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SISTEMA INTEGRADO DE ENSINO NO PARÁ

DISCIPLINA DE METODOLOGIA ACADÊMICA

Andriele Barroso Andrade


Amanda Karina da Silva Carvalho
Amanda da Silva Araújo
Angelica melo da Silva
Ana Carolina Diniz
Fernando Claudio Vilar dos Santos
Marcilene de Sousa Costa

Câncer de colo de útero


Combate e prevenção do câncer

Belém/Pa
2022
Andriele Barroso Andrade
Amanda Karina da Silva Carvalho
Amanda da Silva Araújo
Angelica melo da Silva
Ana Carolina Diniz
Fernando Claudio Vilar dos Santos
Marcilene de Sousa Costa

Câncer de colo de útero


Combate e prevenção do Câncer no Colo Uterino

Trabalho apresentado ao curso de Técnico de


enfermagem do Sistema Integrado de Ensino no
Pará-SIEPA, como requisito parcial para
obtenção de nota, que irá compor a avaliação de
metodologia acadêmica

Orientado pela professora: Andréa Veloso

Belém/Pa
2022

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Sumário

INTRODUÇÃO.........................................................................................................................4
HISTÓRICO DA DOENÇA.....................................................................................................5
TIPOS DO CÂNCER DE CÓLO UTERINO........................................................................6
DIAGNÓSTICO........................................................................................................................6
Exames citológicos..................................................................................................................6
Classificação............................................................................................................................7
Método de identificação a doença através do DNA................................................................7
TRATAMENTO.......................................................................................................................8
Conização................................................................................................................................8
Histerectomia Simples.............................................................................................................8
Histerectomia Radical.............................................................................................................8
Radioterapia............................................................................................................................9
RECAÍDA..................................................................................................................................9
Grau de diferenciação..............................................................................................................9
Grau de invasão da espessura do colo de útero.....................................................................10
Invasão dos vasos ao redor do tumor....................................................................................10
Margens cirúrgicas................................................................................................................10
Invasão dos linfonodos da pelve...........................................................................................10
Tipo de célula (tipo histológico)...........................................................................................10
ESTATÍSTICAS ATUAIS SOBRE A PATOLOGIA.........................................................11
MÉTODOS PREVENÇÃO....................................................................................................12
Exame de Papanicolaou e Detecção De HPV.......................................................................12
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................13

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INTRODUÇÃO

Somente no final do século XVIII, o câncer começaria a ser reconhecido pelo “tumor
uterino” que progride e destrói os órgãos onde se instala. A difusão das características do
“tumor uterino” ser invasivo e progressivo e quase sempre levando a morte, o câncer passou a
ser temido e escondido trazendo consigo a autorejeição e uma morte precoce. Assim, pessoas
acometidas pela doença viam-se afastadas por seu grupo social e se viam como objeto de
procedimentos de descontaminação por parte desses grupos em seus espaços de
pertencimento, devido à crença do caráter contagioso até as duas primeiras décadas do século
XX (COLATINO, 2010).
Segundo CASARIN (2011), no Brasil, estima-se que o câncer de colo uterino seja a
terceira neoplasia maligna mais comum entre as mulheres, sendo apenas 10 superado pelo
câncer de pele (não melanoma), e pelo câncer de mama. Refere ainda que a evolução do
câncer do colo do útero, na maioria dos casos, se dá de forma lenta, passando por fases pré-
clínicas detectáveis e curáveis. Dentre todos os tipos de câncer, é o que apresenta um dos mais
altos potenciais de prevenção e cura. Seu pico de incidência situa-se entre mulheres de 40 aos
49 anos de idade, e apenas numa pequena porcentagem, naquelas com menos de 30 anos,
sendo que a faixa de idade para detecção precoce é dos 20 aos 29 anos, período que
corresponde ao pico de incidências das lesões precursoras da doença e antecede ao pico de
mortalidade pelo câncer.

