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020-12
índice
Seu caminho na música
47
Vamos
ver como
transformar
este conjunto
de sinais em
sons musicais!
7 NOTAS?
NÃO!
SÃO 12!
21 18
Licensed to MARCELO DOS SANTOS PEREIRA - marcelopereira9971@hotmail.com - 003.176.020-12
15
8 PASSO 1 - A ESCRITA MUSICAL
Onde escrevo música?
10 PASSO 2 - AS NOTAS MUSICAIS
A sequência das notas!
11 PASSO 3 - DANDO UM NOME
PARA CADA “BOLINHA”
Ligando nome à nota.
O FORMATO
15 PASSO 4 - O FORMATO DAS
DAS NOTAS
NOTAS
As figuras musicais
18 PASSO 5 - AS PAUSAS NA MÚSICA
Como funciona o silêncio na
música?
21 PASSO 6 - 7 NOTAS? NÃO! SÃO
12!
Sinais que alteram as notas.
34
26 PASSO 7 - A MATEMÁTICA DA
MÚSICA
O valor das notas e como o
cálculo ajuda na compreensão.
30 PASSO 8 - QUANDO AS NOTAS
A HARMONIA
ESTÃO GRUDADAS DA MÚSICA
A escrita empilhada de notas.
33 PASSO 9- QUANDO AS NOTAS
26
ESTÃO LIGADAS
Modos de tocar as notas.
34 PASSO 10 - A HARMONIA
DA MÚSICA
Entendendo os acordes.
46 BÔNUS - FINALIZANDO A
MÚSICA
47 BÔNUS - NOSSA MÚSICA NAS
OUTRAS CLAVES
50 BÔNUS - A LÓGICA DE TODAS AS A MATEMÁTICA
CLAVES
DA MÚSICA
Passo 1
A Escrita Musical
O primeiro sinal que aparece nas partituras é este conjunto
de linhas sobre o qual todas as notas e símbolos são
colocados. Seu nome é PAUTA ou PENTAGRAMA.
Ele serve para abrigar a escrita da música.
Passo 2
As notas As notas musicais que
usamos são sete:
musicais DÓ - RÉ - MI - FÁ - SOL - LÁ - SI
É importante saber a sequência destas notas em sua forma ascendente (subindo), mas também na descendência (descendo,
voltando as notas):
É porque as notas aparecem escritas na pauta como se estivessem a “subir” ou a “descer” (ou ainda, repousando
no mesmo lugar), e para não confundir o nome de cada uma, é preciso memorizar bem estas duas sequências,
que formam a escala musical:
DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ (e) DÓ – SI – LA – SOL – FÁ – MI – RÉ – DÓ
E veja: a letra B representa a nota SI em países que falam inglês. Já em países que falam alemão, usa-se a letra H
para representar esta nota.
CADA “BOLINHA”
&
Este sinal é chamado de
clave de sol
& B ?
CLAVE DE SOL CLAVE DE DÓ CLAVE DE FÁ
sol.
Então, para que você olhe aquele monte de “bolinhas” na partitura e saiba dizer qual o nome delas é importante
decorar a posição de cada uma destas notas na clave de sol.
Assim, com calma e persistência, ao longo dos dias você vai decorando e quando menos espera, bate o olho na
partitura e já sabe dizer qual o nome de cada uma das notas.
DICA! Comece a praticar isso aos poucos. Memorize 3 notas por dia. Em menos de uma semana você já terá
memorizado todas estas notas da clave de sol.
A partir disso, tente ler o nome das notas de todas as partituras que você puder encontrar, seja na internet ou
pedindo para seus amigos, enfim.
É muito gostoso este processo de descoberta. E quanto mais você praticar sua leitura de notas, melhor ficará em
ler as melodias de cada partitura.
Passo 4
O FORMATO DAS
NOTAS
Até agora você já deve ter observado que as no-
tas escritas na nossa partitura se apresentam com
diferentes formatos, não é?
Cada figura musical tem um nome próprio: semibreve, mínima, semínima, colcheia, semicolcheia, fusa ou
semifusa. Estes nomes são um tanto quanto estranhos, eu sei! Ainda assim, é importante que você crie intimi-
dade com estes nomes e acostuma-se a dialogar sobre os mesmos com naturalidade. Por isso, se esforce para
memoriza-los também (aos poucos, um por dia), pois nós utilizaremos bastante esta nomenclatura em nosso
dia-a-dia musical.
