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Sumário

Sumário 2
OS BARBEIROS E SUA HISTÓRIA 7
SOBRE CABELEIRAS, BARBAS E BIGODES. 9
100 anos de história dos cabelos. 15
Profissão de Cabeleireiro 21
Visagismo 28
Tipos de face 31
Ângulos 40
Dicas importantes: 41
Linhas e ângulos. 42
Técnica de Corte 48
Tipos de Tesouras 51
Bibliografia 56
Já na Pré-história, o homem das cavernas se esforçava para tratar e
arrumar os cabelos.

Achados arqueológicos de pentes e navalhas de pedra comprovam


isso.

O primeiro apogeu na arte de penteados ocorreu no velho Egito, há


cerca de 5 mil anos.

Perucas sofisticadas mostram a habilidade dos cabeleireiros que na


corte dos faraós gozavam grandes prestígios.

No século II AC, na Grécia antiga, para encontrar um verdadeiro


penteado requintado era conveniente dar asas à imaginação e ir
até ao topo do Olimpo: espaço reservado aos deuses e deusas.

Os penteados ostentavam algumas sobriedades e fantasias,


prevalecendo os cabelos louros, frisados, com caracóis estreitos e
discretos, com franjas em espiral.

Foram os gregos que criaram os primeiros salões de cabeleireiro


(koureia), em Atenas, construídos sobre a praça pública, o Ágora.
Lá, os Kosmetes ou “Embelezadores de Cabelo”, escravos especiais,
circulavam soberanos.

Os escravos cuidavam dos homens e as escravas das mulheres.

Vemos que os cabelos, em particular, tiveram o privilégio de um


espaço próprio.

Eram perfumados com óleos raros e preciosos, matizados com tons


tintos ou descoloridos, uma vez que a cor mais em voga era a loura.
Nos penteados femininos, utilizavam-se faixas e laços por cima dos
cabelos lisos e compridos.

Mais tarde, a moda lançou os caracóis e os rolos de cabelos. Os


penteados eram enriquecidos com pentes fiados em bronze ou
marfim.

Na Grécia Antiga, a moda dos cabelos se mantinha por 2 a 3


séculos.

A mudança era mais rápida na Roma Antiga, onde as esposas dos


soberanos eram os exemplos, sendo seguidas por todas.

A essa altura, no Império Greco-Romano, gregos e gregas faziam os


cabelos dos romanos e penteavam as romanas.

Nesses salões, discutiam-se novidades e propagavam-se as fofocas.


Se antes existiam particularidades regionais, a partir de Luís XIV, a
moda francesa dominou todas as civilizações.
No começo do século XVIII, as mulheres casadas usavam uma touca
para esconder os cabelos e somente o marido delas poderia ver
seus cabelos soltos.

Maria Madalena, a pecadora, foi sempre representada com cabelos


longos e soltos, ao contrário das Santas, que usavam toucas ou
presos.

Jornais de moda, nos séculos XVIII e XIX, divulgavam os estilos por


toda a Europa.

Seguia-se o exemplo das casas reinantes de Paris e Viena, e também


de todas as elites europeias.

Os primeiros cabeleireiros para senhoras foram os Coiffures


parisienses, Leonard, Autier e Legros Rumigny, que prestavam seus
serviços à Rainha Maria Antonietta e recebiam altos salários.

Quando nos anos 20, a moda exigia cabelos “a la garçonne”, os


partidários do cabelo comprido polemizaram que cabelo curto era
vergonha para a mulher.

Entretanto, as mulheres, cada vez mais envolvidas na sociedade e


no trabalho, não mais admitiam seguir tradições que remontam à
Idade Média.

Compreenderam que a moda de penteados serve como espelho da


mudança social, pois o cabelo reflete atitudes pessoais, artísticas,
mundanas e religiosas.
Na Grécia antiga, as imagens utópicas das divindades mitológicas
assumiram um ideal de beleza e perfeição corporal.

Essa preocupação estética levou à necessidade de um espaço


exclusivo e adequado para o tratamento de beleza, incluindo o
capilar. Assim, surgiram os primeiros salões de beleza e a profissão
de barbeiro, exclusiva do sexo masculino.

Já nessa época, os barbeiros completavam os penteados com falsos


cabelos.

Os calvos usavam cabelos artificiais e cabeleiras (perucas).

Os homens pertencentes à nobreza e os guerreiros, apresentavam


cabelos compridos, sustentados por faixas, correntes ou
condecorações.

Os adolescentes copiavam os penteados de Apolo e Arquimedes,


enquanto os velhos e filósofos usavam cabelos longos e barbas
densas, como símbolo de sabedoria.

As barbas e bigodes eram cortados com ponta de lança, à imagem


de uma sociedade de gladiadores.

Os escravos, que não se distinguiam dos homens livres,


apresentavam cabelos curtos e lisos, não se permitindo barbas nem
bigodes.

Nas antigas culturas, quem pegasse na barba ou cabelo de uma


pessoa, era severamente punido, pois significava um atentado à
honra e uma intromissão em sua psique.
OS BARBEIROS E SUA HISTÓRIA

No século XVII e XVIII, os barbeiros eram profissionais que


viajavam pelas províncias oferecendo seus serviços que incluíam
corte de cabelo, sangrias, benzedura e venda de raízes, dentre
outras coisas.

Como sujeitos em trânsito, os barbeiros levavam histórias, coisas e


acontecimentos muito variados, vividos por eles nas localidades.

Os barbeiros eram pessoas extremamente interessantes, pois, além


do serviço de barbearia, eles também praticavam o comércio, e
toda sorte de serviços rápidos demandados pelas comunidades,
incluindo algumas práticas de cura. Antes de 1871, muitas pessoas
resolviam seus problemas de saúde recorrendo a boticário,
cirurgiões-barbeiros, barbeiros, sangradores e curandeiros, os
barbeiros também tratavam das espadas dos reis.
Os barbeiros, além de cortar e pentear os cabelos e barbear,
alugavam sanguessugas para os médicos-cirurgiões e clientes,
faziam curativos e operações cirúrgicas pouco importantes.

