Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
B TE
Sede:
NWE NOR
Rio de Janeiro
Av. Treze de Maio, 13 - 28º andar
a CE ETRO
CEP 20003-900 - Caixa Postal 1680
Rio de Janeiro - RJ
Tel.: PABX (021) 210 -3122
istem a EL
FAX: (021) 240-8249
Endereço Telegráfico:
NORMATÉCNICA
elo S par
sa p usiva
Procedimento
pres excl
Origem: Projeto NBR 5629/1994
CB-02 - Comitê Brasileiro de Construção Civil
ia im uso
CE-02:004.10 - Comissão de Estudo de Ancoragem de Estruturas no Solo
NBR 5629 - Ties anchored in soil - Procedure
Cóp nça de
Copyright © 1996,
Descriptor: Anchored tieback
ABNT–Associação Brasileira Esta Norma substitui a NBR 5629/1977
de Normas Técnicas Válida a partir de 30.09.1996
Lice
Printed in Brazil/
Impresso no Brasil
Todos os direitos reservados
Palavras-chave: Estrutura ancorada. Cortina atirantada 24 páginas
Índice alfabético
NWE NOR
truturas passivas de ancoragem previamente enterradas. Peças especialmente montadas, tendo como componente
Cóp nça de
Aquele destinado a ser utilizado por tempo inferior a dois Aquele executado somente para a verificação da
anos. adequação de um novo tipo de tirante injetado.
Lice ia impr
Nota: Cabe ao proprietário definir o caráter da obra quanto a ser
Cóp
3.12.2 Qualificação
nça essa
provisória ou permanente. Se, por qualquer razão, os
tirantes provisórios forem solicitados por tempo superior
de u pel
a dois anos, cabe ao proprietário tomar as providências Aquele executado para a verificação, em um dado
necessárias para resguardar a segurança da obra. terreno, do desempenho de um tipo de tirante injetado, já
so e o Sis
3.12.3 Recebimento
Aquele destinado a ser utilizado por tempo superior a
dois anos.
para NWE
3.5 Tirante não reinjetável tirante sob a ação de cargas de longa duração.
Aquele que não permite injeções adicionais após sua 3.13 Carga limite de ensaio ( Flim )
instalação.
Máxima carga aplicada ao tirante para o qual ainda há
3.6 Carga aplicada ao tirante
estabilização do deslocamento.
Aquela que, aplicada na cabeça do tirante, é transmitida
ao solo pelo bulbo de ancoragem. 3.14 Carga de trabalho ( Ft )
3.7 Comprimento ancorado ou bulbo (Lb) Carga que pode ser aplicada ao tirante, de modo que
este apresente a segurança necessária contra o escoa-
Trecho do tirante projetado para transmitir a carga mento do elemento resistente à tração, contra o arran-
aplicada ao terreno (ver Figuras 1-a) e 1-b) do Anexo A). camento do bulbo e contra deformações por fluência.
Distância entre a cabeça do tirante e o ponto inicial de Carga aplicada ao tirante durante a sua incorporação à
aderência do bulbo de ancoragem, observada na mon- estrutura.
Lice ia impr
4 Dimensionamento
de u pel
ser igual, maior ou menor que o do projeto (Lb) (ver Figu- 4.1.1 Para a construção dos tirantes só são admitidos aços
ra 1-b) do Anexo A). de acordo com as NBR 7480, NBR 7482 e NBR 7483.
siva a CE
B TE
fyk
NWE NOR
σ adm = x 0,9 Areia fina 0,2 0,6 1,5
175
,
a CE ETRO
Areia média 0,5 1,2 2,0
b) no caso de tirantes provisórios:
istem a EL
Areia grossa e pedregulho 1,0 2,0 3,0
elo S par
fyk 4.4.3 No caso de solos argilosos, a resistência à tração (T)
sa p usiva
σ adm = x 0,9 pode ser estimada pela seguinte equação:
150
,
pres excl
T = α U Lb su
Onde:
ia im uso
Onde:
Cóp nça de
σ adm = tensão admissível
α = coeficiente redutor da resistência ao cisalha-
mento
fyk = resistência característica do aço à tração
Lice
su = resistência ao cisalhamento não drenado do
solo argiloso
Nota: Para outros materiais resistentes à tração, manter o con-
ceito de tensão admissível igual a 90% da sua resistência Notas: a) Para su ≤ 40 kPa, α = 0,75.
