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HIDROLOGIA EXERCICIOS 2021

Prof. André Luiz Lopes da Silveira

IPH

1) Considere uma bacia hidrográfica florestada com 80 km 2 de área, com vazão média anual de 1,00
m3/s, e que recebe uma precipitação média anual de 1.400 mm. Pergunta-se qual será a vazão média
anual dessa bacia se um desmatamento reduzir em 30% a sua evapotranspiração anual?

Solução :

Aplicando-se a equação de balanço hídrico simplificado anual calcula-se a evapotranspiração média


anual para a situação antes do desmatamento:

ET1 = P – Q1 (sub-índice 1 denota situação de antes do desmatamento)

Para uso desta equação ET1, P e Q1 devem estar com a mesma unidade de medida. Escolhendo-se a
unidade de mm, há necessidade de se expressar Q 1 nessa unidade:
Q1(mm) = Q1(m3/s)*86.400 s/dia*365 dias/(80 km2*106m2/km2)*103mm/m
Q1(mm) = 1,00*86.400*365/80/1.000.000*1.000
Q1(mm) = 394,2 mm
Logo :
ET1 = 1.400 – 394,2
ET1 = 1.005,8 mm
Se o desmatamento reduz 30% da evapotranspiração inicial tem-se :
ET2 = (100 -30)/100 * ET1 (sub-índice 2 denota situação após desmatamento)
ET2 = 0,7 * ET1 = 0,7 * 1.005,8 mm
ET2 = 704,06 mm
Desta forma, aplicando-se a equação de balanço hídrico simplificado anual para a situação após
desmatamento tem-se :
Q2(mm) = P – ET2 (note-se considerou-se que a chuva não sofre efeito do desmatamento)
Q2(mm) = P – ET2 = 1.400 mm – 704,06 mm
Q2(mm) = 695,94 mm
Como mm não é a unidade mais usual de vazão, o valor de a expressão de Q 2 em m3/s é :
Q2(m3/s) = Q2(mm)/Q1(mm)*Q1(m3/s) = 695,94/394,2*1,00
Q2(m3/s) = 1,77 m3/s
Portanto a redução de 30% na evapotranspiração da bacia ocasionou 77% de aumento na vazão
média da bacia.

Lista preparada por Prof. André Luiz Lopes da Silveira, IPH/UFRGS


2) Em uma bacia hidrográfica florestada com 100 km 2 de área, com vazão média anual de 1,13 m 3/s, foi
plantada uma floresta que aumentou a evapotranspiração em 15%. Sabendo-se que a precipitação
média anual é 1.500 mm, pergunta-se qual será a vazão média anual dessa bacia após este plantio?

Solução :

Aplicando-se a equação de balanço hídrico simplificado anual calcula-se a evapotranspiração média


anual para a situação antes do plantio:

ET1 = P – Q1 (sub-índice 1 denota situação de antes do desmatamento)

Para uso desta equação ET1, P e Q1 devem estar com a mesma unidade de medida. Escolhendo-se a
unidade de mm, há necessidade de se expressar Q 1 nessa unidade:
Q1(mm) = Q1(m3/s)*86.400 s/dia*365 dias/(100 km2*106m2/km2)*103mm/m
Q1(mm) = 1,13*86.400*365/100/1.000.000*1.000
Q1(mm) = 356,36 mm
Logo :
ET1 = 1.500 – 356,36
ET1 = 1.143,64 mm
Se o plantio aumenta 15% da evapotranspiração inicial tem-se :
ET2 = (100 +15)/100 * ET1 (sub-índice 2 denota situação após plantio)
ET2 = 1,15 * ET1 = 1,15 * 1.143,64 mm
ET2 = 1.315,19 mm
Desta forma, aplicando-se a equação de balanço hídrico simplificado anual para a situação após
plantio tem-se :
Q2(mm) = P – ET2 (note-se considerou-se que a chuva não sofre efeito do plantio)
Q2(mm) = P – ET2 = 1.500 mm – 1.315,19 mm
Q2(mm) = 184,81 mm
Como mm não é a unidade mais usual de vazão, o valor de a expressão de Q 2 em m3/s é :
Q2(m3/s) = Q2(mm)/Q1(mm)*Q1(m3/s) = 184,81/356,36*1,13
Q2(m3/s) = 0,586m3/s
Portanto o aumento de 15% na evapotranspiração da bacia ocasionou redução de 48% na vazão
média da bacia.