Por terem grande habilidade manual, os barbeiros faziam também


extrações dentárias, porque na época ainda não existia a
odontologia e muitos cirurgiões na maior parte, cirurgiões práticos
não intervenham na boca das pessoas, por receio ou por
desconhecimento de que isso seria possível.

Os barbeiros praticaram todos estes notáveis trabalhos de dentista,


barbeiro, cirurgião, curandeiro e sangrador livremente, mas tinha
que passar dois anos de prática nos hospitais, até que o cirurgião
mor lhes passasse a carteira, para exercer essas práticas de
serviços.

Os barbeiros eram, portanto, pessoas de referência, conselheiros


sociais, além de profissionais envolvidos com a solução de
problemas de saúde do espírito e do corpo.

Assim, a profissão de barbeiro foi associada à manutenção da


saúde física do indivíduo.

Os salões dos barbeiros ofereciam também banho quente, sauna e


massagem, cortavam unhas dos pés e das mãos e também
respondiam pela saúde do indivíduo, entretanto, esses os serviços
eram pagos pelo público. A sangria era um lucrativo setor desse
ofício. Nos séculos XVI e XVII, os barbeiros foram acusados de
praticar a sangria despudoradamente.
Só no século XIX, o ofício de médico e de cirurgião dentista foi
separado da profissão de barbeiro, porém, alguns continuaram a
atuar em pouco tempo, foi daí que os barbeiros tiveram que se
dedicar a uma só trabalho.

No século XX, surge a figura feminina nos salões de barbeiros, tanto


no exercício da profissão quanto na clientela, surgindo, portanto,
os salões unissex.

SOBRE CABELEIRAS, BARBAS E BIGODES.

O corpo, único bem material que de fato possuímos enquanto


vivos, tem sido alvo constante de nossa insatisfação através dos
milênios.

O ser humano não economiza esforços para modelá-lo a serviço de


suas mais bizarras fantasias.

E o que dizer do rosto a parte mais aparente do mapa humano?


Mulheres e homens se lançaram com idêntica avidez à tarefa de
embelezá-lo.

Para isso nada melhor que esculpir pelos e cabelos, dúcteis defesas
que a mãe natureza nos legou.

Procuremos ao acaso um capítulo de nossa história. Os romanos,


por exemplo, senhores do império mais extenso que a antiguidade
já conheceu.

A extrema simplicidade de suas vestimentas opõe-se à


complexidade da maquiagem e ao tratamento dos cabelos.
Comerciantes, políticos, atletas e guerreiros cortavam-nos curtos
mas os cacheavam com chapinhas quentes e os perfumavam
abundantemente.

Por Ovídio sabemos que a calvície era considerada uma


deformidade e insinua que Júlio César usava a coroa de louros para
escondê-la.

Utilizavam-se apliques e unguentos fabricados pelos hebreus,


provavelmente os inventores das primeiras receitas estimuladoras
do couro cabeludo.

Quando Publius Ticinus Maena introduziu a profissão de barbeiro


a barba caiu de moda.

Só os filósofos, emulando seus mestres gregos, continuaram a


usá-la.

Nem sempre os pelos eram raspados, por vezes eram arrancados


um a um ou lançando mão de vários tipos de ceras de depilação
para deixar o rosto mais macio, não obstante este costume fosse
considerado efeminado pelos mais velhos.

A barba voltou à moda, sob o reinado de Adriano que, conforme


comentavam às más línguas, tentava esconder sob os pelos o
queixo coberto de verrugas.

Cabelos e barbas perfumados e hidratados com óleos específicos


emolduravam rostos femininos e masculinos tratados com cremes
e loções fabricadas para reavivar cor e textura da tez.
Os cosméticos eram caros e em geral importados. Por causa das
matérias primas abundantes e o conhecimento adquirido durante o
cativeiro no Egito, os hebreus foram fabricantes e fornecedores
respeitados durante um longo período da história.

Na Alta Idade Média, época de cavaleiros intrépidos, os cabelos


longos e soltos eram a marca de alta linhagem, assim como a barba,
apanágio de uma condição social superior.

Acariciar a própria barba era gesto de orgulho e podia também


significar um juramento solene.

No século XII a Igreja, baseada em seu ideal da “totalidade cristã”,


iniciou uma verdadeira cruzada contra a moda masculina dos
cabelos longos.

Contam que Henrique I insurgiu-se contra as ordens dos


eclesiásticos e entrou numa celebração religiosa com seus longos
cabelos soltos e esvoaçantes.

Serlo, o bispo normando, tirou da manga uma tesoura que levava


escondida e, em plena cerimônia, cortou os cabelos do soberano.
Logo o piso da catedral ficou coberto de madeixas de jovens nobres
que seguiam o exemplo do rei. De nada adiantou, as longas
cabeleiras apareceram.

No final do século, as chapinhas romanas para cachear voltaram à


moda e os cabelos masculinos foram ornados com fitas de cores.
No vaivém de tendências chegamos ao começo do século XV
quando o corte de cabelo estilo pajem se populariza e contagia o
gosto dos jovens dos países nórdicos até a França.

Quando os dois jovens mais poderosos do século XVI, Henrique VIII


e Francisco I adotaram a barba, ela saiu do ostracismo.

Barbas e bigodes bem cuidados, alisados ou cacheados invadiram a


Europa.

Chapéus foram adaptados para deixarem em evidência os cabelos


bem cuidados.

