Trabalho Final Ergonomia Grupo 07

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ANÁLISE ERGONÔMICA DA OFICINA MECÂNICA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA

PARAÍBA

MATHEUS BASÍLIO CHIANCA DA SILVA (UFPB)

matheusbchianca@hotmail.com

JULIO FILHO MAMEDE NUNES (UFPB)


julio.mamede@academico.ufpb.br

BEATRIZ LIMA DA SILVA (UFPB)


bls@academico.ufpb.br

ERALDO NASCIMENTO CALIXTO JUNIOR


eraldo.junior@academico.ufpb.com

O presente artigo discute uma análise ergonômica da Oficina Mecânica da universidade


federal da paraíba. Em particular, analisaremos todo o conjunto da oficina em que o torno e as
bancadas de trabalho estão inseridos, bem como sua usabilidade pelos operários. Através de
analises do processo e da estrutura física os autores chegaram a possíveis diagnósticos na tentativa
de melhorias no trabalho.

Palavras-chaves: Ergonomia, trabalho, torno mecânico, oficina, estudantes, projeto de extensão,


Bancada de Trabalho, conforto.
1.Introdução

A ergonomia é uma ferramenta essencial para proporcionar conforto e qualidade de


vida no trabalho. De acordo com Wisner (1987), ela pode ser definida como o conjunto de
conhecimentos sobre o desempenho humano em atividades, aplicados no design de tarefas,
instrumentos, máquinas e sistemas de produção. Em outras palavras, a ergonomia visa
melhorar a saúde dos trabalhadores, bem como o funcionamento satisfatório do sistema
técnico. Em termos de produção e segurança, seu objetivo é adequar o trabalho, as
ferramentas e outros objetos ao ser humano, garantindo segurança, conforto, satisfação e
bem-estar aos trabalhadores e usuários (WISNER, 1987; MORAES & MONT'ALVÃO, 2000;
GOMES FILHO, 2003).

A preocupação com a postura no trabalho e todas as questões ergonômicas


relacionadas a objetos, máquinas e ambientes não é recente. O ser humano sempre buscou
desenvolver ferramentas práticas para uso, que não prejudicassem quem as utilizasse.
Assim, a busca pela adaptação das máquinas e ferramentas ao homem e suas condições
físicas é constante.

No Brasil, a Associação Brasileira de Ergonomia (ABERGO) adota a classificação da


ergonomia como o estudo das interações entre pessoas, tecnologia, organização e
ambiente, visando a intervenções e projetos integrados que melhorem a segurança, o
conforto, o bem-estar e a eficácia das atividades humanas (ABERGO, 2011).
Internacionalmente, a Associação Internacional de Ergonomia (Internacional Ergonomics
Association) define a ergonomia e suas especializações. Segundo a associação, a ergonomia
é a disciplina científica que estuda as interações entre seres humanos e outros elementos
do sistema, e a profissão que aplica teorias, princípios, dados e métodos para melhorar o
bem-estar humano e o desempenho global dos sistemas (IEA, 2011).

De acordo com a International Ergonomics Association (2000), a ergonomia, ou


Fatores Humanos, "busca compreender fundamentalmente as interações entre os seres
humanos componentes do sistema, e a profissão aplica princípios teóricos, dados e métodos
com o objetivo de otimizar o bem-estar das pessoas e o desempenho dos sistemas"
(FALZON, 2005).

Lida (2005) define a ergonomia como "o estudo da adaptação do trabalho ao


homem" e a divide em três abordagens principais: ergonomia física, que lida com as
características da anatomia humana; ergonomia cognitiva, que trata dos processos mentais
envolvidos no trabalho, como tomada de decisão, estresse, treinamento, etc.; e ergonomia
organizacional, que busca melhorar os sistemas sociais e técnicos das estruturas
organizacionais, políticas e processos.
As doenças relacionadas ao trabalho são uma preocupação significativa e têm
despertado a atenção das organizações. Nesse sentido, a Análise Ergonômica do Trabalho
(AET) é uma ferramenta utilizada pelos profissionais de Segurança do Trabalho para
preservar a integridade física dos trabalhadores. Ela permite identificar falhas na forma
como uma determinada atividade laboral é conduzida, auxiliando no combate ao
surgimento de doenças ocupacionais.

