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Aplicação da Lei Penal – Questões s/comentários

(IESES/TJ-PA/2016)
01) Atinente à aplicação da Lei penal no tempo e no espaço, é correto afirmar:
A) No que tange ao tempo do crime, o código penal adotou a teoria da ubiquidade.
B) Leis temporárias e excepcional (art. 3, CP) são hipóteses excepcional de ultra atividade maléfica.
C) Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves
brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as
aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente,
no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar. Tal instituto é denominado Extraterritorialidade.
D) De acordo com o princípio da territorialidade, não é possível, por conta de regras internacionais, que um crime
cometido no Brasil não sofra as consequências da Lei Brasileira.
(IBEG/Prefeitura de Teixeira de Freitas - BA/2016)
02) Sobre a analogia e a interpretação da lei penal, analise as assertivas e indique a alternativa correta:
I – A analogia consiste em aplicar-se a uma hipótese já regulada por lei uma disposição mais benéfica relativa a
um caso semelhante.
II – Entende-se por analogia o processo de averiguação do sentido da norma jurídica, valendo-se de elementos
fornecidos pela própria lei, através de método de semelhança.
III – Na interpretação analógica, existe uma norma regulando a hipótese expressamente, mas de forma genérica, o
que torna necessário o recurso à via interpretativa.
IV – Não se admite o emprego de analogia para normas incriminadoras, uma vez que não se pode violar o
princípio da reserva legal.
A) apenas as assertivas I e II são verdadeiras.
B) apenas as assertivas I e III são verdadeiras.
C) apenas as assertivas II e III são verdadeiras.
D) apenas as assertivas II e IV são verdadeiras.
E) apenas as assertivas III e IV são verdadeiras.
(FAURGS/TJ-RS/2016)
03)
I - Em nome do princípio da retroatividade da lei penal mais benéfica, a abolitio criminis e a lex mitior
alcançam todos os fatos delitivos anteriores à sua entrada em vigor, inclusive aqueles previstos em
legislação penal temporária ou excepcional.
II - A lei penal brasileira é aplicável aos crimes cometidos a bordo de embarcações e aeronaves
estrangeiras de propriedade privada que estejam localizadas no mar territorial ou sobrevoando o espaço
aéreo brasileiro, sendo também consideradas como extensão do território nacional as embarcações e
aeronaves brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, localizadas em mar territorial ou no espaço
aéreo de outro país, desde que estejam a serviço do governo brasileiro.
III - Segundo dispõe o princípio da consunção, quando a concretização da prática de um crime depende
direta e necessariamente da prática de uma conduta delitiva antecedente, o juiz, no momento da sentença,
deve afastar o reconhecimento do concurso de infrações, aplicando ao réu apenas a pena do crime mais
grave.
Quais estão corretas?
A) Apenas I.
B) Apenas II.
C) Apenas III.
D) Apenas I e II.
E) Apenas II e III.
(FCC/TCM-RJ/2015)
04) No que concerne à aplicação da lei penal no espaço, o princípio pelo qual se aplica a lei do país ao fato
que atinge bem jurídico nacional, sem nenhuma consideração a respeito do local onde o crime foi
praticado ou da nacionalidade do agente, denomina-se princípio
A) da nacionalidade.
B) da territorialidade.
C) de proteção.
D) da competência universal.
E) de representação.
(VUNESP/ Câmara de Sertãozinho - SP/2014)

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05) Assinale a alternativa que apresenta um caso hipotético que seria julgado pela lei penal brasileira,
considerando as regras da territorialidade do art. 5.º do CP
A) Furto de computador da embaixada brasileira estabelecida na França, praticado por um Croata.
B) Roubo à agência do Banco do Brasil, estabelecida em Roma, praticado por autores desconhecidos.
C) Tentativa de homicídio do Presidente do Brasil, na Bélgica, praticado por um belga em coautoria com um
brasileiro.
D) Lesão corporal de marinheiro holandês contra marinheiro alemão dentro de navio privado, de bandeira
portuguesa, que está ancorado em porto brasileiro.
E) Falsificação de documento de identidade emitido pela Rússia, praticado por brasileiro no Paraguai, em cidade
localizada a 2 km da fronteira com o Brasil.
(CAIP-IMES/Consórcio Intermunicipal Grande ABC/2015)
06) Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro, os crimes:
A) contra a honra do Presidente da República.
B) de genocídio, quando o agente for estrangeiro, qualquer que seja o seu domicílio.
C) cometidos por particulares contra a administração pública.
D) contra a fé pública de sociedade de economia mista federal.
(FUNIVERSA/SEAP-DF/2015)
07) Consoante o princípio da nacionalidade ou da personalidade, os crimes contra a vida ou a liberdade do
presidente da República, ainda que cometidos no estrangeiro, sujeitam-se à lei brasileira.
(MPE-RS/MPE-RS/2014)
08) Considere, abaixo, a norma disposta no art. 7º, inciso II, alínea c, do Código Penal.
“Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro [...], os crimes [...] praticados em
aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território
estrangeiro e aí não sejam julgados”.
Esse inciso II, em sua alínea c, define o princípio da
A) proteção.
B) justiça universal.
C) representação.
D) defesa.
E) territorialidade.
(FUNDATEC/PGE-RS/2010)
09) Em razão do princípio da atividade, a lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua
duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua
vigência.
(FUNDATEC/PGE-RS/2010)
10) O momento e o lugar do crime são regulados pela teoria da atividade, importando o momento da ação
ou omissão do agente, ainda que outros sejam o momento e o lugar do resultado.
(FUNDATEC/PGE-RS/2010)
11) Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e
aeronaves brasileiras, de natureza pública ou privada, onde quer que se encontrem, bem como as
aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem,
respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar.
(FUNDATEC/PGE-RS/2010)
12) No crime permanente, a conduta se protrai no tempo em razão da própria vontade do agente e o tempo
do crime é o de sua duração; enquanto que, no crime continuado, o tempo do crime é o da prática de cada
conduta perpetrada.
(FADESP/MPE-PA/2012)
13) Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro, os crimes cometidos contra o(a);
A) Presidente da República.
B) vida ou a liberdade do Presidente da República.
C) administração pública.
D) Presidente e o Vice-Presidente da República.
(MPE-PR/MPE-PR/2013)
14) Dos crimes abaixo mencionados, qual não fica sujeito à lei brasileira pela aplicação do princípio da
extraterritorialidade incondicionada:
A) De homicídio cometido no estrangeiro contra o Presidente da República;
B) De latrocínio cometido no estrangeiro contra o Presidente da República;
C) De constrangimento ilegal cometido no estrangeiro contra o Presidente da República;
D) De ameaça cometido no estrangeiro contra o Presidente da República;
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E) De sequestro praticado no estrangeiro contra o Presidente da República


(CESPE/PC-DF/2013)
15) Julgue os itens seguintes, relativos à teoria da norma penal, sua aplicação temporal e espacial, ao
conflito aparente de normas e à pena cumprida no estrangeiro.
Considere a seguinte situação hipotética.
Jurandir, cidadão brasileiro, foi processado e condenado no exterior por ter praticado tráfico internacional de
drogas, e ali cumpriu seis anos de pena privativa de liberdade. Pelo mesmo crime, também foi condenado, no
Brasil, a pena privativa de liberdade igual a dez anos e dois meses.
Nessa situação hipotética, de acordo com o Código Penal, a pena privativa de liberdade a ser cumprida por
Jurandir, no Brasil, não poderá ser maior que quatro anos e dois meses.
(PGR/PGR/2013)
16) Pelos arts. 5º a 8º, do Código Penal, é inadmissível o conflito de leis penais no espaço, razão pela qual,
quando incidente a lei penal brasileira e a de outros países sobre o mesmo fato, prevalecerá aquela onde
primeiro se instaurou a investigação ou processo penal.
(PGR/PGR/2013)
17) Pelo princípio da justiça penal internacional, previsto no art. 7º, II, a, do Código Penal, será incidente a
lei penal brasileira para a punição da mutilação genital de qualquer mulher, quando cometida no
estrangeiro, desde que o agente ingresse no território nacional.
(FGV/PC-MA/2012)
18) Havendo decisão transitada em julgado, cabe ao juiz da execução aplicar a lei mais favorável.
(FGV/PC-MA/2012)
19) Reconhecida a abolitio criminis, causa de extinção da punibilidade, os efeitos penais se apagam,
permanecendo os efeitos civis.
(CESPE/TRF - 2ª REGIÃO/2013)
20) Assinale a opção correta acerca da interpretação da lei penal
A) A interpretação extensiva é admitida em direito penal para estender o sentido e o alcance da norma até que se
atinja sua real acepção.
B) A interpretação analógica não é admitida em direito penal porque prejudica o réu.
C) A interpretação teleológica consiste em extrair o sentido e o alcance da norma de acordo com a posição da
palavra na estrutura do texto legal.
D) A analogia penal permite ao juiz atuar para suprir a lacuna da lei, desde que isso favoreça o réu.
E) A interpretação judicial da lei penal se manifesta na edição de súmulas vinculantes editadas pelos tribunais.
(CESPE/TJ-DFT/2003)
21) Considere a seguinte situação hipotética.
Um indivíduo respondia a processo judicial por ter sido preso em flagrante delito, quando transportava em seu
veículo, caixas contendo cloreto de etila (lança-perfume). Posteriormente à sua prisão, ato normativo retirou a
referida substância do rol dos entorpecentes ou dos que causam dependência física ou psíquica.
Nessa situação, em face da abolitio criminis, extinguiu-se a punibilidade.
(CESPE/TJ-DFT/2003)
22) As leis penais excepcional e temporária são ultrativas pois se aplicam a fatos ocorridos antes e
durante as respectivas vigências.
(CESPE/TJ-DFT/2003)
23) Considerando o princípio da especialidade, que rege o conflito aparente de normas penais, é correto
afirmar que norma que define o crime de homicídio é especial em relação à que define o infanticídio.
(CESPE/DPE-SE/2012)
24) Com base na interpretação da lei penal e no conflito aparente de normas penais, resolva:
Entre o tipo penal básico e os derivados, sejam eles qualificados ou privilegiados, não há relação de
especialidade, o que afasta a aplicação do princípio da especialidade na solução de conflito aparente de normas
penais.
(CESPE/DPE-SE/2012)
25) Com base na interpretação da lei penal e no conflito aparente de normas penais, resolva:
O método filológico, literal, ou gramatical, consiste na reconstrução do pensamento legislativo por meio das
palavras da lei, em suas conexões linguísticas e estilísticas, e ignora, por completo, a ratio legis.
(CESPE/DPE-SE/2012)
26) Com base na interpretação da lei penal e no conflito aparente de normas penais, resolva:
A interpretação teleológica busca a vontade do legislador, a chamada voluntas legislatoris, e não a vontade da lei,
denominada voluntas legis.
(CESPE/DPE-SE/2012)

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27) Com base na interpretação da lei penal e no conflito aparente de normas penais, resolva:
O fenômeno denominado de interpretação evolutiva ocorre quando a disposição legal ganha novo sentido,
aplicando-se a situações imprevistas ou imprevisíveis ao legislador.
(ESAF/CGU/2012)
28) Em relação às noções fundamentais do Direito Penal, resolva:
Quanto ao Lugar do crime, o Direito brasileiro adotou a Teoria da Atividade segundo a qual o Lugar do delito é
aquele em que se verificou o ato executivo.
(CESPE/PC-MA/2018)
29) Com relação a lugar do crime e territorialidade e extraterritorialidade da lei penal, conforme previstos
no CP, assinale a opção correta.
A) Nos crimes tentados, o lugar do crime será onde o agente pretendia que tivesse ocorrido a consumação do
delito.
B) Nos crimes conexos, não se aplica a teoria da ubiquidade, devendo cada crime ser julgado pela legislação
penal do país em que for cometido.
C) No concurso de pessoas, o lugar do crime será somente aquele em que ocorrerem os atos de participação ou
coautoria, independentemente do local do resultado.
D) No crime continuado, somente será aplicada a lei nacional quando todos os fatos constitutivos tiverem sido
praticados em território brasileiro, por se tratar de delito unitário.
E) Nos crimes complexos, não se aplica a teoria da ubiquidade, mesmo que o delito-meio tenha sido cometido em
território brasileiro.
(ESAF/CGU/2012)
30) Em relação às noções fundamentais do Direito Penal, resolva:
O conceito analítico de crime, segundo a Teoria Tripartite, crime é fato típico, antijurídico, culpável e punível.
(UEG/PC-GO/2012)
31) Em relação às noções fundamentais do Direito Penal, resolva:
A interpretação analógica é aquela que abarca os casos análogos, conforme uma fórmula casuística gravada no
dispositivo legal, não sendo admitida em direito penal.
(UEG/PC-GO/2012)
32) Em relação às noções fundamentais do Direito Penal, resolva:
As normas penais que definem o injusto culpável e estabelecem as suas consequências jurídicas são passíveis de
aplicação analógica.
(FCC/MPE-CE/2011)
33) Em relação às noções fundamentais do Direito Penal, resolva:
A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade.
(TJ-RO/TJ-RO/2011)
34) Ficam sujeitos à lei brasileira, ainda que praticados no estrangeiro, os crimes:
I) Praticados contra a vida ou liberdade do Presidente e Vice-Presidente da República.
II) Contra a Administração Pública, por quem está a seu serviço.
III) Que, por tratado ou convenção, o Brasil obrigou a reprimir.
IV) Contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município,
de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público,
ou ainda contra a vida de seus representantes legais.
Está(ão) CORRETA(S):
A) Todas as assertivas.
B) Somente as assertivas I e III.
C) Somente as assertivas II, III e IV.
D) Somente a assertiva II.
E) Somente as assertivas II e III.
(COPEVE-UFAL/Prefeitura de Penedo – AL/2010)
35) Dadas as proposições sobre as leis penais excepcionais,
I. São leis, também, chamadas de extravagantes ou especiais, aquelas que não estão contidas no Código Penal.
II. São normas penais destinadas a vigorar por determinado período, nelas próprias consignado.
III. Como as “temporárias” são normas destinadas a reger situações anômalas.
IV. Gozam de ultratividade ainda que não beneficiem o agente.
Verifica-se que
A) II, III e IV são verdadeiras.
B) somente I e II são verdadeiras.
C) somente III e IV são verdadeiras.
D) somente II e IV são verdadeiras.
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E) todas são verdadeiras.


(CESPE/PC-RN/2009)
36) Considera-se crime a infração penal a que a lei comina pena de reclusão, de detenção ou prisão
simples, quer isoladamente, quer alternativa ou cumulativamente com a pena de multa.
(CESPE/PC-RN/2009)
37) Considera-se contravenção penal a infração penal a que a lei comina pena máxima não superior a dois
anos de reclusão.
(CESPE/PC-RN/2009)
38) A infração penal é gênero que abrange como espécies as contravenções penais e os crimes, sendo
estes últimos também identificados como delitos.
(MPE-GO/MPE-GO/2010)
39) As leis penais excepcionais e temporárias, mesmo que incriminadoras, aplicam-se após sua
autorrevogação, ainda que em momento posterior a conduta anteriormente tipificada não mais seja
considerada crime.
(MPE-GO/MPE-GO/2010)
40) Pela aplicação do princípio da especialidade, a norma de caráter especial exclui a de caráter geral.
Trata-se de uma apreciação em abstrato e, portanto, independe da pena prevista para os crimes, podendo
ser estas mais graves ou mais brandas. Por exemplo, a importação de lança-perfume, que é considerada
crime tráfico de drogas e não contrabando.
(MPE-GO/MPE-GO/2010)
41) Há subsidiariedade tácita quando um crime de menor gravidade integra a descrição típica de outro, de
maior gravidade.
(MPE-GO/MPE-GO/2010)
42) Ocorre o crime progressivo ou progressão criminosa quando o agente, para alcançar o resultado mais
gravoso, passa por outro, necessariamente menos grave.
(VUNESP/PC-CE/2015)
43) No que diz respeito à contagem de prazo no Código Penal, assinale a alternativa correta.
A) Inicia-se o cômputo do prazo dois dias após o dia do começo
B) O dia do começo exclui-se no cômputo do prazo nas hipóteses de crime contra a vida.
C) O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo.
D) O dia do começo exclui-se no cômputo do prazo.
E) O dia do começo é irrelevante no cômputo do prazo.
(VUNESP/Câmara Municipal de Poá – SP/2016)
44) A contagem de prazo em matéria penal dá-se do seguinte modo:
A) o dia do começo e o último excluem-se do cômputo do prazo; contam-se os dias, os meses e os anos pelo
calendário forense.
B) o dia do começo inclui-se no cômputo do prazo; contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário
forense.
C) o dia do começo inclui-se no cômputo do prazo; contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário
comum.
D) o dia do começo exclui-se do cômputo do prazo; contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário
forense.
E) o dia do começo exclui-se do cômputo do prazo; contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário
comum.
(CESPE/TJ-PI/2012)
45) Em relação ao lugar do crime, o legislador adotou, no CP, a teoria do resultado, considerando
praticado o crime no lugar onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.
(CESPE/TJ-PI/2012)
46) Desprezam-se, nas penas privativas de liberdade e nas restritivas de direitos, as frações de dia, mas,
nas de multa, não se desconsideram as frações da moeda.
(CESPE/TJ-PI/2012)
47) A abolitio criminis, que possui natureza jurídica de causa de extinção da punibilidade, conduz à
extinção dos efeitos penais e extrapenais da sentença condenatória.
(CESPE/TJ-PI/2012)
48) Desde que em benefício do réu, a jurisprudência dos tribunais superiores admite a combinação de leis
penais, a fim de atender aos princípios da ultratividade e da retroatividade in mellius.
(CESPE/TJ-PI/2012)

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49) Em relação ao tempo do crime, o legislador adotou, no CP, a teoria da atividade, considerando-o
praticado no momento da ação ou omissão.
(VUNESP/Prefeitura de Registro - SP/2016)
50) O prazo penal tem contagem diversa da dos prazos processuais e o dia do começo inclui-se no
cômputo do prazo, ainda que se trate de fração de dia.
(VUNESP/Prefeitura de Registro - SP/2016)
51) As regras gerais do Código Penal sempre terão aplicação aos fatos incriminados por lei especial.
(VUNESP/Prefeitura de Registro - SP/2016)
52) Os prazos prescricionais e decadenciais são prazos de direito processual e não material.
(CESPE/TJ-DFT/2016)
53) A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira produz as mesmas consequências, poderá
ser homologada no Brasil para todos os efeitos, exceto para obrigar o condenado à reparação do dano.
(CESPE/TJ-DFT/2016)
54) Ficam sujeitos à lei brasileira os crimes contra o patrimônio ou a fé pública do DF, de estado, de
município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo poder
público, embora cometidos no estrangeiro, sendo o agente punido segundo a lei brasileira, ainda que
absolvido no estrangeiro.
(CESPE/TJ-DFT/2016)
55) Não é aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações
estrangeiras de propriedade privada, ainda que achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em
voo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil.
(FCC/DPE-PB/2014)
56) A sentença criminal condenatória estrangeira é eficaz no direito brasileiro
A) inclusive para fins de reincidência.
B) somente para sujeitar o agente à medida de segurança.
C) somente para sujeitar o agente à reparação do dano, à restituição e outros efeitos civis.
D) somente nos casos expressos de extraterritorialidade incondicionada da lei estrangeira.
E) somente quando se tratar de crime executado no Brasil, cujo resultado se produziu no estrangeiro.
(CESPE/PC-AL/2012)
57) A lei penal mais severa aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente iniciados antes da
referida lei, se a continuidade ou a permanência não tiverem cessado até a data da entrada em vigor da lex
gravior.
(UEG/PC-GO/2018)
58) A jurisprudência atual do Superior Tribunal de Justiça e do Supremo Tribunal Federal admite a
aplicação combinada das partes benéficas de leis penais distintas (lex tertia).
(UEG/PC-GO/2018)
59) A ultratividade da lei penal temporária, prevista no artigo 3º do Código Penal, constitui exceção legal à
regra do tempus regit actum.
(UEG/PC-GO/2018)
60) Não se aplica a lex gravior ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da
permanência.
(UEG/PC-GO/2018)
61) Admite-se a aplicação da analogia in malam partem no Direito Penal.
(CESPE/PC-MA/2018)
62) Em relação à lei penal no tempo e à irretroatividade da lei penal, é correto afirmar que à lei penal mais
A) severa aplica-se o princípio da ultra-atividade.
B) benigna aplica-se o princípio da extra-atividade.
C) severa aplica-se o princípio da retroatividade mitigada.
D) severa aplica-se o princípio da extra-atividade.
E) benigna aplica-se o princípio da não ultra-atividade.
(CESPE/PC-MA/2018)
63) A aplicação do princípio da retroatividade benéfica da lei penal ocorre quando, ao tempo da conduta, o
fato é
A) típico e lei posterior suprime o tipo penal.
B) típico e lei posterior provoca a migração do conteúdo criminoso para outro tipo penal.
C) típico e lei posterior aumenta a pena correspondente ao crime.
D) típico e lei posterior acrescenta hipótese de aumento de pena.
E) atípico e lei posterior o torna típico.

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(FCC/MPE-SE/2013)
64) Segundo o Art. 12, as regras gerais do Código Penal aplicam-se às incriminações constantes de leis
especiais, se estas não dispuserem de modo diverso. Consagra-se, com isso, a ideia de
A) alternatividade imprópria.
B) subsidiariedade.
C) consunção.
D) alternatividade própria.
E) especialidade.
(VUNESP/DPE-MS/2012)
65) “Um fato definido por uma norma incriminadora é meio necessário ou normal fase de preparação ou
execução de outro crime, bem como quando constitui conduta anterior ou posterior do agente, cometida
com a mesma finalidade prática atinente àquele crime”.
No conflito aparente de normas, esta afirmação explica o princípio da
A) especialidade.
B) subsidiariedade.
C) alternatividade.
D) consunção.
(FCC/DPE-SP/2012)
66) A absorção do crime-meio pelo crime-fim configura aplicação do princípio da
A) sucessividade.
B) alternatividade.
C) consunção.
D) especialidade.
E) subsidiariedade.
(CESPE/PC-MA/2018)
67) Para solucionar o conflito aparente de normas, são empregados os princípios da
A) especialidade e da subsidiariedade.
B) especialidade e da proporcionalidade.
C) proporcionalidade e da subsidiariedade.
D) subsidiariedade e da fragmentariedade.
E) fragmentariedade e da especialidade.
(FUNDATEC/PC-RS/2018)
68) A regra geral em direito é a aplicação da lei vigente à época dos fatos (tempus regit actum). No campo
penal, não ocorre de maneira diferente, pois, ao crime cometido em determinada data, aplicar-se-á a lei
penal vigente ao dia do fato. Considerando o conceito e o alcance da lei penal no tempo, assinale a
alternativa INCORRETA.
A) A exceção à regra geral é a extratividade, ou seja, a possibilidade de aplicação de uma lei a fatos ocorridos fora
do âmbito de sua vigência. O fenômeno da extratividade, no campo penal, realiza-se em dois ângulos:
retroatividade e ultratividade.
B) A ultratividade é a aplicação da norma penal benéfica a fato criminoso acontecido antes do período da sua
vigência.
C) O Código Penal Brasileiro, no artigo 2º, faz referência somente à retroatividade, pelo fato de estar analisando a
aplicação da lei penal sob o ponto de vista da data do fato. Desta maneira, ou se aplica o princípio regra (tempus
regit actum), se for o mais benéfico, ou se aplica a lei penal posterior, se for a mais benigna (retroatividade).
D) Para a definição da lei penal mais favorável, deve-se ter em vista, como marco inicial, a data do cometimento
da infração penal, e, como marco final, a extinção da punibilidade pelo cumprimento da pena ou outra causa
qualquer. De toda sorte, durante a investigação policial, processo ou execução da pena, toda e qualquer lei penal
favorável, desde que possível a sua aplicação, deve ser utilizada em favor do réu.
E) A abolição do delito (abolitio criminis) é um fenômeno que ocorre quando uma lei posterior deixa de considerar
crime determinado fato. Essa hipótese gera a extinção da punibilidade.
(VUNESP/PC-BA/2018)
69) Acerca dos princípios da legalidade e da anterioridade insculpidos no art. 1° do Código Penal e no art.
5° , XXXIX, da Constituição Federal, analise as alternativas a seguir e assinale a correta.
A) Uma das funções do princípio da legalidade é permitir a criação de crimes e penas pelos usos e costumes.
B) No Brasil, em um primeiro momento, a União Federal pode legislar sobre matéria penal. No entanto, de forma
indireta e urgente, leis estaduais podem impor regras e sanções de natureza criminal.
C) A lei penal incriminadora somente pode ser aplicada a um fato concreto desde que tenha tido origem antes da
prática da conduta. Em situações temporárias e excepcionais, no entanto, admite-se a mitigação do princípio da
anterioridade.

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D) Desdobramento do princípio da legalidade é o da taxatividade, que impede a edição de tipos penais genéricos
e indeterminados.
E) O princípio da legalidade afasta a aplicação da interpretação extensiva, mas permite a aplicação da analogia de
forma ampla e irrestrita.
(VUNESP/PC-BA/2018)
70) Assinale a alternativa que indica a teoria adotada pela legislação quanto ao tempo do crime.
A) Retroatividade.
B) Atividade.
C) Territorialidade.
D) Ubiquidade.
E) Extraterritorialidade.
(VUNESP/PC-BA/2018)
71) Sobre a territorialidade e a extraterritorialidade da lei penal, previstas nos artigos 5° e 7° do Código
Penal, assinale a alternativa correta
A) Ao crime cometido no território nacional, aplica-se a lei brasileira, independentemente de qualquer convenção,
tratado ou regra de direito internacional.
B) Ao autor de crime praticado contra a liberdade do Presidente da República quando em viagem a país
estrangeiro, aplica-se a lei do país em que os fatos ocorrerem.
C) Embarcação brasileira a serviço do governo brasileiro, para os efeitos penais, é considerada extensão do
território nacional.
D) Crime cometido no estrangeiro, praticado por brasileiro, fica sujeito à lei brasileira independentemente da
satisfação de qualquer condição.
E) Aplica-se a lei brasileira ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, independentemente
da satisfação de qualquer condição.
(VUNESP/PC-BA/2018)
72) A respeito de contagem de prazo no Direito Penal, assinale a alternativa correta.
A) O dia do começo não se inclui no cômputo do prazo.
B) As frações de dia são desconsideradas nas penas privativas de liberdade e nas restritivas de direitos.
C) Contam-se os meses e os anos pelo calendário gregoriano, cujos meses são de trinta dias e os anos são de
trezentos e sessenta dias.
D) O cômputo do prazo é suspenso em feriados nacionais e religiosos.
E) O dia do término inclui-se no cômputo do prazo, sendo prorrogável até à meia-noite do dia útil subsequente.
(NUCEPE/PC-PI/2018)
73) Caio cometeu no dia 01 de janeiro de 2016 um fato criminoso punível com pena privativa de liberdade
previsto em lei temporária, sendo no dia 05 de dezembro de 2016 condenado a 5 (cinco) anos de reclusão.
No ano seguinte decorreu o período de sua duração, findando-se a citada lei no dia 31 de dezembro de
2017. Em relação à aplicação da lei penal indique a opção CORRETA.
A) Caio deve ser preso e cumprir a pena estabelecida de cinco anos, aplicando-se ao fato criminoso a lei
temporária.
B) Ninguém pode ser punido por fato que medida provisória posterior deixa de considerar crime.
C) Deve continuar a execução da pena de Caio até o dia 31 de dezembro de 2017.
D) A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, não se aplica aos fatos anteriores, ainda que
decididos por sentença condenatória transitada em julgado.
E) Caio deve ser imediatamente solto.
(NUCEPE/PC-PI/2018)
74) Em relação à aplicação da lei penal é CORRETO afirmar que:
A) ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro, os crimes cometidos contra a vida ou o
patrimônio do Presidente da República;
B) ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro, os crimes praticados por brasileiro; mesmo que
o fato não seja punível também no país em que foi praticado;
C) ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro, os crimes contra o patrimônio ou a fé pública
da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia
mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público;
D) para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves
brasileiras, de natureza privada onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações
brasileiras mercantes, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar;
E) é aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de
propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em voo no espaço aéreo
correspondente, e estas em porto ou em alto-mar.

