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PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA

Portal Educação

CURSO DE
GESTÃO DE EQUIPES

Aluno:

EaD - Educação a Distância Portal Educação

AN02FREV001/REV 4.0

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CURSO DE
GESTÃO DE EQUIPES

MÓDULO IV

Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
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do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.

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MÓDULO I

27 ADMINISTRAÇÃO DO TEMPO DA EQUIPE

27.1 FATORES IMPORTANTES NA ECONOMIA DE TEMPO

PLANEJAMENTO
Todos os momentos aplicados em um planejamento eficiente favorecem a
economia de tempo em três ou quatro horas durante a execução, além de produzir
resultados ainda melhores.

ORGANIZAÇÃO
Facilita a execução das tarefas, economizando tempo.

DELEGAÇÃO
Atribuir tarefas para outras pessoas da equipe libera o tempo para execução
de tarefas mais importantes.

TELEFONE – E-MAIL – CONVERSAS INSTÂNTENEAS VIA INTERNET


A utilização dessas ferramentas, evita o deslocamento das pessoas,
economizando tempo.

COMUNICAÇÃO
O uso de linguagem simples, concisa, objetiva e isenta de ambiguidades
facilita a compreensão do assunto e poupa tempo, evitando mal entendidos.

CONCENTRAÇÃO
É um tempo mínimo gasto antes da execução das tarefas, mas que permite
a economia de tempo posterior, pois a equipe ou a pessoa, já têm noção do que e
de como fazer.

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27.2 'ECONOMIZADORES' DE TEMPO

 Utilização de uma agenda ou um calendário de reuniões.


 Criação de listas de afazeres.
 Definição de metas.
 Manutenção de suas metas em vista.
 Definição de prioridades.
 Acompanhamento das prioridades.
 Organização das tarefas.
 Organização e acesso com rapidez a informações usadas com
frequência.

27.3 'DEPERDIÇADORES' DE TEMPO

 Falta de Planejamento.
 Indisciplina.
 Indefinição de objetivos na execução das tarefas.
 Menosprezo ou ênfase inadequada em certas atividades.
 Indefinição de prioridades.
 Excesso de reuniões e burocracia interna.
 Má utilização dos recursos (telefone, fax, Xerox, computador).
 Centralização de poder.
 Execução de serviço particular, em horário comercial.
 Resistências às mudanças.

27.4 SOLUÇÕES PRÁTICAS PARA ECONOMIZAR TEMPO

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 Estabelecimento de metas anuais, mensais, semanais e diárias.
 Programação de tarefas a serem executadas no dia.
 Identificação das atividades que geram maiores resultados.
 Concentração nas atividades de maior lucratividade.
 Estabelecimento de prioridades para execução das atividades,
considerando primeiro as de mais importância para a empresa ou para a equipe de
trabalho.
 Controle diário das atividades executadas e também dos resultados
obtidos.
 Controle de concentração de tempo, evitando desperdícios com
assuntos impróprios ao trabalho.
 Estabelecimento de hora para iniciar e hora para terminar as atividades
preestabelecidas.
 Eliminação dos desperdiçadores de tempo, como, assuntos pessoais,
conversas paralelas, MSN, cafezinho, etc.
 Melhoramento de rotinas e de hábitos de trabalho.

28 COMUNICAÇÃO DA EQUIPE

28.1 O QUE É COMUNICAÇÃO?

Sabemos que nada existe caso não haja comunicação.


A comunicação não necessariamente precisa ser por meio da fala, pode ser
escrita, gestual, desenhada, por intermédio de áudio ou vídeo.
Da mesma forma que a comunicação é importante para o ser humano e
também para o seu progresso, ela pode ser a destruição e uma grande aliada na
evolução de problemas.
Saber se comunicar e usar a comunicação em benefício próprio e de toda
equipe e empresa, é uma habilidade de poucos profissionais.

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Quando se sabe identificar problemas que estejam se formando devido a
falhas de comunicação ou até mesmo, pela falta de comunicação, já é um passo,
bastante apropriado para profissionais que almejam o sucesso de carreira.
Comunicar-se bem, não significa apenas transmitir uma mensagem, mas é
expor as ideias, opiniões e críticas de forma que todos compreendam, de modo que
realmente haja entendimento.
A comunicação manifesta o que o ser humano está sentindo, por meio de
palavras, gestos, emoções, situações, e ninguém pode fugir dessas manifestações,
por isso o ideal é saber controlá-las e usá-las de maneira profissional.
Por intermédio da comunicação conseguimos transmitir mensagens aos
nossos colaboradores ou parceiros de equipe, podemos dividir instruções, ideias,
sentimentos, que favorecem o ambiente de trabalho.
Por isso, é importante que a equipe, frequentemente analise como anda a
comunicação de todos os membros, por meio das perguntas:
 De que forma as mensagens estão sendo transmitidas?
 Todos estão usando os meios de comunicação para aumentar a
lucratividade da empresa e diminuir o tempo gasto com deslocamentos?
 Todos estão usando corretamente as formas de comunicação?
 Todos compreendem o que está sendo transmitido?
 De que forma podemos mudar essa distribuição de informações?
 Todos sabem comunicar-se sem prejudicar o parceiro ou colaborador?
 O líder está comunicando a equipe em relação aos resultados e
melhorias?
 Todos estão sendo comunicados sobre os resultados do controle das
atividades?
 Toda a equipe recebe informações necessárias para obtenção de
resultados?
 De que forma a comunicação está atrapalhando a equipe?
 De que forma a comunicação está auxiliando a equipe?
 Quais melhorias deverão ser realizadas na comunicação da equipe
para que todos fiquem satisfeitos e trabalhem melhor?

