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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE LAVRAS UNILAVRAS

A IMPORTÂNCIA DA CARNE E SEUS PRODUTOS DERIVADOS PARA A

SOCIEDADE MODERNA

Udo Luiz C. Orozimbo – 0018869

A carne, bem como os produtos derivados dela são de grande importância para
a sociedade, a começar pela alimentação do ser humano. A carne fornece ao
organismo diversos minerais como o sódio, potássio, fósforo, ferro, dentre
outros, sendo um componente essencial para uma dieta equilibrada e
saudável.

Além disso, quando de qualidade e advinda do bem-estar animal e de um


manejo saudável, o seu consumo é até mesmo capaz de reduzir riscos de
eventuais doenças, devido as vitaminas e proteínas que contribuem para a
prevenção de anemia, na formação de glóbulos vermelhos e para o devido
funcionamento do sistema nervoso.

Um componente essencial presente na carne e nos derivados desta é a


vitamina b12, uma vitamina que o corpo não produz e que não está presente
nos vegetais. A vitamina b12 é fabricada por bactérias que são encontradas
nos animais, por exemplo.

Todavia, a importância da carne vai muito além da necessidade fisiológica e


nutritiva do homem, ela traz um uma bagagem cultural desde o início dos
tempos e tem um viés econômico de suma importância para o funcionamento
da sociedade como um todo.
Ainda sobre a parte econômica e lucrativa, o Brasil nos últimos 30 anos
triplicou a demanda de carne, nas últimas a participação da carne na dieta dos
brasileiros aumentou de forma geral em quase 50% entre 1974 e 2003. A
expansão demográfica, a urbanização e o aumento da renda da população têm
estimulado o aumento do consumo de carne bovina. O aumento tanto da
produção quanto do consumo de carne, embasado pelo gosto e pelo valor
sócio nutritivo desse alimento, tem enfrentado discursos contrários no contexto
contemporâneo ocidental.

Nesse aspecto, de acordo Barros, Meneses & Silva, duas formas de


pensamento se relacionam à maneira como o ser humano interage com os
outros animais e são percebidas por alguns consumidores. A primeira refere-se
à visão “bem-estarista”, a qual prega que os animais devem ser tratados
“humanitariamente”, e não devem estar sujeitos ao sofrimento desnecessário.
Essa posição assume que os animais podem ser usados pelo ser humano
desde que se garanta sua segurança e qualidade de vida. Já a teoria dos
direitos animais considera que animais não humanos possuem um valor
inerente que deve ser respeitado. Diante disso, o ato de comer é uma
necessidade do ser humano; e escolher o que comer ou com quem comer, são
aspectos que fazem parte de um sistema que implica o ato de se alimentar ,
como expresso:

Através do consumo temos acesso a bens mediadores de relações


sociais, o que se reproduz através das trocas alimentares. A vida
social no meio urbano, em particular, apresenta-se dinâmica,
complexa, resistente a formas clássicas e estáticas de compreensão.
Traz-nos questões novas, como o papel do consumo alimentar na
constituição da identidade pessoal, sua atuação na experiência
subjetiva do prazer e as possibilidades que oferece ao “auto cultivo”,
não deixando, contudo, de continuar operando como forma social de
distinção. (DUTRA, 2007, p.14).

Em suma, ressalta-se a importância para a saúde nutricional e fisiológica do


homem, além dos valores socioculturais presente na história e costumes da
sociedade, bem como no valor econômico. Aliás, faz-se necessário
compreender a importância da Tecnologia de produtos de origem animal no
processo de transformação e conservação dos alimentos como uma forma de
maximizar o aproveitamento desses produtos e agregação de valor aos
mesmos para que assim seja feito um devido manejo e consumo que traga
eficácia plena.

Referências

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DOS ANIMAIS. Disponível em:


<http://portal.cfm v.gov.br/portal/uploads/direitos.pdf> Acesso em: 01 de
dezembro de 2021.

DUTRA, Rogéria Campos de Almeida. Família e Redes sociais: um estudo


sobre práticas e estilos alimentares no meio urbano. Rio de Janeiro, 2007.
Tese de Doutorado em Antropologia Social. Programa de Pós-Graduação em
Antropologia Social, Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Rio de Janeiro, 2007.

EMBRAPA. Emissões De Metano Por Fermentação Entérica e Manejo De


Dejetos De Animais. Ministério da Ciência e Tecnologia, 2010. Disponível em:
<http://www.mct.gov.br/upd_blob/0212/212137.pdf>. Acesso em: 30 de
novembro de 2021.

MANIGLIA, Elisabete. As Interfaces Do Direito Agrário e Dos Direitos


Humanos e a Segurança Alimentar. São Paulo. Editora Cultura Acadêmica,
2009.

NALEIRO, E. Os desafios no desenvolvimento de produtos derivados de


carne. Compre Rural. 2018. Disponível em <https://www.comprerural.com/os-
desafios-nodesenvolvimento-de-produtos-derivados-de-carne/> Acesso em 01
de dezembro de 2021.

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