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Disciplina T.C.F.

C
Módulo 3599- Técnicas de Ondulação e desfrisagem
Formador: Sandra Barroso
0123/v00119042011

Pólo de formação: Braga

Data: 1º Momento
Índice
História da permanente. .............................................................................................3
Finalidade da permanente .........................................................................................4
Princípios químicos da permanente a frio .................................................................5
Taxa de redução ........................................................................................................7
Diferentes tipos de permanentes ...............................................................................7
Permanentes alcalinas ..............................................................................................7
Permanentes ácidas ..................................................................................................8
Permanentes neutras .................................................................................................8
Composição dos produtos de permanente ................................................................8
Técnicas de uma permanente .................................................................................10
Elementos para conseguir uma boa permanente ....................................................10
Os líquidos da permanente .....................................................................................11
Métodos de enrolamento .........................................................................................11
Diagnostico para uma permanente .........................................................................12
Permanente direta ou indireta .................................................................................13
Permanente clássica ou direcional ..........................................................................13
A escolha dos produtos ...........................................................................................14
A escolha dos suportes de enrolamento ..................................................................14
A preparação e colocação do material ....................................................................15
A preparação do cabelo ..........................................................................................16
Realização de uma permanente clássica .................................................................17
As diferentes separações .........................................................................................18
O enrolamento .........................................................................................................20
A saturação ..............................................................................................................20
O tempo de pose e controlo da frisagem .................................................................20
O enxaguamento ......................................................................................................21
As operações da oxidação .......................................................................................21
Noção de desfrisagem……………………………………………………………...22
Tempo de pose Redutor……………………………………………………………24
A Fixação…………………………………………………………………………..25
Diagnóstico da desfrisagem………………………………………………………..26
Tipos de desfrisagem……………………………………………………………....28
Procedimentos técnicos da desfrisagem Alcalina………………………………….29
Desfrisagem Teólica ( Alisamento)………………………………………………..31
Tipos de Alisamento………………………………………………….....................32
Procedimentos técnicos Alisamento………………………………..………….......34
Bibliografia………………………………………………………………………...37

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HISTÓRIA DA PERMANENTE

A ondulação dos cabelos é conhecida há muito tempo. Os gregos ondulavam os cabelos com varas
fininhas de bronze.

As mulheres indígenas da África central faziam tranças muito apertadas.

Foi no reinado de Louis XIV que se começou realmente a frisar. Os cabelos. Os cabelos das perucas
eram molhados e enrolados madeixa por madeixa sobre pequenos cilindros de barro muito apertados,
tudo isso era fechado na massa de pão, e cozido durante várias horas no forno dos padeiros.

Em 1882, MARCEL inventou a ondulação com o ferro o que foi um sucesso enorme, tendo uma grande
influência para esta profissão.

Em 1906, NESSLER um cabeleireiro de Londres, teve a ideia de usar produtos à base de amoníaco, o
qual aplicava nos cabelos antes de aquece-los com um aparelho especial. Esse processo (sem grandes
alterações) foi utilizado até 1940, era a designada Permanente a quente. Os produtos utilizados eram
compostos à base de amoníaco ou então de sais minerais.
Durante a 2ª guerra mundial devido às falhas de eletricidade, os Cabeleireiros tiveram dificuldades em
usar os "chauffeurs elétricos",
Os cientistas então inventaram um produto que não necessitava de aquecimento, à base de ácido
troglodítico... Foi a descoberta da Permanente a frio.

 1882 – MARCEL inventa a ondulação com o ferro.

 1906 – NESSLER inventa a permanente a quente.

 1924/27 Apareceu o primeiro aparelho com aquecimento e fios (o enrolamento é feito pelas

pontas).

 1940/45 Invenção da permanente a frio.

 1946 Invenção da permanente morna (com um aquecimento mais fraco).

A permanente é uma ondulação durável e adaptada ao estilo do penteado.

FINALIDADE DA PERMANENTE

As atuais permanentes são realizadas não só com a finalidade de frisar o cabelo liso, mas mais
frequentemente para dar forma e volume ao penteado, para o descolamento de raízes e valorizar um
determinado estilo de penteado.
Fase geral da permanente:
Uma permanente efetua-se em 3 tempos
1º Tempo – rotura das cadeias laterais sobre a ação do redutor.
2º Tempo – enrolamento dos bigoudis, que vão dar a forma ao cabelo.
3º Tempo – reconstituição das cadeias laterais dentro de uma nova posição dada pelos bigoudis.

