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ELENCO
ANNIE (menina com idade dos 6 aos 10 anos)
CRIANÇAS ORFÃS
PAULA Secretária de SENHOR JOÃO
LILI Namorada do RUI
DONA ANA Dona do orfanato
DONA FELISBELA Assistente da Dona do Orfanato
SR. ANTÓNIO DA LAVANDARIA
JOÃO OLIVEIRA Bilionário
RUI Irmão da DONA ANA
JAVIER Segurança do Sr. João
EL PACO Segurança do Sr. João
EMPREGADOS
PESSOAS NA RUA
POLÍCIAS
CENÁRIOS
Cenário 1 – Quarto velho com várias camas (colchões e mantas) e crianças a dormir.
Cenário 2 – Rua com vista para a porta do orfanato.
Cenário 3 – Casa do Senhor João (casa de luxo).
Música nº0 - “Overture – ANNIE” (1:00)
Ninguém canta
ATO 1 – Cenário 1
ANNIE (sobe para uma cama) – Parem com isso já! Querem ficar de castigo na véspera de Natal?! Se
acordam a D. Ana, ficamos todos de castigo!
(ANNIE vai ter com a CRIANÇA 1, que está a soluçar)
ANNIE – Não te preocupes CRIANÇA 1, era só um pesadelo.
Criança 1 – Eu quero a minha mamã e o meu papá…
Criança 4 (sarcástico) – CRIANÇA 1, não sei se já percebeste, mas nós não temos mãe nem pai! Por isso
somos chamados de órfãos e estamos num orfanato!
ANNIE (empurra a CRIANÇA 3) – Eu não sou órfã! Os meus pais vêm buscar-me!
(As outras crianças interrompem e dizem o texto juntamente com a ANNIE num tom de gozo)
CRIANÇA 2 + crianças – “… nasceu a 28 de outubro. Voltamos brevemente para a buscar. Deixamos
metade de um colar em forma de coração com ela e nós temos a outra metade. Assim, quando voltarmos
saberemos que ela é a nossa bebé.”
ANNIE (para as CRIANÇAS) – Vocês querem dormir com os dentes dentro ou fora da boca? Vão dormir! Eu
sei que isto (pega na carta e no colar) não significa nada para vocês. Mas isto é tudo para mim. É a prova de
que tenho alguém que me ama.
Criança 5 – Achas mesmo que os vais encontrar?
ANNIE – Sim, claro que sim, é a única maneira de eu ser feliz…
Música nº1 - “Maybe”
Canta a Annie a olhar/interagir com CRIANÇA 1
Talvez muito longe
Talvez perto não sei
Talvez nesta cidade
Um dia os encontrarei
ANNIE – Estou farta de estar aqui sem fazer nada, vou, mas é procurar os meus pais. Eu sei que eles estão
algures por aí.
CRIANÇA 4 – Annie, estás maluca? Não podes! Se a Dona Ana te apanha…
(vai saindo do palco sem fazer barulho e entra a DONA ANA)
DONA ANA – Buuh! Ias tentar fugir outra vez, não ias miúda? O que pensas que estás a fazer?
(Chama a assessora FELISBELA)
DONA ANA- Felisbela anda cá…. Olha me estas miúdas que andam a aprontar outra vez
(A Felisbela é muita surda, leva um bocado a perceber o que se passa)
FELISBELA- Lá vamos nós de novo... ARRE, que miúda teimosa. Vocês vão aprender uma lição ou eu não
seja Feliz.. e Bela… e vocês ah! Que zanga me trazem...
DONA ANA- Qual era a tua ideia pirralha? Diz, ias para a rua, era? E o que ias fazer?
ANNIE- Vou encontrar os nossos pais
DONA ANA – ANNIE, se pensas que isto aqui dentro é mau, lá fora ainda é pior! Não me faças essa cara...
Vá fala… Como é que se diz?
ANNIE – Gosto muito de si… DONA ANA – Não ouvi nada! Ouviste o que ela disse Felisbela?
FELISBELA- Se tu, ouves bem e não ouviste…
ANNIE (zangada) – GOSTO MUITO DE SI!!!
DONA ANA – Maldita órfã.
