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Fernando Pereira

Neste ebook você aprenderá a operar os melhores padrões gráficos estudados


por Thomas Bulkowski, um dos maiores analistas gráficos do mundo.
1
Aviso
Este ebook é propriedade intelectual de Fernando Pereira, gerente de conteúdos
da Bitget. É proibida a divulgação ou venda deste material por terceiros.

Revisão
Saulo Alencastrev

As ilustrações foram feitas sobre prints do site TradingView.

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Sumário

Day trade, swing trade, position trade e buy and hold 4

Alguns termos básicos do trader 6

Indicadores 10

Padrões de candlestick 13

Padrões gráficos 16

Teoria de Dow 19

Fibonacci 21

Ondas de Elliott 22

Um pouco mais sobre o Stop Loss 23

Mentalidade vencedora 24

Referências bibliográficas 25

Pratique com total segurança! 25

3
1 Day trade, swing trade, position trade
e buy and hold

O operador que usa as estratégias de day trade, swing trade e position trade é um espec-
ulador. A análise técnica é a sua ferramenta essencial na busca das melhores operações. A
diferença entre essas três estratégias é o tempo gráfico. O day trader se baseia em horas
e minutos, para finalizar suas operações no mesmo dia. O swing trader se baseia em horas,
dias ou semanas, buscando operações em médio prazo, e o position trader usa gráficos
diários, semanais ou até mesmo mensais para buscar operações em longo prazo.

Mas e o investidor que pratica o buy and hold?

O holder (ou hodler, como é chamado no mercado de criptomoedas) usa mais análise fun-
damentalista do que análise técnica. Suas operações são em longuíssimo prazo, baseadas
em análises criteriosas dos fundamentos do ativo.

O foco deste material é transformar você em um analista técnico, para que possa ler gráfi-
cos com perfeição, visualizar estratégias com alta probabilidade de acerto e não hesitar ao
entrar em uma operação. Todas as análises e estratégias apresentadas podem ser usadas
em qualquer tempo gráfico. Fazer day trade, swing trade ou position trade? Vai de você. Ao
final deste conteúdo você estará apto a operar qualquer uma destas modalidades.

Day trader

Day Trade é o nome que se dá às operações em mercados financeiros, buscando lucros


com as oscilações de preços de ativos durante o mesmo dia. O Day Trader, portanto, é o
profissional que realiza essas operações.

É importante salientar que o Day Trader é um profissional como qualquer outro, e para
evoluir em seu ofício tem que se dedicar e se capacitar cada vez mais, isso inclui realizar
boas análises macroeconômicas e técnicas, ficar em constante alerta durante o pregão
para não deixar as melhores oportunidades escaparem, preparar o psicológico para não se
afetar com perdas que virão a acontecer. Sim, perdas vão acontecer, não há como escapar.
Por isso trace seu plano de trade, o faça-o da maneira mais robusta possível para que você
sempre tenha o controle da situação, mesmo em operações perdedoras. O mercado é so-
berano, respeite-o. O trader profissional não tenta adivinhar o que o mercado vai fazer, ele
mensura se o risco de uma entrada compensa seu alvo.

Lembre-se, você não se tornará um médico depois de um mês estudando anatomia. O mes-
mo vale para o Day Trader, consistência exige experiência e estudo.

O que é análise técnica?

Análise técnica é um dos métodos mais usados no mercado financeiro para enxergar pa-
drões e tentar antecipar movimentos. É a análise dos comportamentos do preço visando
estimar com a maior probabilidade possível seu próximo movimento, usada em tendências
de curto, médio e longo prazo. Analistas técnicos se valem de indicadores para identificar
tendências, suportes, resistências, consolidações, acumulações de preço etc.

4
O que é análise fundamentalista?

Diferentemente da análise técnica, que se baseia em gráficos para tentar prever movimen-
tos do mercado, a análise fundamentalista se concentra em fatores externos que afetam o
preço do ativo e suas perspectivas, dando total importância à saúde econômica do projeto
e da equipe ou empresa por trás dele.

O analista fundamentalista deixa os gráficos de lado na maioria das vezes e se avalia os


fundamentos para montar suas posições que, geralmente, são de longuíssimo prazo.

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2 Alguns termos básicos do trader

Abrir posição: o trader realiza a compra de um ativo no mercado, uma operação chamada
de Long, ou a venda de um ativo, mesmo sem possuir este sob custódia, com a promessa
por contrato de recomprá-lo por um preço futuro, uma operação chamada Short.

