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Olá pessoal tudo bem vamos iniciar nossa aula sobre a parte introdutória do Direito

do Trabalho fundamentos e informações histórica do direito trabalho toda a parte


conceitual divisão características enfim aquela parte que é necessária para a gente
estruturar e entender e compreender o fenômeno que é esse esse ramo do direito o
direito do trabalho vamos lá para a gente começar a falar direito trabalho a gente
tem que relembrar que só existe a noção de trabalho como a gente estuda ou seja a
ciência do Direito de Trabalho só é possível a partir de um corte epistemológico
nesse estudo que é o trabalho livre Por isso as manifestações de trabalho antes da
existência de trabalho livre a gente não coloca no campo da ciência do Direito do
Trabalho é a fase que a gente chama de pré-histórica do direito trabalho a fase de
trabalho escravo trabalho sem liberdade é a fase da antiguidade lá na Grécia é a
fase que o Brasil por exemplo adotou com trabalho escravo até 1888 isso tudo não
entra no campo da ciência do direito trabalho tudo que a gente faz hoje obviamente
é combater o trabalho escravo e na visão moderna é o trabalho análogo as condições
de escravo né porque mudou já esse fenômeno em relação ao que era no passado Então
esse é o corte necessário tá E esse corte ele começa a surgir de forma assim mais
precisa na idade média com trabalho de pequenos artesãos nas manufaturas aí a gente
tinha de certa forma um trabalho livre muito incipiente e que era organizado
através das corporações de ofício as corporações de ofícios eram entidade gente que
serviam para controlar o trabalho desses artesãos como é que funcionava a
corporação de ofício você tinha os mestres que eram detentor do normal do
conhecimento da técnica e as pessoas entravam como aprendizes normalmente até
menores de idade para aprender o ofício para aprender a profissão então o trabalho
era feito com autorização das corporações de ofício das corporações de eu fiz e eu
aprendi ali né fazendo a sua parte aprendendo o Ofício até que ele conseguisse um
dia também ter o conhecimento da profissão e pudesse virar mestre O problema é que
os médicos não queriam que todo mundo chegasse a mesma condição deles e começou uma
atenção ali dentro das corporações de ofício Daí nós tivemos um movimento muito
importante na França que é a revolta dessa figura intermediária que ficava entre os
aprendizes e os mestres é a figura dos companheiros a revolta dos companheiros foi
uma revolta para se libertar dessa situação porque ele já tinha o Ofício já tinha
um conhecimento e não podiam trabalhar livremente muita gente acha que a Re lta dos
companheiros seria o início do Direito de Trabalho a primeira manifestação assim
catalogada de busca de melhores condições de trabalho mas não é bem isso porque
porque na verdade os companheiros queriam o mesmo que antes os escravos buscavam
que concomitantemente os escravos dos carros que é liberdade liberdade para poder
trabalhar sem nenhuma agremiação controlando o seu trabalho a revolta dos
companheiros Então queria isso queria Liberdade isso marca gente que não houve ali
o início da chamada luta de classes que depois originou o direito de trabalho não
existiam as condições adequadas para que essa luta acontecesse tanto é verdade que
logo após na sequência histórica com a Revolução Francesa em 1789 com os ideais da
liberdade igualdade Fraternidade principalmente no primeiro momento Liberdade o que
que aconteceu a gente teve a instalação da figura do chamado estado liberal aquele
estado mínimo a gente teve afirmação histórica dos direitos fundamentais de
primeira dimensão ou de primeira geração a chamada de liberdades clássicas onde
você queria o quê onde você queria afastar o estado afastar a figura do poder
público afastar controle Porque durante a idade média com o Estado Absolutista o
grande vilão das liberdades do cidadão era justamente o poder público o poder
público que chegava lá e pegava a sua propriedade controlava sua forma de trabalhar
a sua forma de agir a sua vida privada daí os ideais da Liberdade que foram
afirmados nessa época pode Revolução Francesa tiveram esse grande intuito de
colocar o estado num papel secundário no papel minimalista criamos então chamado
estado liberal como eu já disse e uma das consequências importantes na área
trabalhista foi justamente a proibição de agremiações de trabalhadores ou seja
houve a noção ali exata de que agremiações de trabalhadores levava controle da sua
liberdade por conta da experiência A Luta dos companheiros lá atrás não era uma
questão de luta de classes dentro de uma visão capitalista não era bem isso era
realmente busca pela Liberdade tanto que depois que a liberdade é afirmada na
Revolução Francesa A gente tem a proibição de qualquer agremiação de trabalhadores
então qualquer coletivo de trabalhadores era visto como algo que retiraria a
liberdade de trabalhar é o afastamento do estado é o afastamento de controle
reconhecendo a Total Liberdade de contratação foi esse o panorama jurídico que a
gente teve pode Revolução Francesa E aí é claro que a gente ainda não tinha as
condições históricas para o surgimento do direito trabalho como a gente conhecia
porque naquela época Ainda era o trabalho basicamente de manufaturas o trabalho
Agrário trabalho no campo a gente ainda não tinha as condições adequadas para o
surgimento do direito trabalho porque o direito trabalha gente é bom lembrar logo
disso ele é subproduto do que da revolução industrial a revolução industrial no
século 18 quando começa a ler a Revolução Industrial primeira com os teares
mecânicos depois com a máquina a vapor foi uma revolução de raiz Econômica né
buscava uma melhor Retribuição melhores condições e no campo do Social levou a uma
circunstância muito importante as pessoas começaram a procurar esses locais para
poderem sobreviver através de uma remuneração então quando a gente começa a ter as
fábricas surgindo começa a ver uma migração dos trabalhadores do campo né que é
basicamente na época era manufatura de mão de obra no campo e começam a buscar
essas fábricas Para poderem trabalhar num ambiente jurídico sem qualquer proteção