ANNIE – Eu não sou órfã! Os meus pais vêm buscar-me!
DONA ANA (ri-se) – Isso foi em 1952! Estamos em 1962! Eles já não vêm buscar-te.
(entram no quarto, DONA ANA assobia no apito)
DONA ANA (a gritar e assobiar) – Toca a acordar! Toca a acordar! Eu disse toca a acordar! CRIANÇA 5 –
Mas estamos a meio da noite!
(crianças alinham-se em frente às camas)
DONA ANA – Achas que não sei isso? A ANNIE aqui tentou fugir outra vez. Então, de prenda de Natal, vou
dar-vos isto (dá baldes, panos e esfregonas): vão limpar esta pocilga até estar tudo a brilhar de cima a
baixo!
(Dona Ana bebe um pouco de vinho e a Felisbela rouba-lhe a garrafa e bebe também)
CRIANÇA 1 (olha fixamente para Dona Felisbela e ri-se)
DONA FELISBELA (zangada) – Isto é a nossa medicação!
CRIANÇA 2 (tom de gozo) – Pois, deve estar muito doente deve…
DONA ANA (grita) – Cala-te pirralha! Como é que se diz meninas?!
CRIANÇAS – GOSTAMOS MUITO DE SI DONA ANA.
DONA ANA (sarcástica) – E eu de vocês… Agora ao trabalho!!!
Música nº2 - “It´s a hard knock life”
Canta Annie + crianças
Já não quero mais varrer
Não suporto mais limpar
Não aguento
Mais sofrer
Já não posso
Mais esfregar
Triste vida aqui TODOS
Já estou farta de chorar
Triste vida nossa aqui
Tantas ordens, e castigos
Já não posso, não consigo
Triste vida aqui
SR. ANTÓNIO- E como já sabe gosto muito de crianças, e sabe o próprio senhor Jesus o filho de Deus também
amava muito as crianças. Só queremos que elas sejam felizes e elas merecem o melhor do mundo sempre.
(os dois conversam num canto e ANNIE esconde-se dentro do carrinho da roupa suja)
SR. ANTONIO- Bem, vamos lá levar esta roupa cheia do vosso mau cheiro para a lavandaria. Muito bom dia…
e um Feliz Natal! (leva o carrinho das roupas sujas embora)
DONA ANA (deprimente) – Sim,… feliz Natal…
(DONA ANA suspira e crianças riem-se)
DONA FELISBELA – Estão a rir-se de quê? Ah?! Esperem,… façam uma fila imediatamente!
(DONA FELISBELA conta as crianças)
DONA ANA – Uma, duas, três,… Falta uma, falta uma! Onde está? A… a … ANNIE?! Onde está a ANNIE?!
CRIANÇA 3 - DONA FELISBELA, ela foi de carrinho para a lavandaria!
DONA ANA – O quê?! Ai Felisbela a culpa é tua
D FELISBELA- Minha? E não tivesse dado tanta conversa ao Sr. António…
(sai a correr e a gritar e as crianças riem-se e saem a gritar)
FIM DO ATO 1
ATO 2 - Cenário 2
(ANNIE entra a olhar para o colar)
ANNIE – E agora o que é que eu faço? Eu só queria ser feliz,… será que é pedir muito? Queria ter um pai e
uma mãe como as outras pessoas, será pedir muito?
Música nº3 - “Tomorrow”
Canta a Annie a interagir com a audiência
Eu espero amanhã
Eu quero amanhã
Ver o sol sorrir p´ra mim
Música
(começam a entrar personagens e formam um coral; a dona Paula está na rua e vê o que se passa)
PERSONAGEM RUA – Olhem o que temos aqui…. Queres que amanhã seja melhor que hoje? Eu se fosse a ti
não tinha muita esperança!
ANNIE – Mas,… mas,…
PERSONAGEM RUA (a gozar com Annie) – Mas,… mas… nada! Olha pra mim… há anos à espera de encontrar
alegria e o sol a sorrir… parece-te que encontrei alguma coisa?
CANTORA: Desculpe, mas importa-se de falar mais baixo,… gostaríamos de cantar uma musica que fala da
doce paz desta época
PERSONAGEM DA RUA- Doce paz? Como eu precisava de paz e de doces
ANNIE – Boa! Adoro música de Natal!
