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Canhão não é como guarda-chuva, que ninguém quer comprar quando faz sol. Ou
como chapéu de palha, que fica na vitrina quando chove. Canhão sempre se vende,
seja qual for o tempo!
Aos oito anos, Tistu foi mandado para a escola, porém não conseguia se concentrar
e dormia todas as vezes durante a aula, devido isso foi expulso da escola.
“Prezado Senhor, o seu filho não é como todo mundo. Não é possível conservá-lo na
escola.”
A partir disso, Tistu foi posto em um novo sistema de educação. A primeira lição foi
no jardim com o jardineiro Bigode, ali descobriu o polegar verde.
O polegar verde é invisível. A coisa se passa por dentro da pele: é o que se chama
um talento oculto.
A segunda lição foi de ordem com o Sr. Trovões por meio de uma visita a cadeia da
cidade. Dessa vez, Tistu notou que os prisioneiros pareciam infelizes e teve uma
ideia:
E se a gente fizesse nascer flores para eles? A ordem ficaria menos feia e os
prisioneiros talvez se tornassem mais comportados. Bem que eu podia usar meu
polegar verde!
Depois teve lições na favela, no hospital e também na fábrica de canhões do Sr.
Papai quando houve um conflito entre os Voulás e Vaitimboras. E adivinhem quem
deu um jeito de usar o dedo verde e deixar as situações melhores? Tistu. No final há
uma descoberta sobre Tistu que quase me fez chorar.
As histórias nunca param onde a gente imagina.
Li esse livro pela primeira vez há anos atrás e confesso que sem esperar muito,
acabei me surpreendendo. Motivo que me fez relê-lo porque é um livro que vale
muito a pena.