Figura 1-Visão geral e localização da Estrutura de um Útero

COLATINO (2010) descreve o câncer de colo uterino como uma neoplasia maligna,
que ocorre no epitélio da cérvice uterina, proveniente de alterações celulares que vão
evoluindo de forma insignificante, terminando no carcinoma cervical invasor. Contudo, é
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válido salientar que, dentre todos os tipos de câncer, é o que apresenta um dos mais altos
potenciais de prevenção e cura, pois apresenta etapas bem definidas, longo período para
evolução das lesões precursoras e facilidade de detecção das alterações na fase inicial.
Diante deste contexto e necessário o planejamento das ações, e o traçar das metas,
mas redireciona estudos e projeto voltado não só ao tratamento como a prevenção, tendo em
vista que com os avanços da doença, e falta de campanhas e sensibilização, pois foi
classificado como o quarto tipo de câncer mais comum entre as mulheres, sendo responsável
pelo óbito de 265 mil mulheres por ano. As taxas de incidência estimada e de mortalidade no
Brasil apresentam valores intermediários em relação aos países em desenvolvimento, porém
são elevadas quando comparadas às de países desenvolvidos com programas de detecção
precoces bem estruturados (INCA, 2015, online).
A desinformação sobre a doença e, sobretudo das medidas de prevenção e controle,
que ainda perduram na sociedade nos dias atuais, constitui uma das principais barreiras para
se enfrentar mitos e tabus e prevenir a atual situação do câncer no Brasil e no mundo.

HISTÓRICO DA DOENÇA
O tumor uterino tem início como uma lesão pré-maligna, chamada neoplasia
intraepitelial cervical, sendo lesões causadas pelo HPV. De acordo com o grau
de comprometimento, são classificadas em graus 1, 2 e 3 (em ordem crescente de
agressividade). O último estágio das lesões pré-malignas é a neoplasia intraepitelial cervical
grau 3, previamente também chamada de carcinoma in situ (LIMA,2003).

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Figura 2- Graus de Lesão no colo Uterino. Fonte: Lesões uterinas (2019)

Nessa fase, as células malignas atingiram pelo menos dois terços da espessura do
epitélio cervical, porém ainda não têm a capacidade de invadir os tecidos e causar metástases,
por estarem limitadas por uma barreira natural do órgão, chamada membrana basal.
(COLATINO,2010). Quando o tumor consegue ultrapassar a membrana basal, pode
invadir progressivamente os tecidos vizinhos. Inicialmente as células malignas irão se infiltrar
superficialmente em direção à vagina e profundamente em direção às lâminas de tecido
conjuntivo que mantêm o útero fixo em sua posição na bacia: os paramétrios.

A partir daí, as células tumorais podem invadir órgãos vizinhos, como


bexiga, ureteres, reto, cavidade pélvica, os linfonodos da região e penetrar os vasos linfáticos
e sanguíneos para ter acesso a órgãos distantes, como pulmões, fígado e ossos. Rescimento
local do câncer de colo uterino. Note que o câncer, ao crescer, passa a infiltrar o tecido
próximo ao epitélio do colo em direção à vagina e profundamente em direção aos ligamentos
que mantêm o útero fixo em sua posição na bacia: os paramétrios.

TIPOS DO CÂNCER DE CÓLO UTERINO

Existem diferentes tipos de câncer do colo uterino, dependendo do tipo de célula que
lhes dá origem:

 Carcinoma epidermoide ou escamoso


É responsável por 70% a 80% dos casos e se origina nas células da ectocérvice. Está
associado à infecção pelo HPV.

 Adenocarcinoma
É o segundo tipo mais comum, correspondente a cerca de 20% dos casos, e se origina
a partir das células da endocérvice. Também está associado a infecções pelo HPV.

 Carcinoma adenoescamoso
É um terceiro tipo, mais raro e com características mistas dos dois tipos anteriores

DIAGNÓSTICO

Exames citológicos

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As manifestações clínicas vão desde sangramento vaginal anormal até dor pélvica
com edema de membro inferior e hidronefrose por doença avançada. A lesão inicial
geralmente é diagnosticada no exame citológico rotineiro. Pacientes com achados anormais
no exame citológico e que não tenham lesão cervical grosseira devem ser avaliadas por
colposcopia com biópsias direcionadas. Se não forem vistas anormalidades à colposcopia ou
se a JEC não for visualizada, procede-se a curetagem endocervical (ZIMMER, ROSA, 2007).

