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organizadores Leonardo Schmitt de Bem Joao Paulo Martinelli 2’ edicdo Amanda Scalisse Silva Ana Carolina Filippon Stein Andréa Walmsley Soares Carneiro Décio Franco David Fabio André Guaragni Fernando Galvao da Rocha José Henrique Kaster Franco Joao Paulo Martinelli Julia Ferrazzi Magrin Leonardo Schmitt de Bem Luis Felipe Sene da Silva Mauro Fonseca Andrade Rodrigo José Fuziger Rodrigo Leite Ferreira Cabral Rodrigo Régnier Chemim Guimaraes Romulo de Andrade Moreira Victor Augusto Estevam Valente Viviane de Aquino de Bem + leditoral D'PLACIDO Alo erinte | So Paulo ‘east, 86, | hc Pai, 204, Sans Bee ete MG | anda 3161201 | SeaVisa— SiPaua @mesor | @oni0s3s WWW.EDITORADPLACIDO. COM.BR edd re eta neds te eed orgies, ‘emunsoiniopiv mb se Mo brs ato. WstemdeMn Protas ttre! abies oe p9en geo wahaters Dogenaio tw iqeaPars iulopionarabegio(oM, 85 do dena pesca eal / ena Sit dB, ado Mariel et Fe ere SP Pac 0 . senor ssn. "et Deen en, sad Aarne kPa LE ie3H1s otc veipnsve Fernanda Gomes de Soa 67472 icon DrPLACIDO ACORDO DE NAO PERSECUCAO PENAL E SUCESSAO TEMPORAL DE NORMAS PROCESSUAIS PENAIS Rodrigo Régnier Chemim Guimaraes! Fabio André Guaragni* 1. Introdugdo Conguanto tradicional, o tema da sucessio de leis processuais penais no tempo continua a langar dificuldades, tanto para os atores juridicos como para a doutrina, em determinados campos de sua casuistica, Dentre eles, avultam as situagdes em que a nova regra juridica contempla aspectos nao s6 processuais, mas de direito penal material, Nestes casos, os critérios para resolver a sucessio temporal de leis processuais e penais ora sio indevidamente mesclados, ora empregados uns em lugar de outros. Para ajustar o tratamento destas situagdes, é preciso identificar 4 natureza da regra trazida pela lei nova: penal, processual penal com contetido processual, processual penal com contetido material, nista, Depois, faz-se a incidéncia do art. 20 do CP ou art. 20 do CPP, conforme seja. Amostras da dificuldade de manejo do tema foram renovadas Tecentemente, a partir de algumas das novas regras introduzidas ee Professor Titular de Direito Processual Penal no Mestrado Profissional em Direito ‘& Universidade Positivo, Curitiba, Parani, Doutor em Direito de Estado pela UFPR. Procurador de Justiga no Ministério Paiblico do Parani, Professor Titular de Direito Penal no Mestrado do Unicuritiba ~ Centro Uni- \nitirio Curitiba, Curitiba, Parand, Doutor em Direito das Relagdes Sociais Ps UFPR. Procuradior de Justica ne Ministério Piiblico do Parand. 145 N pela Lei nt 13:964/19 (conecida como “Pacote Airing) Detac-se aregraanente 20 acordo de ao persecusio pen) (CPR at. 28-4). Par compre a natuees desta regra do Pacote Ann se catia, é presto retomar algunas compreensbes 3 tspcio Aierenciagb enee rgra de dreto penal e de proceso pen, ‘sabelecnd os rtéris para idenifiaro das rege interie eis (ito 6, mists, ou mesmo aquelas procesuais com cones material sina mencionad) [Nam psu promove conntantemente mutans legit, inérpree & exgid a dizer como fier 08 proceson em can com px lei Se a youber identifica a natreza da ecb «errand na interpreta de sesso de les no tempo, que ot trio, dados pel Ii brasileira em vigor, para interpreta ura reg de proceuo penal sk ifeentes dos criterion para interpreta mt rep de dito penal materia A propos dese acg, eno, de procuarorganina 0 con itor eof erties sugerdos, rear alguns delese veritcar gust slo or mis adequdos jeldade lginatiabrailera, cxabelecendo pares mas aos de diferenciagio. ‘Nios aborar agua dourrina mais adiconal que comes ue as eg de process penal jamais possuem conteido mater Eva imterpretiio et absoluamente descompassada com 0 et tendimento predominant’ com a