sem qualquer regulamentação era Total Liberdade naquela época e isso foi mostrando
que que essas pessoas que iam buscar esse tipo de trabalho sem nenhuma
regulamentação estava ali numa situação ruim foi isso que a história mostrou para
gente as pessoas topavam qualquer coisa para obter trabalho para poder sobreviver
foi a época então que a gente viu acontecer jornadas extremamente longas menores
trabalhando sem nenhum tipo de limitação de horário menores trabalhando recebendo
menos mulheres trabalhando recebendo menos porque era mais fracas nada de segurança
no trabalho de insalubridade era uma situação calamitosa do ponto de vista ali
humanos Sem dúvida nenhuma agora isso levou uma condição social muito interessante
porque porque as pessoas começaram a se organizar em volta dessas fábricas começou
a ver uma concentração dessa massa de trabalhadores que a gente começa a chamar de
operariado o operariado começa a se concentrar em torno das fábricas começa a
surgir as Vilas industriais né as pessoas residindo ali próximo e se comunicando e
eles começam a perceber que quem tentar sozinho conseguir melhores condições de
vida de trabalho dificilmente vai ter sucesso porque porque há uma massa de gente
lá fora querendo aquele lugar as pessoas queriam sair da miséria então sozinhos
eles não conseguiriam fazer muita coisa é aí que começa a nossa história
efetivamente do Direito do Trabalho essa classe que a classe do operariado começa a
se unir e começa a perceber que há necessidade de uma reivindicação coletiva porque
aí eles podem fazer barulho aí eles podem conseguir algo melhor É nesse ponto que a
gente pode dizer ocorre a fagulha inicial do Direito do Trabalho é a formação da
consciência coletiva do operariado dentro desse contexto de luta de classes que
acontece histórico que a gente não pode ignorar aconteceu assim foi assim o direito
de trabalho começa a se formar o direito trabalha ele se forma gente a partir de
reivindicação a partir de luta a partir de conflito num primeiro momento a gente
começa a ter algumas concessões feitas pelo empresário para acalmar a massa né para
que a massa possa trabalhar possa produzir mas a gente começa também a ter ainda
que time da mente lá no início uma intervenção Legislativa o estado começa a
perceber que ele não pode simplesmente deixar livremente esses atores sociais
negociando porque porque existe uma diferença de forças existe alguém que tem um
capital que tem o poder e existe uma massa de pessoas Miseráveis possuídos que
nesse mercado que basicamente vão entrar com a sua força humana de trabalho essa
diferença de forças é que faz com que comece a haver uma intervenção Legislativa
para criar alguns freios é aí que nasce o direito de trabalho por isso a gente não
pode esquecer dessa raiz histórica o direito do trabalho é direito de reivindicação
lá no início o direito do trabalho é um direito que está ligado a melhoria da
condição humana por isso a sua raiz lá com os direitos humanos Sem dúvida nenhuma
tá essa rede histórica ela existe e o direito de trabalho ele é formado a partir do
movimento social dentro desse contexto de luta de classes para evitar a Mega
exploração do mais forte sobre o mais fraco dessa percepção da diferença de forças
onde a massa de pessoas com necessidades se jogava para trabalhar em qualquer
condição porque simplesmente precisavam sobreviver é aí então que surge a primeira
intervenção Legislativa em 1802 a frente marcar aqui um momento histórico na
Inglaterra que foi uma lei para proibir trabalhos noturno para menores de idade e
reduzindo a jornada dos menores de idade para 12 horas por dia você vê como o
direito de trabalho ele nasce aí na primeira intervenção Legislativa com o patamar
de direitos que hoje pra gente é um absurdo
né você imaginar menor trabalhando 12 horas por dia é um absurdo isso é muito
importante da gente perceber porque porque o direito trabalho ele é construído
socialmente de forma lenta e gradativa a gente vai alcançando patamar e
civilizatórios que a gente não aceita mais retrocesso a gente não quer que isso
volte para trás São Direitos que nós consolidamos que a gente tem que preservar
vejam como tudo começa e onde a gente já chegou hoje a gente já tem na nossa
Constituição que ninguém trabalha mais do que 8 horas por dia 44 por semana esse é
o padrão e que a regra é o menor não trabalhar a não ser a partir de 14 anos como
aprendiz e de uma forma geral a partir de 16 anos Olha como a gente já evoluiu de
lá para cá é muito interessante né Então essa é uma ideia importante é a construção
a partir dos mínimos querendo chegar aos máximos tá nessa época a gente tem
portanto os primeiros movimentos associativos começa a surgir as agremiações de
trabalhadores ainda que ilegalmente porque no campo jurídico isso não era permitido
e a gente tem as primeiras greves organizadas então é um fato social mesmo tá gente
que vai anulando que vai pulando e óbvio que a gente tem vários fatores históricos
que ajudam na contribuição da formação histórica do Direito de Trabalho além das
filosofias da época né filosofia marxista a gente tem também algo muito importante
que aí sim era um ovário Ou seja a doutrina social da Igreja Católica que começa a
olhar para esse fenômeno ele começa a perceber que deve haver um freio na
exploração desses seres humanos para busca de uma dignidade para busca de uma
igualdade para busca de fraternidade a gente começa então a ter a formação do
direito e trabalho com muita luta que eu tô aqui Resumindo óbviamente né e mais ou
menos aí em quase um século a gente passa da proibição da agremiação de
trabalhadores para o reconhecimento legal dessas entidades coletivas que trabalham
justamente com o interesse da coletividade de trabalhadores sindicatos beleza isso
não contexto gente de ainda primeira revolução industrial que aquela ideia do
mercado temorista né do da forma de trabalhar temorista onde você segmenta a força
de trabalho buscando maior produtividade o taylorismo é que marca esse primeiro
momento com uma racionalização do trabalho humano é a técnica entrando na forma do
trabalho humano para buscar mais produtividade aliado à tecnologia mas para a gente
entender melhor esse fenômeno e como isso afetou a construção do primeiro direito