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(VUNESP/PC-SP/2018)
75) No que diz respeito ao lugar do crime, o CP adotou a teoria
A) do resultado, ou seja, considera-se praticado o crime no lugar onde se produziu ou deveria produzir-se o
resultado.
B) da ubiquidade, ou seja, considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou
em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.
C) da atividade, ou seja, considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou
em parte.
D) da extraterritorialidade, ou seja, considera-se praticado no Brasil o crime cometido no estrangeiro contra a vida
ou a liberdade do Presidente da República.
E) da territorialidade estendida, ou seja, considera-se praticado no Brasil o crime cometido a bordo de
embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou privada, onde quer que se encontrem.
(VUNESP/PC-SP/2018)
76) Prescreve o art. 327 do CP: “considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora
transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública.”
Tal norma traduz exemplo de interpretação
A) científica.
B) autêntica.
C) extensiva.
D) doutrinária.
E) analógica.
(VUNESP/PC-SP/2018)
77) João comete um crime no estrangeiro e lá é condenado a 4 anos de prisão, integralmente cumpridos.
Pelo mesmo crime, João é condenado no Brasil à pena de 8 anos de prisão. João
A) cumprirá 8 anos de prisão no Brasil, uma vez que para essa quantidade de pena não se reconhece o
cumprimento no estrangeiro.
B) não cumprirá pena alguma no Brasil caso de trate de país com o qual o Brasil tem acordo bilateral para
reconhecer cumprimento de pena.
C) não cumprirá pena alguma no Brasil, uma vez já punido no país em que o crime foi cometido.
D) cumprirá 8 anos de prisão no Brasil, uma vez que o Brasil não reconhece pena cumprida no estrangeiro.
E) ainda deverá cumprir 4 anos de prisão no Brasil.
(CESPE/PF/2018)
78) Em cada item a seguir, é apresentada uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada
com base na legislação de regência e na jurisprudência dos tribunais superiores a respeito de execução
penal, lei penal no tempo, concurso de crimes, crime impossível e arrependimento posterior.
Manoel praticou conduta tipificada como crime. Com a entrada em vigor de nova lei, esse tipo penal foi
formalmente revogado, mas a conduta de Manoel foi inserida em outro tipo penal. Nessa situação, Manoel
responderá pelo crime praticado, pois não ocorreu a abolitio criminis com a edição da nova lei.
(CESPE/PF/2018)
79) Na tentativa de entrar em território brasileiro com drogas ilícitas a bordo de um veículo, um traficante
disparou um tiro contra agente policial federal que estava em missão em unidade fronteiriça. Após troca
de tiros, outros agentes prenderam o traficante em flagrante, conduziram-no à autoridade policial local e
levaram o colega ferido ao hospital da região.
Nessa situação hipotética,
para definir o lugar do crime praticado pelo traficante, o Código Penal brasileiro adota o princípio da ubiquidade.
(CESPE/PF/2018)
80) Depois de adquirir um revólver calibre 38, que sabia ser produto de crime, José passou a portá-lo
municiado, sem autorização e em desacordo com determinação legal. O comportamento suspeito de José
levou-o a ser abordado em operação policial de rotina. Sem a autorização de porte de arma de fogo, José
foi conduzido à delegacia, onde foi instaurado inquérito policial.
Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o item seguinte.
Se, durante o processo judicial a que José for submetido, for editada nova lei que diminua a pena para o crime de
receptação, ele não poderá se beneficiar desse fato, pois o direito penal brasileiro norteia-se pelo princípio de
aplicação da lei vigente à época do fato.
(CESPE/PRF/2019)
81) O art. 1.º do Código Penal brasileiro dispõe que “não há crime sem lei anterior que o defina. Não há
pena sem prévia cominação legal”.
Considerando esse dispositivo legal, bem como os princípios e as repercussões jurídicas dele
decorrentes, julgue o item que se segue.

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A norma penal deve ser instituída por lei em sentido estrito, razão por que é proibida, em caráter absoluto, a
analogia no direito penal, seja para criar tipo penal incriminador, seja para fundamentar ou alterar a pena.
(CESPE/PRF/2019)
82) O art. 1.º do Código Penal brasileiro dispõe que “não há crime sem lei anterior que o defina. Não há
pena sem prévia cominação legal”.
Considerando esse dispositivo legal, bem como os princípios e as repercussões jurídicas dele
decorrentes, julgue o item que se segue.
O presidente da República, em caso de extrema relevância e urgência, pode editar medida provisória para agravar
a pena de determinado crime, desde que a aplicação da pena agravada ocorra somente após a aprovação da
medida pelo Congresso Nacional.
(INSTITUTO AOCP/PC-ES/2019)
83) O Direito Penal brasileiro considera como momento do cometimento do crime
A) desde o seu planejamento.
B) quando atingido o resultado pretendido.
C) o momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado.
D) quando chega ao conhecimento das autoridades competentes.
E) o momento do cometimento do crime é irrelevante para o Direito Penal.
(INSTITUTO AOCP/PC-ES/2019)
84) No Direito Penal brasileiro, é considerado o lugar do crime, tanto o lugar em que ocorreu a ação ou
omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado (art. 6º do
Código Penal). A junção dessas hipóteses é chamada de teoria da
A) ubiquidade.
B) territorialidade.
C) extraterritorialidade.
D) causalidade.
E) funcionalidade.
(INSTITUTO AOCP/PC-ES/2019)
85) O art. 1º do Código Penal afirma que não há crime sem lei anterior que o defina e que não há pena sem
prévia cominação legal. O mencionado dispositivo corresponde a qual princípio de direito penal?
A) Princípio da legalidade.
B) Princípio da proibição de pena indigna.
C) Princípio da proporcionalidade
D) Princípio da igualdade.
E) Princípio da austeridade.
(INSTITUTO AOCP/PC-ES/2019)
86) Segundo dispõe o artigo 7º, inciso I, do Código Penal, fica sujeito à lei brasileira, embora cometido no
estrangeiro, o crime
A) de genocídio, ainda que o agente seja estrangeiro e não resida no Brasil.
B) contra o patrimônio do Presidente da República.
C) contra a liberdade de Ministro das Relações Exteriores.
D) contra o patrimônio de fundação instituída pelo Poder Público.
E) contra a vida de empregado de Sociedade de Economia Mista.
(INSTITUTO AOCP/PC-ES/2019)
87) De acordo com o Código Penal, assinale a alternativa correta.
A) Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a
execução, mas não os efeitos penais da sentença condenatória
B) A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, exceto se decididos
por sentença condenatória transitada em julgado.
C) Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves
brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as
aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente,
no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar.
D) Considera-se praticado o crime no momento em que o agente atinge o resultado pretendido.
E) Em nenhuma situação, a lei brasileira pode ser aplicada aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou
embarcações estrangeiras de propriedade privada.
(INSTITUTO AOCP/PC-ES/2019)
88) A extraterritorialidade presente no art. 7º do Código Penal se divide em condicionada e incondicionada.
Na extraterritorialidade incondicionada, aplica-se a lei nacional a determinados crimes cometidos fora do

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território, independentemente de qualquer condição, ainda que o acusado seja absolvido ou condenado no
estrangeiro, EXCETO
A) quando o crime for contra a vida ou a liberdade do Presidente da República.
B) quando o crime for contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de
Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder
Público.
C) no caso de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil.
D) quando, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir o crime praticado.
E) quando o crime for contra a administração pública, por quem está a seu serviço.
(INSTITUTO Acesso/PC-ES/2019)
89) “Chamamos de extra-atividade a capacidade que tem a lei penal de se movimentar no tempo regulando
fatos ocorridos durante sua vigência, mesmo depois de ter sido revogada, ou de retroagir no tempo, a fim
de regular situações ocorridas anteriormente à sua vigência”. (GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal:
parte geral. vol. 1. 17. ed. Rio de Janeiro: Impetus, 2015, p.159). Segundo esse autor a extra-atividade é
gênero do qual seriam espécies a ultra-atividade e a retroatividade.
Leia as afirmativas a seguir e marque a alternativa correta:
A) A garantia penal positivada na Constituição Federal brasileira (1988) promove a retroatividade da lei penal mais
benéfica quando o condenado, por uma conduta típica, apresenta residência fixa, após cometimento do ilícito
penal.
B) A lei penal possui ultra-atividade, nos casos em que, mesmo após sua revogação por lei mais gravosa, continua
sendo válida em relação aos efeitos penais mais brandos da lei que era vigente no momento da prática delitiva.
C) A aplicação da irretroatividade em direito penal funciona como garantia legal do ius puniendi que pretende
auferir a punição mais gravosa ao condenado.
D) A ultra-atividade da lei penal funciona como mecanismo de endurecimento da norma penal, ao passo que
funciona como técnica de resolução de conflito para aplicação de um direito penal punitivo.
E) A figura da ultra-atividade da norma penal realiza o objetivo de garantir a condenação do réu pela norma penal
vigente na prática da conduta delitiva, com o principal objetivo de promover a segurança jurídica em âmbito penal.
(INSTITUTO Acesso/PC-ES/2019)
90) João Carlos, 30 anos, brasileiro, com residência transitória na Argentina, aproveitando-se da aquisição
de material descartado por uma indústria gráfica falida, passou a fabricar moeda brasileira em território
argentino. Para garantir a diversidade da moeda falsificada, João imprimia notas de 50 e de 100 reais. Ao
entrar em território brasileiro João foi revistado por policiais que encontraram as notas falsificadas em
meio a sua bagagem. João foi acusado da prática do crime previsto no artigo 289 do Código Penal.
De acordo com as teorias que informam a aplicação da lei penal brasileira no espaço, é correto dizer que,
nesse caso, cabe a aplicação
A) da lei argentina, em atenção à regra da territorialidade, uma vez que o crime fora praticado na Argentina.
B) incondicionada da lei brasileira, uma vez que o crime cometido atenta contra a fé pública.
C) condicionada da lei brasileira, pelo fato de a conduta ter sido cometida em território argentino.
D) condicionada da lei brasileira, já que a conduta integra dois ordenamentos jurídicos.
E) da lógica da extraterritorialidade, já que o fato ocorreu em território argentino.
(INSTITUTO Acesso/PC-ES/2019)
91) Tício, morador do Rio de Janeiro, começou a namorar Gabriela, uma jovem moradora da cidade de São
Paulo. Com o passar do tempo e os efeitos da distância, Tício, motivado por ciúmes, resolveu tirar a vida
de Gabriela. Pôs-se então a planejar a prática do crime em sua casa, no Rio de Janeiro, tendo adquirido
uma faca, instrumento com o qual planejou executar o crime. No dia em que seguiu para São Paulo para
encontrar Gabriela, que lhe o esperava na rodoviária, Tício combinou com a jovem uma viagem a passeio
para o Espírito Santo. Ao ingressarem no ônibus que os levaria de São Paulo para o Espírito Santo, Tício
afirmou para Gabriela que iria matá-la. Todavia, dada a calma de Tício, a jovem achou que se tratava de
uma brincadeira. Durante o trajeto, Tício, ofereceu a ela uma bebida contendo substância que causava a
perda dos sentidos. Após Gabriela beber e dormir, sob efeito da substância, enquanto passavam pela BR-
101, no Rio de Janeiro, Tício passou a desferir golpes com a faca no peito da jovem. Quando chegou ao
destino, Tício se entregou para polícia, e Gabriela, embora tenha sido socorrida, veio a óbito ao chegar ao
Hospital.
O crime descrito no texto foi praticado, de acordo com a lei penal, no momento
A) da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. Trata-se, portanto, do momento em que
Tício desferiu os golpes em Gabriela.
B) em que o agente se prepara para a promoção da conduta criminosa. Ou seja, trata-se do momento em que
Tício planejou e adquiriu as ferramentas necessárias ao cometimento do crime.
C) em que a autoridade policial toma conhecimento do crime. Ou seja, quando Tício se entregou para a polícia.

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D) em que é alcançada a consumação do crime. Trata-se, portanto, do momento da morte de Gabriela, que
ocorreu no hospital.
E) da ação ou omissão, se este for concomitante ao resultado. Não sendo possível determiná-lo, no presente
caso, em razão da separação temporal entre a conduta e o resultado.
(IBFC/SAEB/2020)
92) A entrada em vigor da nova Lei de Drogas,revogando a anterior, fez com que o crime de porte de
drogas para consumo pessoal deixasse de prever a aplicação de pena privativa de liberdade, passando a
adotar as seguintes como sanções: advertência sobre os efeitos das drogas; prestação de serviços à
comunidade e medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. Nesse sentido, no
que tange à pena aplicável ao autor do citado delito, é correto afirmar que a nova lei de drogas constitui
um exemplo de:
A) novatio legis não incriminadora
B) abolito criminis
C) novatio legis in pejus
D) novatio legis in mellius
E) lei intermediária
(CESPE/TJ-PA/2020)
93) Com relação ao tempo e ao lugar do crime, o Código Penal brasileiro adotou, respectivamente, as
teorias do(a)
A) resultado e da ação
B) consumação e do resultado.
C) atividade e da ubiquidade.
D) ubiquidade e da atividade.
E) ação e da consumação.
(IBFC/EBSERH/2020)
94) A delimitação da extensão territorial de determinado Estado é de extrema importância para a aplicação
das normas, inclusive as normas penais. Sobre a lei penal no espaço, assinale a alternativa incorreta.
A) Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime
cometido no território nacional.
B) Aplica-se a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de
propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em vôo no espaço aéreo
correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil.
C) Os casos de extraterritorialidade incondicional referem-se apenas a crimes de genocídio, quando o agente for
brasileiro ou domiciliado no Brasil.
D) Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves
brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as
aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente,
no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar.
E) Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro, os crimes praticados por brasileiro.
(VUNESP/EBSERH/2020)
95) Ficam sujeitos à lei brasileira, sem a necessidade do concurso de nenhuma condição, os seguintes
crimes cometidos no estrangeiro:
A) praticados por brasileiro.
B) aqueles que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir.
C) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil.
D) praticados em aeronaves brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e
aí não sejam julgados.
E) praticados em embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro
e aí não sejam julgados.
(CESPE/PC-DF/2021)
96) No que diz respeito à aplicação do Direito Penal, julgue o próximo item.
Quando a lei penal tiver validade para determinado período de tempo, o fato praticado durante esse período
continuará a ser punível mesmo após o término de vigência da lei.
(CESPE/PC-DF/2021)
97) No que diz respeito à aplicação do Direito Penal, julgue o próximo item.
Ocorre abolitio criminis quando o tipo penal é revogado por outra norma, e a norma revogadora desloca o caráter
criminoso do fato para outro tipo penal recém-criado.
(CESPE/PC-DF/2021)
98) No que diz respeito à aplicação do Direito Penal, julgue o próximo item.

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A competência para julgar crimes ocorridos dentro de embaixadas estrangeiras situadas em Brasília é, em
princípio, da justiça brasileira.
(CESPE/DEPEN/2021)
99) A respeito da aplicação da lei penal, julgue o item a seguir.
Lei posterior que deixe de considerar crime determinado fato faz cessarem tanto os efeitos penais quanto os
efeitos cíveis de eventual sentença condenatória.
CESPE/TC-DF/2021)
100) Com relação a aspectos gerais do direito penal brasileiro, julgue o item a seguir.
A novatio legis in mellius se aplica aos fatos anteriores já decididos por sentença condenatória transitada em
julgado, sem violar a proteção constitucional à coisa julgada.
(CESPE/TC-DF/2021)
101) No tocante à disciplina do direito penal, julgue o item a seguir.
Para a abolitio criminis, não basta a revogação formal da lei penal anterior, impondo-se, para a sua caracterização,
o fato de que o mesmo conteúdo normativo não tenha sido preservado nem deslocado para outro dispositivo legal.
(INSTITUTO AOCP/PC-PA/2021)
102) Referente ao Direito Penal, assinale a alternativa correta.
A) A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente se a sua vigência é anterior à
cessação da continuidade ou da permanência.
B) Consoante a jurisprudência dos Tribunais Superiores, é possível a combinação de leis penais (lex tertia), desde
que se favorável ao réu.
C) Não há de se falar em abolitio criminis nas hipóteses em que, nada obstante à revogação formal do tipo penal,
o fato criminoso passa a ser disciplinado perante dispositivo legal diverso. Nesses casos, verifica-se a incidência
do princípio da consunção normativa.
D) Os prazos de natureza penal são improrrogáveis, salvo se terminarem em sábados, domingos ou feriados,
hipóteses em que serão prorrogados até o primeiro dia útil que se seguir.
E) Caracteriza-se o crime impossível por impropriedade absoluta do objeto quando o meio de execução utilizado
pelo agente é, por sua natureza ou essência, incapaz de produzir o resultado.
(INSTITUTO AOCP/PC-PA/2021)
103) André cumpre pena em estabelecimento prisional em razão de condenação transitada em julgado pela
prática do crime de peculato. Carlos, já condenado em primeira instância, responde em liberdade, em grau
de recurso, perante o Tribunal de Justiça do Pará, pela suposta prática do crime de peculato. Advém que
entrou em vigor nova lei penal que extirpou do ordenamento jurídico o crime de peculato, ocorrendo a
abolitio criminis. Considerando as situações hipotéticas narradas, assinale a alternativa correta.
A) A inovação legislativa não poderá beneficiar André e Carlos, haja vista que não estava em vigor na data dos
fatos.
B) A abolitio criminis beneficiará Carlos, mas não poderá ser aplicada a André, pois, nesse caso, já ocorreu o
trânsito em julgado da sentença penal condenatória.
C) A abolitio criminis beneficiará André e Carlos, cessando, em virtude dela, a execução e os efeitos penais e civis
da sentença penal condenatória.
D) A nova lei penal beneficiará André e Carlos e será aplicada, em ambos os casos, pelo juiz natural de 1º grau
competente no caso concreto.
E) A abolitio criminis beneficiará André e Carlos, sendo que, para este, será aplicada pelo Tribunal de Justiça do
Pará e, para aquele, tal mister compete ao Juízo das execuções.
(FGV/SEFAZ-ES/2021)
104) Relativamente ao tema da aplicação da lei penal no tempo, analise as afirmativas a seguir.
I. A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à
cessação da continuidade ou da permanência.
II. Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela os
efeitos penais da sentença condenatória, incidindo o princípio da abolitio criminis aos crimes decorrentes de leis
penais excepcionais e temporárias.
III. A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos
por sentença condenatória transitada em julgado e já iniciada a execução da pena.
Está correto o que se afirma em
A) II, apenas.
B) I e II, apenas.
C) I e III, apenas.
D) II e III, apenas.
E) I, II e III.
(IDECAN/PC-CE/2021)
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105) Nos termos da lei, ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime. A
esse fenômeno, denomina-se abolitio criminis. Acerca do tema, assinale a alternativa correta.
A) A abolitio criminis descriminaliza conduta antes tipificada pela lei penal. Não se trata, contudo, de hipótese de
extinção de punibilidade, mas de novatio legis in mellius, que deve retroagir a todos.
B) A abolitio criminis descriminaliza conduta antes tipificada pela lei penal. Tem como efeito a extinção de
punibilidade e retroage a todos, fazendo cessar os efeitos penais de eventual sentença condenatória. Os efeitos
civis, contudo, permanecem.
C) A abolitio criminis descriminaliza conduta antes tipificada pela lei penal. Como se trata de novatio legis in
mellius, faz cessar todos os efeitos, penais e civis, de eventual sentença condenatória.
D) Em hipótese de abolitio criminis, o indivíduo que porventura esteja cumprindo pena privativa de liberdade pelo
delito objeto da descriminalização da conduta, deverá ser imediatamente posto em liberdade. Todavia, perderá
sua primariedade.
E) Em hipótese de abolitio criminis, aquele que já cumpriu pena pelo delito objeto da descriminalização nada
poderá aproveitar, pois sua extinção de punibilidade já se deu pelo efetivo cumprimento de sua pena.
(INSTITUTO AOCP/ITEP-RN/2021)
106) Assinale a alternativa INCORRETA.
A) Conforme o princípio da anterioridade, o crime e a pena devem estar definidos em lei prévia ao fato cuja
punição se pretende.
B) É proibida a aplicação da lei penal, inclusive aos fatos praticados durante seu período de vacatio.
C) A abolitio criminis alcança a execução e os efeitos penais e civis da sentença condenatória.
D) A novatio legis in mellius, por configurar nítido benefício ao réu, deve retroagir.
E) A lei penal intermediária é simultaneamente dotada de retroatividade e de ultratividade.
(CESPE/PM-AL/2021)
107) No que se refere ao Código Penal e ao Decreto n.º 37.042/1996, o qual aprova o Regulamento
Disciplinar da Polícia Militar do Estado de Alagoas, julgue o item que se segue.
O trânsito em julgado da sentença penal condenatória é fator impeditivo para que lei posterior que favorece o
agente seja aplicada a fatos anteriores.
(INSTITUTO AOCP/PC-PA/2021)
108) Em determinado momento de escassez de água, em razão da ausência de chuvas, entrou em vigor
nova lei penal que tornou crime a conduta de lavar carros e/ou calçadas, enquanto perdurasse o período
de racionamento de água. Diante do caso hipotético exposto, é correto afirmar que a referida legislação é
um exemplo de lei penal
A) retroativa.
B) temporária.
C) excepcional.
D) Intermediária.
E) exculpante.
(IADES/PM-PA/2021)
109) No que diz respeito ao tempo do crime, é correto afirmar que o Código Penal brasileiro adotou,
expressamente, como regra, em sua parte geral, a denominada teoria
A) do resultado.
B) mista ou da ubiquidade.
C) da atividade.
D) da retroatividade da lei penal mais gravosa.
E) da vedação das leis penais temporárias ou excepcionais
(VUNESP/CM-POTIM/2021)
110) No que concerne à lei penal no tempo, assinale a alternativa que contempla o entendimento sumulado
pelo Supremo Tribunal Federal (711).
A) A lei excepcional ou temporária, desde que decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias
que a determinaram, não se aplica ao fato praticado durante sua vigência.
B) Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a
execução da sentença condenatória, mas mantidos seus efeitos penais.
C) A lei penal posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, salvo se
decididos por sentença condenatória transitada em julgado.
D) A lei penal mais benéfica não se aplica ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é
posterior à cessação da continuidade ou da permanência.
E) A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à
cessação da continuidade ou da permanência.

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(CESPE/PC-DF/2021)
111) No que diz respeito à aplicação do Direito Penal, julgue o item a seguir.
O dia da prisão do indiciado não é computado para o cálculo da pena, uma vez que as frações de dia devem ser
desprezadas.
(IDECAN/PC-CE/2021)
112) Considere que em determinada situação o prazo decadencial de seis meses para oferecimento de
queixa-crime comece a correr em 8/1/2021, uma sexta-feira. Considere também que, em outra situação, o
prazo da prescrição da pretensão executória de determinado delito seja de três anos e comece a correr em
19/7/2018 (quinta-feira), estando o condenado foragido.
Nessa hipótese, assinale a alternativa correta.
A) Na primeira situação, a queixa-crime deverá ser oferecida até o dia 7/7/2021 (quarta-feira), sob pena de
decadência, e, na segunda situação, o condenado poderá ser capturado até o dia 19/7/2021 (segunda-feira) para
começar a cumprir a pena.
B) Na primeira situação, a queixa-crime poderá ser oferecida até o dia 8/7/2021 (quinta-feira), e, na segunda
situação, o condenado poderá ser capturado até o dia 19/7/2021 (segunda-feira) para começar a cumprir a pena.
C) Na primeira situação, a queixa-crime deverá ser oferecida até o dia 12/7/2021 (segunda-feira), sob pena de
decadência, e, na segunda situação, o condenado poderá ser capturado até o dia 20/7/2021 (terça-feira) para
começar a cumprir a pena.
D) Na primeira situação, a queixa-crime poderá ser oferecida até o dia 7/7/2021 (quarta-feira), e, na segunda
situação, o condenado poderá ser capturado até o dia 18/7/2021 (domingo) para começar a cumprir a pena.
E) Na primeira situação, a queixa-crime deverá ser oferecida até o dia 12/7/2021 (segunda-feira), sob pena de
decadência, e, na segunda situação, o condenado poderá ser capturado até o dia 19/7/2021 (segunda-feira) para
começar a cumprir a pena.
(IADES/PM-PA/2021)
113) Certa pessoa, com inequívoca intenção de subtrair o patrimônio alheio, ingressou na residência
vizinha, sem o consentimento do respectivo proprietário, levando consigo um computador, avaliado em R$
3 mil e pertencente à vítima, que, no momento dos fatos, encontrava-se no local de trabalho. Em relação à
situação hipotética descrita, essa pessoa
A) deveria responder apenas pelo crime de violação de domicílio (art. 150 do Código Penal), em atenção ao
princípio da mínima ofensividade.
B) deveria responder apenas pelo crime de furto (art. 155 do Código Penal), em atenção ao princípio da
consunção.
C) deveria responder pelos crimes de furto (art. 155 do Código Penal) e de violação de domicílio (art. 150 do
Código Penal), em concurso material.
D) deveria responder apenas pela contravenção penal de perturbação do trabalho ou do sossego alheios (art. 42
do Decreto-lei no 3.688/1941).
E) não deveria responder por crime nenhum, diante do princípio da insignificância.
(INSTITUTO AOCP/PC-PA/2021)
114) Em relação ao Direito Penal, assinale a alternativa correta.
A) A interpretação analógica consiste na aplicação, ao caso não previsto em lei, de lei reguladora de caso
semelhante.
B) A lei penal excepcional é aquela que tem o seu termo final explicitamente previsto em data certa do calendário.
É espécie de lei intermitente, sendo autorrevogável e dotada de ultratividade.
C) O princípio da consunção se concretiza em quatro situações: crime continuado, crime progressivo, progressão
criminosa e atos impuníveis.
D) Aos crimes conexos e aos crimes plurilocais, quanto ao lugar do crime, não se aplica a teoria da ubiquidade.
E) No tocante aos efeitos de sentença estrangeira condenatória para a caracterização da reincidência no Brasil, é
imprescindível a sua homologação pelo STJ, não bastando apenas a sua existência e eficácia no exterior.
(CRS/PM-MG/2021)
115) No que diz respeito às normativas referentes ao crime, segundo o Decreto-Lei nº 2848/1940, que
institui o Código Penal Brasileiro, marque a alternativa CORRETA:
A) Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como
onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.
B) A superveniência de causa relativamente independente não exclui a imputação quando, por si só, produziu o
resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou.
C) O crime tentado ocorre quando o agente, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução da ação
delituosa.
D) O resultado, de que depende a existência do crime, não é imputável a quem lhe deu causa.