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PRINCÍPIOS QUÍMICOS DA PERMANENTE A FRIO
1º Tempo: Ação química – REDUÇÃO
Rotura (rompimento) dos pontos dissulfurados provocada pelo redutor, geralmente à base de ácido Tio
glicólico contém ainda 2 átomos de hidrogénio, o cabelo fica mole.
2º Tempo : ação física ou mecânica
Enrolamento (ação mecânica dos bigoudis).
Os pontos dissulfurados ainda abertos estão desencontrados (não ao mesmo nível), o cabelo toma uma
forma frisada.
3º Tempo: ação química
É a neutralização, ela é efetuada com os cabelos ainda enrolados nos bigoudis. O oxigénio que se
encontra no Neutralizante vem fixar-se nos átomos de Hidrogénio para dar água. Os pontos
dissulfurados fecham-se então numa nova posição não paralela. O cabelo fica frisado e duro
(endurecimento da queratina)
As duas fases importantes, são a Redução e a Oxidação. Quando há uma Redução de seguida dá-se uma
Oxidação.

6.1 TAXA DE REDUÇÃO

Chama-se taxa de redução a percentagem de pontos (dissulfurados) rompidos em relação ao total dos
pontos: 30% de pontos rompidos chegam para dar ao cabelo uma forma maneável. Isso acontece
durante o tempo de pausa com o redutor. Por isso o tempo de pausa deve ser escolhido com cuidado.

Pontos
Pontos não
rompidos Resultados
rompidos
(abertos)
A proporção não O cabelo terá tendência a vir ao
10% 90% é atingida seu estado inicial, a frisura será
insuficiente
Taxa ideal Frisura ideal, guarda a forma
30% 70%
desejada
A proporção é Destruição da queratina
50% 50%
Ultrapassada
A proporção está muito Destruição completa do cabelo
100%
ultrapassada

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OS DIFERENTES TIPOS DE PERMANENTE
AS PERMANENTES ALCALINAS

As permanentes alcalinas clássicas foram as primeiras que apareceram no mercado.


São formuladas a partir de ácido Tioglicólico ao qual se junta a quantidade pretendida de amoníaco;
obtêm-se dessa forma tioglicolato de amónia, sais do ácido tioglicólico, cujo pH é compreendido entre o
9 e o 9,5.
As permanentes carbonatadas são mais recentes e também são à base de sais de ácido tioglicólico, mas
o amoníaco é substituído em parte por outro agente alcalino: carbonato ou bicarbonato
(=hidrogenocarbonatos) de amónio ou de sódio que estabiliza o pH entre os 7.5 e 8.5.
Estas permanentes carbonatadas apresentam um poder de frisura suficiente e são muito mais suaves e
menos agressivas, para o cabelo e para o couro cabeludo. Estas permanentes são atualmente as mais
utilizadas.

AS PERMANENTES ÁCIDAS
O princípio ativo destas permanentes é o monotioglicólico de glicerol, éster de ácido tioglicólico
(produto proveniente da reação de um álcool, o glicerol sobre o ácido tioglicólico).
Estes produtos são portanto ativos com um pH muito mais baixo, em geral entre 6 e 7, daí a sua
designação por “permanentes ácidas”. Na realidade são muito mais próximas da neutralidade do que
verdadeiramente ácidas.

AS PERMANENTES NEUTRAS
São formuladas com um pH próximo da neutralização e contêm sais de ácido tioglicólico. Devem
mistura-se no momento da utilização, a presença de sais do ácido tioglicólico permite não as confundir
com os produtos de permanente ácidas (sempre à base de éster) cujo pH é muito próximo. O poder de
frisagem é aceitável para os “penteados duradouros”.

COMPOSIÇÃO DOS PRODUTOS DE PERMANENTE


Redutor um dos componentes do redutor é o Amoníaco (NH 4 OH) que transforma os sais do ácido
tiolicólico (SH-CH2-COOH) em Tioglicolato de amónia.
O amoníaco é um alcalino, assim ele abre a cutícula do cabelo e facilita a penetração dos produtos no
cortex, isso vai provocar um amolecimento do cabelo e toma a forma do bigoudi.
Os outros componentes são corpos gordurosos ou seja um suporte de tratamento, isso protege os
cabelos e perfuma-os.
O pH dos líquidos a permanentar encontra-se entre Ph 7 e pH10 no máximo. A concentração em Ácido
tioglicólico é de 3 a 8%.

