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Autores (discentes): Raíssa Lemos e Jadeilson Melo

Docente: Davi Dias

Manifesto: A fuga irracional da geração Z

Fugindo da crítica (1874) de Pere Borrell del Caso

Na obra vemos um garoto mal vestido, assustado e aparentemente fugindo de


algo, este que fica mais fácil de enxergar pelo título da arte. Pois bem, a pintura
acima não possui uma interpretação exata de seu significado, porque somente
quem a criou poderia dizê-la. No entanto, muito provavelmente ela se trata de uma
desaprovação aos críticos de arte conservadores de sua época que, para ele, não
julgavam as obras de forma ideal.
Com essa introdução, não é tão difícil, pois, relacionar a obra de Borrell com a
situação que a juventude atual se encontra: uma falta de humildade enorme unida
com uma educação irresponsável dos seus pais, que têm cada vez mais dopado
seus filhos de um comodismo exacerbado. Nesse cenário da busca inegociável pelo
conforto que a geração atual se encontra, os jovens podem ser facilmente
comparados com o garoto da pintura, pois apresentam uma posição defensiva para
qualquer sugestão de sacrifícios apresentada para eles. Afinal, sua própria
educação e exemplos dados pelo mundo os fazem enxergar a impossibilidade
absoluta de qualquer inibição das paixões com o objetivo de conquistar seus
próprios desejos.
Para não cometer injustiças, é preciso levar em exceções casos de jovens que por
algumas razões externas sofreram consequências que, inevitavelmente, trouxeram
uma maturidade precoce. Nesse sentido, deixamos claro para que grupo nosso
manifesto se direciona.

Diante desse cenário, é fundamental discutir sobre os efeitos que os jovens podem
sofrer em virtude de seus comportamentos, hábitos e personalidades. Hábitos esses
que tem assustado as expectativas para as futuras gerações, já que estes serão os
responsáveis pelos futuros governos (tanto como integrantes, como eleitores), suas
próprias casas e por educar outras e outras gerações. Com isso, o manifesto tem
como intuito refletir a ideia de como seria diferente a realidade e as expectativas se
os nossos jovens tivessem estilos de vida diferentes, e consequentemente, também
pensamentos e personalidades. Isso seria, se adotassem objetivos claros e
alcançáveis em prol de exercer funções na sociedade (no hoje ou no futuro),
fizessem desses objetivos seus motivadores diários para obter rotinas, adotassem
comportamentos coerentes ao que desejassem e fizessem melhores escolhas, por
exemplo. Evidentemente, nem tudo se moveria em virtude de objetivos, apesar
deste ser o protagonista que lhe descreverá como pessoa, mas com um pouco de
olhar sobre a maioria dos jovens com maior idade, precisando sustentar-se,
verifica-se que esses se arrependem de não terem começado antes, isto é,
perceberam o quão imaturos, irresponsáveis e ociosos foram, quando um pouco
mais novos.
Também somos jovens e não estamos convictos de sermos os mais úteis,
disciplinados, plenos acerca de nossos objetivos e nem regendo perfeitamente
nosso tempo com estudos e intelectualidade. Estamos preocupados em conviver no
futuro com uma grande maioria que chegou atrasado na fila das escolhas maduras
e enfrentará uma corrida voraz e irracional para aprender. Apesar disso,
compreendemos estar em um minoria que busca migalhas de conhecimento nos
erros e aprende com um olhar sobre a nossa volta. Indicamos que os problemas na
atual geração de crianças e jovens está, sem dúvida, desde a educação que
recebem até o caso de lerem algum livro: aqueles que ainda se atrevem a ler, optam
por leituras rasas e fúteis, como romances desvinculados da realidade. Isso em si
não é um problema, mas torna a ser quando o leitor apenas fere ele próprio com as
ilusões que cria, já que pela visão de que o conforto é inegociável e qualquer um
que não viva no ócio extremo tem de ser visto como aberração, o jovem não
vislumbra possibilidade alguma de se inspirar pelos romances que lê e viver a
felicidade dos personagens, transformando seu momento de leitura num martírio,
pois só imagina sua vida sendo como a de uma personalidade cativante, com
sonhos realizados etc., porém com a falsa certeza de que é impossível viver essa
vida.
Quanto mais confortável a realidade, melhor para esses e pior para o futuro.
Afogados em estilos de vida nada saudáveis, telas digitais que só em um clique
escolhem mais uma coisa fútil para ver, estão medíocres a ponto de desrespeitar os
mais velhos, não terem paciência para esperar algo, despertando diversas doenças
mentais, dificuldade em disciplinar-se e com uma enorme “castração” na vida
social. Além disso, temos uma característica comum na maioria dos jovens, o
famoso complexo de superioridade, que consequentemente, os faz apresentar uma
resistência aos estímulos de uma educação mais responsável de seus pais ou
também opiniões e conselhos externos, com o objetivo de incentivar o jovem na
busca por sentido em sua vida.
A juventude é a caminhada mais importante na vida de uma pessoa, as escolhas
que fizerem criará seus futuros. Por isso, é importante ter consciência sobre tudo
aquilo que faz, como administra seu dia, eis então a relevância de ter rotinas,
alimentar-se bem, exercitar-se. É a hora de estudar e desprender-se de ilusões. É
por uma geração melhor que recomendamos alterar os comportamentos, sinalizar
que observem mais atentamente o que fazem e como fazem cada coisa do seu dia
a dia. Somos uma minoria que anda ocupada com tarefas necessárias para ser
quem desejamos e preocupados com as falhas cometidas ao longo do processo e
em como consertá-las, gerando assim mais conhecimento, no entanto precisamos
ser maioria.

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