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Gabarito
1 B 41 C 81 E
2 E 42 E 82 E
3 B 43 C 83 C
4 C 44 C 84 A
5 D 45 E 85 A
6 D 46 E 86 D
7 E 47 E 87 C
8 C 48 E 88 D
9 E 49 C 89 B
10 E 50 C 90 B
11 C 51 E 91 A
12 C 52 E 92 D
13 B 53 E 93 C
14 B 54 C 94 C
15 E 55 E 95 C
16 E 56 A 96 C
17 E 57 C 97 E
18 C 58 E 98 C
19 C 59 E 99 E
20 A 60 E 100 C
21 C 61 E 101 C
22 E 62 B 102 A
23 E 63 A 103 E
24 E 64 E 104 C
25 E 65 D 105 B
26 E 66 C 106 C
27 C 67 A 107 E
28 E 68 B 108 C
29 B 69 D 109 C
30 E 70 B 110 E
31 E 71 C 111 E
32 E 72 B 112 D
33 C 73 A 113 B
34 E 74 C 114 D
35 C 75 B 115 A
36 E 76 B 116
37 E 77 E 117
38 C 78 C 118
39 C 79 C 119
40 C 80 E 120

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Aplicação da Lei Penal - Questões c/comentários

(IESES/TJ-PA/2016)
01) Atinente à aplicação da Lei penal no tempo e no espaço, é correto afirmar:
A) No que tange ao tempo do crime, o código penal adotou a teoria da ubiquidade.
B) Leis temporárias e excepcional (art. 3, CP) são hipóteses excepcional de ultra atividade maléfica.
C) Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves
brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as
aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente,
no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar. Tal instituto é denominado Extraterritorialidade.
D) De acordo com o princípio da territorialidade, não é possível, por conta de regras internacionais, que um crime
cometido no Brasil não sofra as consequências da Lei Brasileira.
Comentário:

Letra A: Errada.

Tempo do Crime
- É dividido em Três teorias explicando quando ocorre a prática do crime:
* Teoria da Atividade; (CP ADOTA)
* Teoria do Resultado;
* Teoria da Ubiquidade ou Mista.
Teoria da Atividade
O crime é considerado praticado no momento da sua ação ou omissão, sem a importância do momento
do resultado. (ADOTADO PELO CP)
CP/40. Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o
momento do resultado. (Tempo do Crime);
Teoria do Resultado
O crime é considerado praticado no momento do resultado, não levando em consideração o momento da
ação ou omissão.
Teoria da Ubiquidade ou Mista
O crime é considerado praticado tanto no momento do resultado ou no da ação ou omissão.

Letra B: Correta.

Leis Intermitentes
* Leis Excepcionais: Leis produzidas para vigorar em determinada situação;
* Lei Temporária: Lei editada que tem vigência em certo período sendo a sua revogação automática ao
termo de sua vigência;
- No caso de Leis Intermitentes (Leis Excepcionais e Temporárias), a pessoa que cometeu o delito, em
sua vigência, responderá, mesmo após o término do prazo da norma.
São hipóteses de ultra-atividade maléfica.
- Sendo criada, após o término das leis intermitentes, lei abolitiva revogando o crime previsto na lei
temporária, estas não mais produziram efeitos.
- CP/40. Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou
cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência. (Lei
excepcional ou temporária).

Letra C: Errada.

Territorialidade
- A lei penal é aplicada nos crimes cometidos no território nacional, sendo ele cometido por estrangeiro
ou contra estrangeiro.
- CP/40, Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito
internacional, ao crime cometido no território nacional.
Princípio da Territorialidade Mitigada ou Temperada
A territorialidade não é absoluta, sendo possível a sua não aplicação no caso de convenções, tratados e
regras de direito internacional.
- Adotado pelo CP
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- O Território é o espaço que o Estado possui sua soberania política, compreendendo:


* Mar Territorial;
* O Espaço Aéreo;
* Subsolo;
* Navios e aeronaves públicos, dentro ou fora do Brasil;
* As aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, em alto-mar ou no
espaço aéreo.
- A Lei brasileira é aplicada aos crimes cometidos a bordo de aeronaves estrangeiras quando estiverem
no espaço aéreo brasileiro ou em pouso no território nacional.
- A Lei penal brasileira é aplicada no caso das embarcações quando estiverem em porto ou mar territorial
brasileiro.
CP/40. Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito
internacional, ao crime cometido no território nacional.

§ 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e


aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se
encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade
privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar.

§ 2º - É também aplicável à lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações
estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em voo no
espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil.

Letra D: Errada.

Territorialidade
- A lei penal é aplicada nos crimes cometidos no território nacional, sendo ele cometido por estrangeiro
ou contra estrangeiro.
- CP/40, Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito
internacional, ao crime cometido no território nacional.

Gabarito: Letra B.
(IBEG/Prefeitura de Teixeira de Freitas - BA/2016)
02) Sobre a analogia e a interpretação da lei penal, analise as assertivas e indique a alternativa correta:
I – A analogia consiste em aplicar-se a uma hipótese já regulada por lei uma disposição mais benéfica relativa a
um caso semelhante.
II – Entende-se por analogia o processo de averiguação do sentido da norma jurídica, valendo-se de elementos
fornecidos pela própria lei, através de método de semelhança.
III – Na interpretação analógica, existe uma norma regulando a hipótese expressamente, mas de forma genérica, o
que torna necessário o recurso à via interpretativa.
IV – Não se admite o emprego de analogia para normas incriminadoras, uma vez que não se pode violar o
princípio da reserva legal.
A) apenas as assertivas I e II são verdadeiras.
B) apenas as assertivas I e III são verdadeiras.
C) apenas as assertivas II e III são verdadeiras.
D) apenas as assertivas II e IV são verdadeiras.
E) apenas as assertivas III e IV são verdadeiras.
Comentário:

Interpretação Analógica
É um método de interpretação.
Retira o sentido da norma a partir dos próprios elementos fornecidos por ela.
Há uma lei regulando a hipótese apresentada, mas de forma genérica, sendo necessário o uso da via
interpretativa.
Não se confunde com a Analogia.

Analogia da Lei Penal


É um método de integração da norma;
- É uma técnica utilizada para suprir a falta de uma lei, ou seja, é uma técnica de integrativa em que o
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aplicador do Direito irá utilizar outra norma para utilizar no caso concreto;
- A analogia da lei só é utilizada para o benefício do réu (analogia in bonam partem), nunca para
prejudicá-lo (analogia in malam partem);
Não se admite o emprego de analogia para normas incriminadoras, uma vez que não se pode violar o
princípio da reserva legal.

Gabarito: Letra E.
(FAURGS/TJ-RS/2016)
03)
I - Em nome do princípio da retroatividade da lei penal mais benéfica, a abolitio criminis e a lex mitior
alcançam todos os fatos delitivos anteriores à sua entrada em vigor, inclusive aqueles previstos em
legislação penal temporária ou excepcional.
II - A lei penal brasileira é aplicável aos crimes cometidos a bordo de embarcações e aeronaves
estrangeiras de propriedade privada que estejam localizadas no mar territorial ou sobrevoando o espaço
aéreo brasileiro, sendo também consideradas como extensão do território nacional as embarcações e
aeronaves brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, localizadas em mar territorial ou no espaço
aéreo de outro país, desde que estejam a serviço do governo brasileiro.
III - Segundo dispõe o princípio da consunção, quando a concretização da prática de um crime depende
direta e necessariamente da prática de uma conduta delitiva antecedente, o juiz, no momento da sentença,
deve afastar o reconhecimento do concurso de infrações, aplicando ao réu apenas a pena do crime mais
grave.
Quais estão corretas?
A) Apenas I.
B) Apenas II.
C) Apenas III.
D) Apenas I e II.
E) Apenas II e III.
Comentário:

Item I: Errado.

Princípio da Retroatividade Benéfica


Divide-se em duas espécies:
* Abolitio Criminis;

* Novatio Legis in Mellius.


Abolitio Criminis Novatio Legis in Mellius
- Ocorre quando um fato deixa de ser crime depois Ocorre quando uma lei posterior traz uma situação
que uma lei penal que incrimina acaba sendo mais benéfica ao réu, após a revogação de lei
revogada; no entanto, os efeitos extrapenais anterior;
continuam existindo.
CP. Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que CP. Art. 2º Parágrafo único - A lei posterior, que de
lei posterior deixa de considerar crime, cessando qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos
em virtude dela a execução e os efeitos penais da fatos anteriores, ainda que decididos por sentença
sentença condenatória. condenatória transitada em julgado.

CF/88, Art.5º, XL - a lei penal não retroagirá, salvo


para beneficiar o réu;
OBS: O Abolitio criminis refere-se à supressão da conduta criminosa nos aspectos formal e material.

Leis Intermitentes
* Leis Excepcionais: Leis produzidas para vigorar em determinada situação;
* Lei Temporária: Lei editada que tem vigência em certo período sendo a sua revogação automática ao
termo de sua vigência;
- No caso de Leis Intermitentes (Leis Excepcionais e Temporárias), a pessoa que cometeu o delito, em
sua vigência, responderá, mesmo após o término do prazo da norma.
São hipóteses de ultra-atividade maléfica.
- Sendo criada, após o término das leis intermitentes, lei abolitiva revogando o crime previsto na lei
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temporária, estas não mais produziram efeitos.


- CP/40, Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou
cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência. (Lei
excepcional ou temporária).

Item II: Correto.

Princípio da Territorialidade Mitigada ou Temperada


A territorialidade não é absoluta, sendo possível a sua não aplicação no caso de convenções, tratados e
regras de direito internacional.
- Adotado pelo CP.
- O Território é o espaço que o Estado possui sua soberania política, compreendendo:
* Mar Territorial;
* O Espaço Aéreo;
* Subsolo;
* Navios e aeronaves públicos, dentro ou fora do Brasil;
* As aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, em alto-mar ou no
espaço aéreo.
- A Lei brasileira é aplicada aos crimes cometidos a bordo de aeronaves estrangeiras quando estiverem
no espaço aéreo brasileiro ou em pouso no território nacional.
- A Lei penal brasileira é aplicada no caso das embarcações quando estiverem em porto ou mar territorial
brasileiro.
CP/40. Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito
internacional, ao crime cometido no território nacional.

§ 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e


aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se
encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade
privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar.

§ 2º - É também aplicável à lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou


embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional
ou em voo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil.

Item III: Errado. Não será, necessariamente, aplicada a pena do crime mais grave.

Princípio da Consunção ou Absorção


- É quando existe o conflito de duas normas, porém, neste conflito uma norma absorve a outra, ou seja,
lex consumens derrogat lex consumptae;
- O Princípio da Absorção pode ocorrer por:
* Crime Progressivo;
* Progressão Criminosa;
* Antefato Impunível;
* Pós-fato Impunível.
Crime Progressivo
É quando existe uma gradação do crime, ou seja, o agente começou praticando um crime menos grave
indo até um crime mais grave, prevalecendo o crime mais grave absorvendo todos os demais;
Progressão Criminosa
É quando o agente começa praticando um crime menos grave, porém, durante o mesmo inter criminis,
acaba mudando de intenção e pratica outro de maior gravidade;
Ex: Pessoa pretende roubar o celular da pessoa, daí resolveu durante a ação matar por que o celular era
muito peba;
Antefato Impunível
A pessoa pratica fatos até chegar ao crime principal, porém não responde por esses fatos, mas sim
pelo crime principal;
Pós-fato Impunível
São fatos considerados criminosos, de forma isolada, porém por ser um desdobramento do crime final,
não são puníveis;

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Gabarito: Letra B.
(FCC/TCM-RJ/2015)
04) No que concerne à aplicação da lei penal no espaço, o princípio pelo qual se aplica a lei do país ao fato
que atinge bem jurídico nacional, sem nenhuma consideração a respeito do local onde o crime foi
praticado ou da nacionalidade do agente, denomina-se princípio
A) da nacionalidade.
B) da territorialidade.
C) de proteção.
D) da competência universal.
E) de representação.
Comentário:

Princípio da Defesa ou da Proteção


- A lei penal é aplicada nos casos em que os crimes cometidos afetem os bens jurídicos nacionais,
qualquer que seja o lugar ou agente.
- Considera-se uma Extraterritorialidade Incondicionada, ou seja, basta ter ocorrido o crime, sem mais
nenhuma condição;
CP/40. Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: (Princípio da Proteção)

I - os crimes:

a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República;

b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município,


de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público;

c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço;

§ 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou
condenado no estrangeiro.
- Caso a pessoa já tenha sido condenada no exterior, ocorrerá a Detração Penal, que é o abatimento da
pena a ser cumprida no Brasil para ser evitada a dupla pena (Bis in Idem);
- CP/40, Art. 8º - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime,
quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas.

Gabarito: Letra C.
(VUNESP/ Câmara de Sertãozinho - SP/2014)
05) Assinale a alternativa que apresenta um caso hipotético que seria julgado pela lei penal brasileira,
considerando as regras da territorialidade do art. 5.º do CP
A) Furto de computador da embaixada brasileira estabelecida na França, praticado por um Croata.
B) Roubo à agência do Banco do Brasil, estabelecida em Roma, praticado por autores desconhecidos.
C) Tentativa de homicídio do Presidente do Brasil, na Bélgica, praticado por um belga em coautoria com um
brasileiro.
D) Lesão corporal de marinheiro holandês contra marinheiro alemão dentro de navio privado, de bandeira
portuguesa, que está ancorado em porto brasileiro.
E) Falsificação de documento de identidade emitido pela Rússia, praticado por brasileiro no Paraguai, em cidade
localizada a 2 km da fronteira com o Brasil.
Comentário:

Letras A/B/C/E: Estão relacionadas à Extraterritorialidade.

Extraterritorialidade
- Aplicação da Lei penal brasileira a um crime que não aconteceu no território brasileiro;
- A Extraterritorialidade se divide nos seguintes princípios:
* Princípio da Personalidade ou da Nacionalidade;
* Princípio do Domicílio;
* Princípio da Defesa ou da Proteção;
* Princípio da Justiça Universal;
* Princípio da Representação ou da Bandeira ou do Pavilhão;
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Princípio da Personalidade ou da Nacionalidade


- É dividido em:
* Princípio da Personalidade Ativa;
* Princípio da Personalidade Passiva.
Princípio da Personalidade Ativa
A lei penal brasileira é aplicável ao crime cometido por brasileiro no exterior. A depender do caso,
Considera-se uma Extraterritorialidade Incondicionada, ou seja, basta ter ocorrido o crime, sem mais
nenhuma condição; ou uma Extraterritorialidade condicionada, ou seja, deve existir uma série de
condições para ser considerado crime;
Princípio da Personalidade Passiva
A lei penal brasileira é aplicável ao crime cometido contra brasileiro no exterior. Considera-se uma
Extraterritorialidade hipercondicionada, ou seja, deve existir uma série de condições para ser
considerado crime;
- CP/40. Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:

I - os crimes:

d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil; (Personalidade Ativa –


Extraterritorialidade Incondicionada)

II - os crimes:

b) praticados por brasileiro; (Personalidade Ativa – Extraterritorialidade condicionada)


§ 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou
condenado no estrangeiro. (Personalidade Ativa)
§ 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes condições:
(Personalidade Ativa)

a) entrar o agente no território nacional;

b) ser o fato punível também no país em que foi praticado;

c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição;

d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena;

e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade,
segundo a lei mais favorável.
§ 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do
Brasil, se, reunidas as condições previstas no parágrafo anterior: (Personalidade Passiva -
Extraterritorialidade hipercondicionada)

a) não foi pedida ou foi negada a extradição;

b) houve requisição do Ministro da Justiça.


Princípio do Domicílio
- A lei penal brasileira será aplicada quando o crime for cometido por pessoa domiciliada no Brasil.
- Considera-se uma Extraterritorialidade Incondicionada, ou seja, basta ter ocorrido o crime, sem mais
nenhuma condição;
- CP/40. Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:

I - os crimes:

d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil; (Princípio do Domicílio)


- Apenas no caso de crime de genocídio é que se aplica o princípio do domicílio.
- Parte da doutrina entende que se aplica o princípio da Justiça Universal;
Princípio da Defesa ou da Proteção
- A lei penal é aplicada nos casos em que os crimes cometidos afetem os bens jurídicos nacionais,
qualquer que seja o lugar ou agente.

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- Considera-se uma Extraterritorialidade Incondicionada, ou seja, basta ter ocorrido o crime, sem mais
nenhuma condição;
CP/40. Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: (Princípio da Proteção)

I - os crimes:

a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República;

b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município,


de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público;

c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço;

§ 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou
condenado no estrangeiro.
- Caso a pessoa já tenha sido condenada no exterior, ocorrerá a Detração Penal, que é o abatimento da
pena a ser cumprida no Brasil para ser evitada a dupla pena (Bis in Idem);
- CP/40, Art. 8º - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime,
quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas.
Princípio da Justiça Universal
- Tal princípio estabelece que a Lei penal brasileira seja aplicada nos crimes que, por tratado ou
convenção, o Brasil se obrigou a reprimir, embora os crimes tenham ocorridos em outro território e por
qualquer agente;
- Considera-se uma Extraterritorialidade condicionada, ou seja, deve existir uma série de condições para
ser considerado crime;
CP/40. Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:

II - os crimes:

a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir; (Princípio da Justiça Universal)
§ 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes condições:

a) entrar o agente no território nacional;

b) ser o fato punível também no país em que foi praticado;

c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição;

d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena;

e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade,
segundo a lei mais favorável.
Princípio da Representação ou da Bandeira ou do Pavilhão
- A Lei penal brasileira é aplicada nos crimes praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras,
mercantes ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e neste não sejam julgados.
- Considera-se uma Extraterritorialidade condicionada, ou seja, deve existir uma série de condições para
ser considerado crime;
- CP/40. Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:

II - os crimes:

c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando


em território estrangeiro e aí não sejam julgados.

Letra D: Correta.

Territorialidade
- A lei penal é aplicada nos crimes cometidos no território nacional, sendo ele cometido por estrangeiro
ou contra estrangeiro.

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- CP/40, Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito
internacional, ao crime cometido no território nacional.
Princípio da Territorialidade Mitigada ou Temperada
A territorialidade não é absoluta, sendo possível a sua não aplicação no caso de convenções, tratados e
regras de direito internacional.
- Adotado pelo CP.
CP/40. Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito
internacional, ao crime cometido no território nacional.

§ 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e


aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se
encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade
privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar.

§ 2º - É também aplicável à lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações
estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em voo no
espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil.
- A Lei brasileira é aplicada aos crimes cometidos a bordo de aeronaves estrangeiras quando estiverem
no espaço aéreo brasileiro ou em pouso no território nacional.
- A Lei penal brasileira é aplicada no caso das embarcações quando estiverem em porto ou mar territorial
brasileiro. (Letra D)

Gabarito: Letra D.
(CAIP-IMES/Consórcio Intermunicipal Grande ABC/2015)
06) Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro, os crimes:
A) contra a honra do Presidente da República.
B) de genocídio, quando o agente for estrangeiro, qualquer que seja o seu domicílio.
C) cometidos por particulares contra a administração pública.
D) contra a fé pública de sociedade de economia mista federal.
Comentário:

Letra A: Errada.

Princípio da Defesa ou da Proteção


- A lei penal é aplicada nos casos em que os crimes cometidos afetem os bens jurídicos nacionais,
qualquer que seja o lugar ou agente.
- Considera-se uma Extraterritorialidade Incondicionada, ou seja, basta ter ocorrido o crime, sem mais
nenhuma condição;
CP/40. Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: (Princípio da Proteção)

I - os crimes:

a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República;

b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município,


de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público;

c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço;

§ 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou
condenado no estrangeiro.
- Caso a pessoa já tenha sido condenada no exterior, ocorrerá a Detração Penal, que é o abatimento da
pena a ser cumprida no Brasil para ser evitada a dupla pena (Bis in Idem);
- CP/40, Art. 8º - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime,
quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas.

Letras B: Errada.

Princípio da Personalidade Passiva


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A lei penal brasileira é aplicável ao crime cometido contra brasileiro no exterior. Considera-se uma
Extraterritorialidade hipercondicionada, ou seja, deve existir uma série de condições para ser
considerado crime;
- CP/40. Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:

I - os crimes:

d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil; (Personalidade Ativa –


Extraterritorialidade Incondicionada)

II - os crimes:

b) praticados por brasileiro; (Personalidade Ativa – Extraterritorialidade condicionada)


§ 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou
condenado no estrangeiro. (Personalidade Ativa)
§ 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes condições:
(Personalidade Ativa)

a) entrar o agente no território nacional;

b) ser o fato punível também no país em que foi praticado;

c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição;

d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena;

e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade,
segundo a lei mais favorável.
§ 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do
Brasil, se, reunidas as condições previstas no parágrafo anterior: (Personalidade Passiva -
Extraterritorialidade hipercondicionada)

a) não foi pedida ou foi negada a extradição;

b) houve requisição do Ministro da Justiça.

Letra C: Errada.

Princípio da Defesa ou da Proteção


- A lei penal é aplicada nos casos em que os crimes cometidos afetem os bens jurídicos nacionais,
qualquer que seja o lugar ou agente.
- Considera-se uma Extraterritorialidade Incondicionada, ou seja, basta ter ocorrido o crime, sem mais
nenhuma condição;
CP/40. Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: (Princípio da Proteção)

I - os crimes:

a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República;

b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município,


de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público;

c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço;

§ 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou
condenado no estrangeiro.
- Caso a pessoa já tenha sido condenada no exterior, ocorrerá a Detração Penal, que é o abatimento da
pena a ser cumprida no Brasil para ser evitada a dupla pena (Bis in Idem);
- CP/40, Art. 8º - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime,
quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas.
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Letra D: Correta.

Princípio da Defesa ou da Proteção


- A lei penal é aplicada nos casos em que os crimes cometidos afetem os bens jurídicos nacionais,
qualquer que seja o lugar ou agente.
- Considera-se uma Extraterritorialidade Incondicionada, ou seja, basta ter ocorrido o crime, sem mais
nenhuma condição;
CP/40. Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: (Princípio da Proteção)

I - os crimes:

a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República;

b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município,


de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público;

c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço;

§ 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou
condenado no estrangeiro.
- Caso a pessoa já tenha sido condenada no exterior, ocorrerá a Detração Penal, que é o abatimento da
pena a ser cumprida no Brasil para ser evitada a dupla pena (Bis in Idem);
- CP/40, Art. 8º - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime,
quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas.

Gabarito: Letra D.
(FUNIVERSA/SEAP-DF/2015)
07) Consoante o princípio da nacionalidade ou da personalidade, os crimes contra a vida ou a liberdade do
presidente da República, ainda que cometidos no estrangeiro, sujeitam-se à lei brasileira.
Comentário:

Princípio da Defesa ou da Proteção


- A lei penal é aplicada nos casos em que os crimes cometidos afetem os bens jurídicos nacionais,
qualquer que seja o lugar ou agente.
- Considera-se uma Extraterritorialidade Incondicionada, ou seja, basta ter ocorrido o crime, sem mais
nenhuma condição;
CP/40. Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: (Princípio da Proteção)

I - os crimes:

a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República;

b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município,


de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público;

c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço;

§ 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou
condenado no estrangeiro.
- Caso a pessoa já tenha sido condenada no exterior, ocorrerá a Detração Penal, que é o abatimento da
pena a ser cumprida no Brasil para ser evitada a dupla pena (Bis in Idem);
- CP/40, Art. 8º - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime,
quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas.

Princípio da Personalidade ou da Nacionalidade


- É dividido em:
* Princípio da Personalidade Ativa;
* Princípio da Personalidade Passiva.
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Princípio da Personalidade Ativa


A lei penal brasileira é aplicável ao crime cometido por brasileiro no exterior. A depender do caso,
Considera-se uma Extraterritorialidade Incondicionada, ou seja, basta ter ocorrido o crime, sem mais
nenhuma condição; ou uma Extraterritorialidade condicionada, ou seja, deve existir uma série de
condições para ser considerado crime;
Princípio da Personalidade Passiva
A lei penal brasileira é aplicável ao crime cometido contra brasileiro no exterior. Considera-se uma
Extraterritorialidade hipercondicionada, ou seja, deve existir uma série de condições para ser
considerado crime;
- CP/40. Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:

I - os crimes:

d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil; (Personalidade Ativa –


Extraterritorialidade Incondicionada)

II - os crimes:

b) praticados por brasileiro; (Personalidade Ativa – Extraterritorialidade condicionada)


§ 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou
condenado no estrangeiro. (Personalidade Ativa)
§ 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes condições:
(Personalidade Ativa)

a) entrar o agente no território nacional;

b) ser o fato punível também no país em que foi praticado;

c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição;

d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena;

e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade,
segundo a lei mais favorável.
§ 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do
Brasil, se, reunidas as condições previstas no parágrafo anterior: (Personalidade Passiva -
Extraterritorialidade hipercondicionada)

a) não foi pedida ou foi negada a extradição;

b) houve requisição do Ministro da Justiça.

Gabarito: Errado.
(MPE-RS/MPE-RS/2014)
08) Considere, abaixo, a norma disposta no art. 7º, inciso II, alínea c, do Código Penal.
“Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro [...], os crimes [...] praticados em
aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território
estrangeiro e aí não sejam julgados”.
Esse inciso II, em sua alínea c, define o princípio da
A) proteção.
B) justiça universal.
C) representação.
D) defesa.
E) territorialidade.
Comentário:

Princípio da Representação ou da Bandeira ou do Pavilhão


- A Lei penal brasileira é aplicada nos crimes praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras,
mercantes ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e neste não sejam julgados.

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- Considera-se uma Extraterritorialidade condicionada, ou seja, deve existir uma série de condições para
ser considerado crime;
- CP/40. Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:

II - os crimes:

c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando


em território estrangeiro e aí não sejam julgados.