Lista preparada por Prof. André Luiz Lopes da Silveira, IPH/UFRGS


3) Em uma determinada bacia hidrográfica foi feita uma ordenação dos cursos d´água pelo método de
Strahler, obtendo-se em seguida, para cada ordem, o número de cursos d´água, o comprimento
médio do curso d´água e a área média contribuinte, cujos valotes estão na tabela abaixo. Pede-se
para calcular a razão de bifurcação (Rb de Horton), a razão de comprimentos (R L de Horton) e a
razão de áreas de (RA de Schumm).

Ordem Número de cursos d’água Comprimento médio (km) Área média (km2)
i N L A
1 938 0,49 0,13
2 244 0,76 0,52
3 62 1,60 2,13
4 13 2,48 9,51
5 3 7,01 57,97
6 1 15,65 219,1

Solução :

Tira-se inicialmente o logaritmo de N, L e A. Na tabela abaixo estão os resultados com a aplicação do


logaritmo de base 10.

Ordem i Log N Log L Log A


1 2,97220 -0,30980 -0,88606
2 2,38739 -0,11919 -0,28400
3 1,79239 0,20412 0,32838
4 1,11394 0,39445 0,97818
5 0,47712 0,84572 1,76320
6 0,00000 1,19451 2,34064

Considerando a ordem no eixo das abscissas e as variáveis log N, log L e log A no eixo das ordenadas,
podem ser ajustadas respectivamente três retas, cujas inclinações fornecem, através dos
correspondentes antilogaritmos, as razões procuradas.

As equações de reta que relacionam a ordem com os logaritmos são :

Log N =-0,60772i + 3,5842

Log L = 0,303047i - 0,6924

Log A = 0, 654997i – 1,5858

Logo :

Rb = 1/10^-0,60772 = 4,05

RL = 10^0,303047 = 2,01

RA = 10^0,654997 = 4,52

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4) Na tabela baixo apresentam-se totais anuais de precipitações de estações pluviométricas da região
da bacia do rio Santa Maria no RGS. Solicita-se preencher todas as lacunas usando o método da
regressão linear simples.

Dom Torquat
Cacequ Rosári Umb Fazenda Santa São Três
Ano Pedrit Saicã o
i o u Encerra Rita Carlos Vendas
o Severo
197
7 2160 1364 1586 1592 1795 1819 1445 1956 1736
197
8 1648 1053 1377 990 1217 1466 1325 1264 1224
197
9 1596 884 1096 1310 1477 1329 1372 1125
198
0 1268 1274 1627 1555 1259 1827 1747 1601
198
1 1107 932 1050 1385 956 1215 1469 1267
198
2 1980 1551 1630 1538 1944 1808 1916 1489
198
3 1591 1458 1527 1457 1650 1252 1806 1163
198
4 2027 1677 1648 1584 1885 1832 2120 1709
198
5 1578 1445 1454 1335 1330 1519 1580 1316
198
6 2169 1917 1689 1715 2094 1734 2149 1698
198
7 2140 1541 1632 1384 1913 1953 1829 2061 1746
198
8 1238 1108 1279 991 968 1200 1144 1122 1241 1082
198
9 1178 877 949 927 808 1020 1015 834 1043 812
199
0 1916 1408 2014 1690 1656 1794 1758 1286 1821 1287
199
1 1149 1395 2071 1288 1585 1340 1529 1434 1582 1391
199
2 1766 1788 1788 1942 1899 2059 1573
199
3 1642 1758 1564 1343 1539 1413 1601 1562 1908 1941
199
4 1453 1527 1425 1105 1453 1539 1575 1495 1168
199
5 1083 1164 1159 1213 1248 1632 1135
199
6 1244 984 1089 1089 1197 1345 1182 1248

Solução :

Primeiro deve-se calcular os coeficientes de correlação das séries em comum de cada par de
estações. A tabela abaixo mostra os resultados em termos de R 2, o coeficiente de determinação.

