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ROBERTO CARLOS

"Esta é a nossa canção"


por Ayrton Mugnaini Jr.

Última atualização: 9 de março de 1999

Prefácio
"Que bom se esta música não terminasse jamais"

Agradecimentos
“Uma palavra amiga”

Análise
"Eu sou um analista urbano”

Discografia
"Eu quero apenas cantar meu canto"

Filmografia
"O beijo que eu dei nela dentro do cinema"

Composições
"As canções que você fez para mim"

Discos-tributo
“Como as ondas voltam para o mar”
Regravações
"Uma força me leva a cantar"

Músicas gravadas no exterior


“Onde você estiver, não se esqueça de mim”

Cronologia
"Velhos tempos, velhos dias"

Bibliografia
“Resumo do riso e da dor”

Sobre o autor
"Eu sou terrível"

Prefácio
"Que bom se esta música não terminasse jamais"

Quando terminei a primeira edição deste livro, lançada pela Nova Sampa em
1995, estava acabando de ser lançada a versão do grupo mineiro de reggae
Skank para "É Proibido Fumar". E a primeira impressão foi muito boa, quase
chegou a ser a versão definitiva pela qual a música esperou todos esses anos.

Pois é, a Jovem Guarda está para completar 35 anos agora no ano 2000, a
carreira de Roberto passou dos quarenta e o melhor de sua obra permanece
sempre atual. Não importa que, para citar dois exemplos, o RPM e (perdão,
leitores) Xuxa tenham vendido mais discos que ele; o RPM, infelizmente, não
teve estrutura para segurar o megasucesso e sumiu, ao passo que, como bem
diz Mauricio Kubrusly, quem vende discos é a Globo e não a Xuxa. E
Roberto, que começou bem antes do RPM ou da Xuxa, vai bem, obrigado.

Desde 1972 anos eu vinha pesquisando sobre a obra de Roberto Carlos,


esperando o dia de escrever algum trabalho mais alentado sobre ele, até que a
editora Nova Sampa me desse tal honra e prazer, agora renovado e ampliado
pela BMGV. Quem me conhece já sabe que prefiro escrever sobre um aspecto
que poucos lembram, a obra do artista, sem tietagem e deixando fofocas
pessoais e sensacionalismo à competência (ou à imaginação) de outros. E, em
pleno 1993/94, percebi que já estava mais do que na hora de um livro assim ao
ler certas notícias em grandes jornais. Uma delas fala de quando se cogitou da
participação de Roberto no (ótimo) Songbook de Dorival Caymmi da editora
Lumiar, comentando que "Roberto gravando Caymmi é inédito" — só que
Roberto havia gravado "Acalanto" em 1972. Noutra, um tristemente famoso
jornalista da "rancour press" paulistana comenta que Gal Costa cantou num de
seus shows "Meu Nome é Gal", composição "de Caetano" — na verdade, de
Roberto e Erasmo. E outro repórter, mais bem-intencionado, comenta que
Roberto regravou, com final da letra mudado, "Custe o Que Custar", "sucesso
do Festival de San Remo de 1968" — mas esta música não concorreu no
festival, apenas foi incluída numa coletânea chamada San Remo 1968.

Como se vê, estava mais que na hora de alguém pesquisar e escrever um livro
sobre a obra de Roberto, e, já que ninguém escreveu, escrevi eu mesmo.
Minha tarefa foi uma das mais árduas, mas também das mais divertidas,
embora, obviamente, eu não tenha pretensões de dizer tudo sobre a obra de
Roberto em tão pouco espaço (apesar de agora estar livre dos limites da folha
de papel). A primeira edição deste livro foi bem recebida, e espero que esta
nova edição, totalmente revista, atualizada e bastante aumentada, esteja ainda
melhor.

E permitam-me ainda dedicar este livro à garota (por onde andará?) que lá por
1966-7 "me deixou a chorar" ao dizer que minha calça Cabriolet não era
legítima.