característica à tração, dividida pelo fator de segurança
(FS) de 1,75 ou 1,50, conforme os tirantes sejam definitivos b) Para su ≥ 100 kPa, α = 0,35.
ou provisórios e desde que o material não apresente fluên-
cia. c) Entre estes dois valores, interpolar linearmente.
dos ensaios básicos e de qualificação, sendo que em 4.4.5 O trecho de ancoragem do tirante não pode ser
4.4.2 a 4.4.5 são apresentadas expressões para estima- executado nos seguintes solos:
a CE ETRO
tivas preliminares.
a) solos orgânicos moles;
istem a EL
4.4.2 No caso de solos arenosos, a resistência à tração b) aterros ou solos coesivos, com N ≤ 4 do ensaio
elo S par
c) aterros sanitários.
pres excl
4.5.3 Com a introdução das forças dos tirantes, nenhuma 5.2.3 Agressividade dos meios (terrenos e águas freáticas)
superfície de escorregamento pode apresentar um fator
de segurança menor que 1,5 (ver Figura 2 do Anexo A). Conforme o terreno seja muito agressivo, medianamente
agressivo ou não agressivo (ver Anexo B), adotam-se
5 Execução
Lice ia impr
sistemas de proteção detalhados em 5.2.4.
Cóp
5.1 Materiais
nça essa
experimental atestada por órgãos competentes. 5.2.4.1.1 É usada para tirantes permanentes em meio muito
siva a CE
5.1.3 No caso de águas ou terrenos agressivos ao cimento, rante. O cimento é considerado como barreira. Nesse tre-
devem-se utilizar materiais especificamente resistentes cho de ancoragem, o elemento de tração do tirante, além do
NOR
a essa agressão. cimento, deve ser protegido por um tubo plástico corrugado
ou tubo metálico com espessura mínima de 4 mm.
TE
tado um tirante de ancoragem orienta a escolha do tipo 5.2.4.2.2 Consiste em manter o mesmo tipo de proteção do
de cimento mais adequado para sua injeção e a classe
siva a CE
à sua vida útil de projeto. ragem, os elementos de tração devem possuir centrali-
zadores, garantindo um recobrimento mínimo de aglutinante
ELE B
a) ter vida efetiva maior ou igual que a requerida 5.2.4.3 Proteção classe 3
NOR
para o tirante;
5.2.4.3.1 É usada para tirantes provisórios em meio não
TE
5.2.5.1 A proteção anticorrosiva deve ser feita por meio de 5.4.1 Sistema de perfuração
um ou mais dos seguintes componentes:
É tolerado o uso de qualquer sistema de perfuração,
a) películas protetoras sintéticas (tintas e resinas); desde que o furo resultante seja retilíneo, com diâmetro,
inclinação e comprimento previstos, e desde que obedeça
b) fluidos a base de betume com teor de enxofre às tolerâncias de projeto e às condições de 5.4.1.1 a
inferior a 0,5% em massa; 5.4.1.4.
B TE
NWE NOR
5.4.1.1 Alinhamento da perfuração
c) tubo ou tubos contínuo(s) de polipropileno, po-
lietileno, PVC ou similar;
a CE ETRO
5.4.1.1.1 O sistema de perfuração empregado deve garantir
o melhor alinhamento possível. Sistemas que empregam
d) graxa;
istem a EL
uma brusca redução de inércia (maior ou igual a 35%)
entre a ferramenta de corte e/ou desagregação (sapata,
Notas: a) A graxa só é considerada barreira protetora
elo S par
quando há garantia de sua permanência no
coroa, bit, etc.) e a haste devem ter seu uso controlado,
sa p usiva
local de aplicação. uma vez que podem produzir desvios que ocasionam
excessiva aproximação entre os trechos de ancoragem
de tirantes vizinhos.
