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Sistema Integrado de Ensino No Pará Trabalho 08-12-22
Sistema Integrado de Ensino No Pará Trabalho 08-12-22
Belém/Pa
2022
Andriele Barroso Andrade
Amanda Karina da Silva Carvalho
Amanda da Silva Araújo
Angelica melo da Silva
Ana Carolina Diniz
Fernando Claudio Vilar dos Santos
Marcilene de Sousa Costa
Belém/Pa
2022
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Sumário
INTRODUÇÃO.........................................................................................................................4
HISTÓRICO DA DOENÇA.....................................................................................................5
TIPOS DO CÂNCER DE CÓLO UTERINO........................................................................6
DIAGNÓSTICO........................................................................................................................6
Exames citológicos..................................................................................................................6
Classificação............................................................................................................................7
Método de identificação a doença através do DNA................................................................7
TRATAMENTO.......................................................................................................................8
Conização................................................................................................................................8
Histerectomia Simples.............................................................................................................8
Histerectomia Radical.............................................................................................................8
Radioterapia............................................................................................................................9
RECAÍDA..................................................................................................................................9
Grau de diferenciação..............................................................................................................9
Grau de invasão da espessura do colo de útero.....................................................................10
Invasão dos vasos ao redor do tumor....................................................................................10
Margens cirúrgicas................................................................................................................10
Invasão dos linfonodos da pelve...........................................................................................10
Tipo de célula (tipo histológico)...........................................................................................10
ESTATÍSTICAS ATUAIS SOBRE A PATOLOGIA.........................................................11
MÉTODOS PREVENÇÃO....................................................................................................12
Exame de Papanicolaou e Detecção De HPV.......................................................................12
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................13
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INTRODUÇÃO
Somente no final do século XVIII, o câncer começaria a ser reconhecido pelo “tumor
uterino” que progride e destrói os órgãos onde se instala. A difusão das características do
“tumor uterino” ser invasivo e progressivo e quase sempre levando a morte, o câncer passou a
ser temido e escondido trazendo consigo a autorejeição e uma morte precoce. Assim, pessoas
acometidas pela doença viam-se afastadas por seu grupo social e se viam como objeto de
procedimentos de descontaminação por parte desses grupos em seus espaços de
pertencimento, devido à crença do caráter contagioso até as duas primeiras décadas do século
XX (COLATINO, 2010).
Segundo CASARIN (2011), no Brasil, estima-se que o câncer de colo uterino seja a
terceira neoplasia maligna mais comum entre as mulheres, sendo apenas 10 superado pelo
câncer de pele (não melanoma), e pelo câncer de mama. Refere ainda que a evolução do
câncer do colo do útero, na maioria dos casos, se dá de forma lenta, passando por fases pré-
clínicas detectáveis e curáveis. Dentre todos os tipos de câncer, é o que apresenta um dos mais
altos potenciais de prevenção e cura. Seu pico de incidência situa-se entre mulheres de 40 aos
49 anos de idade, e apenas numa pequena porcentagem, naquelas com menos de 30 anos,
sendo que a faixa de idade para detecção precoce é dos 20 aos 29 anos, período que
corresponde ao pico de incidências das lesões precursoras da doença e antecede ao pico de
mortalidade pelo câncer.
COLATINO (2010) descreve o câncer de colo uterino como uma neoplasia maligna,
que ocorre no epitélio da cérvice uterina, proveniente de alterações celulares que vão
evoluindo de forma insignificante, terminando no carcinoma cervical invasor. Contudo, é
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válido salientar que, dentre todos os tipos de câncer, é o que apresenta um dos mais altos
potenciais de prevenção e cura, pois apresenta etapas bem definidas, longo período para
evolução das lesões precursoras e facilidade de detecção das alterações na fase inicial.
Diante deste contexto e necessário o planejamento das ações, e o traçar das metas,
mas redireciona estudos e projeto voltado não só ao tratamento como a prevenção, tendo em
vista que com os avanços da doença, e falta de campanhas e sensibilização, pois foi
classificado como o quarto tipo de câncer mais comum entre as mulheres, sendo responsável
pelo óbito de 265 mil mulheres por ano. As taxas de incidência estimada e de mortalidade no
Brasil apresentam valores intermediários em relação aos países em desenvolvimento, porém
são elevadas quando comparadas às de países desenvolvidos com programas de detecção
precoces bem estruturados (INCA, 2015, online).
