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OUT 1997 NBR 13981


Cabos pára-raios com fibras ópticas
para linhas aéreas de transmissão
ABNT-Associação
Brasileira de
(OPGW) - Curto-circuito - Método de
Normas Técnicas ensaio
Sede:
Rio de Janeiro
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Origem: Projeto 03:086.02-062:1996


CB-03 - Comitê Brasileiro de Eletricidade
CE-03:086.02 - Comissão de Estudo de Métodos de Ensaio para Cabos e
Fibras Ópticas
NBR 13981 - Composite overhead ground wire with optical fibers (OPGW) -
Short circuit - Method of test
Copyright © 1997, Descriptors: OPGW. Optical fiber. Short-circuit
ABNT–Associação Brasileira Válida a partir de 01.12.1997
de Normas Técnicas
Printed in Brazil/
Impresso no Brasil Palavras-chave: Cabo OPGW. Fibra óptica. Curto-circuito 6 páginas
Todos os direitos reservados

Sumário de transmissão. O objetivo deste ensaio é verificar o com-


Prefácio portamento óptico e mecânico do cabo, quando submetido
1 Objetivo à passagem de corrente de curto-circuito e ao conse-
2 Referências normativas qüente aumento de temperatura.
3 Definições
4 Aparelhagem 2 Referências normativas
5 Método de ensaio
6 Resultados As normas relacionadas a seguir contêm disposições que,
ANEXOS ao serem citadas neste texto, constituem prescrições para
A Esquema de montagem para o ensaio de curto-circuito esta Norma. As edições indicadas estavam em vigor no
B Fluxograma para o ensaio de curto-circuito momento desta publicação. Como toda norma está sujeita
a revisão, recomenda-se àqueles que realizam acordos
com base nesta que verifiquem a conveniência de se
Prefácio
usarem as edições mais recentes das normas citadas a
A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - é o seguir. A ABNT possui a informação das normas em vigor
Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, em um dado momento.
cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês
NBR 13486:1995 - Fibras ópticas - Terminologia
Brasileiros (CB) e dos Organismos de Normalização
Setorial (ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo
NBR 13520:1995 - Fibras ópticas - Variação de ate-
(CE), formadas por representantes dos setores envolvidos,
nuação óptica
delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros
(universidades, laboratórios e outros). 3 Definições
Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito
Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as definições da
dos CB e ONS, circulam para Votação Nacional entre os
NBR 13486, bem como as de 3.1 a 3.4.
associados da ABNT e demais interessados.
3.1 campo de ensaio: Qualquer parte do cabo, ferragens,
Os anexos A e B têm caráter informativo.
dispositivos de medição, ou quaisquer outros equipa-
1 Objetivo mentos associados, que estejam sujeitos à corrente de
curto-circuito, aumento de temperatura ou tensões me-
Esta Norma prescreve o método de ensaio de curto-circuito cânicas causadas, direta ou indiretamente, pela corrente
em cabos pára-raios com fibras ópticas para linhas aéreas de curto-circuito.
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3.2 campo de corrente: Qualquer parte do cabo, fer- 5.2 Condições ambientais
ragens, dispositivos de medição ou quaisquer outros equi-
pamentos associados, nos quais circula a corrente de 5.2.1 Os equipamentos de medição óptica devem estar
curto-circuito. condicionados em ambientes cuja temperatura não varie
mais de 2°C durante a execução do ensaio, dentro da
3.3 fibras de ensaio: Fibras ópticas conectadas através faixa de temperatura de operação dos equipamentos.
de emenda por fusão, para formar um comprimento
contínuo. 5.2.2 A região de ensaio e os demais equipamentos podem
estar à temperatura ambiente. Caso o ensaio seja reali-
3.4 comprimento de fibras de ensaio: Comprimento acu- zado em ambiente externo (céu aberto), devem ser moni-
mulado das fibras dentro do campo de corrente. toradas a temperatura e a velocidade do vento, com a
instalação dos instrumentos de medição próxima ao cabo
4 Aparelhagem sob ensaio.

5.2.3 A variação da temperatura ambiente não deve pro-


A aparelhagem necessária à execução do ensaio é a
vocar variação da atenuação nas emendas ópticas.
descrita em 4.1 a 4.13.
5.3 Montagem
4.1 Dois medidores de potência óptica, com saída para
registrador gráfico, capazes de detectar variações dentro 5.3.1 O esquema de montagem para o ensaio de curto-
de 0,1 s. circuito está mostrado no anexo A.

