Você está na página 1de 24

O Cancioneiro da Professora Eunice

A ideia de criar um cancioneiro personalizado com um alinhamento ou um


guião de trabalho surge como uma necessidade de organização
metodológica no ensino do cavaquinho, quer para o professor, quer para
a aluna.
Neste caso específico, a aluna em apreço é a Professora Eunice Silva o e
Professor de cavaquinho, José Carita ... que 37 anos antes, na Faculdade
de Ciências da Universidade de Lisboa, havia sido aluno da Professora
Eunice na área da Matemática. Feliz reencontro!!!
Já aposentada, a Professora Eunice decidiu dedicar-se a leitura e à arte,
ocupando o seu tempo, agora mais livre, com lições de cavaquinho, de
teoria musical e ainda desenvolvendo as competências tecnológicas
enviando mails de cultura e informação aos amigos. Gosta também de
desenhar, ouvir música e ler a revista do Expresso para se manter
atualizada acerca do que se passa no mundo. Inscreveu-se na Escola de
Artes Sinfonias e Eventos em Maio de 2014, tendo inicialmente aulas de
cavaquinho e formação musical com o Professor Filipe Silva e de
informática com os Professores Artur Fuste e António Travessa. Com a sua
forma afável e comunicativa de se relacionar, granjeou rapidamente a
simpatia de todos os elementos da Escola, integrando-se facilmente e
fazendo, até hoje, parte integrante da Grande Família Sinfonias. No ano
letivo 2020/21 passou então a ter aulas de cavaquinho com o Professor
José Carita, ultrapassando com muita coragem e dedicação os períodos de
confinamento a que todos estivemos sujeitos, onde inclusivamente
chegou a ter aulas de cavaquinho on line.

Neste livro optámos por direccionar toda a estrutura para a afinação ré, lá,
sol, dó, aproveitando assim a herança que a Professora Eunice já trazia das
aulas com o Professor Filipe Silva.
Trata-se de um pequeno manual onde figura para além da partitura,
também a tablatura na afinação referida, sendo que no caso da Eunice
este recurso não seria necessário, uma vez que a leitura/identificação das
notas, é já uma competência adquirida.
Para cada tema temos ainda a letra com os acordes por cima, para que
outros instrumentos possam também executar e participar.
Obrigado pela leitura e não se esqueçam que a repetição é a mãe de todas
as habilidades.
Boas Práticas e Saudações Musicais
Junho de 2022
José Carita

Maneio
(Popular Beira Alta)

Cm
Não te encostes à parreira (Sol Sol Sol Fá Sol Láb Sol Dó)
G
(Ré Mib Fá Mib Ré Dó Si↑ Sol↑)
Que a parreira deita pó,
G7 (Fá Fá, Fá Mib Fá Sol Fá Ré)
Encosta-te à minha beira
Cm (Mib Fá Sol Fá Mib Ré Dó)
Sou solteiro e vivo só

Ref:
Cm (Mib, Dó Mib, Mib Dó Mib Dó Mib)
Ai, agora é que m’eu maneio, (Mib Dó Mib Dó Fá)
É que m’eu maneio
(Fá Mib Ré Dó Si↑ Sol↑)
G
É que m’eu rebolo
(Fá Fá, Fá Mib Fá Sol Fá)
G7
Nos braços do meu amor, (Ré Mib Fá Sol Fá Mib Ré Dó)
Cm
Ai agora é que m’eu consolo

Eu venho dali de baixo


De regar o laranjal,
Ainda aqui trago uma folha
No laço do avental
Ref: ...

Esta roda está parada


À falta de haver quem cante
Agora começo eu,
Siga a roda p’ra diante
Rosinha
(Popular Minho)

C G
Ó minha Rosinha, eu hei de te amar (Sol lá lá, sol lá. Sol sol fá mi ré)
G7 C
De dia ao sol, de noite ao luar! (Fá sol sol, fá sol, fá fá mi ré dó)
G
De noite ao luar, de noite ao luar, (mi mi mi sol fá, mi mi ré dó si)
G7 C
Ó minha Rosinha, eu hei de te amar! (fá fá fá lá sol, fá fá mi ré dó)

Instrumental:
C G
Lái lái lái lái lái lái lái lái (mi dó fá, fá mi ré dó si)
G7 C
Lái lái lái lái lái lái lái lái (fá ré sol, sol fá mi ré dó)

Ó minha Rosinha, eu queria eu quero,


Entrar em teu peito, formar um castelo!
Formar um castelo, formar um castelo,
Ó minha Rosinha, eu queria eu quero!

Instrumental: ....

Ó minha Rosinha, do meu coração,


Tu vais p'ra Lisboa, não levas paixão!
Não levas paixão, não levas paixão,
Ó minha Rosinha, do meu coração!
Instrumental: ...

Ó minha Rosinha, cartas são papeis,


Não quero que gastes, comigo dez reis
Comigo dez reis, comigo dez reis ,
Ó minha Rosinha, cartas são papeis
Enleio
(Popular das Beiras)

C G
Ai enleio que te enleaste (sol fá mi fá sol lá sol si fá)
C
Ai no mais alto acipreste, (bis) (fá mi ré mi fá sol lá sol ré) (bis)
G
Ai eu quis me enlear contigo (mi ré dó ré mi fá lá sol ré)
C
Ai tu enleio não quiseste. (bis) (ré dó si dó ré mi ré dó) (bis)
G
Ai tu enleio não quiseste
C
Ai tiveste outra opinião, (bis)
G
Ai agora queres eu não quero
C
Ai tenho a minha presunção. (bis)
G
Ai acipreste rei dos vales
C
Ai abrigo dos passarinhos, (bis)
G
Ai a quem deste uns abraços
C
Ai dá-lhe também uns beijinhos. (bis)
G
Ai eu subi ao acipreste
C
Ai corri-o de nó em nó, (bis)
G
Ai tu falas com toda a gente
C
Ai eu falo contigo só. (bis)
G! C!
ALECRIM

(Instrumental)

C G
Alecrim Alecrim dourado (mi ré dó, dó si dó mi ré)

G7 C
que nasceu no campo sem ser semeado (bis)

(ré dó ré mi ré ré dó ré mi dó)

F C
Refrão: Ai meu amor quem te disse a ti (dó dó dó fá, fá fá sol fá mi)
G C
que a flor do campo é o alecrim (bis) (mi mi fá mi ré, ré fá mi ré dó)

Alecrim, alecrim aos molhos

Por causa de ti choram os meus olhos (bis)

Refrão: …..