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28.2 FRASES QUE AUXILIAM NAS FALHAS DE COMUNICAÇÃO

Algumas frases que estamos acostumados a utilizar cooperam muito para


que a comunicação não seja satisfatória e acabam atrapalhando o processo de
aumento de resultados da equipe.
O problema, ainda maior, é que muitas dessas frases, um tanto absurdas,
quando analisadas separadamente, são ditas pelos líderes da equipe, afastando os
resultados positivos e contribuindo para geração de sentimentos negativos nos
membros da equipe.
Muitas delas são liberadas sem que sejam percebidas pelo transmissor da
mensagem, mas agem profundamente no ouvinte, causando falhas, até mesmo na
execução das atividades, entendo-se para problemas pessoais e emocionais.
Algumas dessas frases são:
 Nós não podemos nos permiti.
 Mande a ideia para a diretoria por meio dos canais competentes.
 Não funcionaria na nossa empresa.
 Traga essa ideia qualquer dia na próxima semana, ou marque uma
entrevista com minha secretária.
 Escreva-a e coloque na caixa de sugestões.
 Nós não temos tempo a perder com isso.
 O que você está tentando fazer, virar a empresa de cabeça para baixo?
 Se pudermos continuar fazendo as coisas como fazemos atualmente e
melhorá-las com o tempo já é o bastante.
 Já tentamos uma ideia exatamente como essa e não funcionou.
 Somos muito pequenos para isso.
 Esse não é o nosso estilo, não fazemos as coisas deste modo.
 Isso irá tornar o nosso sistema obsoleto.
 Muito bom, mas ninguém iria comprá-lo.
 Vamos discutir em outra reunião.
 O que? Isto é loucura.
 Estamos anos à frente de nosso tempo, vamos voltar à realidade.
 Isso não é problema nosso.

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 Seja claro, você não quer nos ensinar a trabalhar. Quer?
 O comitê executivo nunca aprovará.
 Alguém já tentou isto antes?
 É contra as políticas da empresa.
 Vamos guardá-lo por enquanto.
 Isto é óbvio.

28.3 BASES DA COMUNICAÇÃO

Uma boa comunicação traz ótimos benefícios para a empresa e também


para a equipe de trabalho.
O problema está em saber como encontrar essa “boa comunicação”.
Por isso, selecionamos algumas características básicas, para que o
profissional torne-se um bom comunicador, dentro da sua equipe, auxiliando no
desenvolvimento e no crescimento da empresa.

 Saber Ouvir – eis aqui uma tarefa muito difícil. Saber ouvir, não quer
dizer apenas estar pronto para ouvir o que os colegas estão dizendo a todo tempo,
mas na virtude de ouvir críticas ao seu próprio respeito ou a respeito de seu
trabalho, sem sentir-se ofendido, magoado ou irritado. Precisa mais do que ouvidos
abertos para seguir essa dica, é necessário estar bem consigo mesmo e com os
outros, saber interpretar as críticas como uma ferramenta de autoajuda, usando-as
como degrau para o crescimento profissional e pessoal.

 Examine o ponto criticado – nesse ponto, encontramos uma


qualidade presente em poucas pessoas, a humildade. Ser humilde para parar e
pensar na crítica que está recebendo, faz com que você melhore como pessoa e
como profissional e também auxilia na compreensão do trabalho e no
relacionamento para com todos os membros da equipe.

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 Evite termos técnicos – gírias já são complicadas para o vocabulário
de uma pessoa comum, imagine então para um profissional. Mas não são somente
as gírias que atrapalham na compreensão dos assuntos, mas também as palavras
técnicas, aquelas que se referem a uma área de atuação ou assunto específico, mas
que nem todos conhecem o significado. O uso de palavras fáceis e que todos
compreendam, tornando-o um profissional agradável, um bom líder, e facilita o
trabalho de todos.

 Esclareça suas ideias – antes de transmitir suas ideias, analise-as.


Verifique se elas são realmente produtivas e se realmente irão auxiliar em alguma
coisa. Procure transmitir a ideia de uma maneira simples, mas completa, para que
todos os envolvidos possam contribuir com opiniões ou críticas, possibilitando assim,
aperfeiçoá-la de modo que ela venha ser utilizada de forma que gere ótimos
resultados e bons lucros. Não se preocupe uma vez apresentada a ideia, por mais
que ela seja modificada ou aperfeiçoada, ela sempre será sua “ideia”.

 Expresse o seu interesse – esteja sempre em contato com os


membros de sua equipe. Expresse seu interesse pelos problemas da equipe e
auxilie na resolução desses problemas. Esteja sempre aberto às boas relações
profissionais, participando das confraternizações e ajudando os colegas quando
necessário. Ser egoísta numa equipe pode torná-lo chato e desnecessário, pois uma
equipe trabalha em grupo, com a união das pessoas e das ideias.