trabalho né do direito trabalho 1.0 a gente vai aprofundar depois de nesse nosso
primeiro intervalo Tá bom já voltamos então é daqui a pouquinho muito bem pessoal
como é que funcionava então a ideia do taylorismo Robert Taylor teve a seguinte
sacada se a gente conseguir segmentar o trabalho humano ou seja em vez do
Trabalhador conhecer e saber pegar do produto bruto lá da matéria-prima até a
transformação final se a gente conseguir segmentar e colocar cada um especializado
numa etapa dessa produção do produto final a gente vai ganhar muito tempo e a gente
consegue criar especialistas em cada detalhe seja parafuso alguma coisa Seja bater
um martelo é aquela visão clássica né do trabalho repetitivo e que a gente pode
controlar no tempo cria-se a figura do cronometrador né pra gente poder
racionalizar e buscar mais produtividade nessa época então a gente teve um
incremento de tecnologia o incremento da racionalização da forma de trabalho que
levou a gangue produtividade gigantescos obviamente jogando essa massa de produtos
para o mercado que absorvia toda a linha estava crescendo tudo ali estava em
ascensão e a gente teve então uma massa que conseguia consumir aquilo que era
produzido a empresa então era Invista como uma empresa concentrada que fazia todas
as etapas da produção racionalizando o trabalho humano de forma segmentada
produzindo cada vez mais para o mercado consumidor que absorveria essa produção
Essa é a ideia de empresa por isso que a gente pode dizer que a intervenção
legislativo o direito de trabalho que foi construído nesse momento histórico foi um
direito trabalho que seguiu esse padrão era um direito de trabalho com a mesma
visão primeiro retilínea né porque a empresa ela vai sempre crescer então irei
trabalha um direito trabalho que também tem sempre que crescer o trabalhador tem
que sempre ganhando mais conquistas e conseguir mais direitos seguindo carreira
dentro da mesma empresa o direito de trabalho ele tem que ser estável tem que gerar
uma estabilidade para o trabalhador uma segurança para o trabalhador Porque a
empresa ela vai sempre crescer também é uma empresa estável é uma empresa segura
então o trabalhador tem que fazer carreira lá dentro fica a vida inteira galgando
melhores posições isso permitia então ideias que era basicamente o que a gente
Segue até hoje logo muita coisa já mudou mas uma ideia primeiro Dual se você quer
trabalho você contrate o empregado a empregado empregador relação Dual como tá na
CLT até hoje levou muito tempo para a gente conseguir regulamentar a terceirização
por exemplo que quebra essas espinhas dorsal então o trabalho tem que ser Dual o
trabalhador tem que ter carreira o trabalho dele não tem que ter fim continuidade
da relação de emprego ele tem que conseguir cada vez mais direitos condição mais
benéfica tudo que é criado na legislação é criado para que ele possa ter melhores
condições de trabalho norma mais favorável Olha só como a gente tá já anunciando
aqui em princípio para você entender na raiz histórica que a gente vai estudar na
sequência das aulas dos princípios de direito e trabalho tudo dentro da grande
ideia De que De fazer uma intervenção Legislativa com direitos obrigatórios
imperatividade do direito do trabalho não é assim que você não pode abrir mão né
porque senão você volta a estaca zero e renunciabilidade dentro da grande ideia
maior que é proteger do Trabalhador o princípio da proteção essa história do
Direito de Trabalho é isso que dá toda a estrutura para o direito de trabalho até
hoje até hoje a gente tem essa príncipelogia com essas esses reflexos para o
direito de trabalho e isso já mostra a grande dificuldade atual né porque o mundo
mudou demais as empresas mudaram demais como a gente vai ver aí ao longo da nossa
aula agora é importante a gente perceber o seguinte essa visão de mundo lá atrás
dessa primeira revolução industrial da formação inicial do Direito do Trabalho
levou em conta uma muito importante que foi uma grande contribuição da área
trabalhista para o direito foi perceber o seguinte que aqueles ideais lá da
Revolução Francesa de liberdade Fraternidade ele só conseguiriam realmente ser
preenchido ser preenchido se a gente tivesse algumas condições mínimas porque
porque ninguém é livre passando fome ninguém é livre morando na rua ninguém é livre
sem condições mínimas de existência Foi aí que a gente começou a pensar na ideia de
que todo cidadão deve ter acesso ao mínimo existencial esse mínimo existencial
gente é justamente a parte em que a gente pensa que o Estado o poder público ele
não deve ser só um garante dor de liberdade do cidadão o estado passa a ter uma
responsabilidade para fazer algo o estado deve promover por isso que é interessante
que a gente vê que a primeira afirmação de direito fundamentais Liberdade os
direitos com eficácia negativo o estado não tinha que fazer nada ele só tinha que
reconhecer preservar e não vilipendiar os seus direitos agora não agora a gente já
quer que os casos promova algo São Direitos do estado tem que gastar ele tá
vinculado a promover algo para o cidadão é um momento histórico da afirmação dos
direitos fundamentais de segunda dimensão o chamado direitos sociais onde se inclui
aí a parte trabalhista toda a parte trabalhista toda ela entra nesse contexto
histórico de afirmação dos direitos fundamentais de segunda dimensão tanto que tá
lá na nossa Constituição de 88 no artigo 6º a gente tem lá os direitos sociais e
entre eles a gente vê o direito ao trabalho e por aí vai são vários direitos que
compõem esse mínimo especial que todo mundo deveria ter acesso eu costumo dizer que
se a gente conseguir se implementar só o artigo 6 da Constituição a gente teria uma
sociedade muito melhor né O problema é que esse estado que promove que a gente
começa a chamar de estado social ele tem um grande uma grande dificuldade recursos
e a gente se fica nessa conflitosidade até hoje porque todo mundo quer políticas
sociais para que todo mundo possa ter uma melhor condição de vida o problema é
sabermos de onde vem esse dinheiro e normalmente vem dos recursos públicos e os
recursos públicos nada mais são gente do que dinheiro do cidadão que o estado
