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Trabalho de Historia, EPH
Trabalho de Historia, EPH
Código: 708226324
Capa 0.5
Índice 0.5
Estrutura Aspectos Introdução 0.5
organizacionai Discussão 0.5
s
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
Introdução Descrição dos 1.0
objectivos
Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
Articulação e
domínio do discurso
Conteúdo académico 2.0
(expressão escrita
Análise e cuidada, coerência /
discussão coesão textual)
Revisão
bibliográfica
nacional e 2.0
internacionais
relevantes na área
de estudo
Exploração dos 2.0
dados
Conclusão Contributos teóricos 2.0
práticos
Paginação, tipo e
Aspectos Formatação tamanho de letra,
gerais paragrafo, 1.0
espaçamento entre
linhas
Normas APA Rigor e coerência
Referências 6ª edição em das
Bibliográfica citações e citações/referências 4.0
s bibliografia bibliográficas
Índice
1. Introdução ........................................................................................................................ 3
1. Objectivos ........................................................................................................................ 3
2. Metodologias ................................................................................................................... 3
3. Conclusão ...................................................................................................................... 13
Tornou-se corrente admitir que a reflexão histórica tem suas raízes na Antiguidade
clássica, mais especialmente em Heródoto e em Tucídides. Esses autores de língua grega
marcaram o ponto de partida de François Châtelet, que em um texto clássico publicado em
1962 definiu a Grécia como o berço do pensamento histórico ocidental. Châtelet, desde a
perspectiva filosófica, utiliza em seu título um termo próprio: historienne, cunhado pela
língua francesa para designar o sentido do pensamento histórico enquanto produzido por uma
reflexão intencionalmente voltada para a organização crítica da memória como fundamento
do sentido da sociedade, da política e da cultura respectiva. Esse termo é empregado
distintamente do adjectivo habitual, histórico (historique), aplicável para Châtelet a qualquer
pensamento racional que lide com a acção humana no tempo.
1. Objectivos
2. Metodologias
De acordo com Marconi & Lakatos, (2003), qualquer pesquisa depende de uma
pesquisa bibliográfica, factores, magnitude e aspectos tomados no passado a partir do material
já elaborados de diversos autores sobre o assunto em análise. Este método permite
compreender as diversas opiniões de autores sobre o tema em pesquisa. Para a materialização
do trabalho utilizou se a técnica de pesquisa bibliografia.
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2. A Constituição da História Como Ciência
O primeiro elemento que deve ser levado em conta é o contexto que produziu a
reestruturação da universidade prussiana. Em 14 de Outubro de 1806, a derrota dos exércitos
prussianos, em Iena, permitiu a Napoleão entrar em Berlim. A prestigiosa universidade perdeu
toda sua aura nesse momento.
A partir de 1810, foi fundada, por iniciativa de Humboldt, a nova universidade de Berlim
(seguiram-se a de Breslávia e a de Bonn) e reaberta a Academia. Berlim tornou-se então, em
alguns anos, o centro mais importante dos estudos “filológicos” na Europa. Por “filologia”,
entendiam-se todas as disciplinas dedicadas à Antiguidade Clássica.
As universidades criadas não eram mais as dos lander, mas as da Alemanha inteira. As
“ciências” ali ensinadas tinham, igualmente, valor universal. Um “Estado da razão liberto de
todo particularismo, como se quer a Prússia através de sua universidade” (Nipperdey 1992).
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razão, foi considerado um instrumento que deveria contribuir para se pensar os
problemas políticos do presente.
Após as teorias de Wolf, a ideia essencial era de que era preciso “reunir as diferentes
disciplinas” relativas à Antiguidade “em um conjunto orgânico”, para introduzir a
Antiguidade grega e romana dentro de uma “ciência filosófico-histórica bem-ordenada”. A
essa “enciclopédia filológica” Wolf deu o nome de altertumswissenschaft.
Foi através desses instrumentos e das edições críticas das fontes literárias, de uma
erudição, então sem igual, que se desenvolveu um conhecimento dos mundos antigos
associado a um modelo do conhecimento histórico: o historismus ou historicismo.