Fechar ou zerar posição: o trader vende o mesmo número de ativos que foram comprados
(em uma operação Long), ou compra o mesmo número de ativos que foram vendidos (em
uma operação Short), retirando todas as suas posições do mercado.

Stop Loss e Take Profit: ordens em que o trader define quanto está disposto a perder (Stop
Loss) e a ganhar (Take Profit) na operação. Ao atingir os valores definidos, as posições são
fechadas, limitando o prejuízo ou realizando o lucro. É de extrema importância que toda op-
eração tenha um Stop Loss e um Take Profit, para não deixar uma operação vencedora virar
perdedora ou uma perdedora ficar ainda mais crítica. Para o trader iniciante, é fundamental
saber o que é Stop Loss e Take Profit.

Price action: a ação do preço no mercado. Como técnica operacional, price action é um
conjunto de conhecimentos dos padrões de movimentação que o preço faz no gráfico à
medida que evolui.

Gráfico: traçado com base no preço do ativo em um determinado período, mostra movimen-
tos passados do preço. Move-se de três maneiras:

Tendência de alta (bullish): mostra demanda maior que a oferta. Ocorre quando
01 a pressão compradora é mais forte que a pressão vendedora e, consequente-
mente, o preço dos ativos sobe. Na linguagem do mercado, diz-se o touro (bull)
venceu a batalha com o urso, por isso o mercado subiu. A associação vem do
touro atacar seu oponente de baixo para cima, com uma chifrada.

6
Tendência de baixa (bearish): mostra oferta maior que demanda. Ocorre quan-
02 do a pressão vendedora é mais forte que a pressão compradora e, consequen-
temente, o preço dos ativos cai. Na linguagem do mercado, diz-se que o urso
(bear) venceu a batalha com o touro, por isso o mercado caiu. A associação vem
do urso atacar seu oponente de cima para baixo, com uma patada.

Tendência lateral (sideways): mostra um equilíbrio entre oferta e demanda.


03 Ocorre quando o mercado se movimenta de forma lateralizada, com pequenos
movimentos de alta e baixa, consolidando o preço em uma determinada região,
sem uma tendência fixa.

Suporte e resistência: encontrar suportes (áreas que os vendedores têm dificuldades para
romper) e resistências (áreas que os compradores têm dificuldades para romper) no gráfico
é provavelmente a mais importante análise que você pode fazer. Identificar uma área que,
no passado, o preço não conseguiu ou teve muita dificuldade para romper pode ajudar a sair
de uma operação (se usada como alvo), a não entrar em uma operação (pois o preço pode
reverter), ou até mesmo a arriscar uma operação de reversão de tendência. Os suportes e
as resistências falam muito sobre a memória do preço e o estado psicológico do investidor.
Se o mercado definiu, por qualquer motivo, que em uma determinada área o preço estava
alto, então a tendência é que os compradores comecem a realizar seus lucros quando o
preço voltar a essa área. O mesmo acontece na área de preço baixo, mas neste caso, os
vendedores realizarão seus lucros.

Suportes viram resistências após serem rompidos e vice-versa.


7
LTA e LTB: “linha de tendência de alta” e “linha de tendência de baixa”. Essas linhas traça-
das no gráfico, unindo os fundos ou os topos, são excelentes para mostrar a tendência do
movimento, e ótimos suportes e resistências.

Canal: muito parecidos com as LTAs e LTBs, os canais são excelentes suportes e resistên-
cias formadas por linhas paralelas no gráfico. Os canais podem ser de alta ou de baixa. In-
dicam uma tendência forte.

8
Pivô: o preço de um ativo se desloca para cima e para baixo, fazendo movimentos de ondas.
O mercado, normalmente, tende a se movimentar com impulsos e correções, que chama-
mos de pivôs. São uma segunda tentativa de romper um suporte ou uma resistência, após
fazer um fundo mais alto que o anterior, no caso de um pivô de alta, ou um topo mais baixo,
no caso de um pivô de baixa. A confirmação desse rompimento, acima do antigo topo, no
caso de um movimento de alta, ou abaixo do antigo fundo, no caso de um movimento de
baixa, origina o pivô, conforme a ilustração a seguir:

9
3 Indicadores

Ferramentas usadas para analisar a ação do preço e enxergar os padrões gráficos com
maior precisão. São essenciais para identificar uma tendência ou uma reversão de tendên-
cia. Muitos robôs são programados apenas com base em indicadores.

