado é o do
repouso interno, mas sempre com movimento externo da busca do próprio eixo
e da translação com os demais corpos.

A meditação é a prática da caridade com o próprio corpo para, a partir


daí, amar e ser cooperativo com os outros seres sencientes de toda a sua
galáxia pessoal. Ninguém consegue amar sem harmonia e coesão interna.

A saúde também se reflete na qualidade do amor a si e aos outros


avatares em volta de si. Estar doente significa, essencialmente, focar na
doença interna, na desarmonia dos elementos.

Há muito tempo antes da doença, se tiver excelente memória, lembrará


dos avisos em sonhos: carcaças de grandes peixes, velhos navios
abandonados, praias desertas e enseadas próximas às encostas íngremes. O
fenômeno está ocorrendo no microuniverso interno para aparecer depois no
corpo físico.

A morte, se vir, por consequência, será o refluir para o microcosmo, em


que continuará o caminho além da curva, até reaparecer de novo no macro
visível.

A vida, se autopreservando, vai manter o corpo físico no habitat físico


por uma média de 70 anos, depois dará 7 vezes isso no anti-horário do secreto
e oculto, então perdoará, com nova chance de visibilidade, de mais ou menos
70 anos, num ciclo eterno, a menos que numa dessas vidas de 70 anos visíveis
à luz do Sol da Vida, haja o despertar, Nirvana, sem a ilusão Maya.

Todo mestre novo ou velho ouviu e disse isso, de alguma forma:

— Mestre, quantas vezes devemos perdoar? Sete vezes?

Resposta de todos os sábios profetas, mestres ascensionados, setenta


vezes sete.
O ciclo eterno da shanshara, no budismo, série ininterrupta de mutações
a que a vida é submetida, espécie de roda de que o indivíduo só se liberta
quando alcança o nirvana.

Como tudo no Universo é mental, não é bom e nem mal, sendo apenas
a mente, que pode ser mudado pela disciplina dedicada, pois segundo o
budismo tibetano, já vivemos todas as vidas aqui, agora, e colhemos os frutos
imediatamente aqui e agora, de nossa paz ou agonia interior.

Assim é que dispomos a nossa psiquê no mundo, considerando todas as


variáveis internas e externas a que estamos sujeitos. Para podermos
compreender os estes mundos é necessário “vê-los” como mundos não visíveis
existindo simultaneamente.

A percepção segue a intuição, não a crença, por isso "a quem já tem


será dado mais este tipo de conhecimento subjetivo" e " de quem não tem mais
ainda será tirado”, sem disciplina da meditação ou da contemplação da
natureza intacta e preservada, apenas para citar duas formas acessíveis de
adquirir autoconhecimento.

A caridade é a outra via, aquela que mais tem alcançado os seres


humanos num mundo em decomposição. Maior firma de misericórdia, a
educação coletiva, tem permitido à humanidade alçar voos de águia. Não fosse
esta formação em larga escala o mundo já teria sido destruído pela ignorância,
as trevas, as bombas atômicas.
DIMENSÕES CONCÊNTRICAS

As diversas dimensões de existência do ser complexo que é o humano


estão coexistindo. Vive-se em todos os planos, mundos paralelos, ao mesmo
tempo. Os de memória avantajada se lembram dessas existências em círculo.
A essência do ser humano o condena à liberdade. Homem e mulher são
destinados à liberdade, condenados a serem livres.

A expressão mais alargada de sua imensa liberdade tem sido a busca


do autoconhecimento, pois sempre que se conhecem mais, as razões para
buscas se ampliam.

Pode parecer diametralmente contraditório, mas a até aqui certeza e


infalível da morte, tem sido o estímulo maior da busca humana por mais
conhecimento e liberdade. Este acicate propulsor não é entendido pelos
eternos viventes de outras paragens dimensionais.

Quem já atingiu a plenitude da vida eterna em corpo não sofre da


ansiedade de buscar o progresso a qualquer custo para atingir a mais pura
liberdade de expressão e usufruto dos objetos que compõem o vasto arsenal
da riqueza.

Houvesse um Deus atemporal jamais entenderia sequer uma única


prece humana para lhe garantir riquezas materiais, a mais concreta
representação da finitude da vida.

As mansões dos bairros ditos nobres são criptas ou mausoléus sem vida
durante o dia e necrópoles de destilados durante a noite. Morre-se mais nas
banheiras das grandes vivendas que nos banhos em igarapés infestados de
crocodilos.