 Ações X Informações – procure demonstrar sempre que as decisões


tomadas estão baseadas em informações transmitidas pela equipe de trabalho. Isso
fará com que todos percebam a necessidade da boa comunicação e continuem
apostando nela, aperfeiçoando-a e valorizando-a, trazendo mais sucesso para a
equipe e para a empresa. ’

 Suas ações apoiam o que você diz? – analise se tudo que você fala
está de acordo com aquilo que você faz, em relação a você mesmo, a empresa e a
equipe.

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 Procure ser objetivo- ser objetivo é uma virtude. Evite rodeios para
chegar a um determinado assunto, fale sempre sendo claro, preciso e objetivo.

 Que mensagem quer transmitir? – antes de falar, analise o que será


dito, qual a melhor maneira de transmitir a mensagem e se realmente ela valerá a
pena.

 A quem vou me dirigir? – prepare-se para transmitir suas


mensagens, definindo o receptor, e preparando-se para dirigir a palavra a esse
receptor, sem rodeios.

 Consulte outras pessoas - o segredo do sucesso de uma equipe


está na união de informações. Pedir opiniões, ideias, sugestões, faz com que a
decisão seja tomada corretamente e com que o planejamento e os resultados sejam
eficazes.

 Como transmitir? – avalie qual a melhor forma de transmitir a


mensagem a sua equipe. Preste atenção aos detalhes, ao tom da voz, ao uso de
equipamentos e ferramentas de comunicação. Quanto melhor visualizada, melhor
compreendida a informação.

 Verifique se foi entendido- faça perguntas como: O que você


entendeu? Você poderia repetir o que eu transmiti? Para ter certeza de que todos
compreenderam bem o assunto.

 Entendimento – saiba que o importe não é apenas se compreendido,


mas também compreender.

 Compartilhe - Compartilhe as informações tanto quanto for possível


isto trará ganhos para toda a equipe.

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 "FEEDBACK" – o retorno de informações é fundamental para o
andamento da equipe. Quanto maior for o retorno de informações, maior será o
sucesso na execução das atividades e nos resultados finais.

29 LEITURA COMPLEMENTAR

COMO APAIXONAR A EQUIPE

A cada princípio de ano nós marcamos novos propósitos. Definimos novos


objetivos de desenvolvimento e tratamos de por em prática ao menos nas duas
primeiras horas.
No meu caso, quero ajudar a minha equipe a desfrutar o trabalho tanto
quanto eu faço.
Lembro de antigos chefes nessas macrorreuniões de fim de ano onde te
anunciam o quão maravilhosa é a empresa, enquanto lá no final da reunião alguns
murmuram sobre despedir ou congelar o salário dos empregados. Também aquela
empresa americana em que um super computador te fazia jogos de magia ao
mesmo tempo em que te contava a importância do Marketing e a todos os
companheiros comentando como utilizar esse truque diante de um cliente que quer
devolver um produto.
Um famoso alpinista nos explicou como um membro de sua equipe rompeu
as duas pernas e a bacia, e um mês depois escalou uma das montanhas mais
difíceis do mundo. Estupenda conferência multimídia oferecida antes que o
presidente nos detalhasse os objetivos do ano. Ainda me pergunto se aqueles
tinham algo a ver com as montanhas a se escalar ou com a queda do alpinista.
Enfim, aquilo não me pareceu o mais motivador. Então eu ajustei-me a
melhor forma de motivar minha equipe. Desde já conheço a teoria dos fatores
motivacionais de Herzberg, porém acho melhor a pirâmide de necessidades de
Abraham Maslow.
A teoria de Maslow mostra que as necessidades do ser humano se agrupam
em diferentes níveis. O primeiro nível é o que se denomina necessidades

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fisiológicas. Nele se encontra necessidade de abrigo, alimento, etc., no segundo
nível se encontraria as necessidades relacionadas com a segurança como saúde e
abrigo. O terceiro nível está composto por necessidades de relação com os demais,
tais como ter amigos ou gente com quem conversar. O quarto nível é baseado no
reconhecimento pessoal como o prestígio. Por último, o quinto nível que formam as
necessidades relacionadas com a autorrealização, como se sentir competente e
realizado na vida.
Maslow afirma que toda pessoa está obrigada a seguir essa escala de
satisfação de necessidade, de forma que, só quando se tem satisfeito as do primeiro
nível, é que se sente vontade de satisfazer a do segundo. Neste sentido, certamente
a maioria das pessoas que trabalham hoje em dia, têm problemas de motivação,
pois talvez tenhamos perdido de vista esta teoria.
É evidente que estas pessoas não têm sentido ao largo de sua vida a
carência das necessidades do primeiro e segundo nível. Por isso o salário é um fator
que é capaz de motivar pouco, e é muito fácil que se converta em um desmotivador.
O terceiro nível é um elemento muito complexo para trabalhar nas
organizações já que as relações sociais são uma particularidade própria do indivíduo
e tratar de gestioná-las é uma tarefa difícil. Fomentar o esporte, reuniões de equipe,
cursos, jornadas de interação, etc., são armas úteis, porém sua efetividade é
irregular.
No quarto nível temos necessidade de reconhecimento. Esta necessidade foi
muito utilizada na década de oitenta com a aparição dos “yuppies” em que as
possessões materiais eram à base da motivação. Então, os salários foram uma
forma muito utilizada. Posteriormente, o reconhecimento passou a se associar aos
mestres e isto se ploriferou até se esgotar como fonte de motivação.

