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A invenção das mulheres: construindo um
sentido africano para os discursos ocidentais
de gênero | Oyèrónke Oyëwümí Buscar
11 de junho de 2022
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Oyèrónkẹ´ Oyěwùmí | Imagem: Facebook

A obra “A invenção das mulheres – Construindo um sentido africano para os discursos


ocidentais de gênero” foi publicada no Brasil pela Editora Bazar do Tempo no primeiro
semestre de 2021. Tal publicação é derivada de seu original em inglês “The Invention of Women:
Making an African Sense of Western Gender Discourse” (1997) sob autoria da professora e
socióloga nigeriana de origem iorubá, Oyèrónkẹ´ Oyěwùmí. A autora busca compreender a
maneira pela qual o gênero foi construído na sociedade iorubá, levando em consideração toda a
interferência ocidental nas produções de conhecimento africanas sob histórico de dominação
europeia naquele continente, investigando principalmente o contexto da pré-colonização na
iorubalândia.

Um dos apontamentos da autora em relação aos Estudos Africanos foi a de que diversos
esquemas, teorias e conhecimentos acadêmicos de origem ocidental foram apropriados e
utilizados como maneira de compreender o continente africano. Tais compreensões foram
comumente impostas pelo domínio estrangeiro (nos processos colonizatórios e trá cos
escravagistas do atlântico, por exemplo) às sociedades africanas.