POLÍCIAS (aparece no fim da música por traz de ANNIE) – Apanhei-te! A DONA ANA vai ficar muito
contente por te ver outra vez. Não vai minha malandra?
ANNIE (grita) – Deixa-me em paz!
(POLÍCIA arrasta a ANNIE, toca à campainha do orfanato e aparece DONA ANA. As crianças estão
todas a espreitar atrás da DONA ANA)
DONA ANA (exagerado) – ANNIE! (grita) Estava tão preocupada contigo minha querida e adorável ANNIE!
ANNIE – Pois, precisava de alguém para esfregar o chão…
DONA ANA (atrapalhada) – Oh, que disparate! Sempre a dizer piadas, esta ANNIE! POLÍCIAS – Ainda bem
que pude ajudar DONA ANA, tenha mais cuidado.
DONA ANA – Sim, claro senhor POLÍCIA.
(entram para o orfanato)
Cenário 1
DONA ANA – Muito bem! Acabou-se o espetáculo!
CRIANÇA 2 – Dona Ana e Felisbela, desculpe todo o trabalho que lhe damos… CRIANÇA 4 – Temos uma
prenda para si…
DONA FELISBELA – Ai sim,… o quê?
CRIANÇA 5 – Isto! (mostra uma ratazana e todas as crianças começam a correr e rir)
DONA FELISBELA – Ahhh! Saiam da minha vista! Todas para dentro! Estou cansada de vocês! Eu só queria
ser feliz! Será que é pedir muito!
Música nº5 - “Little Girls”
Canta a Dona Ana a interagir com as crianças que fazem asneiras ao longo da música
Garotinhos, miúdas
Onde quer que vá posso vê-los
Pequeninos, irritantes
Até me levantam os pêlos
Garotinhos, miúdas
Onde quer que vá posso vê-los
Pequeninos, irritantes
Até me levantam os pelos
Frase
Garotinhos, miúdas
Onde quer que vá posso vê-los
Pequeninos, irritantes
Até me levantam os pelos
(No fim da música, a Annie tenta fugir outra vez e DONA ANA agarra-a e senta-a numa cadeira.)
(tocam à campainha)
DONA ANA – Outra vez! Será que não tenho descanso! Não te mexas (para a Annie). Quem é? (abre a
porta)
PAULA – Boa tarde, o meu nome é PAULA. Os serviços sociais informaram-me que…
DONA ANA (zangada) – A culpa não foi minha! É esta miúda que só se mete em confusões. Ela está sempre
a fugir. Por favor não me denuncie…
PAULA – Deve estar a confundir-me, eu vim para…
DONA ANA – Ah pois, olhe, se vem vender produtos ponha-se daqui para fora que eu não preciso de nada.
PAULA – Desculpe mas eu não vim vender nada. Eu sou a secretária pessoal do senhor JOÃO.
DONA ANA – O JOÃO OLIVEIRA?! O homem mais rico do país? Porque não disse nada?! Por favor, sente-se.
(sentam-se na secretária e a Annie senta-se ao lado no chão).
PAULA – Sim, esse JOÃO. Ele mandou-me aqui para pessoalmente convidar uma das crianças órfãs para
passarem o Natal em sua casa. Talvez uma menina como esta aqui (aponta para ANNIE)
ANNIE – Excelente ideia! Eu sou órfã! Eu sou criança! É mesmo de mim que você precisa!
DONA FELISBELA – (fala baixo) Não, não, não, ANA a ANNIE só dá problemas. (DONA ANA concorda a
abanar a cabeça) Pode escolher quem quiser menos a ANNIE.
PAULA – Se isto tem alguma coisa a ver com o facto de ela ter fugido, eu posso informar os serviços sociais
que isso aconteceu.
DONA ANA – Ok, é toda sua… Feliz Natal.
PAULA – Vá querida, vai buscar o teu casaco e as tuas coisas enquanto a DONA ANA assina este papel e
vamos embora.