A maior consequência dos dois grandes contextos assinalados acima foi os historiadores
antigos deixarem o domínio das belas-letras, excepto, em parte, na tradição francesa. Eles
foram considerados como fontes que tinham o mesmo status do que os outros documentos. O
seu valor próprio vinha das informações que forneciam para analisar a natureza e o
desenvolvimento dos Estados ” (Tucídides II).
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A confiança no historiador antigo, no entanto, não era mais total. Ao contrário do que fez
Rollin, “citar exatamente” um historiador antigo não autorizaria fazer dele uma “garantia para
os fatos que [o historiador moderno] afirma” (Rollin , 1998).
Outra mutação foi produzida em um plano diferente, que abrangeu o aporte dos
historiadores antigos na construção da ciência histórica. A implantação de uma “ciência da
Antiguidade” que ilustrasse, ou melhor, que equivalesse, perfeitamente, ao que deveria ser
uma “ciência da história” era o principal desafio no qual se encontrava engajada a história da
Antiguidade e, mais particularmente, as obras que chegaram até nós dos historiadores antigos.
Desde o século IV a. C., Tucídides era admirado e imitado pelos seus sucessores –
Xenofonte, Cratippos, Teopompo, Philistos –, que se atribuíram a tarefa de levar a cabo o
relato que a morte o impediu de terminar. Ele era lido, reproduzido e memorizado, dizia-se,
por Demóstenes. Sobre a época helenística, um precioso artigo de Simon Hornblower
(Hornblower 1995) mostrou que Tucídides não deixou de ser lido e discutido. Cícero, no De
Oratore, o mais completo de seus tratados de retórica, escrito em 55 a. C., fez de Tucídides
um mestre de eloquência e de estilo conciso, tenso, difícil.
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Dionísio de Halicarnasso, alguns anos depois, ainda fez de Tucídides o “primeiro”
(prôton) dos “historiadores”, mas não por seu estilo, cujo “vocabulário é figurado, incomum,
ultrapassado, estranho” à sua época e cuja composição é “austera”, “densa”, “dura ao ouvido”
(Tucídides, XXIV).
Desde o começo do século XIX, Tucídides foi lido, com muita atenção, como historiador
político, pelos fundadores da universidade de Berlim, particularmente, por Niebuhr, que, por
sua vez, influenciou Ranke e o aluno deste, Wilhelm Roscher, autor de um livro importante,
Leben, Werk und Zeitalter des Thukydides, publicado em Göttingen em 1842. Para esses
eruditos, “Tucídides foi o historiador de Atenas na época de Péricles” (Roscher 1842), amante
da verdade (Tucídides I), dessa forma, superior em rigor e em exactidão, a akribeia (Idem, I).
Talvez, ele fosse, mais ainda, o fundador de uma história contemporânea, antes de tudo
política, que esclarecia os desafios do seu presente.
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parte do que se chamou de “mito greco-alemão”. Seria preciso então recomeçar das palavras
de Niebuhr: “A Grécia é a Alemanha da Antiguidade”.
O Uma ciência difere de uma outra por descobrir as coisas de maneira diversa. Os
pressupostos para a existência da história ciência são:
“Por detrás dos traços sensíveis da paisagem, dos utensílios ou das máquinas, por detrás
dos documentos escritos aparentemente mais glaciais e das instituições aparentemente mais
distanciadas dos que as elaboraram, são exactamente dos homens que a história pretende
apreender…”. Marc (1976).
“A História tem um objecto: o conhecimento do passado dos homens tal como este é
apreendido, transformado e representado pelo historiador. Neste sentido, o objecto da história
é uma construção, uma representação do sujeito que conhece”. (Silva, 1988 p. 25).
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A determinação do objecto da História não obedece a leis, mas depende,
predominantemente, do historiador que a define, de acordo com os seus conhecimentos, com
a sua experiência e meio sociopolítico em que se encontra inserido e como goza de certa
liberdade, ao contrário de outras ciências, em contrapartida faz com que o objecto da sua
ciência seja mal conhecido.
Pragmatismo é uma doutrina filosófica que apenas aceita como critério da verdade os
efeitos práticos do conhecimento. Assim, é verdadeiro o conhecimento que tem resultados
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fecundos para a acção. É pragmático aquele que se preocupa mais com os factos e os
interesses que com as teorias. Esta doutrina pode enunciar-se assim: é verdadeiro aquilo que
for útil. Todo o saber nas ciências humanas é verdadeiro na medida em que for útil, eficaz e
prático”.