Assim, Oyěwùmí entende que é necessário uma revisão da utilização e aplicabilidade de tais
estudos por não se adequarem e/ou distorcerem os contextos e singularidades daquele
continente. O livro, resultado da tese de doutorado em Sociologia de Oyěwùmí pela
Universidade de Berkeley, não só procura documentar a maneira como o gênero foi construído
na iorubalândia, mas como “o corpo humano não precisa ser constituído como genere cado ou
ser percebido como evidência para a classi cação social em todos os tempos” (Oyèrónkẹ´
OYĚWÙMÍ, 2021, p. 19). A autora em diferentes capítulos procura expor que, no período no
período anterior ao contato europeu, as distinções corporais na cultura iorubá eram
super ciais e não objetivavam propor hierarquias sociais, como é de praxe no Ocidente.
Posts recentes
Tal obra está dividida em cinco partes, no primeiro capítulo “Visualizando o corpo: teorias
ocidentais e sujeitos africanos”, Oyěwùmí está preocupada em analisar como o pensamento Politização do tempo: temporalização dos
ocidental está centrado na biologização dentro de uma ordem social. Ela também demonstra as discursos políticos no processo de
implicações da aceitação acadêmica acrítica em relação às pesquisas de sociedades africanas e Independência …
as incoerências nas transferências de categorias para lógicas culturais distintas. No segundo 21 de julho de 2023
capítulo, “(Re)constituindo a cosmologia e as instituições socioculturais Oyó-Iorubás”, a autora
Modelagem de
introduz as características e as concepções em relação ao mundo iorubá sob ótica do
pensamento próprio desta sociedade. No terceiro capítulo, “Fazendo história, criando gênero: a conhecimento no ensino e
na aprendizagem do
invenção de homens e reis na escrita das tradições orais de Oyó”, ela aborda os processos de
invenção de tradições generi cadas no contexto africano mediadas por um saber europeu. Em pensamento criativo
14 de julho de 2023
“Colonizando corpos e mentes: gênero e colonialismo”, quarto capítulo do livro, Oyěwùmí parte
para a análise do processo multifacetado da colonização e em como este determinou a
Modelagem de
institucionalização das categorias de gênero. Por m, no último capítulo intitulado “A tradução
conhecimento no ensino e
das culturas: generi cando a linguagem, a oralitura e a cosmopercepção iorubás”, a autora
na aprendizagem do
explora o impacto de traduções da língua inglesa sobre os valores culturais iorubás.
pensamento crítico
Preocupada em não generalizar o estudo para todo o continente africano, Oyěwùmí frisa que 14 de julho de 2023
sua pesquisa está centrada na cultura Oyo-Iorubá e que as características levantadas por ela
Aprendizado Inteligente: Transformando a
estão datadas em um período anterior às mudanças ocasionadas pelo período colonial.1 A
prática pedagógica com Inteligência
intenção inicial da autora era a de estudar a sociedade iorubá atual, mas conforme avançava,
Arti cial &#…
percebeu que muitas teorias e estudos empreendidos no meio universitário não davam conta
14 de julho de 2023
do contexto da localidade, uma vez que a maioria destes eram frutos de re exões
europeias/norte atlânticas sobre a cultura da região. “Plágio e uso de
Inteligência Arti cial na
A pesquisadora identi cou que a categoria “mulher”, comum dentro dos estudos feministas e de prova da Olimpíada
gênero, nem sempre esteve presente no mundo iorubá, mas foi introduzida a partir do contato Nacional de História …
daquela população com os ocidentais. Oyěwùmí enfatiza que a biologização dos corpos e a 23 de junho de 2023
determinação social ligada a este, comum ao Ocidente, não possuía o mesmo efeito para a
iorubalândia e por isso, esta não teria sido uma sociedade em que as frequentes distinções Avaliando conhecimentos
binárias do Ocidente se aplicaram, pois ali um outro sentido de organização social esteve funcionais
presente. A binarização, conforme a autora, deu-se a partir da colonização com o processo de 20 de junho de 2023
interiorização das anafêmeas que foram paulatinamente inferiorizadas e excluídas dentro
daquela sociedade.2 É possível identi car dois eixos principais que orientam a obra, o primeiro
diz respeito à contestação do gênero como primordial para a organização social do mundo
iorubá e um segundo envolve a crítica em relação às compreensões euro-americanas do Livro didático de História
feminismo aplicadas não somente para o estudo da comunidade, como também de uma África e Inteligência Arti cial
total. Oyěwùmí salienta que na sociedade iorubá, antes do século XIX, o caráter físico masculino 18 de junho de 2023
e feminino não se constituíam como categorias sociais. A maneira com que as relações se
estabeleciam eram por meio do que a autora denomina como senioridade e esta estava baseada
na idade cronológica, por isso, até mesmo graus de parentesco na língua não detinham as