Gabarito: Letra C.
(FUNDATEC/PGE-RS/2010)
09) Em razão do princípio da atividade, a lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua
duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua
vigência.
Comentário:

Consiste na ultra-atividade, espécie do gênero extra-atividade.

Leis Intermitentes
* Leis Excepcionais: Leis produzidas para vigorar em determinada situação;
* Lei Temporária: Lei editada que tem vigência em certo período sendo a sua revogação automática ao
termo de sua vigência;
- No caso de Leis Intermitentes (Leis Excepcionais e Temporárias), a pessoa que cometeu o delito, em
sua vigência, responderá, mesmo após o término do prazo da norma.
São hipóteses de ultra-atividade maléfica.
- Sendo criada, após o término das leis intermitentes, lei abolitiva revogando o crime previsto na lei
temporária, estas não mais produziram efeitos.
- CP/40, Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou
cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência. (Lei
excepcional ou temporária).

Gabarito: Errado.
(FUNDATEC/PGE-RS/2010)
10) O momento e o lugar do crime são regulados pela teoria da atividade, importando o momento da ação
ou omissão do agente, ainda que outros sejam o momento e o lugar do resultado.
Comentário:

Tempo do Crime
- É dividido em Três teorias explicando quando ocorre a prática do crime:
* Teoria da Atividade; (CP ADOTA)
* Teoria do Resultado;
* Teoria da Ubiquidade ou Mista.
Teoria da Atividade
O crime é considerado praticado no momento da sua ação ou omissão, sem a importância do momento
do resultado. (ADOTADO PELO CP)
CP/40. Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o
momento do resultado. (Tempo do Crime);
Teoria do Resultado
O crime é considerado praticado no momento do resultado, não levando em consideração o momento da
ação ou omissão.
Teoria da Ubiquidade ou Mista
O crime é considerado praticado tanto no momento do resultado ou no da ação ou omissão.
Lugar do Crime
- Possui três teorias:
* Teoria da Atividade;
* Teoria do Resultado;
* Teoria Mista ou da Ubiquidade. (CP ADOTA)
Teoria da Atividade

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O local do crime é considerado aquele em que a conduta foi praticada;


Teoria do Resultado
O local do crime é o local onde ocorre a consumação do crime, independentemente de onde foi
praticada a conduta;
Teoria Mista ou da Ubiquidade
O local do crime pode ser tanto o lugar onde se praticou a conduta, quanto o lugar do resultado;
(ADOTADA PELO CP)
- CP/40, Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou
em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.

Gabarito: Errado.
(FUNDATEC/PGE-RS/2010)
11) Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e
aeronaves brasileiras, de natureza pública ou privada, onde quer que se encontrem, bem como as
aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem,
respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar.
Comentário:

Princípio da Territorialidade Mitigada ou Temperada


- Adotado pelo CP
CP/40. Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito
internacional, ao crime cometido no território nacional. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)

§ 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e


aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se
encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade
privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar.

§ 2º - É também aplicável à lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações
estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em voo no
espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil.

Gabarito: Correto.
(FUNDATEC/PGE-RS/2010)
12) No crime permanente, a conduta se protrai no tempo em razão da própria vontade do agente e o tempo
do crime é o de sua duração; enquanto que, no crime continuado, o tempo do crime é o da prática de cada
conduta perpetrada.
Comentário:

Crimes Permanentes e Continuados


A conduta se protrai no tempo em razão da própria vontade do agente e o tempo
Crime Permanente
do crime é o de sua duração;
Crime Continuado O tempo do crime é o da prática de cada conduta perpetrada.
STF/Súmula 711
A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é
anterior à cessação da continuidade ou da permanência.

Gabarito: Correto.
(FADESP/MPE-PA/2012)
13) Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro, os crimes cometidos contra o(a);
A) Presidente da República.
B) vida ou a liberdade do Presidente da República.
C) administração pública.
D) Presidente e o Vice-Presidente da República.
Comentário:

Princípio da Defesa ou da Proteção


- A lei penal é aplicada nos casos em que os crimes cometidos afetem os bens jurídicos nacionais,

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qualquer que seja o lugar ou agente.


- Considera-se uma Extraterritorialidade Incondicionada, ou seja, basta ter ocorrido o crime, sem mais
nenhuma condição;
CP/40. Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: (Princípio da Proteção)

I - os crimes:

a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República;

b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município,


de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público;

c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço;

§ 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou
condenado no estrangeiro.
- Caso a pessoa já tenha sido condenada no exterior, ocorrerá a Detração Penal, que é o abatimento da
pena a ser cumprida no Brasil para ser evitada a dupla pena (Bis in Idem);
- CP/40, Art. 8º - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime,
quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas.

Gabarito: Letra B.
(MPE-PR/MPE-PR/2013)
14) Dos crimes abaixo mencionados, qual não fica sujeito à lei brasileira pela aplicação do princípio da
extraterritorialidade incondicionada:
A) De homicídio cometido no estrangeiro contra o Presidente da República;
B) De latrocínio cometido no estrangeiro contra o Presidente da República;
C) De constrangimento ilegal cometido no estrangeiro contra o Presidente da República;
D) De ameaça cometido no estrangeiro contra o Presidente da República;
E) De sequestro praticado no estrangeiro contra o Presidente da República
Comentário:

Latrocínio é o roubo seguido de morte. É considerado um crime contra o patrimônio e não contra a vida ou
liberdade do Presidente da República.

Princípio da Defesa ou da Proteção


- A lei penal é aplicada nos casos em que os crimes cometidos afetem os bens jurídicos nacionais,
qualquer que seja o lugar ou agente.
- Considera-se uma Extraterritorialidade Incondicionada, ou seja, basta ter ocorrido o crime, sem mais
nenhuma condição;
CP/40. Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: (Princípio da Proteção)

I - os crimes:

a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República;

b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município,


de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público;

c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço;

§ 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou
condenado no estrangeiro.
- Caso a pessoa já tenha sido condenada no exterior, ocorrerá a Detração Penal, que é o abatimento da
pena a ser cumprida no Brasil para ser evitada a dupla pena (Bis in Idem);
- CP/40, Art. 8º - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime,
quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas.

Gabarito: Letra B.

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(CESPE/PC-DF/2013)
15) Julgue os itens seguintes, relativos à teoria da norma penal, sua aplicação temporal e espacial, ao
conflito aparente de normas e à pena cumprida no estrangeiro.
Considere a seguinte situação hipotética.
Jurandir, cidadão brasileiro, foi processado e condenado no exterior por ter praticado tráfico internacional de
drogas, e ali cumpriu seis anos de pena privativa de liberdade. Pelo mesmo crime, também foi condenado, no
Brasil, a pena privativa de liberdade igual a dez anos e dois meses.
Nessa situação hipotética, de acordo com o Código Penal, a pena privativa de liberdade a ser cumprida por
Jurandir, no Brasil, não poderá ser maior que quatro anos e dois meses.
Comentário:

No caso apresentado, ficará afastada a aplicação da lei penal brasileira, devido à extraterritorialidade
condicionada, pois Jurandir já foi condenado no exterior. Na extraterritorialidade condicionada uma das
condições para a lei brasileira ser aplicada é não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí
cumprido a pena;

Princípio da Personalidade Ativa


A lei penal brasileira é aplicável ao crime cometido por brasileiro no exterior. A depender do caso,
Considera-se uma Extraterritorialidade Incondicionada, ou seja, basta ter ocorrido o crime, sem mais
nenhuma condição; ou uma Extraterritorialidade condicionada, ou seja, deve existir uma série de
condições para ser considerado crime;

Princípio da Personalidade Passiva


A lei penal brasileira é aplicável ao crime cometido contra brasileiro no exterior. Considera-se uma
Extraterritorialidade hipercondicionada, ou seja, deve existir uma série de condições para ser
considerado crime;
- CP/40. Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:

I - os crimes:

d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil; (Personalidade Ativa –


Extraterritorialidade Incondicionada)

II - os crimes:

b) praticados por brasileiro; (Personalidade Ativa – Extraterritorialidade condicionada)


§ 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou
condenado no estrangeiro. (Personalidade Ativa)
§ 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes condições:
(Personalidade Ativa)

a) entrar o agente no território nacional;

b) ser o fato punível também no país em que foi praticado;

c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição;

d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena;

e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade,
segundo a lei mais favorável.
§ 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do
Brasil, se, reunidas as condições previstas no parágrafo anterior: (Personalidade Passiva -
Extraterritorialidade hipercondicionada)

a) não foi pedida ou foi negada a extradição;

b) houve requisição do Ministro da Justiça.

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Princípio da Defesa ou da Proteção


- A lei penal é aplicada nos casos em que os crimes cometidos afetem os bens jurídicos nacionais,
qualquer que seja o lugar ou agente.
- Considera-se uma Extraterritorialidade Incondicionada, ou seja, basta ter ocorrido o crime, sem mais
nenhuma condição;
CP/40. Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: (Princípio da Proteção)

I - os crimes:

a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República;

b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município,


de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público;

c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço;

§ 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou
condenado no estrangeiro.
- Caso a pessoa já tenha sido condenada no exterior, ocorrerá a Detração Penal, que é o abatimento da
pena a ser cumprida no Brasil para ser evitada a dupla pena (Bis in Idem);
- CP/40, Art. 8º - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime,
quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas.

Gabarito: Errado.
(PGR/PGR/2013)
16) Pelos arts. 5º a 8º, do Código Penal, é inadmissível o conflito de leis penais no espaço, razão pela qual,
quando incidente a lei penal brasileira e a de outros países sobre o mesmo fato, prevalecerá aquela onde
primeiro se instaurou a investigação ou processo penal.
Comentário:

Princípio da Personalidade Ativa


A lei penal brasileira é aplicável ao crime cometido por brasileiro no exterior. A depender do caso,
Considera-se uma Extraterritorialidade Incondicionada, ou seja, basta ter ocorrido o crime, sem mais
nenhuma condição; ou uma Extraterritorialidade condicionada, ou seja, deve existir uma série de
condições para ser considerado crime;

Gabarito: Errado.
(PGR/PGR/2013)
17) Pelo princípio da justiça penal internacional, previsto no art. 7º, II, a, do Código Penal, será incidente a
lei penal brasileira para a punição da mutilação genital de qualquer mulher, quando cometida no
estrangeiro, desde que o agente ingresse no território nacional.
Comentário:

Princípio da Personalidade Ativa


A lei penal brasileira é aplicável ao crime cometido por brasileiro no exterior. A depender do caso,
Considera-se uma Extraterritorialidade Incondicionada, ou seja, basta ter ocorrido o crime, sem mais
nenhuma condição; ou uma Extraterritorialidade condicionada, ou seja, deve existir uma série de
condições para ser considerado crime;

Princípio da Personalidade Passiva


A lei penal brasileira é aplicável ao crime cometido contra brasileiro no exterior. Considera-se uma
Extraterritorialidade hipercondicionada, ou seja, deve existir uma série de condições para ser
considerado crime;
- CP/40. Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:

I - os crimes:

d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil; (Personalidade Ativa –


Extraterritorialidade Incondicionada)
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34/84
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II - os crimes:

b) praticados por brasileiro; (Personalidade Ativa – Extraterritorialidade condicionada)


§ 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou
condenado no estrangeiro. (Personalidade Ativa)
§ 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes condições:
(Personalidade Ativa)

a) entrar o agente no território nacional;

b) ser o fato punível também no país em que foi praticado;

c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição;

d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena;

e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade,
segundo a lei mais favorável.
§ 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do
Brasil, se, reunidas as condições previstas no parágrafo anterior: (Personalidade Passiva -
Extraterritorialidade hipercondicionada)

a) não foi pedida ou foi negada a extradição;

b) houve requisição do Ministro da Justiça.

Gabarito: Errado.
(FGV/PC-MA/2012)
18) Havendo decisão transitada em julgado, cabe ao juiz da execução aplicar a lei mais favorável.
Comentário:

STF/Súmula 611
Transitada em julgado a sentença condenatória, compete ao Juízo das execuções à aplicação de lei mais
benigna.

Gabarito: Correto.
(FGV/PC-MA/2012)
19) Reconhecida a abolitio criminis, causa de extinção da punibilidade, os efeitos penais se apagam,
permanecendo os efeitos civis.
Comentário:

Princípio da Retroatividade Benéfica


Divide-se em duas espécies:
* Abolitio Criminis;

* Novatio Legis in Mellius.


Abolitio Criminis Novatio Legis in Mellius
- Ocorre quando um fato deixa de ser crime depois Ocorre quando uma lei posterior traz uma situação
que uma lei penal que incrimina acaba sendo mais benéfica ao réu, após a revogação de lei
revogada; no entanto, os efeitos extrapenais anterior;
continuam existindo.
CP. Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que CP. Art. 2º Parágrafo único - A lei posterior, que de
lei posterior deixa de considerar crime, cessando qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos
em virtude dela a execução e os efeitos penais da fatos anteriores, ainda que decididos por sentença
sentença condenatória. condenatória transitada em julgado.

CF/88, Art.5º, XL - a lei penal não retroagirá, salvo


para beneficiar o réu;
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OBS: O Abolitio criminis refere-se à supressão da conduta criminosa nos aspectos formal e material.

Gabarito: Correto.
(CESPE/TRF - 2ª REGIÃO/2013)
20) Assinale a opção correta acerca da interpretação da lei penal
A) A interpretação extensiva é admitida em direito penal para estender o sentido e o alcance da norma até que se
atinja sua real acepção.
B) A interpretação analógica não é admitida em direito penal porque prejudica o réu.
C) A interpretação teleológica consiste em extrair o sentido e o alcance da norma de acordo com a posição da
palavra na estrutura do texto legal.
D) A analogia penal permite ao juiz atuar para suprir a lacuna da lei, desde que isso favoreça o réu.
E) A interpretação judicial da lei penal se manifesta na edição de súmulas vinculantes editadas pelos tribunais.
Comentário:

Letra A: Correta.

Interpretação Extensiva
- É a extensão da lei, ou seja, o aumento do seu alcance;

Letra B: Errada. É aplicada.

Interpretação Analógica
É um método de interpretação.
Retira o sentido da norma a partir dos próprios elementos fornecidos por ela.
Há uma lei regulando a hipótese apresentada, mas de forma genérica, sendo necessário o uso da via
interpretativa.
Não se confunde com a Analogia.

Letra C: Errada.

Interpretação Gramatical
- É a interpretação literal da lei;
- Extrai o sentido e o alcance da norma de acordo com a posição da palavra na estrutura do texto legal.
Interpretação Teológica ou Lógica
- Tem por finalidade alcançar os fins sociais para o qual a lei foi criada.
- Procura descobrir a vontade do legislador, além da finalidade da lei.

Letra D: Errada.

Interpretação Analógica
É um método de interpretação.
Retira o sentido da norma a partir dos próprios elementos fornecidos por ela.
Há uma lei regulando a hipótese apresentada, mas de forma genérica, sendo necessário o uso da via
interpretativa.
Não se confunde com a Analogia.

Analogia da Lei Penal


É um método de integração da norma
- É uma técnica utilizada para suprir a falta de uma lei, ou seja, é uma técnica de integrativa em que o
aplicador do Direito irá utilizar outra norma para utilizar no caso concreto;
- A analogia da lei só é utilizada para o benefício do réu (analogia in bonam partem), nunca para
prejudicá-lo (analogia in malam partem);
Não se admite o emprego de analogia para normas incriminadoras, uma vez que não se pode violar o
princípio da reserva legal.

Letra E: Errada.

Interpretação Judicial

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- Interpretação realizada por membros do Poder judiciário a partir de suas decisões em processos nos
casos concretos;
O juiz não tem a obrigação a dar à lei a mesma interpretação dada, anteriormente, por outro juiz, ou pelo
tribunal.
- Não vinculam os operadores do Direito, salvo no caso de Súmulas vinculantes do STF.

Gabarito: Letra A.
(CESPE/TJ-DFT/2003)
21) Considere a seguinte situação hipotética.
Um indivíduo respondia a processo judicial por ter sido preso em flagrante delito, quando transportava em seu
veículo, caixas contendo cloreto de etila (lança-perfume). Posteriormente à sua prisão, ato normativo retirou a
referida substância do rol dos entorpecentes ou dos que causam dependência física ou psíquica.
Nessa situação, em face da abolitio criminis, extinguiu-se a punibilidade.
Comentário:

Princípio da Retroatividade Benéfica


Divide-se em duas espécies:
* Abolitio Criminis;

* Novatio Legis in Mellius.


Abolitio Criminis Novatio Legis in Mellius
- Ocorre quando um fato deixa de ser crime depois Ocorre quando uma lei posterior traz uma situação
que uma lei penal que incrimina acaba sendo mais benéfica ao réu, após a revogação de lei
revogada; no entanto, os efeitos extrapenais anterior;
continuam existindo.
CP. Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que CP. Art. 2º Parágrafo único - A lei posterior, que de
lei posterior deixa de considerar crime, cessando qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos
em virtude dela a execução e os efeitos penais da fatos anteriores, ainda que decididos por sentença
sentença condenatória. condenatória transitada em julgado.

CF/88, Art.5º, XL - a lei penal não retroagirá, salvo


para beneficiar o réu;
OBS: O Abolitio criminis refere-se à supressão da conduta criminosa nos aspectos formal e material.

Gabarito: Correto.
(CESPE/TJ-DFT/2003)
22) As leis penais excepcional e temporária são ultrativas pois se aplicam a fatos ocorridos antes e
durante as respectivas vigências.
Comentário:

As leis penais excepcional e temporária são ultrativas pois se aplicam a fatos ocorridos antes e durante as
respectivas vigências.

Leis Intermitentes
* Leis Excepcionais: Leis produzidas para vigorar em determinada situação;
* Lei Temporária: Lei editada que tem vigência em certo período sendo a sua revogação automática
ao termo de sua vigência;
- No caso de Leis Intermitentes (Leis Excepcionais e Temporárias), a pessoa que cometeu o delito, em
sua vigência, responderá, mesmo após o término do prazo da norma.
Em razão do princípio da ultratividade, a lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de
sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante
sua vigência.

Gabarito: Errado.
(CESPE/TJ-DFT/2003)
23) Considerando o princípio da especialidade, que rege o conflito aparente de normas penais, é correto
afirmar que norma que define o crime de homicídio é especial em relação à que define o infanticídio.
Comentário:

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O infanticídio é especial em relação ao crime de homicídio.

Princípio da Especialidade
- É utilizado no conflito de duas normas, uma geral e outra especial. A norma especial é aquela que
possui todos os elementos da norma geral com algumas características a mais.
- Existindo conflito nesse caso, a norma especial é aplicada no lugar da norma geral, mesmo aquela
tendo uma penalidade maior que esta;
- Existindo norma especial, o código penal é aplicado subsidiariamente aos crimes previstos na
especial, caso nesta não exista regulamentação sobre o assunto;
- CP/40, Art. 12 - As regras gerais deste Código aplicam-se aos fatos incriminados por lei especial, se
esta não dispuser de modo diverso.
- Lex specialis derrogat lex generalis, ou seja, a lei especial afasta a norma geral;

Gabarito: Errado.
(CESPE/DPE-SE/2012)
24) Com base na interpretação da lei penal e no conflito aparente de normas penais, resolva:
Entre o tipo penal básico e os derivados, sejam eles qualificados ou privilegiados, não há relação de
especialidade, o que afasta a aplicação do princípio da especialidade na solução de conflito aparente de normas
penais.
Comentário:

Entre o tipo penal básico e os derivados, sejam eles qualificados ou privilegiados, há relação de especialidade.

Princípio da Especialidade
- É utilizado no conflito de duas normas, uma geral e outra especial. A norma especial é aquela que
possui todos os elementos da norma geral com algumas características a mais.
- Existindo conflito nesse caso, a norma especial é aplicada no lugar da norma geral, mesmo aquela
tendo uma penalidade maior que esta;
- Existindo norma especial, o código penal é aplicado subsidiariamente aos crimes previstos na
especial, caso nesta não exista regulamentação sobre o assunto;
- CP/40, Art. 12 - As regras gerais deste Código aplicam-se aos fatos incriminados por lei especial, se
esta não dispuser de modo diverso.
- Lex specialis derrogat lex generalis, ou seja, a lei especial afasta a norma geral;

Gabarito: Errado.
(CESPE/DPE-SE/2012)
25) Com base na interpretação da lei penal e no conflito aparente de normas penais, resolva:
O método filológico, literal, ou gramatical, consiste na reconstrução do pensamento legislativo por meio das
palavras da lei, em suas conexões linguísticas e estilísticas, e ignora, por completo, a ratio legis.
Comentário:

Interpretação Gramatical
- É a interpretação literal da lei;
- Extrai o sentido e o alcance da norma de acordo com a posição da palavra na estrutura do texto legal.
Interpretação Teológica ou Lógica
- Tem por finalidade alcançar os fins sociais para o qual a lei foi criada.
- Busca a vontade do legislador, a chamada voluntas legislatoris, além da vontade da lei, denominada
voluntas legis.

Gabarito: Errado.
(CESPE/DPE-SE/2012)
26) Com base na interpretação da lei penal e no conflito aparente de normas penais, resolva:
A interpretação teleológica busca a vontade do legislador, a chamada voluntas legislatoris, e não a vontade da lei,
denominada voluntas legis.
Comentário:

Interpretação Gramatical
- É a interpretação literal da lei;

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- Extrai o sentido e o alcance da norma de acordo com a posição da palavra na estrutura do texto legal.
Interpretação Teológica ou Lógica
- Tem por finalidade alcançar os fins sociais para o qual a lei foi criada.
- Busca a vontade do legislador, a chamada voluntas legislatoris, além da vontade da lei, denominada
voluntas legis.

Gabarito: Errado.
(CESPE/DPE-SE/2012)
27) Com base na interpretação da lei penal e no conflito aparente de normas penais, resolva:
O fenômeno denominado de interpretação evolutiva ocorre quando a disposição legal ganha novo sentido,
aplicando-se a situações imprevistas ou imprevisíveis ao legislador.
Comentário:

Interpretação Progressiva, Adaptativa ou Evolutiva


- Busca adequar a lei à realidade atual.
- Evita a constante reforma legislativa e se destina a acompanhar as mudanças da sociedade.
Fonte: https://delegadomarcel.jusbrasil.com.br/artigos/653601112/interpretacao-da-lei-penal-e-analogia

Gabarito: Correto.
(ESAF/CGU/2012)
28) Em relação às noções fundamentais do Direito Penal, resolva:
Quanto ao Lugar do crime, o Direito brasileiro adotou a Teoria da Atividade segundo a qual o Lugar do delito é
aquele em que se verificou o ato executivo.
Comentário:

Lugar do Crime
- Possui três teorias:
* Teoria da Atividade;
* Teoria do Resultado;
* Teoria Mista ou da Ubiquidade. (CP ADOTA)
Teoria da Atividade
O local do crime é considerado aquele em que a conduta foi praticada;
Teoria do Resultado
O local do crime é o local onde ocorre a consumação do crime, independentemente de onde foi
praticada a conduta;
Teoria Mista ou da Ubiquidade
O local do crime pode ser tanto o lugar onde se praticou a conduta, quanto o lugar do resultado;
(ADOTADA PELO CP)
- CP/40, Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou
em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.

Gabarito: Errado.
(CESPE/PC-MA/2018)
29) Com relação a lugar do crime e territorialidade e extraterritorialidade da lei penal, conforme previstos
no CP, assinale a opção correta.
A) Nos crimes tentados, o lugar do crime será onde o agente pretendia que tivesse ocorrido a consumação do
delito.
B) Nos crimes conexos, não se aplica a teoria da ubiquidade, devendo cada crime ser julgado pela legislação
penal do país em que for cometido.
C) No concurso de pessoas, o lugar do crime será somente aquele em que ocorrerem os atos de participação ou
coautoria, independentemente do local do resultado.
D) No crime continuado, somente será aplicada a lei nacional quando todos os fatos constitutivos tiverem sido
praticados em território brasileiro, por se tratar de delito unitário.
E) Nos crimes complexos, não se aplica a teoria da ubiquidade, mesmo que o delito-meio tenha sido cometido em
território brasileiro.
Comentário:

Letra A: Errada.

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Lugar do Crime
Teoria da Ubiquidade Teoria do Resultado
Adotada pelo CP. Adotada pelo CPP.

Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em Art. 70. A competência será, de regra, determinada
que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, pelo lugar em que se consumar a infração, ou, no
bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o
resultado. último ato de execução.
Aplicada para solucionar conflitos internacionais de Aplicada para solucionar conflitos internos de
competência em crimes à distância que englobam competência em crimes plurilocais que englobam
dois ou mais países. duas ou mais comarcas dentro do território
nacional.
As duas teorias convivem em harmonia.

Sendo o caso de crimes à distância (delitos que envolve duas ou mais nações) adota-se a teoria da
Ubiquidade;

Sendo o caso de crimes plurilocais (envolve duas ou mais comarcas dentro de uma única nação) adota-se
a teoria do resultado.

Letra B/C/D/E: C/E/E/E.

Lugar do Crime
- Possui três teorias:
* Teoria da Atividade;
* Teoria do Resultado;
* Teoria Mista ou da Ubiquidade. (CP ADOTA - REGRA)
Teoria da Atividade
O local do crime é considerado aquele em que a conduta foi praticada;
Teoria do Resultado
O local do crime é o local onde ocorre a consumação do crime, independentemente de onde foi
praticada a conduta;
Teoria Mista ou da Ubiquidade
O local do crime pode ser tanto o lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem
como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado; (ADOTADA PELO CP)
Regra Aplicação da Teoria da Ubiquidade aos crimes em geral.
- Crimes Conexos: Teoria da Atividade;

- Crimes Plurilocais: Teoria do Resultado; (CPP Adota)

- Crimes Contra a Vida: Teoria da Atividade;

- Atos infracionais: Teoria da atividade;


Exceções
- Crimes Falimentares: Onde foi decretada a falência, concedida recuperação judicial ou
homologado o plano de recuperação extrajudicial.