4.2 Uma fonte de luz, com comprimento de onda nominal 5.3.2 Instalar no corpo-de-prova todos os acessórios ne-
de 850 nm, 1 310 nm ou 1 550 nm. cessários (dispositivos de ancoragem, conectores, esti-
cador, dinamômetro).
4.3 Um acoplador óptico.
5.3.3 Instalar termopares, eletricamente isolados e afas-
4.4 Um registrador gráfico com um mínimo de dois canais tados entre si cerca de 0,50 m, para medir a variação de
para a parte óptica. temperatura causada pela corrente de curto-circuito, e
fixá-los no tubo metálico ou no elemento ranhurado e em
4.5 Um registrador gráfico com um número de canais cada camada de fios metálicos encordoados. As medi-
suficiente para a parte térmica (opcional). ções de temperatura devem ser realizadas em pontos
próximos ao meio do vão sob ensaio.
4.6 Um equipamento de emenda óptica.
5.3.4 Fixar o corpo-de-prova, com os seus acessórios a
4.7 Uma fonte de corrente de curto-circuito, capaz de suportes isolantes, evitando-se a transferência da corrente
manter a corrente de curto-circuito pelo tempo desejado. de curto-circuito para fora do campo de corrente.

4.8 Um oscilógrafo para registro dos pulsos de corrente 5.3.5 Conectar entre si todas as fibras ópticas do cabo,
(duração e amplitude). por meio de emenda por fusão, para formar um enlace
óptico contínuo, de tal maneira que o comprimento das fi-
4.9 Um dinamômetro com fundo de escala de no mínimo bras ópticas sob ensaio seja compatível com a incerteza
duas vezes e no máximo cinco vezes o valor da carga de máxima dos medidores de potência óptica. O compri-
ensaio ou uma célula de carga. mento mínimo do campo de corrente deve ser 20 m.

5.3.6 As emendas devem ser confeccionadas e dispostas


4.10 Um esticador para tracionamento do cabo.
de modo que não estejam dentro do vão onde a corrente
circulará, nem fiquem sujeitas às vibrações, trações
4.11 Sensores de temperatura com termopares com inér-
repentinas ou mudanças de temperatura, provocadas
cia térmica compatível com as medições a serem reali-
pelas aplicações da corrente de curto-circuito ou por ma-
zadas (o número de sensores térmicos depende da confi-
nuseio.
guração geométrica do cabo).
5.3.7 Devido às significativas tensões dinâmicas dentro
4.12 Dois conectores para ligação do cabo à fonte de
do cabo, resultantes da corrente de curto-circuito, a po-
corrente.
sição da unidade óptica em relação aos outros elementos
constituintes do cabo (tubo ou elemento ranhurado, fios
4.13 Dois dispositivos de ancoragem passantes. encordoados) deve ser mantida invariável, através de
imobilização da unidade óptica (inclusive as fibras ópticas
NOTA - Devem ser utilizados conectores e dispositivos de individualmente) nas extremidades do cabo, pelo uso de
ancoragem iguais aqueles utilizados na linha de transmissão a meios adequados, tais como adesivos químicos ou tra-
que se destina o cabo pára-raios a ser ensaiado. vamentos mecânicos.

5 Método de ensaio 5.3.8 Ligar as fibras ópticas do corpo-de-prova aos equipa-


mentos ópticos, da seguinte maneira:
5.1 Corpo-de-prova
O sinal da fonte de luz deve ser dividido em dois, através
Todo ou parte do cabo suficiente para execução do ensaio do acoplador óptico. Uma saída deve ser conectada a
e obtenção dos resultados. um medidor de potência óptica e a outra saída a uma
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extremidade da fibra, por meio de uma emenda por fusão. 5.4.10 Registrar ou anotar a corrente, a duração da apli-
O segundo medidor de potência óptica deve ser cação e as temperaturas do cabo, inclusive os tempos de
conectado à extremidade da fibra de retorno, de tal modo aquecimento e resfriamento.
que o sinal óptico percorra as fibras no campo de ensaio.
Ambos os medidores devem ser conectados ao re- 5.4.11 Após o último pulso de corrente de curto-circuito, o
gistrador gráfico. cabo deve ser resfriado naturalmente. Atingida a tem-
peratura ambiente, três segmentos do cabo com 1,2 m,
5.3.9 Tracionar o corpo-de-prova com seus acessórios retirados de cada uma das extremidades e do meio do
com a carga definida na especificação do cabo. Caso vão onde a corrente circulou, devem ser inspecionados
não seja especificado o valor da carga, adotar 2% da visualmente, em seus elementos constituintes, para
RMC (resistência mecânica calculada). verificar a possível ocorrência de danos.