especi cidades de gênero – como o caso de “tias”, “tios”, “primas” e “primos”.3 Se as Alinhando itens do plano
características de gênero que comumente estão expressas em diferentes idiomas europeus não de curso
apareciam na língua iorubá, é esta última a ser utilizada pela autora para identi car o elemento 16 de junho de 2023
fundante de investigação das ordens sociais na iorubalândia. A uência de Oyěwùmí sobre a
língua inglesa e a língua iorubá, permitiram uma análise sobre as distinções de gênero, ou
melhor, a constatação de uma inexistência de atribuições sexuais dentro dos vocábulos iorubás,
Lógicas e métodos – Das
como Ọmọ – comumente entendida como prole e não lha ou lho – e àbúrò – usado tanto
Filoso as às Teorias da
para meninas quanto para meninos que nasceram depois de um primogênito (OYĚWÙMÍ, 2021,
História
p. 81).
15 de junho de 2023
Se nas sociedades ocidentais a distinção do gênero no vocabulário é entendida como tão
relevante, no caso iorubá a organização linguística e social se deu pela diferenciação etária. Nas
Critérios lógicos e
relações sociais, as pessoas se distinguiam pela utilização de pronomes que marcavam
diferenças entre uma pessoa mais idosa e uma outra mais jovem, por isso tem-se a utilização do retóricos para avaliação de
pronome wóṇ para se referir a uma pessoa de mais idade, sem distinção entre uma mulher ou resenhas acadêmicas
15 de junho de 2023
um homem. A questão etária detinha tamanha importância que no âmbito familiar, por exemplo,
os primogênitos possuíam uma relação hierárquica superior aos mais novos – estes inclusive,
poderiam assumir atividades divinadoras-sacerdotisas por conta de sua ordem do nascimento
Sequência didática e plano
(OYĚWÙMÍ, 2021, p.
de aula
129). Em relação ao matrimônio, os que recém chegavam às famílias, como as noras e os genros, 11 de junho de 2023
estavam automaticamente em um posto mais baixo e por isso tal hierarquia estava sempre em
uma perspectiva relacional. Conforme a autora, o sistema de senioridade foi deslocado da
iorubalândia a partir da introdução do sistema europeu de hierarquia sexual em que as
Livro didático: de nições
mulheres foram postas como inferiores e subordinadas aos homens daquela sociedade.
11 de junho de 2023
É necessário destacar uma clara contribuição de Oyěwùmí em seu trabalho envolvendo a crítica
de universalidades das dinâmicas culturais e sociais. Muitas produções envolvendo o mundo
africano não levavam em consideração as especi cidades de cada região, tornando muitas
pesquisas como um amontoado de teorias ocidentais aplicadas em contextos totalmente
10 ways to use Chat GPT
díspares. A autora consegue demonstrar que aplicar compreensões ocidentais de gênero em
in High school e and
uma sociedade iorubá, movida pelo sistema de senioridade, não é nada proveitoso – bem como
College – Glove Academia
generalizar tal sistema como sendo próprio de toda uma África pré-colonial, é negligenciar a
9 de junho de 2023
amplitude cultural do continente. Uma das observações de Oyěwùmí é que se ela partisse da
abordagem de pesquisa com o pressuposto da mulher como categoria social, isso a impediria de
fazer certos questionamentos sobre a sociedade iorubá, pois as perguntas já carregariam
The art of asking Chat
conceitos ocidentalizados pré-estabelecidos. Temse aí a necessidade de desenvolver
GPT for high-quality
questionamentos de pesquisa que partam das evidências particulares dessas sociedades e por
answers: a complete guide
isso “não se trata de quais perguntas são feitas, mas de quem as faz e por que as faz.”
to prompt enginnerin…
(OYĚWÙMÍ, 2021, p. 258) Ainda que a pesquisadora tenha contribuído de forma signi cativa
7 de junho de 2023
para os estudos de gênero e estudos africanos, diferentes críticas sobre seu trabalho foram
elencadas ao longo dos anos posteriores à publicação inglesa. Wanderson Nascimento, tradutor
O emprego e ciente do
da edição brasileira da obra, preocupado em apontar as potencialidades losó cas do trabalho
Chat GPT
de Oyěwùmí, menciona que a antropóloga e pesquisadora argentina Rita Segato, ao estudar o
7 de junho de 2023
gênero na tradição iorubá dentro de uma dimensão religiosa, percebeu que os estudos da
autora nigeriana não ofertavam evidências para as descrições de seres sem gênero e sem
características humanas no que concerne as divindades. Segato (2003) pensa que é necessário
investigar não só a língua e as instituições que são comumente abordadas por Oyěwùmí, mas
também as projeções e as manutenções dos sistemas de crenças na iorubalândia. Além disso, a
autora critica a falta de fontes etnográ cas, um problema envolvendo a dimensão biológica do
dimor smo na mitologia iorubá apontado por Oyěwùmí e uma exclusividade das anafêmeas na
execução do papel de aya dentro de linhagens familiares que teria passado despercebido pela
autora.