Como eu estava falando, as notas podem vir escritas usando cada um destes formatos. Veja alguns exemplos:
ALGUMAS curiosidades:
As figuras podem ser formadas por até 3 partes. Veja:
A semibreve é a figura de maior valor. Ela tem mais tempos que todas as outras e se divide em 2 duas mínimas.
Cada mínima se divide em 2 semínimas. No final, temos 4 semínimas que equivalem a 1 semibreve.
Cada semínima se divide em 2 colcheias. Logo, surgem 8 colcheias no total (equivalentes à 1 semibreve).
Cada colcheia se divide em 2 semicolcheias. Surgem então 16 semicolcheias (iguais à 1 semibreve).
Cada semicolcheia se divide em 2 fusas. Temos 32 fusas no total (para uma semibreve apenas)
E cada fusa, se divide em 2 semifusas! Ufa, 64 semifusas, onde só tocaríamos uma única semibreve!
Portanto, cada figura vai se dividindo em 2 da próxima figura. Ou seja, no tempo em que tocaríamos
apenas 1 nota em formato de semibreve, podemos tocar até 64 notas se estas aparecerem escritas
em formato de semifusas.
Esta é a relação de proporção e divisão de valores que as figuras têm. Não há um único valor de
tempo para cada uma, mas sim uma relação imutável onde a figura mais lenta é a semibreve (pois
ela tem o maior número de tempos de todas as figuras) e a figura mais rápida para se tocar é a
semifusa (pois é a figura que tem o menor número de tempos, à ponto de se tocar 64 semifusas,
para cada semibreve).
Assim, cada figura musical é chamada de figura de som – pois elas indicam um som (uma nota) que
iremos tocar em nosso instrumento por um determinado número de tempos.
Mas veja, a música não é feita apenas de sons. Os ritmos e melodias musicais são formados por
sons assim como por períodos de silêncio. Pense nas músicas que você costuma cantar: há momen-
tos certos para cantar (que são representados nas partituras pelas notas musicais – figuras music-
ais), mas há também os momentos de se esperar, de ficar em silêncio, e só depois voltar a cantar.
PASSO 5 - AS
PAUSAS NA
MÚSICA
Cada momento de
silêncio que precisamos
fazer, seja ele curtinho
ou bem demorado (não
importa), é indicado nas
partituras por um outro
sinal, conhecido como
figura de pausa ou
simplesmente, pausas.
As pausas são pequenos sinais que aparecem escritos no meio da pauta, para indicar períodos de silêncio na
música, ou seja, períodos em que não tocaremos “nadica de nada”.
Agora, como saber por quanto tempo ficar em silêncio?
Para responder à esta pergunta é preciso saber de cada figura de som que vimos até agora, possui uma figura
de pausa correspondente, e assim as duas (tanto a figura de som quanto a de pausa), compartilham do mesmo
número de tempos em uma dada música.
O que eu quero dizer com isso: que quando aparecer na sua partitura, uma semínima por exemplo, você vai
tocar a nota no instrumento por um número X de tempos. Mas, se aparecer a pausa da semínima, você não vai
tocar nada pelo mesmo número de tempos. Legal isso, não?
As figuras e as pausas compartilham a mesma quantidade de tempos, de duração – e também o mesmo nome,
veja:
PASSO 6
7
NOTAS?
NÃO,
SÃO 12!
Agora vamos avançar o seu olhar sobre esta partitura. Veja que logo
após a clave de sol, aparece o seguinte sinal:
#
Pois é! Este pequeno sinal é chamado de SUSTENIDO.
Ele tem mais dois “irmãos”, que podem também aparecer nas partituras
ao lado das notas:
Sim! Cada nota tem o seu local certo para ser tocada, em cada instrumento.