arrecada através dos tributos nessa história é velha é a mesma história de sempre é
um problema é esse é saber o nível de arrecadação a questão da gestão pública desse
dinheiro como fazer investimento desse dinheiro porque normalmente o dinheiro não
dá acrescentando que aqui no Brasil a gente tem sempre o problema também intrínseco
da corrupção né porque muito dinheiro você perde no meio do caminho então o que eu
acho mais interessante é perceber o seguinte que na Essência todo mundo concorda
com os valores né O problema é como fazer como chegar lá e o direito de trabalho
fica nesse meio do caminho porque o direito do trabalho ele quer a melhoria das
condições dos trabalhadores dos seres humanos o direito de trabalho precisa de
promoção do Estado ele precisa da participação do estado da intervenção estatal o
problema é saber que medida como isso deve acontecer Qual é a melhor forma de
proteção Esse é o debate eterno do Direito de Trabalho problema que a gente faz
esse debate hoje de uma forma muito agressiva né esse debate deveria ser mais
relaxado porque todos queremos a mesma coisa a gente quer melhoria para o ser
humano em geral e aí a gente tem que perceber também que talvez seja na hora de
superarmos algumas
visões clássicas e já não se encaixa m 100% a começar pela Essa visão sempre
conflitiva do Direito de Trabalho e ele trabalha é luta é guerra é conflito entre
trabalhador e empregador como se ele sempre tivessem vontades antagônicas e isso
nem sempre é verdade isso existe ainda mais sempre a verdade comente também vai ver
aí ao longo da aula tá então é muito importante a gente perceber o seguinte para a
gente fazer aqui já é um corte importante ele começa a ter intervenção estatal pela
percepção de diferença de forças entre um lado e o outro o trabalhador mais fraco o
tomador de serviço mais forte e o direito de trabalho percebe que há necessidade do
Estado promover o mínimo assegurar o mínimo para que todo cidadão possa ter real
Liberdade essa foi uma grande contribuição da área trabalhista para o direito como
um todo e aí que a gente entra numa temática muito importante que hoje a gente já
consegue ver isso de uma forma mais fácil que é a seguinte é que em uma relação
privada como é a relação trabalhista entre dois atores privados a gente também tem
que respeitar os chamados direitos fundamentais a gente não pode permitir numa
relação privada que haja agressão a esses direitos ou seja a gente reconhece na
área trabalhista e área trabalhista foi Pioneiro nisso a eficácia horizontal dos
direitos fundamentais claro que a gente só vai falar disso nessa forma lá no século
20 mas na origem já era isso no fundo e área trabalhista também fez algo muito
importante para o direito que o a área privado direito civil só foi perceber também
quase que Um século depois ou mais até que foi a limitação na autonomia da vontade
do indivíduo porque lá na época a gente Liberdade A ideia era consagrar esse valor
autonomia da vontade Direito Civil foi calcado em cima disso Direito Civil clássico
né da autonomia da vontade e o direito de trabalho falou não eu não posso deixar os
dois Livres assim porque tá caro o mais forte sobre apoia mais fraco Então a gente
tem que fazer uma intervenção estatal via legislador para limitar os conteúdos dos
contratos limitando assim a autonomia da vontade e aí Olha só que lindo gente
séculos depois o direito civil chegou essa mesma conclusão e obviamente o direito
civil ele tem talvez mais refinamento que o direito de trabalho e nós temos uma
doutrinadora muito importante que a Teresa Negreiros que fala na sua obra de como a
gente identifica que num contrato privado numa relação privada a gente precisa
disso tudo a gente precisa fazer essa intervenção que ela chama de paradigma da
essencialidade quando a gente tem uma relação privada com dois atores privados e um
deles se lança nessa relação para buscar algo que é essencial para sua
sobrevivência digna como alimento como moradia esse ser humano está potencialmente
fragilizado porque gente Trocando em Miúdos quem tá com fome assina qualquer coisa
quem precisa pagar a escola para os filhos topa qualquer trabalho não vai nem ler
contrato não vai nem ler se tá como empregado se tá como autônomo PJ você tá como
cooperativado tanto faz eu preciso receber dinheiro no final do mês então essa
condição que é hoje reconhecida em todo o direito privado é a condição primordial
da área trabalhista o paradigma da essencialidade e quando eu falo área trabalhista
eu estou propositalmente querendo mostrar para vocês que isso na verdade existe não
é só no contexto da relação de emprego isso existe no contexto maior de todas as
relações de trabalho hoje um trabalhador autônomo que não tem fraude gente não tá
falando de fraude o cara é autônomo mesmo ele também tem um corte de dependência de
necessidade de fragilidade pode acontecer é um sujeito por exemplo que tem um
contrato como autônomo se entendesse contrato ele vai passar fome até arrumar outro
então ele fica ali numa situação de dependência Esse é o corte importante da área
trabalhista o corte da dependência é o corte de trabalhar por conta alheia alguém
recebe a sua energia de trabalho paga por isso OK mas você não consegue você mesmo
se auto explorar você não consegue você mesmo ganhar o máximo que você poderia
ganhar se auto explorando você tem alguém que tá ganhando em cima de você quando
contrata sua mão de obra Esse é um esquema muito importante dentro da lógica
capitalista de exploração de trabalho humano tudo bem beleza compreendido isso
gente vamos avançando aqui na formação histórica para chegar no século 20 no século
20 a gente tem alguns fatores importantes na formação do direito trabalho
aniversário de 1919 a convenção de Genebra de 1921 e a criação da aoit organização
internacional do trabalho que é importantíssima para nossa área por quê Porque esse
primeiro conflito Mundial Essa guerra primeira guerra mundial ela foi muito
decorrência da desigualdades sociais então há essa percepção da necessidade da
gente ter uma uma maior coerência uma maior harmonização uma hegemonia das
proteções aos seres humanos globalmente algo que a gente não conseguiu até hoje né
até hoje a gente tem muitas disparates em termos de proteção humana em termos de
