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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA

CURSO DE ENGENHARIA DE REDES E TELECOMUNICAÇÕES

QUALIDADE DE SERVIÇO NA INTERNET

Roteamento e Seu Impacto na QSI

Ano:5º

Grupo:7

Docente

Luanda 2023
INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA
CURSO DE ENGENHARIA DE REDES E TELECOMUNICAÇÕES

QUALIDADE DE SERVIÇO NA INTERNET

Roteamento e Seu Impacto na QSI

INTEGRANTES DO GRUPO

Afonso Ribeiro Maria –Nº:181093


Jorge Rosário Augusto-N° 170624
Josué Cadaf Vitorino –Nº:181292
Leonel Gomes Faustino –Nº: 130433
Narciso C. Mussuequeno –Nº:150704
Nelson Manuel –Nº:181305

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Índice

INTRODUÇÃO.................................................................................................................2

Nós e links.........................................................................................................................3

Protocolos de Rede............................................................................................................4

Roteamento........................................................................................................................4

Os principais protocolos de roteamento.........................................................................5

Desvantagem dos protocolos de roteamento.................................................................5

Desvantagens do protocolo RIP em relação QSI...........................................................6

Desvantagens do protocolo OSPF em QSI....................................................................8

Qualidade de serviço em uma rede (QSI) com roteamento..............................................9

CONCLUSÃO.................................................................................................................10

BIBLIOGRAFIA.............................................................................................................11

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INTRODUÇÃO

É notório que nos últimos anos a Internet cumpre um papel muito importante nas
atividades cotidianas dos usuários. O seu uso, que antes era meramente para envio de e-
mails, navegações em páginas estáticas expandiu-se para o uso em aplicações avançadas
como Voz sobre IP (VoIP), streaming de vídeo e de áudio, jogos online entre outras. O
roteamento desempenha um papel fundamental na qualidade dos serviço de uma rede
(QSI) e pode ter um impacto significativo em sua performance e eficiência.

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Nós e links 

Nós e links são os blocos de construção básicos em redes de computadores. Um nó


de rede pode ser um equipamento de comunicação de dados, como um modem, hub ou
switch, ou um equipamento terminal de dados, como dois ou mais computadores e
impressoras. Para que um nó transmita desde um arquivo de texto até um vídeo em alta
definição os dados são acondicionados em pacotes e transmitidos do nó fonte até o
destino, passando por nós intermediários. Entre o nó fonte e o destino podem existir N
caminhos pelos quais um pacote pode passar e o processo que determina qual caminho
será tomado é denominado de roteamento.

Um link refere-se ao meio de transmissão que conecta dois nós. Os links podem ser
físicos, como fios de cabos ou fibras ópticas, ou espaço livre usado por redes sem fio.

Em uma rede de computadores em funcionamento, os nós seguem um conjunto de


regras ou protocolos que definem como enviar e receber dados eletrônicos por meio dos
links. A arquitetura de rede de computadores define o design desses componentes
físicos e lógicos. Ela fornece as especificações para os componentes físicos da rede,
organização funcional, protocolos e procedimentos.

Figura 1. Nós em uma rede

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Protocolos de Rede

Protocolos de rede são um conjunto de normas que permitem que qualquer


máquina conectada à internet possa se comunicar com outra também já conectada na
rede.
Os tipos de protocolos de rede são divididos de acordo com a sua natureza do
serviço disponibilizado. E também em qual camada de profundidade estão localizados
na rede de internet.

Essas camadas, junto com alguns exemplos de protocolos, são:

Camada de Aplicação: WWW (navegação web), HTTP, SMPT (emails), FTP


(transferência de arquivos) e SSH. Usada pelos programas para enviar e receber dados
de outros programas pela própria internet.
Camada de Transporte: TCP, UDP e SCTP. Para transporte de arquivos
recebidos da camada anterior. Aqui acontece a organização e a transformação deles em
pacotes menores, que serão enviados à rede.
Camada de Rede: IP (IPv4 e IPv6). Os arquivos empacotados na camada anterior
são recebidos e anexados ao IP da máquina que envia e que recebe os dados. Daqui, são
enviados pela internet usando a próxima camada.
Camada de Estrutura Física: Ethernet e Modem. É a camada que executa o
recebimento ou envio de arquivos na web.

Roteamento

Roteamento é o processo de seleção de caminho em qualquer rede. Uma rede de


computadores é composta por muitas máquinas, chamadas nós, e caminhos ou links que
conectam esses nós. A comunicação entre dois nós em uma rede interconectada pode
ocorrer por meio de muitos caminhos diferentes. Roteamento é o processo de selecionar
o melhor caminho usando algumas regras predeterminadas.

Os dispositivos responsável por isso são os roteador, que é um dispositivo de rede


que conecta dispositivos de redes a outras redes. Os roteadores servem principalmente a
três funções principais.