pres excl
b) A graxa deve ser específica para uso em ca-
bos de aço.
ia im uso
5.4.1.1.2 Quando do uso de redução de inércia superior
e) nata ou argamassa à base de cimento; utilizada ao valor de 5.4.1.1.1, o ensaio de recebimento deve ser
Cóp nça de
somente para proteção rígida para ancoragens executado de acordo com 5.7.2.3.5.
provisórias ou como primeira proteção de um siste-
ma duplo de proteção; 5.4.1.2 Estabilidade da perfuração
Lice
5.4.1.2.1 O sistema de perfuração deve garantir que o furo
Nota: O cimento utilizado deve ter os seguintes teores
permaneça aberto até que ocorra a injeção do aglutinante,
máximos de cloro total (proveniente dos cloretos
sendo tolerado o uso de revestimento de perfuração e/ou
e cloro-aluminatos) e de enxofre (proveniente
de fluido estabilizante.
dos sulfatos):
5.4.1.2.2 O fluido estabilizante é tolerado, desde que o
- cloro total: 0,05% da massa do cimento; executor garanta a capacidade de carga do tirante e
desde que este não contenha produtos agressivos aos
- enxofre dos sulfatos: 0,15% da massa do ci- elementos componentes do tirante, nem produtos que in-
mento. terfiram na cura e/ou pega do aglutinante.
f) tratamento superficial de galvanização ou de zin- 5.4.1.3 Perfuração do terreno
cagem.
O sistema de perfuração deve ser tal que a execução do
5.2.5.2 Qualquer componente utilizado deve ser totalmente furo, ao longo do trecho de ancoragem, não deteriore a
especificado pelo seu fabricante. resistência do terreno, em particular por encharcamento,
B TE
5.3 Montagem
5.4.1.4 Estruturas vizinhas
a CE ETRO
tensão;
5.4.2.2 As tolerâncias de locação devem atender aos
valores indicados no projeto.
Cóp nça de
Antes da execução da perfuração, é obrigatório verificar O tirante pode ser instalado antes ou após o preen-
se o recobrimento de terra, sobre o trecho de ancoragem chimento do furo com calda de cimento ou aglutinante.
do tirante, é suficiente para o processo de ancoragem Neste último caso, a introdução deve ser executada ime-
Lice ia impr
previsto, sendo, em geral, recomendável um cobrimento diatamente após a colocação da calda ou aglutinante no
Cóp
nça essa
mínimo de 5 m sobre o centro do trecho de ancoragem. furo.
de u pel
c) diâmetro e comprimento do revestimento (quando No caso de ser necessária a execução de aterro após a
usado); execução dos tirantes, a compactação deve ser executada
com os cuidados necessários para não prejudicar a inte-
d) tipo de fluido de estabilização (quando usado);
gridade e a linearidade do trecho livre. Para tanto, pode-
e) espessura e tipo de solo das camadas atravessa- se prever uma proteção especial composta de tubo
das; adicional de PVC ou similar.
5.5.1 Verificações prévias 5.6.1.2 A injeção pode ser em fase única, ou em fases
múltiplas.
so e o Sis
tanto, o início do bulbo deve distar menos de 3 m 5.6.2 Injeção em fase única
da superfície do terreno de início de perfuração;
ELE B
5.6.4.1 Em princípio, devem ser evitados por conterem Os ensaios devem ser executados após um tempo mínimo
muitas vezes elementos químicos nocivos aos tirantes. de cura, coerente com as características do cimento inje-
tado no bulbo e o ritmo de produção previsto de obra, a
5.6.4.2 Somente podem ser utilizados aditivos, desde que saber:
comprovado que não ataquem quimicamente nenhum dos
elementos constituintes do tirante, durante sua vida útil. a) para cimento Portland comum, cura de sete dias;
B TE
b) para cimento ARI (alta resistência inicial), cura de
5.6.4.3 Com a utilização de aditivos, devem ser respeitados
NWE NOR
três dias;
os novos tempos de cura indicados pelos fabricantes, antes
a CE ETRO
da execução dos ensaios recomendados nesta Norma. c) para outros materiais ou cimentos com aditivos
conforme recomendações dos fabricantes ou en-
istem a EL
5.6.5 Calda saios específicos, de acordo com as dosagens
adotadas.