severidade de algunas regs process com conteido material que merecem un tamer ‘xpivaleat a0 dito peal material em tema de scessio de les tempo.A quo é aber qui citro se wilt para dizer quando seo dame dea rege dese nature. Ese &0 ponto que erst urgent uiormizsio tedrica ¢jurpeudencia Vie MARQUES jos Frederica iad de Dito Mo, Sho Pau: 1p 2 * Viprtnox CARVALHO Ani ap de Se de i ens Cee ake Ens, pp 204 me |EONE, Mo Dt al a F Aen ripe ns. Na, NLP 6 2, Nota inicial comparativa sobre a sucesso temporal de leisino CP e no CPP E de conhecimento ger que oar.5*,XL,CRrepicado no at “Papa CR define a ieretroatvidade da ei penal como regr, Pas ‘as crime pratcado vale a let que vigorva quando d respect rien enue au ‘Aiercrosividade dali penal mais gravosa se funda ma segurangs id neces para que as pessoas condzam seus comportarentos ‘ova smn serem surpreendidas pelo poder-dever punitive esta ‘Aireoatividade da lei penal é um beago de opera do principio de esers lal voltado 3 mixin de orentr cada wm 20 que pode cenio pode fazer, bem como a saber 0 que aconece se fizer © que ‘ho pode. Neste sentido, serve 3 realizagio de pate da Fangio de {pric que all penal cumpre em favor do cidade, pela verente boil men, la pons sine lege pra. Excepionsimente poder el penal reragir not stem que sep mass Bendfea para 0 eidadio (lex mito, quando comparada 20 regime que vigoava quando da priic do delito (uja data definida pebhatividade deliv, ex 1¥ art 4, CP) Abe, nto, possbiidde ese war pra um crime le que nio vigoraa ao Seu tempe,Sio dus ssexgéncas para tant: 3) que alist posterior 3 agS0criminos que se melhor para 9 mujeio avo da det, quando compar 43 ie vigente quando da agi, Repare-se que retoatividade da lenest cso, no promove insagurnga juridca pars 0 ida et |e — one mods ~ ampli seu campo de berdade, Por io, ab hi also com o principio da reserva legal Cds, porém, que ese se np da sca a peu pet manent a+ ‘casts medi writnks nde MAZZA, Ot a Ne Infineon pe ae Pon Pa ako Ura Gort Par Nn Goi 19 pp Te [REVAL] Atos openly pol enn ns AeciAd Hoe Dep ere {TOLEDO Fanci a Pop i de Din RS Pale: Sia ep “7 ee eae mento da etoatividade da lei melhor. Com uaa retragio da lex mig pe” Fang dara lel no bs 2 709520 da er tp no Ihe di adam. {Qual éo moto plo ql ei posterior ais beni egy, ae? Motor no ete sobre ete pont. Simpesneite camer, io ¢ 0 fonda So Radar mar Rae ts iit 20 ceria eco uneenrmeonenato vipa i Scenes cna Eee Pats Regs Cos Das ead eo ms a Par RT. 21, pI Apove-se que & connum 0 apo 2 Flin uss nb ot dk sae vg COSTA je Fr Nt Dt rc he ead 1 ah nnataqnpos ste pac provocado pelo comporamenta ico no teido Cet ‘2 eristalizagio de um olf social sobre o ito oe pingenmaonce Senn one pa a ae ora 1 i sa ica A gat Seer em oe See ee eee eee Neate PRADO Las Regs Gao Diy Polis VL 1.8, * Saban puro deomagc, wane da idea de que 2 aon ‘Seidman de ms concn res nose cae no ‘fe 3 pepe ov ces gunmen dele rons ees de “nip sof DIEZ RIPOLLES JL Le mola dares ‘ra: MT 23, 148, Se rg say elo de ate ileal tals dace ca pe en Se aa gps tn sh semen s mao enn De Mean Cont Corry cna ae Canons por tec dea "pt fran design Como enc Paait clade So Palo {30 lohan eam be pod 016/11 RS7P tama thet pce aniconapco-do-niterio puoi Whoops nna BNI /camardor depute ‘staan om comape i 49 . eee Sa repro ds expéci deliv (observades,agulos posts pinoy .e teoria da ena adorados no ar. 59, caput, CP). "A tela de exemplo: quando a Lei 11.106/08 derogou owe 240, CP.que previa o crime de adultério,o legladorerisaliot une ‘muta ma percepio do eco social sobre £0" A pti di ‘0 Congreso reconeceu que ~ para a generalidade dis pewoa ~ ‘ete poderisterrepercuses extapenas de eater cv, por de ago penal. Alot cnn conslidou na lei appa mail. ‘ago do julio de ensua social acerca