A AET é um método que visa identificar e corrigir falhas ergonômicas no sistema e


ambiente de trabalho. Segundo Iida (2005, p. 02), ela "aplica conhecimentos da ergonomia
para analisar, diagnosticar e corrigir situações reais de trabalho". O autor divide a AET em
cinco etapas: análise da demanda, que busca entender a natureza e a extensão dos
problemas e descrevê-los; análise da tarefa, que visa compreender o conjunto de objetivos
que o trabalhador deve cumprir; análise da atividade, que consiste em verificar o
comportamento daqueles que executam a tarefa; diagnóstico, que busca descobrir as
causas que provocam o problema; e recomendações, que propõem medidas a serem
tomadas para solucionar o problema.

A operação de um Torno Mecânico Universal é uma atividade ampla e relevante na


área de Fabricação Mecânica, frequentemente realizada em laboratórios de Fabricação
Mecânica/Manutenção Mecânica. Essa atividade é especialmente interessante para a
aplicação de uma Análise Ergonômica do Trabalho.

Ao aplicar a Análise Ergonômica do Trabalho nesse contexto, é possível avaliar


diversos aspectos, como posturas adotadas pelos operadores, esforço físico exigido,
movimentos repetitivos, alcance dos controles e instrumentos, layout do posto de trabalho,
entre outros. Identificando possíveis falhas ergonômicas, é possível propor melhorias e
ajustes que visem otimizar a ergonomia do trabalho, reduzir riscos de lesões ou doenças
ocupacionais e aumentar a eficiência e a segurança na operação do torno mecânico.

Portanto, a análise ergonômica da operação de um Torno Mecânico Universal é uma


abordagem valiosa para promover a adequação ergonômica do trabalho, garantindo o bem-
estar e a saúde dos trabalhadores envolvidos nessa atividade essencial da Fabricação
Mecânica.

No contexto descrito, o objetivo deste trabalho consistiu em conduzir uma Análise


Ergonômica da operação de um Torno Mecânico Universal em uma Universidade Federal do
Estado da Paraíba, no Brasil. O propósito principal foi destacar os problemas ergonômicos
relacionados a essa atividade e propor medidas de melhoria com o intuito de prevenir o
surgimento de doenças ocupacionais a longo prazo entre os profissionais envolvidos nas
atividades de Fabricação Mecânica.

2.Métodos e materiais

A metodologia de Análise Ergonômica aplicada neste trabalho fez uso de uma


abordagem macro ergonômica que se concentra na análise e no projeto de sistemas
sociotécnicos complexos, levando em consideração os aspectos organizacionais,
tecnológicos e sociais de um ambiente de trabalho. A palavra "macro" indica que a
abordagem se concentra em níveis mais amplos, como toda a organização ou sistema, em
oposição à ergonomia tradicional que pode se concentrar em níveis mais específicos, como
o projeto de uma única estação de trabalho.

Na abordagem macro ergonômica que utilizamos, foram utilizados métodos e


técnicas para analisar a estrutura organizacional, as políticas, os processos de trabalho, a
comunicação, as relações interpessoais e outros fatores que influenciam o desempenho e o
bem-estar dos trabalhadores por meio de visitas técnicas ao local, bem como realização de
entrevista com os operadores do torno mecânico. Com base nessas análises, são propostas
intervenções e mudanças no sistema, visando melhorar a adaptação do trabalho às
capacidades e necessidades humanas.