D. FELISBELA- Casaco? Ela não tem casaco, desde quando que as crianças precisam de casaco?
(restantes crianças aparecem)
ANNIE (sai a correr ao encontro das outras meninas que estão escondidas a ouvir a conversa) – Vocês nem
vão acreditar! Eu vou passar o Natal fora!
Crianças (gritam) – Que fixe! Boa ANNIE!
FIM DO ATO 2
(Annie troca de roupa)
Ato 3 – Cenário 3
PAULA – Atenção EMPREGADA, avisa os empregados que chegou a nossa convidada especial de Natal, a
ANNIE.
EMPREGADA – Sim madame.
PAULA – ANNIE, esta é a Sara, ela vai ajudar-te em tudo aqui em casa.
EMPREGADA – Posso levar o seu casaco menina?
ANNIE (desconfiada) – E vais devolver-mo?
PAULA (sorri) – Claro que vai, só o vai guardar. Sara, o SENHOR JOÃO já chegou? EMPREGADA – Deve estar
mesmo a chegar madame.
PAULA – Então ANNIE, o que preferes fazer primeiro?
ANNIE (inspeciona a sala) – Hmmm, talvez esfregar o chão e os vidros, e depois posso lavar as loiças…
PAULA (interrompe) – Não querida! Tu és uma convidada, não vais fazer nada disso. Estás aqui para te
divertires.
O que tu precisares
Ou mesmo desejares
Estamos aqui para ti
O que tu precisares
Ou mesmo desejares
Estamos aqui para ti
SENHOR JOÃO (interrompe a música enquanto entre ao telemóvel) – Preparem-me os documentos, quero
isso na minha secretária ainda hoje!
( os seguranças entram em posse, e a ANNIE segue por todo lado de baixo da vigilância dos
seguranças)
SENHOR JOÃO (irritado) – Não me pergunte como correu a viagem! Foi um pesadelo. As fábricas estão a
fechar todas, é muito grave. Vou para o escritório. Não me interrompam em momento nenh… (para
ANNIE) E tu quem és?
ANNIE – Sou a ANNIE, senhor.
SENHOR JOÃO – E estás aqui porque…
PAULA – Senhor, tinha-me indicado que, para a comunicação social falar melhor de si, devíamos convidar
uma criança órfã para passar o Natal connosco…
SENHOR JOÃO – Ah pois, sim, bem,… mas é uma rapariga, os órfãos são rapazes. PAULA – Não são e o
senhor não especificou se queria convidar uma menina ou um rapaz.
ANNIE – Eu percebo… não há problema, pode trocar-me por um rapaz (vira costas para sair).
SENHOR JOÃO (atrapalhado) – ANNIE,… serás a minha convidada para o Natal.
ANNIE – Fixe! Vai ser o melhor Natal de sempre!
EL PACO- O nosso trabalho cada vez esta mais complicado? Como poderemos mante lo em segurança
desta forma?
JAVIER- Não refiles tanto, fica atento a tudo, ele estará sem segurança, somos os melhores e mais
preparados seguranças
EL PACO- Sim o que poderá correr mal?
SENHOR JOÃO (vai para o escritório) – Mas será que nada me corre bem? Que viagem miserável, as
fábricas a fechar. Eu só queria ser feliz. Será que é pedir muito? Com tanto dinheiro que tenho podia bem
estar à venda! Seria a minha prenda de Natal para mim mesmo.
(na sala)
ANNIE – PAULA, eu não percebo. Pensava que as pessoas ricas eram felizes, mas o SENHOR JOÃO parece
ser ainda mais infeliz do que eu.
PAULA – Sabes ANNIE, o SENHOR JOÃO tem sempre, no Natal, os melhores carros, o melhor pinheiro e a
melhor comida mas vive sempre triste porque ainda não abriu a melhor prenda que se pode ter.
ANNIE – Onde se compra?
PAULA – ANNIE, eu também cresci sem os meus pais. Foi a minha avó que me criou. Não tínhamos muito
dinheiro e a nossa casa era pequenina. Por vezes nem tínhamos muito de comer e muito menos Bolo-rei
no Natal. Mas lembro- me que nunca conheci ninguém tão feliz como a minha avó.
ANNIE – A sério? Como é que ela conseguia ser feliz?