5.3.10 Registrar os valores dos sinais ópticos nos dois 6 Resultados


medidores de potência. A diferença entre os dois valores
constitui-se no nível de referência. 6.1 Relatório de ensaio

5.3.11 Ligar o corpo-de-prova à fonte de corrente de curto-


Os resultados obtidos devem ser apresentados em um
circuito, através dos conectores. relatório contendo no mínimo as seguintes informações:

a) título do ensaio;
5.4 Procedimentos
b) dados:
5.4.1 A seqüência do ensaio é mostrada no anexo B e
descrita em 5.4.2 a 5.4.11. - data do ensaio;

5.4.2 Caso não especificado diferentemente, o compri- - características específicas do cabo OPGW;
mento de onda nominal da fonte de luz deve ser de
1 310 nm para fibras multimodo e de 1550 nm para fi- - comprimento do corpo-de-prova;
bras monomodo.
- carga de tração aplicada;
5.4.3 Monitorar a saída dos medidores de potência óptica,
desde 1 h antes do início do ensaio até 2 h após a apli- - equipamentos utilizados para o ensaio, incluindo
cação do último pulso de corrente. número patrimonial ou de série, tipo, modelo e
validade da calibração;
5.4.4 Durante o ensaio, qualquer variação dos sinais
ópticos em relação ao nível de referência indica a va- - atenuações ópticas registradas;
riação da atenuação da fibra.
- identificação e qualificação do corpo técnico.
5.4.5 A fim de se obter uma temperatura inicial na superfície
externa do cabo entre 50°C a 55°C, pode-se aplicar um 6.2 Esquema
pulso de corrente, com um valor e por um intervalo de
6.2.1 Anexar ao relatório de ensaio desenho esquemático
tempo inferiores ao estabelecido para a corrente de curto-
contendo a disposição do corpo-de-prova na posição de
circuito, ou utilizar-se de outro método tecnicamente
ensaio, detalhando todos os equipamentos ópticos, tér-
adequado.
micos, elétricos e mecânicos utilizados.
5.4.6 Caso não especificado, aplicar dez pulsos de cor-
6.2.2 Anexar desenho em corte do cabo, indicando os
rente, com assimetria plena e com intervalo entre eles
pontos de instalação dos sensores térmicos.
necessário para que a temperatura na superfície externa
do cabo retorne à faixa de 50oC a 55oC. 6.3 Tabelas e gráficos

5.4.7 No caso de aplicação de pulsos de corrente que Anexar ao relatório de ensaio tabelas e/ou gráficos con-
simulem o sistema de religamento da linha, o intervalo tendo os resultados obtidos em todos os passos definidos
de tempo entre eles não deve estar vinculado à faixa de pelo procedimento de ensaio, tais como correntes apli-
temperatura, mencionada em 5.4.6, e sim aos próprios cadas com seus respectivos valores de pico e eficaz, suas
tempos do sistema de religamento. durações, temperaturas do cabo (inclusive tempos de
aquecimento e resfriamento) e atenuações ópticas.
5.4.8 Registrar a atenuação óptica das fibras, medida
conforme a NBR 13520, através do medidor de potência 6.4 Considerações finais
óptica, pelo menos 2 min antes e até 5 min após cada
pulso de corrente. Apresentar uma comparação dos resultados obtidos com
os valores definidos na especificação, bem como comen-
5.4.9 O valor da corrente e a duração das aplicações tários relativos ao tipo e local de falha e/ou outras ocor-
devem ser conforme a especificação do cabo. rências relevantes.

/ANEXO A
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4
Anexo A (informativo)
Esquema de montagem para o ensaio de curto-circuito

Legenda:
1 Suporte isolante
2 Dinamômetro
3 Esticador
4 Conector
5 Termopares

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6 Dispositivo de ancoragem passante
7 Fibras ópticas

NOTAS
1 Icc - Corrente de curto-circuito.
2 O número de sensores térmicos depende da configuração geométrica do cabo.
3 Desenho sem escala.

/ANEXO B
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Anexo B (informativo)
Fluxograma para o ensaio de curto-circuito

Início

Preparar o corpo-de-prova

Montagem dos
Montagem do
equipamentos Instalar os termopares circuito elétrico
ópticos

Instalar os acessórios (grampos,


conectores, esticador,
dinamômetro)

Fixar os cabos com os acessórios


nos suportes isolantes

MONTAGEM
Preparar as emendas das fibras
ópticas

Imobilizar a unidade óptica nas


extremidades do cabo

Acoplar a fonte de corrente e o


cabo com os acessórios

Fazer ligação entre as fibras e os


equipamentos ópticos

Tracionar o cabo

Monitorar os medidores de potência


óptica

/continua
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/continuação

Preaquecer o cabo para que sua


superfície externa esteja entre
50°C e 55°C

Aplicar os pulsos de corrente com


medição/registros dos parâmetros
elétricos, ópticos e térmicos

ENSAIO
São
excedidos os
S
parâmetros estabelecidos de
atenuação óptica e de
temperatura?

Retirar três segmentos do


corpo-de-prova, após resfriamento
natural

Examinar os três segmentos


retirados

Fim

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