elo S par
Para injeção deve ser utilizada calda de cimento conforme
sa p usiva
a NBR 7681, com as seguintes dosagens em massa, refe- 5.7.1.5 Aplicação das cargas
ridas ao fator água/cimento em massa:
5.7.1.5.1 As cargas devem ser aplicadas através do con-
pres excl
a) 0,5, para a execução da bainha (injeção inicial de junto manômetro-macaco-bomba hidráulico, com atestado
ia im uso
chumbamento para a fixação do tirante), sendo de aferição cuja data seja igual ou inferior a um ano. As
aceita outra dosagem, desde que comprovada por forças de tração devem ser coincidentes com a direção
Cóp nça de
ensaios específicos de que sua resistência aos 28 do eixo do tirante.
dias supera 25 MPa;
Lice
5.7.1.5.2 Todos os valores de cargas indicados nesta Nor-
b) 0,5 a 0,7, para execução de reinjeção. ma podem ser aplicados em num intervalo de ±5% do
valor básico, de forma a melhor se adaptar às condições
Nota: O tirante pode ser injetado com calda de cimento, conforme de leitura, com exceção da carga máxima de ensaio.
referenciado nesta Norma e prática usual, ou com argamassa
ou mesmo outro produto aglutinante, desde que com 5.7.1.6 Carga inicial (Fo)
eficiência comprovada.
Por motivos técnicos de medição a força de tração deve
5.6.6 Pressões e volumes ter um valor inicial igual a Fo = 0,1 fyk S, onde fyk é a
resistência característica à tração do elemento resistente
As pressões e volumes de injeção devem ser controlados do tirante e S é a menor seção do elemento resistente à
de forma a não interferir com construções ou propriedades tração do tirante.
de terceiros.
Nota: No caso de elemento com rosca, deve ser dada atenção
especial a este aspecto.
5.7 Protensão e ensaios
5.7.1.7 Deslocamentos iniciais
5.7.1 Condições gerais
B TE
pessoas.
com o prescrito em 5.7.2.1 a 5.7.2.4.
elo S par
5.7.1.2 Reação
5.7.2.1 Ensaio básico
sa p usiva
5.7.1.2.1 Os ensaios podem ser executados reagindo contra Para verificar a correta execução do tirante, observa-se
pres excl
a estrutura na qual são incorporados, ou diretamente contra principalmente a conformação do bulbo de ancoragem, a
o solo. Neste último caso, as cargas de reação devem ser centralização do tirante no bulbo, a qualidade da injeção
ia im uso
distribuídas por peças de madeira, concreto ou aço. e a definição do comprimento livre do tirante, através de
Cóp nça de
de cortinas, as quais são aterradas, para evitar danos à nente, e da capacidade de carga.
estrutura. Neste caso, só são válidos os ensaios execu-
tados contra a estrutura, após a execução do aterro. 5.7.2.2 Ensaio de qualificação
5.7.1.3 Indicação das cargas Neste ensaio são verificados a capacidade de carga do
tirante e seus deslocamentos sob carga, calculado o seu
As cargas de trabalho, máxima de ensaio e de incorpo- comprimento livre e avaliado o atrito ao longo deste com-
ração devem constar no projeto. primento livre, a partir dos deslocamentos observados.