Médias móveis

Calculam uma média de preços de um determinado período e traça essa informação no


gráfico na forma de uma linha que acompanha o preço. O uso de médias móveis de 20
períodos em um gráfico diário, por exemplo, implica que será calculada uma média dos
preços dos últimos 20 dias, se movendo a cada dia que passa.

As médias móveis são úteis em diversas situações, para indicar tendências ou como suportes
e resistências, pois um rompimento delas pode indicar uma reversão de tendência.

Observe: quanto maior o período, mais a média

Volume

Mostra o interesse do mercado. Se o volume aumenta, há mais investidores comprando e


vendendo o ativo. Ou seja, os traders param de especular e começam a, de fato, operar
o ativo. O volume pode ser usado em diversas análises, para identificar uma exaustão de
preço, reversão de tendência, rompimentos de suportes e resistências. Todas essas análises
exigem um volume alto, por isso é um recurso tão importante para validar essas operações.

10
Bandas de Bollinger

Desenvolvidas por John Bollinger na década de 1980, são um indicador de volatilidade for-
mado por duas médias móveis – uma superior e outra inferior – que indicam se um ativo está
sobrecomprado ou sobrevendido. As bandas são calculadas por médias móveis e mostram
que, independentemente da movimentação, o preço tende a voltar a um equilíbrio.

Estocástico lento

Estocástico, do grego στόχος (stókhos, alvo ou meta), se refere a um processo que contém
uma variável aleatória. Muito usado na análise técnica por ser um importante sinalizador de
mudança de tendências, o estocástico mostra o momento quando um ativo pode estar so-
brecomprado ou sobrevendido, indicando um possível final de movimento. É composto por
duas linhas: %K, calculada a partir das máximas e mínimas de um período, e %D, uma média
móvel de %K. Resumidamente, indica sobrecompra acima de 80 e sobrevenda abaixo de 20.

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Índice de Força Relativa (IFR)

IFR (ou RSI em inglês) é um indicador de análise técnica que mensura simultaneamente a
evolução de forças vendedoras e compradoras, possibilitando observar o surgimento ou
enfraquecimento de tendências. Indica sobrecompra acima de 70 e sobrevenda abaixo de
30.

Candlestick

Representação gráfica do que ocorreu com o preço de um ativo no decorrer de um de-


terminado período (dias, horas, semanas, minutos). Saber ler e analisar esse método de
representação de preços é essencial na análise técnica. Com apenas um candlestick, que
corresponde ao período que você definiu no gráfico (tempo gráfico, ou time frame), é pos-
sível visualizar como ocorreu a batalha entre compradores e vendedores em determinado
período e concluir quem foi o vencedor, o que traz maior assertividade para a análise a ser
feita a partir desse ponto. Um candlestick pode mostrar tanto uma possível reversão de
tendência como uma continuação do movimento, conforme os exemplos listados a seguir.

As principais características de um candlestick são:


Formados por um corpo e pavios (na maioria das vezes), também
chamados de sombras.
Possuem 4 preços: abertura, fechamento, máxima e mínima do preço.
Podem ser positivos (de alta) ou negativos (de baixa), diferenciados
por cores, comumente azul (ou verde) e vermelho.

12
4 Padrões de candlestick

São importantes ferramentas da análise técnica para antecipar movimentos do preço. Ex-
istem diversos padrões no mercado. Aqui serão apresentados os mais efetivos (e que us-
amos em nossas próprias leituras) para a taxa de acerto. A fonte dos dados de taxa de
acerto apresentados nesta seção é o site Bulkowski’s ThePatternSite.com. Clique em cada
imagem para ver mais informações (em inglês) sobre esse padrão.

Martelo (hammer)
aparece ao final de uma tendência de baixa. É um im-
portante sinal de reversão, indicando que o mercado
vai subir. Deve ter seu pavio ao menos duas vezes
maior que seu corpo e pode ser azul ou vermelho,
porém os azuis (candlesticks positivos) têm uma
maior taxa de acerto. O mercado reverte em aproxi-
madamente 60% das vezes que essa figura aparece.
Pode-se atingir uma taxa de acerto de aproximada-
mente 88% se aplicado em contexto, como por ex-
emplo em um suporte importante ou em uma média
móvel.