2.1. Caracterização do ambiente

O estudo citado acima foi realizado na Oficina Mecânica de uma Universidade


Federal, na qual três grupos dividem e trabalham nesse local. O primeiro grupo são os
Técnicos que são servidores da universidade e possuem uma sala própria com grande
parte no maquinário da oficina. Os seis técnicos exercem atividades que são solicitadas
por professores ou alunos por meio de Ordens de serviço, realizadas virtualmente e que
são repassadas pelo Coordenador da Oficina seguindo o fluxograma formado abaixo.
Fluxograma de atividades Oficina Mecânica- Técnicos

As peças solicitadas são manufaturas pelas máquinas da oficina mecânica podendo ser
com o auxílio do Torno Mecânico ou Fresa dependendo da geometria da peça. A demanda
das atividades é de acordo com o período das competições dos outros dois grupos, bem
como, a necessidade dos professores em suas pesquisas.
O segundo Grupo é uma Equipe de BAJA SAE, o qual é responsável por projetar,
manufaturar e testar um protótipo off-Road para participar das competições nacionais e
regionais realizadas pela SAE Brasil. A equipe atualmente é composta por 14 membros
ativos, 2 conselheiros e 1 professor coordenador. Para manufaturar ou realizar
manutenções no protótipo a equipe utiliza a Oficina Mecânica. A maioria das peças do
projeto são manufaturadas pelos alunos nas máquinas presentes na oficina. Porém,
dependendo da geometria da peça e sua tolerância é necessário realizá-la com os técnicos
da Universidade. O ritmo das atividades é de acordo com as duas competições do ano,
dessa forma, durante o período de fabricação do protótipo off-Road o maquinário da
oficina é utilizados com mais frequência pela equipe. A equipe possui um organograma
bem definido, dividido no escritório de projetos, o de financeiro e o organizacional como
pode ser visto abaixo. A metodologia Scrum para gestão de projetos é utilizada pela
Equipe, na qual os Scrum masters compõem a diretoria do projeto.
Organograma da Equipe BAJA SAE

Competição BAJA SAE Brasil

Já o terceiro grupo é uma Equipe de FÓRMULA SAE, a qual é responsável por projetar um
veículo do tipo fórmula para as competições organizadas pela SAE BRASIL, as quais
acontecem uma vez no ano. A equipe é responsável por projetar, manufaturar e testar o
protótipo formula e utilizam a Oficina Mecânica para isso. Como o grupo anterior essa
Equipe também fabrica grande parte de suas peças com as máquinas presentes no local a
demanda também é ditada pelo período da competição. A equipe possui o seguinte
organograma abaixo com 47 membros divididos em 7 subequipes usando a metodologia
Scrum para gestão de projetos.
Competição Fórmula SAE Brasil

O local utilizado para a análise será o Torno Mecânico da universidade utilizado por esses
três grupos apresentados, visto que é muito utilizado pelos alunos e servidores.

6. Processos
A oficina mecânica do Centro de Tecnologia, local de estudo escolhido para o presente
artigo, como parte da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) presta serviços e é utilizada
por alunos e professores com as mais diversas finalidades, seja para a realização de aulas
práticas, usinagem de peças para auxiliar em aulas de disciplinas ministradas, realização
de atividades extracurriculares pelos próprios alunos da instituição. Para o estudo do
presente artigo foram consideradas as atividades realizadas pelos alunos dos projetos de
extensão UFPBaja e Fórmula UFPB.
Os projetos de extensão citados, participam de competições organizadas pela SAE Brasil,
portanto, o processo de planejamento e manufatura das peças é baseado, dentre outras
coisas, nos livros de regras disponibilizados pela SAE. Inicialmente as equipes consultam o
livro de regras de suas determinadas categorias, em seguida é iniciado o processo criativo
de modelagem 3D e posteriormente é realizada a análise computacional de dados do
protótipo, uma vez sendo considerados satisfatórios os resultados da análise do
protótipo.

2.3. Caracterização das amostras


A Análise Ergonômica do Trabalho da operação do torno mecânico se deu sobre os
trabalhos dos técnicos e dos alunos do projeto de extensão do Baja e do Fórmula UFPB, que
se utilizam desse a mais de 5 anos. O qual é utilizado pelos mesmos para a fabricação de
peças como pontas de eixo, pratos de CVT e cubos de roda. Bem como, a análise foi voltada
também para o ambiente como um todo, com o intuito de sanar os problemas citados
durante as consultas.