A. M. Jr.
dezembro de 1994/março de 1999

Agradecimentos
“Uma palavra amiga”

Agradeço a um milhão de amigos de fé, irmãos e camaradas:

Verter, Adriana, Tomás, Júnia e Patrícia da Sony Music; Isabel Levy;


Amarilis Gibeli; Aristeu Alves dos Reis; Claudette Soares; Carlos Alberto
Lopes “Sossego”; João Marcello Bôscoli; The Fevers; Jurandi (Jet Black’s);
Bogô; Pandinha; Albert e Meire Pavão; Prini Lorez; Assis Ângelo; José
Ramos Tinhorão; Marcelo Fróes & International Magazine; Edson Paes &
Música do Brasil; Lúcia “amiga da Claudinha e do Aristeu”; Amaury Caetano
Barbosa; René Ferri; Cláudio Foá; Valdir Angeli; Luiz Tonus; Paulo
Cavalcanti; Toninho Spessoto; Mateus Filho; Fabian Chacur; Arley Pereira;
Jefferson F. de Paula; Valdimir D'Angelo; Valter de Silva; Dilson Osugi;
Tereza Mater (née Tereza Cida); Benê Alves; R. E. V. (“ah, meu querido, por
enquanto nada”); Jan Kjeld; Fernanda Couto; Graziela Sanchez; Claudinha
Bertoni; Enio Vuono; Matias José Ribeiro; Roberto Pol; Cal Moreira; Língua
de Trapo; Dilza Mugnaini; Cynthia & Luc Quoniam; Magaly do Prado; Vera
Mendes; Ivete Monzillo; Carlos Garcia (saludos!); Neno Quaife; Rob Kopp
and all at the KPS; Charlotte et tous les disquaires de Marseille.

Lojas Eric, Bruno, Ventania, Golden Hits (hoje Museu do CD), Júpiter, Cilo,
Babilônia, Nuvem Nove, Stardust, Waterloo, Sweet Jane, Nuvem 50, Sebo
São João.

Radio Gazeta e Márcio, Celso, Maurício, Conceição e Jefferson Alexandre;


FMs USP, Brasil 2000, Musical e 97; Americansat.

União Brasileira dos Escritores; Banco de Dados da Folha de S. Paulo; Clube


Internacional da Música.

Análise
"Eu sou um analista urbano”

Cachoeiro, vivo só pensando em ti

Roberto Carlos talvez seja o mais ilustre de tantos filhos ilustres de Cachoeiro
do Itapemirim, e interessante é que ele mesmo homenageou alguns e foi
homenageado por outros. Senão, vejamos: Nara Leão (1942/1989) gravou
várias de suas músicas, chegando nos anos 70 a todo um LP-tributo, ...E Que
Tudo Mais Vá Pro Inferno; Raul Sampaio (nasc. 1928) é o autor da música
"Meu Pequeno Cachoeiro", sucesso na voz de Roberto; seu sobrinho Sérgio
Sampaio (1947/1994), ao que consta, compôs "Meu Pobre Blues" em
homenagem a Roberto; Carlos Imperial (1935/1992) foi um de seus
descobridores e primeiro empresário; e até que "Vou Ficar Nu para Chamar
Sua Atenção", "Eu Sou Fã Do Monoquini" e outras de Roberto e Erasmo têm
um pouquinho do espírito atrevido, moleque e espontâneo de outra
conterrânea, a nudista e bailarina Luz Del Fuego (1917/1967).

"Roberto é como um gato, ele esconde a idade", disse seu contemporâneo


Prini Lopez a este que vos escreve em 1990. E pude comprovar isso quatro
anos depois, na entrevista coletiva da ocasião do lançamento de seu disco de
1994: à parte algumas rugas e cabelos grisalhos, ele está muito bem — e seu
repertório cada vez mais plácido o faz parecer, como ele mesmo cantou, "um
moço velho", no melhor sentido. Tal como Roy Orbison (1936/1988), mesmo
suas interpretações mais frenéticas têm uma melancolia e dolência intrínsecas,
ao contrário de seu irmão musical Erasmo Carlos, que conservou o espírito de
roqueiro.