- Crimes Militares Comissivos: Teoria da Ubiquidade;

- Crimes Militares Omissivos: Teoria da atividade;

- Infrações Penais de Menor Potencial Ofensivo: Teoria da Atividade;

Gabarito: Letra B.
(ESAF/CGU/2012)
30) Em relação às noções fundamentais do Direito Penal, resolva:
O conceito analítico de crime, segundo a Teoria Tripartite, crime é fato típico, antijurídico, culpável e punível.
Comentário:

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Teoria Tripartida do Crime: Crime é o fato típico, ilícito e culpável. (Predomina no Brasil);

Crime ou Delito
- O conceito de crime ou Delito pode ser dividido em três sentidos:
* Sentido Material;
* Sentido Formal ou Legal;
* Sentido Analítico.
Sentido Material
Crime consiste na conduta de um indivíduo que afeta ou apresenta perigo a um bem jurídico de
terceiro; sendo este bem relevante, ocorre a proteção pelo direito penal. (Valorização do crime enquanto
conteúdo.)
Sentido Formal ou Legal
Crime é a infração penal que a lei estabelece pena de reclusão ou detenção, podendo ser de maneira
isolada, alternativa ou cumulativa com multa.
LICP/41, Art 1º Considera-se crime a infração penal que a lei comina pena de reclusão ou de detenção,
quer isoladamente, quer alternativa ou cumulativamente com a pena de multa; contravenção, a infração
penal a que a lei comina, isoladamente, pena de prisão simples ou de multa, ou ambas, alternativa ou
cumulativamente.
OBS: Uma conduta pode ser considerada formalmente crime, mas não será materialmente crime caso
não traga lesão ou ameaça a um bem jurídico de um terceiro,
Sentido Analítico
É dividido em três teorias.
Teoria Quadripartida Crime é o fato típico, ilícito, culpável e punível. (Não se aplica);
Teoria Tripartida Crime é o fato típico, ilícito e culpável. (Predomina no Brasil);
Teoria Bipartida Crime é o fato típico e ilícito.
- Com isso considera-se crime a infração penal que a lei estabelece pena de reclusão ou detenção,
podendo ser de maneira isolada, alternativa ou cumulativa com multa.

Gabarito: Errado.
(UEG/PC-GO/2012)
31) Em relação às noções fundamentais do Direito Penal, resolva:
A interpretação analógica é aquela que abarca os casos análogos, conforme uma fórmula casuística gravada no
dispositivo legal, não sendo admitida em direito penal.
Comentário:

Interpretação Analógica
É um método de interpretação.
Retira o sentido da norma a partir dos próprios elementos fornecidos por ela.
Há uma lei regulando a hipótese apresentada, mas de forma genérica, sendo necessário o uso da via
interpretativa.
Não se confunde com a Analogia.

Analogia da Lei Penal


É um método de integração da norma
- É uma técnica utilizada para suprir a falta de uma lei, ou seja, é uma técnica de integrativa em que o
aplicador do Direito irá utilizar outra norma para utilizar no caso concreto;
- A analogia da lei só é utilizada para o benefício do réu (analogia in bonam partem), nunca para
prejudicá-lo (analogia in malam partem);
Não se admite o emprego de analogia para normas incriminadoras, uma vez que não se pode violar o
princípio da reserva legal.

Gabarito: Errado.
(UEG/PC-GO/2012)
32) Em relação às noções fundamentais do Direito Penal, resolva:
As normas penais que definem o injusto culpável e estabelecem as suas consequências jurídicas são passíveis de
aplicação analógica.
Comentário:

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Analogia da Lei Penal


É um método de integração da norma
- É uma técnica utilizada para suprir a falta de uma lei, ou seja, é uma técnica de integrativa em que o
aplicador do Direito irá utilizar outra norma para utilizar no caso concreto;
- A analogia da lei só é utilizada para o benefício do réu (analogia in bonam partem), nunca para
prejudicá-lo (analogia in malam partem);
Não se admite o emprego de analogia para normas incriminadoras, uma vez que não se pode violar o
princípio da reserva legal.

Gabarito: Errado.
(FCC/MPE-CE/2011)
33) Em relação às noções fundamentais do Direito Penal, resolva:
A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade.
Comentário:

STF/Súmula 711
A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é
anterior à cessação da continuidade ou da permanência.

Gabarito: Correto.
(TJ-RO/TJ-RO/2011)
34) Ficam sujeitos à lei brasileira, ainda que praticados no estrangeiro, os crimes:
I) Praticados contra a vida ou liberdade do Presidente e Vice-Presidente da República.
II) Contra a Administração Pública, por quem está a seu serviço.
III) Que, por tratado ou convenção, o Brasil obrigou a reprimir.
IV) Contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município,
de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público,
ou ainda contra a vida de seus representantes legais.
Está(ão) CORRETA(S):
A) Todas as assertivas.
B) Somente as assertivas I e III.
C) Somente as assertivas II, III e IV.
D) Somente a assertiva II.
E) Somente as assertivas II e III.
Comentário:

Item I: Errado.

Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:


I – os crimes:
a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República;

Item II: Correto.

Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:


I – os crimes:
c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço;

Item III: Correto.

Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:


I – os crimes:
a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir;

Item IV: Errado.

Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:


I – os crimes:

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b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município,


de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público;

Gabarito: Letra E.
(COPEVE-UFAL/Prefeitura de Penedo – AL/2010)
35) Dadas as proposições sobre as leis penais excepcionais,
I. São leis, também, chamadas de extravagantes ou especiais, aquelas que não estão contidas no Código Penal.
II. São normas penais destinadas a vigorar por determinado período, nelas próprias consignado.
III. Como as “temporárias” são normas destinadas a reger situações anômalas.
IV. Gozam de ultratividade ainda que não beneficiem o agente.
Verifica-se que
A) II, III e IV são verdadeiras.
B) somente I e II são verdadeiras.
C) somente III e IV são verdadeiras.
D) somente II e IV são verdadeiras.
E) todas são verdadeiras.
Comentário:

Item I: Errado. Leis Especiais não se confundem com as leis excepcionais.

Item II: Errado. Conceito de Lei Temporária.

Leis Intermitentes
* Leis Excepcionais: Leis produzidas para vigorar em determinada situação;
Ex: Guerra ou calamidade.
* Lei Temporária: Lei editada que tem vigência em certo período sendo a sua revogação automática ao
termo de sua vigência;
- No caso de Leis Intermitentes (Leis Excepcionais e Temporárias), a pessoa que cometeu o delito, em
sua vigência, responderá, mesmo após o término do prazo da norma.
Em razão do princípio da ultra-atividade, a lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período
de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante
sua vigência.
São hipóteses excepcionais de ultra-atividade maléfica.
- Sendo criada, após o término das leis intermitentes, lei abolitiva revogando o crime previsto na lei
temporária, estas não mais produziram efeitos.
- CP/40, Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou
cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência. (Lei
excepcional ou temporária).

Gabarito: Letra C.
(CESPE/PC-RN/2009)
36) Considera-se crime a infração penal a que a lei comina pena de reclusão, de detenção ou prisão
simples, quer isoladamente, quer alternativa ou cumulativamente com a pena de multa.
Comentário:

Crime ou Delito
Sentido Formal ou Legal
Crime é a infração penal que a lei estabelece pena de reclusão ou detenção, podendo ser de maneira
isolada, alternativa ou cumulativa com multa.
LICP/41, Art 1º Considera-se crime a infração penal que a lei comina pena de reclusão ou de detenção,
quer isoladamente, quer alternativa ou cumulativamente com a pena de multa; contravenção, a infração
penal a que a lei comina, isoladamente, pena de prisão simples ou de multa, ou ambas, alternativa ou
cumulativamente.

Contravenção Penal
- São consideradas penas com uma menor relevância para sociedade, como a pena de prisão simples ou
de multa, ou ambas.
- LICP/41, Art 1º Considera-se...contravenção, a infração penal a que a lei comina, isoladamente, pena de
prisão simples ou de multa, ou ambas, alternativa ou cumulativamente.
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Gabarito: Errado.
(CESPE/PC-RN/2009)
37) Considera-se contravenção penal a infração penal a que a lei comina pena máxima não superior a dois
anos de reclusão.
Comentário:

Contravenção Penal
- São consideradas penas com uma menor relevância para sociedade, como a pena de prisão simples ou
de multa, ou ambas.
- LICP/41, Art 1º Considera-se...contravenção, a infração penal a que a lei comina, isoladamente, pena de
prisão simples ou de multa, ou ambas, alternativa ou cumulativamente.

Gabarito: Errado.
(CESPE/PC-RN/2009)
38) A infração penal é gênero que abrange como espécies as contravenções penais e os crimes, sendo
estes últimos também identificados como delitos.
Comentário:

Infração Penal
Conceito
- Infração é uma ação praticada, em regra, por uma pessoa física, que ocasiona um dano a um bem
jurídico, estabelecendo a lei punição para tal conduta lesiva;
- Conforme o princípio da lesividade, a infração penal não ocorre no caso do agente que se autolesiona,
sendo possível apenas quando o indivíduo afeta o bem jurídico de outro.
- O Brasil adota o sistema dicotômico, sendo a Infração Penal gênero das espécies: crime e
contravenção.
OBS: Crime e contravenção vêm do mesmo gênero, mas não se confundem.

Gabarito: Correto.
(MPE-GO/MPE-GO/2010)
39) As leis penais excepcionais e temporárias, mesmo que incriminadoras, aplicam-se após sua
autorrevogação, ainda que em momento posterior a conduta anteriormente tipificada não mais seja
considerada crime.
Comentário:

Leis Intermitentes
* Leis Excepcionais: Leis produzidas para vigorar em determinada situação;
* Lei Temporária: Lei editada que tem vigência em certo período sendo a sua revogação automática
ao termo de sua vigência;
- No caso de Leis Intermitentes (Leis Excepcionais e Temporárias), a pessoa que cometeu o delito, em
sua vigência, responderá, mesmo após o término do prazo da norma.
Em razão do princípio da ultra-atividade, a lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período
de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado
durante sua vigência.

Gabarito: Correto.
(MPE-GO/MPE-GO/2010)
40) Pela aplicação do princípio da especialidade, a norma de caráter especial exclui a de caráter geral.
Trata-se de uma apreciação em abstrato e, portanto, independe da pena prevista para os crimes, podendo
ser estas mais graves ou mais brandas. Por exemplo, a importação de lança-perfume, que é considerada
crime tráfico de drogas e não contrabando.
Comentário:

Princípio da Especialidade
- É utilizado no conflito de duas normas, uma geral e outra especial. A norma especial é aquela que
possui todos os elementos da norma geral com algumas características a mais.
- Existindo conflito nesse caso, a norma especial é aplicada no lugar da norma geral, mesmo aquela
@Quebrandoquestões

44/84
Licenciado para - Alanys Valença Martins - 14419139633 - Protegido por Eduzz.com

tendo uma penalidade maior que esta;


- Existindo norma especial, o código penal é aplicado subsidiariamente aos crimes previstos na
especial, caso nesta não exista regulamentação sobre o assunto;
- CP/40, Art. 12 – As regras gerais deste Código aplicam-se aos fatos incriminados por lei especial, se
esta não dispuser de modo diverso.
- Lex specialis derrogat lex generalis, ou seja, a lei especial afasta a norma geral;

Gabarito: Correto.
(MPE-GO/MPE-GO/2010)
41) Há subsidiariedade tácita quando um crime de menor gravidade integra a descrição típica de outro, de
maior gravidade.
Comentário:

Princípio da Subsidiariedade
- É o conflito entre duas normas em que prevalece a principal e caso esta não seja aplicável em
determinado momento, é aplicada subsidiariamente uma norma secundária que abrange o assunto;
- A subsidiariedade pode ser:
* Tácita: ocorre quando uma figura típica menos ampla faz parte de outra mais ampla.
* Expressa: ocorre quando a norma, em seu próprio texto, subordina a sua aplicação a não-aplicação
de outra, de maior gravidade punitiva. A norma subsidiária estabelece em seu texto legal que só será
aplicável nos casos em que não existir tal assunto previsto na norma principal;
- Lex primaria derrogat Lex subsidiarie, ou seja, a lei primária afasta a norma subsidiária;
Fonte: https://jus.com.br/duvidas/106574/o-acusado-responde-ou-eu-pelos-dois-crimes

Gabarito: Correto.
(MPE-GO/MPE-GO/2010)
42) Ocorre o crime progressivo ou progressão criminosa quando o agente, para alcançar o resultado mais
gravoso, passa por outro, necessariamente menos grave.
Comentário:

Crime Progressivo e Progressão Criminosa são conceitos diferentes.

Princípio da Consunção ou Absorção


- É quando existe o conflito de duas normas, porém, neste conflito uma norma absorve a outra, ou seja,
lex consumens derrogat lex consumptae;
- O Princípio da Absorção pode ocorrer por:
* Crime Progressivo;
* Progressão Criminosa;
* Antefato Impunível;
* Pós-fato Impunível.
Crime Progressivo
É quando existe uma gradação do crime, ou seja, o agente começou praticando um crime menos grave
indo até um crime mais grave, prevalecendo o crime mais grave absorvendo todos os demais.
Progressão Criminosa
É quando o agente começa praticando um crime menos grave, porém, durante o mesmo inter criminis,
acaba mudando de intenção e pratica outro de maior gravidade;
Ex: Pessoa pretende roubar o celular da pessoa, daí resolveu durante a ação matar por que o celular era
muito peba;
Antefato Impunível
A pessoa pratica fatos até chegar ao crime principal, porém não responde por esses fatos, mas sim
pelo crime principal;
Pós-fato Impunível
São fatos considerados criminosos, de forma isolada, porém por ser um desdobramento do crime final,
não são puníveis;

Gabarito: Errado.
(VUNESP/PC-CE/2015)
43) No que diz respeito à contagem de prazo no Código Penal, assinale a alternativa correta.
A) Inicia-se o cômputo do prazo dois dias após o dia do começo
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B) O dia do começo exclui-se no cômputo do prazo nas hipóteses de crime contra a vida.
C) O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo.
D) O dia do começo exclui-se no cômputo do prazo.
E) O dia do começo é irrelevante no cômputo do prazo.
Comentário:

Contagem de Prazos
- CP/40, Art. 10 – O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os
anos pelo calendário comum.
Frações Não Computáveis de Pena
- CP/40, Art. 11 – Desprezam-se, nas penas privativas de liberdade e nas restritivas de direitos, as
frações de dia, e, na pena de multa, as frações de cruzeiro.
- Ex: Pena de 345,43 Dias = 345 Dias; Multa de R$ 3.423,32 = R$ 3.423,00;

Gabarito: Letra C.
(VUNESP/Câmara Municipal de Poá – SP/2016)
44) A contagem de prazo em matéria penal dá-se do seguinte modo:
A) o dia do começo e o último excluem-se do cômputo do prazo; contam-se os dias, os meses e os anos pelo
calendário forense.
B) o dia do começo inclui-se no cômputo do prazo; contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário
forense.
C) o dia do começo inclui-se no cômputo do prazo; contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário
comum.
D) o dia do começo exclui-se do cômputo do prazo; contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário
forense.
E) o dia do começo exclui-se do cômputo do prazo; contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário
comum.
Comentário:

Contagem de Prazos
- CP/40, Art. 10 - O dia do começo inclui–se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os
anos pelo calendário comum.
Frações Não Computáveis de Pena
- CP/40, Art. 11 - Desprezam-se, nas pena– privativas de liberdade e nas restritivas de direitos, as
frações de dia, e, na pena de multa, as frações de cruzeiro.
- Ex: Pena de 345,43 Dias = 345 Dias; Multa de R$ 3.423,32 = R$ 3.423,00;

Gabarito: Letra C.
(CESPE/TJ-PI/2012)
45) Em relação ao lugar do crime, o legislador adotou, no CP, a teoria do resultado, considerando
praticado o crime no lugar onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.
Comentário:

Lugar do Crime
- Possui três teorias:
* Teoria da Atividade;
* Teoria do Resultado;
* Teoria Mista ou da Ubiquidade. (CP ADOTA)
Teoria da Atividade
O local do crime é considerado aquele em que a conduta foi praticada;
Teoria do Resultado
O local do crime é o local onde ocorre a consumação do crime, independentemente de onde foi
praticada a conduta;
Teoria Mista ou da Ubiquidade
O local do crime pode ser tanto o lugar onde se praticou a conduta, quanto o lugar do resultado;
(ADOTADA PELO CP)
- CP/40, Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou
em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.

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Gabarito: Errado.
(CESPE/TJ-PI/2012)
46) Desprezam-se, nas penas privativas de liberdade e nas restritivas de direitos, as frações de dia, mas,
nas de multa, não se desconsideram as frações da moeda.
Comentário:

Frações Não Computáveis de Pena


- CP/40, Art. 11 - Desprezam-se, nas pena– privativas de liberdade e nas restritivas de direitos, as
frações de dia, e, na pena de multa, as frações de cruzeiro.
- Ex: Pena de 345,43 Dias = 345 Dias; Multa de R$ 3.423,32 = R$ 3.423,00;

Gabarito: Errado.
(CESPE/TJ-PI/2012)
47) A abolitio criminis, que possui natureza jurídica de causa de extinção da punibilidade, conduz à
extinção dos efeitos penais e extrapenais da sentença condenatória.
Comentário:

Princípio da Retroatividade Benéfica


Divide-se em duas espécies:
* Abolitio Criminis;

* Novatio Legis in Mellius.


Abolitio Criminis Novatio Legis in Mellius
- Ocorre quando um fato deixa de ser crime depois Ocorre quando uma lei posterior traz uma situação
que uma lei penal que incrimina acaba sendo mais benéfica ao réu, após a revogação de lei
revogada; no entanto, os efeitos extrapenais anterior;
continuam existindo.
CP. Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que CP. Art. 2º Parágrafo único - A lei posterior, que de
lei posterior deixa de considerar crime, cessando qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos
em virtude dela a execução e os efeitos penais da fatos anteriores, ainda que decididos por sentença
sentença condenatória. condenatória transitada em julgado.

CF/88, Art.5º, XL - a lei penal não retroagirá, salvo


para beneficiar o réu;
OBS: O Abolitio criminis refere-se à supressão da conduta criminosa nos aspectos formal e material.

Gabarito: Errado.
(CESPE/TJ-PI/2012)
48) Desde que em benefício do réu, a jurisprudência dos tribunais superiores admite a combinação de leis
penais, a fim de atender aos princípios da ultratividade e da retroatividade in mellius.
Comentário:

STJ/ Súmula 501


É cabível a aplicação retroativa da Lei 11.343/2006, desde que o resultado da incidência das suas
disposições, na íntegra, seja mais favorável ao réu do que o advindo da aplicação da Lei 6.368/1976,
sendo vedada a combinação de leis.

Gabarito: Errado.
(CESPE/TJ-PI/2012)
49) Em relação ao tempo do crime, o legislador adotou, no CP, a teoria da atividade, considerando-o
praticado no momento da ação ou omissão.
Comentário:

Tempo do Crime
- É dividido em Três teorias explicando quando ocorre a prática do crime:
* Teoria da Atividade; (CP ADOTA)
* Teoria do Resultado;

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* Teoria da Ubiquidade ou Mista.


Teoria da Atividade
O crime é considerado praticado no momento da sua ação ou omissão, sem a importância do momento
do resultado. (ADOTADO PELO CP)
CP/40. Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o
momento do resultado. (Tempo do Crime);
Teoria do Resultado
O crime é considerado praticado no momento do resultado, não levando em consideração o momento da
ação ou omissão.
Teoria da Ubiquidade ou Mista
O crime é considerado praticado tanto no momento do resultado ou no da ação ou omissão.

Gabarito: Correto.
(VUNESP/Prefeitura de Registro - SP/2016)
50) O prazo penal tem contagem diversa da dos prazos processuais e o dia do começo inclui-se no
cômputo do prazo, ainda que se trate de fração de dia.
Comentário:

Contagem de Prazos
- CP/40, Art. 10 - O dia do começo inclui–se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os
anos pelo calendário comum.
Frações Não Computáveis de Pena
- CP/40, Art. 11 - Desprezam-se, nas penas privativas de liberdade e nas restritivas de direitos, as
frações de dia, e, na pena de multa, as frações de cruzeiro.
- Ex: Pena de 345,43 Dias = 345 Dias; Multa de R$ 3.423,32 = R$ 3.423,00;

CPP/41. Art. 798. § 1º Não se computará no prazo o dia do começo, incluindo-se, porém, o do vencimento.

Gabarito: Correto.
(VUNESP/Prefeitura de Registro - SP/2016)
51) As regras gerais do Código Penal sempre terão aplicação aos fatos incriminados por lei especial.
Comentário:

- CP/40, Art. 12 - As regras gerais deste Código aplicam-se aos fatos incriminados por lei especial, se esta não
dispuser de modo diverso.

Gabarito: Errado.
(VUNESP/Prefeitura de Registro - SP/2016)
52) Os prazos prescricionais e decadenciais são prazos de direito processual e não material.
Comentário:

São considerados prazos de direito material.

Gabarito: Errado.
(CESPE/TJ-DFT/2016)
53) A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira produz as mesmas consequências, poderá
ser homologada no Brasil para todos os efeitos, exceto para obrigar o condenado à reparação do dano.
Comentário:

Eficácia da Sentença Estrangeira


- CP/40, Art. 9º - A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira produz na espécie as
mesmas consequências, pode ser homologada no Brasil para:

I - obrigar o condenado à reparação do dano, a restituições e a outros efeitos civis;

II - sujeitá-lo a medida de segurança.

Parágrafo único - A homologação depende:

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a) para os efeitos previstos no inciso I, de pedido da parte interessada;

b) para os outros efeitos, da existência de tratado de extradição com o país de cuja autoridade judiciária
emanou a sentença, ou, na falta de tratado, de requisição do Ministro da Justiça.
- A homologação de sentenças estrangeiras é competência do STJ, devendo tal homologação estar
transitada em julgado;

Gabarito: Errado.
(CESPE/TJ-DFT/2016)
54) Ficam sujeitos à lei brasileira os crimes contra o patrimônio ou a fé pública do DF, de estado, de
município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo poder
público, embora cometidos no estrangeiro, sendo o agente punido segundo a lei brasileira, ainda que
absolvido no estrangeiro.
Comentário:

Princípio da Defesa ou da Proteção


- A lei penal é aplicada nos casos em que os crimes cometidos afetem os bens jurídicos nacionais,
qualquer que seja o lugar ou agente.
- Considera-se uma Extraterritorialidade Incondicionada, ou seja, basta ter ocorrido o crime, sem mais
nenhuma condição;
CP/40, Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: (Princípio da Proteção)
I - os crimes:
a) contra – vida ou a liberdade do Presidente da República;
b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município,
de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público;
c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço;
§ 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou
condenado no estrangeiro.

Gabarito: Correto.
(CESPE/TJ-DFT/2016)
55) Não é aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações
estrangeiras de propriedade privada, ainda que achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em
voo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil.
Comentário:

Princípio da Territorialidade Mitigada ou Temperada


- Adotado pelo CP
CP/40. Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito
internacional, ao crime cometido no território nacional.

§ 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e


aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se
encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade
privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar.

§ 2º - É também aplicável à lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou


embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional
ou em voo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil.
- A Lei brasileira é aplicada aos crimes cometidos a bordo de aeronaves estrangeiras quando estiverem
no espaço aéreo brasileiro ou em pouso no território nacional.
- A Lei penal brasileira é aplicada no caso das embarcações quando estiverem em porto ou mar territorial
brasileiro.

Gabarito: Errado.
(FCC/DPE-PB/2014)
56) A sentença criminal condenatória estrangeira é eficaz no direito brasileiro
A) inclusive para fins de reincidência.
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B) somente para sujeitar o agente à medida de segurança.


C) somente para sujeitar o agente à reparação do dano, à restituição e outros efeitos civis.
D) somente nos casos expressos de extraterritorialidade incondicionada da lei estrangeira.
E) somente quando se tratar de crime executado no Brasil, cujo resultado se produziu no estrangeiro.
Comentário:

Eficácia da Sentença Estrangeira


- CP/40, Art. 9º - A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira produz na espécie as
mesmas consequências, pode ser homologada no Brasil para:

I - obrigar o condenado à reparação do dano, a restituições e a outros efeitos civis;

II - sujeitá-lo a medida de segurança.

Parágrafo único - A homologação depende:

a) para os efeitos previstos no inciso I, de pedido da parte interessada;

b) para os outros efeitos, da existência de tratado de extradição com o país de cuja autoridade judiciária
emanou a sentença, ou, na falta de tratado, de requisição do Ministro da Justiça.
- A homologação de sentenças estrangeiras é competência do STJ, devendo tal homologação estar
transitada em julgado;
- CP. Art. 63 - Verifica-se a reincidência quando o agente comete novo crime, depois de transitar em
julgado a sentença que, no País ou no estrangeiro, o tenha condenado por crime anterior.

Gabarito: Letra A.
(CESPE/PC-AL/2012)
57) A lei penal mais severa aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente iniciados antes da
referida lei, se a continuidade ou a permanência não tiverem cessado até a data da entrada em vigor da lex
gravior.
Comentário:

Lax Gravior 1
- A nova lei não inova a natureza criminosa do fato, criando apenas uma situação com uma maior
gravidade ao crime cometido pelo réu. Com isso basta que a lei traga algum prejuízo ao réu.
- A lei produzirá seus efeitos apenas com a sua vigência, não alcançando fatos passados;

Crimes Permanentes e Continuados


A conduta se protrai no tempo em razão da própria vontade do agente e o tempo
Crime Permanente
do crime é o de sua duração;
Crime Continuado O tempo do crime é o da prática de cada conduta perpetrada.
STF/Súmula 711
A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é
anterior à cessação da continuidade ou da permanência.

Gabarito: Correto.
(UEG/PC-GO/2018)
58) A jurisprudência atual do Superior Tribunal de Justiça e do Supremo Tribunal Federal admite a
aplicação combinada das partes benéficas de leis penais distintas (lex tertia).
Comentário:

STJ/ Súmula 501


É cabível a aplicação retroativa da Lei 11.343/2006, desde que o resultado da incidência das suas
disposições, na íntegra, seja mais favorável ao réu do que o advindo da aplicação da Lei 6.368/1976,
sendo vedada a combinação de leis.

Gabarito: Errado.
(UEG/PC-GO/2018)

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59) A ultratividade da lei penal temporária, prevista no artigo 3º do Código Penal, constitui exceção legal à
regra do tempus regit actum.
Comentário:

A ultratividade da lei temporária não é considerada uma exceção em relação à regra do Tempus regit actum
(aplicação da lei no momento da prática do fato criminoso), pois os fatos ocorridos, durante a vigência da Lei
temporária, continuam sendo regulados.

Leis Intermitentes
* Leis Excepcionais: Leis produzidas para vigorar em determinada situação;
Ex: Guerra ou calamidade.
* Lei Temporária: Lei editada que tem vigência em certo período sendo a sua revogação automática ao
termo de sua vigência;
- No caso de Leis Intermitentes (Leis Excepcionais e Temporárias), a pessoa que cometeu o delito, em
sua vigência, responderá, mesmo após o término do prazo da norma.
Em razão do princípio da ultra-atividade, a lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período
de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante
sua vigência.
São hipóteses de ultra-atividade maléfica.
- Sendo criada, após o termino das leis intermitentes, lei abolitiva revogando o crime previsto na lei
temporária, estas não mais produziram efeitos.
- CP/40, Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou
cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência. (Lei
excepcional ou temporária).

Gabarito: Errado.
(UEG/PC-GO/2018)
60) Não se aplica a lex gravior ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da
permanência.
Comentário:

Lax Gravior 1
- A nova lei não inova a natureza criminosa do fato, criando apenas uma situação com uma maior
gravidade ao crime cometido pelo réu. Com isso basta que a lei traga algum prejuízo ao réu.
- A lei produzirá seus efeitos apenas com a sua vigência, não alcançando fatos passados;

Crimes Permanentes e Continuados


A conduta se protrai no tempo em razão da própria vontade do agente e o tempo
Crime Permanente
do crime é o de sua duração;
Crime Continuado O tempo do crime é o da prática de cada conduta perpetrada.
STF/Súmula 711
A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é
anterior à cessação da continuidade ou da permanência.

