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MILAGRE NATALINO

NARRAÇÃO
Muito longe daqui, em uma simples cidade, as pessoas que lá viviam, acreditavam no
Natal, na esperança, na solidariedade e no amor ao próximo. Lá havia um pequeno orfanato
onde os pequenos órfãos eram tratados com muito carinho, respeito e atenção e por este motivo,
viviam felizes e sorridentes e esperançosos (crianças entram brincando de roda, entram
diretores e elas correr para abraçá-los. Elas se sentam e os diretores começam a contar
história para eles, tudo com muita alegria) Os responsáveis pelo local tinham sempre a
esperança de que aquelas sete crianças iriam um dia também encontrar um lar como aconteceu
com as demais. E todos eles já estavam muito ansiosos com achegada do Natal que estava
próximo. (Diretores se levantam e saem acompanhadas pelas crianças) Em outra cidade ali
bem próxima, onde a esperança, a solidariedade, o amor precisavam entrar no coração dos
moradores, existia um outro orfanato. Lá, os responsáveis pelo local, não acreditavam no amor
ao próximo. Tratava ali como se fosse uma empresa, sem carinho ou afeto pelas crianças, que
mesmo assim também possuíam esperança de que um dia iriam encontrar tudo o que sempre
sonhavam (crianças brincando, diretores entram e uma dela apita. Crianças param e ficam
na posição de sentido. Fazem fila e saem. Uma das alunas sai da fila e tenta abraçar Dona
Cleopotina que dispensa o abraço. Ela volta para a fila triste)

DONA ELISA (Entrando)


D. Cleopotina, aquele colégio, o SEI MATER ligou outra vez. Eles insistem que as
nossas crianças cantem na festa de Natal deles. Eles ouviram falar que nossas crianças cantem
muito bem...

DONA CLEOPOTINA
Em primeiro lugar para com essa história de “nossas crianças” que elas não são
minhas... podem ser tua mas minhas não! E outra: Eles não vão cantar em lugar nenhum, em
colégio nenhum! Eles só cantaram uma vez, mesmo assim porque pagaram muito bem a
gente...Eu detesto essa cantoria de jingle bell...detesto o Natal...

DONA MARGÔ
Que absurdo! Que insistência! Dona Elisa já falamos mil vezes...aqui não tem Natal!
Que coisa insurportável. Desde pequena eu odeio o natal. Para com isso...

DONA ELISA
É que as crianças estão eufóricas para participarem da festa do SEI MATER, ele já estão
ensaiando...Vai ser uma festa linda e diferente, bem dançante...Eles estão loucos de vontade
de...

DONA CLEOPOTINA
Ah! É? Então vamos acabar com essa vontade agora...(Margô apita. Crianças entram
marchando e ficam como soldados)

DONA CLEOPOTINA
Escutem aqui. Deixa eu explicar uma única vez com jeitinho e carinho (grita) Não vai
ter coral nem nataaaallll! (crianças reclamam, Margô apita)

DONA MARGÔ
E só pr causa deste barulho, não vai ter TV hoje. (saem rindo)

DONA ELISA
Tenham fé. Não percam a esperança... Um milagre de Natal pode acontecer. (sai. Eles
se sentam tristes. Entra Lucas)

LUCAS
Oi pessoal! Eu tava bem escondido. Quando ouvi o apito, me escondi e...O que foi? Que
caras são essas?
CAMILA
Elas nem sentiram sua falta, como sempre. Nem ligam pra gente.

SOFRIDO
A Dona Cleopotina e a Dona Margô disseram que não vamos mais cantar mais... Nunca
mais...

JOSEFINA
E disse também que não vamos mais ter Natal. O que vai ser da gente?

JESSICA
Nós esperamos o ano todo para fazermos o que mais a gente gosta que é cantar, e
agora...

YASMIN – E agora que estamos perdidos, nem Natal, sem coral, sem família...

SABRINA – Ninguém gosta de nós.

LUCAS – Não diga isto. Não vamos nos entregar a tristeza. Vamos cantar! Vamos! Animem-se.
(cantam e saem)

OUTRO ORFANATO. EM CENA DONA CLARICE E DOUTOR DANIEL

DONA CLARICE – Ah! O Natal ta chegando. Não vejo a hora das crianças catarem no coral.

DOUTOR DANIEL – Eu também não vejo a hora. Apesar de poucos recursos, vamos fazer de
tudo para termos um lindo natal...

JUREMA
(entrando) Dona Clarice, Doutor Daniel, não tenho boas notícias...Nós não vamos mais
cantar no coral. Não conseguimos patrocínio para o transporte e nem para o figurino das
crianças. E além disso, a festa que iríamos nos apresentar, foi cancelada por falta de verba.

DONA CLARICE
Mas as crianças? Elas vão ficar tristes... (crianças entram)

FLEURILENA
Nós ouvimos tudo. Não vai mais haver coral. Já sabemos.

JURUPITA

Não fique triste, nós vamos conseguir.

JULIANA
Nós vamos ter nosso natal.

NICOLAS
Temos esperança

CARLA
Esperança de que algo de bom vai acontecer

ANA CLARA
Vamos conseguir tenha certeza

ALICE
(vai até eles e os beijam) Nós amamos vocês!

(Diretores saem, eles se levantam e cantam)


NARRADOR
O que une esses dois grupos de crianças? Além do amor e da esperança? O Espírito
Natalino que habita ali em forma de um lindo anjo protetor (anjo aparece) que com encanto e
magias tocou no coração de um poderoso e rico casal que amava crianças e soube desses dois
orfanatos e quis fazer o bem a elas.

ANJO
Que o amor toque em vossos corações

JOSELINO
Tomei uma decisão querida.

PATRÍCIA
E qual foi? Tenho certeza de que é uma coisa boa.

JOSELINO
Sabe aquelas crianças que estávamos comentando? As dos dois orfanatos? Eles estão
precisando de nós.

PATRÍCIA
Vamos fazer o que pensamos?

JOSELINO
Sim! Vamos adotá-las

ANA CLARA E ANA JULIA


Lega! Teremos irmãos!

PATRÍCIA
Querido, e podemos leva-los para cantar no SEI Mater

NARRADOR
E aconteceu mesmo o milagre. O casal conseguiu na justiça adotar aquelas 14 crianças.
E vamos ver o que aconteceu.

DONA CLEOPOTINA
Fiquei tão emocionada. Não sei o que me deu, mas fiquei feliz de verdade que nossas
crianças foram adotadas e estão tão felizes.

DONA MARGÔ
Eu também...acordei um sentimento lindo dentro do meu peito...E tenho certeza de que
eles irão cantar lindamente

DONA ELISA
Foi o espírito Natalino que tocou em seus corações... (se posicionam)

DONA CLARICE
Foi um milagre. Conseguimos!

DOUTOR DANIEL
Milagre Natalino.

JUREMA
Eu vou chorar (se posicionam)

ARY
Senhoras e senhores (chama Dona Penha)

(Entram crianças e cantam)

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