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Centro de Ciência e Tecnologia em

Energia e Sustentabilidade
Geometria Diferencial
Prof. Rodrigo Santos

Lista 1 - Complemento
1) Mostre que um disco aberto no plano OXY é uma superfície.

2) Mostre que o cilindro {(x, y, z) ∈ R3 | x2 + y 2 = 1} é uma superfície regular, e


encontre parametrizações cujas vizinhanças coordenadas cubram o cilindro.

3) O conjunto {(x, y, z) ∈ R3 | z = 0 e x2 + y 2 ≤ 1} é uma superfície regular?


O conjunto {(x, y, z) ∈ R3 | z = 0 e x2 + y 2 < 1} é uma superfície regular?

4) Mostre que o cone de duas folhas, com o vértice na origem, isto é, o conjunto
{(x, y, z) ∈ R3 | z = 0 e x2 + y 2 − z 2 = 0}, não é uma superfície regular.

5) Seja C a “figura 8” no plano OXY e seja S a superfície cilíndrica sobre C (figura


abaixo); isto é,
S = {(x, y, z) ∈ R3 | (x, y) ∈ C}.
O conjunto S é uma superfície regular?

6) Defina parametrizações X1 , X2 : U → R3 para a esfera

S2 = {(x, y, z) ∈ R3 | x2 + y 2 + z 2 = 1}

resolvendo a equação x2 + y 2 + z 2 = 1 relativamente a z (isto é,



X1,2 (u, v) = (u, v, ± 1 − u2 − v 2 ),

definidas no aberto U = {(u, v) ∈ R2 | u2 + v 2 < 1}). Defina X3,4 e X5,6 de modo análogo
(com o mesmo U ), resolvendo a equação relativamente a y e x, respectivamente.
Mostre que estas 6 parametrizações asseguram que a esfera é uma superfície regular.

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7) Uma maneira de definir um atlas para a esfera S2 , dada por x2 + y 2 + (z − 1)2 = 1,


é considerar a chamada projeção estereográfica π : S2 \ {N } → R2 , que leva um ponto
p = (x, y, z) da esfera S2 menos o pólo norte N = (0, 0, 2) sobre o plano OXY. Seja
π(x, y, z), onde (x, y, z) ∈ S2 \ {N } e (u, v) ∈ plano OXY.
(a) Mostre que π −1 : R2 → S2 é dada por
2(u2 + v 2 )
 
−1 4u 4v
π (u, v) = , ,
u2 + v 2 + 4 u2 + v 2 + 4 u2 + v 2 + 4

(b) Mostre que, utilizando a projeção estereográfica, é possível cobrir a esfera com duas
vizinhanças coordenadas.
8) Seja S2 = {(x, y, z) ∈ R3 ; x2 + y 2 + z 2 = 1} a esfera unitária e seja A : S2 → S2 a
aplicação antípoda A(x, y, z) = (−x, −y, −z). Mostre que A é um difeomorfismo.

9) Seja S ⊂ R3 uma superfície regular e π : S → R2 a aplicação que leva cada p ∈ S


em sua projeção ortogonal sobre R2 = {(x, y, z) ∈ R3 ; z = 0}. A aplicação π é suave?

10) Mostre que o parabolóide z = x2 + y 2 é difeomorfo a um plano.

11) Construa um difeomorfismo entre o elipsóide


x2 y 2 z 2
+ 2 + 2 =1
a2 b c
e a esfera x2 + y 2 + z 2 = 1.

12) Prove que a definição de aplicação suave entre superfícies não depende da escolha
de parametrizações.

13) Mostre que a equação do plano tangente em (x0 , y0 , z0 ) a uma superfície regular
dada por f (x, y, z) = 0, onde 0 é um valor regular de f, é
fx (x0 , y0 , z0 )(x − x0 ) + fy (x0 , y0 , z0 )(y − y0 ) + fz (x0 , y0 , z0 )(z − z0 ) = 0.
14) Determine os planos tangentes a x2 + y 2 − z 2 = 1 nos pontos (x, y, 0) e mostre que
eles são todos paralelos ao eixo Oz.

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15) Mostre que a equação do plano tangente a uma superfície que é o gráfico de uma
função suave z = f (x, y), em um ponto p = (x0 , y0 ), é dada por

z = f (x0 , y0 ) + fx (x0 , y0 )(x − x0 ) + fy (x0 , y0 )(y − y0 ).

Lembre-se da definição de diferencial df de uma função f : R2 → R, e mostre que o


plano tangente é o gráfico da diferencial dfp .

16) Seja f : S → R dada por f (p) = |p − p0 |2 , onde p ∈ S e p0 é um ponto fixo de R3 .


Mostre que dfp (w) = 2w · (p − p0 ), w ∈ Tp S.

17) Prove que se L : R3 → R3 é uma aplicação linear e S ⊂ R3 é uma superfície regular


invariante por L, i.e., L(S) ⊂ S, então a restrição L|S é uma aplicação suave e

dLp (w) = L(w), p ∈ S, w ∈ Tp S.

18) Um ponto crítico de uma função suave f : S → R definida em uma superfície


regular S é um ponto p ∈ S tal que dfp = 0.

(a) Seja f : S → R dada por f (p) = |p − p0 |, p ∈ S, p0 ∈ / S. Mostre que p ∈ S é um


ponto crítico de f se, e somente se, a reta ligando p a p0 é normal a S em p.

(b) Seja h : S → R dada por h(p) = p · v, onde v ∈ R3 é um vetor unitário. Mostre que
p ∈ S é um ponto crítico de h se, e somente se, v é um vetor normal a S em p.

19) Mostre que se todas as normais a uma superfície conexa passam por um ponto
fixo, então a superfície está contida em uma esfera.

20) Seja f : S → R uma função suave em uma superfície regular conexa S. Suponha
que dfp = 0 para todo p ∈ S. Prove que f é constante em S.

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