As abas impregnadas de perfume, algo inclinadas à direita ou à


esquerda, jogadas para trás, deixavam aparecer o rosto onde barba
e bigodes com os extremos apontados para o alto, faziam a loucura
das damas.

O final do século XVII vê nascer à moda das perucas inteiras


masculinas.

Um redator do London Magazine faz uma lista das formas de


perucas disponíveis no mercado em 1753: “perucas em forma de
asa de pombo, couve-flor, escadaria, vassoura, cometa, rinoceronte,
pata de lobo” e muitas outras.

Penteadas e perfumadas espalharam pó de arroz por onde seu


orgulhoso dono andasse.

Os ingleses com sua reconhecida praticidade inventaram um tipo


de peruca recolhida na nuca num saquinho de seda preta.
Evitavam assim, que as madeixas se desmancharem e o pó se
espalhasse sobre os ombros.

Foram também os ingleses, desta vez as senhoras do período


vitoriano, que criaram as toalhinhas de renda ou de crochê para
cobrir os encostos das poltronas para evitar que os unguentos e o
óleo de macassar utilizados nos cabelos dos cavalheiros
mancharam os custosos estofamentos.

No período romântico o homem cuida de sua aparência a extremos


que beiram o ridículo e, no entanto se esforça por demonstrar o
oposto.

Será nesse período que encontraremos uma das mais deliciosas


descrições sobre o valor dos acessórios pilosos do rosto masculino.
Em 1825 o poeta francês Chateaubriand escreve que o jovem que
entra num salão ou passa pela rua deve ser notado “por certa
desordem em sua aparência.

Não deve aparecer com a barba totalmente raspada, nem longa,


deve se ver como se ela tivesse crescido ‘involuntariamente’ em um
momento de desespero. Cachos cuidadosamente despenteados pelo
vento, olhar vazio, fixo, olhos atônitos, sublimes, lábios curvos num
rito de desprezo pela raça humana, coração entediado ao estilo
Byron, submerso no desgosto e no mistério do porvir”.

E o povo, trabalhadores das cidades e do campo? Como usavam os


cabelos?
Documentos escritos e algumas pinturas pouco ou nada
esclarecem. Em geral Igreja e Estado impunham o corte de barbas e
cabelos através das leis suntuárias.

Quando isto não acontecia o homem simples deixou-os crescer por


praticidade.

Desde a antiguidade prisioneiros libertados raspavam os cabelos


que tinham crescido nos anos de reclusão assim que atravessaram
os portões da prisão.

Mas em certos períodos da história rostos escurecidos por barba e


cabelos mal cuidados, esgueirando-se pelos beirais dos bairros
pobres significou que mudanças sócio-políticas estavam por
acontecer.

A barba converteu-se num símbolo de luta em favor da justiça e da


liberdade.

O cabelo muito comprido para os homens demorou a voltar. Foi


sepultado na época de Napoleão com o corte estilo Brutus adotado
pelo imperador.

Tivemos que esperar os anos 60 do século XX para ver desfilar


barbas e cabelos longuíssimos nas cabeças dos jovens que
aderiram ao movimento de contracultura.
Na civilização mundial, os cabelos perderam muito da função
remota protetora, para se tornarem muito importantes nos itens
“Beleza e Sedução”.

Até hoje uma bela cabeleira denota força, situação social e poder.
Veja a cronologia dos cortes de cabelo abaixo:

100 anos de história dos cabelos.

Ano de 1910: Irene Castel era uma famosa dançarina e, nenhuma


mulher que seguisse moda jamais cortava o cabelo, pelo contrário,
até compravam mechas e apliques para deixar os penteados
maiores.

Mas Irene era uma dançarina, e esse tipo de cabelo não lhe
permitia muita versatilidade.

Assim, Irene passou a tesoura e começou a usar o cabelo bem


curtinho, fazendo ondulados, que, nos Estados Unidos, são
conhecidos por Bobs.

Ano de 1920: A símbolo sexual Clara Bow inundou os filmes mudos


com erotismo, devido à sua sensualidade.
Parte desse sucesso se deve a suas madeixas selvagens, que
completavam seu visual.

Também era usado faixa por cima do cabelo e da franja, que não
impedia o cabelo de cair no rosto, pelo contrário, incentivava-o a
ficar lá.

Ano de 1940: Gabrielle Bonheur Chanel, mais conhecida como Coco


Chanel, criou o corte de cabelo curto, acima dos ombros, que até
hoje leva o seu nome.

Nesta mesma época, Nova York se tornou a vanguarda em estilo,


onde milhões de dólares eram movimentados pela indústria da
moda.

Ano de 1947: Eram usados os cachos com grampos, onde, apesar do


número reduzido de cabeleireiros, os cabelos sempre foram um
aspecto importante da moda.
Muitas mulheres os tinham até os ombros, penteados com uma
variedade de ondas e presos com grampos.

Ano de 1950: Os cabelos aparecem mais curtos, mas as ondas ainda


eram o forte da moda. Também neste ano houve o maior
desenvolvimento da indústria de cosméticos, e os produtos de
beleza começavam a fazer parte do dia a dia das mulheres, que
passaram a se cuidar mais.

Neste ano, também aconteceu uma maior valorização da beleza e


da sensualidade.

Na maquiagem, sobrancelhas arqueadas e escuras, muito batom e


rímel, seguindo a linha sensual. As tinturas tornaram-se populares,
principalmente na forma de reflexos.

Ano de 1952: Começa a influência da mídia, mais especificamente


do cinema, no comportamento das pessoas e, assim, na moda.

O Helmet, cabelo usado por Doris Day, tornou-se referência para as


mulheres que, tentando obter o visual igual ao da estrela, ficam
dependentes dos cabeleireiros.