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O REDUTOR
Componentes Função
Ácido tioglicólico Permite a rotura dos pontos dissulfurados da queratina.
(redutor)
Regula o pH alcalino, permite ao cabelo “inchar” e abrir a cutícula
Amoníaco
para facilitar a penetração do produto no cabelo.
Água Regula a concentração do produto.
Extratos animais ou
Protege o cabelo e não o deixa tão seco.
Vegetais (tratamento)
Perfume, corante Melhorar a apresentação do produto.

Neutralizante contém um oxidante (água oxigenada a 5 ou 8 volumes, 1.5 ou 2.4%) e produtos para
reconstruir a fibra capilar. O pH do neutralizante é ácido pH =3.

O NEUTRALIZANTE
Componentes Função
Liberta oxigénio necessário para fechar os pontos dissulfurados da
Água oxigenada (oxidante)
queratina.
Água Regula a concentração do produto.
Elimina o pH alcalino do produto frisante restabelece o ácido do
Ácido cítrico
cabelo, assim desembaraça-se mais facilmente.
Agente catiórico Fecha a cutícula do cabelo (cabelo mais brilhante)
Perfume, corante Melhor a apresentação do produto.

TÉCNICAS DE UMA PERMANENTE


Antes de fazer uma permanente é indispensável lavar os cabelos com um champô neutro. Pode-se
aplicar uma proteção antes de uma permanente sobre cabelos sensibilizados.
Um bom corte pode facilitar o enrolamento. Segundo o grau de frisura escolhida colocam-se os bigoudis
adaptados (existem várias espessuras).
Para uma boa utilização de produtos é melhor fazer um enrolamento com um produto fraco e saturar
com um produto mais forte ou saturar só com um produto forte.
Ter o cuidado de não deixar escorrer o produto pelo rosto. Antes da Neutralização, enxaguar toda a
cabeleira e proceder á neutralização de forma regular e durante vários minutos.
A escolha do produto, do tempo de pausa e da espessura dos bigoudis são evidentemente em função do
grau de frisura a obter.

ELEMENTOS PARA CONSEGUIR UMA BOA PERMANENTE


 Diagnóstico do couro cabeludo, do cabelo e a escolha do produto.
 Estilo de penteado desejado, escolha de bigoudis.
 Champô neutro.
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 Corte facultativo.
 Estruturante, tratamento antes da permanente para cabelos sensibilizados, coloridos, com
madeixas…
 Um bom enrolamento (sem apertar muito e o não pode ficar esticado, para não traçar o
cabelo).
 Humedecer, aplicação do produto durante o enrolamento (método directo).
 Saturação, a fazer ao fim do enrolamento
 Tempo de pausa, cobrir com uma touca de plástico ou (celofane) e deixar 5, 8, 10, 15 ou 20
minutos.
 Controlo, verificar cuidadosamente (sem puxar a madeixa) e em várias zonas, se a frisura
atingiu o ponto desejado (a permanente é um fenómeno reversível).
 Enxaguar, com água quente os bigoudis com uma toalha.
 Neutralização, com o produto, neutralizante (vai fechar a cutícula e fixar a nova forma do
cabelo dada pelos bigoudis). Deixar actuar.
 Retirar, os bigoudis sem puxar.
 Enxaguadela final, cuidadosa e com água morna.
 Aplicação de um creme, e passar por água.
Nunca usar objetos metálicos

6.2 OS LÍQUIDOS DA PERMANENTE

REDUTOR
Nº 1/S OU 0 muito forte Cabelos naturais, grossos, oleosos e difíceis.

Nº 1 (forte) Cabelos naturais normais.

Nº 2 (médio) Cabelos sensibilizado, colorados.

