Você está na página 1de 6

ANIS ESTRELADO

Nome Científico: Illicium verum  Hook

Família botânica: Schisandraceae

Sinonímias: Illicium san-ki Perr.

Nomes populares: Anis-da-china, anis-estrelado, badiana.

Origem ou Habitat: É oriundo do sul da China e norte do Vietnam, cultivado nos trópicos
(China, Indonésia, Japão, Filipinas, etc.)

Características botânicas: Caracterizada por apresentar uma casca branca; grande folhagem
composta por folhas pontiagudas, coriáceas e glabras; flores solitárias amarelas ou amarelo-
rosadas, com 15-20 pétalas, perfumadas, similares a magnólias; e um fruto cor castanho-
avermelhado, lenhoso, pedunculado, composto por 8 folículos que em sua abertura deixam ver
uma semente aplanada brilhante em seu interior

Partes usadas: Fruto composto (constituído por folículos) seco

Uso popular: Segundo a Comissão E, os preparados da droga estão indicados no tratamento de


transtornos dispépticos e catarros das vias respiratórias, de forma análoga ao anis verde
(Pimpinella anisum).
Outros usos: falta de apetite, gastrites, enterites, flatulência, espasmos gastrointestinais, tosse,
bronquite, repelente de insetos, e topicamente em micoses. Com menos freqüência como
diurética, coadjuvante em diarréias e para aumentar o leite materno.
Tanto o anis estrelado como sua essência se empregam como corretores de sabor e odor na
indústria farmacêutica, alimentícia e de bebidas.

Composição química: O fruto contém 5-8% de óleo essencial, constituído em sua maior parte
por trans-anetol (80-90%), metilchavicol, anisaldeído, limoneno, linalol, 4-terpineol, α-pineno,4-
alilanisol; além de óleo fixo e taninos.

Ações farmacológicas: Tem ações semelhantes a erva-doce Pimpinella anisum) e ao funcho


(Foeniculum vulgare).

Efeitos adversos e/ou tóxicos: Em doses elevadas, o óleo essencial pode ser tóxico, com
efeitos narcóticos, delírio, anestesia e convulsões.

OBS.: Existe um grave perigo de intoxicação com a falsificação do anis estrelado (Illicium verum)
pelo fruto de outra espécie Illicium religiosum Sieb. et Zucc. (= Illicium anisatum L.), denominado
de badiana-do-japão ou anis-estrelado-japonês, o qual não contém anetol, mas contém compostos
tóxicos como a anisatina e isoanisatina.

Contra-indicações: Sensibilidade conhecida ao anis, ao anetol ou a outros compostos do óleo


essencial.
Não se recomenda o óleo essencial de anis por via interna durante a gestação, lactância, crianças
menores de seis anos ou a pacientes com gastrite, úlceras gastroduodenais, síndrome do intestino
irritável, colite ulcerosa, enfermidade de Crohn, hepatopatias, epilepsia, Parkinson ou outras
enfermidades neurológicas.

Posologia e modo de uso: Infusão ou decocção de 0,5-1g de frutos por xícara de água por
dia, depois das refeições. Em geral se utilizam duas estrelas por litro d’água.

Referências:

ALONSO, J. Tratado de Fitofármacos y Nutracéuticos. Rosario, Argentina: Corpus Libros, 2004. p. 159-162.

BLUMENTHAL, M (ed.). The Complete German Comission E Monographs: Therapeutic Guide to Herbal
Medicines. Austin, Texas: American Botanical Council, 1998. p. 215-216.

CUNHA, A. P.; SILVA, A. P.; ROQUE, O. R. Plantas e Produtos Vegetais em Fitoterapia. Lisboa: Fundação
Calouste Gulbenkian, 2003. 126p.

LIMA, R. K. et al. Composição dos Óleos Essenciais de Anis-estrelado (Illicium verum L.) e de Capim-limão
(Cymbopogon citratus (DC.) Stapf): Avaliação do Efeito Repelente sobre Brevicoryne brassicae (L.)
(Hemiptera: Aphididae). BioAssay, 3,8, 2008. Disponível em: http://www.bioassay.org.br/articles/3.8/.
Acesso em: 07 julho 2010.

PADMASHREE, A. Star-anise (Illicium verum) and black caraway (Carum nigrum) as natural antioxidants.
Food Chemistry, v. 104, n. 1, p. 59-66, Set. 2007. Disponível em:
http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0308814606008594 - Acesso em: 2 de junho de 2011.

TECHEN, N. Detection of Illicium anisatum as adulterant of Illicium verum. Planta Medica, 4. ed. 75, p. 392-
395, Mar. 2009.

YAN, J.; XIAO, X.; HUANG, K. Component analysis of volatile oil from Illicium verum Hook. f. Journal of
Central South University of
Technology, 2002. vol 9, n. 3.

http://www.mdidea.com/products/new/new04303.html - Acesso em: 02 de junho de 2011.

http://wikimedia.org/wikipedia/commons/6/62/Illicium_verum_2006-10-17.jpg - Acesso em: 02 de maio


de 2011.

http://www.fitoterapia.net/vademecum/plantas/116.html - Acesso em: 18 de janeiro de 2008.

http://www.tropicos.org/Name/50079582?tab=synonyms - acesso em 11 de julho de 2012.

Você também pode gostar