O epitélio normal do colo uterino apresenta normalmente células escamosas com


núcleo piquenótico e citoplasma espesso; á medida que sofre lesão por infec-ção viral do HPV
ou por outros fatores de risco, evolui para uma displasia leve ou neoplasia intra-epitelial
cervical grau I (NIC I).
Classificação
Cerca de 60% das mulheres com NIC I vão apresentar regressão espontânea, 30%
podem apresentar persistência da lesão como tal, e das demais, menos de 10% irão evoluir
para NIC III, sendo a progressão para o câncer invasor estimada em cerca de 1%. Se a
descoordenação avança até os três quartos de espessura do epitélio, preservando as camadas
mais superficiais, estamos diante de uma displasia moderada ou NIC II. Na NIC III, o desar-
ranjo é observado em todas as camadas. Esta desordenação das camadas é acompanhada por
alterações nas células que vão desde núcleos mais corados até figuras atípicas de divisão
celular (INCA, 2002; BRASIL, 2012).

Método de identificação a doença através do DNA.


A nova orientação da OMS vai ajudar a detectar a presença de HPV antes que a
infecção vire o câncer. “A antiga indicação se baseava no momento em que aparecem as
lesões precursoras do câncer, feito com o exame Papanicolau. Hoje a orientação é buscar o
vírus no início da infecção pelo HPV, antes de aparecerem as lesões”, revela.

A nova recomendação da OMS é a realização do exame baseado em DNA, o teste de


HPV-DNA. “Agora o médico não precisa esperar encontrar alterações morfológicas. Se nessa
análise de DNA existe um HPV de alto risco, as chances de desenvolver câncer são maiores.
Por isso, o acompanhamento e prevenção será feito antecipadamente a fim de evitar perdas
pela doença”, explica a patologista. A profissional esclarece que no Brasil a adoção da nova
orientação é seguida pela medicina privada. “Infelizmente a medicina pública ainda usa a

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citologia (Papanicolau) como base. Já na medicina privada nós já usamos essa nova
orientação para detectar a presença do HPV de forma antecipada”, ressalta.

TRATAMENTO

As opções de tratamento para o câncer de colo de útero dependem do estágio da


doença. Basicamente, existem três opções: cirurgia, quimioterapia e radioterapia
(COLATINO, 2010) O tipo de tratamento dependerá do estadiamento da doença, tamanho do
tumor e fatores pessoais Como idade e desejo de ter filhos. O tratamento apropriado das
lesões precursoras (lesões intraepiteliais escamosas de alto grau na citologia, neoplasias
intraepiteliais cervicais 2 e 3-NIC 2 e 3 na histologia e adenocarcinoma in situ) é meta
prioritária para a redução da incidência e mortalidade pelo câncer do colo uterino (BRASIL,
INCA).

LIMA et al (2003) descrevem que a cirurgia consiste na retirada do tumor e,


ocasionalmente, na retirada do útero e da porção superior da vagina. De acordo com a
paciente, seu modo de vida (o desejo de ter filhos) e com o estágio do câncer, é escolhida uma
técnica específica para a realização da operação.

Conização

O cirurgião retira o canal do colo de útero, desde sua abertura na vagina até a parte
que penetra a extremidade inferior do útero. Para que a cirurgia seja considerada radical, todo
o material deve ser examinado pelo patologista, para confirmar se o tumor realmente era
microinvasor e se as margens cirúrgicas estão livres.

Histerectomia Simples
É importante mencionar que em mulheres não desejosas de futuras gravidezes é
possível realizar a remoção de todo o útero. 