Estrela cadente (shooting star)


aparece ao final de uma tendência de alta. É um im-
portante sinal de reversão, indicando que o merca-
do vai cair. Deve ter seu pavio ao menos duas vezes
maior que seu corpo e pode ser azul ou vermelho,
porém os vermelhos (candles negativos) tem uma
maior taxa de acerto. O mercado reverte em aproxi-
madamente 59% das vezes que essa figura aparece.
Pode-se atingir uma taxa de acerto de aproximada-
mente 84% se aplicado em contexto, como por exem-
plo em uma resistência importante ou em uma média
móvel.

13
Martelo invertido (inverted hammer)
É um sinal difícil de se operar, pois possui duas lei-
turas diferentes. Teoricamente deveria ser um sinal
de reversão de uma tendência de baixa, mas é im-
portante observar não apenas o candlestick formado,
mas também sua movimentação durante seu período
de formação. Pode aparecer em qualquer cor. Se a
cor for a favor do pavio maior, a probabilidade de re-
versão é maior. O mercado reverte em aproximada-
mente 35% das vezes que essa figura aparece. Pode-
se atingir uma taxa de acerto de aproximadamente
68% se aplicado em contexto, como por exemplo em
um suporte importante ou em uma média móvel, fa-
zendo uma correta leitura durante sua formação.

Enforcado (hanging man)


Um martelo invertido em uma tendência de alta, o en-
forcado também é um sinal difícil de se operar, pois
possui duas leituras diferentes. Teoricamente deveria
ser um sinal de reversão, mas é importante obser-
var não apenas o candlestick formado, mas também
sua movimentação durante seu período de formação.
Pode aparecer em qualquer cor. Se a cor for a favor
do pavio maior, a probabilidade de reversão é maior.
O mercado reverte em aproximadamente 41% das
vezes que essa figura aparece. Pode-se atingir uma
taxa de acerto de aproximadamente 86% se aplicado
em contexto, como por exemplo em um suporte im-
portante ou em uma média móvel, fazendo uma cor-
reta leitura durante sua formação.

Doji ou estrela (spinning top)


Provavelmente o mais comum dos sinais de reversão,
pode ser um sinal de reversão de topo (estrela da tar-
de ou evening star) ou de fundo (estrela da manhã ou
morning star). Basicamente um doji só precisa ter um
corpo pequeno ou neutro e deixar pavio pra cima e
pra baixo, formando um sinal parecido com uma cruz.
Quanto menor for o corpo, maior sua taxa de acer-
to. O mercado reverte em aproximadamente 50% das
vezes em que um doji de corpo neutro ou quase neu-
tro, com sombras não muito grandes, aparece. Pode-
se atingir uma taxa de acerto de aproximadamente
83% se aplicado em contexto, como por exemplo em
uma resistência ou suporte importante, ou em uma
média móvel.

14
Harami
Composto por 2 candlesticks, sendo um deles um
marubozu (barra elefante), que é um candlestick com
corpo grande e quase sem sombras, e o outro um
doji que deve ser totalmente envolvido pelo corpo do
candlestick anterior. O harami pode ser um sinal de
reversão tanto de alta quanto de baixa. O mercado re-
verte em aproximadamente 53% das vezes que essa
figura aparece. Pode-se atingir uma taxa de acerto
de aproximadamente 69% se aplicado em contexto,
como por exemplo em um suporte importante ou em
uma média móvel.

Engolfo (engulfing)
Composto por 2 candlesticks, um deles positivo e o
outro negativo (ou vice-versa), e o corpo do segun-
do candlestick deve envolver completamente o cor-
po do primeiro. No engolfo de alta (bullish engulfing
ou bull 180), que aparece no fundo de uma tendência
de baixa, é necessário que o segundo candlestick, o
que “engole” o primeiro, seja positivo. No engolfo de
baixa (bearish engulfing ou bear 180), que aparece
no topo de uma tendência de alta, é necessário que
o segundo candlestick seja negativo. O mercado re-
verte em aproximadamente 63% das vezes que essa
figura aparece. Pode-se atingir uma taxa de acerto
de aproximadamente 76% se aplicado em contexto,
como por exemplo em um suporte importante ou em
uma média móvel.