Pois quando estas notas vêm acompanhadas por algum destes sinais,
elas se deslocarão um passo para direita (se for o #) ou um passo para a
esquerda no instrumento (se for o b), na seguinte maneira:
Retro Style Black
Observe que entre as notas MI-FÁ e SI-DÓ não há nenhuma nota com sustenido ou bemol. Isso
acontece porque entre estes dois pares de notas não há espaço para se colocar nenhuma outra
nota. Em nosso sistema musical, estes dois pares estão distanciados por um SEMITOM – que é
considerado a menor distância possível entre duas notas, e por isso não “cabe” mais nenhuma nota
entre eles. Já entre todas as outras notas há a distância de um TOM (que é maior que o semitom),
e então conseguimos encaixar as notas com sustenidos e bemóis no meio delas. Portanto,
Estas notas que se encontram no mesmo lugar (sempre dividindo o tom ao meio) são chamadas
de notas enarmônicas, pois apesar de terem nomes diferentes (como por exemplo, a nota Dó# e
a nota Réb) elas são tocadas no mesmo lugar em seu instrumento, e por isso tem o mesmo som.
Esta é a principal característica das notas enarmônicas.
Então, além das 7 notas naturais que já conhecíamos (dó, ré, mi, fá, sol, lá e si) vemos que há
outras 5 notas enarmônicas entre elas, e por isso, temos um total de 12 notas em nosso sistema
musical.
ATENÇÃO!
O sustenido e o bemol podem aparecer de duas maneiras nas partituras:
1. Logo após a clave (como aconteceu nesta música)
2. Ou ao lado de uma nota, no meio da música (como também aconteceu na última pauta da
nossa partitura, onde apareceu um bemol ao lado da nota mi)
Indica que aquelas(s) nota(s) afetada(s) Indica que aquela(s) nota(s) afetada(s)
por ele será(ão) assim mantida(s) na por ele será(ão) assim mantida(s) apenas
música toda. Aqui em nosso exemplo, dentro do compasso onde o acidente
teremos a nota FA sendo sustenizada apareceu, e não mais na música toda.
na música toda. Você terá que lembrar Ou seja, em nossa partitura, a nota MI
disso: toda nota FA que encontrar na apareceu com um bemol. Pois então
partitura, terá que tocar com sustenido, ela será executada com bemol apenas
obrigatoriamente! E por que é o Fá que neste compasso (inclusive se houver
está sendo afetado? Porque o sustenido a repetição desta nota durante o
está cruzando a última linha da pauta, compasso, em todas as vezes ela será
onde mora a nota FÁ. Então, será esta a tocada com bemol), mas nos compassos
nota afetada. Na música toda! seguintes volta ao natural.
Uma curiosidade: o conjunto de Uma curiosidade: este acidente que
acidentes que aparecem ao lado da aparece uma vez ou outra no meio
clave é chamado de ARMADURA DE da música, é chamado de ACIDENTE
CLAVE, e cada um deles é chamado de OCORRENTE.
ACIDENTE FIXO.
n
E cadê o BEQUADRO nesta história toda?
O bequadro estava quietinho até agora porque a função dele é mais simples do que a de
seus “irmãos”. Quando o bequadro aparece ao lado de uma nota nas partituras, é apenas para
indicar que você não deve mais fazer aquela nota ser afetada por nenhum acidente (nem o
bemol, nem o sustenido).
Portanto, o bequadro indica que a nota deve ser tocada de forma natural, sem acidentes,
voltando ao seu “local” de origem.
n
Fázasd = Fá natural n
Dó = Dó natural
Passo 7
A MATEMÁTICA
DA MÚSICA
Agora eu te pergunto: por um Sim, sim! Porque cada figura Acontece o mesmo na música.
acaso você observou que há receberá um valor de tempos, Cada figura receberá um valor,
uma linha vertical que divide e daí o compositor faz a e então o compositor organiza
as pautas desta música, em combinação matemática destas e distribui estas figuras até
pequenas partes – cada uma figuras da maneira como que todas juntem o número de
com uma quantidade diferente ele quiser. É mais ou menos tempos total que deve haver
de figuras musicais? como se disséssemos que em em cada compasso!
Pois é! Corre lá para ver! cada compasso deve haver o
Estas linhas verticais são equivalente a R$ 100,00.