do event, nam horizon de reece ates mais lias. menos marcade por uina moral fila tradicional. Da em dint, ninggiém mais (novos ou antigo Fa ‘anes da condua) pide ser anngdo por sano penal devia ds pebica de sdultéri. Nio teria sensido manterexccpeionaem ‘execu penal de alguns que cumpriam pena, ou di connie 4s ages penasprivadas movida 3 alera conta addlteros, quando aa nnguem, em ese caberia spose ental sina Eni, eae de cla maniestagio do pinepio da sonomin E evidee que nfo we atingem aquees quant 208 qua com sequéncis peal} produ antegrade dos seus eFios~ pesos ue jcxecuaram as pmassob oegime mas avo. Porm, mi, 5S we pn io cn a at pi, ie ‘hag gt Eus np eb cape omar Le ee {meuniere pace de eng) sence {Es a dove ae, IUSINC Mn ot Tea di gna cs me Mn Cit. 19 ‘etken COMES a le VACOMUCEY, Cor ae Ags a ‘ado Dw ta Su Pade E298, 9p) geet enna eg ch en ‘seta hans com ah Pose lao x Rene sa ‘Brenna de ena ppl sera pt cin repens ya persicae es poser pr hp ‘imu pgp gor dete oni {lean perc gop daa Es ono dS or an ene Seg °F ‘os mrs pips nae rec debe dew nen py i us 2 fu eben ‘ah do ern dn ns dee 150 soos dover ser aleangados pelo olhar mas benévolo em coraiio dh iden de igualdade ou isonomia de watamento, ferred Fundamental eroatividae d ei penal material. mas benéica, que € a jgualdade de watmento » comportamentos {aos altri leit ou lctos,0 proceso penal no regal com- pertamentos ness chav psicolgiea.Os tos procesuais no exigern {io so valorado titulo de “dolo" ou “culpa, O dire proce sul penal regula tos processuais, isto &estabelece rtuais, presreve teformat, as maneias pels quai se promovers a verifcaio de"ie™ "somo" um comportamento de alguém ~ al considerado em tse ‘ome crminoso ~ foi realizado no passido Alguns ato process 2 podem exigic uma voluntariedade dor store ewolsior em sa relago, mas nio necessriamente Como recoréa Oliviero Mazz: "sopeigdes com at quis ven reazad una nouifcagdo, uma pris, ina usc spreenso, uma interceptagio de comuniaso teenies, ‘So consierads vidas, realzads conforme o modelo normative, smo que o encarregido tena agido em ead de inconcitnci Assim que os atos processuais ém em comum & que ees So “aos fscos causes pelo homem segundo um modo de proceder| csubeleido plas regas"”. No mesmo sentido, 3 ligio de Franco Corder em ses Ped penal As nsiticages tim uma isis rg No modelo que se segue conta apenas aspecto formal. le- dr imp determinadas formas sob o presposto exatiico que ‘nt bors Exitos cognitivos ma no cso conereto no import © ‘weno metal.) Or sistemas postive impem mecarimosFormaie proceso nio ¢ subowdinado 2 fanasmas ments odo chicaneiro ‘eriajogo Beis Fosse pedo o efeivo conhecimento” TITER, Oi TN ac et op ea Pe ‘ra 9%, pec ws MAZZA, Obes La Nima Pele re op Ts Pe oa ne (are ds Gao Uber «Gian Po Vo) ian ‘hth, Hg * CORDENO Fane Pad do, i Gt 208 9.399348, 151 age) ree ci sot ric a Oa ht gape Sn olan ae tones ena “rn i ab erm ey So ee remington eee eee eel See ee prio ou em experiments (.) Formulamo-lo samc é"an"ae | Ernay encore) feminine tng See ee ere ee teeter SS So ee Conta eee ee ‘nao so “juridicas” ou “antijuridicas” mas sit 2 on, 1 8p. 101 © CORDERO Fano Galea pda po * COLDSCHNAIT ate. Deh Dro Fly PIB SSS eb Geen es a se iearAoa Sas na rp Ss spo is apn pe oe as nee _ 152 Se eee toed dante eee one Se ee oo on ee Ce ore ee ee i Co ron es ae jos. mas sim 20s ritos que, ou sio realizados no presente, ow no Cn eee Or jul de se tornar irreversiveis quando realizados observando a regra beta eee ces Le eae aa eg coin San Ceo ee oe Ehoemo Ronke gala ci me ore fete” gue read Ea pena proceso Sn eres par ees [Nem hi comando consticucional que assim 0 determine. “Amin luz da imediaidade ea eretroativdade, nove rege pro~ cesuispenaisso aplicadas a0s processos