“Que uma pessoa desfrute de seu trabalho se converteu em uma


grande utopia dos Recursos Humanos”

Por último, o quinto nível ainda é mais complexo já que nem todo mundo
pode ter a mesma função, como tampouco, todos os empregados gostam das
mesmas tarefas. Portanto, que uma pessoa desfrute de seu trabalho se converteu
numa grande utopia dos recursos humanos. Por isso, tem surgido entre outras

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práticas de equilíbrio entre a vida laboral e familiar com o objetivo de que as pessoas
realmente possam desenvolver ambas.
Não obstante, tenho pensado que esta teoria não é a única solução possível.
Lembro-me do momento mais motivante em minha vida, nesse momento eu era
capaz de qualquer coisa, e sem dúvida foi à época em que conheci minha mulher.
Naqueles momentos, os primeiros níveis de necessidades, as fisiológicas,
passaram a um segundo plano, pois se deixa de comer e inclusive de dormir. Os
segundos níveis, as necessidades de segurança, se vão, pois se é capaz de escalar
uma fachada para ver sua princesa prometida. O terceiro, da relação social, fica
restrito a essa pessoa e os amigos são eliminados da equação. O quinto nível, de
reconhecimento, é enterrado em toneladas de idiotices que uma pessoa realiza sem
se dar conta do ridículo que está fazendo. O quarto nível, de autorrealização,
desaparece e pouco ou nada importa o que um faz, pois o mundo se reduz ao que
ela diga ou faça.
Enfim, meu objetivo é que tanto minha equipe quanto eu, consigamos nos
apaixonar por nosso trabalho.
Isso tem que reconhecer que não é tarefa fácil, já que como não somos Brad
Pitt, se faz começar do zero nessa arte.

FONTE: Disponível em: <http://www.rrhhmagazine.com/articulos.asp?id=441>. Acesso em: 19 jun.


2010.

30 HISTÓRIA DE APOIO

A FORMIGA E O LÍDER
Autor: Marco Fabossi

Todos os dias, a formiga chegava cedinho ao escritório e dava duro no


trabalho. Era produtiva e feliz.
Seu líder, o gerente marimbondo estranhou a formiga trabalhar sem
supervisão. Se ela era produtiva sem supervisão, seria ainda mais se fosse

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supervisionada. E colocou uma barata, que preparava belíssimos relatórios e tinha
muita experiência, como sua supervisora.
A primeira preocupação da barata foi a de padronizar o horário de entrada e
saída da formiga. Logo, a barata precisou de uma secretária para ajudar a preparar
os relatórios e contratou também uma aranha para organizar os arquivos e controlar
as ligações telefônicas.
O marimbondo ficou encantado com os relatórios da barata e pediu também
gráficos com indicadores e análise das tendências que eram mostrados nas
reuniões.
A barata, então, contratou uma mosca, e comprou um computador com
impressora colorida.
Logo, a formiga produtiva e feliz, começou a ficar perdida no meio de toda
aquela movimentação de papéis e reuniões!
O marimbondo concluiu então que era o momento de criar a função de
gestor para a área onde a formiga, produtiva e feliz, trabalhava.
O cargo foi dado a uma cigarra, que mandou colocar carpete no seu
escritório e comprar uma cadeira especial. A nova gestora cigarra logo precisou de
um computador e de uma assistente (sua assistente na empresa anterior) para
ajudá-la a preparar um plano estratégico de melhorias e um controle do orçamento
para a área onde trabalhava a formiga, que já não cantarolava mais e cada dia se
tornava mais triste.
A cigarra, então, convenceu o gerente marimbondo, que era preciso fazer
um estudo de clima. Mas, o marimbondo, ao rever as cifras, se deu conta de que a
unidade na qual a formiga trabalhava já não rendia como antes e contratou a coruja,
uma prestigiada consultora, muito famosa, para que fizesse um diagnóstico da
situação.
A coruja permaneceu três meses nos escritórios e emitiu um volumoso
relatório, com vários volumes que concluía: “há muita gente nesta empresa”.
Foi então que o Líder marimbondo decidiu demitir a formiga, claro, porque
ela andava muito desmotivada e aborrecida.

Segundo estatísticas, uma empresa com 100 funcionários perde


aproximadamente R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais) por ano em reuniões

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ineficazes ou improdutivas. Imagine então se extrapolarmos esta ineficiência para
além das paredes das salas de reuniões. É por isso que o Líder precisa estar mais
perto de seus liderados, procure conversar com eles, entendê-los, orientá-los, ouvi-
los e inspirá-los para que se sintam motivados a participarem da equipe e buscarem
o melhor para a organização. Só assim será possível construir um ambiente onde
alto desempenho e resultados são valorizados, e onde o ser humano é prioridade.

FONTE: Disponível em: < http://www.blogdofabossi.com.br/2009/04/13/lideranca/a-formiga-e-o-lider-


lideranca/>. Acesso em: 19 jun. 2010.

31 COMO INFLUENCIAR A EQUIPE

Existe apenas uma regra básica sobre como influenciar sua equipe.