COMO ESTA MATEMÁTICA FUNCIONA?
chamadas de barras de
compasso. Você pode escolher quais
cédulas de dinheiro irá utilizar Esta matemática toda é regida
O compasso é cada uma para colocar o equivalente pela fração que aparece logo
destas pequenas partes que a R$100,00 por compasso após a clave. É sempre assim:
foram divididas pelas barras – podem ser 10 notas de
de compasso. Cada divisão R$10,00; ou 2 duas de • Primeiro de tudo, vem a
desta é chamada de compasso, R$50,00; ou ainda 5 notas de pauta;
e sua principal característica R$20,00, e etc. Mas o fato é • Na pauta desenha-se a clave;
é ter a mesma quantidade de que em cada compasso você • Se houver acidentes, então
tempos em cada um deles. Eu distribui as cédulas de forma a estes vêm escritos logo após a
disse a mesma quantidade de juntar R$ 100.00 em cada um. clave;
TEMPOS, e não de NOTAS! • E a último sinal, antes das
notas, é uma fração!
O número de cima da fração indica quantos tempos deve haver em cada compasso
(em nosso exemplo: 4 tempos).
O número de baixo indica qual a figura que ganhará um tempo no compasso.
Este número é um “código”, pois cada figura possui um número para lhe representar.
Veja:
Em nossa partitura então, temos um compasso com quatro tempos (chamado de compasso quaternário),
onde a semínima será a figura que ganhará o valor de 1 tempo.
Agora começa a matemática. Lembra daquela relação de divisão entre as figuras? Pois bem!
Se uma q é sempre igual a 1 Tempo, podemos calcular o valor de todas as outras figuras.
Pensa comigo:
Agora você está começando a entender como tudo se organiza nas partituras, não é mesmo?
Não basta apenas saber o nome das notas, nem onde tocá-las em seu instrumento. Para que a música tenha sentido,
é preciso que você pense no valor de cada nota, enquanto está tocando.
Para isso, é preciso desenvolver o senso interno de PULSAÇÃO – de sentir o pulso da música.
A pulsação é uma batida sempre igual e constante como, por exemplo, a batida do coração, o tic-tac de um relógio,
uma torneira pingando, dentre outros.
A pulsação deve estar presente nas músicas o tempo todo. Pense na canção “Parabéns à você”. Quando estamos a
cantá-la em nossas confraternizações, batemos palmas constantes para acompanhar a música. Isto é a pulsação.
Desenvolver esta regularidade de pulso requer treinamento e dedicação, pois é muito comum no começo acelerar
ou diminuir a velocidade do pulso, sem nem ao menos perceber.
Para lhe ajudar nisso, quando for tocar as notas da partitura pense em cada uma delas como uma unidade
sonora, onde:
• q = é chamada de TA • h = é chamada de TA_A
• iq = é chamada de TATI • w = é chamada de TA_A_A_A
Assim, você vai literalmente falando estas silabações para cada uma das figuras trazidas na partitura. Cada
sílaba é falada em um pulso. Sem correr, sem diminuir. Tentando, ao máximo, manter a regularidade na
velocidade da fala.
Veja como seria feita esta leitura rítmica então:
Uma vez que você consiga tocar estas notas falando suas sílabas rítmicas em um pulso firme, você estará
lendo a partitura de forma completa, dando sentido não apenas à altura do som (que é a melodia), mas
também à sua duração (ao ritmo da música).
Um dos pontos
que causa MEDO
na leitura de
partitura são os
EMPILHAMENTOS
de notas, pois
eles sempre
parecem mais
COMPLICADOS
do que realmente
SÃO!
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Observe agora a nossa partitura a partir da quarta pauta (compasso 12 em diante):
Veja que nestas pautas a melodia está, em sua maioria, escrita com duas notas grudadas – uma
sobre a outra. Sabe por que isso acontece?
Esta é uma escrita vertical da música. Quando as notas estão colocadas uma acima da outra,
indica que teremos que tocar as duas notas ao mesmo tempo.
Sim! Serão duas notas que teremos que fazer soar em nosso instrumento ao mesmo tempo.
Isto forma o que chamamos de INTERVALO.
Toda vez que comparamos a distância entre duas notas, estamos a medir o intervalo entre elas.
Fazemos isso contando o número de notas que há de uma até à outra, e então o nomeamos de
“segunda, terça, quarta, quinta, sexta, sétima ou oitava”.
Veja um exemplo:
Passo 9
Quando as notas estão
ligadas
Por um acaso você observou que aparece, na última pauta de nossa partitura, uma pequena linha
curva entre duas notas dó?