Cacequ Dom Rosári Fazenda Santa São Torquato Três


Umbu Saicã
i Pedrito o Encerra Rita Carlos Severo Vendas
Cacequi 1,0000 0,4572 0,2266 0,5287 0,3719 0,8432 0,3859 0,4621 0,5375 0,4094

Lista preparada por Prof. André Luiz Lopes da Silveira, IPH/UFRGS


Dom Pedrito 1,0000 0,4986 0,6478 0,4752 0,5268 0,5208 0,7367 0,7722 0,6024
Rosário 1,0000 0,5495 0,6218 0,4044 0,7475 0,3965 0,4053 0,2700
Umbu 1,0000 0,5904 0,6037 0,7079 0,5816 0,7880 0,4530
Faz. Encerra 1,0000 0,4501 0,4100 0,4914 0,7039 0,5888
Saicã 1,0000 0,4654 0,6698 0,6798 0,3372
Santa Rita 1,0000 0,7570 0,6519 0,5562
São Carlos 1,0000 0,7568 0,6304
T. Severo 1,0000 0,7096
Três Vendas 1,0000

Quanto maior o R2, melhor será a regressão para o preenchimento. Por exemplo, para o
preenchimento de falhas de Dom Pedrito, na ordem, as melhores regressões serão primeiro com
Torquato Severo (R2 = 0,7722), segundo com São Carlos (R2 = 0,7367) e terceiro com Umbu (R2 =
0,6478). Como há dados em Torquato Severo nos anos de lacuna de Dom Pedrito, o preenchimento
de lacunas será dada pela regressão linear entre as séries em comum de Dom Pedrito e Torquato
Severo, que resulta em :

PDP = 0,8132*PTS-21,435 (R2 = 0,7722)

Desta forma a precipitação estimada em 1992 em Dom Pedrito a partir da chuva observada de 2059
mm neste ano, é 1653 mm (arredondando no inteiro). Para os anos de 1994 e 1995, com a mesma
equação chega-se aos valores de 1194 e 1306 para Dom Pedrito.

Seguindo a mesma lógica, para preencher Rosário a melhor regressão é com Santa Rita com a
equação :

PROS = 1,298*PSR-296,7 (R2 = 0,7475)

E para os demais postos valeram as equações :

PUMB = 0,7596*PTS + 102,64 (R2 = 0,7880)

PSAI = 0,8409*PCAC + 176,68 (R2 = 0,8432)

PSR = 0,868*PSC + 309,95 (R2 = 0,7570)

PSC = 0,8721*PSR + 64,396 (R2 = 0,7570)

PTS = 1,0374*PUMB + 248,71 (R2 = 0,7880)

Com estas equações, procedendo-se aos cálculos, obtém-se a tabela abaixo preenchida (valores em
negrito são os preenchidos).

Dom Umb Fazenda Santa São Torquato Três


Ano Cacequi Rosário Saicã
Pedrito u Encerra Rita Carlos Severo Vendas
197
7 2160 1364 1586 1592 1795 1819 1445 1325 1956 1736
197
8 1648 1053 1377 990 1217 1466 1325 1220 1264 1224
197
9 1596 884 1428 1096 1310 1477 1329 1223 1372 1125
198 1268 1274 2075 1627 1555 1259 1827 1658 1747 1601