PAULA – Quando ela era pequenina ela foi a uma festa de Natal. Lá ouviu falar de um bebé muito especial
chamado Jesus. E ela contou-me tudo sobre ele.
ANNIE – Jesus? Ele era especial porquê?
PAULA – Sabes, esta história começa há muito tempo atrás! Deus ama-nos muito e desde sempre que Ele
quer que estejamos junto a Ele. Mas cada um de nós preferiu fazer coisas que O deixam muito triste e nos
afastam Dele. Estas coisas chamam-se pecado: a mentira, a desobediência, o roubo, a maldade,…
ANNIE – Bem me parecia que era bom de mais,… eu já fiz essas coisas todas, Ele não quer saber de mim.
Afinal sou só uma miúda pobre.
PAULA – Não é bem assim Annie. Sabes, Deus concebeu um plano para resolver o problema do pecado. Ele
mandou um anjo falar com uma jovem chamada Maria para lhe dizer que ela iria ter um bebé! Mas não era
um bebé qualquer! Mas o mais precioso alguma vez nascido! Ele seria o Filho de Deus. Alguns meses se
passaram, a barriga da Maria começou a crescer, a crescer, a crescer… e quando ela estava bem grande,
eles tiveram de fazer uma grande viagem de burro até uma pequena cidade chamada Belém. E na noite em
que lá chegaram, Maria teve o seu bebé, num estábulo, imaginem, porque não encontraram outro sítio na
cidade para ele nascer.
ANNIE – Já ouvi essa história em algum lado… não e a história do Natal?
(entretanto o SENHOR JOÃO ouve a conversa sem que ninguém se aperceba)
PAULA – É sim. Sabes o que é que Ele fez por nós? Depois de nascer, Ele cresceu e provou o Seu amor por
nós. Nós tínhamos que morrer por causa de todas as coisas horríveis que fizemos, o pecado, mas Deus
amou-nos tanto que mandou o seu Filho Jesus para morrer no nosso lugar, e cumprir o castigo que estava
reservado para nós.
ANNIE – Então se Jesus morreu, porque é que se celebra o Natal?
PAULA - Porque Jesus não ficou morto, ao terceiro dia Ele ressuscitou e está vivo. Ele quer que cada um de
nós O conheça pessoalmente e experimente o Seu amor.
ANNIE – A sério,…uau gostava mesmo de saber como foi,… deve ter sido lindo…
(começa música 6)
PAULA (tapa os olhos à Annie) – Fecha os olhos e imagina isto…
Musica nº7- “Messiah – Kari Jobe”
Pode ser cantado pela Paula ou outra pessoa.
Pode ser coreografado ou pode passar um vídeo com o resumo da história do
nascimento de Jesus ao longo da música.
O mundo parou
Na noite em que
O bebé Jesus Nasceu
Pastores ouvem
Os anjos cantar
Maravilhados com o rei
Maria sorri
Ao ver o bebé José segura
O Filho de Deus
Meu Salvador
Meu Senhor
Esperança
Par´o pecador
PAULA – Jesus é a melhor prenda de Natal que alguém me poderia ter dado, é Ele que me dá esta alegria
que nem consigo explicar. Isto porque Ele é o Pai que eu não tive, é o melhor amigo que sempre me ouve,
é o meu médico pois já me curou, é tudo para todos.
ANNIE – Eu também quero essa alegria para mim. Será que Deus também me quer dar a mim?
(SENHOR JOÃO observa)
PAULA – Claro, só precisas de pedir desculpa a Deus pelos pecados que fizeste e pedir que Ele more no teu
coração.
ANNIE (ora) – Olá Deus! É a ANNIE! Nunca tinha falado contigo, mas hoje quero pedir-te que me desculpes
por todas as coisas que fiz e que te deixaram tristes. Queria pedir-te que faças comigo o que fizeste com a
PAULA: perdoa os meus pecados, entra no meu coração e, apesar de não ter pai nem mãe, dá-me uma
felicidade igual à da PAULA, daquela que nada nem ninguém me pode tirar.
(SENHOR JOÃO fica pensativo)
ANNIE – Que bom! Parece que tenho o coração mais quentinho!