Nº 3 (fraco) Cabelos muito sensibilizados

6.3 MÉTODOS DE ENROLAMENTO

Existem dois métodos


 Método direto: para cabelos com mais de 15 cm e de sensibilidade diferente.
Humedecer – aplicar o redutor nos meios e pontas para facilitar o enrolamento.
Saturação – aplicar o redutor sobre cada bigoudi com uma esponjinha. Colocar uma touca deixar
em tempo de pausa.
 Método indireto – para cabelos com menos de 15 cm e com a mesma sensibilidade.
Enrolamento – sobre cabelos húmidos.
Saturação – aplicar o redutor sobre os bigoudis já enrolados.

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DIAGNOSTICO PARA UMA PERMANENTE

DEFINIÇÃO:
O diagnóstico é uma série de informações recolhidas pelo profissional para realizar um trabalho
perfeito.

Perguntas para se fazer às clientes:


 Quando fez a ultima permanente?
 Qual é o penteado escolhido?
 Quando lavou os cabelos?
Exame aos cabelos secos e não lavados:
 Cabelos grossos, médios ou finos
 Cabelos normais, oleosos ou secos
 Cabelos naturais, ligeiramente sensibilizados (colorados), muito sensibilizados (descolorados)
Análise ao couro cabeludo:
 Couro cabeludo normal, oleoso ou seco
 Couros cabeludos são, com caspa, com manchas, com feridas…
Observar o comprimento do cabelo, para a escolha do método de enrolamento:
 Direto: cabelos com mais de 15 cm.
 Indireto: cabelos com menos de 15 cm.

PERMANENTE DIRETA OU INDIRETA

Método direto aplica-se nalguns casos bem específicos.

- Cabelos compridos (mais de 15 cm)


-cabelos difíceis
-cabelos com sensibilidade diferente (pontas sensibilizadas por técnicas capilares.

É realizada em dois tempos


 A redução, consiste em aplicar o redutor em cada secção antes e durante o enrolamento.
 A saturação, consiste em impregnar cada bigoudi com o redutor.
O método indireto
Aplica-se em todos os casos (isto é, em cabelos curtos, fáceis de trabalhar e saudáveis).
 O enrolamento realiza-se em cabelos secos com a toalha, sem aplicação anterior de
produto.
 A saturação processa-se com a loção redutora, uma vez o enrolamento terminado.

PERMANENTE CLÁSSICA OU DIRECIONAL

O enrolamento clássico

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 Este tipo de enrolamento faz-se para a parte trás, enquanto os lados serão enrolados de cima
para baixo. Neste tipo de enrolamento, os bigoudis são alinhados uns por baixo dos outros.
O enrolamento direcional
 É feito no sentido do penteado desejado e em geral em xadrez.
O duplo ou triplo enrolamento
 Permite obter um resultado de frisagem para os cabelos compridos.

A ESCOLHA DOS PRODUTOS


As loções redutoras existem com várias forças, atribuídas, conforme os fabricantes, por um número ou
por uma letra.
0 = Muito forte 1 = Forte 2 = Médio 3 = Fraco 4 = Muito fraco
S = super N = natural F = fino

Força das loções redutoras utilizadas na permanente direta alcalina


Loção redutora Loção para saturação
Cabelos naturais Fortes e difíceis Forte (1) Muito forte (1S ou 0)
Médios Forte (1 ou 1N) Forte (1 ou 1N)
Finos Forte (1 ou 1F) Forte (1 ou 1F)
Cabelos sensibilizados ou colorados Fraco (3) com
Médio (2)
proteção
Cabelos, c/madeixas se o comprimento for superior Fraco (3 ou 4) com Fraco (3 ou 4)
a 15cm descolorados ou muito sensibilizados proteção

A ESCOLHA DOS SUPORTES DE ENROLAMENTO


Os suportes são escolhidos em função do penteado pela cliente. São bigoudis clássicos ou suportes com
mais fantasia.
Diâmetro dos bigoudis -pequeno, para uma frisura apertada
(entre 5 a 20 mm e -médio, para uma frisura razoavelmente apertada
mais) -grosso, para uma frisagem leve
-muito grosso, para dar simplesmente flexibilidade ao cabelo

O número de bigoudis
Varia em função da frisagem desejada.

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Números de bigoudis Para um determinado diâmetro, a elasticidade e a força da frisagem
(entre 40 a 60 para toda a serão maiores consoante o número de bigoudis for mais elevado, o que
cabeça implica que as mechas enroladas sejam mais finas.