Candlesticks combinados
(blended candlesticks)
O engolfo é composto por 2 candles, sendo um de-
les positivo e o outro negativo (ou vice-versa), onde
o corpo do segundo candle deve envolver completa-
mente o corpo do primeiro candle. No engolfo de alta
(bull 180), que aparece no fundo de uma tendência de
baixa, é necessário que o segundo candle, o que “en-
gole” o primeiro, seja positivo, e no engolfo de baixa
(bear 180), que aparece no topo de uma tendência de
alta, é necessário que o segundo candle seja negati-
vo. O mercado irá reverter em aproximadamente 63%
das vezes que essa figura aparecer, e pode-se atingir
uma taxa de acerto de aproximadamente 76% se apli-
cado em contexto, como por exemplo em um suporte
importante ou em uma média móvel.
15
5 Padrões gráficos

Elementos fundamentais da análise técnica, se repetem constantemente nos gráficos do


mercado. O trader profissional sabe exatamente como agir diante de um padrão gráfico em
formação, sabe o ponto de entrada da operação, seu Stop Loss e, caso decida que deve
aceitar o risco da operação, não hesita em lançar a ordem.

Existem três tipos de padrões:


Padrões de reversão, nos quais o preço tem alta probabilidade de re-
verter.
Padrões de continuação, nos quais a tendência tem alta probabilidade
de continuar seu curso.
Padrões bilaterais, nos quais o preço pode ir para qualquer lado, de-
pendendo de um rompimento ocorrer para cima ou para baixo.
Ao clicar nas imagens abaixo, você será direcionado a uma explicação detalhada com es-
tatísticas do uso desse padrão no Bulkowski’s ThePatternSite.com, que compila os estu-
dos de Thomas Bulkowski publicados em seus mais de oito livros.

Ombro-cabeça-ombro Ombro-cabeça-ombro invertido

Topo duplo Fundo duplo

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Topo triplo Fundo triplo

Cunha descendente de alta Cunha ascendente de baixa

Diamante em fundo Diamante em topo

Alargamento Triângulo simétrico

17
Triângulo ascendente Triângulo descendente

Retângulo Bandeira

Flâmula Xícara e alça

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6 Teoria de Dow

Charles Henry Dow, jornalista confundador do Wall Street Journal, criador do famoso índice
Dow Jones, em 1884 desenvolveu uma teoria que aborda os movimentos dos preços de
ações, que hoje é a base da análise técnica que conhecemos.

Sua teoria é dividida em seis fundamentos. É imprescindível ao investidor sério que tem
como objetivo o sucesso em suas análises de mercado conhecer estes princípios.

Os índices descontam tudo: todos os possíveis fatores que afetam a cotação


01 dos preços dos ativos são rapidamente descontados nos preços dos ativos. Por-
tanto não faz tanto sentido usar análises paralelas para tentar prever o mercado,
visto que a estimativa do mercado atual será sempre a melhor e mais eficiente.
O preço desconta tudo.

Os mercados se movem em três tendências diferentes: uma tendência de alta


02 é resultado de topos e fundos ascendentes, e uma tendência de baixa é resul-
tado de topos e fundos descendentes. Existem três tipos de tendências dentro
das tendências de alta e de baixa:
Primária, que representa o movimento mais longo do mercado. Pode
durar meses ou anos.
Secundária, correções com variações de preço de até dois terços da
tendência primária. Pode durar meses ou semanas.
Terciária, correções menores que podem durar semanas ou dias.

A tendência primária é composta por três fases:


03
Fase de acumulação, quando o mercado começa a dar sinais de re-
versão e os investidores mais preparados já começam a montar suas
posições.
Fase de participação pública, o momento no qual a grande maioria dos
investidores começa a se posicionar no ativo, quando a tendência já
está clara.
Fase de distribuição, quando a forte tendência do ativo “cai na boca
do povo”. Nesse momento os investidores da fase de acumulação já
estão realizando seus lucros.

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Volume deve confirmar a tendência: para que um ativo saia de uma tendência
04 de baixa e entre em uma tendência de alta, precisa de um alto volume compra-
dor, ou vice-versa.

Princípio de confirmação: para se ter a confirmação de uma tendência é


05 necessário que os índices complementares sigam o mesmo caminho.