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1. Determinar o caminho
O roteador determina o caminho que os dados percorrem quando são movidos de
uma origem a um destino. Ele tenta encontrar o melhor caminho analisando métricas de
rede, como atraso, capacidade e velocidade.
2. Encaminhar dados
O roteador encaminha dados ao próximo dispositivo no caminho selecionado para
finalmente chegar ao destino. O dispositivo e o roteador podem estar na mesma rede ou
em redes diferentes.
3. Balanceamento de carga
Às vezes, o roteador pode enviar cópias do mesmo pacote de dados por vários
caminhos diferentes. Ele faz isso para reduzir erros devido a perdas de dados, criar
redundância e gerenciar o volume de tráfego. 

Os principais protocolos de roteamento

Os protocolos de roteamento são agrupados em duas categorias distintas: protocolos


de gateway interno (IGP) e protocolos de gateway externo (EGP).
Protocolos de gateway interno (IGP)
Esses protocolos avaliam o sistema autônomo e tomam decisões de roteamento com
base em diferentes métricas, como:
 Contagens de saltos ou número de roteadores entre a origem e o destino
 Atraso ou o tempo necessário para enviar os dados da origem ao destino
 Largura de banda ou a capacidade do link entre a origem e o destino
Os protocolos IGPs mais conhecidos são o RIP (e suas versões como o RIPv2 ou
RIPng), OSPF (e suas versões como OSPFv2, OSPFv3, OSPF-TE, etc) e o IS-IS
(Intermediate System to Intermediate Systems).

Protocolos de gateway externo (EGP)


O Protocolo de Gateway da Borda (BGP) é o único protocolo de gateway externo. O BGP
funciona acompanhando os ASNs mais próximos e mapeando os endereços de destino para seus
respectivos ASNs.

Desvantagem dos protocolos de roteamento

Embora os protocolos de roteamento desempenhem um papel crucial no


encaminhamento eficiente dos pacotes de dados, eles também apresentam algumas

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desvantagens. Algumas das principais desvantagens dos protocolos de roteamento
incluem:
1. Complexidade: Os protocolos de roteamento podem ser complexos de configurar
e manter. Eles envolvem várias métricas, algoritmos e parâmetros que exigem um bom
conhecimento técnico para implementação e solução de problemas. Isso pode dificultar
a configuração correta do roteamento e exigir habilidades especializadas dos
administradores de rede.

2. Consumo de recursos: Os protocolos de roteamento consomem recursos


computacionais e de largura de banda da rede. Isso ocorre principalmente devido às
trocas constantes de informações de roteamento entre os dispositivos. Em redes grandes
e complexas, o tráfego de roteamento pode aumentar e consumir parte significativa dos
recursos da rede, resultando em um desempenho reduzido.

3. Convergência lenta: Em certas situações, os protocolos de roteamento podem


levar tempo para convergir e se adaptar a mudanças na topologia da rede. Durante esse
período, podem ocorrer instabilidades na rede, como pacotes perdidos ou roteamento
ineficiente. Isso pode afetar temporariamente a QSI até que o roteamento se estabilize.

4. Vulnerabilidades de segurança: Alguns protocolos de roteamento podem ser


vulneráveis a ataques, como spoofing, injeção de rotas falsas ou manipulação de
mensagens de roteamento. Esses ataques podem comprometer a integridade do
roteamento e levar a desvios indesejados do tráfego, impactando negativamente a QSI e
a segurança da rede como um todo.

5. Escalabilidade: À medida que uma rede cresce em tamanho e complexidade, os


protocolos de roteamento podem enfrentar desafios de escalabilidade. A quantidade de
informações de roteamento a serem trocadas e processadas pode aumentar
substancialmente, o que pode levar a atrasos, consumo excessivo de recursos e
dificuldades na manutenção de um roteamento eficiente.

Desvantagens do protocolo RIP em relação QSI

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Uma das principais desvantagens do Protocolo de Informações de Roteamento (RIP
- Routing Information Protocol) em relação à Qualidade do Serviço (QSI) é a sua
limitação em lidar com requisitos avançados de QoS. Aqui estão algumas desvantagens
do RIP em relação à QSI:

1. Falta de suporte a QoS: O RIP não possui recursos avançados de Qualidade de


Serviço (QoS) integrados. Ele não é capaz de priorizar ou diferenciar pacotes de acordo
com requisitos específicos, como largura de banda, atraso, jitter ou perda de pacotes.
Isso significa que o RIP não pode garantir uma QSI diferenciada para diferentes tipos de
tráfego, o que pode ser importante em redes com aplicações sensíveis à latência ou
necessidades específicas de priorização.

2. Métrica baseada em saltos: O RIP utiliza a contagem de saltos (número de


roteadores atravessados) como métrica para determinar a melhor rota. Essa métrica não
considera fatores importantes para a QSI, como a capacidade de largura de banda ou
atraso. Consequentemente, o RIP pode rotear pacotes por caminhos mais longos ou com
menor capacidade de rede, afetando negativamente a QSI.

3. Convergência lenta: O RIP utiliza um mecanismo de atualização periódica, em


que os roteadores trocam informações de roteamento em intervalos regulares (a cada 30
segundos, por padrão). Essa abordagem pode resultar em uma convergência lenta,
especialmente em redes maiores ou em caso de alterações frequentes na topologia da
rede. Atrasos na atualização do roteamento podem afetar a QSI, levando a interrupções
na conectividade ou atrasos na entrega de pacotes.