2.4. Coleta de dados

Como já supracitado, foram feitas visitas técnicas, bem como questionários. Com o
intuito de analisar: ruído do ambiente, luminosidade e layout do espaço, altura do torno, os
impactos mentais, de percepção, memória, visual, raciocínio. Isso tudo por meio de
perguntas, já que ferramentas para medir o nível de ruído e de iluminação não foram
acessíveis.

3. Resultados e discussão

Diversas pesquisas são conduzidas com o objetivo de investigar a saúde dos


trabalhadores, concentrando-se na intervenção nas relações entre o trabalho e a saúde. Isso
ocorre porque, ao longo da carreira profissional, as atividades desempenhadas podem levar
ao adoecimento e até mesmo à interrupção das tarefas devido a problemas de saúde.
Considerando esta abordagem, trabalhadores são indivíduos de ambos os sexos que
se envolvem em atividades para garantir seu próprio sustento e/ou o sustento de seus
dependentes, independentemente da forma como estão inseridos no mercado de trabalho,
seja nos setores formais ou informais da economia, de acordo com o Ministério da Saúde do
Brasil (MSB, 2001). Nesse contexto, levando em conta a diversidade de atividades realizadas
pelos trabalhadores, surgem diferentes necessidades e oportunidades para estudos de caso
e pesquisas.
Com base nessa informação, a profissão de operador de torno mecânico requer um
esforço físico significativo, o que pode estar relacionado aos problemas de saúde
encontrados nessa ocupação. De acordo com Iida (2005), é crucial adaptar as atividades e as
possibilidades de movimento do ser humano, uma vez que as ferramentas de trabalho
devem ser construídas levando em consideração as necessidades do homem e não o
contrário. Segundo Ferreira (2008), a saúde é uma variável importante a ser considerada na
análise abrangente das atividades realizadas no trabalho. Dessa forma, o objetivo desta
pesquisa é identificar os fatores associados às queixas musculoesqueléticas relacionadas ao
trabalho e à saúde do operador de torno mecânico, com ênfase na ergonomia física.
Logo, segue abaixo todos os resultados encontrados por meio das pesquisas, tanto
as perguntas como as respostas:
1.QUAL SEU GÊNERO?

Pergunta 01 – Formulário aplicado

2.QUAL SUA ALTURA (EM CM)?

Pergunta 02 – Formulário aplicado


3.A CARGA DE TRABALHO SE ACUMULA DURANTE A SEMANA?

Pergunta 03 – Formulário aplicado

4.A POLUIÇÃO VISUAL DA OFICINA AFETA SUA PRODUTIVIDADE NO TORNO?

Pergunta 04 – Formulário aplicado


5.EXISTE EFEITOS NEGATIVOS SOBRE SEUS TRABALHOS POR CAUSA DE POLÍTICAS
ORGANIZACIONAIS?

Pergunta 05 – Formulário aplicado

6.A ILUMINAÇÃO DA OFICINA AFETA SUA PRODUTIVIDADE NO TORNO?

Pergunta 06 – Formulário aplicado


7. O NÍVEL DE RUÍDO DA OFICINA AFETA SUA PRODUTIVIDADE NO TORNO?

Pergunta 08- Formulário aplicado

8.EXISTE IMPACTOS MENTAIS, DE PERCEPÇÃO, MEMÓRIA, VISUAL E RACIOCÍNIO AO SE


TRABALHO NO TORNO?

Pergunta 08 – Formulário aplicado


9. QUAIS IMPACTOS CITADOS ANTERIORMENTE MAIS LHE PREJUDICA

Pergunta 09 – formulário aplicado

10.QUAL A NECESSIDADE DE SE UTILIZAR EPIs AO SE TRABALHO NO TORNO?