Ano de 1958: Os chapéus tornam-se peças indispensáveis para as


mulheres da alta sociedade.
Eram criados pela alta costura, que também produzia peças de
lingerie e perfumes famosos. Um dos ícones da época era a atriz de
Hollywood, Audrey Hapburn.

Anos de 1960: Atrizes como Brigitte Bardot ditavam moda, quando


predominavam cabelos longos e desalinhados. Também aparece o
Chigonon, sob a influência dos cabeleireiros de Paris, os cabelos
ganharam volume. Nessa época, com o uso de esponja de aço como
enchimento e da cerveja e água com açúcar como fixadores
faziam-se penteados.

Ano de 1963: Época do volume e da franja (banana), clássico dos


penteados.

A história dos cabelos não poderia ser escrita sem passar pelo
“banana”, que passou por várias releituras, sendo usado até hoje.
Entra em cena, também, a escova. Vidal Sassoon cria o “wash'n
Dry” (lavar e secar), lançando o secador manual e a escova
redonda.

Enquanto outros cabeleireiros estavam voltados aos cabelos


volumosos com ornamentos, Vidal Sassoon proclamou a
importância do corte.

Ano de 1967: Época do black power. Angela Davis torna-se símbolo


do black pride (orgulho negro).

Figuras como o americano Jimmy Hendrix e o brasileiro Tony


Tornado, também marcam esta época.

Ano de 1970: Lá vem os Hippies. Movimento que foi a expressão


máxima da liberdade, por meio da geração paz e amor. Os cabelos
eram longos, sem compromisso, geralmente divididos ao meio, e
enfeitados com faixas e flores. Também no ano de 1970, o corte em
camada foi considerado o máximo, inspirado nos cabelos da atriz
norte americana Farrah Fawcet, do seriado As Panteras.

Ano de 1976: A era Punk. Movimento que surgiu na Inglaterra, em


meados dos anos 1970, adotado por adolescentes, desempregados e
estudantes, que queriam agredir a todos com suas roupas,
acessórios, cores fortes e muita ousadia no cabelo.

Ano de 1979: Época do Rastafari. Mais uma vez o cinema influencia


o comportamento e a moda. Com o filme “Mulher Nota 10”, o
cabelo de Bo Derek torna-se uma referência de estilo, ganhando,
depois, variações, e sendo usado até hoje por jogadores da NBA.

Ano de 1980: Assim como o cinema, no Brasil, as novelas também


influenciam o comportamento e a moda.

Os permanentes, que já existiam há muito tempo, voltam com toda


a força. As mulheres se espelham em atrizes de novelas, como
Irene Ravache, Elizabeth Savalla e Regina Duarte. Também nos
anos de 1980, a cantora Madonna ditava a moda dos cabelos que
eram copiados por toda a juventude.

Ano de 1984: Ano de Lady Di. Não podemos deixar de citar sua
influência na moda. Seu corte de cabelo marcou época e foi usado
por mulheres do mundo inteiro.
Ano de 1990: Moda é plural. Na última década do século XX,
segue-se mais o estado de espírito do que as tendências ditadas por
grandes nomes.

Chega ao fim a ditadura dos estilos, e a moda é cada vez mais


plural. Há espaço para curtos, médios e longos.

E é assim até hoje com a moda dos cabelos. A melhor moda é a que
lhe cai bem. Este é o conceito de moda atual, não adianta
acompanhar moda se o rosto da cliente não combina com o tipo de
corte que ela quer.

Profissão de Cabeleireiro

A profissão de cabeleireiro visagista é uma das mais antigas da


humanidade.

Achados arqueológicos, como pentes e navalhas feitos em pedra,


mostram que a preocupação com as madeixas vem da pré-história.

Contudo, foi no Egito, há aproximadamente cinco mil anos, que a


arte de cuidar dos cabelos chegou ao ápice.

Foi nessa época que surgiram perucas sofisticadas, as quais


mostravam a habilidade dos cabeleireiros, que gozavam de grande
prestígio na corte dos faraós.O cuidado com os cabelos é um traço
característico do povo do Antigo Egito.

O arsenal empregado nesses cuidados (escovas, tesouras, loções de


tratamento, etc.) era guardado em caixas especiais, luxuosamente
decoradas.

Embora a partir de 3.000 a.C., as cabeças raspadas e lisas e os


corpos sem pêlos tenham passado a ser sinais de nobreza no Egito,
a moda exigia que homens e mulheres usassem perucas de cabelo
humano ou de lã de carneiro. As barbas postiças eram populares
entre os homens.

A tintura azul-escuro era usada para conseguir a cor preta


(predileta) das perucas e barbas e a henna, um pó feito das folhas
da alfena egípcia, dava um tom vermelho-alaranjado aos cabelos e
unhas.

Os estilos mais populares de cabelo eram os cortes retos, cujo


comprimento variava desde a altura do queixo até abaixo dos
ombros, sendo usados geralmente com franja.

Foram os gregos que criaram os primeiros salões de cabeleireiro


(koureia), em Atenas, construídos sobre a praça pública, o Ágora.
Lá, os Kosmetes ou "Embelezadores de Cabelo", escravos especiais,
circulavam soberanos.
Os escravos cuidavam dos homens e as escravas das mulheres.
Vemos que os cabelos, em particular, tiveram o privilégio de um
espaço próprio.

No século II AC, na Grécia antiga, para encontrar um verdadeiro


penteado requintado era conveniente dar asas à imaginação e ir
até ao topo do Olimpo: espaço reservado aos deuses e deusas. Os
penteados ostentavam algumas sobriedades e fantasias,
prevalecendo os cabelos louros, frisados, com caracóis estreitos e
discretos, com franjas em espiral.

Conversas sobre política, esportes e eventos sociais eram mantidas


por filósofos, escritores, poetas e políticos, enquanto estes eram
barbeados, faziam ondas nos cabelos, manicure, pedicure e
recebiam massagens. Os cabelos eram principalmente espessos e
escuros e eram usados longos e ondulados.