desenvolvimento do Direito do Trabalho mundo afora tá agora esse contexto todo da
formação do direito trabalho ainda tem na sua lógica aquela ideia de empresa grande
e forte a gente pode dizer que no início do século 20 Tivemos uma mudança de
mercado a gente começa a adotar o chamado fordismo mas que tem muito ainda da mesma
lógica Inicial empresa grande concentrada forte produzindo cada vez mais com o
incremento de tecnologia por um mercado consumidor Ou seja a gente continua na
lógica de Direito do Trabalho forte retilíneo do uau como no início mas como uma
pequena diferença que eu vou explicar depois de mais esse intervalo Tá bom até
daqui a pouco Qual foi o detalhe Aí talvez o grande detalhe com o fordismo em rifor
passa a incrementar nas suas fábricas as chamadas esteiras mecânicas as esteiras
mecânicas elas fazem o quê na prática elas mudam a percepção da velocidade do
trabalho do tempo de trabalho o ser humano ele não trabalha mais de acordo com que
o seu corpo Manda uma capacidade dele ele tem que se adequar o tempo da máquina é
aquela visão clássica gente do filme de Charles Chaplin Tempos Modernos quando ele
tá lá na esteira mecânica fazendo o trabalho repetitivo seguindo aquela rapidez ali
da esteira mecânica que ele vai tendo dificuldade né E aí tem duas cenas que eu
acho muito interessante uma que ele sai na rua reproduzindo os mesmos movimentos né
que ele ficava só a parafusando e aquela cena né fenomenal quando ele cai na
esteira mecânica e ele é engolido pela máquina aquilo ali foi para festa né gente
Charlie Chaplin percebeu lá atrás que a gente ia ter uma grande transformação no
mundo em que a gente acaba sendo engolido pela tecnologia e de fato aconteceu né
talvez não na forma como ele imaginou mais aconteceu hoje a gente tem uma grande
independência da tecnologia hoje a gente tem uma grande influência da tecnologia a
tecnologia hoje não é mais só neutra ela é ativa né Principalmente através daqueles
aparelhinhos que a gente ama que é o smartphone com as suas redes sociais né com os
algoritmos que vão identificando o seu perfil e vão te oferecendo produtos vão te
direcionando para notícias hoje a situação é bem complexa tá gente isso vale aí
também um curso a parte a influência da tecnologia nos seres humanos principalmente
nas crianças né a gente tem que ficar muito Alerta com isso tudo mas o fato é
realmente a gente passou a fazer todo o nosso desenvolvimento atrelado ao
desenvolvimento tecnológico perfeito e isso acontece a partir de reforma essa
percepção da tomada do tempo do ser humano pela tecnologia e obviamente com ainda
aquela aquele paradigma de produzir cada vez mais né para o mercado consumidor que
também absorve isso teve uma outra sacada né Foi a época em que se percebeu que
para o mercado consumidor absorver tudo que se produzia a gente precisaria também
criar essa massa de consumidores Foi então que houve um aumento no ganho dos
trabalhadores para que eles pudessem se transformar também em consumidores é o que
a doutrina indica como o grande fator da formação da tradicional classe média
americana é aquele operário que consegue comprar os produtos que ele mesmo ajuda a
fabricar r com a criação do famoso sonho americano né uma casinha com todos os
eletrodomésticos com tudo aquilo que é sendo produzido o seu carro na porta aquela
ideia tradicional de família americana Doriana né que a gente tem isso no nosso
Imaginário até hoje essa construção familiar né E essa construção de sociedade a
classe média Então ela é muito importante na formação aí do próprio direito de
trabalho e nessa época também começa algo muito interessante que é o incremento da
época até então até mais um pouquinho para frente é mais para década de 60 Então
vamos chegar lá mas é aquela aquela valorização disso né de você ganhar dinheiro
através do seu trabalho para poder consumir informar a base da sua família aí a
gente vai continuando na história e chega na segunda guerra mundial a Segunda
Guerra Mundial gente ela pra gente na área trabalhista ela trouxe alguns fatores
muito importantes primeiro a explosão tecnológica o esforço de guerra faz com que a
gente né seja mais criativo e busca atrás de novas tecnologias tanto que a raiz da
internet foi lá só nos radares Ingleses da Segunda Guerra Mundial tem uma explosão
tecnológica a transformação nas grandes empresas também que começam a precisar
produzir mais pro esforço de guerra é aí que a nossa doutrina também mostra que
começa as ideias de terceirização de delegação de atividades com o esforço da
Guerra essa delegação de atividade para produzir mais e obviamente com o fim da
guerra toda reformulação geoeconômica mundial com um detalhe que eu acho fenomenal
que foi a derrota do Japão por que que isso é fenomenal para área trabalhista
porque com a derrota do Japão nos tratados de paz o Japão passa a ficar proibido de
ter grandes concentrações de Capital porque o esforço de guerra japonês foi muito
financiado pelos grandes conglomerados econômicos financeiros passa a ver então uma
pulverização do Capital nas empresas no Japão E aí a alma natural adaptação essa
nova realidade se eu não posso ter grande conglomerados as empresas que estão
pulverizadas começa a fazer o quê começam a produzir fazendo uma rede entre si de
negócios para produção é aí que a gente começa a ter as condições históricas para
criar um novo tipo de mercado que a gente chama de toyotismo que foi aí né digamos
assim usado e que ficou famoso com a empresa Toyota o toyotim basicamente é a ideia
de você reduzir a sua empresa a um lucro essencial onde você vai ter os segredos
industriais o design aquilo que vai fazer a grande característica do produto no
mercado e você ao invés de você mesmo produzir tudo ao invés de você mesmo cuidar
de todas as etapas da produção você cria uma rede de parceiros para isso você vai
ter fornecedores de produtos e serviços é o que a gente chama de descentralização
da economia é o quando a gente começa a ter uma economia pulverizada com empresas
em rede isso é muito interessante para área trabalhista porque porque se a
terceirização que começa ali após a segunda guerra mundial já é um fenômeno que
Impacto a área trabalhista porque ela quebra a dualidade a descentralização