Não podemos exigir das pessoas que trabalham conosco, e de nenhuma


outra pessoa que esteja próxima de nós, algo que nós não conseguimos encontrar
em nós mesmos.
Os líderes, em especial, devem ser influenciadores de seus funcionários,
isso significa que ele deve ser exemplo.
Se solicitar, por exemplo, que seus colaboradores cheguem na hora certa
para o trabalho, o primeiro a respeitar essa regram deverá ser ele, o líder.
Se precisar que sua equipe, seja comprometida com o trabalho, deixando de
lado problemas pessoais e dedicando-se exclusivamente ao trabalho, o líder, precisa
demonstrar a todo tempo, que está ali, com 100% de dedicação.
Logo, se o líder precisa aumentar o ânimo da sua equipe, motivando-a para
o trabalho, ele precisa estar preparado, para se automotivar a todo instante,
transmitindo essa satisfação e apreço pelo trabalho, pela empresa e por todos seus
colaboradores.

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Se o líder, não pode dar aumento aos seus funcionários, então precisa
colocar-se no lugar deles também, sem usufruir de regalias e sem receber aumento
de salário.
E assim sucessivamente, com todas as necessidades que a equipe venha a
despertar.
A influência está ligada diretamente no exemplo que transmitimos às outras
pessoas.
É impossível influenciar alguém, usando o ditado “faça o que eu digo, mas
não faça o que eu faço”.
Exigir algo que você mesmo não pode oferecer ameaça a reputação do líder,
destroi sua imagem e em especial, não atinge de maneira positiva a equipe de
trabalho.
Esteja sempre se autoanalisando e policiando seus hábitos, para que sua
equipe não seja atingida por eles.
Busque sempre ser comprometido, educado, respeitoso, amigo, responsável
e acima de tudo, humilde, para que essas características também sejam
encontradas na sua equipe.

32 EQUIPES SATISFATÓRIAS: EFICAZES E DE ALTO DESEMPENHO

32.1 EQUIPE EFICAZ

Uma equipe eficaz realiza suas atividades eficientemente, corrigindo falhas,


enfrentando riscos e evitando prejuízos.
Equipes eficazes, possuem as seguintes carcaterísticas:
 METAS E OBJETIVOS
Possui metas e objetivos claros.
 DISTRIBUIÇÃO DE RESPONSABILIDADES
A responsabilidade para o cumprimento das metas é distribuída
corretamente e justamente entre os membros da equipe.

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 AVALIAÇÃO CONSTANTE
São realizadas diversas avaliações em relação ao progresso da equipe
referente às metas a serem atingidas.
 DIVERSIDADE DE HABILIDADES
A equipe possui integrantes com habilidades e experiências diferentes.
 RECURSOS
A equipe possui recursos necessários para realizar seu trabalho.
 TAMANHO
São equipes geralmente pequenas com menos de 10 pessoas.
 FUNÇÕES
Cada membro da equipe tem habilidade, aptidão e conhecimento para
exercer sua função e sabe da importância das demais funções para o sucesso da
equipe.
 TRABALHO PRÁTICO
A equipe desenvolve processos e práticas de trabalho para realizar as
tarefas de maneira mais rápida e eficaz.
 APOIO
A equipe ajuda-se mutuamente em todas as tarefas e desafios.
 RECONHECIMENTO
Os sucessos individuais e de equipe são reconhecidos por meio de
premiação ou elogios.
 LIDERANÇA
Compartilhada adequadamente dentro da equipe.
 CONFLITOS
A equipe enfrenta os conflitos de maneira construtiva e aberta.

32.2 SINTOMAS DE INEFICIÊNCIA DA EQUIPE

 Atrasos, faltas e saídas;


 Críticas à liderança e equipe;
 Dominação;

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 Isolamento e desinteresse;
 Conversas paralelas;
 Falta de concentração.
 Metas não cumpridas.

32.3 EQUIPES DE ALTO DESEMPENHO

Uma equipe de alto desempenho é aquela que desempenha sempre bem


suas atividades e coopera para o crescimento profissional dos envolvidos, para o
desenvolvimento da empresa e também para o aperfeiçoamento da equipe.
Para ser uma equipe de alto desempenho os membros de uma equipe
devem:
 Compartilhar propósitos e metas;
 Construir relações de confiança e respeito entre si;
 Equilibrar tarefas e processos;
 Planejar antes de agir;
 Envolver a equipe na solução de problemas;
 Envolver a equipe na tomadas de decisões;
 Respeitar a diversidade “dos outros”, individualmente;
 Estimular a sinergia e a interdependência;
 Recompensar desempenho individual de apoio à equipe;
 Comunicar eficientemente;
 Praticar o diálogo eficaz em vez do debate;
 Identificar e solucionar conflitos de grupo;
 Variar níveis e intensidade de trabalho;
 Promover um equilíbrio entre trabalho e casa;
 Criticar construtivamente o modo de trabalho da equipe;
 Praticar a melhoria contínua.

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32.4 CARACTERISTICAS DO INSUCESSO DA EQUIPE

Algumas equipes, acabam gerando insucesso na realização das atividades,


no crescimento da empresa e da própria equipe e também na obtenção de
resultados, devido algumas características, tais como:

1. Metas e objetivos mal definidos;


2. Responsabilidades mal definidas;
3. Falta de habilidades e conhecimento;
4. Ausência de treinamento;
5. Estilo de liderança e comportamentos;
6. Reuniões sem eficácia;
7. Ausência de reconhecimento;
8. Inibição ou individualismo

33 HISTÓRIA DE APOIO

MÃOS DADAS

Certa vez um grupo de amigos se reuniu para uma caminhada na selva.