Gabarito: Errado.
(UEG/PC-GO/2018)
61) Admite-se a aplicação da analogia in malam partem no Direito Penal.
Comentário:

Analogia da Lei Penal


É um método de integração da norma;
- É uma técnica utilizada para suprir a falta de uma lei, ou seja, é uma técnica de integrativa em que o
aplicador do Direito irá utilizar outra norma para utilizar no caso concreto;
- A analogia da lei só é utilizada para o benefício do réu (analogia in bonam partem), nunca para
prejudicá-lo (analogia in malam partem);
Não se admite o emprego de analogia para normas incriminadoras, uma vez que não se pode violar o
princípio da reserva legal.

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Gabarito: Errado.
(CESPE/PC-MA/2018)
62) Em relação à lei penal no tempo e à irretroatividade da lei penal, é correto afirmar que à lei penal mais
A) severa aplica-se o princípio da ultra-atividade.
B) benigna aplica-se o princípio da extra-atividade.
C) severa aplica-se o princípio da retroatividade mitigada.
D) severa aplica-se o princípio da extra-atividade.
E) benigna aplica-se o princípio da não ultra-atividade.
Comentário:

Extra-atividade
É o gênero que se divide em duas espécies:

* Ultratividade;

* Retroatividade.
Ultratividade Retroatividade
Lei penal que continua aplicando seus efeitos, Lei penal que retroage no tempo, antes mesmo de
mesmo já revogada, em relação aos fatos ocorridos sua entrada em vigor, para ser aplicada.
durante sua vigência. (Leis Excepcionais ou
Temporárias). Sendo a lei penal mais benigna, aplica-se a extra-
atividade, especificamente, a retroatividade para
beneficiar o réu.

Gabarito: Letra B.
(CESPE/PC-MA/2018)
63) A aplicação do princípio da retroatividade benéfica da lei penal ocorre quando, ao tempo da conduta, o
fato é
A) típico e lei posterior suprime o tipo penal.
B) típico e lei posterior provoca a migração do conteúdo criminoso para outro tipo penal.
C) típico e lei posterior aumenta a pena correspondente ao crime.
D) típico e lei posterior acrescenta hipótese de aumento de pena.
E) atípico e lei posterior o torna típico.
Comentário:

Letra A: Correta.

Princípio da Retroatividade Benéfica


Divide-se em duas espécies:
* Abolitio Criminis;

* Novatio Legis in Mellius.


Abolitio Criminis Novatio Legis in Mellius
- Ocorre quando um fato deixa de ser crime depois Ocorre quando uma lei posterior traz uma situação
que uma lei penal que incrimina acaba sendo mais benéfica ao réu, após a revogação de lei
revogada; no entanto, os efeitos extrapenais anterior;
continuam existindo.
CP. Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que CP. Art. 2º Parágrafo único - A lei posterior, que de
lei posterior deixa de considerar crime, cessando qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos
em virtude dela a execução e os efeitos penais da fatos anteriores, ainda que decididos por sentença
sentença condenatória. condenatória transitada em julgado.

CF/88, Art.5º, XL - a lei penal não retroagirá, salvo


para beneficiar o réu;
OBS: O Abolitio criminis refere-se à supressão da conduta criminosa nos aspectos formal e material.

Letra B: Errada.

Princípio da Continuidade Normativo-Típica


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Consiste em uma alteração formal da norma. Ocorre quando uma infração apresentada no tipo penal passa
de uma norma que foi revogada para outra, continuando o crime a existir em outra norma.
O princípio da continuidade normativo-típica refere-se apenas à supressão formal.

Letra C/D: Erradas.

Lax Gravior 1 - Novatio legis in pejus


- A nova lei não inova a natureza criminosa do fato, criando apenas uma situação com uma maior
gravidade ao crime cometido pelo réu. Com isso basta que a lei traga algum prejuízo ao réu.
- A lei produzirá seus efeitos apenas com a sua vigência, não alcançando fatos passados;

Letra E: Errada.

Novatio legis incriminadora


Ocorre quando um fato não era considerado crime, no entanto, cria-se uma lei penal para tipificá-lo.

Gabarito: Letra A.
(FCC/MPE-SE/2013)
64) Segundo o Art. 12, as regras gerais do Código Penal aplicam-se às incriminações constantes de leis
especiais, se estas não dispuserem de modo diverso. Consagra-se, com isso, a ideia de
A) alternatividade imprópria.
B) subsidiariedade.
C) consunção.
D) alternatividade própria.
E) especialidade.
Comentário:

Princípio da Especialidade
- É utilizado no conflito de duas normas, uma geral e outra especial. A norma especial é aquela que
possui todos os elementos da norma geral com algumas características a mais.
- Existindo conflito nesse caso, a norma especial é aplicada no lugar da norma geral, mesmo aquela
tendo uma penalidade maior que esta;
- Existindo norma especial, o código penal é aplicado subsidiariamente aos crimes previstos na especial,
caso nesta não exista regulamentação sobre o assunto;
- CP/40, Art. 12 - As regras gerais deste Código aplicam-se aos fatos incriminados por lei especial, se esta
não dispuser de modo diverso.
- Com isso podemos usar o termo Lex specialis derrogat lex generalis, ou seja, a lei especial afasta a
norma geral;

Gabarito: Letra E.
(VUNESP/DPE-MS/2012)
65) “Um fato definido por uma norma incriminadora é meio necessário ou normal fase de preparação ou
execução de outro crime, bem como quando constitui conduta anterior ou posterior do agente, cometida
com a mesma finalidade prática atinente àquele crime”.
No conflito aparente de normas, esta afirmação explica o princípio da
A) especialidade.
B) subsidiariedade.
C) alternatividade.
D) consunção.
Comentário:

Princípio da Consunção ou Absorção


- É quando existe o conflito de duas normas, porém, neste conflito uma norma absorve a outra, ou seja,
lex consumens derrogat lex consumptae;
- O Princípio da Absorção pode ocorrer por:
* Crime Progressivo;
* Progressão Criminosa;
* Antefato Impunível;
* Pós-fato Impunível.
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Crime Progressivo
É quando existe uma gradação do crime, ou seja, o agente começou praticando um crime menos grave
indo até um mais grave, prevalecendo o delito mais grave absorvendo todos os demais;
Progressão Criminosa
É quando o agente começa praticando um crime menos grave, porém, durante o mesmo inter criminis,
acaba mudando de intenção e pratica outro de maior gravidade;
Ex: Pessoa pretende roubar o celular da pessoa, daí resolveu durante a ação matar por que o celular era
muito ruim;
Antefato Impunível
A pessoa pratica fatos até chegar ao crime principal, porém não responde por esses fatos, mas sim
pelo crime principal;
Pós-fato Impunível
São fatos considerados criminosos, de forma isolada, porém por ser um desdobramento do crime final,
não são puníveis;

Gabarito: Letra D.
(FCC/DPE-SP/2012)
66) A absorção do crime-meio pelo crime-fim configura aplicação do princípio da
A) sucessividade.
B) alternatividade.
C) consunção.
D) especialidade.
E) subsidiariedade.
Comentário:

Princípio da Consunção ou Absorção


- É quando existe o conflito de duas normas, porém, neste conflito uma norma absorve a outra, ou seja,
lex consumens derrogat lex consumptae;
- O Princípio da Absorção pode ocorrer por:
* Crime Progressivo;
* Progressão Criminosa;
* Antefato Impunível;
* Pós-fato Impunível.
Crime Progressivo
É quando existe uma gradação do crime, ou seja, o agente começou praticando um crime menos grave
indo até um mais grave, prevalecendo o delito mais grave absorvendo todos os demais;
Progressão Criminosa
É quando o agente começa praticando um crime menos grave, porém, durante o mesmo inter criminis,
acaba mudando de intenção e pratica outro de maior gravidade;
Ex: Pessoa pretende roubar o celular da pessoa, daí resolveu durante a ação matar por que o celular era
muito ruim;
Antefato Impunível
A pessoa pratica fatos até chegar ao crime principal, porém não responde por esses fatos, mas sim
pelo crime principal;
Pós-fato Impunível
São fatos considerados criminosos, de forma isolada, porém por ser um desdobramento do crime final,
não são puníveis;

Gabarito: Letra C.
(CESPE/PC-MA/2018)
67) Para solucionar o conflito aparente de normas, são empregados os princípios da
A) especialidade e da subsidiariedade.
B) especialidade e da proporcionalidade.
C) proporcionalidade e da subsidiariedade.
D) subsidiariedade e da fragmentariedade.
E) fragmentariedade e da especialidade.
Comentário:

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Conflito Aparente das Normas Penais


- Trata-se do conflito entre duas ou mais normas penais que tipificam sobre um mesmo fato, sendo
possível apenas a aplicação de uma delas em relação ao conflito.
- Divide-se em quatro princípios:
* Especialidade;
* Subsidiariedade;
* Consunção ou Absorção;
* Alternatividade.

Gabarito: Letra A.
(FUNDATEC/PC-RS/2018)
68) A regra geral em direito é a aplicação da lei vigente à época dos fatos (tempus regit actum). No campo
penal, não ocorre de maneira diferente, pois, ao crime cometido em determinada data, aplicar-se-á a lei
penal vigente ao dia do fato. Considerando o conceito e o alcance da lei penal no tempo, assinale a
alternativa INCORRETA.
A) A exceção à regra geral é a extratividade, ou seja, a possibilidade de aplicação de uma lei a fatos ocorridos fora
do âmbito de sua vigência. O fenômeno da extratividade, no campo penal, realiza-se em dois ângulos:
retroatividade e ultratividade.
B) A ultratividade é a aplicação da norma penal benéfica a fato criminoso acontecido antes do período da sua
vigência.
C) O Código Penal Brasileiro, no artigo 2º, faz referência somente à retroatividade, pelo fato de estar analisando a
aplicação da lei penal sob o ponto de vista da data do fato. Desta maneira, ou se aplica o princípio regra (tempus
regit actum), se for o mais benéfico, ou se aplica a lei penal posterior, se for a mais benigna (retroatividade).
D) Para a definição da lei penal mais favorável, deve-se ter em vista, como marco inicial, a data do cometimento
da infração penal, e, como marco final, a extinção da punibilidade pelo cumprimento da pena ou outra causa
qualquer. De toda sorte, durante a investigação policial, processo ou execução da pena, toda e qualquer lei penal
favorável, desde que possível a sua aplicação, deve ser utilizada em favor do réu.
E) A abolição do delito (abolitio criminis) é um fenômeno que ocorre quando uma lei posterior deixa de considerar
crime determinado fato. Essa hipótese gera a extinção da punibilidade.
Comentário:

Letra A: Correta.

Em regra, a lei penal não retroage. No entanto, excepcionalmente, é possível por meio da extra-atividade.

Extra-atividade
É o gênero que se divide em duas espécies:

* Ultratividade;

* Retroatividade.
Ultratividade Retroatividade
Lei penal que continua aplicando seus efeitos, Lei penal que retroage no tempo, antes mesmo de
mesmo já revogada, em relação aos fatos ocorridos sua entrada em vigor, para ser aplicada.
durante sua vigência. (Leis Excepcionais ou
Temporárias). Sendo a lei penal mais benigna, aplica-se a extra-
atividade, especificamente, a retroatividade para
beneficiar o réu.

Letra B: Errada.

A ultratividade (retroatividade) é a aplicação da norma penal benéfica a fato criminoso acontecido antes do
período da sua vigência.

Letras C/D/E: Corretas.

Princípio da Retroatividade Benéfica


Divide-se em duas espécies:
* Abolitio Criminis;

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* Novatio Legis in Mellius.


Abolitio Criminis Novatio Legis in Mellius
- Ocorre quando um fato deixa de ser crime depois Ocorre quando uma lei posterior traz uma situação
que uma lei penal que incrimina acaba sendo mais benéfica ao réu, após a revogação de lei
revogada; no entanto, os efeitos extrapenais anterior;
continuam existindo.
CP. Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que CP. Art. 2º Parágrafo único - A lei posterior, que de
lei posterior deixa de considerar crime, cessando qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos
em virtude dela a execução e os efeitos penais da fatos anteriores, ainda que decididos por sentença
sentença condenatória. condenatória transitada em julgado.

CF/88, Art.5º, XL - a lei penal não retroagirá, salvo


para beneficiar o réu;
OBS: O Abolitio criminis refere-se à supressão da conduta criminosa nos aspectos formal e material.

Gabarito: Letra B.
(VUNESP/PC-BA/2018)
69) Acerca dos princípios da legalidade e da anterioridade insculpidos no art. 1° do Código Penal e no art.
5° , XXXIX, da Constituição Federal, analise as alternativas a seguir e assinale a correta.
A) Uma das funções do princípio da legalidade é permitir a criação de crimes e penas pelos usos e costumes.
B) No Brasil, em um primeiro momento, a União Federal pode legislar sobre matéria penal. No entanto, de forma
indireta e urgente, leis estaduais podem impor regras e sanções de natureza criminal.
C) A lei penal incriminadora somente pode ser aplicada a um fato concreto desde que tenha tido origem antes da
prática da conduta. Em situações temporárias e excepcionais, no entanto, admite-se a mitigação do princípio da
anterioridade.
D) Desdobramento do princípio da legalidade é o da taxatividade, que impede a edição de tipos penais genéricos
e indeterminados.
E) O princípio da legalidade afasta a aplicação da interpretação extensiva, mas permite a aplicação da analogia de
forma ampla e irrestrita.
Comentário:

Letra A: Errada. Não é possível a criação de crimes e penas pelos usos e costumes.

Princípio da Reserva Legal


- Apenas a lei em sentido estrito pode definir crime e estabelecer penas. As leis não podem ser vagas,
pois este princípio tem a finalidade de proteger a segurança jurídica das pessoas.
É possível medida provisória tratar sobre matéria de direito penal?
* 1º Corrente: Não, pois a CF/88 veda.

* 2º Corrente: O STF entende que pode, no caso de matéria favorável ao réu. (Prevalece essa corrente).

Letra B: Errada.

CF/88, Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:

I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho.

Letra C: Errada.

As leis temporárias e excepcionais não mitigam o princípio da anterioridade, pois estas leis são aplicadas aos
fatos ocorridos após sua criação.

Leis Intermitentes
Divide-se em:
* Leis Excepcionais;

* Leis Temporárias.
Leis Excepcionais Leis Temporárias

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Leis produzidas para vigorar em determinada Leis editadas que têm vigência em certo período
situação; sendo a sua revogação automática ao termo de
sua vigência;
No caso de Leis Intermitentes (Leis Excepcionais e Temporárias), a pessoa que cometeu o delito, em
sua vigência, responderá, mesmo após o término do prazo da norma.
São hipóteses de ultratividade maléfica.
Sendo criada, após o término das leis intermitentes, lei abolitiva revogando o crime previsto na lei
temporária, estas não mais produziram efeitos.

Letra D: Correto.

Princípio da Legalidade – Funções Garantidoras


Divide-se em:
* Lex Praevia: A lei penal criada deve ser anterior ao fato a ser punido.

* Lex Certa: A lei deve ser específica, taxativa, clara, objetiva e de fácil compreensão e entendimento.

* Lex Sripta: A lei deve ser escrita.

* Lex stricta: É a vedação da utilização da analogia para fundamentar ou agravar a pena.

Letra E: Errada. A analogia é aplicável apenas in bonam partem.

Interpretação Extensiva x Interpretação Analógica x Analogia


Interpretação Extensiva Interpretação Analógica Analogia
Forma de integração da norma penal
Forma de interpretação Forma de interpretação
para suprir lacunas.
Há lei penal para o caso Não há lei penal para o caso
Há lei penal para o caso concreto.
concreto. concreto.
Tem a finalidade de estender o Recurso que permite a ampliação Aplica-se um dispositivo que
sentido e o alcance da norma do conteúdo da lei penal, através disciplina hipótese semelhante a um
até que se atinja sua real da indicação de fórmula genérica fato não regulado expressamente
acepção. pelo legislador. pela norma jurídica.
In bonam ou in malam partem In bonam ou in malam partem Aplicável apenas in bonam partem
Ex: CP. Art. 150. Ex: CP. Art. 121, § 2º Ex: CP. Art. 181. I.

Gabarito: Letra D.
(VUNESP/PC-BA/2018)
70) Assinale a alternativa que indica a teoria adotada pela legislação quanto ao tempo do crime.
A) Retroatividade.
B) Atividade.
C) Territorialidade.
D) Ubiquidade.
E) Extraterritorialidade.
Comentário:

Tempo do Crime
- É dividido em Três teorias explicando quando ocorre a prática do crime:
* Teoria da Atividade; (CP ADOTA)
* Teoria do Resultado;
* Teoria da Ubiquidade ou Mista.
Teoria da Atividade
O crime é considerado praticado no momento da sua ação ou omissão, sem a importância do momento
do resultado. (ADOTADO PELO CP)
CP/40. Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o
momento do resultado. (Tempo do Crime);
Teoria do Resultado
O crime é considerado praticado no momento do resultado, não levando em consideração o momento da
ação ou omissão.
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Teoria da Ubiquidade ou Mista


O crime é considerado praticado tanto no momento do resultado ou no da ação ou omissão.

Gabarito: Letra B.
(VUNESP/PC-BA/2018)
71) Sobre a territorialidade e a extraterritorialidade da lei penal, previstas nos artigos 5° e 7° do Código
Penal, assinale a alternativa correta
A) Ao crime cometido no território nacional, aplica-se a lei brasileira, independentemente de qualquer convenção,
tratado ou regra de direito internacional.
B) Ao autor de crime praticado contra a liberdade do Presidente da República quando em viagem a país
estrangeiro, aplica-se a lei do país em que os fatos ocorrerem.
C) Embarcação brasileira a serviço do governo brasileiro, para os efeitos penais, é considerada extensão do
território nacional.
D) Crime cometido no estrangeiro, praticado por brasileiro, fica sujeito à lei brasileira independentemente da
satisfação de qualquer condição.
E) Aplica-se a lei brasileira ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, independentemente
da satisfação de qualquer condição.
Comentário:

Letra A: Errada.

Territorialidade
- A lei penal é aplicada nos crimes cometidos no território nacional, sendo ele cometido por estrangeiro
ou contra estrangeiro.
- CP/40, Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito
internacional, ao crime cometido no território nacional.

Letra B: Errada.

Princípio da Defesa ou da Proteção


- A lei penal é aplicada nos casos em que os crimes cometidos afetem os bens jurídicos nacionais,
qualquer que seja o lugar ou agente.
- Considera-se uma Extraterritorialidade Incondicionada, ou seja, basta ter ocorrido o crime, sem mais
nenhuma condição;
CP/40. Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: (Princípio da Proteção)

I - os crimes:

a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República;

§ 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou
condenado no estrangeiro.

Letra C: Correta.

CP/40. Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional,
ao crime cometido no território nacional.

§ 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves
brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as
aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem,
respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar.

Letra D: Errada.

CP/40. Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:

II - os crimes:

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b) praticados por brasileiro; (Personalidade Ativa – Extraterritorialidade condicionada)

§ 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes condições:
(Personalidade Ativa)

a) entrar o agente no território nacional;

b) ser o fato punível também no país em que foi praticado;

c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição;

d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena;

e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade,
segundo a lei mais favorável.

Letra E: Errada.

CP/40. Art. 7º § 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora
do Brasil, se, reunidas as condições previstas no parágrafo anterior: (Personalidade Passiva -
Extraterritorialidade hipercondicionada)

a) não foi pedida ou foi negada a extradição;

b) houve requisição do Ministro da Justiça.

Gabarito: Letra C.
(VUNESP/PC-BA/2018)
72) A respeito de contagem de prazo no Direito Penal, assinale a alternativa correta.
A) O dia do começo não se inclui no cômputo do prazo.
B) As frações de dia são desconsideradas nas penas privativas de liberdade e nas restritivas de direitos.
C) Contam-se os meses e os anos pelo calendário gregoriano, cujos meses são de trinta dias e os anos são de
trezentos e sessenta dias.
D) O cômputo do prazo é suspenso em feriados nacionais e religiosos.
E) O dia do término inclui-se no cômputo do prazo, sendo prorrogável até à meia-noite do dia útil subsequente.
Comentário:

Contagem de prazo

Art. 10 - O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo
calendário comum.

Frações não computáveis da pena

Art. 11 - Desprezam-se, nas penas privativas de liberdade e nas restritivas de direitos, as frações de dia, e, na
pena de multa, as frações de cruzeiro.

Frações Não Computáveis de Pena


- Ex: Pena de 345,43 Dias = 345 Dias; Multa de R$ 3.423,32 = R$ 3.423,00;

Gabarito: Letra B.
(NUCEPE/PC-PI/2018)
73) Caio cometeu no dia 01 de janeiro de 2016 um fato criminoso punível com pena privativa de liberdade
previsto em lei temporária, sendo no dia 05 de dezembro de 2016 condenado a 5 (cinco) anos de reclusão.
No ano seguinte decorreu o período de sua duração, findando-se a citada lei no dia 31 de dezembro de
2017. Em relação à aplicação da lei penal indique a opção CORRETA.
A) Caio deve ser preso e cumprir a pena estabelecida de cinco anos, aplicando-se ao fato criminoso a lei
temporária.
B) Ninguém pode ser punido por fato que medida provisória posterior deixa de considerar crime.
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C) Deve continuar a execução da pena de Caio até o dia 31 de dezembro de 2017.


D) A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, não se aplica aos fatos anteriores, ainda que
decididos por sentença condenatória transitada em julgado.
E) Caio deve ser imediatamente solto.
Comentário:

CP/40. Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as
circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência.

Leis Intermitentes
Divide-se em:
* Leis Excepcionais;

* Leis Temporárias.
Leis Excepcionais Leis Temporárias
Leis produzidas para vigorar em determinada Leis editadas que têm vigência em certo período
situação; sendo a sua revogação automática ao termo de
sua vigência;
No caso de Leis Intermitentes (Leis Excepcionais e Temporárias), a pessoa que cometeu o delito, em
sua vigência, responderá, mesmo após o término do prazo da norma.
São hipóteses de ultratividade maléfica.
Sendo criada, após o término das leis intermitentes, lei abolitiva revogando o crime previsto na lei
temporária, estas não mais produziram efeitos.

Gabarito: Letra A.
(NUCEPE/PC-PI/2018)
74) Em relação à aplicação da lei penal é CORRETO afirmar que:
A) ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro, os crimes cometidos contra a vida ou o
patrimônio do Presidente da República;
B) ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro, os crimes praticados por brasileiro; mesmo que
o fato não seja punível também no país em que foi praticado;
C) ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro, os crimes contra o patrimônio ou a fé pública
da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia
mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público;
D) para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves
brasileiras, de natureza privada onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações
brasileiras mercantes, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar;
E) é aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de
propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em voo no espaço aéreo
correspondente, e estas em porto ou em alto-mar.
Comentário:

Letra A: Errada.

CP/40. Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: (Princípio da Proteção)

I - os crimes:

a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República;

Letra B: Errada.

CP/40. Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:

II - os crimes:

b) praticados por brasileiro; (Personalidade Ativa – Extraterritorialidade condicionada)

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§ 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes condições:
(Personalidade Ativa)

a) entrar o agente no território nacional;

b) ser o fato punível também no país em que foi praticado;

Letra C: Correta.

CP/40. Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: (Princípio da Proteção)

I - os crimes:

b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de


empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público;

Letra D: Errada.

CP/40. Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional,
ao crime cometido no território nacional.

§ 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves
brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as
aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem,
respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar.

Letra E: Errada.

CP/40. Art. 5º § 2º - É também aplicável à lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou
embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou
em voo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil.

Gabarito: Letra C.
(VUNESP/PC-SP/2018)
75) No que diz respeito ao lugar do crime, o CP adotou a teoria
A) do resultado, ou seja, considera-se praticado o crime no lugar onde se produziu ou deveria produzir-se o
resultado.
B) da ubiquidade, ou seja, considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou
em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.
C) da atividade, ou seja, considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou
em parte.
D) da extraterritorialidade, ou seja, considera-se praticado no Brasil o crime cometido no estrangeiro contra a vida
ou a liberdade do Presidente da República.
E) da territorialidade estendida, ou seja, considera-se praticado no Brasil o crime cometido a bordo de
embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou privada, onde quer que se encontrem.
Comentário:

Lugar do Crime
- Possui três teorias:
* Teoria da Atividade;
* Teoria do Resultado;
* Teoria Mista ou da Ubiquidade. (CP ADOTA - REGRA)
Teoria da Atividade
O local do crime é considerado aquele em que a conduta foi praticada;
Teoria do Resultado
O local do crime é o local onde ocorre a consumação do crime, independentemente de onde foi
praticada a conduta;
Teoria Mista ou da Ubiquidade
O local do crime pode ser tanto o lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem

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como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado; (ADOTADA PELO CP)


Regra Aplicação da Teoria da Ubiquidade aos crimes em geral.
- Crimes Conexos: Teoria da Atividade;

- Crimes Plurilocais: Teoria do Resultado; (CPP Adota)

- Crimes Contra a Vida: Teoria da Atividade;

- Atos infracionais: Teoria da atividade;


Exceções
- Crimes Falimentares: Onde foi decretada a falência, concedida recuperação judicial ou
homologado o plano de recuperação extrajudicial.

- Crimes Militares Comissivos: Teoria da Ubiquidade;

- Crimes Militares Omissivos: Teoria da atividade;

- Infrações Penais de Menor Potencial Ofensivo: Teoria da Atividade;

Gabarito: Letra B.
(VUNESP/PC-SP/2018)
76) Prescreve o art. 327 do CP: “considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora
transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública.”
Tal norma traduz exemplo de interpretação
A) científica.
B) autêntica.
C) extensiva.
D) doutrinária.
E) analógica.
Comentário:

Interpretação Autêntica ou Legislativa


Trata-se da interpretação literal apresentada pela própria lei, esclarecendo um determinado conceito em um
dispositivo.

Interpretação Científica ou Doutrinária


Interpretação do texto legal feita por doutrinadores.

Gabarito: Letra B.
(VUNESP/PC-SP/2018)
77) João comete um crime no estrangeiro e lá é condenado a 4 anos de prisão, integralmente cumpridos.
Pelo mesmo crime, João é condenado no Brasil à pena de 8 anos de prisão. João
A) cumprirá 8 anos de prisão no Brasil, uma vez que para essa quantidade de pena não se reconhece o
cumprimento no estrangeiro.
B) não cumprirá pena alguma no Brasil caso de trate de país com o qual o Brasil tem acordo bilateral para
reconhecer cumprimento de pena.
C) não cumprirá pena alguma no Brasil, uma vez já punido no país em que o crime foi cometido.
D) cumprirá 8 anos de prisão no Brasil, uma vez que o Brasil não reconhece pena cumprida no estrangeiro.
E) ainda deverá cumprir 4 anos de prisão no Brasil.
Comentário:

Pena cumprida no estrangeiro

Art. 8º - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando
diversas, ou nela é computada, quando idênticas.