produtiva afeta diretamente frontalmente os princípios trabalhistas porque você não
tem mais aquela concentração de trabalhadores dentro de uma mesma empresa que faz
tudo não você tem os trabalhadores espalhados nessa rede que é uma cadeia produtiva
e aí esse modelo da Toyota que começou ali forte na década de 60 Ele se mostra um
modelo vencedor do ponto de vista empresarial na década de 70 quando ocorre a
grande crise do petróleo quando ocorre a grande crise do petróleo a indústria
automobilística ela acaba sendo paradigmática para isso porque porque as grandes
empresas Americanas com o aumento da matriz energética né do preço da matriz
energética petróleo na década de 70 e a Toyota tem mais facilidade de enfrentar a
crise porque ela não está com tudo concentrado dentro dela a GM por exemplo ela
tinha PIB gente maior que país é uma empresa e era uma empresa mãe né que o
trabalhador ia cada vez conseguido mais direitos fazia a vida ali dentro naquela
visão tradicional do Direito do Trabalho 1.0 né agora quando a gente muda para esse
fenômeno do toyotismo e esse modelo se mostra o modelo vencedor porque a empresa
fica mais leve leve em que sentido ela consegue se adequar ao mercado no momento do
que o mercado quer a gente começa a ter uma outra lógica é a produção sobre demanda
não há mais necessidade de eu produzir como era antes para fazer um grande estoque
não eu vou produzir sobre de nada O mercado consumidor quer mais eu dou mais para
ele O mercado consumidor também até menos eu dou menos para ele e para dar menos eu
não preciso dispensar empregados eu não preciso reduzir meus empregados não eu
simplesmente mexo com a minha rede de fornecedores de produtos e serviços se o cara
produzir 10 mil carros eu vou comprar tantos mil pneus se eu quero produzir 5.000
carros eu compro menos de pneu E aí o problema da redução da produção de pneus é da
fábrica lá de pneus não é meu problema é problema deles eles que vão ter que
dispensar trabalhadores não eu por isso que essa forma de digerir é uma forma muito
mais leve para empresa é uma forma mais flexível para empresa e obviamente do ponto
de vista do Direito do Trabalho tradicional é destruidora porque porque a gente não
consegue dar uma resposta adequada de responsabilidade trabalhista da cadeia
produtiva inteira porque afinal de contas Qual é o erro de uma empresa que quer
produzir menos ela compra menos que eu ela não é obrigado a comprar a mesma
quantidade de pneu todos os dias não é ela pode mudar a quantidade que ela quer
comprar Então olha só como as coisas mudam e aí o problema trabalhista passa a
ficar mais nas pontas da rede do que na chamada as empresas mães empresas
principais indústria mobilística ela foi de novo Pioneira nessa nova forma de
trabalhar que a partir da década de 60 começa e 70 principalmente começa a ser
adotada de uma forma mais Ampla com um potencial precarizante direito do trabalho
gigantesco porque o fenômeno é diferente fenômeno não é aquele original imagem
quando a gente começa a fazer isso no plano internacional principalmente
impulsionado pela globalização e a revolução tecnológica que facilita muito que
você faça essa rede essa cadeia produtiva para além do seu país você começa Aí sim
a ter uma dificuldade gigantesca porque porque dentro do mesmo país você ainda tem
a soberania do estado e do Poder Judiciário que pode alcançar ali o fenômeno e
tentar condenar e manter a responsabilidade dos atores dentro do território
nacional agora como você começa a fazer isso no plano internacional fica muito
difícil porque se uma empresa brasileira por exemplo delega e contrata uma fábrica
chinesa para produzir alguma coisa para ela para ela comprar o chinês que morre lá
é problema do Brasil é problema nosso ou é problema lá da fábrica chinesa a gente
fica nem sabendo o que acontece nessa cadeia produtiva isso de fato mexe muito com
direito de trabalho e a gente não conseguiu uma resposta adequada até hoje né desde
centralização produtiva em plano internacional É de fato um fenômeno bastante
complexo que a gente tem dificuldade de resolver e não há resposta adequada ainda
para isso então a globalização elas gasta o problema trabalhista principalmente a
partir da década de 90 com a revolução tecnológica das Comunicações e o direito de
trabalho não conseguiu chegar ainda à tarde e aí começa a acontecer um fenômeno que
foi muito triste porque porque esses grandes players de mercado essas grandes
empresas usam dessa nesse sistema para terem mais ganho Elas começam a delegar
atividades para países de baixa proteção humana debaixo do desenvolvimento humano e
de quase zero proteção trabalhista Foi a época que a gente viu a fuga de fábricas
de empresa para países periféricos o Brasil recebeu fábricas assim também porque o
Brasil apesar de ter um direito de trabalho forte grande complexo o Brasil tem uma
mão de obra ainda muito barata né o nosso salário mínimo aqui é muito baixo então o
Brasil ainda vale a pena mesmo com toda essa complexidade do direito de trabalho
mas mesmo que o Brasil a luta ficou complicada com o chamado Tigres Asiáticos os
países na Ásia com praticamente zero proteção trabalhista com uma massa de
Miseráveis que começaram a receber essas fábricas com uma grande evolução para eles
né a gente teve aí índia vietna Azerbaijão Indonésia e por aí vai e a China né a
China numa mudança de mentalidade que eles tiveram que eles começaram a migrar por
um capitalismo de estado com a criação desses parques Fabrício que produziam um
desenvolvimento econômico impressionante para aquele país tirando as pessoas da
miséria para uma condição boa então assim é muito complexo a gente julgar né claro
que tudo deveria ter acontecido de uma forma mais humana mas o fato é que para
esses países Isso foi uma boa notícia eu tenho um amigo que era alta executivo de
uma empresa dessas multinacionais ele falava quando a gente fala que a gente vai
abrir uma fábrica né a corrida dos países para buscar essa fábrica para levar para
lá é impressionante a quantidade de benefício que eles dão para empresa para você
abrir uma fábrica em determinado local de Miseráveis porque aquilo ajuda na miséria