A liberdade busca conforto e o conforto condiciona o que busca à


aceitação de uma vida sem mais desejos acessíveis. Há paradoxo semelhante
à existência em várias dimensões. mas a lembrança está limitada a apenas
uma delas, exatamente da que se parece mais com o modelo de pensamento
herdado.
Já viu a semelhança entre fanáticos? Pode-se tirar foto de um e usar em
todas as páginas de pregadores de teorias de fim-de-mundo no Universo inteiro
e se guardar direitinho, dá para emprestar os modelos digitais para uso na
secção policial.

Temos 171 motivos para ligar o alucinado da teoria conspiratória de hoje


à prática de atos visando fazer acontecer o que defende nos seus sermões de
ódio e beligerância gratuita.

No centro das dimensões em que cada um vive ao mesmo tempo está o


observador pessoal da Consciência. A concentricidade faz com que haja a
eterna conexão do si para com o per-si.

Há este sentido externo de observação e que permanece fiel até sempre


e além, pois a existência humana não tem fim. A não finitude da existência
astral, perisperitual, está explicada pela diluição do ser atemporal ao manto
quântico do Universo, por um tempo necessário de refazimento do propósito,
para nova existência em outras bases e com novo propósito.

Se houver razão para ser assim não se sabe, como não se sabe o
porquê todos os rios, riachos, córregos e ribeirões correrem em direção ao
Oceano ou a rios que vão com potencial a atingir o mar, mesmo
desaparecendo vez por outra sob a montanha ou nos precipícios abissais da
Terra.

A precipitada conclusão da perdição do leito fluvial porque desapareceu


por quilômetros tem o mesmo sentido que deduzir a queima no inferno de um
ser humano por ter perdido seu rumo pretendido pelos pergaminhos antigos, do
tempo em que o sol "girava" em torno da minúscula esfera terrestre.
MUTÁVEL LEI DO GÊNERO

A constante e inescapável Lei do Gênero se manifesta nos diferentes


planos, não somente no plano físico através do sexo masculino e feminino, ou
os outros tantos outros do largo espectro LGBTI+, mas também no plano
mental e espiritual.

Desta forma são expressos não apenas nas características físicas, mas
no modo de pensar, agir e na energia que emana, como nos gatos, que,
independentemente de serem machos ou fêmeas se expressam o mesmo
gênero feminino.

Há espécies animais que apenas manifestam aspectos do gênero


masculino e até por uma espécie de identificação dos seus característicos
receberam nomes do único gênero, masculino, como urubus, gaviões,
cangurus, mãos-peladas, ratões do banhado o nutria e os mistos como cobras,
jacarés, macacos fuscatas etc.

O racional pouco seguro humano se inclui em todos esses aspectos do


gênero. A criatividade vem desses matizes de sentimentos trocados nos
gêneros, como por exemplo no artista a sensibilidade para canto, pintura,
escultura de formas, poesia, no gênero masculino e a expressão de grandes
atletas, jogadoras, halterofilistas e em profissões antes ocupadas apenas por
homens, sempre com desempenho admirável e qualidade ímpar.

As diversas outras expressões dos dois gêneros, da mesma forma,


passaram de o tímido existir para uma atuação diferenciada no mundo
moderno, graças à autoaceitação e sua destemida luta contra os preconceitos
e estigmas.

O colorido do mundo se impõe mais do que nunca porque a inteligência


foi desapropriada do Patriarcado, a Inteligência Artificial está às portas, com a
queda da última fronteira, conhecimento sem limites e sem apropriação de
gêneros e o uso das novas armas de conquista do Universo.

Na era da Artificial Intelligence não haverá essas distinções aterradoras,


mas apenas sutis percepções do "I'm insight" e o "I'm outsight", pois máquinas
sentirão impulsos externos e não-máquinas sentirão os impulsos internos,
sendo a escrita o mais difícil código para separar um do outro. Três sentidos
humanos são externos e capazes de serem reproduzidos em máquinas
avançadas com inteligência artificial, sendo visão, olfato, audição. 

Dois dos cinco sentidos físicos são internos, mais difíceis de serem
reproduzidos nos programas para robôs ou humanoides. Já o sexto sentido
pode ser totalmente impossível, por ficar fora do corpo humano, no espaço do
observador. Há outros sentidos humanos e nem detectáveis foram ainda,
portanto, nem pesquisados na matriz original.
TRATADO DE HERMES TRÊS VEZES NASCIDO

Toda ação tem reação igual, proporcional, desproporcional ou


equivalente. Há uma lei universal para isso, a lei da causa e do efeito
constatação do três vezes iniciado Hermes Trismegisto, descrita no tratado do
místico mais lido e menos compreendido por sua preciosa concisão e resumo
piramidal: O Cabailon.