NÃO PRONUNCIAR A ÚLTIMA SEMIBREVE, MAS EMENDAR SUA DURAÇÃO DE 4 TEMPOS NA SEMÍNIMA ANTERIOR.
Uma curiosidade: Quando a ligadura aparece sobre duas ou mais notas de nomes diferentes, ela indica que
devemos tocar as notas, mas com um tipo de toque conhecido como “legato”. Portanto, ela indica um tipo de
articulação musical, além de delimitar as frases musicais.
Os acordes fazem
parte do dia-a-dia
dos estudantes e
profissionais da música.
Agora chegou o momento de falar destas letrinhas que estão
Compreender o que
“sobrevoando” as pautas. Com certeza você já as observou
desde o começo, não? Elas chamam a nossa atenção! são, como se formam,
como se relacionam e
Estas letras são usadas em alguns países para representar
o nome das notas, como já conversamos. Porém, em nosso por que estão presentes
país, estas letras são conhecidas como CIFRAS, e elas
aqui ou ali, nos leva a
aparecem nas partituras não para representar as notas
musicais, mas sim os ACORDES. compreender um dos
Você já ouviu falar sobre isso?
elementos que estrutura
a música: a HARMONIA.
Portanto, é a nota tônica que dá nome para o acorde assim como a sua cifra
correspondente.
• No acorde de Dó, a tônica é o Dó – e a sua cifra correspondente é a letra C.
• No acorde de Fá, a tônica é o Fá – e a sua cifra correspondente é a letra F.
Os acordes são classificados como TRÍADES justamente por terem três notas em sua formação
básica. Se houver mais do que três notas no acorde (e pode haver), ele passa a ser classificado
como uma TÉTRADE.
Os tipos de tríades
Existem 4 tipos de tríades: MAIOR, MENOR, DIMINUTA E AUMENTADA.
Sabe o que isso significa?
Que para cada tônica podemos ter 4 diferentes acordes. É verdade! Não existe, por exemplo, um
único acorde de Dó, mas sim 4: Dó maior, Dó menor, Dó diminuto e Dó aumentado.
Vamos conhecer cada um deles?
1) O acorde MAIOR
Há diferentes maneiras de se abordar este assunto, mas eu adotarei aqui um esquema prático que
fará com que você visualize estes acordes de maneira muito rápida.
Vamos pensar primeiro nos acordes formados pelas tônicas das 7 notas naturais (dó, ré, mi, fá, sol,
lá e si). Eu os divido em três diferentes grupos. Veja só:
Olhando a tabela acima com calma, você vai perceber que as três notas que formam cada um
destes acordes maiores variam de um grupo para outro.
1. No primeiro grupo, as notas que o formam são todas naturais – sem nenhum sustenido.
Apenas contamos duas terças seguidas, e pronto: temos as 3 notas dos acordes C, F e G.
2. No segundo grupo, temos um sustenido na nota central de cada acorde. Isso acontece
por regras teórico-harmônicas do campo de escalas e intervalos que agora não abordaremos.
Mas, nem por isso você ficará sem conhecer os acordes. Basta lembrar de contar duas terças
seguidas, colocar um na nota central, e pronto: temos as 3 notas dos acordes D, A e E.
3. No último grupo, temos apenas o acorde de si maior. Este acorde apresenta dois sustenidos
em suas notas. Isso se explica pelas mesmas regras teórico-harmônicas já citadas, que por ora
não abordaremos. Basta contar duas terças seguidas e colocar em cada uma delas. Pronto!
Você terá as notas que formam o acorde B.
2) O acorde MENOR
Uma vez que você tenha entendido o esquema dos acordes maiores, reconhecer os acordes menores
será ainda mais rápido.
Antes, porém, eu preciso lhe explicar um conceito.
Você já sabe que as tríades são formadas por três notas, separadas por terças. Certo?
Contudo, podemos também dizer que as notas das tríades estão separadas não apenas por terças, e sim
por uma terça e uma quinta.
Este tipo de visualização das notas do acorde está baseado na comparação da distância que cada nota
mantém em relação à sua tônica. Veja melhor:
1. No exemplo A as notas são medidas com a distância de terças pois são sempre comparadas com a
nota anterior.
2. No exemplo B as notas são medidas com a distância de uma terça e depois de uma quinta, pois são
comparadas sempre com a nota tônica. Veja:
T + 3ª + 5ª
Pois bem!