A desinformação sobre a doença e, sobretudo das medidas de prevenção e controle,
que ainda perduram na sociedade nos dias atuais, constitui uma das principais barreiras para
se enfrentar mitos e tabus e prevenir a atual situação do câncer no Brasil e no mundo.
HISTÓRICO DA DOENÇA
O tumor uterino tem início como uma lesão pré-maligna, chamada neoplasia
intraepitelial cervical, sendo lesões causadas pelo HPV. De acordo com o grau
de comprometimento, são classificadas em graus 1, 2 e 3 (em ordem crescente de
agressividade). O último estágio das lesões pré-malignas é a neoplasia intraepitelial cervical
grau 3, previamente também chamada de carcinoma in situ (LIMA,2003).
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Figura 2- Graus de Lesão no colo Uterino. Fonte: Lesões uterinas (2019)
Nessa fase, as células malignas atingiram pelo menos dois terços da espessura do
epitélio cervical, porém ainda não têm a capacidade de invadir os tecidos e causar metástases,
por estarem limitadas por uma barreira natural do órgão, chamada membrana basal.
(COLATINO,2010). Quando o tumor consegue ultrapassar a membrana basal, pode
invadir progressivamente os tecidos vizinhos. Inicialmente as células malignas irão se infiltrar
superficialmente em direção à vagina e profundamente em direção às lâminas de tecido
conjuntivo que mantêm o útero fixo em sua posição na bacia: os paramétrios.
Existem diferentes tipos de câncer do colo uterino, dependendo do tipo de célula que
lhes dá origem:
Adenocarcinoma
É o segundo tipo mais comum, correspondente a cerca de 20% dos casos, e se origina
a partir das células da endocérvice. Também está associado a infecções pelo HPV.
Carcinoma adenoescamoso
É um terceiro tipo, mais raro e com características mistas dos dois tipos anteriores
DIAGNÓSTICO
Exames citológicos
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As manifestações clínicas vão desde sangramento vaginal anormal até dor pélvica
com edema de membro inferior e hidronefrose por doença avançada. A lesão inicial
geralmente é diagnosticada no exame citológico rotineiro. Pacientes com achados anormais
no exame citológico e que não tenham lesão cervical grosseira devem ser avaliadas por
colposcopia com biópsias direcionadas. Se não forem vistas anormalidades à colposcopia ou
se a JEC não for visualizada, procede-se a curetagem endocervical (ZIMMER, ROSA, 2007).
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citologia (Papanicolau) como base. Já na medicina privada nós já usamos essa nova
orientação para detectar a presença do HPV de forma antecipada”, ressalta.
TRATAMENTO
Conização
O cirurgião retira o canal do colo de útero, desde sua abertura na vagina até a parte
que penetra a extremidade inferior do útero. Para que a cirurgia seja considerada radical, todo
o material deve ser examinado pelo patologista, para confirmar se o tumor realmente era
microinvasor e se as margens cirúrgicas estão livres.
Histerectomia Simples
É importante mencionar que em mulheres não desejosas de futuras gravidezes é
possível realizar a remoção de todo o útero.
Histerectomia Radical
O tratamento tradicional para os tumores com mais de 7 mm, porém ainda
localizados no colo, consiste na remoção do colo e do corpo uterinos, acompanhada da
retirada da parte superior da vagina, dos tecidos e ao redor do colo (paramétrios) e dos
linfonodos no interior da bacia. A retirada dos ovários será necessária em alguns casos, mas
na maioria das vezes eles podem ser preservados. É uma cirurgia relativamente grande e pode
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apresentar algumas complicações transitórias, como retenção e incontinência urinária ou
obstipação intestinal. A preservação da vagina e da função ovariana auxilia a manter a libido e
a vida sexual.
Radioterapia
Nas pacientes que não desejam cirurgias mais amplas, ou naquelas com idade
avançada ou com problemas de saúde que contraindiquem a cirurgia, podemos optar pela
aplicação de radioterapia direcionada ao colo de útero, como alternativa, sem prejuízo do
resultado final. Existem duas formas de administrar radioterapia: externa e interna.
Na radioterapia externa, o equipamento libera os raios ao redor da bacia para que eles
atinjam o colo de útero e os tecidos ao seu redor. Para isso, são utilizados exames de
tomografia, que calculam o trajeto da radiação até o colo uterino, com prejuízo mínimo para
os órgãos sadios da bacia. O procedimento é indolor e dura cerca de 15 a 20 minutos
diariamente, de segunda a sexta-feira, no total aproximado de cinco semanas.
