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CRISTÃ
NO BRASIL
Saxofone Erudito
Instruções Preliminares
Congregação Cristã no Brasil
Setor 11 – 2016
Dúvidas e sugestões: orquestra.setor11@yahoo.com.br
Esta obra é gratuita e de uso exclusivo da Congregação Cristã no Brasil e o comércio de qualquer parte ou
todo não está autorizado, seja virtual ou impresso.
INTRODUÇÃO
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Índice
Introdução ............................................................................................ 02
História ................................................................................................. 04
Referências ........................................................................................... 05
Conhecendo o Saxofone ...................................................................... 06
Conservando o Saxofone ..................................................................... 07
Montando o Saxofone.......................................................................... 08
Palhetas ................................................................................................ 14
Boquilha ............................................................................................... 17
Boquilha no Tudel ................................................................................ 19
Embocadura ......................................................................................... 20
Digitação............................................................................................... 22
Posição das mãos ................................................................................. 23
Correias ................................................................................................ 25
Ar quente.............................................................................................. 26
Exercícios de notas longas ................................................................... 27
Exercícios com escalas maiores e terças (“Playbacks”) ...................... 29
Afinação................................................................................................ 34
Articulação ........................................................................................... 35
Pentagramas ........................................................................................ 36
Anotações............................................................................................. 38
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Introdução ao Estudo de Saxofone
Saxofone Erudito
História do Saxofone
O Saxofone foi inventado em 1840 pelo Belga Adolphe Sax em Bruxelas, o qual viveu na França no século
XIX, e o grande objetivo na criação do instrumento era a busca da sonoridade próxima às cordas (mais forte
e de fácil execução), para tocar em bandas sinfônicas e orquestras sinfônicas.
O Grande Conservatório de Paris mantém até os dias de hoje a tradição do ensino do saxofone como
instrumento de música de Concerto (“Escola Francesa”).
Logo após a Segunda Guerra Mundial o instrumento ganhou visibilidade nos Estados Unidos da América,
porém de forma improvisada devido à falta de acesso a estudos eruditos já que o instrumento traz certa
facilidade de execução e, portanto, sem uma abordagem adequada conforme a Cultura Francesa (berço do
Saxofone) dessa maneira surgiu os primeiros sons do Jazz pois tinha uma sonoridade popular utilizando o
saxofone como um dos principais instrumentos.
Com isso ganhou ainda mais escala devido ao interesse de gravadoras e passou a ser distribuído em todos
os continentes.
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Referências
Como o saxofone se popularizou no Brasil através de influência americana mais especificamente o Estilo
Jazz, existe um conflito de estilos pois a correta referência deve ser o Estilo Erudito (escola mãe Francesa)
que é o propósito da nossa orquestra.
Abaixo temos alguns exemplos de obras orquestrais e de hinos com saxofone e também quartetos que
exemplificam nosso propósito.
Obras Orquestrais:
Saxofone Soprano:
https://www.youtube.com/watch?v=T_Ao4Rd_YD0&feature=youtu.be................................
Saxofone Alto:
https://youtu.be/XGL7cs8mf0A...................................................................
Saxofone Tenor:
https://www.youtube.com/watch?v=EpF3jaatlxk.....................................................................
Quarteto de Saxofone:
https://www.youtube.com/watch?v=BIHuhIB_Whw................................................................
Hinos (download):
https://1drv.ms/f/s!ApkDCEftkCZrhWzRm48QCAT1pFPu ..........................
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Conhecendo o Saxofone
O saxofone tem uma família de 8 membros a saber contrabaixo, baixo, barítono, tenor, melody (que é um
tenor em C), alto, soprano e sopranino, estes instrumentos comportam-se como uma verdadeira família,
tendo qualidades e defeitos, que se podem considerar como hereditários, guardando cada um o seu próprio
caráter e personalidade. Um é ligeiro, o outro é sombrio, um é caprichoso e outro é profundo. Hoje em dia
são fabricados em série seis destes oito saxofones, e mesmo assim em quantidades muito desiguais.