Repartição e intervalo

Repartição e Os bigoudis são repartidos o mais regular possível com um intervalo idêntico de

intervalo forma a obter uma frisagem regular sobre todo o cabelo.

Formato do bigoudi Frisagem obtida


Bigoudis clássicos, muito curvilíneos no centro Frisagem apertada nas pontas
Bigoudis pouco curvilíneos no centro Frisagem idêntica da raiz às pontas
Bigoudis muito pouco curvilíneos no centro Frisagem mais suave nas pontas

A PREPARAÇÃO E COLOCAÇÃO DO MATERIAL

Proteção da cliente Penteador, toalha


Toalha para tirar o excesso de água no cabelo
Para secar
Roupa Toalha para limpar os bigoudis
Luvas de proteção para o cabeleireiro
Profissional
Touca para permanente
Tabuleiro de serviço, temporizador
Acessórios
Vaporizador
Escovas, pente aranha, pente de cabo
Utensílios Material para pentear
Material necessário para o corte
Material para Conjunto de bigoudis
permanentes Papel para as pontas
Champô neutro ou pré-permanente
De preparação
Protetor pré-permanente
Redutor convenientemente escolhido
Produtos De execução
Fixador
Creme de tratamento pós-permanente
De finalização
Coloração temporária ou tom sobre tom se necessário

A PREPARAÇÃO DO CABELO
Escovar o cabelo
 Deve ser cuidadoso para eliminar os vestígios de laca ou de gel.
 Não deve ser muito forte para não irritar o couro cabeludo.

Champô
É sempre de pH neutro ou pouco alcalino e deve aplicar-se para:
 Lavar o cabelo em suavidade (esfregar cuidadosamente)
 Preparar o cabelo para a aplicação do produto redutor
Secar o cabelo

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 Deve ser feito com cuidado, deve utilizar uma toalha, limpar o cabelo sem esfregar
O corte
 O corte pode ser efetuado antes da permanente
Aplicação de um protetor equilibrante
 O protetor aplica-se sobre toda ou parte do cabelo para proteger os cabelos sensibilizados,
travando a ação dos produtos

REALIZAÇÃO DE UMA PERMANENTE CLÁSSICA


A seguir do champô, devemos proceder às seguintes operações:
As diferentes separações
A redução
O enrolamento
A saturação
O tempo de pose
O enxaguamento
As técnicas de fixação
O enxaguamento final e os tratamentos

AS DIFERENTES SEPARAÇÕES
Antes de enrolar o cabelo, é necessário dividir o cabelo em nove separações colocadas de forma a
permitir um enrolamento fácil.
A largura de cada secção deve ser igual ou inferior ao diâmetro do bigoudi.
A redução
A redução consiste em aplicar, antes e durante o enrolamento, uma loção redutora de força igual ou
menor, secção por secção, sem nunca atingir o couro cabeludo.
Por ordem de realização das nove separações

Sequência do enrolamento clássico 1-2-3; 4-5-6; 7-8-9; ou 1-2-3; 4-5-6; 8-9-7

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Enrolamento correto

A largura da mecha (1) é determinada pela separação feita anteriormente. Deve corresponder ao
comprimento do bigoudi (2).
A espessura da mecha (3) é determinada pelo diâmetro (4) do bigoudi escolhido.
A utilização de papel de pontas facilita o enrolamento e protege as extremidades das mechas.
Para um enrolamento regular, a mecha deve estar bem esticada, mas sem uma tensão excessiva.
Enrolamento demasiado O cabelo não vai manter a forma pretendida
suave
Enrolamento demasiado O cabelo demasiado esticado pode ficar sensibilizado porque vai inchar
apertado sob a ação do produto

Enrolamento incorreto

Largura das mechas Espessura das mechas


Mechas finas Mechas mais espessas
Deve corresponder ao Com bigoudis de pequeno (máximo 1,5cm)
comprimento dos bigoudis diâmetro (frisagem Com bigoudis de grande diâmetro
apertada) (frisagem mais larga)

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Enrolamento correto

A SATURAÇÃO

Logo que o enrolamento esteja terminado, cada bigoudi será impregnado com um produto redutor
com a mesma força ou uma força superior ao anterior.
A saturação começa pela nuca e continua para a testa e fontes. É feita com duas passagens: uma
passagem humedecida e outra de espuma.