daquele local faz com que as pessoas evoluam e aí obviamente a gente viu De novo
acontecer aquilo que aconteceu lá atrás no Direito de Trabalho pessoas trabalhando
sem condições de segurança com jornadas o que acontece até hoje volta e meia a
gente tem notícias na mídias desse tipo de trabalho ainda que não é um trabalho
Digno né a gente ainda passa por essa mazela e a gente não tem ainda uma resposta
adequada né complexo né mas a gente vai continuar aí mostrando a evolução do
direito de trabalho depois de mais um intervalo até já pois bem gente com esse
Panorama que chegamos à descentralização produtiva a gente já começa a ter um a
outra questão que a gente também não tem resposta adequada que é as empresas hoje
nem serem mais descentralizadas as empresas hoje não querem mais terem nessa
responsabilidade de contratar trabalhador seja utilizando automação Inteligência
Artificial sejam essas empresas hoje que são empresas nuvem empresas aplicativos
que criam software com algoritmo e que fazem uma uma utilização da chamada economia
compartilhada que algo acontece com o fenômeno hoje do Trabalho através de
aplicativo nós temos mais de 100 aplicativos de modelos de negócio através de
aplicativos os mais conhecidos são aqueles de entrega né de motoristas de entrega
de mercadorias aqui no Brasil mais conhecida a empresa mais conhecida é a Uber
tanto que muita gente fala de idealização do Direito do Trabalho humanização do
trabalho humano mas a Uber não é a única empresa que utiliza dessas características
da economia compartilhada pra fazer o seu modelo de negócio basicamente sua
empresas que ligam as pontas ligam o consumidor ao trabalhador e fazem isso através
de um software né de um aplicativo uma página na internet enfim algo que ambos se
logom e se encontram se você parar para pensar o motorista de Uber é basicamente é
isso ele poderia botar uma placa no carro dele sou o motorista particular faça
corridas e andar pela rua e pegar pessoas que topam entrar no carro dele só que
você jamais iria entrar no carro dele você jamais iria como motorista conseguiu uma
clientela forte assim por isso o aplicativo surge porque o aplicativo dá algum
controle alguma segurança para o consumidor e para o motorista o aplicativo ele te
passa lá quem é o motorista esse Motorista tem uma avaliação que é feita pelos
próprios usuários né Teoricamente
a empresa que contrata o motorista toma algum cuidado né ao deixar ele ter o
aplicativo não é assim e você Motorista vai conseguir a sua clientela através do
aplicativo vai aparecer ali um monte de gente querendo pegar um carro e você vai lá
e busca o sujeito então é numeral a ideia fenomenal né Eu não sou contra a ideia
nem sou contra a existência aplicativo muito pelo contrário aqui no Brasil
inclusive foi alternativa para sobrevivência digna para muito gente para milhões de
trabalhadores há milhões de brasileiro o que a gente precisa é aprimorar o sistema
porque porque o potencial precarizante disso é muito grande também você deixa o
sujeito por conta própria Se vira você vai ter o seu carro Se você tivesse o
problema é seu você tem que pagar pela manutenção do seu carro pela gasolina você
passa a ser uma espécie de um empreendedor enquanto o consumidor simplesmente vai
pagar pelo uso do serviço também sem nenhum tipo de responsabilidade e a empresa
que criou o aplicativo ela quer se colocar no mercado como uma empresa de
tecnologia alguém que desenvolve um software que tanto o motorista quanto o cliente
né O Passageiro contrato e por isso ela recebe a parte dela por ter desenvolvido
esse software ponto final é assim que a empresa se coloca tá de todo errado na
visão dela mas aqui no ponto de vista trabalhista a gente tem uma outra percepção
do problema a nossa percepção é que são novas forma s de trabalhar são nova forma
de receber trabalho humano que ainda não tem uma regulamentação adequada que ainda
não tem uma proteção específica um fenômeno novo que a gente não conseguiu dar a
resposta ainda a gente mal deu a resposta da terceirização não conseguiu ainda dar
a resposta da descentralização a gente já tá com fenômeno novo na mão que a gente
ainda não conseguiu também absorver E aí nós temos basicamente duas propostas do
ponto de vista tentar enquadrar no Direito do Trabalho clássico aqui no Brasil
enquadrar na CLT né o que eu particularmente Acho muito difícil não encaixa
perfeitamente como a gente vai estudar também ao longo das aulas ou criar uma
regulamentação adequada específica para isso que é a resposta de vários países
também fazer uma regulamentação específica para esse novo fenômeno acho muito
inteligente essa proposta por quê Porque a meu ver a gente tem que reconhecer que
as coisas mudaram a gente tem que reconhecer que existe novas formas de trabalhar e
a gente tem que reconhecer que essas novas formam trabalhar não podem causar
retrocesso nas nossas conquistas civilizatório adequada ao longo das aulas vocês
vão perceber que a minha visão de mundo é não destruir o direito de trabalho
tradicional mas permitir a evolução para novas formas de direito trabalhistas que
absorvam esses novos fenômenos por isso que eu acho que a gente tinha que ter assim
para ontem um Grande Debate uma grande mudança meu ver construimos tudo toda
proteção trabalhista clássica está construída em cima de um modelo de relação
jurídica que é a relação jurídica de emprego Talvez esteja na hora da gente
repensar isso e construir um modelo de proteção trabalhista pelo simples fato de
existir trabalho humano ou seja sou trabalhador eu tenho que ter direito de mínimos
garantidos é esse GAP que eu acho que tá faltando esse salto de qualidade sair da
proteção a partir de uma relação jurídica para chegar a uma proteção pelo simples
fato de haver o fenômeno do trabalho humano Então sou trabalhador tem o direito de
mim e aí em cada tipo de relação jurídica a gente vê como esse direitos mínimos
serão implementados eu acho que essa era a grande solução para gente mas que tá
difícil da gente chegar lá porque que tá difícil porque basicamente para isso a
gente vai ter que aceitar uma certa flexibilização no modelo tradicional uma certa
desconstrução do modelo tradicional e isso traz medo né Isso realmente traz uma