Considerados para as orquestras da Congregação Cristã no Brasil são os Sax Soprano, Alto, Tenor e Barítono:
O saxofone é composto de: boquilha (com palheta e braçadeira), tudel e corpo (campana com a curva soldada).
Da esquerda para a direita: Corpo, Tudel, Palheta, Boquilha, Braçadeira e Capa para boquilhas
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Conservando o Saxofone
Mais importante do que ter um instrumento de boa marca, é que o seu estado esteja bom. Portanto,
entregue seu saxofone sempre que for preciso aos cuidados de um técnico profissional e responsável para
realizar a sua manutenção, também chamado de “Luthier” (fala-se Lutiê). Ele só trabalha com isso e tem
ferramentas e acessórios apropriados para a realização de tais serviços. Desconfie se seu instrumento
estiver apresentando muita resistência ou grande dificuldade na emissão de algumas notas; pode ser que
o problema seja de regulagem mecânica e não de execução.
Como proceder:
1. Leve seu instrumento a cada 2 anos (no máximo) para uma revisão geral;
2. Limpe seu instrumento por fora toda vez que tocá-lo;
3. Após tocá-lo, com uma flanela macia seque-o por dentro com um pano amarrado a um barbante
numa ponta e um pequeno peso revestido na outra;
4. Seque as sapatilhas com um papel ou pano;
5. Deixe o instrumento respirar no estojo ou fora dele em lugar arejado;
6. Sempre desmontar o Tudel, Boquilha e Palheta e guardar separadamente cada peça.
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O que evitar ou não fazer:
1. Evite usar “Pad Saver” também chamado de “escovão” (esse acessório conserva a umidade e
permite a oxidação dentro do corpo do saxofone e dos reverberadores (presos às sapatilhas);
2. Evite Talcos na sapatilha pois contamina o instrumento;
3. Não lave o instrumento devido ao alto risco de oxidação;
4. Não passe álcool no corpo do instrumento podendo descascar, manchar ou desgastar elementos;
5. Não deixe o instrumento no Sol porque isso causa distorção no metal e resseca suas partes;
6. Não deixe o instrumento muito tempo na porta mala do veículo pois o calor e umidade causam
prejuízos em todo o instrumento.
Montando o Saxofone
Montagem do Tudel:
Da esquerda para a direita: Vaselina especial (Greese), Tudel, Boquilha, Braçadeira, Palhetas em porta palhetas,
Cobre boquilha (ou protetor, capa, etc.)
2. Posicione a braçadeira na boquilha (antes da palheta para evitar quebra da mesma) deixando-a frouxa:
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3. Umedeça a palheta preferencialmente com água nos dois lados para evitar empenamento e retire o
excesso de umidade:
4. Empurre a braçadeira com o dedo indicador para fora abrindo espaço para encaixe da palheta:
6. Certifique-se que a braçadeira está alinhada com o ressalto da boquilha e fixe-a apertando o fixador:
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7. Proteja a integridade da palheta e boquilha com a capa protetora (observe com cuidado o ângulo de
colocação conforme foto):
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10. Carregue o seu instrumento pela campana e corpo, para não prejudicar as chaves:
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12. A postura deve ser criteriosa ao tocar, e manter a coluna reta garante um maior conforto, facilita a
execução e respiração:
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14. Conservar a palheta lavando-a em água corrente todas as vezes que tocar (ao chegar em casa) com dedos
deslizando de dentro para fora:
15. Secando a palheta com papel higiênico de boa qualidade apenas pressionando:
16. Conservar a boquilha lavando-a uma vez ao mês em água corrente e secando-a externamente com tecido
macio:
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Palhetas
As palhetas utilizadas em instrumentos de sopro são feitas de fibras sintéticas ou Cana do reino que vibram
com a passagem do ar para produzir o som do instrumento.