Lista preparada por Prof. André Luiz Lopes da Silveira, IPH/UFRGS


0
198
1 1107 932 1280 1050 1385 956 1215 1124 1469 1267
198
2 1980 1551 2050 1630 1538 1944 1808 1641 1916 1489
198
3 1591 1458 1328 1527 1457 1650 1252 1156 1806 1163
198
4 2027 1677 2081 1648 1584 1885 1832 1662 2120 1709
198
5 1578 1445 1675 1454 1335 1330 1519 1389 1580 1316
198
6 2169 1917 1954 1689 1715 2094 1734 1577 2149 1698
198
7 2140 1541 2238 1632 1384 1913 1953 1829 2061 1746
198
8 1238 1108 1279 991 968 1200 1144 1122 1241 1082
198
9 1178 877 949 927 808 1020 1015 834 1043 812
199
0 1916 1408 2014 1690 1656 1794 1758 1286 1821 1287
199
1 1149 1395 2071 1288 1585 1340 1529 1434 1582 1391
199
2 1766 1653 1788 1667 1788 1942 1958 1899 2059 1573
199
3 1642 1758 1564 1343 1539 1413 1601 1562 1908 1941
199
4 1453 1194 1527 1425 1105 1453 1539 1575 1495 1168
199
5 1083 1306 1164 1159 1213 1087 1393 1248 1632 1135
199
6 1244 984 1089 1089 1197 1345 1336 1182 1378 1248

5) Considere as precipitações máximas observadas anuais (mm) em diferentes durações de Porto


Alegre da tabela abaixo. Determine uma curva IDF, aplicando a distribuição de Gumbel para a análise
estatística.

ano P5min P10 min P15min P30min P45min P1h P2h P3h P4h P8h P14h P24h
1975 8,0 10,8 14,5 24,0 30,8 31,8 44,6 46,0 48,4 55,8 56,2 61,3
1976 12,0 17,9 21,1 26,6 30,8 32,7 37,2 43,5 47,1 62,4 80,1 90,3
1977 9,7 15,3 19,8 27,3 31,1 34,7 37,6 40,4 41,9 52,3 66,9 81,4
1978 7,0 10,9 13,2 18,3 22,5 22,6 26,7 31,5 34,2 42,1 49,9 49,9
1979 7,7 15,5 22,8 31,5 35,0 36,0 37,1 37,5 45,6 60,3 65,4 70,2
1980 12,5 18,5 22,6 26,6 28,2 32,3 38,9 48,9 65,8 78,8 89,3 107,1
105,
1981 20,0 29,2 35,5 53,2 68,9 78,8 89,6 92,9 97,3 9 106,2 115,8
1982 11,4 17,0 19,0 23,8 25,8 28,1 36,1 44,6 58,6 88,6 122,2 133,5
1983 9,5 11,6 13,1 20,0 24,2 25,6 37,1 41,2 43,0 71,7 95,6 102,3
1984 11,5 17,0 22,3 41,3 44,7 46,5 50,3 58,7 59,3 59,3 62,7 91,5
1985 15,9 22,7 29,0 38,2 41,0 41,3 42,8 43,7 45,0 47,0 69,0 86,0
1986 11,5 14,5 17,6 25,9 38,4 45,2 49,9 52,4 53,2 63,2 74,7 83,6
1987 11,8 19,2 25,2 44,3 49,5 50,2 50,8 50,8 50,8 56,2 58,3 76,4