Alecrim alecrim da serra

que rico perfume tua flor encerra (bis)

Refrão: …..

(Instrumental)

Refrão cantado

Final mais lento


Rosinha do Meio
(popular do Minho)

C G
Ó Rosinha, ó Rosinha do meio (sol sol mi, sol sol mi ré dó fá ré)
G7 C
Vem comigo malhar o centeio (fá fá fá fá ré, fá fá ré dó si sol mi)
G
O centeio, o centeio a cevada ( sol sol dó dó dó dó ré mi fá ré)
G7 C
Ó Rosinha minha namorada (Sol sol si si si si dó ré mi dó)

G
Minha namorada teu amor sou eu ( sol sol sol sol, lá sol fá, mi ré dó, mi ré)
G7 C
Não me vou embora sem um beijo teu (bis)
(fá fá fá fá, sol fá mi ré dó si ré dó)

G
Ó Rosinha é Rosinha trigueira
G7 C
É a mais bonita garota da eira
G
Lá na eira malhando a cevada
G7 C
Ó Rosinha ficas mais corada
Somos livres
(Ermelinda Duarte)

D Em
Am D Uma papoila crescia, crescia,
Ontem apenas A7 D
Em Am D G Grito vermelho num campo qualquer.
Fomos a voz sufocada de um povo a dizer: "Não (Bis)
quero!", G D
C B7 Cm D Como ela, somos livres,
Fomos os bobos do Rei mastigando desespero. A7 D
Somos livres de crescer.] (Bis)
Am D
Ontem apenas D Em
Em Am D G Uma criança dizia, dizia:
Fomos um povo a chorar na sarjeta dos que à força A7 D
C B7 Cm D “Quando for grande não vou combater.”
Ultrajaram e venderam esta terra hoje nossa, (Bis)
Cm G A
esta terra hoje nossa. G D
Como ela somos livres,
D Em A7 D
Uma gaivota voava, voava, Somos livres de dizer. (Bis)
A7 D
Asas de vento, coração de mar. (Bis) D Em
Somos um povo que cerra fileiras,
G D
A7 D
Como ela somos livres,
Parte à conquista do pão e da paz. (Bis)
A7 D
G D
Somos livres de voar. (Bis)
Somos livres, somos livres,
A7 D
Não voltaremos a trás. (Bis)
Ó Laurindinha vem à janela

G C
Oh Laurindinha, vem à janela.
Oh Laurindinha, vem à janela.
F C
Ver o teu amor, (ai ai ai) que ele vai p'ra guerra.
G C
Ver o teu amor, (ai ai ai) que ele vai p´ra guerra.

G C
Se ele vai pra guerra, deixá-lo ir.
Se ele vai pra guerra, deixá-lo ir.
F C
Ele é rapaz novo, (ai ai ai) ele torna a vir.
G C
Ele é rapaz novo, (ai ai ai) ele torna a vir.

G C
Ele torna a vir, se Deus quiser.
Ele torna a vir, se Deus quiser.
F C

Ainda vem a tempo, (ai ai ai) de arranjar mulher.

G C

Ainda vem a tempo (ai ai ai) de arranjar mulher


A moleirinha
(Popular - Beira Baixa)

Cm
Oh, que lindos olhos tem,
G7 Cm
ai, a filha da moleirinha. (bis)
Fm Cm
Tão mal empregada ela
G7 Cm
andar ao pó da farinha! (bis)

Trigueirinha me chamaste,
ai, eu de sangue não o sou. (bis)
Isto de andar à farinha,
foi o sol que me crestou! (bis)

Trigueirinha me chamaste,
ai, por isso não me zanguei. (bis)
Trigueira é a pimenta
e vai à mesa do rei! (bis)
Oh rama, oh que linda rama
(Popular Alentejo)

C
Oh rama, oh que linda rama,
F C
Oh rama da oliveira!
G
O meu par é o mais lindo
G7 C
Que anda aqui na roda inteira.
Que anda aqui na roda inteira,
F C
Aqui e em qualquer lugar.
G
Oh rama, oh que linda rama,
C
Oh rama do olival!

Eu gosto muito de ouvir


Cantar a quem aprendeu.
Se houvera quem m'ensinara,
Quem aprendia era eu!

Não m'invejo de quem tem


Parelhas, éguas e montes;
Só m'invejo de quem bebe
A água em todas as fontes.
Chora, Carolina
(Roberto Leal)

Instrumental: C G G7 C (bis) F C G C F C G C

Refrão:

C G
Chora, chora, chora Carolina.

C
Que esse choro é bom de chorar.
G
Canta, canta, canta Carolina.

C
Quando tem vontade de cantar. (bis)

G
Um coração magoado.

C
Não consegue disfarçar.

G
Uma dor que vem no peito.

G7 C
Uma vontade de chorar.

Mas às vezes é preciso.


Não se deve segurar.
E brilha mais o sorriso.
Depois de desabafar.

Você também pode gostar