A diferença entre os acordes maiores e os menores está apenas na nota central do acorde. Ou seja, na terça
do acorde! Se você já sabe fazer o acorde maior, basta diminuir um semitom da terça e pronto! Já estará
tocando o acorde menor!
Desta forma,
1. O primeiro grupo de acordes que tinha todas as notas naturais, agora passa a ter um b na nota
do meio (para diminui-la).
2. O segundo grupo de acordes que tinha um # na nota do meio, agora perde este sustenido, e
todas as notas ficam naturais (diminuindo assim a terça).
3. E o último grupo, do acorde de si, também perde o # na nota do meio, e fica apenas com um # ,
na 5ª nota (diminuindo assim a terça).
Uma observação: a cifra dos acordes menores deve ter a letra “m” ao lado da letra do alfabeto. Desta
forma, reconhecemos pela cifra quando é um acorde menor.
3) O acorde DIMINUTO
Daqui em diante, tudo ficará ainda mais fácil e rápido. Sabe por que?
Porque a diferença entre os acordes maiores e os diminutos está não apenas na terça, mas na quinta tam-
bém!
Se você já sabe fazer o acorde maior, basta diminuir um semitom da terça e da quinta, e você encontrará as
notas que formam o acorde diminuto.
Desta forma,
1. O primeiro grupo de acordes que tinha todas as notas naturais, agora passa a ter b nas duas
notas seguintes (diminuindo assim a terça e a quinta).
2. O segundo grupo de acordes que tinha um # na nota do meio, agora perde este sustenido e
ganha um b na quinta nota (assim diminuindo a terça e a quinta).
3. E o último grupo, do acorde de si, perde os dois sustenidos e passa agora a ter todas as notas
naturais (assim diminuindo a sua terça e quinta).
Uma observação:
A cifra dos acordes diminutos pode ser feita de maneiras diferentes, veja só:
Cº Cm( 5) Cdim
4) O acorde AUMENTADO
O acorde aumentado é o que menos aparece em nossas músicas. No entanto, é importante saber
encontrar suas notas. E isso será bem simples, pois a diferença entre os acordes maiores e os
aumentados está apenas na quinta nota do acorde.
Se você já sabe fazer o acorde maior, basta aumentar (como o próprio nome diz) um semitom da
quinta e pronto! Já estará tocando o acorde aumentado!
Desta forma,
1. O primeiro grupo de acordes que tinha todas as notas naturais, agora passa a ter um #
na sua quinta nota (aumentando a quinta).
2. O segundo grupo de acordes que tinha apenas um # na nota do meio, agora passar a ter
dois # , nas duas notas (aumentando a quinta).
3. E o último grupo, do acorde de si, que já tinha dois sustenidos, passa agora a ter um
dobrado sustenido na quinta nota (aumentando a quinta).
Uma observação:
A cifra dos acordes diminutos pode ser feita de maneiras diferentes, veja só:
C+ C aum
Por vezes, pode acontecer também de uma nota já estar com bemol e ainda assim, precisar di-
minuir um semitom. Neste caso, aparece um outro sinal de alteração: º - o Dobrado BEMOL.
Assim, existe um total de cinco sinais de alteração:
Diminuindo a 3ª
encontra o acorde menor
Diminuindo a 3ª a e a 5ª
encontra o acorde diminuto
Aumentando a 5ª
encontra o acorde aumentado
OUTRAS TRÍADES
Até agora, vimos os acordes formados pelas tônicas das 7 notas naturais (dó, ré, mi, fá, sol, lá e si).
Porém, as tônicas dos acordes nem sempre serão apenas notas naturais.
Podemos encontrar cifras com # ou b também:
B bm Ab C# F# m Eb +
•Acordes com b - pense no acorde “natural” e então diminua um semitom em todas as suas notas
•Acordes com # - pense no acorde “natural” e então aumente um semitom em todas as suas notas
Para que isso não fique confuso é preciso estar consciente de quando os sinais de alteração estão a
aumentar ou a diminuir os semitons.