Lista preparada por Prof. André Luiz Lopes da Silveira, IPH/UFRGS


1988 7,9 8,3 10,2 15,2 19,4 20,0 23,3 28,2 33,8 45,2 45,2 46,0
1989 7,7 11,5 14,8 21,3 24,8 33,0 49,9 52,8 53,1 54,8 55,9 57,2
1990 9,2 14,2 20,1 23,7 29,3 32,3 40,2 42,9 43,0 58,8 84,2 93,9
1991 9,2 15,0 20,3 31,9 32,8 34,1 43,5 45,9 49,1 60,4 76,8 98,1
1992 9,3 17,7 21,4 34,7 41,7 47,1 53,1 55,2 55,3 58,9 73,1 83,4
1993 13,4 18,6 25,2 33,2 34,0 34,4 34,6 47,1 50,5 60,0 70,2 96,3
1994 11,2 14,5 16,6 24,6 28,9 29,3 33,1 34,4 37,1 63,6 70,1 74,4
1995 11,1 19,7 25,4 41,1 50,1 56,6 58,2 59,5 60,5 60,6 60,7 79,6
1996 7,5 11,8 14,4 21,7 28,6 32,4 33,0 33,0 33,0 41,5 61,0 65,8
1997 8,0 12,4 16,6 21,0 21,6 21,7 32,0 33,1 35,6 48,9 64,8 75,0
1998 8,6 10,6 14,2 20,2 23,9 24,7 35,0 40,3 45,3 50,1 55,2 63,1
1999 10,4 17,1 21,2 28,1 28,5 28,9 35,3 37,6 40,5 65,7 96,3 99,6
2000 9,5 17,5 20,3 26,5 29,9 31,4 48,6 50,4 51,6 56,1 67,3 68,7
2001 13,9 23,1 29,0 42,0 54,7 57,3 59,7 61,6 67,6 71,4 75,1 82,8
2002 8,2 13,2 17,4 23,9 28,5 28,8 43,4 47,2 50,6 55,9 74,9 77,9
2003 9,6 13,2 17,9 27,0 34,2 35,8 37,4 43,3 52,2 67,4 75,2 79,3
2004 6,5 10,8 13,6 21,0 28,1 28,8 29,2 37,1 38,7 56,1 71,0 71,0
2005 9,2 13,9 18,5 28,5 30,8 32,7 40,2 48,5 52,1 59,2 77,9 91,6
2006 9,9 16,1 22,0 33,5 36,6 37,3 38,5 38,7 38,8 49,3 54,4 63,3
2007 10,0 13,3 16,7 27,6 38,9 44,4 23,8 57,2 60,6 63,8 67,6 99,1
2008 8,6 10,6 11,7 19,3 20,6 23,9 32,0 41,2 49,2 80,8 121,0 145,2
2009 9,8 14,8 20,1 22,5 29,6 35,1 37,4 38,9 44,5 63,4 74,9 81,7
2010 10,2 12,2 16,3 27,5 28,0 28,2 31,0 36,0 39,6 54,3 64,1 79,1
2011 7,6 13,4 19,7 29,3 21,0 34,5 41,9 42,0 42,0 52,2 75,7 82,6
2012 12,8 19,8 20,8 25,9 30,1 31,4 39,3 47,2 58,3 71,5 77,9 99,9
2013 15,4 24,5 33,1 45,2 54,2 60,6 64,6 66,4 68,0 86,4 105,7 125,8
2014 8,0 11,4 15,4 23,4 24,6 26,2 33,2 46,8 52,5 79,1 93,1 100,6

Solução :

Cada série de valores de cada duração deve ser ajustada pela distribuição de Gumbel. Para o ajuste
de Gumbel da série de uma duração é preciso calcular primeiro a sua média Ẋ e seu desvio padrão
amostral S. Com Ẋ e S calculam-se os parâmetros a e b segundo as equações : a = 1,2826.S e b = Ẋ-
0,5772/a. Com a e b define-se a equação das alturas de chuva x em função do período de retorno
TR : x = b-(1/a)ln(-ln( 1-1/TR)). Escolhendo-se alguns períodos de retorno e aplicando-se esta
sequência a cada duração obtém-se a tabela abaixo das alturas P de chuva (mm) por duração e
período de retorno.