Em 1986, Charles Dow criou o Dow Jones Industrial Average (DJIA) ao perce-
ber que a economia norte-americana era principalmente fomentada pelo setor
industrial. Esse índice era nada mais que uma média ponderada das empresas
norte-americanas do setor industrial. Passado algum tempo, Dow percebeu que
o lucro do setor industrial estava totalmente ligado ao lucro das empresas de
transporte, visto que enquanto mais se produzia, mais havia necessidade de
transportar produto final e matéria prima, e assim surgiu o Dow Jones Transpor-
tation Average (DJTA), índice das maiores empresas de transporte da época.

Criados esses dois índices, veio o “Princípio de confirmação”. Para Dow, só


poderíamos dizer que o mercado estava plena tendência de alta/baixa se ambos
os índices estivessem apontando para a mesma direção.

Passados alguns anos esse conceito foi implementado por traders do mundo
todo na forma de médias móveis. Dizemos hoje em dia que um ativo está em ple-
na tendência de alta/baixa se suas médias de períodos maiores e menores esti-
verem apontando para uma mesma direção, como por exemplo, a média móvel
de 20 e 50 períodos.

A tendência é vigente até que seja substituída por outra oposta: uma tendên-
06 cia principal é válida até que sua reversão seja confirmada.

20
7 Fibonacci

1, 1 (1 + 0), 2 (1 + 1), 3 (1 + 2), 5 (2 + 3), 8 (3 + 5), 13 (5 + 8), 21 (13 + 8), 34 (21 + 13)... a
divisão de um número pelo seu antecessor (13 ÷ 8, 21 ÷ 13, 34 ÷ 21...) tende a 1,6128. Essa
é a razão de ouro!

Ela também foi encontrada na sequência de números desenvolvida por Leonardo de Pisa,
também conhecido como Fibonacci, em 1202. Matematicamente falando, a sequência de
Fibonacci é definida por esta fórmula:

Fn = Fn-1 + Fn-2
Essa é a razão em comum entre diversos fenômenos da natureza, como o crescimento da
população de coelhos, a relação dos anéis espirais da concha dos caramujos e a proporção
entre nossa altura e a distância dos pés ao umbigo. Foi muito usada na Antiguidade, por ex-
emplo nas medidas das pirâmides do Egito e no Parthenon da Grécia. Também se apresenta
nos gráficos de movimentos de impulsos e correções de ativos no mercado financeiro.

Os níveis de Fibonacci são excelentes suportes e resistências no mercado, tanto na busca


de projeções ou retrações do preço, conforme as imagens a seguir

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8 Ondas de Elliott

Criada por Ralph Nelson Elliott, por volta dos anos 1900, a Teoria das Ondas de Elliott se
baseia no princípio de que os movimentos dos preços no mercado financeiro aparecem em
formas de ondas, com impulsos, que estabelecem a tendência, e correções, que mostram
as retrações das tendências – os famosos pullbacks.

A teoria de Elliott diz que as movimentações do mercado são motivadas por emoções, im-
pulsões e subjetividade; portanto, refletem a psicologia humana.

Simplificadamente, as ondas de Elliott se apresentam em ciclos de cinco ondas de tendên-


cia e três de correção, baseados na razão de ouro de Fibonacci.

As ondas 1, 3 e 5 são as ondas de impulso. Note que a onda 3 deve ser a maior de todas. As
ondas 2 e 4 são corretivas e baseadas nas retrações de Fibonacci. As ondas A, B e C são os
movimentos finais do ciclo.

Vale ressaltar que as ondas menores do mercado também podem ser classificadas dentro
de ondas maiores, como na imagem abaixo:

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9 Um pouco mais sobre o Stop Loss

Conforme mencionado acima, para o trader iniciante é fundamental saber o que é Stop
Loss, especialmente no day trade. Basicamente é o risco de uma operação: quanto o trader
está disposto a perder nela. É usado para mitigar riscos, lançando uma ordem contrária à
sua posição como proteção contra possíveis perdas, para que o prejuízo não exceda seu
limite predefinido.

Existem dois tipos de Stop Loss, o Stop Loss fixo e o Stop Loss técnico.

Stop Loss fixo: a ordem de Stop Loss é fixada no gráfico exatamente no limite de perda que
você aceita para aquela operação.