É nos afrescos de Creta que o rabo-de-cavalo usado pelas mulheres


aparece pela primeira vez.

Os preparados cosméticos, óleos, pomadas, graxas e loções eram


usados para dar brilho e um perfume agradável aos cabelos. Os
cabelos loiros eram raros e admirados pelos gregos e ambos os
sexos tentavam descolorir seus cabelos com infusões de flores
amarelas.
As barbas, verdadeiras e falsas, continuaram populares até o
reinado de Alexandre o Grande. Ainda na Grécia antiga, a moda
dos cabelos se mantinha por dois a três séculos. A mudança era
mais rápida na Roma Antiga, onde as esposas dos soberanos eram
os exemplos, sendo seguidas por todas.

A essa altura, no Império Greco-Romano, gregos e gregas faziam os


cabelos dos romanos e penteavam as romanas.

Nesses salões, discutiam-se novidades e propagavam-se as fofocas.


As barbearias continuam sendo instituições sociais, tendo um
grande número de barbeiros que prestavam seus serviços nos
mercados e casas de banho públicas.

Os cidadãos prósperos ofereciam aos seus convidados os serviços


dos seus barbeiros particulares. Os cabelos e a barba eram
ondulados com ferro quente.

Muitas poções eram usadas para prevenir a queda dos cabelos e o


seu embranquecimento. O estilo de cabelo mais popular entre os
homens era curto, escovado para a frente e com ondas.

As mulheres usavam o cabelo ondulado, repartido no centro e


caindo sobre as orelhas.

Se antes existiam particularidades regionais, a partir de Luís XIV, a


moda francesa dominou todas as civilizações.
No começo do século XVIII, as mulheres casadas usavam uma touca
para esconder os cabelos e somente o marido delas poderia ver
seus cabelos soltos.

Maria Madalena, a pecadora, foi sempre representada com cabelos


longos e soltos, ao contrário das Santas, que usavam toucas ou
presos.

Jornais de moda, nos séculos XVIII e XIX, divulgavam os estilos por


toda a Europa. Seguia-se o exemplo das casas reinantes de Paris e
Viena, e também de todas elites européias.

s primeiros cabeleireiros para senhoras foram os Coiffures


parisienses, Leonard, Autier e Legros Rumigny, que prestavam seus
serviços à Rainha Maria Antonietta e recebiam altos salários.

Contudo, foi no século XX que a moda dos cabelos aliou-se à


tecnologia . A pesquisa científica sobre cabelos começou quando a
higiene pessoal se tornou um meio de prevenir o acúmulo de
piolhos e sujeira, que ficavam escondidos sob as perucas, pós,
perfumes e poções que vinham sendo usados pelo homem.

No início do século apareceram os salões de beleza para mulheres,


os quais não serviam apenas para cuidar dos cabelos, mas eram um
ponto de encontro como as barbearias na Grécia Antiga.
Com o advento da eletricidade, em 1906, Charles Nestle (Londres),
inventou a máquina de fazer ondas permanentes nos cabelos.

Mesmo levando aproximadamente 10 horas para concluir o


processo de ondulação permanente dos cabelos, poupou as
mulheres de incontáveis horas usando o ferro quente para fazer
ondas

No ano seguinte, um estudante de química francês, Eugene


Schuller, fundou a empresa L'Oreal, criando uma tintura para
cobrir os cabelos grisalhos com cores naturais e usando um
processo permanente.

Quando nos anos 20, a moda exigia cabelos "a la garçonne", os


partidários do cabelo comprido polemizaram que cabelo curto era
vergonha para a mulher.

Entretanto, as mulheres, cada vez mais envolvidas na sociedade e


no trabalho, não mais admitiam seguir tradições que remontam à
Idade Média.

Depois do fim da I Guerra Mundial, o corte de cabelo "Joãozinho"


para as mulheres (cabelos bem curtos como os de homem) foi
considerado escandaloso, mas ganhou popularidade devido à sua
praticidade.
O advento do cinema na década de 20 trouxe novos padrões de
moda para os cabelos. As mulheres de todo o mundo rapidamente
adotaram os estilos e cores das atrizes de Hollywood.

A moda masculina de cabelos não mudou radicalmente na


primeira metade do século XX, prevalecendo o "look clean" que
tinha a influência militar das duas guerras mundiais.

Elvis Presley ajudou a mudar isso com as suas costeletas compridas


e o topete brilhante. Mas, foram os Beatles que, pela primeira vez
em muitas décadas, tornaram-se novamente populares os cabelos
mais compridos para homens.

Na década de 60 também houve mudanças no estilo dos cabelos das


mulheres, com o retorno dos cabelos lisos e de corte simétrico,
criado pelo cabeleireiro inglês Vidal Sassoon.

A partir da década de 70, houve ampla aceitação de estilos variados


tanto para homens quanto para mulheres, desde os cabelos soltos e
naturais até o estilo "punk".

Seja por superstição, por costume, ou por vaidade, a verdade é que


o ser humano sempre dispensou, e continua dispensando, grande
atenção a essa parte do corpo.
Hoje, porém, nós, homens e mulheres, podemos contar com um
imenso arsenal para nos ajudar nessa tarefa.

Compridos ou curtos, lisos, crespos ou ondulados, qualquer que


seja a cor ou o seu estilo de cabelos, o importante é manter a saúde
deles, a saúde da nossa pele.