8 NBR 5629/1996
5.7.2.2.1 O carregamento deve obedecer à seguinte sis- 5.7.2.2.5 A interpretação do ensaio deve ser feita através
temática: dos gráficos indicados na Figura 3 do Anexo A.
a) o ensaio deve partir da carga inicial (Fo ) e seguir 5.7.2.2.6 Os traçados dos gráficos de interpretação do en-
Lice ia impr
pelos estágios 0,4 Ft; 0,75 Ft; 1,0 Ft; 1,25 Ft; e 1,5 Ft, saio para as cargas x deslocamento (Figura 3-a) do Ane-
Cóp
para tirantes provisórios e até 1,75 Ft para tirantes xo A), bem como o de cargas x deslocamentos elásticos
nça essa
cedido o alívio até Fo, seguindo os mesmos estágios 5.7.2.2.7 O gráfico da Figura 3-a) do Anexo A, função de F
xclu tem
do carregamento, com medições de deslocamentos e d deve possuir o eixo horizontal das forças, repre-
da cabeça, para obtenção dos deslocamentos per- sentando todos os ciclos de carga e descarga.
siva a CE
manentes;
para NWE
à carga de trabalho (Ft), multiplicada pelo fator de de e de F e dP , possui linhas como a seguir descritas:
segurança adotado, e no máximo igual a 0,9 fykS.
TRO
a) cargas - através de correlação com a pressão indi- do bulbo (Lb), cuja equação é dada por:
cada em manômetro do conjunto manômetro-ma-
caco-bomba, com atestado de aferição com data
(F - Fo ) (LL + Lb / 2)
inferior ou igual a um ano, sendo permitido ao pro- dea =
ES
jetista ou contratante exigir um atestado de aferição
mais recente;
b) linha “b” ou limite inferior, correspondente ao deslo-
b) deslocamentos da cabeça - devem ser medidos a camento da cabeça para um tirante com o compri-
partir da carga inicial (Fo), em relação a um ponto de mento livre (LL) diminuído de 20%, cuja equação é
referência fixo na extremidade do tirante, na direção dada a seguir, com um trecho inicial RS defletido,
da tração aplicada, com extensômetro, com reso- onde os pontos R e S são definidos por coordena-
lução de 0,01 mm. A base de leitura deve ser uma das:
viga de referência fixada em região seguramente
fora de influência de deformações do terreno, de-
correntes das cargas aplicadas durante o ensaio 0,8 (F - Fo ) LL
deb =
ou de qualquer outra fonte de perturbação. ES
Lice ia impr
5.7.2.2.3 Antes de cada alívio de carga, os deslocamentos, Notas: a) As coordenadas dos pontos R e S são:
Cóp
a) para estágios de cargas menores ou igual a 0,75 Ft, - ponto S: d = [0,6(FS) Ft ] LL/E S; F = Fo+0,75(FS) Ft
so e o Sis
(F - Fo ) LL
c) para estágios de cargas superiores a 1,0 Ft até dec =
TE
ES
(FS) Ft, com deslocamentos menores que 0,1 mm
para intervalos de 60 min, para qualquer tipo de
solo. d) O eixo das forças aplicadas (F) deve ser horizontal,
os deslocamentos elásticos devem ser representados
na parte superior e os permanentes na parte inferior do
5.7.2.2.4 Devem ser obrigatoriamente executados ensaios
gráfico, como exemplificado no gráfico da Figura 3-b)
em 1% dos tirantes por obra, por tipo de terreno e por tipo do Anexo A.
de tirante, com um mínimo de dois ensaios por obra.
NBR 5629/1996 9
5.7.2.2.9 O comprimento livre efetivo do tirante (LLe) resulta b) deslocamentos da cabeça - devem ser medidos
da inclinação do trecho aproximadamente reto da curva com régua graduada, a partir da carga inicial Fo,
dos deslocamentos elásticos obtido no gráfico (F x do) cuja em relação a um ponto de referência fixo na extre-
equação pode ser escrita como: midade do tirante, na direção da tração aplicada,
em relação à viga ou à linha de referência fixada
∆de em local livre da influência dos movimentos loca-
LLe = ES lizados da estrutura ou do terreno. Com o macaco
∆F
reagindo contra a estrutura apoiada no terreno
natural, a medição pode ser efetuada no êmbolo
B TE
Onde:
do macaco, desde que se meça o deslocamento
NWE NOR
da estrutura.
