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Mediadores de Educação
para Patrimônio
Turismo
e patrimônio
Carla Vieira
SUMÁRIO
1. Apresentação ........................................................................................147
2. Para começo de conversa: o que é Turismo? .................................148
3. Políticas públicas para o Turismo no Brasil ..................................... 151
4. Turismo cultural: questões relativas
à preservação e desenvolvimento ...................................................155
Referências ................................................................................................159
Em nosso módulo, veremos como a
atividade turística apropria-se do patri-
mônio cultural como espaço e suporte
1.
para o seu desenvolvimento. Observa-
remos também a complexidade das ma-
neiras como essa apropriação acontece.
Que ela pode ser nociva e predatória,
por meio de um “turismo de massa”, que
APRESENTAÇÃO tende a degradar e transformar, segundo
gora que aprendemos so- seus interesses, os espaços culturais. Mas
bre o que é patrimônio cul- que ela pode, sim, mais importante, ser
tural, sua caracterização de maneira sustentável e positiva, opor-
e sua importância para as tunizando, por meio do desenvolvimen-
sociedades, estudamos so- to da atividade econômica, o reconhe-
bre as principais políticas cimento e a preservação do patrimônio
públicas e os instrumentos cultural, seja ele material ou imaterial.
de proteção ao patrimônio Ao final, apresentamos a bibliografia
cultural brasileiro, eu lhes que fundamentou as reflexões realizadas
convido a refletir sobre as em nosso conteúdo e que também servi-
ligações entre o patrimônio cultural, a me- rá como um pequeno roteiro àqueles que
mória social, as identidades culturais e pretenderem se ater mais às questões
uma das atividades econômicas cujo poten- aqui propostas, que inter-relacionam os
cial de impacto sobre o patrimônio cultural campos do turismo e do patrimônio. Espe-
é bastante relevante: a atividade turística. ramos que apreciem o nosso passeio.
1. uma que incide sobre a economia, As palavras inglesas tourism e A OMT tem, na verdade, uma
que envolve todas as cadeias de tourist aparecem em documentos história bem mais longeva que a
serviços ligados direta ou indire- britânicos desde o ano de 1760. É iniciada na década de 1970. A Orga-
tamente – como empresas de tu- também da Inglaterra aquele que é nização tem origem no I Congresso
rismo, guias, hotéis, restaurantes considerado “o pai das agências de Internacional de Associações Ofi-
etc. – aos processos que compre- viagens”, Thomas Cook, que teria ciais de Tráfego Turístico, aconteci-
endem a chegada, a permanência organizado, em 1841, a primeira do em Haia, em 1925.
e a partida do turista; e excursão “turística” da história, O evento objetivava tratar
2. a que impacta sobre o usuário quando elaborou os preparativos e dos desafios até então
desses processos, o turista, que a viagem de 578 pessoas da cidade apresentados pelo crescente
é modificado em sua forma de de Loughborough a Leicester, para desenvolvimento do turismo.
compreender o mundo, uma vez participarem de um congresso Ao longo das décadas, muitas
que suas viagens lhe proporcio- antialcoolismo. Foi ele o criador organizações sucederam-se até a
nam o conhecer não apenas de da primeira agência de viagens formação da OMT e sua posterior
outros espaços, alheios aos seus (OLIVEIRA, 2001). vinculação à ONU, em 2003.
rotineiros, mas outros “olhares” a
outras culturas, um conhecer nas-
cido ante à diferença de outras for-
mas de organização do mundo.
Todas essas questões nos fazem pen-
sar sobre a importância do turismo para
as sociedades.
3.
autonomia dentro do governo federal,
saindo do antigo Ministério do Esporte e do
Turismo, ganhando um Ministério próprio.
Atualmente, é de competência do Mis-
POLÍTICAS tério do Turismo (Portaria nº 36, de 29 de
janeiro de 2019):
PÚBLICAS PARA I. a política nacional de desenvolvi-
O TURISMO mento do turismo;
II. a promoção e a divulgação do turis-
NO BRASIL mo nacional, no país e no exterior;
turismo no Brasil é carac- III. o estímulo às iniciativas públicas
terizado pela oferta de e privadas de incentivo às ativida-
inúmeros atrativos natu- des turísticas;
rais espalhados por todo
o seu território e pautados IV. o planejamento, a coordenação,
na exuberante beleza de a supervisão e a avaliação dos
seus biomas, mas tam- planos e dos programas de incen-
bém por um diverso re- tivo ao turismo;
pertório de bens culturais, V. a criação de diretrizes para a inte-
materiais e imateriais, que gração das ações e dos programas
contam sobre a história e a cultura brasi- para o desenvolvimento do turismo
leiras a todos que visitam nosso território. nacional entre os governos federal,
Essas características tornam o país um estaduais, distrital e municipais;
destacado lugar de atratividade turística, VI. a formulação, em coordenação
que ao longo dos anos vem demandando com os demais ministérios, de po-
a elaboração de políticas públicas para re- líticas e ações integradas destina-
grar e regulamentar, bem como estabele- das à melhoria da infraestrutura e
cer objetivos, diretrizes e estratégias para à geração de emprego e renda nos
a sua promoção e o seu desenvolvimento destinos turísticos;
em território brasileiro, uma tarefa que
não tem sido necessariamente fácil. VII. a gestão do Fundo Geral de Turis-
Data da década de 1950 a elaboração mo (Fungetur); e
dos primeiros instrumentos de regu- VIII. a regulação, a fiscalização, e o
lação do turismo no Brasil, quando da estímulo à formalização, à certi-
criação do Conselho Nacional de Tu- ficação e à classificação das ati-
rismo (CNT), da Empresa Brasileira de vidades, dos empreendimentos e
Turismo (Embratur) e do Fundo Geral de dos equipamentos dos prestado-
Turismo (Fungetur). res de serviços turísticos.
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