Visagismo

Visagismo palavra derivada do francês VISAGE (rosto), quando


trazida para o português teve o acréscimo do sufixo ISMO, que
denota um grupo de pessoas que reúnem se com um cunho
científico e/ou artístico idealizando uma causa, são exemplos o
budismo, cristianismo, iluminismo e também o visagismo, como
muitos outros exemplos.
Visagismo tem profundas raízes na fisiognomia tratada de forma
introdutória e sábia pelo grande filósofo Aristóteles (320 a.c.) em
seu livro “Pseudo Aristóteles” (que é um compilado de vários
filósofos da antiguidade) onde citam que nosso rosto, nosso
comportamento e imagem causam sensações em terceiros.
Podemos notar que o visagismo é mais antigo do que poderíamos
imaginar certo?

A evolução do homem exigiu um amadurecimento do visagismo na


antropologia, matemática, psicologia, símbolos arquétipos,
medicina, moda, sociologia e na própria filosofia visando um
embasamento acadêmico para responder questões que até antes
pareciam sem respostas, corroborando que a nossa imagem
provoca sensações e percepções, e isso pode ser transformado com
respeito a identidade da cliente, em essência o visagismo se torna
magnânimo na sua real aplicabilidade.

Visagismo não é escolher um corte de cabelo baseado apenas num


formato de rosto, cor para o cabelo dependendo do tom da pele ou
até mesmo influenciando contornos faciais pela maquiagem, o
visagismo acadêmico e evoluído trata a cliente de forma global,
interna e externa respeitando sua identidade.

Note se o profissional cabeleireiro que se intitula visagista atende


você tratando o visagismo de forma global e evoluída com base
acadêmica ou simplesmente idéias, e visões limitadas de fácil
acesso.
Linguagem técnica do corte e visagismo

Designer de cor e corte


O termo vem do francês "Visage'', que significa rosto. Mas não diz
apenas respeito apenas ao formato da face. A análise de um biótipo
inclui altura, formato
das orelhas, pescoço, postura, comportamento, etc. Todas essas
informações são importantes e devem ser analisadas na escolha do
corte. Através dele pode- se disfarçar traços e linhas indesejáveis
no rosto.

Os curtos são mais práticos, ideias para quem não dispõe de muito
tempo para dedicar aos cabelos. É indicado para mulheres que
possuem rosto pequeno e
face delicada.

Os médios são versáteis e ideias para quem gosta de variar, pois


permitem diversos looks. Indicados para mulheres de rosto
quadrado e feições largas.

Os longos são geralmente mais sensuais, indicados para mulheres


mais jovens, exigem maiores cuidados.

Alguns fatores devem ser levados em consideração ao esculpimos


os cabelos
1- Textura: liso, ondulado ou crespo
2- Caimento natural
3- Área de peso: comprimento do fio
4- Cor do cabelo, profissão, temperamento
5- Formato do rosto: oval, redondo, retangular

Tipos de face

Como vimos, um corte exige mais do que o simples ato de contar.


Com ele podemos alterar para melhor ou pior a fisionomia, visto
que os cabelos funcionam
como uma espécie de moldura para o rosto. Também já sabemos
que o formato do rosto é muito importante para definir o tipo de
corte ideal.

Se você tem dificuldade de identificar o tipo de rosto olhando


diretamente para ele, será possível olhar pelo espelho e traçar uma
linha contornando a face.

Para não errar, quando for orientar a cliente, observe com atenção
os cinco formatos básicos de rostos e os cortes indicados para cada
um deles.
1) Oval considerado o formato ideal. Mas convém não ser taxativo
nesta dedução, já que a beleza pode e está em várias formas de
faces, cada uma com um modo particular de ser.

A avaliação positiva sobre esse rosto deve-se ao seu formato


harmônica apresentando medidas equilibradas, sem ângulos fortes
e com distância proporcional entre a testa e o queixo.

Fica bem com tudo, desde o clássico channel até o moderno


despenteado.

As pessoas que possuem esse tipo de rosto explorados os cortes


curtos e desfiados.
2) Quadrado rosto largo, testa e queixo acentuado.

A mandíbula é mais larga que os demais tipos de rostos, em alguns


casos, chegam a se comparar as maçãs da face.

No rosto quadrado é como se o rosto tivesse linhas retas no


contorno do rosto. Cabelos longos e ondulados são ideais para esse
tipo de rosto.

Cortes com pontas viradas em direção a face, com fios ou cortes


com comprimento médio e desconexos também caem muito bem. O
channel desconexo também é outra boa opção.
3) Redondo rosto com queixo arredondado e têmporas largas,
passando a impressão de que a pessoa está sempre acima do peso.

As bochechas generosas enfatizam ainda mais esse tipo de face,


para ele, é indicado um cabelo mais longo, com leve degradê ao
redor da face.

Pode-se também criar um visual desconexo, com leve arredondado


em direção ao comprimento. Para os que preferem um corte curto,
é preciso ter certos cuidados.

Não faça cortes com volume lateral. Prefira os desconexos


(exilados, desfiados). É necessário que aumente o volume no alto
da cabeça, explore as costeletas nas nucas desfiadas, para suavizar
a aparência arredondada.
4) Coração também conhecido como triângulo invertido, a testa
é mais larga e vai estreitando em direção ao queixo.

Para maior equilíbrio, é indicado um corte na altura dos ombros,


repicado em direção ao maxilar, disfarçando ângulo do queixo.

Evite cabelos curtos e penteados puxados para trás, principalmente


se a testa for longa. Para os cabelos lisos, os cortes desconexos com
franjas soltas caem bem.

Evite fios grudados no alto da cabeça, cabelos penteados para


dentro, penteados com risca ao meio e franja mais curta, pois dá a
impressão que a testa é ainda mais larga.
5) Retangular esse tipo de face possui aspecto longilíneo,
enfatizando a distância entre o queixo e a testa. São indicadas as
franjas desconexas para suavizar o comprimento do rosto, e cortes
com volume na altura do maxilar.

É importante evitar cabelos fio reto e longos, com fios grudados na


cabeça. Eles destacam o formato alongado do rosto.