Observe o diagrama abaixo:
Da esquerda para a direita: os sinais vão aumentando um semitom cada
CONHECENDO AS TÉTRADES
A cifra das tétrades baseia-se na cifra das tríades, acrescentando o número 7 (ao seu lado). Então,
• Se a tríade for maior, a cifra é escrita assim: D7 (lê-se: Ré maior com sétima)
• Se a tríade for menor, a cifra é escrita assim: Dm7 (lê-se: Ré menor com sétima)
• Se a tríade for diminuta, a cifra é escrita assim: Dø7!(lê-se: Ré meio-diminuto)
• Se a tríade for aumentada, a cifra é escrita assim: D7(#5) (lê-se: Ré maior com sétima e 5ª
aumentada)
Por isso, se você conhece bem as cifras é preciso apenas encontrar a nova nota (7ª) e acrescenta-la
ao acorde.
Há diversas maneiras para encontrar esta nova nota, mas uma muito prática é buscar pela nota que
fica um tom abaixo da tônica do acorde. Simples assim!
Sabendo a correta distância entre as notas, não haverá erro ao buscar pela sétima da tétrade. Veja:
O acorde de Sol M (G) é A nota que fica um tom abaixo de Sol é Fá.
Uma curiosidade:
maj7 7M 7,,^ 7+
Bmaj7 Ab7M C7^ Dm7+
Em todos estes casos, a cifra está nos pedindo para colocar outra nota como sétima do acorde
– a que fica a um semitom abaixo da tônica do acorde.
Esta sétima é chamada de 7ª maior. Por isso, as tétrades que apresentam símbolos ao lado do
número 7 está pedindo que calculemos uma 7ª maior para o acorde.
Veja: o acorde de Láb M (A ) A nota que fica um semitom abaixo de Láb é Sol.
Então, a tétrade Ab7M fica assim: (lê-se: Láb maior com sétima maior)
Pensando desta forma, você encontra todas as sétimas maiores que precisar.
Bônus
Finalizando a música
Agora nós já falamos tudo sobre nossa música! Chegou o momento de você se desafiar a ler esta
partitura. Que tal?
Comece devagar, sem pressa. Se precisar, coloque o nome debaixo de cada nota – até que você
esteja muito seguro e não precise mais (então apague).
Pense nas notas mas pense sobretudo no ritmo em que deve toca-las. Lembre-se do pulso firme e
regular. Pense nos “ta” e “tati”. E lembre-se do fá# (que está na armadura).
Se não consegue tocar os acordes junto com a melodia, não há problema. Faça um de cada vez: leia
apenas a melodia, e depois apenas os acordes.
Mais para frente você tenta tocar as duas coisas juntas (se o seu instrumento permitir esta forma de
execução). Vá firme e adiante. Uma pauta por dia. Fique craque, e então me responda: reconheceu
a melodia desta música? Ela é bem conhecida!
Sim sim! Você não deve seguir para o próximo compasso sem antes voltar e repetir todo o trecho
que você já tocou. O ritornelo é uma abreviatura musical.
Quando o encontrar, você deve voltar imediatamente do começo da música ou do ponto onde
apareça um ritornelo na posição contrária ( ] ), e só então seguir com sua leitura.
Nossa
música
nas outras
CLAVES
NA CLAVE DE FÁ
NA CLAVE DE DÓ
BÔNUS
A LÓGICA de
todas as claves
Se você quer aprender,
e deveria querer,
a ler as notas em todas as
claves aqui vai um Bônus
para você.
Há um princípio lógico que
facilitará muito a sua vida.
Este princípio é:
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51 Posso Tocar com Daiany Dezembro
AGRADECIMENTOS
Eu espero de coração que este material lhe seja de grande
valia, e ajude a ressignificar sua relação com a leitura musical.
Ele foi preparado com grande carinho para que você entenda
a lógica que está por trás de tudo, e comece a ver que ler
partituras não é algo tão confuso quanto parece.
Vale dizer que, não teria sido possível concretizar este livro se
não tivesse o apoio da minha família, que carinhosamente é
peça fundamental em tudo isso, e de cada um de vocês que
me motivaram a escrever este material e hoje o estão lendo,
buscando aprender cada vez mais.
Você poderia estar fazendo outra coisa, mas resolveu tirar um
tempinho para estar aqui, se dedicando a este universo que
tanto nutre a nossa mente e a nossa alma – a música.
Parabéns por isso! E muito obrigada, pois nada disso seria
possível sem cada um de vocês.