∆d e = variação de deslocamento em dois pontos
a CE ETRO
quaisquer do trecho reto
5.7.2.3.3 Um estágio de carregamento somente pode ser
aplicado após a estabilização da pressão do manômetro
istem a EL
∆F = variação de força correspondente a ∆d e do conjunto de protensão. Na carga máxima, os deslo-
elo S par
camentos da cabeça devem ser menores que 1 mm nos
E = módulo de elasticidade do material resistente
seguintes intervalos de tempo:
sa p usiva
à tração do tirante
pres excl
5.7.2.2.10 A interseção do prolongamento da reta definida a) 5 min, no caso de solos arenosos;
em 5.7.2.2.9, com o eixo das forças, determina aproxima-
ia im uso
damente a perda de carga por atrito no trecho livre por
b) 10 min, no caso de solos argilosos ou não arenosos.
ocasião da protensão (Pa).
Cóp nça de
5.7.2.2.11 Para a aprovação devem ser obedecidos os 5.7.2.3.4 Os ensaios devem atender à seguinte distribuição:
dois critérios a seguir: Lice
a) para tirantes definitivos - executar ensaios do tipo
a) os pontos correspondentes aos deslocamentos
A em pelo menos 10% dos tirantes da obra e do
elásticos no gráfico (F x d) devem situar-se entre
tipo B nos restantes;
as linhas limite superior “a” e inferior “b”;
b) o segmento Pa que representa a perda de carga b) para tirantes provisórios - executar ensaios do tipo
por atrito ao longo do comprimento livre deve ser C em pelo menos 10% dos tirantes da obra e do ti-
menor ou igual ao segmento Fo R. po D nos restantes.
como na de descarga, para as cargas indicadas na Ta- em relação à estabilização dos deslocamentos da cabeça
NWE NOR
ao contratante exigir um atestado de aferição do nos gráficos das Figuras 4 a 7 do Anexo A se situar
conjunto manômetro-macaco-bomba mais re- entre as linhas “a” e “b” destes gráficos.
pres excl
cente;
ia im uso
Permanente Tipo A Fo e 0,3 Ft; 0,6 Ft; 0,8 Ft; 1,0 Ft ; 1,2 Ft; 1,4 Ft; 1,6 Ft; e 1,75 Ft
Permanente Tipo B Fo e 0,3 Ft; 0,6 Ft; 0,8 Ft; 1,0 Ft ; 1,2 Ft; e 1,4 Ft
Provisório Tipo C Fo e 0,3 Ft; 0,6 Ft; 0,8 Ft; 1,0 Ft; 1,2 Ft; e 1,5 Ft
Provisório Tipo D Fo e 0,3 Ft; 0,6 Ft; 0,8 Ft; 1,0 Ft e 1,2 Ft
10 NBR 5629/1996
5.7.2.3.7 Na reavaliação deve-se considerar o seguinte: 5.7.2.4.2 As medições requeridas são as seguintes:
a) caso o tirante não resista à carga máxima prevista a) cargas - devem ser mantidas as mais estáveis
conforme a Tabela 2 ou não atenda a 5.7.2.3.6, possíveis, aceitando-se no máximo um intervalo
deve: de ± 3% em relação à carga base do estágio, e ser
Lice ia impr
controladas através da correlação com a pressão
Cóp
- ser reiniciado o procedimento de ensaio tipo A b) deslocamentos da cabeça - devem ser medidos a
so e o Sis
nos próximos cinco tirantes executados; partir da carga inicial (Fo), em relação a um ponto
de referência fixo na extremidade do tirante, na
xclu tem
da pelo fator de segurança, desde que esta situa- sômetros com resolução de 0,01 mm, instalados
ção seja compatível com o projeto, sendo que, diametralmente opostos em relação ao eixo do
para NWE
e a execução de ensaio de fluência neste tirante Notas: a) A base de leitura deve ser uma viga de referên-
ou ser executado outro tirante em substituição cia fixada em região seguramente fora da in-
TRO
- no caso de tirante reinjetável, este pode ser reinje- b) O tráfego deve ser evitado nas proximidades
tado e repetido o ensaio; e o local do ensaio deve ser protegido da in-
b) caso o deslocamento máximo da cabeça repre- cidência direta do sol, com objetivo de não in-
sentado nos gráficos das Figuras 4 a 7 do Anexo A fluenciar os resultados por efeitos de vibra-
se situe entre as linhas “a “ e “b “, deve: ção e de variação de temperatura.