Gabarito: Letra E.
(CESPE/PF/2018)

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78) Em cada item a seguir, é apresentada uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada
com base na legislação de regência e na jurisprudência dos tribunais superiores a respeito de execução
penal, lei penal no tempo, concurso de crimes, crime impossível e arrependimento posterior.
Manoel praticou conduta tipificada como crime. Com a entrada em vigor de nova lei, esse tipo penal foi
formalmente revogado, mas a conduta de Manoel foi inserida em outro tipo penal. Nessa situação, Manoel
responderá pelo crime praticado, pois não ocorreu a abolitio criminis com a edição da nova lei.
Comentário:

Princípio da Continuidade Normativo-Típica


Consiste em uma alteração formal da norma. Ocorre quando uma infração apresentada no tipo penal
migra de uma norma que foi revogada para outra, continuando o crime a existir em outra norma.
O princípio da continuidade normativo-típica refere-se apenas à supressão formal.

Gabarito: Correto.
(CESPE/PF/2018)
79) Na tentativa de entrar em território brasileiro com drogas ilícitas a bordo de um veículo, um traficante
disparou um tiro contra agente policial federal que estava em missão em unidade fronteiriça. Após troca
de tiros, outros agentes prenderam o traficante em flagrante, conduziram-no à autoridade policial local e
levaram o colega ferido ao hospital da região.
Nessa situação hipotética,
para definir o lugar do crime praticado pelo traficante, o Código Penal brasileiro adota o princípio da ubiquidade.
Comentário:

Lugar do Crime
- Possui três teorias:
* Teoria da Atividade;
* Teoria do Resultado;
* Teoria Mista ou da Ubiquidade. (CP ADOTA - REGRA)
Teoria da Atividade
O local do crime é considerado aquele em que a conduta foi praticada;
Teoria do Resultado
O local do crime é o local onde ocorre a consumação do crime, independentemente de onde foi
praticada a conduta;
Teoria Mista ou da Ubiquidade
O local do crime pode ser tanto o lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem
como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado; (ADOTADA PELO CP)

Gabarito: Correto.
(CESPE/PF/2018)
80) Depois de adquirir um revólver calibre 38, que sabia ser produto de crime, José passou a portá-lo
municiado, sem autorização e em desacordo com determinação legal. O comportamento suspeito de José
levou-o a ser abordado em operação policial de rotina. Sem a autorização de porte de arma de fogo, José
foi conduzido à delegacia, onde foi instaurado inquérito policial.
Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o item seguinte.
Se, durante o processo judicial a que José for submetido, for editada nova lei que diminua a pena para o crime de
receptação, ele não poderá se beneficiar desse fato, pois o direito penal brasileiro norteia-se pelo princípio de
aplicação da lei vigente à época do fato.
Comentário:

Princípio da Retroatividade Benéfica


Divide-se em duas espécies:
* Abolitio Criminis;

* Novatio Legis in Mellius.


Abolitio Criminis Novatio Legis in Mellius
- Ocorre quando um fato deixa de ser crime depois Ocorre quando uma lei posterior traz uma situação
que uma lei penal que incrimina acaba sendo mais benéfica ao réu, após a revogação de lei
revogada; no entanto, os efeitos extrapenais anterior;
continuam existindo.
@Quebrandoquestões

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CP. Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que CP. Art. 2º Parágrafo único - A lei posterior, que de
lei posterior deixa de considerar crime, cessando qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos
em virtude dela a execução e os efeitos penais da fatos anteriores, ainda que decididos por sentença
sentença condenatória. condenatória transitada em julgado.

CF/88, Art.5º, XL - a lei penal não retroagirá, salvo


para beneficiar o réu;
OBS: O Abolitio criminis refere-se à supressão da conduta criminosa nos aspectos formal e material.

Gabarito: Errado.
(CESPE/PRF/2019)
81) O art. 1.º do Código Penal brasileiro dispõe que “não há crime sem lei anterior que o defina. Não há
pena sem prévia cominação legal”.
Considerando esse dispositivo legal, bem como os princípios e as repercussões jurídicas dele
decorrentes, julgue o item que se segue.
A norma penal deve ser instituída por lei em sentido estrito, razão por que é proibida, em caráter absoluto, a
analogia no direito penal, seja para criar tipo penal incriminador, seja para fundamentar ou alterar a pena.
Comentário:

Analogia
- Analogia é uma forma de autointegração da norma penal para suprir as lacunas porventura existentes.
- É possível sua aplicação apenas in bonan partem (A favor do réu) no direito penal.
- Não é considerada uma fonte do direito penal e sim uma forma de integração.
- É uma modalidade legal, mas não jurídica.
- Não se confunde com a Interpretação Extensiva.

Gabarito: Errado.
(CESPE/PRF/2019)
82) O art. 1.º do Código Penal brasileiro dispõe que “não há crime sem lei anterior que o defina. Não há
pena sem prévia cominação legal”.
Considerando esse dispositivo legal, bem como os princípios e as repercussões jurídicas dele
decorrentes, julgue o item que se segue.
O presidente da República, em caso de extrema relevância e urgência, pode editar medida provisória para agravar
a pena de determinado crime, desde que a aplicação da pena agravada ocorra somente após a aprovação da
medida pelo Congresso Nacional.
Comentário:

Princípio da Reserva Legal


- Apenas a lei em sentido estrito pode definir crime e estabelecer penas. As leis não podem ser vagas,
pois este princípio tem a finalidade de proteger a segurança jurídica das pessoas.
É possível medida provisória tratar sobre matéria de direito penal?
* 1º Corrente: Não, pois a CF/88 veda.

* 2º Corrente: O STF entende que pode, no caso de matéria favorável ao réu. (Prevalece essa corrente).

Gabarito: Errado.
(INSTITUTO AOCP/PC-ES/2019)
83) O Direito Penal brasileiro considera como momento do cometimento do crime
A) desde o seu planejamento.
B) quando atingido o resultado pretendido.
C) o momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado.
D) quando chega ao conhecimento das autoridades competentes.
E) o momento do cometimento do crime é irrelevante para o Direito Penal.
Comentário:

CP/40. Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o
momento do resultado. (Tempo do Crime);

Tempo do Crime
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- É dividido em Três teorias explicando quando ocorre a prática do crime:


* Teoria da Atividade; (CP ADOTA)
* Teoria do Resultado;
* Teoria da Ubiquidade ou Mista.
Teoria da Atividade
O crime é considerado praticado no momento da sua ação ou omissão, sem a importância do momento
do resultado. (ADOTADO PELO CP)
CP/40. Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o
momento do resultado. (Tempo do Crime);
Teoria do Resultado
O crime é considerado praticado no momento do resultado, não levando em consideração o momento da
ação ou omissão.
Teoria da Ubiquidade ou Mista
O crime é considerado praticado tanto no momento do resultado ou no da ação ou omissão.

Gabarito: Letra C.
(INSTITUTO AOCP/PC-ES/2019)
84) No Direito Penal brasileiro, é considerado o lugar do crime, tanto o lugar em que ocorreu a ação ou
omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado (art. 6º do
Código Penal). A junção dessas hipóteses é chamada de teoria da
A) ubiquidade.
B) territorialidade.
C) extraterritorialidade.
D) causalidade.
E) funcionalidade.
Comentário:

Lugar do crime

Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem
como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.

Lugar do Crime
- Possui três teorias:
* Teoria da Atividade;
* Teoria do Resultado;
* Teoria Mista ou da Ubiquidade. (CP ADOTA - REGRA)
Teoria da Atividade
O local do crime é considerado aquele em que a conduta foi praticada;
Teoria do Resultado
O local do crime é o local onde ocorre a consumação do crime, independentemente de onde foi
praticada a conduta;
Teoria Mista ou da Ubiquidade
O local do crime pode ser tanto o lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem
como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado; (ADOTADA PELO CP)

Gabarito: Letra A.
(INSTITUTO AOCP/PC-ES/2019)
85) O art. 1º do Código Penal afirma que não há crime sem lei anterior que o defina e que não há pena sem
prévia cominação legal. O mencionado dispositivo corresponde a qual princípio de direito penal?
A) Princípio da legalidade.
B) Princípio da proibição de pena indigna.
C) Princípio da proporcionalidade
D) Princípio da igualdade.
E) Princípio da austeridade.
Comentário:

Princípio da Legalidade
- CF/88, Art. 5º, XXXIX - não há· crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação
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legal;
- CP/40, Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal.
- O princípio da legalidade compreende a obediência às formas e aos procedimentos exigidos na
criação da lei penal e, principalmente, na elaboração de seu conteúdo normativo.
Conforme GRECO¹, o Princípio da Legalidade tem como funções proibir:
* Retroatividade da lei penal;
* A criação de crimes e penas pelos costumes;
* O emprego de analogia para criar crimes, fundamentar ou agravar penas;
* Incriminações vagas e indeterminadas.

Gabarito: Letra A.
(INSTITUTO AOCP/PC-ES/2019)
86) Segundo dispõe o artigo 7º, inciso I, do Código Penal, fica sujeito à lei brasileira, embora cometido no
estrangeiro, o crime
A) de genocídio, ainda que o agente seja estrangeiro e não resida no Brasil.
B) contra o patrimônio do Presidente da República.
C) contra a liberdade de Ministro das Relações Exteriores.
D) contra o patrimônio de fundação instituída pelo Poder Público.
E) contra a vida de empregado de Sociedade de Economia Mista.
Comentário:

Letra A: Errada.

CP/40. Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:

I - os crimes:

d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil; (Personalidade Ativa –


Extraterritorialidade Incondicionada)

Letra B/C/E: Erradas.

CP/40. Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: (Princípio da Proteção)

I - os crimes:

a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República;

Letra D: Correta.

CP/40. Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: (Princípio da Proteção)

I - os crimes:

b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de


empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público;

Gabarito: Letra D.
(INSTITUTO AOCP/PC-ES/2019)
87) De acordo com o Código Penal, assinale a alternativa correta.
A) Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a
execução, mas não os efeitos penais da sentença condenatória
B) A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, exceto se decididos
por sentença condenatória transitada em julgado.
C) Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves
brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as
aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente,
no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar.
D) Considera-se praticado o crime no momento em que o agente atinge o resultado pretendido.

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E) Em nenhuma situação, a lei brasileira pode ser aplicada aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou
embarcações estrangeiras de propriedade privada.
Comentário:

Letra A: Errada.

Lei penal no tempo

CP/40. Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em
virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória.

Letra B: Errada.

CP/40. Art. 2º Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos
anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado.

Letra C: Correta.

CP/40. Art. 5º § 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações
e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem,
bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem,
respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar.

Letra D: Errada.

Tempo do crime

CP/40. Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o
momento do resultado.

Letra E: Errada.

CP/40. Art. 5º § 2º - É também aplicável à lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou
embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou
em voo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil.

Gabarito: Letra C.
(INSTITUTO AOCP/PC-ES/2019)
88) A extraterritorialidade presente no art. 7º do Código Penal se divide em condicionada e incondicionada.
Na extraterritorialidade incondicionada, aplica-se a lei nacional a determinados crimes cometidos fora do
território, independentemente de qualquer condição, ainda que o acusado seja absolvido ou condenado no
estrangeiro, EXCETO
A) quando o crime for contra a vida ou a liberdade do Presidente da República.
B) quando o crime for contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de
Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder
Público.
C) no caso de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil.
D) quando, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir o crime praticado.
E) quando o crime for contra a administração pública, por quem está a seu serviço.
Comentário:

A lei penal brasileira é aplicável ao crime cometido por brasileiro no exterior. A depender do caso, considera-
se a Extraterritorialidade Incondicionada, ou seja, basta ter ocorrido o crime, sem mais nenhuma condição;
ou a Extraterritorialidade condicionada, ou seja, deve existir uma série de condições para ser considerado
crime;

CP/40. Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:

I - os crimes:

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a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República; (Princípio da Proteção) LETRA A

b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de


empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público; (Princípio
da Proteção) LETRA B

c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço; (Princípio da Proteção) LETRA E

d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil; (Princípio do Domicílio) LETRA C

Gabarito: Letra D.
(INSTITUTO Acesso/PC-ES/2019)
89) “Chamamos de extra-atividade a capacidade que tem a lei penal de se movimentar no tempo regulando
fatos ocorridos durante sua vigência, mesmo depois de ter sido revogada, ou de retroagir no tempo, a fim
de regular situações ocorridas anteriormente à sua vigência”. (GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal:
parte geral. vol. 1. 17. ed. Rio de Janeiro: Impetus, 2015, p.159). Segundo esse autor a extra-atividade é
gênero do qual seriam espécies a ultra-atividade e a retroatividade.
Leia as afirmativas a seguir e marque a alternativa correta:
A) A garantia penal positivada na Constituição Federal brasileira (1988) promove a retroatividade da lei penal mais
benéfica quando o condenado, por uma conduta típica, apresenta residência fixa, após cometimento do ilícito
penal.
B) A lei penal possui ultra-atividade, nos casos em que, mesmo após sua revogação por lei mais gravosa, continua
sendo válida em relação aos efeitos penais mais brandos da lei que era vigente no momento da prática delitiva.
C) A aplicação da irretroatividade em direito penal funciona como garantia legal do ius puniendi que pretende
auferir a punição mais gravosa ao condenado.
D) A ultra-atividade da lei penal funciona como mecanismo de endurecimento da norma penal, ao passo que
funciona como técnica de resolução de conflito para aplicação de um direito penal punitivo.
E) A figura da ultra-atividade da norma penal realiza o objetivo de garantir a condenação do réu pela norma penal
vigente na prática da conduta delitiva, com o principal objetivo de promover a segurança jurídica em âmbito penal.
Comentário:

Extra-atividade
É o gênero que se divide em duas espécies:

* Ultratividade;

* Retroatividade.
Ultratividade Retroatividade
Lei penal que continua aplicando seus efeitos, Lei penal que retroage no tempo, antes mesmo de
mesmo já revogada, em relação aos fatos ocorridos sua entrada em vigor, para ser aplicada.
durante sua vigência. (Leis Excepcionais ou
Temporárias). Sendo a lei penal mais benigna, aplica-se a extra-
atividade, especificamente, a retroatividade para
beneficiar o réu.

Leis Intermitentes
Divide-se em:
* Leis Excepcionais;

* Leis Temporárias.
Leis Excepcionais Leis Temporárias
Leis produzidas para vigorar em determinada Leis editadas que têm vigência em certo período
situação; sendo a sua revogação automática ao termo de
sua vigência;
No caso de Leis Intermitentes (Leis Excepcionais e Temporárias), a pessoa que cometeu o delito, em
sua vigência, responderá, mesmo após o término do prazo da norma.
São hipóteses de ultratividade maléfica.
Sendo criada, após o término das leis intermitentes, lei abolitiva revogando o crime previsto na lei
temporária, estas não mais produziram efeitos.

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Gabarito: Letra B.
(INSTITUTO Acesso/PC-ES/2019)
90) João Carlos, 30 anos, brasileiro, com residência transitória na Argentina, aproveitando-se da aquisição
de material descartado por uma indústria gráfica falida, passou a fabricar moeda brasileira em território
argentino. Para garantir a diversidade da moeda falsificada, João imprimia notas de 50 e de 100 reais. Ao
entrar em território brasileiro João foi revistado por policiais que encontraram as notas falsificadas em
meio a sua bagagem. João foi acusado da prática do crime previsto no artigo 289 do Código Penal.
De acordo com as teorias que informam a aplicação da lei penal brasileira no espaço, é correto dizer que,
nesse caso, cabe a aplicação
A) da lei argentina, em atenção à regra da territorialidade, uma vez que o crime fora praticado na Argentina.
B) incondicionada da lei brasileira, uma vez que o crime cometido atenta contra a fé pública.
C) condicionada da lei brasileira, pelo fato de a conduta ter sido cometida em território argentino.
D) condicionada da lei brasileira, já que a conduta integra dois ordenamentos jurídicos.
E) da lógica da extraterritorialidade, já que o fato ocorreu em território argentino.
Comentário:

TÍTULO X
DOS CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA

Moeda Falsa

Art. 289 - Falsificar, fabricando-a ou alterando-a, moeda metálica ou papel-moeda de curso legal no país ou no
estrangeiro:

Pena - reclusão, de três a doze anos, e multa.

Princípio da Defesa ou da Proteção


- A lei penal é aplicada nos casos em que os crimes cometidos afetem os bens jurídicos nacionais,
qualquer que seja o lugar ou agente.
- Considera-se uma Extraterritorialidade Incondicionada, ou seja, basta ter ocorrido o crime, sem mais
nenhuma condição;
CP/40. Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: (Princípio da Proteção)

I - os crimes:

b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município,


de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público;

§ 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou
condenado no estrangeiro.

Gabarito: Letra B.
(INSTITUTO Acesso/PC-ES/2019)
91) Tício, morador do Rio de Janeiro, começou a namorar Gabriela, uma jovem moradora da cidade de São
Paulo. Com o passar do tempo e os efeitos da distância, Tício, motivado por ciúmes, resolveu tirar a vida
de Gabriela. Pôs-se então a planejar a prática do crime em sua casa, no Rio de Janeiro, tendo adquirido
uma faca, instrumento com o qual planejou executar o crime. No dia em que seguiu para São Paulo para
encontrar Gabriela, que lhe o esperava na rodoviária, Tício combinou com a jovem uma viagem a passeio
para o Espírito Santo. Ao ingressarem no ônibus que os levaria de São Paulo para o Espírito Santo, Tício
afirmou para Gabriela que iria matá-la. Todavia, dada a calma de Tício, a jovem achou que se tratava de
uma brincadeira. Durante o trajeto, Tício, ofereceu a ela uma bebida contendo substância que causava a
perda dos sentidos. Após Gabriela beber e dormir, sob efeito da substância, enquanto passavam pela BR-
101, no Rio de Janeiro, Tício passou a desferir golpes com a faca no peito da jovem. Quando chegou ao
destino, Tício se entregou para polícia, e Gabriela, embora tenha sido socorrida, veio a óbito ao chegar ao
Hospital.
O crime descrito no texto foi praticado, de acordo com a lei penal, no momento
A) da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. Trata-se, portanto, do momento em que
Tício desferiu os golpes em Gabriela.

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B) em que o agente se prepara para a promoção da conduta criminosa. Ou seja, trata-se do momento em que
Tício planejou e adquiriu as ferramentas necessárias ao cometimento do crime.
C) em que a autoridade policial toma conhecimento do crime. Ou seja, quando Tício se entregou para a polícia.
D) em que é alcançada a consumação do crime. Trata-se, portanto, do momento da morte de Gabriela, que
ocorreu no hospital.
E) da ação ou omissão, se este for concomitante ao resultado. Não sendo possível determiná-lo, no presente
caso, em razão da separação temporal entre a conduta e o resultado.
Comentário:

Tempo do crime

CP/40. Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o
momento do resultado.

Gabarito: Letra A.
(IBFC/SAEB/2020)
92) A entrada em vigor da nova Lei de Drogas,revogando a anterior, fez com que o crime de porte de
drogas para consumo pessoal deixasse de prever a aplicação de pena privativa de liberdade, passando a
adotar as seguintes como sanções: advertência sobre os efeitos das drogas; prestação de serviços à
comunidade e medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. Nesse sentido, no
que tange à pena aplicável ao autor do citado delito, é correto afirmar que a nova lei de drogas constitui
um exemplo de:
A) novatio legis não incriminadora
B) abolito criminis
C) novatio legis in pejus
D) novatio legis in mellius
E) lei intermediária
Comentário:

Princípio da Retroatividade Benéfica


Divide-se em duas espécies:
* Abolitio Criminis;

* Novatio Legis in Mellius.


Abolitio Criminis Novatio Legis in Mellius
- Ocorre quando um fato deixa de ser crime depois Ocorre quando uma lei posterior traz uma situação
que uma lei penal que incrimina acaba sendo mais benéfica ao réu, após a revogação de lei
revogada; no entanto, os efeitos extrapenais anterior;
continuam existindo.
CP. Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que CP. Art. 2º Parágrafo único - A lei posterior, que de
lei posterior deixa de considerar crime, cessando qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos
em virtude dela a execução e os efeitos penais da fatos anteriores, ainda que decididos por sentença
sentença condenatória. condenatória transitada em julgado.

CF/88, Art.5º, XL - a lei penal não retroagirá, salvo


para beneficiar o réu;
OBS: O Abolitio criminis refere-se à supressão da conduta criminosa nos aspectos formal e material.

Lax Gravior - Novatio legis in pejus


- A nova lei não inova a natureza criminosa do fato, criando apenas uma situação com uma maior
gravidade ao crime cometido pelo réu. Com isso basta que a lei traga algum prejuízo ao réu.
- A lei produzirá seus efeitos apenas com a sua vigência, não alcançando fatos passados;

Novatio legis incriminadora


Ocorre quando um fato não era considerado crime, no entanto, cria-se uma lei penal para tipificá-lo.

Gabarito: Letra D.
(CESPE/TJ-PA/2020)

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93) Com relação ao tempo e ao lugar do crime, o Código Penal brasileiro adotou, respectivamente, as
teorias do(a)
A) resultado e da ação
B) consumação e do resultado.
C) atividade e da ubiquidade.
D) ubiquidade e da atividade.
E) ação e da consumação.
Comentário:

Tempo do Crime
- É dividido em Três teorias explicando quando ocorre a prática do crime:
* Teoria da Atividade; (CP ADOTA)
* Teoria do Resultado;
* Teoria da Ubiquidade ou Mista.
Teoria da Atividade
O crime é considerado praticado no momento de sua ação ou omissão, sem a importância do momento
do resultado. (ADOTADO PELO CP)

Lugar do Crime
- Possui três teorias:
* Teoria da Atividade;
* Teoria do Resultado;
* Teoria Mista ou da Ubiquidade. (CP ADOTA - REGRA)
Teoria Mista ou da Ubiquidade
O local do crime pode ser tanto o lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem
como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado; (ADOTADA PELO CP)
Regra Aplicação da Teoria da Ubiquidade aos crimes em geral.
- Crimes Conexos: Teoria da Atividade;

- Crimes Plurilocais: Teoria do Resultado; (CPP Adota)

- Crimes Contra a Vida: Teoria da Atividade;

- Atos infracionais: Teoria da atividade;


Exceções
- Crimes Falimentares: Onde foi decretada a falência, concedida recuperação judicial ou
homologado o plano de recuperação extrajudicial.

- Crimes Militares Comissivos: Teoria da Ubiquidade;

- Crimes Militares Omissivos: Teoria da atividade;

- Infrações Penais de Menor Potencial Ofensivo: Teoria da Atividade;

Gabarito: Letra C.
(IBFC/EBSERH/2020)
94) A delimitação da extensão territorial de determinado Estado é de extrema importância para a aplicação
das normas, inclusive as normas penais. Sobre a lei penal no espaço, assinale a alternativa incorreta.
A) Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime
cometido no território nacional.
B) Aplica-se a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de
propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em vôo no espaço aéreo
correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil.
C) Os casos de extraterritorialidade incondicional referem-se apenas a crimes de genocídio, quando o agente for
brasileiro ou domiciliado no Brasil.
D) Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves
brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as
aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente,
no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar.

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E) Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro, os crimes praticados por brasileiro.
Comentário:

Letra A: Correta.

CP/40. Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito
internacional (Exceção), ao crime cometido no território nacional (Regra). (Territorialidade Mitigada).

Letra B: Correta.

CP/40. Art. 5º § 2º - É também aplicável à lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou
embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou
em voo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil.

Letra C: Errada.

Extraterritorialidade
Condicionada Incondicionada
Crimes: Crimes:

a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da


obrigou a reprimir; (Princípio da Justiça República; (Princípio da Proteção)
Universal)
b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do
b) praticados por brasileiro; Distrito Federal, de Estado, de Território, de
Município, de empresa pública, sociedade de
c) praticados em aeronaves ou embarcações economia mista, autarquia ou fundação instituída
brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, pelo Poder Público; (Princípio da Proteção)
quando em território estrangeiro e aí não sejam
julgados. c) contra a administração pública, por quem está
a seu serviço; (Princípio da Proteção)

d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou


domiciliado no Brasil; (Princípio do Domicílio)

Letra D: Correta.

CP/40. Art. 5º. § 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações
e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem,
bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem,
respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar.

Letra E: Correta.

CP/40. Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:

II - os crimes:

b) praticados por brasileiro; (Personalidade Ativa – Extraterritorialidade condicionada)

Gabarito: Letra C.
(VUNESP/EBSERH/2020)
95) Ficam sujeitos à lei brasileira, sem a necessidade do concurso de nenhuma condição, os seguintes
crimes cometidos no estrangeiro:
A) praticados por brasileiro.
B) aqueles que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir.
C) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil.
D) praticados em aeronaves brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e
aí não sejam julgados.

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E) praticados em embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro


e aí não sejam julgados.
Comentário:

Extraterritorialidade
Condicionada Incondicionada
Crimes: Crimes:

a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da


obrigou a reprimir; (Princípio da Justiça República; (Princípio da Proteção)
Universal)
b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do
b) praticados por brasileiro; Distrito Federal, de Estado, de Território, de
Município, de empresa pública, sociedade de
c) praticados em aeronaves ou embarcações economia mista, autarquia ou fundação instituída
brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, pelo Poder Público; (Princípio da Proteção)
quando em território estrangeiro e aí não sejam
julgados. c) contra a administração pública, por quem está
a seu serviço; (Princípio da Proteção)

d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou


domiciliado no Brasil; (Princípio do Domicílio)

Gabarito: Letra C.
(CESPE/PC-DF/2021)
97) No que diz respeito à aplicação do Direito Penal, julgue o próximo item.
Ocorre abolitio criminis quando o tipo penal é revogado por outra norma, e a norma revogadora desloca o caráter
criminoso do fato para outro tipo penal recém-criado.
Comentário:

Abolitio Criminis Novatio Legis in Mellius


- Ocorre quando um fato deixa de ser crime depois Ocorre quando uma lei posterior traz uma situação
que uma lei penal que incrimina acaba sendo mais benéfica ao réu, após a revogação de lei
revogada; no entanto, os efeitos extrapenais anterior;
continuam existindo.
CP. Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que CP. Art. 2º Parágrafo único - A lei posterior, que de
lei posterior deixa de considerar crime, cessando qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos
em virtude dela a execução e os efeitos penais da fatos anteriores, ainda que decididos por sentença
sentença condenatória. condenatória transitada em julgado.

CF/88, Art.5º, XL - a lei penal não retroagirá, salvo


para beneficiar o réu;
OBS: O Abolitio criminis refere-se à supressão da conduta criminosa nos aspectos formal e material.