Quanto mais camadas laterais este cabelo possuir em movimento


para trás, melhor será para suavizar as expressões marcantes deste
tipo de rosto.
6) Losango reduza o volume das laterais.

O rosto losango tem queixo e testa estreitas com maçãs do rosto


largas. Esse tipo de rosto pede laterais baixas e volume na altura do
queixo.

O corte tipo channel funciona muito bem com esse formato. Evite
estilos que aumentem na altura do alto da cabeça ou volume nas
laterais. Use mechas ou franja para disfarçar a testa estreita.
7) Pêra acrescente volume acima da linha dos maxilares.
O rosto pêra caracteriza-se por uma testa pequena e estreita e uma
linha de maxilares largos e arredondados volume deve se
concentrar da altura dos olhos até a coroa da cabeça.

O cabelo deve ser baixo nas laterais e na nuca.

Pêra acrescente volume acima da linha dos maxilares rosto pêra


caracteriza-se por uma testa pequena e estreita e uma linha de
maxilares largos e arredondados volume deve se concentrar da
altura dos olhos até a coroa da cabeça.

O cabelo deve ser baixo nas laterais e na nuca.


Ângulos

É através deles que se dá movimento e leveza ao cabelo. São


responsáveis também pela forma, tanto no corte quanto na
modelagem.

Na prática utilizamos os ângulos no momento de posicionarmos os


cabelos, a cabeça e os dedos.
É importante no momento do corte posicionar a cabeça conforme
os ângulos aqui apresentados, para se obter o resultado desejado.

O grau para ser usado em qualquer linha com efeito compacto


(pesado) 45 graus para dar movimento, 90 graus usado para
repicados mais acentuados.

Para a execução do corte, podemos utilizar, mechas fixas ou


mechas móveis:

Fixa: Quando todo cabelo é direcionado a uma única mecha.


Utilizadas em cortes programados.

Móvel: Quando percorremos toda a cabeça, tendo como base uma


mecha inicial.
Conhecendo as divisões da cabeça.

Adotaremos uma linguagem técnica para dividir o cabelo, que


muito facilitará, na assimilação da aprendizagem do corte.

Dicas importantes:

Pescoço curto – Use cabelos curtos, com volume no alto da cabeça.


Eles vão criar a ilusão de que há mais espaço entre o queixo e colo.
Testa alta- Não caia na tentação de usar franja espessa para
disfarçar a testa. Não precisa, mas se quiser, escolha uma franja
suave, desfiada, para criar leveza. Também não é recomendável
tiaras e rabo de cavalo.

Testa estreita - O recurso da franja é válido. Mas comece bem para


trás da linha da testa, com volume na parte superior e laterais.

Nariz grande - Cabelos totalmente presos evidenciam o nariz.


Escolha um topete levemente caído e laterais com volume.

Queixo retraído – Crie volume, use ondas amplas e soltas a partir


das orelhas. Evite usar cabelos que criam volume no alto da
cabeça.
Queixo duplo – Um corte quadrado com as pontas delicadamente
voltadas para dentro, pode suavizar queixo duplo.

Linhas e ângulos.
As linhas mais usadas em corte que dão expressão e produzem
determinado movimento ao cabelo são:

● Horizontal: cortes retos e compactos


● Vertical: em camadas
● Diagonal em V: Em V ou arredondados
● Diagonal em V invertido: channel em bico
● Trace linhas na diagonal em V
● Trace linhas na diagonal em V
● invertido
● Divisão Diagonal Alta

Definição de ângulos de corte

Muitos cortes de cabelo exigem que você os corte em ângulo. Os


ângulos de corte do cabelo são muito importantes quando se tenta
conseguir certos resultados.

Os cabeleireiros precisam saber definir muito bem ângulos de corte


e linhas de corte. É muito importante para que o profissional possa
executar bons cortes.

São os ângulos de corte e linhas de corte que definem se o corte


terá camadas, será fio reto, se a base será reta, oval, em V, etc…

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Não existe inovação exclusiva de corte, a todo o momento é


lançada uma nova moda, que na verdade não passa de uma
combinação de ângulos de corte e linhas, e que já foi usada em
outras épocas sob os mais diversos comprimentos e formas.

Como definir se os ângulos de corte são certos ou não? Como você


faz?

A angulação é a mesma do transferidor que você usava na escola. O


ângulo define as camadas ou falta delas no caso do ângulo zero.

Determinar o ângulo de corte pela coroa e na parte superior da


cabeça pode ser mais confuso do que os lados.

Você só precisa se lembrar dessa regra simples – a elevação do


cabelo no corte é em relação ao chão, e não a própria cabeça.

Se o cabelo é cortado para baixo, quando as pontas estão em


direção ao chão, é zero grau de elevação, e o resultado desse corte é
uma base reta.

A 45 graus significa que o corte de cabelo é realizado de modo que


as mechas a serem cortadas fiquem a meio caminho entre o corte
reto, zero grau, e o paralelo ao chão de 90 graus. Cortar os cabelos
no ângulo de 45 graus formam camadas que proporcionam leveza
à base.

A 90 graus de elevação significa que o corte de cabelo é realizado


de modo que as mechas fiquem estendidas de forma paralela ao
chão. O resultado é a formação de camadas marcadas.

A 135 graus, a mecha é cortada com elevação que se encontra


‘entre’ a de 90 graus que é a paralela ao chão, e a de 180 graus,
perpendicular ao chão toda para cima. Esse ângulo de corte forma
camadas marcadas com graduação.

Finalmente o ângulo de 180 graus, quando a mecha deve ser


erguida de forma que fique perpendicular ao chão, toda para cima.
Cortar as mechas num ângulo de 180 graus formará camadas
alongadas nos cabelos.