em curso to logo entrem emt ‘igri fie em que # encontram of procesos sem a necewidade de ‘fae tos procesiiis ealizados com base nal velha,que continua vidoe A regea now incidies sobre o processo em curso dele que a apa ou toa que se teferej6 no tenha sido superado sob a vigéncia ie antiga Acaso 8 ocorrido 0 ato prevalece o regime anterior se ainda pendente de eliza, regerse-i pela lei now ‘Jo artigo 2°, do Cécligo Penal, impée uma andlise com- Fantiva das novas regras de direito penal com as regras velhas: “esbo Les gy de Quo: Ram Fer Ragu Uin Gai. Co- ‘err iss Mad al Pome SFR. CARNELUTIY France. Ln te eps pote 1 Tid _ Rip de Stag os Mee Sno es E FOR P97, OUTURE. Edun pt ds Ls Pr oy ac de ‘is Mace Cvs Myer oso a eet: Foe: 20 18 153 — se melhores para quem ji elizou um comportamento ding quando da enrads em vigor das novas regs, els retain inclusive desconsituindo cosa julgada (letra express do at » patra 2° CP):se pres para 0 +2, passam a valer apenas pay ‘novos crimes que virem a ser cometidos. Dat se dizer ques into & ativa (atingindo os crimes posteriores 20 inicio dem, vigénci) ¢retoativa aingindo também os anketior),engume a lex grvor £56 atv, Por vezesalgumas leis nova estabelecem critrios especticn para sucesso dels process no tempo, Un esenplo mac ‘corre com 2 “Lei de Inrodugio ao Cdigo de Proceo Pal" (Decretolei 1" 3931, de 1941) 20 tazer eritéros espeiicos pan aplcaio do nove Cig em tema de sucessio de leis no temp Et romoveualgumas esas par os procesos em curse,por exes | 2} para ov ess de pris prevent € Fanga fer prvlecer3 pa | ‘mais ivorie)corsideroa que o procesios com astro ini ‘ia ram impacto ma validade do processo como um todo. Assim, ‘20 entra sugerido por estes doutrinadores vee sido aplicado se longo deses anos todos, tevimos a iuacBes a seguir dscrtas. 181 hee ere Em 1995, tds os processos da histria do pais envoy Aelzos com ponas miximas iguas ou contravenges pena, 0% Com penas minimas igus ow inion 414m ano, deveriam ter ido anulados. Os casos que ao esinny tlkangades pela presrigo,contads da data do fato,seriam etomude 0 resto, exquecio, Nio foi io que aconteced, pois 4 Lei 85 previv em seu artigo 90, que "as disposes dest Le nase pein 20s procesios pena cj insrugio ji estiverinicinda”. Ena eg, os tezmos da doutrina acima eefrid, seria inconsticiona ms Jurisprodénca a considerou vida Em 1996 deveriamos ter tido nova revisio das proceso everiam ter sido anulados todos agueles que decretarim a rea nferiores 2 dois in. dos acwsados mediate nfo comparccimento apés citario eda “Todos os condenados que estivessem cumprindo pena et ro de procesos ness condos, deveriam ter sido mediate lbertados. Os casos que mio estivessem: aleangados pela pesca contada ds data do recebimento da denineis, scram retomadas0 resto, esquecido. Nao fi isso que aconteceu, pois, 2 nova rer do ar 366, do Cdigo de Proceso Peni foi considerada uma eae onteido misto.ou sea, uma regra que poss uma parte de poco (ue preva a suspensio do proceso) e outra de dreto peal (qe previa a suypenio da proscriio). Neste cas, sendo una meme Sica eg foi considerada, pos Tribunais Superiors,a necesile se se observar a manutencio de sua intezridade, nie posdendo ‘india para retoagi apenas a parcela processus! penal. No tb a primeira parte teria cater processual, de apliago ined ¢2 segunda pare teria tago penal, mais gravoro (causa suspense prescrgo).A partir da, nos termos da jurisprudéncia consol ho ST).preponderow 0 xpocto penal material para presidir aslo no repr eaplicow apenas para novos crimes ocorridos aps vigéncia, que ata pace de dicito material (suspender 0 pat prescricional) cra mai gravon tos acon ve compara ee Em 2003, m rari de novasregris mais garandstas de int oguério do acusid,deverismos