TR TR TR TR TR TR TR TR
2ano 5ano 10ano 15ano 20ano 25ano 50ano 100ano
Ẋ S a b s s s s s s s s
P5min 10,2 0,47
8 2,722 1 9,1 9,8 12,2 13,8 14,7 15,4 15,8 17,3 18,8
P10mi 15,4 0,29
n 8 4,365 4 13,5 14,8 18,6 21,2 22,6 23,6 24,4 26,8 29,2
P15mi 19,7 0,23
n 2 5,534 2 17,2 18,8 23,7 26,9 28,8 30,0 31,0 34,1 37,1

Lista preparada por Prof. André Luiz Lopes da Silveira, IPH/UFRGS


P30mi 28,5 0,15
n 2 8,406 3 24,7 27,1 34,6 39,5 42,3 44,2 45,7 50,3 54,9
P45mi 33,1 10,64 0,12
n 1 1 1 28,3 31,4 40,8 47,0 50,5 53,0 54,9 60,7 66,5
P1h 35,9 11,89 0,10
2 4 8 30,6 34,0 44,5 51,4 55,4 58,1 60,2 66,7 73,2
P2h 41,2 12,16 0,10
5 2 5 35,8 39,3 50,0 57,1 61,1 63,9 66,1 72,8 79,4
P3h 46,1 11,48 0,11
2 1 2 40,9 44,2 54,4 61,1 64,9 67,5 69,6 75,9 82,1
P4h 49,8 11,98 0,10
3 5 7 44,4 47,9 58,5 65,5 69,4 72,2 74,3 80,9 87,4
P8h 61,9 13,21 0,09
8 2 7 56,0 59,8 71,5 79,2 83,6 86,6 89,0 96,2 103,4
P14h 74,6 17,74 0,07
5 2 2 66,7 71,7 87,4 97,8 103,6 107,7 110,9 120,6 130,3
P24h 85,7 21,05 0,06
6 2 1 76,3 82,3 100,9 113,2 120,2 125,0 128,8 140,3 151,8

O passo seguinte é transformar a tabela acima das alturas de chuva nas correspondentes
intensidades I de chuva (mm/h), o que resulta :

TR TR TR TR TR TR TR TR
2anos 5anos 10anos 15anos 20anos 25anos 50anos 100anos
I5min 118,0 146,9 166,0 176,7 184,3 190,1 208,0 225,8
I10min 88,6 111,7 127,1 135,7 141,8 146,4 160,8 175,0
I15min 75,2 94,8 107,7 115,0 120,2 124,1 136,2 148,3
I30min 54,3 69,1 79,0 84,5 88,4 91,4 100,6 109,8
I45min 41,8 54,4 62,7 67,3 70,6 73,1 80,9 88,6
I1h 34,0 44,5 51,4 55,4 58,1 60,2 66,7 73,2
I2h 19,6 25,0 28,6 30,6 32,0 33,1 36,4 39,7
I3h 14,7 18,1 20,4 21,6 22,5 23,2 25,3 27,4
I4h 12,0 14,6 16,4 17,4 18,0 18,6 20,2 21,9
I8h 7,5 8,9 9,9 10,4 10,8 11,1 12,0 12,9
I14h 5,1 6,2 7,0 7,4 7,7 7,9 8,6 9,3
I24h 3,4 4,2 4,7 5,0 5,2 5,4 5,8 6,3

A tabela acima já representam as curvas IDF, mas normalmente dá-se um passo suplementar que é o
ajuste dos dados da tabela IDF a uma equação do tipo : i = (K.TR^m)/(t+b)^n, sendo i a intensidade
em mm/h, TR o período de retorno em anos e t a duração em minutos. Os parâmetros a justar são,
portanto: K, m, b e n. Uma forma de obter é ajustar usando o Solver do Excel, minimizando erros
quadráticos (método GRG não linear). Fazendo-se isso resulta : i = 1008,9.TR^0,159/(t+11)^0,798.

Deve-se estar atento que mudando-se o critério e/ou o método de otimização pode-se obter
diferentes parâmetros para a equação i = (K.TR^m)/(t+b)^n, sendo também este ajuste dependente
das durações e períodos de retorno considerados na análise estatística.

Lista preparada por Prof. André Luiz Lopes da Silveira, IPH/UFRGS


Lista preparada por Prof. André Luiz Lopes da Silveira, IPH/UFRGS

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