Iniciaram uma caminhada de quase 20 km, iniciando a jornada logo pelo
amanhecer.
No meio da manhã, o grupo se deparou com um trecho abandonado de
estrada de ferro. Cada um deles, na sua vez, tentava andar pelos trilhos que eram
muito estreitos.
Mas após alguns passos inseguros eles perdiam o equilíbrio e caíam.
Depois de observar um após outro caírem, dois deles propuseram aos
demais uma aposta surpreendente.
Disseram que poderiam andar o trecho inteiro sem cair sequer uma vez.
Os outros meninos riram e disseram:

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- Impossível, vocês não vão conseguir!
Desafiados a cumprir a promessa, os dois meninos subiram nos trilhos, cada
um ficou em um dos trilhos paralelos, e simplesmente estenderam o braço um em
direção ao outro e deram as mãos para equilibrar-se e assim andaram com toda
estabilidade pelo trecho inteiro, sem dificuldades.

MORAL DA HISTÓRIA: O trabalho em equipe começa dando-se as mãos!


Essa história de apoio nos mostra o quanto a criatividade e o senso de
cooperação podem contribuir para solucionar os problemas que enfrentamos seja na
empresa ou em nossa vida pessoal.

FONTE: Disponível em: < http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/falta-


trabalho-em-equipe/27604/>. Acesso em: 19 jun. 2010.

34 LUCROS, EMPRESAS E EQUIPES

Atualmente podemos afirmar que os lucros, a equipe e a empresa fazem


parte de uma mesma estrutura.
Sem lucros e sem uma boa equipe, a empresa não sobrevive.
Sem a empresa, não há lucros e não há equipe.
E finalmente, sem equipe, não há possibilidade de crescimento da empresa
e não há bons lucros.

LUCRO

EQUIPE EMPRESA

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34.1COMO LIDAR COM ESSES CONCEITOS

Empresa, equipe e lucros.


Já sabemos que essas três “pessoas”, dependem uma da outra, para que o
crescimento e o sucesso de ambos sejam consideráveis e satisfatórios.
Porém, muitas empresas ainda não têm consciência da importância de
envolver sua equipe, nessa lucratividade.
Muitos ainda têm a triste e egoísta noção de que lucro é coisa da empresa e
que os funcionários estão ali para ganhar o salário em troca de serviços prestados.
Uma maneira antiga, árdua e egoísta de se pensar.
Organizações que tratam seus funcionários como se fossem obrigados a
prestar um serviço, são empresas que logo mais estarão extintas do mercado de
trabalho.
E cá entre nós, todos deveriam aplaudir essa extinção.
Sem a equipe de trabalho, a empresa não tem condições de tocar o negócio.
São os colaboradores, os responsáveis pela qualidade da empresa.
É por meio deles que a empresa consegue produzir.
Já estudamos no decorrer desse curso, o quanto é importante ter uma
equipe de trabalho eficiente, experiente e de alto desempenho.
Já vimos também, que é imprescindível saber trabalhar em equipe, nos dias
atuais.
Podemos dizer que, trabalhar em equipe, proporciona o encontro de
habilidades, experiências e ideias diversas, que proporcionam para a empresa,
criatividade, inovação e vantagens competitivas.
Essa é a função principal da equipe, oferecer a organização um bom
trabalho, um ótimo desempenho de sua equipe, de forma que aumentem a
produtividade, a qualidade e a lucratividade da empresa.
Mas qual é a principal função da empresa em relação a sua equipe?
Por sua vez, você pode estar respondendo automaticamente, não atrasar os
pagamentos, respeitar e valorizar o funcionário, etc.

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Posso dizer que tudo isso é importante sim. Mas será que um bom
funcionário, se contenta com tais retornos?
Muitas empresas ainda acham que “se ele não quer trabalhar tem quem
queira”, deixando de valorizar o funcionário como pessoa, como profissional e
também a sua mão de obra.
Existem muitas pessoas por ai, precisando de trabalho, mas existem poucos
profissionais.
Medir a eficiência de seus colaboradores, conhecê-los como pessoa e
profissional, medir seus conhecimentos, habilidades e experiências, são
fundamentais para a empresa.
Muitas vezes a empresa gasta mais treinando um novo funcionário, do que
recompensando o funcionário que está há anos na sua organização, contribuindo
para o crescimento da empresa.
O problema é que muitas organizações, somente dão valor aos seus
colaboradores, quando os perdem. Quando precisam sentir na pele, os custos com
um novo colaborador.
Uma pessoa que está há dez anos exercendo a mesma função, sem
nenhum reconhecimento é evidente que irá se desligar da empresa.
Quando esse desligamento acontecer, a empresa terá de contratar outra
pessoa, com qualidades e habilidades parecidas. Muitas vezes esse novo
colaborador, não possui o mesmo grau de experiência na área de atuação e com
certeza não possui a mesma experiência com a empresa.
Até que ele se acostume com as normas, com as regras, com a equipe, com
o trabalho e com a organização, a empresa estará gastando consideravelmente
recursos, não apenas financeiros, mas também recursos físicos, pessoais,
emocionais, operacionais e outros, com esse funcionário.
Até que ele fique devidamente treinado e possa andar com suas próprias
pernas, se vão mais dez anos de atuação.
Ilustre essa situação, pare e pense no que seria melhor fazer.
Será que se o funcionário anterior fosse bem remunerado, valorizado,
motivado, participasse das vitórias da empresa, ele teria se desligado?
Talvez esses dez anos de experiência, tenham sido transferidos para a
concorrência.