Outra dica para não errar quanto aos ângulos de corte

Para esclarecer mais um pouco, quanto aos ângulos de corte,


lembre-se sempre de que onde o cabelo sai do couro cabeludo não
importa para decidir o ângulo em que será cortado. O que importa
é o ângulo que o cabelo tem com relação ao chão.

Para tornar mais fácil tente visualizar a seguinte imagem, a cabeça


rodeada por um relógio. Segure a mecha de cabelo de forma que
ela aponte para as “3 horas” e “9-horas” essas posições irão lhe dar
uma elevação de 90 graus, enquanto que uma elevação de 45 graus
significa que você está segurando a mecha de cabelo de forma que
ela aponte para o meio dos pontos, entre 4 e 5 horas e 7 e 8 horas.
Se as mechas de cabelo estiverem apontando para as 12 horas, esse
será o ângulo de 180 graus.

Não tenha medo de tentar cortes de cabelos em ângulos. Uma vez


que você se acostumar vai saber como usá-los, aprendendo cada
vez mais a elaborar bons cortes, e daí se tornará impossível cortar
cabelos sem eles.

Linhas de corte

As linhas de corte também são muito importantes para elaborar,


junto aos ângulos, bons cortes, elas são:

Horizontal – Se a linha de corte for horizontal ela formará base


reta.

Vertical – Se a linha de corte for vertical ela formará camadas


marcadas.

Diagonal – Se a linha de corte for diagonal ela formará camadas


marcadas com graduação e leveza.

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Saiba como praticar leitura de cortes para assimilar um corte


quando solicitado

Exemplo quando se diz que um corte é:

– Global 45 graus na vertical e frontal zero graus na diagonal.

Quer dizer que o corte de maneira geral, exceto a parte frontal, é


cortado a um ângulo de 45 graus na linha vertical; e a parte frontal
é cortada a um ângulo de zero grau em linha diagonal.

Esperamos que tenham gostado do artigo ângulos de corte, não


deixe de comentar, qualquer dúvida estamos à disposição.
Técnica de Corte
PERFILADO: Acabamento realizado com abre e fecha da tesoura
na parte da frente do cabelo. Ex.: suavizar o caimento frontal.

DENTADO: Textura utilizada para dar leveza a formas compactas.


Ex.: Corte reto.

DEGRAFILADO: Técnica que se realiza deslocando a tesoura


aberta ao longo da superfície para dar mobilidade ao esculpido.
Tesoura em pé ao redor do rosto.

A quantidade de ativação de textura se controla ajustando a


largura das tesouras mais abertas ou não durante o esculpido Ex.:
alongar o rosto redondo.

ENTRESSECADO: Técnica que acentua o volume e o movimento do


corte, esculpindo mechas mais curtas para sustentar as mais
longas.

A densidade do fio e os resultados desejados determinam que tipo


de tesoura deve ser usada.

CHULEADO: Técnica de desfiar com a navalha por dentro do


cabelo. Ex: Embutir um chanel.

TEXTURIZADO: Consiste em esculpir o perímetro dentro da forma


(corte) para ressaltar suas qualidades, proporcionando movimento
e expressão ao corte.
Criar irregularidades entre as mechas, reduzir ou ativar volume.
Criar desconexos e dar leveza a fios grossos ou mesmo não deixar
grumos em cabelos finos.

Para texturizar podemos usar as seguintes ferramentas: Tesoura fio


navalha Cabelos finos e texturizar Navalha - suavizar e criar
formas Tesoura fio laser- segura o fio enquanto corta, para cortes
precisos. (todos os tipos de cabelos).

Point cut (do inglês, “picotar”, “corte de ponta”. Pronuncia-se


point-cât) –Trata-se da técnica em que se usa a ponta da tesoura
para dar leveza ao trabalho.

Slicing (do inglês, “fatiar”. Pronuncia-se sláicin) – Consiste em usar


a tesoura com as lâminas abertas para criar camadas invisíveis e
garantir leveza ao comprimento.

Deep cut (do inglês, “picotado profundo”. Pronuncia-se dip-cât) –


Nesse método, o hairstylist usa o bico da tesoura para reduzir a
densidade das pontas sem alterar o comprimento.
Tipos de Tesouras:
1. Tesoura fio navalha Cabelos finos e texturizar
2. Tesoura desfiadeira (desbastadora) auxilia na limpeza
do corte
3. Tesoura fio laser- segura o fio enquanto corta, para
cortes precisos. (todos os tipos de cabelos).
4. Navalha - suavizar e criar formas
Bibliografia

TÉCNICAS E EDITORA LTDA, Centro de Produções. Evolução dos


cortes de cabelo ao longo dos tempos. 1. Disponível em:
<https://www.cpt.com.br/dicas-cursos-cpt/evolucao-dos-cortes-de-ca
belo-ao-longo-dos-tempos>. Acesso em: 27 set. 2017.

DE CABELO, Corte. A longa história dos cabelos. 1. Disponível em:


<https://dikasdesalao.wordpress.com/2012/09/16/a-longa-historia-do
s-cabelos/>. Acesso em: 27 set. 2017.

CORTE, Designer. Designer corte. 1. Disponível em:


<http://www.malheirodesign.com.br/files/apostila_de_corte.pdf>.
Acesso em: 27 set. 2017.

.COM, Cabeleireiro . 23 palavras e expressões da beleza que todo


cabeleireiro precisa conhecer. 1. Disponível em:
<http://revistacabelos.uol.com.br/23-palavras-e-expressoes-da-belez
a-que-todo-cabeleireiro-precisa-conhecer>. Acesso em: 27 set. 2017.

.CABELO, Cortes. Ângulos do corte . 1. Disponível em:


<http://cabelosecortes.com/angulos-de-corte/>. Acesso em: 27 set.
2017.

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