O que me traz à primeira de algumas definições que li alhures (e aqui


transcreverei) sobre Roberto Carlos, cada uma valendo por livros inteiros e
acima de opiniões pessoais sobre ele. Esta é da Nova História da MPB da
Editora Abril: "Roberto, voz pequena e de timbre agradável, romântico e
conservador, tem seu público fiel e amplo sobretudo na nova classe média que
o elegeu seu seresteiro." Mesmo sem o vozeirão de Silvio Caldas ou outros
seresteiros à moda antiga, Roberto é, penso eu, um bom cantor popular.
Afinal, ele sabe definir uma linha melódica, e seu timbre, embora nasal, está
um tanto longe da taquara rachada de boa parte de seus imitadores. Em 1991,
na ocasião de seu 50º aniversário, Nelson Motta, um de seus grandes fãs (e
que até chegou a cantar uma de suas músicas em trilha de novela), pediu-lhe
"um presente, para ele, para nós, para a beleza e para a história... um inadiável
e internacional Roberto Carlos Canta Antonio Carlos Jobim, o que faz
maravilhosamente bem." É pena que Mr. Jobim (1927/1994) já não possa
ouvir ou abrilhantar tal projeto (e é ainda mais lamentável que as
interpretações de Roberto para "Ligia", "Ana Luiza" e "Ângela" tenham ficado
de fora de seu disco ao vivo), mas, certamente, Roberto faria mais justiça a
suas melodias que, digamos, João Gilberto ou o próprio Tom como cantores,
cujas respectivas genialidades estão no violão e na composição & piano.
(Inclusive, “Fora Do Tom”, lado-B do primeiro disco de Roberto, cita “Se
Todas Fossem Iguais A Você” de Jobim e Vinicius; os curiosos por ouvir
Roberto cantando Jobim em disco tiveram de esperar até 1997, quando ele
gravou “Insensatez” em espanhol.)

E mesmo os fãs de Roberto que preferem seu repertório dos anos 62/71, talvez
sua Década de Ouro, costumam ressalvar que o Roberto Carlos cantor está
cada vez melhor. Pessoalmente, eu prefiro suas gravações de 1966 a 71, com
arranjos cheios de naipes de flautas (impossível não lembrar de Mr. Jobim),
contrabaixo e bateria balançadíssimos ou teclados barrocos, tudo isso a
serviço de composições bastante elaboradas, que chegavam a ter até quatro
partes. Se a maior crítica a Roberto pós-1971 tem sido a de seu repertório
primar pela repetição, isso me recorda outra definição lapidar sobre Roberto,
do jornalista Paulo Santos, na contracapa do disco onde Roberto narra a peça
erudita infantil Pedro e O Lobo, já em 1970: “Roberto Carlos é uma pessoa
que procura sempre a perfeição no que faz, mesmo que, por vezes, à custa de
repetições que poderiam ser cansativas para outros, mas não para ele.” Aqui se
emprega o termo “repetição” em outro sentido, de refazer uma tarefa até ela
sair perfeita, mas ele pode ser empregado também a boa parte da obra de
Roberto, que aos não fãs soa “sempre igual”. Na pior das hipóteses, Roberto
está na boa companhia de Chuck Berry, Martinho da Vila, B. B. King, James
Brown (além da introdução imutável de quase todas as gravações do grupo
vocal The Ink Spots) e outros artistas notórios tanto por serem importantes
quanto repetitivos — e que transformaram repetição em estilo, quem não é fã
acha tudo igual mesmo.