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22
No egoísmo, muitas empresas acabam perdendo excelentes funcionários e
deixando de produzir, transferindo ideias para o concorrente, o que é ainda pior.
A equipe de trabalho precisa ser bem recompensada pela empresa. Precisa
ser valorizada, não apenas com elogios, festas, cartões, pequenos benefícios.
A equipe precisa ser motivada a trabalhar cada vez melhor, com mais
paixão, com mais garra e para isso ela precisa participar da empresa.
Participar dos resultados positivos, mas também dividir os negativos.
Participar da alegria da empresa, sendo informado sobre os acontecimentos
e recompensado de diferentes meios.
Os colaboradores precisam ser valorizados, respeitados, por meio de
assistência médica, odontológica, aumento de conhecimento, divisão de alegrias e
claro, financeiramente.
Muitas vezes a empresa acha que pagar bem um funcionário ou efetuar a
distribuição de resultados, é dispensável, porque os lucros da organização diminuem
em determinado mês.
O que essas empresas não conseguem visualizar é que a distribuição
funciona como “dar para ter”. Quanto mais se valoriza o funcionário, mais ele produz
e quanto mais ele produz, mais os lucros da empresa aumentam proporcionando o
crescimento e a diferenciação da instituição.

É POSSÍVEL TER LUCRO PARA A EQUIPE?

PARA PENSAR

Não se podem repetir os erros do passado.


Este deve ser considerado como um guia para novas relações trabalhistas
mais humanas, mais justas, mais participativas, mais evoluídas, onde não há
perdedores, mas somente ganhadores.
O mundo organizacional está bem delineado, baseando-se em sua maioria
no livre mercado. As mudanças ocorrem na forma de negociar (do corpo a corpo ao

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23
e-commerce), mas os princípios estabelecidos, ainda permanecerão por longo
tempo. Portanto, não há necessidade de tanto medo do futuro.
A valorização dos talentos humanos nunca esteve em tão alta consideração.
Nunca se falou tanto sobre seu potencial dentro das organizações e sobre sua
supremacia em relação aos recursos financeiros e materiais.
As modernas organizações com práticas de RH eficientes estão
influenciando as organizações engessadas a assumirem novas posturas ou a
fecharem suas portas.
A área de RH caminha para assumir posição estratégica dentro das
empresas com a incumbência de ser instrumento de equilíbrio e equidade.
O acesso à informação vem ampliando horizontes, construindo novos
modelos mentais, unificando interesses na formação de um só time.
O exemplo positivo de organizações que apostaram na participação de
resultados como estratégia fundamental para o crescimento.

FONTE: Disponível em: <http://www.rh.com.br>. Acesso em: 19 jun. 2010.

Comentário
Você pode perceber no texto acima, que são citadas muitas premissas
envolvendo o modo de pensar das organizações.
Atitudes muitas vezes confusas, que a empresa acredita ser apenas uma
teoria, mas que não tenta colocar em prática, para visualizar os resultados.
Uma equipe de trabalho deve sim, ser bem remunerada, motivada,
valorizada e acima de tudo obter lucro sobre seus desempenhos.
Algumas empresas, como você pode ver, já estão usufruindo de uma
lucratividade maior, devido à conscientização envolvendo sua equipe.
Vejamos agora, alguns meios de dividir com a equipe de trabalho, o
crescimento e a lucratividade da empresa.

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24
35 PARTICIPAÇÃO NOS RESULTADOS

A participação nos resultados é uma técnica ou modelo, que se refere à


recompensa aos colaboradores.
Onde toda a equipe tem uma participação nos resultados financeiros da
empresa.
Essa participação está regulada no Brasil pela Lei 10.101/2000.
É uma técnica de remuneração variável, que compromete a equipe ao
cumprimento de objetivos e metas predeterminados.
Essa participação se dá, por meio da negociação entre funcionários e a
empresa, podendo ser quinzenal, mensal ou anual.
Esse modelo além de manter, também atrai os melhores talentos do
mercado.
É considerada a chave do sucesso das organizações que pretendem
continuar competitivas no mercado e de manter a motivação da equipe, ampliando
os resultados positivos e aumentando a lucratividade da empresa.

36 SISTEMA DE PREMIAÇÃO

Caso sua empresa seja muito pequena para dividir lucros com seus
colaboradores, uma ideia é estabelecer o sistema de premiação.
Por meio desse sistema, todos os colaboradores devem ser avaliados e
quando apresentarem considerável desempenho, premiados.
Essa premiação pode ser financeira, mas também pode ser por meio de
promoções ou até mesmo utilizando prêmios materiais.