A onda precisa da pedra ou da brisa para se formar, existir, encerrar o


ciclo, assim como o sino do templo vai retinir na pancada do badalar em suas
bordas ou no aumentar do vento uivante.

A lei da causa é do efeito presume ocorrências contrárias


alternadamente, gerando inércia aparente e movimento estimulado,
eternamente. Após entendida e observada tem o condão de ocorrer mais
vezes, porque a consciência humana precipita a quântica dobra, excitando pela
prévia visualização daquilo que os físicos chamam de colapso da função de
onda.

A luz segue o mesmo princípio da onda de água, no nosso caso de


moradores da Terra emitida pelo Sol ou refletida à noite para a Lua e da
superfície Lunar para a Terra.

O colapso da função da onda de luz causa o tempo medido pela


consciência, por isso o efeito da causa de observar tem sido a sensação de
aumentar o tempo, no caso da observação ou de encurtar esse tempo inteiro
de domínio imperial da luz, no caso de se abstrair em meditação ou de
contemplação.

O domínio da luz acontece na sua majestosa presença ou na sua


reparadora ausência. A luz marca o dia por sua presença e à noite na sua
ausência de onda, mas marcando o tempo como o negativo de uma fotografia
antiga, que era indispensável para fazer a revelação naqueles estúdios escuros
e com luz vermelha de alerta à porta.
Se a luz fosse mostrada ao negativo, antes da revelação e da fixação
por química de óxidos de prata, tudo estaria perdido, pois a claridade da onda
de luz mataria o negativo, as vezes momento único de uma vida.

Ao voltar para novamente conseguir novos retratos, o artista do clique


já não era o mesmo, o cenário havia mudado, as pessoas também, mostrando
que o tempo passou e o véu do tempo escondeu todas aquelas sensações
impossíveis de nova cópia exata. A luz tinha feito o seu papel de onda.

Aquela lei da causa e efeito do Livro El Caibalon estava plenamente


demonstrada, mas não compreendida em toda a sua extensão.

A natureza do tempo é mudar em qualquer lugar, mas se


conscientemente observado o tempo fixa seu padrão na memória e sua
mudança gravada pode agora ser eternizada "ad eternum" formando o
Shangrila de Luz ou o seu oposto, o Vale das Sombras da Morte.

Não é apenas observar que muda do Nirvana, paraíso para a ilusão


Maya, mas saber o que colocar dentro de sua atenção dedicada, como
abstração, de forma a colapsar ondas de luz consciente ou inconsciente.
Somente aí gerando a energia criativa, as partículas de Deus, dentro da grande
mente criativa.

O resumo disso é que, após concentrada atenção no que se deseja ver


manifestado no mundo, apenas visualizando segundos antes de cair no sono
profundo, lançar a semente na mente do Todo, dormir confiante, colher na vida,
como a notícia milhões de vezes repetida por obstetras a mamães sofridas,
desesperadas, internadas em hospitais com a falsa sensação de vazio pela
perda da uterina vida: "Parabéns mamãe, seu bebê chegou com saúde perfeita
e com uma fome incontida ".
MESTRE APARECE A DISCÍPULOS PRONTOS

— A busca mais promissora é a busca de si mesmo, do ser interno, do


mestre de sua vida - a explicação vinha do mestre Guilhermino, velho
professor.

— Mas mestre, como começar minha busca por mim mesmo?

— Olhando para dentro, com o olho interno, dos sentidos. Feche os


olhos e veja-se perguntando-se: Quem eu sou mesmo? Por que estou aqui?
De onde vêm meus pensamentos? São meus estes pensamentos? O que
posso fazer para melhorar o que está em volta de mim?

O pequeno Araquém não entendia ainda sobre este olhar para dentro,
mas tinha uma profunda admiração por mestre Guilhermino. A partir de então
esforçou-se estoicamente para se inteirar das lições, no meio das outras
verdades exatas ensinadas na escola.

A escola de mestre Guilhermino abriu os portais da consciência, com um


cenário completamente diferente do habitual. A curiosidade era aguçada por
tambores, pinturas, labirintos escuros, mas cheios de luzes da descoberta,
como as antigas escolas de mistérios.