RECAÍDA
Determinadas características do tumor permitem avaliar sua agressividade e o risco
de recidiva da doença depois da cirurgia, segundo Cassarin e Picolii (2011), as recaídas
podem ser a partir das seguintes características:
Grau de diferenciação
Quando as células tumorais são muito semelhantes às normais, dizemos que são bem
diferenciadas (grau 1). Quando são mais indiferenciadas, são classificadas como grau 2, e
quando são muito indiferenciadas, como grau 3. Quanto menos a diferenciação das células
tumorais, maior a agressividade e a probabilidade de recidiva.
Grau de invasão da espessura do colo de útero
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Tumores que penetram a espessura do colo uterino têm acesso aos vasos linfáticos e
sanguíneos das camadas mais profundas e, por consequência, maior risco de se disseminar e
recidivar localmente.
Tabela 1- Características que podem trazer riscos a uma recaída
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A cada 100 mil mulheres, 49 têm câncer do colo do útero, aponta estudo A doença
causa a morte de 6 mil mulheres por ano, no Brasil. Especialistas alertam para a importância
do diagnóstico precoce.
MÉTODOS PREVENÇÃO
Mulheres devem fazer o exame do Papanicolau três anos após a primeira relação
sexual e anualmente a partir de então;
Mulheres que não tiveram relação sexual até os 18 anos devem fazer o exame do
Papanicolau aos 21 anos. Desse momento em diante, o exame do Papanicolau deve ser
feito anualmente;
Mulheres com idade a partir dos 30 anos, com três exames normais de Papanicolau,
podem repeti-lo a cada dois ou três anos, desde que não mudem de parceiro sexual;
Mulheres com idade a partir dos 70 anos, sem fatores de risco e com três exames
normais de Papanicolau podem interromper a periodicidade do exame;
Mulheres que se submeteram à retirada completa do útero por causas benignas podem
optar por não fazer o exame de Papanicolau.
Existem diversos procedimentos para eliminar lesões pré-malignas do colo antes que
se tornem invasoras: cauterização com bisturi elétrico, com laser, com nitrogênio líquido ou
através da retirada com bisturi. A estratégia preventiva mais importante, no entanto, para
prevenção da transmissão do HPV e de outras doenças sexualmente transmissíveis é a
diminuição do número de parceiros sexuais, acompanhada do uso adequado de preservativos.
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Atualmente existem três preparações disponíveis no mercado: Gardasil ®, Gardasil 9® e
Cervarix®. A limitação dessas vacinas é que elas não previnem todas as infecções pelo HPV,
assim como nem todos os cânceres do colo uterino são associados à infecção por esses vírus.
O ideal é que as meninas sejam vacinadas antes do início da vida sexual. O benefício
da vacinação em mulheres acima de 25 anos é mais questionável. A vacinação é feita através
de duas ou três injeções, a depender da idade no início da vacinação. Os efeitos colaterais são
limitados a um pouco de dor no local da aplicação da injeção.
Embora as vacinas protejam contra o câncer do colo uterino por impedir a infecção
por certos tipos de HPV, a proteção não é de 100%. Por isso, o exame do Papanicolau é
recomendável mesmo em mulheres vacinadas. Com O novo rastreamento da doença já
mencionado, deve ser realizado a cada cinco anos, a partir dos 30 anos de idade. Já no caso do
Papanicolau, a orientação é realizar anualmente.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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CASARIN, M. R.; PICCOLII, J. C. E. - Educação em Saúde para Prevenção do Câncer de
Colo do Utero em Mulheres do Município de Santo Ângelo/RS - Ciênc. Saúde Coletiva
vol.16 no.9 Rio de Janeiro set. 2011.
GUIMARÃES JAF, AQUINO PS, PINHEIRO AKB, MOURA JG REV RENE. 13(1):220-
30. Artigo de Revisão PESQUISA BRASILEIRA SOBRE PREVENÇÃO DO CÂNCER DE
COLO UTERINO: UMA REVISÃO INTEGRATIVA –
2012.http://marconipimenta.blogspot.com.br/2011/03/cancer-de-colo-do-utero-umpasso-
para.html. Acessado em 25 de março de 2019.
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