Palhetas são usadas em grande parte dos instrumentos de sopro da família das madeiras (menos as flautas) e
nos instrumentos de palheta livre que é o caso dos Saxofones (outra família são as palhetas batentes usadas
em Oboé, Fagote e Gaita de fole).
A partir da Cana ou bambu, são feitos cortes técnicos até se obter a palheta propriamente dita conforme foto
ilustrativa a seguir:
Tipos de palhetas:
Cana (madeira, bambu);
Sintéticas (plástico, fibras sintéticas de origens diversas).
Variações de palhetas
1. As palhetas têm diferentes dimensões conforme o instrumento, no caso de saxofones também diferem, ou
seja, as palhetas de sax soprano, sax alto, sax tenor e sax Barítono são diferentes conforme foto a seguir:
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2. Existem diferentes numerações para determinar o nível de dureza de uma palheta, mas esta numeração não
é padronizada, varia de fabricante para fabricante. Quanto mais dura é a palheta, maior é o esforço para a
emissão da nota, contudo menor é o esforço para manter o controle da afinação.
Tip = Ponta
Rail = Calha
Heart = Coração
Shoulder = Ombro
Heel = Pé
Spine = Espinha
Bark = Casca
File Mark = Marca limite
Vamp = Area de exploração
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Rodízio de palhetas:
Rodízio de palhetas é o mesmo que manter um jogo de palhetas em uso, ou seja, usar mais do que uma palheta
durante determinado tempo.
1. Evita a memória muscular, ou seja, a embocadura tende a se acostumar com a variação de resistência da
palheta, prejudicando muito o momento da troca que ocorrerá ou por desgaste ou por acidente e torna-se
difícil para a musculatura aceitar essa nova palheta que está com menor elasticidade, maior dureza, menos
hidratada etc.;
2. Melhora e acelera a adaptação muscular da embocadura para diferentes palhetas, inclusive para o
momento de troca;
3. Aumenta a vida útil da palheta pois a mesma “descansa” mais entre os momentos que será usada;
4. Possibilita ao musico encontrar palhetas que se adaptam melhor a diversos tipos de sons como sons
escuros, sons projetados, melhor resposta de agudos ou graves, e assim por diante.
5. Mantém a integridade das palhetas pois ficam acondicionadas de forma uniforme e segura.
Para fazer esse rodízio é necessário um “case” ou caixinha onde se acomodam normalmente 4 palhetas o que é
suficiente para uso da forma que o músico preferir (de acordo com a projeção de som, por dia de uso da semana,
conforme a umidade do ar, etc.).
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Boquilha
Boquilha é a peça de suporte básico para emissão de som da vibração da palheta do Saxofone, e são
fabricadas de acordo a cada modelo de sax, ou seja, desde o sax alto até o sax barítono cada um tem seu
modelo podendo ser adquirido conforme as condições de cada musico e sua intenção, não
necessariamente usando a que veio com o seu instrumento.
Ao adquirir uma boquilha é aconselhável revestir a parte superior com um adesivo protetor de boquilha,
que podem ser plásticas, silicone ou borracha, as quais devem ter boa capacidade de adesivação para não
descolar na boca.
Limpe bem a superfície a aplicar Após retirar o liner protetor alinhe o adesivo
Cole Pronto!!!!
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Exercícios com boquilha
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Boquilha no Tudel
Com esse exercício intensificamos uma embocadura mais relaxada e com uma afinação mais correta.
Vale pensar aqui em um som real, contínuo e, portanto, sem interrupção, fazendo analogia com uma
mangueira aberta onde a agua cai de forma homogênea e consistente.
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Embocadura
Formatando a embocadura:
Para uma boa embocadura temos que pensar que nosso instrumento é a extensão do nosso corpo, com
isso nosso corpo e toda a musculatura devem estar relaxados.