Histerectomia Radical
O tratamento tradicional para os tumores com mais de 7 mm, porém ainda
localizados no colo, consiste na remoção do colo e do corpo uterinos, acompanhada da
retirada da parte superior da vagina, dos tecidos e ao redor do colo (paramétrios) e dos
linfonodos no interior da bacia. A retirada dos ovários será necessária em alguns casos, mas
na maioria das vezes eles podem ser preservados. É uma cirurgia relativamente grande e pode
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apresentar algumas complicações transitórias, como retenção e incontinência urinária ou
obstipação intestinal. A preservação da vagina e da função ovariana auxilia a manter a libido e
a vida sexual.

Radioterapia

Nas pacientes que não desejam cirurgias mais amplas, ou naquelas com idade
avançada ou com problemas de saúde que contraindiquem a cirurgia, podemos optar pela
aplicação de radioterapia direcionada ao colo de útero, como alternativa, sem prejuízo do
resultado final. Existem duas formas de administrar radioterapia: externa e interna.

Na radioterapia externa, o equipamento libera os raios ao redor da bacia para que eles
atinjam o colo de útero e os tecidos ao seu redor. Para isso, são utilizados exames de
tomografia, que calculam o trajeto da radiação até o colo uterino, com prejuízo mínimo para
os órgãos sadios da bacia. O procedimento é indolor e dura cerca de 15 a 20 minutos
diariamente, de segunda a sexta-feira, no total aproximado de cinco semanas.

Na radioterapia interna, também chamada de braquiterapia, a fonte de radiação é


colocada o mais próximo possível das células tumorais. A técnica reduz a quantidade de
radiação para os tecidos normais e, ao mesmo tempo, permite que se possa utilizar uma dose
mais alta de radiação por período mais curto do que o da radiação externa. Para tanto, são
introduzidas no interior do colo de útero pequenas “sementes” de material radioativo. O
procedimento exige sedação.

RECAÍDA
Determinadas características do tumor permitem avaliar sua agressividade e o risco
de recidiva da doença depois da cirurgia, segundo Cassarin e Picolii (2011), as recaídas
podem ser a partir das seguintes características:

Grau de diferenciação
Quando as células tumorais são muito semelhantes às normais, dizemos que são bem
diferenciadas (grau 1). Quando são mais indiferenciadas, são classificadas como grau 2, e
quando são muito indiferenciadas, como grau 3. Quanto menos a diferenciação das células
tumorais, maior a agressividade e a probabilidade de recidiva.
 
Grau de invasão da espessura do colo de útero
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Tumores que penetram a espessura do colo uterino têm acesso aos vasos linfáticos e
sanguíneos das camadas mais profundas e, por consequência, maior risco de se disseminar e
recidivar localmente.
Tabela 1- Características que podem trazer riscos a uma recaída

Fonte: Instituto vencer o câncer (2022) 

Invasão dos vasos ao redor do tumor


A invasão microscópica dos vasos sanguíneos e linfáticos no interior da massa
tumoral também aumenta o risco de recidiva.
 
Margens cirúrgicas
Quando o tumor é removido, é importante avaliar quanto de tecido normal separa
suas bordas das margens cirúrgicas. Quanto mais distante ele estiver das margens, menor a
chance de recidiva.
 
Invasão dos linfonodos da pelve
Esse é um dos fatores de risco mais importantes para prever o risco de metástases.
Quanto maior o número de linfonodos comprometidos por tumor, mais grave é a doença.
 
Tipo de célula (tipo histológico)
Alguns tipos de câncer do colo uterino, como o adenocarcinoma e o carcinoma
adenoescamoso, apresentam maior agressividade, em comparação com o carcinoma
epidermoide. A tabela acima resume os fatores prognósticos.

 ESTATÍSTICAS ATUAIS SOBRE A PATOLOGIA


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Segundo dados de 2016 do Ministério da Saúde (MS) e do Instituto Nacional de
Câncer, a Região Norte está na primeira posição no índice de incidência de câncer do colo do
útero no país, doença causada pela infecção transmitida pelo vírus do papiloma humano
(HPV). A estimativa é que a cada 100 mil mulheres, 24 são vítimas da neoplasia maligna na
região que compreende os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e
Tocantins.