ter tide anapla e wera dec de nulidade de todor os procenos que jf tramitaramn na bist 162 do pris. bom como dagucles que jf ivesem ultapassado a fxe do tmerrogatério do #éu, que, época, se dava como primeizo ato de imstrugio. Todos os condenados que estivessem cumprindo pena, deveriam ter ido imediatamente ibertados. As penitencirias todas imediotamente eevaziadas, Os cats que no estivestem alcangados pa prscrigSo, contada ds dats do reccbimento da densincia sriam frromados. O resto, esquecido. Em 2008, deveriamos ter tido mais uma nova, ampla e ger Aeclangio de nulidade de todos os procesios que js tamitaram na Js ¢ que ainda nio tivewem sido anilados pela lei de nia do 21103, pos os tos novos pastaram 2 ser mais benéfcos 20 ru, em particular com 0 deslocamento do interrogatério do réu,de prime ro pars limo ato de instrucio, Novamente,rodos es condenados aque esivestem cumprindo pena por casos cometidos e julgados defintsvamente depois da grande soleara de 2008, deveriams te sido inodhtamente libertados. Ae penitencrias, mais uma vez, todas, Jnediaamente estaziads. Os e3s0s que nio estvessem aleangados ‘ela prescrigdo,contada da data do recebimento da deninca seriam ‘exmtados, © testo, exquecida, Em 2016, todos 05 casos nos quals 0 investigado foi ouvido 1 fe pé-procesal sem a presenga de seu advogado deveriam ser considerados nulos. Assim, mais uma vez, todot of condenados ‘aprindo penas em regime fechado, que se enesixaiem nets con Aigdes,deveriam ser colocados em lberdade, Os procesiosanulados inggralmente seriam retomados apenas quando nilo se verifcase a precricio, conta da data do fato. agora, cm 2020, cao © Ministro Fux no tvese suspendido 2 valde das regras que introduziram o juiz das garantie sempre levando em conta o ertério da doutrina referids, terfamos now, snl, geal e irresrta declaraye de nulidade de todos os process {qe if tramitaram na historia do pais Galvo os de menor porencial ‘fexsvo) e que ainda nio tvessems sido anulados peas leis anteriores, {oi a criagio do juiz das garantias, que vale para todos os cas05 (i ‘acego ds infrages de menor potencialofensive), mais benefica 10 ru. As peitenciiia, pela Cerceira vez nos iimos 17 ans, de~ 163 i ———— weriam ter sid, todas, imedintamente esvaiadas. OF c0s gue ig estvesem aleangados pla prescriglo,contada da data do fits retornados.O resto, xquecid. assim sepuirlamosa cada nova lei processal penal mas gang tit E cl vrio,segurament, i que o esforgo doutiniio pres rminante no Brasil & de ampli, cada vez mais e sempre. gn do investiga /acasado Vale record, por exemplo, que hi un pa {ew para novo Cidigo de Proceso Penal tamitando no Congress Nacional, e nele exo previsas nowas garantie a0 acid, Now nulidade de ed? E 0 que. na pritcae de lege fas, com a sie boas imtengBes.pregam esses autores Seyuit-se-in um quad edo culminando na evidente violicio do principio de vedasio depot insufclente, comandado 20 ene estatl a esferaprocesul pen Diante dese quad. preciso tabalhar par hfrenciae se peas puras ges processus pens paras regs de coed mio fou variado ¢ regs procesuas penais com contetido materi Eo qu se passa expor 4. Critérios para identificago das regras penais e processuais penais Dor divers critvis que 2 doutrina arrsca propor oF parecem mais coretos ho aquelesembasados na doutrin de Jo? e Figueiredo Diss, em seu lissieo manual de 1974, Nio obsate Figueiredo Dias comsidere que direto penal e proceso pen ‘umarelagdo minus de complementatidade funcional" ~ 0 qe cotret, rises ele também considera que existe uma auton Sessler STE aa se ee "Dima Pa i Ca Cita : DIAS Jonge de Fie. ity Pen Pen, Prin Vohune. Ce cease a | teleolgica” do procesto penal em relago ao ditto penal material, pe qu tac 0s presupestosFancionais de