Formas simples pra falar de amor

Se a "época dourada" de Roberto foi a já mencionada década de 1962-71,


minha opinião (e também de outros) inclui várias gravações fora desse período
entre seus melhores momentos. Para mim, restringir a importância e qualidade
de Roberto à Jovem Guarda é semelhante a afirmar que os Rolling Stones só
valiam alguma coisa enquanto tinham Brian Jones, que John Lennon ou Paul
McCartney nada fizeram de bom após os Beatles, ou que Elvis só prestou
antes de ir para o exército... Tais restrições de tempo são igualmente restritivas
a uma apreciação musical mais isenta e cuidadosa. Você gostaria de ver os
Beatles naqueles terninhos de Pierre Cardin a vida inteira, décadas a fio? Já
não basta Angus Young, do AC/DC, há quase trinta anos pulando com sua
guitarra e aquele calção de colegial? Pois bem, Roberto Carlos fez a coisa
certa, libertando-se da Jovem Guarda para criar o estilo Roberto Carlos, indo
além da mistura característica daquele movimento de rock and roll, pop
europeu, samba e pronomes desconfortavelmente instalados (e que o
sutilmente autocrítico Roberto acabaria gozando em "Detalhes": "duvido que
ele tenha tanto amor/e até os erros do meu português ruim").

Ouvindo todos os discos de Roberto hoje em dia, nota-se uma evolução


natural de disco para disco; ele não "virou" roqueiro ou cantor romântico de
uma hora para outra, embora assim possa parecer. Por exemplo, seu segundo
LP ainda tem um pouquinho da bossa-nova do primeiro, e até 1966 ele ainda
gravaria versões do high-school rock. O Roberto lento, romântico e
introspectivo já está presente em O Inimitável Roberto Carlos, de 1968. Seu
costume de compor para determinados tipos femininos (“Mulher De
Quarenta”, “Coisa Bonita” – para as gordinhas – , “O Charme Dos Seus
Óculos”, “Mulher Pequena”) não se iniciou nos anos 90, bastando lembrarmos
“Minha Senhora” (de 1970, para as mulheres mais velhas), “Você É Linda”
(homenagem de 1972 às gestantes), “A Atriz” ou mesmo “Mexerico Da
Candinha” (sucesso de 1965 sobre as fofoqueiras). E quem critica Roberto
como "cantor de motéis" vai gostar de lembrar da malícia mais leve e sutil de
"É Meu, É Meu, É Meu" (1968) ou de "Eu Sou Fã Do Monoquini" (veja só,
uma ode ao topless em 1964! Isto, guardadas as devidas proporções, é uma
proeza comparável ao "beijo puro na catedral do amor" que Sinhô cantava em
"Jura", de 1928).

Resumir a Jovem Guarda a rock and roll, samba e pop europeu é apenas parte
da verdade. O que é novo vem do sempre novo, ou seja, das raízes; sem medo
de parecer agricultor, digo que Roberto Carlos encontrou seu verdadeiro estilo
ao deixar de ser o mero seguidor de gêneros em voga como a bossa nova, o
bolero e o rock and roll de Louco Por Você, assumindo influência de seus
verdadeiros heróis, por mais fora de moda que parecessem — afinal, o melhor
pop, rock ou não, é atemporal. E nisto Roberto se compara a Elvis Presley
(1935/1977). Elvis formou seu estilo ouvindo blues, country, gospel e cantores
românticos como Dean Martin, e seu repertório tinha de tudo: canções
napolitanas ("O Sole Mio", tornada "It's Now Or Never"), folclore alemão
("Muss I Denn", ou seja, "Wooden Heart"), bossa nova ("Almost In Love"),
música cubana ("No More", ou melhor, "La Paloma"), trechos de música
erudita ("Can't Help Falling In Love"), jazz dixieland ("Hard Headed
Woman")... Isto, aliado ao panamericanismo dos anos 40-50 (a já famosa
"política de boa vizinhança" com que os todo-poderosos EUA recolhiam e
reciclavam cultura de todo o mundo no pós-guerra, tendo descoberto ser mais
bonito e eficaz conquistar pelas idéias que pelas armas), mostra que o
repertório de Roberto Carlos só poderia ser uma salada das mais diversas e
interessantes. Ontem como hoje, ele canta música portuguesa ("Coimbra",
"Nem Às Paredes Confesso"), italiana ("Canzone Per Te", "Você Como
Vai?"), "latinidad" ("Amapola", "Solamente Una Vez"), influências sertanejas
("O Caminhoneiro"). Não faltam toques de música erudita, desde o hilariante
enxerto do "Pas de Deux" da Suíte-Quebra Nozes de Tchaikovski na
introdução de "Baby Meu Bem" ao belo arranjo barroco de "E Por Isso Estou
Aqui".