4. Escalabilidade limitada: O RIP tem uma escalabilidade limitada, especialmente


em redes maiores. Isso ocorre porque o RIP envia atualizações de roteamento completas
periodicamente, independentemente da alteração real na topologia da rede. Essas
atualizações de grande porte consomem largura de banda e recursos de processamento,
afetando a escalabilidade e a eficiência geral da rede.

Embora o RIP tenha sido amplamente utilizado no passado em redes menores e


mais simples, em ambientes com requisitos avançados de QSI, é recomendável utilizar
protocolos de roteamento mais avançados, como OSPF (Open Shortest Path First) ou

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BGP (Border Gateway Protocol), que oferecem recursos mais adequados para garantir
uma QSI mais granular e personalizada.

Desvantagens do protocolo OSPF em QSI

Embora o Protocolo de Estado de Link Aberto (OSPF - Open Shortest Path First)
seja amplamente utilizado e ofereça recursos avançados, ele também apresenta algumas
desvantagens em relação à Qualidade do Serviço (QSI). Algumas desvantagens do
OSPF em relação à QSI:

1. Limitações de QoS: Embora o OSPF suporte a configuração de políticas de QoS,


essas funcionalidades não são nativas no protocolo. A implementação de QoS no OSPF
exige a combinação com outros mecanismos, como classificação de tráfego, marcação
de pacotes e filas de prioridade em dispositivos de rede. Isso pode adicionar
complexidade ao gerenciamento da QSI e requerer configurações adicionais.

2. Convergência lenta em redes grandes: Embora o OSPF tenha uma convergência


mais rápida em comparação com protocolos de roteamento mais antigos, como o RIP, a
convergência ainda pode levar tempo em redes grandes ou complexas. Durante o
período de convergência, pode haver atrasos na atualização das rotas e na adaptação às
mudanças na topologia da rede, afetando a QSI durante esse período.

3. Consumo de recursos: O OSPF requer recursos computacionais e de largura de


banda significativos. O processo de troca de informações de estado de link, cálculo de
rotas e manutenção da base de dados de topologia pode consumir recursos de CPU e
memória nos roteadores. Em redes maiores ou com grande fluxo de dados, isso pode
resultar em aumento do consumo de recursos e impacto na QSI.

4. Complexidade de configuração: O OSPF possui uma configuração complexa,


especialmente em redes maiores ou com requisitos avançados de QSI. A configuração
de áreas OSPF, tipos de autenticação, métricas personalizadas e outros parâmetros
requer conhecimento especializado e planejamento cuidadoso. Configurações incorretas
ou inadequadas podem afetar negativamente a QSI e a estabilidade da rede.

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5. Desafios de escalabilidade: Embora o OSPF seja escalável para redes de tamanho
médio a grande, ele pode enfrentar desafios adicionais em redes extremamente grandes.
O crescimento da rede aumenta a quantidade de informações de estado de link a serem
trocadas e processadas pelos roteadores OSPF. Isso pode levar a uma sobrecarga de
controle de roteamento, atrasos na convergência e impacto na QSI.

Qualidade de serviço em uma rede (QSI) com roteamento

Para que possa existir qualidade de serviço em uma rede (QSI), onde existira
roteamento os administradores de rede devem implementar boas práticas de roteamento,
como:
1. Projetar uma topologia de rede eficiente, considerando a localização geográfica
dos dispositivos, a capacidade de rede disponível e os requisitos de desempenho.
2. Configurar os protocolos de roteamento corretamente, levando em conta os
critérios de seleção de caminho adequados para cada tipo de tráfego.
3. Monitorar regularmente o desempenho da rede, identificando possíveis gargalos
ou áreas problemáticas.
4. Fazer ajustes e otimizações no roteamento conforme necessário, com base nos
dados de monitoramento e análise de tráfego.

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CONCLUSÃO

O roteamento desempenha um papel fundamental na qualidade do serviço de uma


rede (QSI) e pode ter um impacto significativo em sua performance e eficiência.
O roteamento adequado é essencial para garantir que os pacotes de dados sejam
entregues de forma rápida e confiável aos seus destinos. Um roteamento eficiente
minimiza o tempo de latência, o congestionamento da rede e os possíveis gargalos, o
que pode resultar em uma QSI superior.

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BIBLIOGRAFIA

https://www.weblink.com.br/blog/tecnologia/conheca-os-principais-protocolos-de-internet/
Visitado 01/06/2023
https://aws.amazon.com/pt/what-is/computer-networking/ Visitado 01/06/2023

https://aws.amazon.com/pt/what-is/routing/ Visitado 01/06/2023

https://www.trabalhosgratuitos.com/Humanas/Religi%C3%A3o/Igp-E-Egp-24737.html
Visitado 01/06/2023
https://academiaderedes.com/wp/conteudos/router-switch/roteadores/ Visitado
01/06/2023
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Estudo De Caso Usando Voip - Davi Ribeiro Militani Lavras – Mg 2021

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