O TEMPO DE POSE E O CONTROLO DA FRISAGEM

O tempo de pose deve ser curto. As loções de permanente são em geral elaboradas para um tempo
de pose entre os 5 e os 20 min.
O tempo de pose irá fazer-se com touca ou sob um ativador de infravermelhos.
Em princípio, quando o cabelo está envolto na touca, o calor do couro cabeludo é suficiente para
uma ação correta do redutor, no entanto é preferível ativar o trabalho técnico colocando a cliente
sob o aparelho.
O bigoudi de teste
Para se controlar a frisagem devemos desenrolar alguns cabelos de uma mecha (sem desenrolar
completamente a mecha).
Após terminado o tempo de pose e verificado que o desenho da frisagem pretendida foi bem
realizado, procede-se então ao enxaguamento.
O ENXAGUAMENTO
Os bigoudis enrolados são minuciosamente e abundantemente enxaguados com água morna para
eliminar a loção redutora, com cuidado e suavidade para não danificar o cabelo amolecido pela
redução.
Em primeiro lugar, seca-se com uma esponja e a seguir com uma toalha.
AS OPERAÇÕES DA OXIDAÇÃO
A oxidação é uma operação essencial porque permite restabelecer as pontas de cistina e restaurar as
propriedades da queratina.

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Deve sempre começar pela nuca e fazer-se em dois tempos:
Primeiro tempo Segundo tempo
Aplicar durante cinco minutos os 2/3 da solução Desenrolar Aplicar o resto do produto
neutralizante sobre os bigoudis enrolados. delicadamente sobre os comprimentos e
pontas das mechas
Cada bigoudi deve ficar impregnado de produto Começar pela desenroladas (mas não
que terá de fazer espuma com a ajuda de uma parte de baixo da esticadas) e subidas
esponja nuca, subindo para
as fontes e a testa Tempo de pose: 5 min.
Tempo de pose: 5 min.

O ÚLTIMO ENXAGUAMENTO
A oxidação será seguida de um enxaguamento minucioso destinado a eliminar qualquer vestígio de
produto. É aconselhável fazer um tratamento a seguir à permanente.

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Também se pode aproveitar o facto de o cabelo estar mais recetivo, para aplicar um colorante semi
permanente que vai restituir o brilho à cor que por vezes fica um pouco baça devido à solução
neutralizante (produto à base de água oxigenada).

A Desfrisagem
A desfrisagem ou alisamento consiste em alterar
quimicamente e de forma definitiva um cabelo
mais ou menos encaracolado num cabelo liso.
Quando falamos em Alisamento é
importante saber que tal como a ondulação
existe através de um redutor uma quebra de
cadeias queratínicas e um fixador que as irá
restaurar.

As cadeias Queratínicas

As cadeias de Queratina estão orientadas paralelamente ao eixo longitudinal do cabelo. A coesão das cadeias é
assegurada.
A rutura destas forças de ligação provoca instabilidade do edifício molecular.
As pontes dissulfuradas são as mais sólidas. Características da estrutura queratínicas, devido à sua contribuição
essencial para a solidez do cabelo, estendem-se entre cadeias de queratina a cada grupo de 4 espirais, como os
degraus de uma escada que mantém as duas longarinas laterais.
As pontes dissulfuradas são sensíveis aos agentes químicos, em particular aos redutores e aos oxidantes, que
podem rompê-las.

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As pontes dissulfuradas

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Diagnóstico
Antes de realizar uma desfrisagem, deverá sempre realizar um diagnóstico preciso, analisar o tipo de
cabelo e couro cabeludo, o estado do cabelo e couro cabeludo, não esquecendo nunca de ouvir os
desejos da cliente. Determinar a espessura do cabelo e o seu grau de sensibilidade é fundamental para o
sucesso do Alisamento.

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Tipos de Desfrisagem

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Dentro do Alisamento existem três serviços distintos:
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 O Alisamento de Volume – consiste em retirar apenas volume, disciplinar a
rebeldia do cabelo.
 Alisamento Brasileiro e Escova progressiva disciplina e alisa o cabelo com
movimento.
 Alisamento Japonês - Disciplina o cabelo e mantem-no liso de forma definitiva

Seleção do Produto

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Bibliografia
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Edições Rui Romano, Lda.

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