Stop Loss técnico: o ponto de Stop Loss mais adequado é definido por meio de análise
técnica, porém a ordem não é lançada no gráfico. No Stop Loss técnico, a posição só é
zerada se o fechamento do candlestick ultrapassar a área de Stop Loss, evitando executar
o Stop Loss desnecessariamente. Esse método previne contra “violinadas” do mercado:
quando traders se posicionam na direção oposta e tentam levar o mercado para a região de
Stop Loss teórico da operação para poder ativar as ordens que lá estão fixadas. Essa é uma
tática bastante comum de grandes traders para tomar o dinheiro dos investidores menores.
Breakeven (“empatar”): o Stop Loss é lançado no ponto de entrada, após a operação começar
a se desenvolver. Ou seja, o trader sairia no zero a zero. Sem perdas, mas também sem gan-
hos. É uma ótima técnica para proteger o capital, mas deve ser aplicada com sabedoria, pois
é muito comum que o mercado corrija ao ponto de entrada e tire o trader de uma possível
operação vencedora.

Breakeven (“empatar”): o Stop Loss é lançado no ponto de entrada, após a operação


começar a se desenvolver. Ou seja, o trader sairia no zero a zero. Sem perdas, mas também
sem ganhos. É uma ótima técnica para proteger o capital, mas deve ser aplicada com sabe-
doria, pois é muito comum que o mercado corrija ao ponto de entrada e tire o trader de uma
possível operação vencedora.

Atenção

Nunca entre em uma operação sem um Stop Loss. Se o mercado for contra você, não hesite.
Respeite o ponto que você definiu quando sairia da operação. Nunca confie na sorte. Nada
garante que o preço vai voltar para região em que você está posicionado.

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10 Mentalidade vencedora

Bônus final para você que chegou até aqui! Estas linhas sintetizam o pensamento de Mark
Douglas, autor de O trader vencedor (tradução de Afonso Serra). Amplamente difundidas
entre os traders e analistas, proporcionam uma excelente orientação para você desenvolver
a mentalidade vencedora no trading:

Cinco verdades fundamentais

Qualquer coisa pode acontecer.

Você não precisa saber o que vai acontecer em seguida para ganhar dinheiro.

A distribuição entre ganhos e perdas para um dado conjunto de variáveis que de-
fina um trunfo é aleatória.

Um trunfo nada mais é que uma indicação de probabilidade mais alta de que uma
coisa aconteça em relação a outra.

Todo momento no mercado é único.

Sete princípios da consistência

Eu identifico objetivamente os meus trunfos.

Eu predefino o risco de todas as operações.

Eu aceito completamente o risco ou me disponho a desistir da operação.

Eu atuo com os meus trunfos sem reservas ou hesitação.

Eu me pago à medida que o mercado disponibiliza dinheiro para mim.

Eu monitoro continuamente minha propensão a cometer erros.

Eu compreendo perfeitamente a necessidade desses princípios de sucesso con-


sistente e, portanto, nunca os transgrido.

24
Pratique com total segurança!
Agora é hora de testar seus novos conhecimentos na prática. Experimente na
melhor plataforma para day trade, swing trade e position trade, e também para
buy and hold de criptomoedas. A Bitget oferece simuladores de trading de Futuros
com margem em USDT, USDC e criptomoedas (BTC, ETH, XRP e BGB). Exercite à
vontade e desenvolva sua habilidade com risco zero!

Referências bibliográficas
Bulkowski, Thomas. Bulkowski’s ThePatternSite.com.
Disponível em: https://thepatternsite.com. 2005-2023.
Chart Patterns: After the Buy. Wiley, 2016.

Encyclopedia of Candlestick Charts. Wiley, 2008.

Encyclopedia of Chart Patterns, 3rd Edition. Wiley, 2021.

Fundamental Analysis and Position Trading: Evolution of a Trader. Wiley, 2002.

Getting Started in Chart Patterns, 2nd Edition. Wiley, 2014.

Swing and Day Trading: Evolution of a Trader. Wiley, 2013.

Trading Basics: Evolution of a Trader. Wiley, 2012.

Trading Classic Chart Patterns. Wiley, 2002.

Douglas, Mark. O trader vencedor. Tradução de Afonso Serra. São Paulo, Portfolio Penguin,
2021.

Dow, Charles Henry, 1851-1902. The Online Books Page. Disponível em: http://online-
books.library.upenn.edu/webbin/book/lookupname?key=Dow%2C%20Charles%20
Henry%2C%201851%2D1902.

Luschetta, Valéria. Leonardo de Pisa (Fibonacci). Disponível em: https://www.matematica.


br/historia/fibonacci.html. São Paulo, IME-USP, 2003.

TradingView. Disponível em: https://www.tradingview.com/. 2023.

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