Pergunta 10 – Formulário aplicado


11. QUAIS EPIs VOCÊ COMO OPERADOR DO TORNO UTILIZA?

Pergunta 11 – Formulário aplicado

12. QUAL NÍVEL DE ORGANIZAÇÃO DA OFICINA?

Pergunta 12- Formulário aplicado

13. QUAL NÍVEL DE PREJUÍZO QUE SE TEM AO MANUFATURA NO TORNO POR CONTA DE
QUESTÕES CLIMÁTICAS?

Pergunta 13 – Formulário aplicado


14. QUAL NÍVEL DE UMIDADE DA OFICINA?

Pergunta 14 – Formulário aplicado

15. COMO JULGA A ALTURA DO TORNO?

Pergunta 15 – Formulário aplicado


16. COMO SE SENTE NO FINAL DO DIA?

Pergunta 16 – Formulário aplicado

3.1 - Análise da situação do trabalho


Como foi apresentado, foi necessário colher informações dos indivíduos que usam o torno no
seu cotidiano, para isso foi feito um questionário com perguntas visando o saber como está
sendo o uso do torno e de maneira está afetando a saúde e produtividade dos usuários.

O questionário foi fornecido a todos (técnicos, alunos e professores) e o resultado foi obtido
através de tabelas e gráficos.

Com os resultados dos gráficos a disposição, fica notório identificar a princípio que, devido à
alta demanda de projetos no torno, atrelado a pouca disponibilidade do equipamento, fica
evidente que as equipes que se dispõe de apenas um torno ficam totalmente sobrecarregadas
e com isso gerando acúmulo de trabalho, vale também apontar que os relatos de falta de
nível de organização do local onde o torno é exposto são grandes, visto a poluição visual
atrelada a poluição sonora, o ambiente de trabalho se torna altamente desgastante e
improdutivo. Porém, visto que esperávamos uma alta reclamação referente à altura do torno,
não foi notada a princípio, por este questionário, as opiniões ficaram muito divididas,
necessitando uma atenção maior no trabalho de análise no campo de trabalho.
Metodologia utilizada

3.1 - Trabalho realizado

Com as respostas do formulário aplicado acima iniciou-se uma observação do local para
compreender as razões das respostas demonstradas acima. Como visto, a desorganização do
ambiente e dos materiais prejudicam o trabalho dos alunos e dos técnicos. Além disso, é
perceptível que a desorganização dos materiais minimiza a luminosidade do local, sendo
assim o primeiro ponto a ser resolvido.
Após isso, o acúmulo de estoque indesejado próximo a mesas, máquinas e pontos de energia
dificultam e atrapalham o fluxo do local. Bem como a presença de mesas ao longo de
corredores dentro do espaço. Sendo outro ponto a ser resolvido. O intuito da implementação
da primeira melhoria era melhorar o dia a dia dos alunos que estão ali presentes sem gerar
nenhum custo.

Alguns pontos ainda devem ser realizados para melhorar o trabalho no local:

● Retirar as máquinas com defeito do local - melhorando o espaço e evitando acúmulo


de entulho.
● Inserir demarcações de áreas como torno, alocação dos protótipos e máquina de corte
a laser.
● Adequar o torno a NBR 12 - diminuindo o risco de acidentes ao operador e aos
usuários do local.
● Elevar a altura das mesas de trabalho para diminuir a inclinação da cabeça e da coluna
ao executar o trabalho.
● Elevar o torno e inserir um degrau ajustável para que o mesmo se adeque a diferentes
percentis.
● Inserir luzes focais nas bancadas de trabalho
Para compreender melhor a situação da Oficina Mecânica uma planta foi elaborada:

Layout anterior da Oficina Mecânica

Situação Pre proposta 01


Situação Pre proposta 02

Situação Pre-proposta 03
Situação Pre-proposta 04

Situação Pre-proposta 05
Análise Postural Bancada de Trabalho Esmerilhadeira

Armazenamento Inadequado/ Entulho


Armazenamento Inadequado / Entulho 02

Análise postural torno 01


Análise postural torno 02

Análise postural Bancada de trabalho 02


Análise postural torno 03

Entulho
Entulho 02

Entulho 03
Dessa forma, utilizou-se como estratégia ampliar o espaço e retirar mesas ou entulhos dos
corredores. Além disso, separar os espaços de trabalho para reduzir o número de extensões
no caminho e inserir ambientes de trabalho para cada protótipo com o intuito de reduzir o
fluxo de ferramentas e pessoas nos postos de trabalho com movimentação de maquinário
cortante como esmerilhadeiras e furadeiras, bem como, o torno mecânico.

Além disso, com o novo rearranjo criou-se um novo posto de trabalho e ampliou-se o local,
podendo inserir mais alunos no local ao mesmo tempo. O qual, possibilita realizar
manutenções nos protótipos ao mesmo tempo sem ocorrer interferências nos ambientes.

Layout proposto pelo grupo


Área de manutenção do protótipo formula

Local pós layout proposto


Local pôs layout proposto 02

Nova área de estoque


Nova Bancada de Trabalho e retirada de entulho

Local pós layout proposto 03


Novo local de armazenamento e máquinas indesejadas

Local pós proposta 04


Placa de Segurança 01

Placa de aplicação do 5S

4- Feedback e conclusões

Visto que, as interações foram feitas, atrelado às mudanças aplicadas no local de trabalho a
despeito da organização visual, a fim de melhorar a qualidade de trabalho dos integrantes
que usufruem o torno em si citado pelo estudo apresentado. Logo se fez necessário um par
de entrevistas, com o intuito de verificar o que estava ocasionando problema e o quanto foi
efetivo as mudanças ergonômicas, aplicadas através do estudo realizado.

A princípio fomos recrutar um integrante de cada equipe de extensão da UFPB para falar a
respeito.

O primeiro relato é de um integrante da equipe do projeto Formula em que ele relata como
era a organização antes das mudanças ergonômicas.
“Em períodos de competição a oficina ficava muito desorganizada, você procurava uma
peça e não achava, a chance de tropeçar numa peça era grande”

E, em seguida, o relato de um integrante do projeto Baja em que divide a oficina com a


outra equipe citada.

“Gostaria de agradecer pelas mudanças realizadas na oficina mecânica do CT, como


usuário constante do ambiente percebo os benefícios que as modificações agregaram ao
ambiente de trabalho, estava se tornando cada vez mais difícil de utilizar os equipamentos
no ambiente devido à baixa qualidade luminosa causada pela disposição indevida de
alguns materiais, a poluição visual também era um fator que grande desânimo para
excursão das atividades demandadas. O novo layout das mesas de trabalho também
proporcionou uma maior liberdade de movimentação no espaço, os postos de trabalho
ainda precisam ser melhorados, mas já é um grande avanço as otimizações realizadas.
Como sugestão de melhoria, deixo aqui alguns pontos:
-A implementação de sinalização e delimitação;
- Realocação de maquinários para maior liberdade de trabalho
- Retirada de maquinários defeituosos”

Analisando os 2 relatos apresentados e analisando a melhor qualidade da utilização do


espaço da oficina, observada por visitas feitas após o processo de mudanças ser aplicado. É
visto que, com a análise macro ergonômica, podemos avaliar uma boa melhora na
qualidade do ambiente de trabalho refletindo não só apenas no torno, mas também na
qualidade de todo o fluxo da oficina, ambientalizando a iluminação e também a organização
de setores, foram cruciais para o desenvolvimento do processo.

Também vale salientar que, apesar de ter um grande avanço no processo de trabalho da
oficina foi notado que, ainda ampliamos o nosso espaço, a fim de aceitar sugestões dos
membros que fazem parte, em primeiro plano do processo,
pois, eles são as principais peças que vão sentir as consequências do processo, com isso,
avaliamos as sugestões feitas, para aderimos a uma possível manutenção do modelo
ergonômico utilizado.

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