Roberto Carlos nunca escondeu sua admiração por Tony Bennett (nasc. 1926,
"o maior cantor do mundo"), o caubói-cantor brasileiro Bob Nelson (nasc.
1918, com hits como "O Boi Barnabé" e "Eu Tiro Leite" e homenageado por
Roberto e Erasmo em "A Lenda De Bob Nelson"), Cauby Peixoto (nasc. 1935,
"o maior cantor do Brasil"), Tito Madi (nasc. 1929, um dos reis do samba-
canção) e tantos outros, além dos Beatles, Elvis e João Gilberto. Daí não
surpreender que muitas das gravações mais cruciais de Roberto e da chamada
Jovem Guarda ("Quero Que Vá Tudo Pro Inferno", "Como É Bom Saber",
"Escreva Uma Carta, Meu Amor") tenham harmonias e instrumentação de
rock mas marcação e pulsação de samba — com resultados semelhantes aos
que, por exemplo, o grupo americano The Byrds chegaria, um pouquinho mais
tarde, ao mesclar o rock à batida da bossa nova em gravações como "Turn!
Turn! Turn!" (não é à toa que um dos raros acertos do pesquisador e
sensacionalista Albert Goldman foi dizer que Tom Jobim foi o único artista de
influência mundial comparável a John Lennon nos anos 60). É a minha velha e
boa "teoria do pingue-pongue", com todos os países trocando influências
musicais entre si. Por exemplo, o Swinging Blue Jeans, grupo inglês
contemporâneo dos Beatles, fez um arranjo para "Ol' Man Mose" de Louis
Armstrong, e esse arranjo virou sucesso de Roberto Carlos na versão "História
De Um Homem Mau".

O estilo de Roberto é bastante eclético, englobando pop, música latina, samba,


valsa, além de, com o tempo, sua temática amorosa evoluir com relação aos
flertes juvenis de "Parei Na Contramão", "Ar De Moço Bom" ou "Parei...
Olhei" e aos boleros e chá-chá-chás pretensamente adultos de Louco Por
Você. Tendo gravado sambas próprios ou de outros ("Amélia", "Nêga")
Roberto poderia ter sido "rei" do rock-samba — ou continuador da tradição do
fox brasileiro à moda de Custódio Mesquita (1910/1945), com "Música
Suave", "Emoções" e outras.

Um homem que ainda crê no amor

Roberto não tinha o ar de garotão petulante de Erasmo Carlos, não era bonitão
como Wanderley Cardoso, e faltava-lhe o vozeirão de Jerry Adriani. Mas
Roberto atravessou os anos melhor que eles, soube se cuidar melhor artística,
pessoal e financeiramente. Muitos, aparentemente, não o perdoam por ter
saído da pobreza e se tornar dono de várias empresas; afinal, já dizia Tom
Jobim, fazer sucesso no Brasil é ofensa pessoal. O que não falta são invejosos
do garoto de Cachoeiro que lutou na vida e acumulou discos de ouro, platina e
diamante que, ao que consta, se colocados lado a lado dariam uma volta no
Estádio do Maracanã.