que depende cm concreto consecimento de uma pretensojurtico-substantva ou de uma jut tico-procemual" Enquanto para o dirito penal se exige a "ealiagio| (eometimento) de um tipo de crime, paraodieto procesual penal sta a noticia (uspta) da inaeg30" asi, “de igual mod so {frente 0s prestupostos da extingo ds consequéncias juries” de tum e de outto*prescigao da pena” “prescrigio do procedimento ‘iminal""E complementa"Das diferengas de presupostos faci tis slo expresso, por sua ve, 2 diversas categoria axiolgicas que ominany em cada um dos Ambios ¢earacterzam a decsio num € outro: de direito substantive, referida a uma relgio da “epago social via valor-L, dentro da dicotomia axiolgica’ iio"sa de direito adjective referida a actos no ‘espago procesl” (actos procesusis"), visa enquadri-lor na dicotomia axologica sdnnivel-inadmisivel” ou “eicaz-ineficse™.* ‘As reas procesuais, portnto, peram juizos de valor a patie eum binirio comunicativo dstinto das regras materia. O respite on derespeto iquelas mplica em admisnbildade ou no do ato Acxo immisivel,éanuladoe, eventulmente repetio. Hi expresso esa dela a lei, at 573, CPP Ji as regras pena materia, inci Ando mplicam em que se valre a hipétese de ito como proibida| ta permits Se proibid, densa a incidénca da pena. Con se v8, 1s dtinas mccnicas comunicatvas implieam cm consequncis tambien dines -E dstingio é importante em virios amps 6 pra con ‘intertemporal basta evocar a histria do tratamento da prova ica, appli materi Sua no admisdo, no plano proces, passou a ser obrigitoriamente proclamada de jue cnstinds a partir de 1988, TyAS rg de Fig Diy Psa ea Princolms Cab ™ DiAS Jonge de Feed, Dt Pcs Prine oe, Cond: Comber Et 7 pp. bbe ™ RUYOLONE,Peaa"Le prov vite ie poe ete ps te nt Rv it psa Wl XX Par Cea 46 p47 165, See eee ‘om o att 5, LVL.CR.Até entio,serores da douttina proc {que a ecolha da prova mediante ago i = ita poderia vat 0 sem, stivo ser punido no plno material (caso de wma confisso oe, ‘mediante treur, por excmpl). Porém, a prova seria aproveie tno campo procesual, tudo exatamiente em nome dis distinct separam 01 binitios comunicativos™ licto-licito,tipico do dics penal, do admisivel-nadmisivel, pico do univers procestal aio vlor do evocado rasiocinio de Figuciedo Dias“ pale na cise por rgraem aber eo resto disciutido respi ans ‘aus substantia de exclisio de pena, muxime a uns dis cama ‘cond des objectivs de punibidade’se 1 um pressupost proce no primeira cao etaramos perante wma Figura pertencenve soda penal.no segundo perante una figura de dircto procesual pen Consdera que a “diversidade de objetos a que © dinigen” Aircito penal e 6 processo penal implica em consider-los cam “regulumentagies juridieas automa e, nese pono," diferan fundamental entre matéria penal subseantiva © procestal &, cone acima se sublinhou, determinada pelos diferentes citculos(espxos ids sobre ox qusisatuam ax normas respectivaa™® * LOHMANN Nil: DE GIORGI, Ral or es rd Gna UUnnenaa de Grays 1935. Bcd qe» ops ea ‘mea como nena ene nur onan "pt ta be 1 Kneupem pc npn wn versio post wa ga No aed ‘atoms pen opa nenconadsBne esc de do bod uA i Fa a ec a Cae DIAS Jonge de Peace. Dae PoP, inci one Cabae Coa Ear 9p 34 DIAS Joe de Fgls Die Pon Pd Princo, Coie Gama aa 1974p ale nna gue ican igi De ‘ernment aut hese sno cen por c= "tena noe deve spats nova et pve ea» 0% ‘ag pred gue oor poe pene dens ome mo dino da eta epee a ese Ime po pce dade pa on™ 166 os [Na sums:0 dteito penal est preocupado em proteger bens jar ios rlevantes deforma subsidiria”selecionando as condutat que considers graves e capazes de coloear em riseo esse bens ¢ também fats preocupado com as condicBes de culpabildade e punibilidide de quem reakza ests condutas®. Regeas de dieito