Bibi Bakare-Yusuf (2003), pesquisadora nigeriana, assim como Oyěwùmí, defende que o
feminismo ocidental foi responsável por impor experiências e estruturas para sociedades não
ocidentais. O patriarcado, por exemplo, ignoraria toda a organização de mulheres e
desconsideraria toda a autoridade feminina nos mais diferentes âmbitos de sociedades pré-
coloniais. Todavia, Bakare-Yusuf também criticou Oyěwùmí no que concerne a língua em sua
relação com o processo de signi cação e principalmente a compreensão desta última em
relação às dinâmicas de poder, pois para Bakare-Yusuf, a senioridade não era a única relação de
poder em funcionamento nas hierarquias iorubás.

Seria a linguagem, um demonstrativo el da realidade social na iorubalândia? De qualquer


modo, “A invenção das mulheres” é uma leitura instigante de uma autora nigeriana sobre sua
região de origem na África, produzida em uma conjuntura que comumente se desconsiderava
produções e teorizações próprias do continente. Não há dúvidas de que a obra de Oyèrónkẹ´
Oyěwùmí propicia importantes debates e re exões acerca das consequências do colonialismo
que não só afetaram diversas instâncias políticas e econômicas, como as de cunho social e
cultural também. A autora, destaque na sociologia africana contemporânea e nos estudos de
gênero, propõe importantes re exões sobre os impactos dos processos modernos impostos
pela colonialidade, como a genere cação e a racialização constitutivas de hierarquias sociais.
Dessa forma, Oyěwùmí consegue com êxito discutir análises especí cas sobre sua comunidade,
distanciando-se de argumentações ocidentais e discutindo a subordinação das mulheres a
partir do contato destes povos com europeus em uma comunidade que até então não detinha
um sistema de gênero institucionalizado.

Notas

1 Oyěwùmí menciona que culturas africanas foram desprezadas de diversas maneiras e uma
delas, é o que aautora denomina por teoria amalgamada da África – responsável por
homogeneizar de maneiradesenfreada diferentes sociedades do continente.

2 A autora pontua que não há vocábulo para homem e mulher na língua iorubá, mas há os
termos “obìnrin”e “ọkùnrin” que não são binariamente contrários, somente expressam uma
variação anatômica. Por umaquestão de adequação e tradução, Oyěwùmí optou pela utilização
dos termos “anafêmeas” e”anamachos”.

3 A autora compreende a senioridade a partir da maioridade como eixo articulador da


hierarquia social.

Referências

BAKARE-YUSUF, Bibi. ‘Yorubas don’t do gender’: a critical review of OyeronkeOyewumi’s The


Invention of Women: Making an African Sense of Western Gender Discourses. In: VVAA. African
Gender Scholarship: Concepts, Methodologies andParadigms. CODESRIA Gender Series. Dakar:
CODESRIA, 2004, p. 61-81.

NASCIMENTO, Wanderson Flor do. Oyèrónkẹ ́ Oyěwùmí: potências losó cas de umare exão.
Problemata – Revista Internacional de Filoso a, v. 10, p. 8-28, 2019.

OYĚWÙMÍ, Oyèrónkẹ ́. A invenção das mulheres: construindo um sentido africano paraos


discursos ocidentais de gênero. tradução wanderson or do nascimento. – 1. ed. – Riode
Janeiro: Bazar do Tempo, 2021.

SEGATO, Rita. Género, política e hibridismo en la transnacionalización de la culturaYoruba.

Estudos Afro-Asiáticos, Ano 25, no 2, 2003, p. 333-363.

Resenhista

Nathan Lermen –  Mestrando em História Global pelo Programa de Pós-Graduação em História


(PPGH) da UniversidadeFederal de Santa Catarina (UFSC). E-Mail: lermen.nathan@gmail.com

Referências desta resenha

OYĚWÙMÍ, Oyèrónkẹ ́. A invenção das mulheres: construindo um sentido africano paraos


discursos ocidentais de gênero. tradução wanderson or do nascimento. – 1. ed. – Riode
Janeiro: Bazar do Tempo, 2021. Resenha de: LERMEN, Nathan. Oyèrónke’ oyëmí e a construção
do gênero na uorubalândia. Fênix – Revista de História e Estudos Culturais. Uberlândia, v.19, n.1,
Janeiro / Junho de 2022. Acessar publicação original.

Tags: A invenção das mulheres: construindo um sentido africano para os discursos ocidentais
de gênero (T), África -, Bazar do Tempo (E), Discursos Sobre Gênero, Fênix (Fnr), LERMEN
Nathan (Res), Mulheres, NASCIMENTO Wanderson Flor do (Trad), Ocidente, OYĚWÙMÍ
Oyèrónkẹ ́ (Aut)

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