Quando o tipo penal é revogado por outra norma, e a norma revogadora desloca o caráter criminoso do fato para
outro tipo penal recém-criado, houve a continuidade normativo-típica.

Gabarito: Errado.
(CESPE/PC-DF/2021)
98) No que diz respeito à aplicação do Direito Penal, julgue o próximo item.
A competência para julgar crimes ocorridos dentro de embaixadas estrangeiras situadas em Brasília é, em
princípio, da justiça brasileira.
Comentário:

As embaixadas estrangeiras não são consideradas território estrangeiro, aplicando-se a lei brasileira nos crimes
praticados no seu interior, salvo quando o autor for agente diplomático ou possua imunidade diplomática. (TJ-AM/
2013)

Competência para julgar invasão de consulado ou embaixada


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STJ STF
A competência é da Justiça ESTADUAL A competência é da Justiça FEDERAL
Fonte: Dizer o Direito

Gabarito: Certo.
(CESPE/DEPEN/2021)
99) A respeito da aplicação da lei penal, julgue o item a seguir.
Lei posterior que deixe de considerar crime determinado fato faz cessarem tanto os efeitos penais quanto os
efeitos cíveis de eventual sentença condenatória.
Comentário:

CP/40. Lei penal no tempo

Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude
dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória.

Gabarito: Errado.
(CESPE/TC-DF/2021)
100) Com relação a aspectos gerais do direito penal brasileiro, julgue o item a seguir.
A novatio legis in mellius se aplica aos fatos anteriores já decididos por sentença condenatória transitada em
julgado, sem violar a proteção constitucional à coisa julgada.
Comentário:

CP/40. Lei penal no tempo

Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em
virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória.

Gabarito: Certo.
(CESPE/TC-DF/2021)
101) No tocante à disciplina do direito penal, julgue o item a seguir.
Para a abolitio criminis, não basta a revogação formal da lei penal anterior, impondo-se, para a sua caracterização,
o fato de que o mesmo conteúdo normativo não tenha sido preservado nem deslocado para outro dispositivo legal.
Comentário:

CP. Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude
dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória.

Desta forma, ninguém pode ser PUNIDO por fato que lei posterior deixa de considerar crime, logo, deixando de
existir o crime (descriminalizando), impõe-se a EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE, ou seja, impõe o FIM DA
PUNIÇÃO.

Ressalta-se que a ABOLITIO CRIMINIS só ocorrerá se a conduta realmente deixar de ser crime.

Gabarito: Certo.
(INSTITUTO AOCP/PC-PA/2021)
102) Referente ao Direito Penal, assinale a alternativa correta.
A) A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente se a sua vigência é anterior à
cessação da continuidade ou da permanência.
B) Consoante a jurisprudência dos Tribunais Superiores, é possível a combinação de leis penais (lex tertia), desde
que se favorável ao réu.
C) Não há de se falar em abolitio criminis nas hipóteses em que, nada obstante à revogação formal do tipo penal,
o fato criminoso passa a ser disciplinado perante dispositivo legal diverso. Nesses casos, verifica-se a incidência
do princípio da consunção normativa.
D) Os prazos de natureza penal são improrrogáveis, salvo se terminarem em sábados, domingos ou feriados,
hipóteses em que serão prorrogados até o primeiro dia útil que se seguir.
E) Caracteriza-se o crime impossível por impropriedade absoluta do objeto quando o meio de execução utilizado
pelo agente é, por sua natureza ou essência, incapaz de produzir o resultado.
Comentário:
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Letra A: Correta.

STF/Súmula 711
A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à
cessação da continuidade ou da permanência.

Letra B: Errada.

STF/RE 600.817/MS
"[...] II – Não é possível a conjugação de partes mais benéficas das referidas normas, para criar-se uma
terceira lei, sob pena de violação aos princípios da legalidade e da separação de Poderes."

O STF adota a teoria da ponderação unitária, ou global, de modo a repelir a combinação de leis penais, em
homenagem aos princípios da reserva legal e da separação dos Poderes do Estado, sob o argumento de ser
vedada ao Poder Judiciário a criação de uma terceira pena.

Letra C: Errada.
De fato, não há falar em abolitio criminis nas hipóteses em que, nada obstante a revogação formal do tipo penal, o
fato criminoso passa a ser disciplinado perante dispositivo legal diverso.

Letra D: Errada.

Os prazos de natureza penal são improrrogáveis, mesmo que terminem em sábados, domingos ou feriados.
Sendo assim, se o prazo decadencial para o oferecimento de queixa-crime encerrar em um domingo, o titular do
direito de queixa ou de representação deverá exercê-lo até a sexta-feira anterior.

Letra E: Errada.

Dá-se a ineficácia absoluta quando o meio de execução utilizado pelo agente é, por sua natureza ou essência,
incapaz de produzir o resultado, por mais reiterado que seja seu emprego. Por sua vez, o objeto material é
absolutamente impróprio quando inexistente antes do início da prática da conduta ou ainda quando, nas
circunstâncias em que se encontra, torna impossível a sua consumação.

Gabarito: Letra A.
(INSTITUTO AOCP/PC-PA/2021)
103) André cumpre pena em estabelecimento prisional em razão de condenação transitada em julgado pela
prática do crime de peculato. Carlos, já condenado em primeira instância, responde em liberdade, em grau
de recurso, perante o Tribunal de Justiça do Pará, pela suposta prática do crime de peculato. Advém que
entrou em vigor nova lei penal que extirpou do ordenamento jurídico o crime de peculato, ocorrendo a
abolitio criminis. Considerando as situações hipotéticas narradas, assinale a alternativa correta.
A) A inovação legislativa não poderá beneficiar André e Carlos, haja vista que não estava em vigor na data dos
fatos.
B) A abolitio criminis beneficiará Carlos, mas não poderá ser aplicada a André, pois, nesse caso, já ocorreu o
trânsito em julgado da sentença penal condenatória.
C) A abolitio criminis beneficiará André e Carlos, cessando, em virtude dela, a execução e os efeitos penais e civis
da sentença penal condenatória.
D) A nova lei penal beneficiará André e Carlos e será aplicada, em ambos os casos, pelo juiz natural de 1º grau
competente no caso concreto.
E) A abolitio criminis beneficiará André e Carlos, sendo que, para este, será aplicada pelo Tribunal de Justiça do
Pará e, para aquele, tal mister compete ao Juízo das execuções.
Comentário:

STF/Súmula 611
Transitada em julgado a sentença condenatória, compete ao Juízo das execuções a aplicação de lei mais
benigna.

A abolitio criminis possui retroatividade automática, dispensando cláusula expressa e alcança inclusive os fatos já
definitivamente julgados. Além disso, alcança a execução e os efeitos penais da sentença condenatória, não

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servindo como pressuposto da reincidência, e também não configura maus antecedentes. No entanto, sobrevivem
os efeitos civis de eventual condenação, quais sejam, a obrigação de reparar o dano provocado pela infração
penal e constituição de título executivo judicial.

Gabarito: Letra E.
(FGV/SEFAZ-ES/2021)
104) Relativamente ao tema da aplicação da lei penal no tempo, analise as afirmativas a seguir.
I. A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à
cessação da continuidade ou da permanência.
II. Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela os
efeitos penais da sentença condenatória, incidindo o princípio da abolitio criminis aos crimes decorrentes de leis
penais excepcionais e temporárias.
III. A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos
por sentença condenatória transitada em julgado e já iniciada a execução da pena.
Está correto o que se afirma em
A) II, apenas.
B) I e II, apenas.
C) I e III, apenas.
D) II e III, apenas.
E) I, II e III.
Comentário:

I- (Correto)

STF/Súmula 711
Lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à
cessação da continuidade ou da permanência.

II- (Errado)

A lei penal excepcional e a lei penal temporária (CP, Art. 3º) possuem ultratividade, uma vez que se aplicam ao
fato praticado durante sua vigência, embora decorrido o período de sua duração (temporária) ou cessadas as
circunstâncias que a determinaram (excepcional).
Em outras palavras, ultratividade significa a aplicação da lei mesmo depois de revogada (não incide o princípio da
abolitio criminis).

Lei penal no tempo

Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em
virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória.
[...]

Lei excepcional ou temporária

Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as
circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência.

III- (Correto)

CP. Art. 2º. A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que
decididos por sentença condenatória transitada em julgado.

Gabarito: Letra C.
(IDECAN/PC-CE/2021)
105) Nos termos da lei, ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime. A
esse fenômeno, denomina-se abolitio criminis. Acerca do tema, assinale a alternativa correta.
A) A abolitio criminis descriminaliza conduta antes tipificada pela lei penal. Não se trata, contudo, de hipótese de
extinção de punibilidade, mas de novatio legis in mellius, que deve retroagir a todos.

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B) A abolitio criminis descriminaliza conduta antes tipificada pela lei penal. Tem como efeito a extinção de
punibilidade e retroage a todos, fazendo cessar os efeitos penais de eventual sentença condenatória. Os efeitos
civis, contudo, permanecem.
C) A abolitio criminis descriminaliza conduta antes tipificada pela lei penal. Como se trata de novatio legis in
mellius, faz cessar todos os efeitos, penais e civis, de eventual sentença condenatória.
D) Em hipótese de abolitio criminis, o indivíduo que porventura esteja cumprindo pena privativa de liberdade pelo
delito objeto da descriminalização da conduta, deverá ser imediatamente posto em liberdade. Todavia, perderá
sua primariedade.
E) Em hipótese de abolitio criminis, aquele que já cumpriu pena pelo delito objeto da descriminalização nada
poderá aproveitar, pois sua extinção de punibilidade já se deu pelo efetivo cumprimento de sua pena.
Comentário:

Abolitio Criminis
É a nova lei que exclui do âmbito do Direito Penal um fato até então considerado criminoso. Encontra
previsão legal no CP. Art. 2º. e tem natureza jurídica de causa de extinção da punibilidade (CP, Art. 107,
III).

A abolitio criminis e a novatio legis in mellius devem retroagir, por configurar nítido benefício ao réu. A
retroatividade é automática, dispensa cláusula expressa e alcança inclusive os fatos já definitivamente julgados.

Lei penal no tempo


Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em
virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória.

Gabarito: Letra B.
(INSTITUTO AOCP/ITEP-RN/2021)
106) Assinale a alternativa INCORRETA.
A) Conforme o princípio da anterioridade, o crime e a pena devem estar definidos em lei prévia ao fato cuja
punição se pretende.
B) É proibida a aplicação da lei penal, inclusive aos fatos praticados durante seu período de vacatio.
C) A abolitio criminis alcança a execução e os efeitos penais e civis da sentença condenatória.
D) A novatio legis in mellius, por configurar nítido benefício ao réu, deve retroagir.
E) A lei penal intermediária é simultaneamente dotada de retroatividade e de ultratividade.
Comentário:

Letra A: Correta.

O princípio da anterioridade decorre do art. 5º, inciso XXXIX, da Constituição Federal de 1988, e do art. 1º do
Código Penal, quando estabelecem que o crime e a pena devem estar definidos em lei prévia ao fato cuja punição
se pretende.

Letra B: Correta.

A lei penal produz efeitos a partir da data em que entra em vigor. Daí deriva a sua irretroatividade: não se aplica a
comportamentos pretéritos, salvo se beneficiar o réu (CF/88, art. 5º, inciso XL). É proibida a aplicação da lei penal
inclusive aos fatos praticados durante seu período de vacatio.

Embora já publicada e formalmente válida, a lei ainda não estará em vigor e não alcançará as condutas
praticadas em tal período.

Letra C: Errada.

Abolitio criminis é a nova lei que exclui do âmbito do Direito Penal um fato até então considerado criminoso. Além,
disso, alcança a execução e os efeitos penais da sentença condenatória, não servindo como pressuposto da
reincidência, e também não configura maus antecedentes.

No entanto, sobrevivem os efeitos civis de eventual condenação, quais sejam, a obrigação de reparar o
dano provocado pela infração penal e constituição de título executivo judicial.

Letra D: Correta.
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Nos termos do art. 5º, inciso XL, da CF/88, a abolitio criminis e a novatio legis in mellius devem retroagir, por
configurar nítido benefício ao réu.

Letra E: Correta.

É possível, em caso de sucessão de leis penais, a aplicação de uma lei intermediária mais favorável ao réu, ainda
que não seja a lei em vigor quando da prática da infração penal ou a lei vigente à época do julgamento. Em
síntese, a lei penal intermediária é simultaneamente dotada de retroatividade e de ultratividade.

Gabarito: Letra C.
(CESPE/PM-AL/2021)
107) No que se refere ao Código Penal e ao Decreto n.º 37.042/1996, o qual aprova o Regulamento
Disciplinar da Polícia Militar do Estado de Alagoas, julgue o item que se segue.
O trânsito em julgado da sentença penal condenatória é fator impeditivo para que lei posterior que favorece o
agente seja aplicada a fatos anteriores.
Comentário:

Nos termos do Art. 5º, XL, da CF/88, a abolitio criminis e a novatio legis in mellius devem retroagir, por
configurar nítido benefício ao réu. A retroatividade é automática, dispensa cláusula expressa e alcança
inclusive os fatos já definitivamente julgados.

Lei penal no tempo

CP, Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude
dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória.

Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores,
ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado.

Gabarito: Errado.
(INSTITUTO AOCP/PC-PA/2021)
108) Em determinado momento de escassez de água, em razão da ausência de chuvas, entrou em vigor
nova lei penal que tornou crime a conduta de lavar carros e/ou calçadas, enquanto perdurasse o período
de racionamento de água. Diante do caso hipotético exposto, é correto afirmar que a referida legislação é
um exemplo de lei penal
A) retroativa.
B) temporária.
C) excepcional.
D) Intermediária.
E) exculpante.
Comentário:

Lei Penal Excepcional Lei Penal Temporária


É a que se verifica quando a sua duração está É aquela que tem a sua vigência predeterminada
relacionada a situações de anormalidade, como no no tempo, isto é, o seu termo final é explicitamente
caso da lei penal que tornou crime a conduta de lavar previsto em data certa do calendário.
carros e/ou calçadas, enquanto perdurasse o período de
racionamento de água.

Lei excepcional ou temporária

CP, art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as
circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência.

Gabarito: Letra C.

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(IADES/PM-PA/2021)
109) No que diz respeito ao tempo do crime, é correto afirmar que o Código Penal brasileiro adotou,
expressamente, como regra, em sua parte geral, a denominada teoria
A) do resultado.
B) mista ou da ubiquidade.
C) da atividade.
D) da retroatividade da lei penal mais gravosa.
E) da vedação das leis penais temporárias ou excepcionais
Comentário:

Letra A: Errada

A teoria do resultado ou do evento reputa praticado o crime no momento em que ocorre a consumação. É
irrelevante a ocasião da conduta.

Letra B: Errada.

A teoria mista ou da ubiquidade busca conciliar as anteriores. Para ela, momento do crime tanto é o da conduta
como também o do resultado.

Letra C: Correta.
Pela teoria da atividade, adotada pelo Código Penal brasileiro (art. 4º), considera-se praticado o crime no
momento da conduta (ação ou omissão), pouco importando o momento do resultado.

Tempo do crime

CP. Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o
momento do resultado.

Letra D: Errada.

Pelo princípio da irretroatividade da lei penal, a lei penal não pode retroagir para prejudicar o réu, seja
criminalizando uma conduta que foi praticada quando não havia a proibição, seja para, de qualquer forma, agravar
a sua situação.

Letra E: Errada.

Lei penal temporária é aquela que tem a sua vigência predeterminada no tempo, isto é, o seu termo final é
explicitamente previsto em data certa do calendário. Por outro lado, lei penal excepcional, por outro lado, é a que
se verifica quando a sua duração está relacionada a situações de anormalidade.

Lei excepcional ou temporária

CP. Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as
circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência.

Gabarito: Letra C.
(VUNESP/CM-POTIM/2021)
110) No que concerne à lei penal no tempo, assinale a alternativa que contempla o entendimento sumulado
pelo Supremo Tribunal Federal (711).
A) A lei excepcional ou temporária, desde que decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias
que a determinaram, não se aplica ao fato praticado durante sua vigência.
B) Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a
execução da sentença condenatória, mas mantidos seus efeitos penais.
C) A lei penal posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, salvo se
decididos por sentença condenatória transitada em julgado.
D) A lei penal mais benéfica não se aplica ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é
posterior à cessação da continuidade ou da permanência.
E) A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à
cessação da continuidade ou da permanência.
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Comentário:

Letra A: Errada

A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a
determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência (CP, Art. 3º).

Lei excepcional ou temporária

Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as
circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência.

Letra B: Errada.

Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a
execução e os efeitos penais da sentença condenatória (CP, art. 2º, caput).

Lei penal no tempo

Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a
execução e os efeitos penais da sentença condenatória..

Letra C: Errada.

A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por
sentença condenatória transitada em julgado.

CP. Art. 2º. A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que
decididos por sentença condenatória transitada em julgado.

Letra D: Errada.

Vide comentário da leta E.

Letra E: Correta.

De acordo com a súmula 711 do STF.

STF/Súmula 711
A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à
cessação da continuidade ou da permanência.

Gabarito: Letra E.
(CESPE/PC-DF/2021)
111) No que diz respeito à aplicação do Direito Penal, julgue o item a seguir.
O dia da prisão do indiciado não é computado para o cálculo da pena, uma vez que as frações de dia devem ser
desprezadas.
Comentário:

No Direito Penal, inclui-se no cômputo do prazo o dia do começo (CP, art. 10). Logo, o dia em que tiver início a
prática de determinado ato deve ser descontado do período total. Qualquer que seja a fração do dia do começo,
deve ser computada integralmente, como um dia inteiro.

Isso porque, como diz o Código Penal, o dia do começo inclui-se no cômputo do prazo.

Prazo Penal O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo


(CP. Art.10)
Prazo Processual Não se computará no prazo o dia do começo,
(CPP/41. Art. 798, §1º) incluindo-se, porém, o do vencimento.

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Contagem de prazo

Art. 10 - O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário
comum.

Gabarito: Errado.
(IDECAN/PC-CE/2021)
112) Considere que em determinada situação o prazo decadencial de seis meses para oferecimento de
queixa-crime comece a correr em 8/1/2021, uma sexta-feira. Considere também que, em outra situação, o
prazo da prescrição da pretensão executória de determinado delito seja de três anos e comece a correr em
19/7/2018 (quinta-feira), estando o condenado foragido.
Nessa hipótese, assinale a alternativa correta.
A) Na primeira situação, a queixa-crime deverá ser oferecida até o dia 7/7/2021 (quarta-feira), sob pena de
decadência, e, na segunda situação, o condenado poderá ser capturado até o dia 19/7/2021 (segunda-feira) para
começar a cumprir a pena.
B) Na primeira situação, a queixa-crime poderá ser oferecida até o dia 8/7/2021 (quinta-feira), e, na segunda
situação, o condenado poderá ser capturado até o dia 19/7/2021 (segunda-feira) para começar a cumprir a pena.
C) Na primeira situação, a queixa-crime deverá ser oferecida até o dia 12/7/2021 (segunda-feira), sob pena de
decadência, e, na segunda situação, o condenado poderá ser capturado até o dia 20/7/2021 (terça-feira) para
começar a cumprir a pena.
D) Na primeira situação, a queixa-crime poderá ser oferecida até o dia 7/7/2021 (quarta-feira), e, na segunda
situação, o condenado poderá ser capturado até o dia 18/7/2021 (domingo) para começar a cumprir a pena.
E) Na primeira situação, a queixa-crime deverá ser oferecida até o dia 12/7/2021 (segunda-feira), sob pena de
decadência, e, na segunda situação, o condenado poderá ser capturado até o dia 19/7/2021 (segunda-feira) para
começar a cumprir a pena.
Comentário:

Como a decadência é causa extintiva da punibilidade, trata-se de prazo de natureza material, fatal e
improrrogável, a ser contado nos termos do Art. 10 do CP. Considera-se mês o período de tempo contado do dia
do início até às 24 horas do dia correspondente ao imediatamente anterior do mês subsequente.
Portanto, na primeira situação, o prazo decadencial de 6 (seis) meses para oferecimento de queixa-crime que
comece a correr em 8/1/2021, uma sexta-feira, terminará dia 7/7/2021 (não esquecer que depois da operação
deve-se diminuir sempre um dia, já que, pela regra, o dia do começo deve ser computado).

Já na segunda situação, aplica-se a mesma regra prevista no art. 10 do CP, isto é, o prazo da prescrição da
pretensão executória de determinado delito que seja de 3 (três) anos e que comece a correr em 19/7/2018 (quinta-
feira), terminará dia 18/7/2021 (não esquecer que depois da operação deve-se diminuir sempre um dia, uma vez
que, pela regra, o dia do começo deve ser computado).

"[...] Para facilitar os cálculos em provas, é importante observar a seguinte regra: deve ser considerada na
operação, sempre, a diminuição de um dia, em razão de ser computado o dia do começo. Dessa forma, se a
pena é de um ano, e teve início em 10 de outubro de determinado ano, estará integralmente cumprida no dia
9 de outubro do ano seguinte." (Direito Penal: parte geral (arts. 1º a 120) – vol. 1 / Cleber Masson. – 13. ed. –
Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2019).

Contagem de prazo

Art. 10 - O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário
comum.

Gabarito: Letra D.
(IADES/PM-PA/2021)
113) Certa pessoa, com inequívoca intenção de subtrair o patrimônio alheio, ingressou na residência
vizinha, sem o consentimento do respectivo proprietário, levando consigo um computador, avaliado em R$
3 mil e pertencente à vítima, que, no momento dos fatos, encontrava-se no local de trabalho. Em relação à
situação hipotética descrita, essa pessoa
A) deveria responder apenas pelo crime de violação de domicílio (art. 150 do Código Penal), em atenção ao
princípio da mínima ofensividade.
B) deveria responder apenas pelo crime de furto (art. 155 do Código Penal), em atenção ao princípio da
consunção.
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C) deveria responder pelos crimes de furto (art. 155 do Código Penal) e de violação de domicílio (art. 150 do
Código Penal), em concurso material.
D) deveria responder apenas pela contravenção penal de perturbação do trabalho ou do sossego alheios (art. 42
do Decreto-lei no 3.688/1941).
E) não deveria responder por crime nenhum, diante do princípio da insignificância.
Comentário:

Conflito Aparente de Normas


Principio da Consunção
“De acordo com o princípio da consunção, ou da absorção, o fato mais amplo e grave consome, absorve os
demais fatos menos amplos e graves, os quais atuam como meio normal de preparação ou execução
daquele, ou ainda como seu mero exaurimento.” (Direito Penal: parte geral (arts. 1º a 120) – vol. 1 / Cleber Masson. – 13.
ed. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2019).
Parafraseando com o exposto acima, o fato maior (salvo raras exceções) absorve, engole, o fato menor,
de modo que somente sobra a norma que o regula.
Obs: é imprescindível que tudo se desenvolva no mesmo contexto.

De acordo com o princípio da consunção, ou da absorção, o fato mais amplo e grave consome, absorve os demais
fatos menos amplos e graves, os quais atuam como meio normal de preparação ou execução daquele, ou ainda
como seu mero exaurimento, como no caso do delito de furto (CP, Art. 155) em casa habitada que absorve o
crime de violação de domicílio (CP, Art. 150).

Gabarito: Letra B.
(INSTITUTO AOCP/PC-PA/2021)
114) Em relação ao Direito Penal, assinale a alternativa correta.
A) A interpretação analógica consiste na aplicação, ao caso não previsto em lei, de lei reguladora de caso
semelhante.
B) A lei penal excepcional é aquela que tem o seu termo final explicitamente previsto em data certa do calendário.
É espécie de lei intermitente, sendo autorrevogável e dotada de ultratividade.
C) O princípio da consunção se concretiza em quatro situações: crime continuado, crime progressivo, progressão
criminosa e atos impuníveis.
D) Aos crimes conexos e aos crimes plurilocais, quanto ao lugar do crime, não se aplica a teoria da ubiquidade.
E) No tocante aos efeitos de sentença estrangeira condenatória para a caracterização da reincidência no Brasil, é
imprescindível a sua homologação pelo STJ, não bastando apenas a sua existência e eficácia no exterior.
Comentário:

Teoria Mista ou Ubiquidade


Lugar do crime é tanto aquele em que foi praticada a conduta (ação ou omissão) quanto aquele em que se
produziu ou deveria produzir-se o resultado.
Não se aplica nos seguintes casos:
Crimes conexos: São aqueles que de algum modo estão relacionados entre si. Não se aplica a teoria
da ubiquidade, eis que os diversos crimes não constituem unidade jurídica. Deve cada um deles, portanto,
ser processado e julgado no país em que foi cometido; e
Crimes plurilocais: São aqueles em que a conduta e o resultado ocorrem em comarcas diversas, mas
no mesmo país. Por exemplo: "A", em determinada cidade, e com a intenção de produzir lesões corporais
de natureza grave, efetua disparos de arma de fogo contra "B", o qual se encontra do lado oposto de uma
ponte que faz a divisa com outra cidade. Aplica-se a regra delineada pelo art. 70, caput, do Código de
Processo Penal, ou seja, a competência será determinada pelo lugar em que se consumar a infração ou, no
caso de tentativa, pelo local em que for praticado o último ato de execução.

Pela teoria mista ou da ubiquidade (adotada pelo Código Penal), lugar do crime é tanto aquele em que foi
praticada a conduta (ação ou omissão) quanto aquele em que se produziu ou deveria produzir-se o
resultado. Além disso, a discussão acerca do local do crime tem pertinência somente em relação aos crimes a
distância, também conhecidos como crimes de espaço máximo, isto é, aqueles em que a conduta é praticada em
um país e o resultado vem a ser produzido em outro. Não se trata, assim, de comarcas distintas. Exige-se a
pluralidade de países.

Gabarito: Letra D.
(CRS/PM-MG/2021)

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115) No que diz respeito às normativas referentes ao crime, segundo o Decreto-Lei nº 2848/1940, que
institui o Código Penal Brasileiro, marque a alternativa CORRETA:
A) Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como
onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.
B) A superveniência de causa relativamente independente não exclui a imputação quando, por si só, produziu o
resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou.
C) O crime tentado ocorre quando o agente, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução da ação
delituosa.
D) O resultado, de que depende a existência do crime, não é imputável a quem lhe deu causa.
Comentário:

Letra A: Correta.

Lugar do crime

CP. Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em
parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.

Letra B: Errada.

A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por si só, produziu o
resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou (CP, Art. 13, § 1º).

Superveniência de causa independente

CP. Art. 13. § 1º - A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por si
só, produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou.

Letra C: Errada.

Diz-se o crime tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade
do agente.

CP. Art. 14 - Diz-se o crime:

[...]

Tentativa

II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente.

[...]

Desistência voluntária e arrependimento eficaz

Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se
produza, só responde pelos atos já praticados.

Letra D: Errada.

O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa.

Relação de causalidade

CP. Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa.
Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido.

Gabarito: Letra A.

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