- ser aceito o tirante com carga inferior, reduzindo- 5.7.2.4.4 A interpretação do ensaio deve ser feita através
se do bulbo o acréscimo de atrito observado no do traçado dos seguintes gráficos (ver Figura 8 do Ane-
trecho livre; xo A):
- ser executado ensaio de qualificação para reava-
a) log (tempo) x deslocamento em cada estágio (Figu-
liação do comportamento do tirante.
ra 8-b) do Anexo A) - neste gráfico são determina-
5.7.2.3.8 Para apresentação dos ensaios, todos os resul- dos os coeficientes de fluência, obtidos grafica-
Lice ia impr
tados devem ser apresentados através de boletim e grá- mente para cada estágio, assumindo como repre-
Cóp
a) os ensaios devem ser executados com carga cons- exemplo. O coeficiente de fluência (CF) é definido
tante e nos seguintes níveis de carregamento: por:
siva a CE
Onde:
b) o ensaio consiste em medir deslocamentos da ca-
NOR
beça do tirante tracionado pelo macaco, sob carga d1 e d2 = deslocamentos em dois pontos
constante, no mínimo para os seguintes tempos, quaisquer da reta
TE
5.7.2.4.5 São aceitos tirantes com coeficiente de fluência b) incorporação provisória em tempo e carga coe-
obtidos no gráfico F x CF (ver Figura 8-c) do Anexo A) rente com a cura do cimento injetado no bulbo e
para uma carga de 1,75 Ft, menores ou iguais a: condições executivas.
B TE
indicando no mínimo o seguinte: 5.9.1.1 O tirante, após ser analisado o resultado do ensaio
NWE NOR
e aprovado, deve receber uma injeção especial no trecho
a) dados básicos do projeto - local, terreno, etc.; livre e na região da cabeça. A injeção deve ser feita de tal
a CE ETRO
modo que haja um preenchimento total dos espaços
b) todas as caraterísticas do tirante;
vazios, de modo que não haja possibilidade de quaisquer
istem a EL
c) curvas log (tempo) x deslocamento (log t x d) e infiltrações que possam atingir o elemento resistente à
elo S par
carga x coeficiente de fluência (F x CF), conforme tração.
indicado nas Figuras 8-b) e 8-c) do Anexo A.
sa p usiva
5.9.1.2 A injeção pode ser feita com calda de cimento ou
5.8 Incorporação outro material que não seja agressivo ao elemento
pres excl
5.8.1 Carga de incorporação ( Fi )
resistente à tração. Uma sugestão desta injeção é indicada
ia im uso
na Figura 1-c) do Anexo A.