Mantenha a postura de seu corpo correta e ajuste a altura do instrumento pela correia até o ponto ideal:
Encaixe os dentes na parte superior da boquilha e os lábios inferiores conforme sugestão da foto:
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Evitar formas erradas ilustradas a seguir:
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Digitação
A digitação do saxofone é a posição da mão nas chaves/teclas no instrumento, abaixo temos o exemplo
da digitação utilizando todas as notas de uma escala cromática. (Aplicativos são muito úteis para auxiliar
no aprendizado).
Segue Link de aplicativo para auxiliar na digitação do Saxofone (programa executável) para PC:
https://1drv.ms/u/s!AgUmYCkGgthnlxqcjktWNzibT8LE
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Posição das mãos
As mãos com os dedos nas chaves devem estar em posição de “C” conforme as imagens seguintes:
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Evitar os seguintes posicionamentos em forma de “V” errados conforme seguem:
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Correias
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Ar Quente
Como temos variações climáticas a todo tempo o instrumento sofre modificações causando dificuldades
para emissão do som e prejudicando a afinação.
Com o exercício de ar quente, ocorre o aquecimento por toda extensão do corpo do saxofone, deixando o
instrumento em uma temperatura mais adequada para as primeiras práticas.
Aquecendo dessa forma, ocorre facilidade na emissão do som e afinação auxiliando no exercício de
respiração.
Para praticar esse exercício feche todas as chaves como se fosse soar a nota “SI Bemol” da primeira oitava,
deixe apenas o ar correr por dentro do instrumento, mas sem emitir som.
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Exercícios de notas longas
Nota Longa é um dos principais exercícios para buscar uma boa embocadura, conquistando um som firme,
limpo e principalmente afinado.
Boa parte do tempo de estudo deve ser orientado para esse tipo de exercício.
Todos os exercícios aqui propostos devem ser estudados com velocidade a 60 bpm e em forma de compasso
quaternária.
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Exercícios com Escalas Maiores e Terças com “Playbacks”:
O objetivo desse estudo e praticar ainda mais a embocadura, agilidade na digitação e acordes iniciais.
Temos abaixo alguns exemplos com playbacks para acompanhar os estudos:
https://1drv.ms/f/s!ApkDCEftkCZrhVR_HRCsp_wTBnkU
1. “Afinação Lá”;
2. “Escala Cromática”:
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3. “Escala em Dó Maior”;
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4. “Estudo melódico em Dó Maior”:
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5. “Estudo Melódico em Dó Maior em Terças”:
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Afinação
Afinação é uma das principais regras para tocar em conjunto, cada instrumento tem um tipo de afinação,
e varia de acordo com o clima.
O importante é conseguir identificar o som e compará-lo com a nota referência.
A afinação pode ser realizada de forma auditiva ou de forma visual:
1. Auditiva: É a forma natural de realizar uma afinação onde se deve ouvir um som de referência e
compará-lo com um som emitido pelo Saxofone o qual pode ser ajustado (movimentando a
boquilha conforme foto ilustrativa) para que sua emissão se aproxime da altura da referência;
2. Visual: É uma forma artificial de realizar a afinação onde se vê uma imagem do som emitido por
um instrumento junto a uma imagem referência, de forma que ao ajustar o instrumento a imagem
também se aproxima da referência (No exemplo abaixo a faixa verde do centro indica a faixa de
som de afinação ou referência e a linha variável indica o som “ouvido” pelo aplicativo);
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O músico deve saber afinar o instrumento de forma natural (1- Auditiva), ou seja, ouvindo a referência e
ajustando o instrumento para se aproximar ao som da referência...segue sugestões para praticar a afinação:
Articulação
Articulação é a programação articulada do som, para isso é necessário ter um grande controle na língua
para:
1. Pronunciar as notas com clareza e definição;
2. Alcançar velocidade na pronúncia.
Resultados:
1. Precisão, agilidade e leveza na emissão do som;
2. Iniciar e finalizar a nota com qualidade sonora;
3. Articular as notas sem mudar a forma de tocar;
4. Melhor fraseado no texto musical.
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