A região fica na frente do Nordeste e Centro-Oeste, ambas em segundo lugar, com a


estimativa de 19 e 21 mulheres infectadas com a doença a cada 100 mil, respectivamente. Em
terceira posição está a Região Sul, com 16 mulheres a cada 100 mil e por último a Região
Sudeste, com 11 mulheres a cada 100 mil.

Segundo o Ministério da Saúde, 6 mil mulheres morrem de câncer do colo do útero,


por ano, no Brasil. Uma doença que se for diagnosticada na fase inicial pode ser curada. A
cada 100 mil brasileiras, com 25 a 64 anos, 49 são diagnosticadas com o tipo de câncer. A
doença fica em 4º lugar em número de mortes por câncer entre as mulheres. O tratamento
tardio é uma das explicações para o país ter taxas de mortalidade tão altas. Um estudo da
Fundação do Câncer revelou que metade das mulheres já chega à unidade de saúde com a
doença nos estágios mais avançados. A taxa de incidência no Norte é mais que o dobro da
região Sudeste, que teve o menor índice do Brasil.
O epidemiologista e consultor médico da Fundação do Câncer, Alfredo Scaff, alertou
para a importância do diagnóstico precoce. “Quando diagnosticado precocemente, o
tratamento é um tratamento de algumas poucas horas e o principal o câncer é curado, o câncer
não existe mais. Quando nas fases mais avançadas, a neoplasia maligna, o tratamento é mais
complexo, mais demorado”, diz Alfredo. Especialistas apontam que a falta de informação
afasta as mulheres do tratamento precoce.
Pacientes com nenhuma escolaridade ou ensino fundamental incompleto representam
mais de 50% dos casos de câncer do colo do útero. SAIBA MAIS: Entenda a relação entre
câncer de colo do útero e HPV O vírus HPV é uma das maiores causas deste tipo de câncer.
Para evitar esse risco, existe uma vacina recomendada para crianças e adolescentes de 9 a 14
anos.

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A cada 100 mil mulheres, 49 têm câncer do colo do útero, aponta estudo A doença
causa a morte de 6 mil mulheres por ano, no Brasil. Especialistas alertam para a importância
do diagnóstico precoce.

MÉTODOS PREVENÇÃO

Exame De Papanicolaou e Detecção De HPV


O exame ginecológico preventivo mais utilizado é o Papanicolau. Atualmente,
entretanto, outros exames mais sofisticados permitem identificar a presença do HPV e de
outros agentes associados a doenças sexualmente transmissíveis. A coleta do material nestes
exames é semelhante à do Papanicolau.

Em algumas ocasiões, o exame poderá ser complementado com a colposcopia, que


possibilita melhor visualização dos tecidos da vagina e do colo. O rastreamento do câncer do
colo uterino deve ser indicado nas seguintes situações:

 Mulheres devem fazer o exame do Papanicolau três anos após a primeira relação
sexual e anualmente a partir de então;
 Mulheres que não tiveram relação sexual até os 18 anos devem fazer o exame do
Papanicolau aos 21 anos. Desse momento em diante, o exame do Papanicolau deve ser
feito anualmente;
 Mulheres com idade a partir dos 30 anos, com três exames normais de Papanicolau,
podem repeti-lo a cada dois ou três anos, desde que não mudem de parceiro sexual;
 Mulheres com idade a partir dos 70 anos, sem fatores de risco e com três exames
normais de Papanicolau podem interromper a periodicidade do exame;
 Mulheres que se submeteram à retirada completa do útero por causas benignas podem
optar por não fazer o exame de Papanicolau.

Existem diversos procedimentos para eliminar lesões pré-malignas do colo antes que
se tornem invasoras: cauterização com bisturi elétrico, com laser, com nitrogênio líquido ou
através da retirada com bisturi. A estratégia preventiva mais importante, no entanto, para
prevenção da transmissão do HPV e de outras doenças sexualmente transmissíveis é a
diminuição do número de parceiros sexuais, acompanhada do uso adequado de preservativos.

