Você está na página 1de 9

Experimento 6 – Perda de carga Distributiva – Cano ¾” Liso e Rugoso

CAIQUE TELES RIQUETO MORALES - PC3016331


JOÃO MARCOS BARBOSA DE LIMA – PC3018865
VICTORIA CATARINA DO ESPÍRITO SANTO PASCHOALINI - PC3018601
RENAN PEREIRA DE ANDRADE - PC1753495

Objetivo: Verificar a perda de carga em um trecho de tubulação e determinar o


coeficiente de atrito “f”.

Embasamento teorico: Ao longo de um cano com uma certa rugosidade, a energia de


saída tende a ser diferente se comparada com a entrada, sem haver nenhum motor ou
turbina, essa energia é menor, isso ocorre por conta da tensão de cisalhamento, também
chamada de resitência por cisalhamento, e também por conta da rugosidade presente no
tubo, esses fatores fazem com que haja uma perda de carga que é calculada medindo a
pressão em pontos diferentes do tubo.

Nosso objetivo neste experimento é achar valores do Coeficentes de Atrito “F” em


dois parâmetros diferentes:em um cano rugoso ¾”, e em um cano liso 3/4”,e então
compara-lo com o F obtido atraves do diagrama de Moody. Este experimento é
bastante similar ao experimento anterior, então haverá a repetição de algumas
informaçoes apresentadas. O coeiciente F vem dos conceitos de Streeter e por
consequente da equação de Darcy-Weibash, da qual é dado como:
ℎf =f. L/D.V²/2 g
Aonde : F – Coeficiente de atrito
hf -perda de carga no trecho considerado
L –comprimento do trecho considerado
D –diâmetro do conduto
V –velocidade média (V=Q/A)
g –aceleração da gravidade

Deste dados, sabemos que o F,L,D e g são constantes, então a equação pode ser
reformulada para
hf = f.C.V²

Onde temos que


C = .L/D.1/2g
Então, para descobrir o F, fazemos
F = hf/C.V²
Para realizar essa equação, usamos então os valores que nos fora dado,sendo
eles:
Rugoso ², g = 10m/s² e Ɛ/D = 0,006.
Liso
D = 0,0216 m, L = 1,13m, A= 0,000366 m
D = 0,0215 m, L = 1,13m, A= 0,000363 m², g = 10m/s² e Ɛ/D = 0,0001 .
Chamaremos este F de Fexperimental
Já para obter os valores de Fteoricos, usaremos o diagrama de Moody, que requer
tanto o numero de Moody quanto o valor de Ɛ/D.Para se obter os valores do
numero de Reynolds, usaremos a equação
Re = V.D/ʋ , onde ʋ = 10^-6
Com isto, os valores que precisamos achar são: Hf e a Q(Vazão), e
consequentemente V
Para achar esses dados, fomos até a bancada de experimentos onde havia o
reservatório, onde poderíamos calcular a vazão pela formula já usada
anteriormente (Q = L.Comp.αH/αT), e calcular o hf pela diferença de pressão em 2
parte diferentes do cano. Então, com um piezômetro ajustado, obtemos 10 valores
para cada tipo de cano, ao abrir a válvula ao máximo e ir fechando de pouco a
pouco

Hf(mca)= (Pa-Pb)/1000

Liso
△p(mmca) h(mm) αT(s)
74 45 8,62
70 55 9,32
63 80 14,71
60 40 7,98
55 65 11,76
50 30 7,56
47 70 16,02
43 65 13,46
40 45 11,96
25 30 10,6

Rugoso
delta p(mmca) h(mm) αT(s)
145 50 9,35
125 60 12,88
112 40 9,27
100 64 11,96
90 70 17,38
-+82 40 10,85
75 45 12,93
65 47 10,65
60 60 18,82
50 35 12,21

Com esses dados, nos convertemos as medidas de pressão de mmca para mca, e
calculamos a vazão ,obtendo-se
Liso
hf(mca)((αP)) Q(m³/s)
0,074 0,00032888631090
0,07 0,00037178111588
0,063 0,00034262406526
0,06 0,00031578947368
0,055 0,00034821428571
0,05 0,00025000000000
0,047 0,00027528089888
0,043 0,00030423476969
0,04 0,00023704013378
0,025 0,00017830188679

Rugoso
hf(mca)((αP)) Q(m³/s)
0,145 0,00033689839572
0,125 0,00029347826087
0,112 0,00027184466019
0,1 0,00033712374582
0,09 0,00025373993096
0,082 0,00023225806452
0,075 0,00021925754060
0,065 0,00027802816901
0,06 0,00020085015940
0,05 0,00018058968059

