A alimentação é parte fundamental da manutenção da vida. O ato da alimentação não é
simplesmente a satisfação das necessidades fisiológicas e nutricionais, como atendimento à sobrevivência humana. É um ato complexo, uma atitude mais elevada do que apenas ingerir alimentos, sobretudo uma ação prazerosa, permitindo a conexão com os significados que envolvem herança cultural, memória afetiva e momentos de sociabilidade. As escolhas alimentares passam também por questões econômicas, sociais, culturais e políticas.
A alimentação, enquanto prática associada a diversas representações, nos permite
compreender como os diversos grupos imprimem constantemente ao mundo suas vontades, crenças e valores, sendo uma dimensão social extremamente importante. Comer proporciona uma relação de intimidade com o ser humano, pois há um investimento psicossocial no processo de escolha dos alimentos, que estão relacionadas às possibilidades de alimentos disponibilizados pelo meio e ao potencial técnico que possuem. A alimentação pode ser analisada sob várias perspectivas, ao mesmo tempo independentes e complementares: a perspectiva econômica; a perspectiva da nutrição; a perspectiva social; bem como a perspectiva cultural.
A valorização dos ativos culturais e naturais se apresenta como potencial para o
desenvolvimento local e redução das desigualdades encontradas no espaço rural. Assim, a gastronomia local, carregada de valores culturais e forte carga identitária tem se tornado uma fonte de estudos para o desenvolvimento territorial e valorização social.
Atualmente, os aspectos culturais da alimentação vêm ganhando visibilidade, o que nos
permite identificar a dimensão da cultura contida no modo como produzimos, consumimos e, distribuímos os alimentos. O ato de se alimentar é um ato simbólico, embora não podemos esquecer que comemos por necessidade fisiológica. Comemos em conformidade com a sociedade em que estamos inseridos, de acordo com a forma como ela se organiza, estrutura, produz e distribui os alimentos. Comemos de acordo com a distribuição de riqueza dentro da sociedade, de acordo com o grupo e classe de pertencimento, representações coletivas, crenças e tabus.
Temas de pesquisa relevantes:
Valorização dos patrimônios cultural e alimentar de territórios;
Gastronomia, turismo e a valorização dos patrimônios cultural e alimentar; Segurança alimentar e valorização dos patrimônios cultural e alimentar; Valorização de sistemas agrícolas e patrimônios cultural e alimentar; Inventario dos patrimônios alimentares no Brasil; Inventario de sistemas agrícolas no Brasil; Cultura alimentar e identidade nos territórios brasileiros.
Perspectiva Histórica e Cultural da Alimentação
1.1. Aspectos Históricos da Alimentação na Pré-Historia e Antiguidade
1.2. Humanização do Ato de se Alimentar
1.3. Modelos Alimentares e Identidades Culturais
1.4. Historia da Gastronomia
1.4. História da Alimentação no Brasil
1.5. História da Alimentação nas Minas Gerais
2. Alimentação e tempos modernos
2.1. A transformação do processo de consumo de alimentos
2.2. Industrialização dos Alimentos e das Refeições
2.3. Alimentação e Saúde – A Tônica do Século XXI
2.4. Costumes contemporâneos: o restaurante e a lanchonete, o fast e o slow food
2.5. Mídia e Alimentos
2.6. Padrões Culturais de Consumo Alimentar e Implantação de Novos Hábitos e Alimentos
Território e Tradição: as práticas de saúde entre agricultores de origem alemã de Vila Itoupava (SC) no contexto do desenvolvimento regional: o cuidado com a saúde
A MEDIAÇÃO COMO MEIO ALTERNATIVO NA BUSCA PELA JUSTIÇA, REALIZAÇÃO DA AUTONOMIA, CIDADANIA, DIREITOS HUMANOS E CONCRETIZAÇÃO DO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO Giovana Krüger Charlise P. Colet Gimenez