 Vacina Contra HPV

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Atualmente existem três preparações disponíveis no mercado: Gardasil ®, Gardasil 9® e
Cervarix®. A limitação dessas vacinas é que elas não previnem todas as infecções pelo HPV,
assim como nem todos os cânceres do colo uterino são associados à infecção por esses vírus.

O ideal é que as meninas sejam vacinadas antes do início da vida sexual. O benefício
da vacinação em mulheres acima de 25 anos é mais questionável. A vacinação é feita através
de duas ou três injeções, a depender da idade no início da vacinação. Os efeitos colaterais são
limitados a um pouco de dor no local da aplicação da injeção.

Embora as vacinas protejam contra o câncer do colo uterino por impedir a infecção
por certos tipos de HPV, a proteção não é de 100%. Por isso, o exame do Papanicolau é
recomendável mesmo em mulheres vacinadas. Com O novo rastreamento da doença já
mencionado, deve ser realizado a cada cinco anos, a partir dos 30 anos de idade. Já no caso do
Papanicolau, a orientação é realizar anualmente.

Além da detecção do vírus antecipadamente, outra orientação da OMS para combate


é o investimento na vacina contra o HPV. “A prevenção do câncer do colo do útero pode ser
primária (vacinação), secundária (rastreamento) e terciária (tratamento precoce). A primária é
a ideal, porque além de ser mais barata, é a mais assertiva e que traz mais qualidade de vida.
O Brasil foi um dos primeiros do mundo a adotar a vacinação do HPV no seu esquema
vacinal. Por isso, meninas de nove a 14 anos podem procurar o SUS e tomar gratuitamente as
duas doses da vacina”, recomenda a médica.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL, INCA – COMBATE AO CÂNCER DE COLO DE ÚTERO


http://portal.saude.pe.gov.br/noticias/ses-lembra-combate-ao-cancer-do-colo-do-utero Acesso
realizado em 27/08/2015.

BRASIL.MINISTÉRIO DA SAÚDE -INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ


ALENCAR GOMES DA SILVA (INCA) – O Câncer e Seus Fatores de Riscos – O Que a
Educação Pode Evitar? 2ª Edição – Rio de Janeiro – RJ -2013.

COLATINO P. L . ; HPV 16 E 18 E O DESENVOLVIMENTO DO CÂNCER DO COLO


UTERINO – Recife, 2010.

13
CASARIN, M. R.; PICCOLII, J. C. E. - Educação em Saúde para Prevenção do Câncer de
Colo do Utero em Mulheres do Município de Santo Ângelo/RS - Ciênc. Saúde Coletiva
vol.16 no.9 Rio de Janeiro set. 2011.

Instituto Nacional de Câncer. Coordenação de Prevenção e Vigilância (Conprev) Falando


sobre câncer do colo do útero. – Rio de Janeiro: MS/INCA, 2002 59 págs.
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/controle_canceres_colo_utero_2013.pdf Acesso
em 01/12/2022.
Lesoes do colo uterino . http://enfermagemceep2014.blogspot.com.br/2014/06/cancer-de-
colo-doutero.html Acessado em 01 de dez. 2022

LIMA, G. R. G, ; MANOEL J.B.C.; BARACAT, E. C.; - Carcinoma Invasor do Colo Uterino.


In: Ginecologia de Consultório. 2003.1ª Edição. P.255-262. Editora de Projetos Médicos. São
Paulo-SP.

ZIMMER, A. S; ROSA, D.D., , ONCOLOGIA BASEADA EM PROVAS / Oncology


evidence-based - Câncer de Colo Uterino- Rev. Bras. Oncologia Clínica 2007 . Vol. 4 . N.º 12
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GUIMARÃES JAF, AQUINO PS, PINHEIRO AKB, MOURA JG REV RENE. 13(1):220-
30. Artigo de Revisão PESQUISA BRASILEIRA SOBRE PREVENÇÃO DO CÂNCER DE
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2012.http://marconipimenta.blogspot.com.br/2011/03/cancer-de-colo-do-utero-umpasso-
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