— A mente se abre ante o inusitado acontecendo, já a rotina entediante


entorpece - explicava carinhosamente a quem questionava seus métodos.

Mestre Guilhermino era um forjador de metralhadoras mentais.


Por isso sua missão era muito árdua, mas compensadora.

- O viajante do tempo aprende muito com as constantes jornadas de ir e


vir - pois vocês não são aprendizes, mas estão aprendizes de cosmonautas
sob o efeito do esquecimento, porque no caminho de volta faltou-lhes oxigênio.

Dizia que a
melhor época para aprendizagem tem sido perdida ao longo dos séculos.

Antes da crise da separação da mãe, entre 3 e 4 anos, a criança


aprende muito mais, pois sua simbiose com a figura materna a capacita na
aquisição de conhecimentos. A divisão "Self-Force”, após três ou quatro anos
de idade faz da criança um rebelde sem causa (ego bem formado),ou um
indiferente (apático, ego subjacente) ou a boazinha (cabeça balançante, ego
incompleto). A síndrome da separação está explicada na psicanálise sem
rótulos.
HUMANIDADE VIVE ADOLESCÊNCIA

A descoberta da matéria escura ou matéria crítica, compondo 96% de


tudo que existe no Universo, e mais ainda o fato de aquela matéria escura
não atrair e nem expulsar a matéria como a conhecemos e em seguida, o
conhecimento de existência da energia escura, que a tudo repele e está  em
abundância absoluta nestes jardins  escuros do espaço sideral, e também nos
chamados "Buracos Brancos" após décadas antes ter sido descoberto
existir "Buracos Negros", coloca a humanidade na adolescência.

Estes novos achados dos telescópios interestelares ativam as nações


para a disputa pela energia sem fim, a permitir o retorno das terras inundadas
desde a Etiópia até a América do Sul, da maior usina hidrelétrica do mundo, na
China, até Itaipu.

Seria juntar o rio Nilo ao Amazonas em termos de produção de


alimentos num mundo em decadência e beirando a fome estrutural em todos os
continentes. Água exclusivamente para irrigação na África e terras de produção
de alimentos no Brasil (Itaipu e Belo Monte), China (Três Gargantas e Shiizu),
Paraguai (Itaipu Binacional), Venezuela, (Hidrelétrica de Guri), Canadá
(diversas usinas da Provincia de Quebec), da Etiópia (megabarragem do Nilo
Azul) e da Argentina (Yacyretá).

Toda a adolescência ou renascimento trazem aqueles intermináveis


conflitos e o Universo envia nesses momentos seus precursores para a
compreensão e aplacar aquela fúria dos títeres que daí nasce. A resposta tem
sido de nascimentos dos místicos em todos os tempos desde as Núpcias
Alquímicas de Christian Rosenkreuz, que deram publicidade à Ordem
Rosacruz no início do século XVII, até Chandra Mohan Jain, ou simplesmente
Osho, em Poona, Índia, no século recém acabado.

Merlin, o mago, ao tempo de João-Sem-Terra na Inglaterra medieval, e


os primeiros bárbaros nos séculos de Saint Germain, Madame Baba Vanga, na
Bulgária pré satélite da União Soviética, Henrique Cornélio Agrippa, no
Ocidente entre guerras, e no meio da Renascença. Grigori Rasputin, no
Império Russo, e já nos tempos modernos, na Ucrânia, Elena Petrovna
Blavátskaya, mais conhecida como Helena Blavatsky ou Madame Blavatsky, foi
uma prolífica escritora russa, responsável pela sistematização da moderna
Teosofia e cofundadora da Sociedade Teosófica, que deveria fundamentar toda
a vida social e política na moderna sociedade russo-ucraniana. Não há religião
superior à verdade.

Adolescência é época da descoberta, portanto, de inovação nas artes,


política, religião e estilos de vida. Já começou no espírito do tempo ao permitir
as viagens siderais inicialmente aos que podem mudar a vida nesta nave para
melhor com seu Capital.
AGRADECIMENTOS

Aos amigos que ajudaram a conseguir uma pequena fortuna quando eu


mais precisei. Todos eles me inspiraram do lugar inusitado e num sonho
consciente, de onde estavam, um pub, com mesa de sinuca e balcão de
bebidas exóticas. Gratidão Dejalma, Dejacires, Graciane. As bolas de sinuca,
mesas de bilhar juntadas aos seus anos de nascimento trouxeram o presente,
graças à minha atual falta de dogmas supersticiosos e minha memória
prodigiosa.

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