dificuldade de absorção porque porque a construção social é lenta a gente olha para
o passado e a gente tem essa referência que deu razoavelmente certo de proteção
trabalhista fazer esse salto no escuro é a grande dificuldade porque a gente não
sabe se esse modelo vai dar certo a gente já teve algumas experiências que não
foram muito boas né já Ficou comprovado por exemplo que inflexibilizar o direito de
trabalho clássico não produz necessariamente melhor renda melhor proteção não
produz nem mais postas de trabalho o que gera mais forte do trabalho sem dúvida
nenhuma é desenvolvimento econômico por isso que talvez a gente possa sair da
atenção original do Direito de Trabalho que é proteção trabalhista contra o capital
né não virar totalmente por outro lado que seria o neoliberalismo de vale tudo e
voltamos a estaca zero implementando Total autonomia da vontade que a história já
mostrou que isso não dá certo para chegar no meio termo esse meio termo que é muito
difícil da gente construir que é o meio termo onde a gente precisa de proteção
social mas precisa também de mais liberdade para os atores sociais mas
flexibilidade mais leveza para que o fenômeno trabalhista possa ir adequando a
gente precisa de um direito trabalho que não seja estático a gente precisa de
trabalho que seja dinâmico aos novos fenômenos para que a gente possa ter algo que
vai funcionar daqui para frente porque Pare para pensar gente se hoje a gente já
tem fenômeno que a gente não consegue dar resposta como trabalho por aplicativo
você imagina daqui a cinco dez anos a gente não sabe nem o que vai existir a gente
não tem condições nem saber o que vai acontecer com o trabalho humano daqui a 5 10
anos porque porque a tecnologia A gente tá avançando de uma forma que a gente não
vai conseguir mais segurar é aquilo que Charles Chaplin falou a tendência é hoje é
cada vez mais termos automação Inteligência Artificial cada vez mais substitui o
trabalho humano repetitivo por máquina é isso essa é a tendência a gente tá
discutindo motorista de Uber e a gente já sabe que hoje já é uma realidade de
carros sem motorista de caminhões fazendo entregas sem motorista de entrega por
Drone sem motorista de táxi sem motorista totalmente automatizado isso já existe o
potencial da automação de veículos tem assim a capacidade de gerar a perda segundo
eu li numa notícia de Jornal de cerca de 400 milhões de poste de trabalho no mundo
inteiro vocês terem uma ideia automação hoje aqui no Brasil já seria capaz de
substituir 40 ou até 50% da mão de obra brasileira aqui no Brasil então me parece
que a Grande Saída não é Tentar segurar já mostrou que isso também não funciona
isso foi tentado lá atrás na Revolução Industrial né o ludismo né o pessoal que
sabotava as máquinas para não ter perda de poste de trabalho isso é impossível isso
não tem como não tem como você segurar esse fenômeno porque a gente precisa
readequar todo o plano de sociedade todo o contrato social para que as pessoas
possam viver bem dentro de outro paradigma essa esse é o grande desafio para o
século 21 a gente refazer o modelo de sociedade para que você possa sobreviver
dignamente independentemente de trabalho ou com outras espécie de trabalho que é o
que eu acredito eu acredito que o trabalho do futuro é o trabalho que envolva
características humanas empatia isso que a gente está fazendo aqui de bater papo de
passar a minha as minhas percepções de mundo que eu compreendo para vocês é o
trabalho criativo do ser humano e classe difícil também de máquina substituir
máquina pode até criar Mas aquela essência do ser humano é só nossa né então são
profissões que a gente vai evoluindo e eu acho muito interessante né a gente acaba
Relembrando do passado Se você olhar lá na antiguidade clássica Grécia por exemplo
o cidadão livre o conceito cidadão Livre era o cidadão que não trabalhava era o
cidadão que não suava um trabalho de sobrevivência o que o cidadão fazia o cidadão
livre fazer a política diálogo filosofia pensava refletir tanto que os intelectuais
do passado era muito mais completo né eles estudavam diversos Campos da ciência e
fim dos fenômenos pode ter uma compreensão mais completa de tudo né talvez a gente
esteja no futuro uma grande oportunidade de voltar ao passado mais com uma condição
melhor sem ter que colocar ninguém como escravo deixando isso para o
desenvolvimento tecnológico então no fundo eu sou um grande otimista você já deve
ter percebido né a gente tá passando talvez por uma das piores fases da humanidade
porque o momento que a gente vive é um momento que tem um potencial desestruturante
igual ao da primeira revolução industrial a gente tá batendo cabeça sem saber o que
fazer com essas novidades todas mas o ser humano já mostrou também historicamente
que ele se reinventa que ele recita que ele se adapta por isso que eu sou otimista
Eu acho que a gente vai chegar lá no meio do caminho muita gente sofre infelizmente
a gente ainda não tem essa capacidade de fraternidade para gente fechar essa
primeira aula fechando esse bloco eu quero só relembrar o seguinte os ideais da
Revolução Francesa Liberdade Fraternidade estão totalmente conectados com essa
discussão toda porque porque primeiro passo é afirmar a liberdade ter a liberdade
para que você possa naturalmente buscar a igualdade que você só vai conseguir de
verdade contra Fraternidade Então me parece que esses três ideais eles são cíclicos
você não vai abusar da sua liberdade quando você tiver Fraternidade O que vai
permitir você buscar a verdadeira igualdade então no fundo todos esses ideais tem
que estar alimentados simultaneamente para que a gente possa conseguir que a gente
vai conseguir então para fechar esse bloco e essa nossa primeira aula eu quero
deixar essa mensagem vai dar certo a gente tá debatendo a gente tá vislumbrando o
que fazer com a área trabalhista as tendências atuais e futuras do Direito de
Trabalho e é importante você ter uma crítica sobre isso tudo ok para que você possa
contribuir também com a sua parte possa chegar lá e saber
como enfrentar esse fenômeno maravilhoso que é o fenômeno do trabalho Valeu então
vamos fechar por aqui essa primeira aula até a próxima forte abraço

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