A carga de incorporação deve ser definida no projeto e
Cóp nça de
estar no intervalo 0,8 Ft ≤ Fi ≤ 1,0 Ft. 5.9.2 Concretagem da cabeça do tirante definitivo
/ANEXO A
B TE
NWE NOR
a CE ETRO
istem a EL
elo S par
sa p usiva
pres excl
ia im uso
Cóp nça de
Lice
NBR 5629/1996
TE
NOR
TRO
ELE B
para NWE
siva a CE
xclu tem
so e o Sis
de u pel
nça essa
Lice ia impr
Cóp
TE
NOR
TRO
ELE B
para NWE
siva a CE
xclu tem
so e o Sis
de u pel
nça essa
Lice ia impr
Cóp
12
NBR 5629/1996 13
B TE
NWE NOR
a CE ETRO
istem a EL
elo S par
sa p usiva
pres excl
ia im uso
Cóp nça de
Lice
ANEXO A - Figuras
B TE
NWE NOR
a CE ETRO
istem a EL
elo S par
sa p usiva
pres excl
ia im uso
Cóp nça de
Lice
Lice ia impr
Cóp
nça essa
de u pel
so e o Sis
xclu tem
siva a CE
para NWE
ELE B
TRO
NOR
TE
ia im uso
pres excl
sa p usiva
elo S par
istem a EL
a CE ETRO
NWE NOR
B TE
Lice
Cóp nça de
TE
NOR
TRO
ELE B
para NWE
siva a CE
ia im uso
pres excl
sa p usiva
elo S par
istem a EL
a CE ETRO
NWE NOR
B TE
Lice
Cóp nça de
ia im uso
Figura 4 - Ensaio de recebimento tipo A
pres excl
Lice ia impr
Cóp
nça essa
de u pel
so e o Sis
xclu tem
siva a CE
para NWE
ELE B
TRO
NOR
TE
B TE
NWE NOR
a CE ETRO
istem a EL
elo S par
sa p usiva
pres excl
ia im uso
Cóp nça de
Figura 6 - Ensaio de recebimento tipo C
Lice
B TE
NWE NOR
/ANEXO B
TE
NOR
TRO
ELE B
para NWE
siva a CE
xclu tem
so e o Sis
de u pel
A determinação precisa do grau de agressividade do solo No caso de obras em terrenos próximos a fábricas de
é assunto controvertido, encontrando-se na literatura produtos químicos corrossivos, junto ao mar ou rios
especializada as mais variadas indicações. Como orien- poluídos, deve-se procurar um especialista em corrosão.
tação preliminar são fornecidos os valores da Tabela 3.
B TE
NWE NOR
Tabela 3 - Classificação do grau de agressividade do terreno
a CE ETRO
Unid.: mg/L
istem a EL
Grau de agressividade do meio
Tipos de águas freáticas
elo S par
Não agressivo Medianamente Muito
sa p usiva
agressivo agressivo
pres excl
Águas puras(A)
Resíduo filtrável > 150 150 a 50 < 50
ia im uso
Cóp nça de
Águas ácidas pH > 6 pH 5,5 a pH 6 pH < 5,5
Águas selenitosas
--
Teor de SO4 < 150 150 a 500 > 500
Águas magnesianas
Teor de Mg + + < 100 100 a 200 > 200
Águas amoniacais
Teor de NH4+ < 100 100 a 150 > 150
(A)
São as águas de montanhas, de fontes, com ação lixiviante, que dissolvem a cal livre e hidrolisam os
silicatos e aluminatos do cimento.
B TE
NWE NOR
a CE ETRO
istem a EL
/Índice alfabético
elo S par
sa p usiva
pres excl
ia im uso
Cóp nça de
Lice
22 NBR 5629/1996
Índice alfabético
Cargas e deslocamentos totais ................................................................................................... Figuras 3-a), 4-a), 5-a), 6-a), 7-a)
Definições ............................................................................................................................................................................................. 3
TE
Dimensionamento ............................................................................................................................................................................... 4
B TE
NWE NOR
Ensaios ............................................................................................................................................................................................ 5.7.2
a CE ETRO
Ensaios de tirantes .......................................................................................................................................................................... 3.12
istem a EL
Estabilidade da perfuração ....................................................................................................................................................... 5.4.1.2
elo S par
Estabilidade global .......................................................................................................................................................... 4.5, Figura 2
sa p usiva
Estruturas vizinhas ..................................................................................................................................................................... 5.4.1.4
pres excl
Execução ............................................................................................................................................................................................... 5
ia im uso
Cóp nça de
Fases de incorporação ..................................................................................................................................................................5.8.2
Objetivo .......................................................................................................................................................................................................1
pres excl
Perfuração ...........................................................................................................................................................................................5.4
Cóp nça de
Repartição em deslocamentos elástico e permanente (ensaio de recebimento tipo A) ....................................... Figura 4-b)
xclu tem
siva a CE
Repartição em deslocamentos elástico e permanente (ensaio de recebimento tipo B) ........................................ Figura 5-b)
para NWE
Repartição em deslocamentos elástico e permanente (ensaio de recebimento tipo C) ....................................... Figura 6-b)
ELE B