É uma modalidade da História pragmática, mas acrescenta que o tempo é essencial e que
as coisas se aperfeiçoam. (S. Agostinho).
Há uma preocupação com a verdade, com o método, com análise crítica de causas e
consequências, tempo e espaço. O culto aos heróis e a atribuição da acção histórica aos
chamados homens ilustres, representantes das elites é rompido.
História Holística significa não só história de reis (governantes, monarquias, poder, papas,
bispos (religião) e generais (guerras), mas também História Económica, Social, Cultural, das
Mentalidades, costumes, moda, etc. Não se pode compreender a proliferação de igrejas,
partidos e curandeiros (que tratam tudo) sem ver os estômagos do país, etc. A inevitável perda
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que supõe a segmentação, compensa-se pela confiança em que outros historiadores farão
outras selecções, sempre parciais, que devem complementar-se.
Os dois países que são considerados os berços da moderna ciência da história são França e
Alemanha. A filosofia alemã, na virada do século XVIII para o XIX, estava envolta à tradição
metafísica, sobretudo derivada das reflexões de Immanuel Kant e de Herder. Depois, houve as
correntes de Hegel e de Schopenhauer. Em meio a essa atmosfera de discussão filosófica, a
história se desenvolvia enquanto um conceito singular, isto é, passava a existir como “História
Universal”, e não mais como “histórias particulares”. Era a história da humanidade como um
todo Momigliano (1983).
O chamado historicismo (corrente teórica que buscou pensar a história a partir de sua
singularidade) desenvolveu-se fundamentalmente na Alemanha ao longo do século XIX.
Nesse país houve um grande peso da tradição interpretativa de textos (que recebeu o nome de
hermenêutica), em razão, sobretudo, da Reforma Luterana, que infundiu na teologia o estudo
da exegese de textos bíblicos. Essa tradição interpretativa chegou até os círculos e intelectuais
e poetas do romantismo alemão, dentre ele Goethe e Schiller.
Apesar das justas críticas que recebeu de historiadores do século XX, a Escola metódica
francesa foi de fundamental importância para atribuir confiabilidade ao método histórico. Por
exemplo, com relação à concepção de tempo (que é um dos principais conceitos históricos):
para os metódicos, o tempo era sempre passível de investigação quando era curto, o tempo
dos acontecimentos, dos fatos cumulativos. No século XX, essa ideia de tempo alargou-se,
haja vista que havia uma noção de tempos múltiplos, breves e longos que se entrelaçavam, e
não apenas o tempo linear e progressivo.
Com relação à definição de história: para os metódicos, a história era entendida como
ciência nos moldes positivistas; no século XX, a história também era concebida como ciência,
porém com a particularidade de ser uma ciência “dos homens no tempo”, como a definiu o
historiador francês Marc Bloch. Além disso, com relação às fontes (ou documentos), que é
outro conceito de grande importância para a história, os metódicos privilegiavam as fontes
escritas, os documentos escritos, não se atendo muito às demais formas de testemunho da
história humana. No século XX, os historiadores passaram a considerar “documento
histórico” tudo aquilo que o homem produziu ao longo de sua existência Momigliano (1983).
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3. Conclusão
Um enfoque intelectual, que tampouco contribui muito para entender a ciência histórica
como tal, é a subordinação do ponto de vista filosófico à historicidade, considerando toda a
realidade como produto de um devir histórico: esse seria o lugar do historicismo, corrente
filosófica que pode estender-se a outras ciências, como a Geografia.
Uma vez despojada da questão meramente nominal, resta para a historiografia, portanto, a
análise da história escrita, das descrições do passado; especificamente dos enfoques na
narração, interpretações, visões de mundo, uso das evidências ou documentos e os métodos de
sua apresentação pelos historiadores; e também o estudo destes, por sua vez sujeitos e
objectos da ciência. A historiografia, de maneira restrita, é a maneira pela qual a história foi
escrita. Em um sentido mais amplo, a historiografia refere-se à metodologia e às práticas da
escrita da história. Em um sentido mais específico, refere-se a escrever sobre a história em si e
não significa conjunto de obras históricas como a lama pode ser tentada a concluir.
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4. Referência bibliográfica
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