PAULA – ANNIE, Deus ama-te, Ele não quer saber do dinheiro que tens ou da roupa que usas, Ele só quer
que lhe dês o teu coraçãozinho e foi o que acabaste de fazer.
SENHOR JOÃO – Madame PAULA, tomei uma decisão.
PAULA – Sim, SENHOR JOÃO… desculpe, eu sei que não gosta que eu fale daquilo em que acredito.
SENHOR JOÃO – Não é isso… nós vamos encontrar os pais da ANNIE!
ANNIE – A sério? Como?
SENHOR JOÃO – ANNIE, preciso que me dês o colar que tens ao pescoço e eu vou mobilizar toda a POLÍCIA
e detetives para que os teus pais sejam encontrados!
ANNIE (abraça-o aos pulos) – Obrigada! Oh quem me dera que as minhas amigas estivessem aqui!
FIM DO ATO 3
Ato 4 – Cenário 1
RUI – Quem? Aquela miúda que estava sempre de um lado para o outro a mostrar o colar que os pais lhe
deixaram? LILI – É amiga do milionário?!
DONA ANA – Do bilionário! Essa mesmo. Foi lá passar o Natal. Ela acha que os pais um dia vêm buscá-la e
dar-lhe a outra metade do colar. Tola, eu é que tenho aqui a outra metade! Vejam (mostra o colar).
RUI – Lili, estás a pensar o mesmo que eu?
(LILI faz cara de “cabeça oca”)
RUI – Eu acho que acabamos de encontrar os pais da ANNIE… LILI (grita) – Onde?
RUI – Somos nós Lili! Somos nós! Fazemo-nos passar pelos pais da ANNIE e vamos finalmente receber a
prenda de Natal que sempre merecemos: montes e montes de dinheiro!
LILI-E de onde vem esse dinheiro?
Música nº8 - “Easy Street”
Canta a Dona Ana com o Rui e a Lili canta o coro (negrito).
Eu relembro como a nossa mãezinha
Nos deitava, a cantar:
“Garotos, há algo que precisam fazer
Se felizes querem ser.”
Para isso não podem ser bonzinhos
Mas espertos, e matreiros
Oh, mãezinha, sabemos que não, nos ouves
Mas vamos tentar, obedecer e…
Aldrabar,… enganar,…
Para conseguir
Encontrar,… arranjar,… 2x
Felicidade para nós
Aldrabar,… enganar,…
Para conseguir
Aldrabar,… enganar,…
Para conseguir
Encontrar,… arranjar,…
Felicidade para nós
Ouve-se no rádio: “O bilionário SENHOR JOÃO está a oferecer uma recompensa de 5.000€ a quem
encontrar os pais de ANNIE, a criança que acolheu para passar o Natal.”
RUI – Eu vou ficar rico!
(DONA ANA e LILI olham para ele com cara de más)
RUI – Quer dizer,… nós vamos ficar ricos!
Criança 1 – Rápido! Precisamos avisar a ANNIE! (Saem a correr)
FIM DO ATO 4
Ato 5 – Cenário 3
PAULA (para SENHOR JOÃO) – Senhor, desde que anunciamos a recompensa para quem encontrasse os
pais da ANNIE eu acho que todos os impostores, ladrões e mentirosos apareceram aqui à porta…
SENHOR JOÃO – Isto está muito complicado… queria mesmo fazer isto pela ANNIE, não sei porquê mas
quero fazer.
PAULA – Eu acho que sei porquê…
SENHOR JOÃO – Menina PAULA pare lá com as suas conversas sobre o amor de Deus. O que eu estou a
fazer não tem nada a ver com isso.
(batem à porta)
(Sara entra em cena e vai abrir a porta)
LILI – Oh, ANNIE, a nossa bebé… estás tão grande! ANNIE – Quem são vocês?
RUI – Somos o teu papá e a tua mamã… ANNIE – Os meus pais?
SENHOR JOÃO – Meus senhores, o meu nome é SENHOR JOÃO e acho que deveríamos discutir isto com
calma, sentem-se por favor.
RUI – Foi muito difícil deixar a nossa ANNIE, mas eramos novos, pobres e muito doentes. Um homem em
Espanha ofereceu-nos um trabalho mas não eram permitidas crianças, por isso tivemos que dar-te para
adoção.