E então foi possível se obter a velocidade usando a equação V = Q/A, necessaria para
calcular o coeficiente f e o numero de Reynolds

Liso
V(m/s) V²(m/s)
0,90590 0,820650036985498
1,02405 1,04867533097194
0,94374 0,89064
0,86982 0,756591917408364
0,95914 0,919940136502847
0,68861 0,474183476014617
0,75824 0,574934743548085
0,83800 0,702237619041926
0,65291 0,426294928245945
0,49112 0,241200540359105
Rugoso
V(m/s) V²(m/s)
0,91939 0,845284916729231
0,80090 0,641441577962704
0,74186 0,550359980926597
0,92001 0,846416110870655
0,69245 0,479493659101211
0,63383 0,401741631421072
0,59835 0,358025788887253
0,75874 0,575682241804825
0,54812 0,300434356330559
0,49283 0,24287963042372

Abaixo uma tabela que mostra a relação do coeficiente de atrito de acordo com a
mudança do número de Reynolds, podendo observar que os dados mostram um
regime turbulento

Liso
Re fteorico fexp
19399,1965739201 0,0262927 0,034313398850058
21929,3254546865 0,025537 0,0254007769181571
20209,5112280011 0,0260366 0,0269171103846326
18626,6861004947 0,0265508 0,0301772433484197
20539,247619742 0,0259364 0,0227506146425847
14746,126496225 0,0281132 0,0401248665020539
16237,3078273039 0,0274524 0,0311078012816538
17945,1375934744 0,0267911 0,0233009901701523
13981,6951895645 0,0284888 0,0357058879416726
10517,0487086284 0,0306326 0,039441347528159

Rugoso
Re Fteo Fexp
19779,78643210 0,03587390 0,032789907
17230,52824287 0,03635330 0,037250166
15960,38862051 0,03664200 0,038899721
19793,01705848 0,03587170 0,022583507
14897,43408494 0,03691730 0,035878555
13636,20299651 0,03728990 0,039015962
12872,92365245 0,03754640 0,040042599
16323,43126307 0,03655550 0,021582703
11792,19998768 0,03795790 0,038174817
10602,67831270 0,03849250 0,039350859

Resultados
-

0.035
Coeficiente de atrito por Reynolds (Teórico) - Liso
0.03
3/4"
0.025

0.02
F

0.015

0.01

0.005

0
8000 10000 12000 14000 16000 18000 20000 22000 24000
Reynolds
f teórico f experimental

Coeficiente de atrito por Reynolds (Teórico) - Rugoso 3/4"


0.039
0.0385
0.038
Coeficiente de Atrito F

0.0375
0.037
0.0365
0.036
0.0355
0.035
0.0345
10000 12000 14000 16000 18000 20000 22000
Re
hf Q(L/
rugoso min)
20,21
0,145 39
17,60
0,125 87
16,31
0,112 068
20,22
0,1 742
15,22
0,09 44
13,93
0,082 548
13,15
0,075 545
16,68
0,065 169
12,05
0,06 101
10,83
0,05 538

25 Vazão x Hf

20

15
Hf

10

0
0.04 0.06 0.08 0.1 0.12 0.14 0.16
Q(L/min)

Q(L/
hf liso min)
19,7331
0,074 8
22,3068
0,07 7
20,5574
0,063 4
18,9473
0,06 7
20,8928
0,055 6
0,05 15
16,5168
0,047 5
18,2540
0,043 9
14,2224
0,04 1
10,6981
0,025 1

Vazão x Hf
25

20

15
Hf

10

0
0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08

Q(L/min)

Conclusão:
Pode-se
afirmar, portanto, que os dados obtidos no experimento satisfazeram bastante, mesmo o
erro do coeficiente de atrito sendo grande, os dados se aproximaram muito do esperado,
um possível causador dessa diferença pode ter ocorrido no instante em que foi obtido o
valor no gráfico de Moody, que ocorreu uma aproximação de f, não obtendo um valor
preciso e sim um valor base para comparação com os dados obtidos no experimento,
outro possível erro pode ter ocorrido ao observar a altura da água no tanque, podendo
haver alteração na altura ou no tempo, consequentemente mudando a vazão. A obtenção
dos dados foi novamente de maneir a simples, porém os cálculos e contas foram mais
complexas em comparação com os experimentos anteriores.

Bibliografia
BRUNETTI, Franco. Mecânica dos fluidos. 2. Ed. Pearson Prentice Hall páginas 173-183.
Acesso em: 06 set. 2022.
HIBELLER, R.C. Mecânica dos fluidos. Pearson páginas 453-458. Acesso em: 06 set. 2022.

Você também pode gostar