penal, poranto, trabalham nas chaves “Ticto-ilicto”:“punivel-nio punivel”. i 3s regnis de processo penal no estdo preocupadas com esses temas, pow tritam de rituais de verficagso de comportamento. O ponte te preocupasio ett em garantir aos acutados que o ital extabele= ido pata veificagdo de sua conduta seja feito de forma a impede ‘etic abusvo de poder, equiibrande esta necessidade com aquela {ks ralizago efetiva da persecucio. Qual a sequéncia preordenada te atow Como eles devem ser realizados para que se consiga chegar te final de um procedimento com o réu sendo julgado dentro de frites que se considerem, numa democracia, como justo, nio ‘trp pnon prep re * As pus ROKIN,clpeiadee necemde preenia de pune ~ 2 que se iin exer so det, spond (opi, 300 Ceca {nn a perpen eae converte 4 pide comeatnen ‘2 crime, mn pre da con de tommy urerime © acto pede 2 ‘read que nrc pa pean olan caer) jae Assn, ZAFFARONI, Eu fal "El dba concep ‘EL cata come dtu daca neo Cini V4 Blo onze: Hey. 292, 30.3 167 ee spina Eenose pte iri gee ata mn poo eso scala? O pce py non prr de am ncaa PmBieEO de exe ye i a de pe net ag 2 Bo as preocupasdes do proceso. ASM, TESTS PROCES, Opn rn fe iene pda Csepl ranean appa Snipe eirtniahse iba ov al or ee nee ker eee eee aennoacuaen ‘el a0ulom 2) rears miss, que expat efeitos no dicto proce odio pema-oare 365, CP.inpede 0 desemolimens do proceso em face de ru citdo por edit aseneees advogad contd, coroando a gazania do contain to frmar3 respective necewidade de que x x dsemola “quanto guele que conhega conti ds scusacio qe Be feta Paps, ger tos pons a suspend ors da prscrigo enguantosaspensoo andamento do fs: 8) reat proce pens com contedo materi ag queso proces od toca 3 Here os ton materia doiputad, fides plo poses Pst? (ito penal materia) de mad isto, er ve eee cu nieamene. pe anplaio o estko Se Be como si acamtecer con eas process pena Me Kegespcemi cm cone tral ot confnar ou amplardretnent dito Fane de cater mater.) aposade de seb pela pen privat de ienid, ber conn POF rests dos dito de feguéncin lois ou com 168 ee eeaacrat “culos;b2) dsponibildade de parimio,tngia peas Lu de mula presario pecuniesperla de er eto Ps) aiberdade de tabatho restringica pe presaio de cpefos eomuniade ¢interigiotemporria do dito Frnceicio de cargo pblico e profs reulamentads", no persecugao penal cordo de ee lo de regra processual com como exemp! Conteudo material exposiglo, apliam-se 0 eritériosacima Como paso final da 968/19 inowou: 0 acondo snensonados em ponto no qual Let 13 deo perccucio penal 1 ese nos eiteiosextrados da dourin de Jonge de Figi- alo Din pouvel dizer qe oacoro deo perectio penal é una ‘Sgupwecanleniode dio pena mae poi sa no obsernca ‘Tpcndendo da forma, gers ou a “no existéncia” ova" vida” os wilados. Por exemplo: x a negra do art. 28-A diz que © ron de no persecuo penal ¢ wm negocio a ser entabulado entre ‘ Minstério Plblico o investgido, no poderao juz se subttuir to Mins Psblico para formula @aconlo. O juiznio posi ese poser oto por ele realizado seria consider um ato juricamente Inexaene por violgio da regra do ar, 28-A. Noutto plano, se 0 §3° doar. 26, exge a prosnga do defensor do investgado pars que ‘acorn de nio perecugio penal sia realizado, no obnervincin sé era implica nano validade do ato, Porno, se 20 obsear 213.0 ato pode ser comsideradojurdieamence extent evilido| ‘se.a0 ao as observa, 0 ato pode ser cosderado inexitente tn ho aga em que tem mie proce eal No stn ue one, pun ou opin sso 6 no basta pars a ailie complet di questo. Defi= precio anaiar "ida. que wa natrcea€ de regra proces pel “Tey coscar eBaw cprao moet ncn ¢opecn een i en come peu om meg eae 169 io wera materia 0 0123 QUE ag see ge poss

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