LILI (chora desalmadamente) – Foi muito difícil! Tivemos que te deixar por algum tempinho…
SENHOR JOÃO – Onze anos é mais do que “um tempinho”.
PAULA – Meus senhores, devem compreender que recebemos muitos aldrabões. Com o devido respeito,
como saberemos que vocês não são só mais um casal de aldrabões?
RUI – Claro, claro, … querida ANNIE, ainda tens o colar que te deixei e a carta?
(juntam os colares)
LILI – Oh! Ela ainda tem o colar que lhe deixamos! Minha querida ANNIE! SENHOR JOÃO – Bem, sendo
assim,… aqui têm a recompensa que prometi.
RUI – Recompensa, a sério? Não fazia ideia! (para Lili) Vamos querida, vamos lá… (saem a passo rápido)
PAULA – Não se estão a esquecer de nada?
LILI – Ah? Ah, pois,… a nossa ANNIE,… vai demorar um pouco a habituarmo-nos… ANDA ANNIE!
(correm até à porta onde aparecem as CRIANÇAS do orfanato)
CRIANÇAS – ANNIE! Eles são mentirosos! ANNIE – Como?
(CRIANÇAS arrancam as perucas e casacos ao RUI e LILI)
PEDRO – É o irmão da DONA ANA e a namorada dele! Vês? ANNIE – Mentirosos!
PACO- (segurando neles) Acham que iam sair se bem com isto?
JAVIER- Policia? Sim sou o segurança do senhor João oliveira, eu avisei que sito poderia acontecer, venham
depressa para ca-
RUI – Não, deve haver um engano qualquer…
LILI – Foge RUI! Foge!
(Saem a correr com a POLÍCIA atrás a assobiar. POLÍCIA para de correr e diz ao SENHOR JOÃO)
POLÍCIA – Senhor JOÃO iremos tratar de prender a DONA ANA imediatamente, afinal ela esteve atrás desta
falcatrua o tempo todo! Parem em nome da lei!
PEDRO – Nunca mais vamos ter de aturar a DONA ANA outra vez! CRIANÇAS – Viva!
POLICIAS- Vamos a d. Paula esta aqui e eira ajudar nos
PAULA- Já estamos a procurar família para todos vos. Mas para já o senhor João convidou-nos para passar
o natal aqui
CRIANÇAS- (AS CRIANÇAS GRITAM DE ALEGRIA)
SENHOR JOÃO – ANNIE, desculpa, tenho muita pena que não tenhas conseguido encontrar os teus pais…
ANNIE – Senhor JOÃO, menina PAULA, há uns dias atrás eu iria ficar mesmo muito triste… mas agora que
sei que sempre tive alguém que me ama eu não preciso ficar mais triste. Afinal, mesmo sem eu saber, Deus
tomou conta de mim o tempo todo! E fez-me chegar até vocês. E não há melhor presente de Natal do que
este.
SENHOR JOÃO – Oh Annie! Ensinaste-me tanto durante este tempo que estivemos juntos. Senhora PAULA,
eu admito! Graças a esta situação, entendo o amor que Deus tem pela humanidade, como o amor que
sinto agora pela Annie. Eu também preciso deste amor. Não quis dizer nada, mas na outra noite, sozinho,
no meu quarto, também dei o meu coração a Jesus. E finalmente sinto a felicidade que procurava há tanto
tempo. E tenho uma novidade para ti. Irás ser minha filha. Não é verdade Paula?
PAULA- Sim os documentos já chegaram, se a menina aceitar… claro!
Música nº9 - “I don´t need anything but you”
Canta o SENHOR JOÃO (texto normal) e a Annie (texto sublinhado) e os dois (texto
negrito).
Felizes enfim
Felizes p´ra sempre
Com a nossa prenda
Prenda de Natal
Vem celebrar
Vem festejar
Connosco o dia em que Jesus nasceu na terra de Belém
E Ele quer
Pode também
Se tu desejares hoje mesmo nascer no teu, coração
Vem celebrar
Vem festejar
Connosco o dia em que Jesus nasceu na terra de Belém
FIM