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25
37 LEITURA COMPLEMENTAR

PARA EMPRESAS, TRABALHO EM EQUIPE É FUNDAMENTAL

Especialistas explicam como é possível atuar em grupo com eficiência


Autora Lilian Burgardt

Dez entre dez especialistas garantem: "o profissional do futuro deve,


sobretudo, saber trabalhar em equipe". Ter bom relacionamento com os colegas,
saber ouvir, opinar e discutir ideias, são características de quem possui esse talento.
Quem está no mercado de trabalho já há algum tempo sabe que, ainda que surjam
conflitos, duas cabeças pensam melhor do que uma. Mas quem nunca pensou que
preferia trabalhar sozinho porque centralizando o trabalho em si "a coisa andaria
melhor"?
Há uma explicação para esse receio em relação ao trabalho em equipe.
Desde os tempos da escola, quando o professor mandava a turma se dividir em
grupos para executar uma tarefa, os alunos aprendiam como é difícil lidar com ideias
distintas e, muitas vezes, com a falta de comprometimento dos colegas. Da escola
para frente, uma sucessão de experiências ruins relacionadas ao tema “trabalho em
equipe” é que podem causar restrições ao coletivo. Mesmo os seminários durante a
faculdade e até o trabalho de conclusão de curso da graduação. O individualismo,
por sua vez, está com os dias contados no atual mercado de trabalho. Tanto é que
consultores de carreira são taxativos: se você quiser sobreviver no meio corporativo
terá de aprender a lidar e trabalhar com os outros.
A primeira coisa que você precisa saber para se dar bem numa empresa que
prioriza o coletivo é fazer uma distinção clara do que é trabalho em grupo e trabalho
em equipe. "Equipe quer dizer comprometimento. Trata-se de um grupo de pessoas
com um objetivo comum que batalham por sua conquista e respeitam as
características e competências individuais de cada um. Um não se sobrepõe ao
outro. Trabalham em conjunto, aproveitam o que cada um tem a oferecer, ao
contrário do que acontece em um grupo sem foco, sem objetivo", explica a psicóloga

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26
e consultora Suzy Fleury. A especialista é do time que acredita que cada indivíduo
tem algo a oferecer para transformar um grupo numa equipe de sucesso. O segredo,
segundo ela, é aproveitar tais competências individuais para obter um bom resultado
coletivo.
Fã assumida da metodologia utilizada pelo técnico da seleção brasileira de
vôlei masculino, Bernardinho, a psicóloga defende que uma equipe, assim como um
grande time, não se faz só de estrelas, mas de indivíduos de diferentes qualidades
que, em conjunto, obtêm sucesso. Não é à toa que, há anos, o treinador conquista
títulos no esporte por saber estimular esse potencial em cada jogador em prol de um
objetivo comum. "Em seu livro, 'Transformando suor em Ouro', Bernardinho destaca
que essa é a receita para levar um grupo ao topo do pódio. No vôlei, com exceção
do saque, todas as ações são coletivas. Por essa razão, é preciso estimular o grupo
a aproveitar as competências de cada um dos integrantes", lembra Suzy.
Para a psicóloga, os grandes realizadores dotados de sabedoria sabem que
a força do time vem do indivíduo. Por que, então, nas empresas, os projetos que
demandam troca de ideias de uma equipe tendem a ser um fracasso? Segundo
Suzy, o principal erro do universo corporativo é anular a força do indivíduo quando
ele faz parte de um projeto. "Os colaboradores são águias de um projeto. Eles
precisam ser tratados como peças determinantes, verdadeiros atores, e não meros
coadjuvantes num processo maior que exige envolvimento, cooperação e
determinação para atingir resultados", explica. Segundo ela, para atingir metas, cabe
ao gestor de uma equipe identificar o potencial de cada indivíduo e estimulá-lo.
Além da ação do gestor, também cabe aos membros da equipe identificar
se alguns pontos determinantes para o sucesso do trabalho coletivo estão presentes
no dia a dia. Para facilitar este trabalho ela criou um check-list básico com aquilo que
ela considera necessário para garantir a sustentabilidade e excelência num projeto
tocado a mais de quatro mãos. No quadro abaixo você acompanha os itens
considerados indispensáveis. Para saber se sua equipe está no caminho certo, o
ideal é conseguir somar pontos em todos os quesitos e chegar a 10 na pontuação
total. Caso você não consiga somar pontos em algum quesito, já sabe exatamente
quais os pontos fracos que devem ser melhorados.

FONTE: Disponível em: <http://www.universia.com.br/carreira/materia.jsp?materia=15314>. Acesso


em: 19 jun. 2010.

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FIM DO MÓDULO IV

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28
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos: Edição Compacta. São Paulo: Atlas,


2002.

______ Recursos Humanos: o capital humano das organizações. 8. ed. São


Paulo: Atlas, 2004.

DUTRA, J. Gestão de pessoas. São Paulo: Atlas, 2006.

FLEURY, A.; FLEURY, M. T. L. Estratégias empresariais e formação de


competências – um quebra-cabeças caleidoscópico da indústria brasileira. Rio de
Janeiro: Atlas, 2001.

KANAANE, Roberto. Comportamento Humano nas Organizações – O Homem


Rumo ao Século 21. São Paulo: Atlas, 1994.

PEIXOTO, Paulo. Gestão estratégica de recursos humanos para a qualidade e a


produtividade. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1995.

PINCHOT, Guilford. O poder das pessoas: como usar a inteligência de todos


dentro da empresa para conquista do mercado. Rio de Janeiro: Campus, 1994.

PRAHALAD, C. K.; HAMEL, G. A Competência Essencial das Organizações.


Harvad Business Review, 1990.

ROBBINS, Stephen P. O segredo na gestão de pessoas. p. 138. Portugal: Centro


Atlântico, 2008.

RODRIGUES, Marcus Vinícius Carvalho. Qualidade de Vida no Trabalho.


São Paulo: Vozes, 1994.

FIM DO CURSO

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