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Diante desse cenário, é fundamental discutir sobre os efeitos que os jovens podem
sofrer em virtude de seus comportamentos, hábitos e personalidades. Hábitos esses
que tem assustado as expectativas para as futuras gerações, já que estes serão os
responsáveis pelos futuros governos (tanto como integrantes, como eleitores), suas
próprias casas e por educar outras e outras gerações. Com isso, o manifesto tem
como intuito refletir a ideia de como seria diferente a realidade e as expectativas se
os nossos jovens tivessem estilos de vida diferentes, e consequentemente, também
pensamentos e personalidades. Isso seria, se adotassem objetivos claros e
alcançáveis em prol de exercer funções na sociedade (no hoje ou no futuro),
fizessem desses objetivos seus motivadores diários para obter rotinas, adotassem
comportamentos coerentes ao que desejassem e fizessem melhores escolhas, por
exemplo. Evidentemente, nem tudo se moveria em virtude de objetivos, apesar
deste ser o protagonista que lhe descreverá como pessoa, mas com um pouco de
olhar sobre a maioria dos jovens com maior idade, precisando sustentar-se,
verifica-se que esses se arrependem de não terem começado antes, isto é,
perceberam o quão imaturos, irresponsáveis e ociosos foram, quando um pouco
mais novos.
Também somos jovens e não estamos convictos de sermos os mais úteis,
disciplinados, plenos acerca de nossos objetivos e nem regendo perfeitamente
nosso tempo com estudos e intelectualidade. Estamos preocupados em conviver no
futuro com uma grande maioria que chegou atrasado na fila das escolhas maduras
e enfrentará uma corrida voraz e irracional para aprender. Apesar disso,
compreendemos estar em um minoria que busca migalhas de conhecimento nos
erros e aprende com um olhar sobre a nossa volta. Indicamos que os problemas na
atual geração de crianças e jovens está, sem dúvida, desde a educação que
recebem até o caso de lerem algum livro: aqueles que ainda se atrevem a ler, optam
por leituras rasas e fúteis, como romances desvinculados da realidade. Isso em si
não é um problema, mas torna a ser quando o leitor apenas fere ele próprio com as
ilusões que cria, já que pela visão de que o conforto é inegociável e qualquer um
que não viva no ócio extremo tem de ser visto como aberração, o jovem não
vislumbra possibilidade alguma de se inspirar pelos romances que lê e viver a
felicidade dos personagens, transformando seu momento de leitura num martírio,
pois só imagina sua vida sendo como a de uma personalidade cativante, com
sonhos realizados etc., porém com a falsa certeza de que é impossível viver essa
vida.
Quanto mais confortável a realidade, melhor para esses e pior para o futuro.
Afogados em estilos de vida nada saudáveis, telas digitais que só em um clique
escolhem mais uma coisa fútil para ver, estão medíocres a ponto de desrespeitar os
mais velhos, não terem paciência para esperar algo, despertando diversas doenças
mentais, dificuldade em disciplinar-se e com uma enorme “castração” na vida
social. Além disso, temos uma característica comum na maioria dos jovens, o
famoso complexo de superioridade, que consequentemente, os faz apresentar uma
resistência aos estímulos de uma educação mais responsável de seus pais ou
também opiniões e conselhos externos, com o objetivo de incentivar o jovem na
busca por sentido em sua vida.
A juventude é a caminhada mais importante na vida de uma pessoa, as escolhas
que fizerem criará seus futuros. Por isso, é importante ter consciência sobre tudo
aquilo que faz, como administra seu dia, eis então a relevância de ter rotinas,
alimentar-se bem, exercitar-se. É a hora de estudar e desprender-se de ilusões. É
por uma geração melhor que recomendamos alterar os comportamentos, sinalizar
que observem mais atentamente o que fazem e como fazem cada coisa do seu dia
a dia. Somos uma minoria que anda ocupada com tarefas necessárias para ser
quem desejamos e preocupados com as falhas cometidas ao longo do processo e
em como consertá-las, gerando assim mais conhecimento, no entanto precisamos
ser maioria.