Caetano Veloso, fã de Roberto desde que mana Bethânia lhe chamou a


atenção para a Jovem Guarda lá em 1966/7, sempre o cobriu de elogios que
culminam com a frase "Roberto Carlos é o inconsciente coletivo brasileiro".
De fato, várias músicas, frases e aspectos interpretativos de Roberto já
viraram, há muito tempo, pedras de toque da MPB, do rock feito no Brasil e
da própria cultura popular.

Parece-me interessante transcrever e comentar uma opinião desfavorável a


Roberto, de Carlos Fernando, vocalista do grupo Nouvelle Cuisine: "Ele é sem
dúvida, a voz do inconsciente coletivo brasileiro no que este tem de pior:
alienação, oportunismo, comoção hipócrita e simplicidade populista." Bem,
vamos por partes.

"Alienação"? Bem, Roberto foi muito criticado por ter sido um dos cantores
mais apolíticos (até os anos 80, quando passou a declarar seu apoio a
candidatos como Antonio Ermírio e Fernando Henrique Cardoso), e nos anos
60 chegou a dizer que nunca ouvira falar de seu xará economista Roberto
Campos (nasc. 1917, nada menos que participante da conferência de Bretton
Woods de 1944, de onde sairia o FMI, além de Ministro do Planejamento em
1964-67), sem falar em sua famosa entrevista ao jornal Última Hora em 1970:

RC: Eu nunca quis saber de política. Não gosto de falar do que não conheço.
Meu negócio é música.
UH: Mas é impossível que você nunca tenha pensado em política?
RC: Quando estou com meus amigos, às vezes, discutimos política e até
brigamos por causa dela. Mas é só em casa, na rua não.
UH: E nestas discussões com amigos, qual é a sua posição política: direita,
centro ou esquerda?
RC: Direita, é claro.

É claro que muita gente boa nunca perdoou Roberto por ser confessadamente
de direita. Bem, eu penso que ser de direita, esquerda, centro, baixo ou cima
não implica necessariamente em bom ou mau caráter; eu mesmo tenho
excelentes amigos e parentes que se orgulham em serem direitões, inclusive
eleitores de (perdão, leitores) Collor e Maluf. E sempre preferi trabalhar e
conviver com bons direitistas que com muitos esquerdinhas famosos,
geralmente "filhos do milagre" cuja idéia de rebeldia social é fumar em locais
proibidos, deixar a mulher em casa e namorar por aí, roubar livros de colegas,
esperar que o governo resolva tudo sozinho e depois falar mal dele, passar da
militância ao yuppismo, assumir a direção das grandes transformações sociais,
mas deixando a outros o trabalho braçal.

"Nunca me posicionei favoravelmente à ditadura", declarou Roberto em 1994;


ele sempre preferiu protestar de forma genérica, como na música "O
Progresso", que chegou a ser proibida em Cuba por causa do verso "eu queria
ser civilizado com os animais", interpretado como alusão ao governo local, e
em 1978 Roberto revelou que "Debaixo Dos Caracóis Dos Seus Cabelos" foi
composta para Caetano Veloso, exilado pelos militares de 1968-71 (além de
Roberto nunca ter desejado proibir determinados filmes, apenas
recomendando a seu público que não os visse).

E não deixa de ser interessante que a "alienada" Jovem Guarda tenha tirado
seu nome de uma frase de Lenin (1870/1924), justamente o maior
revolucionário russo: "O futuro pertence à Jovem Guarda, pois a velha está
ultrapassada." Sem falar nos fãs de Roberto que, ao cantarem com ele "Como
Dois E Dois" de Caetano, ecoavam, talvez sem saber, um trecho do romance
antitotalitarista 1984 de George Orwell — "Dois e dois são cinco" é uma frase
que Winston Smith, personagem principal do romance, repete a mando dos
líderes de seu país, que o condicionam a pensar conforme seus interesses. E
quantos artistas brasileiros, além de Roberto (e Jobim), vêm cantando sobre
ecologia desde tão cedo, os anos 70?

“Oportunismo”? Bem, Roberto encontrou um veio e o explorou, e ele e seus


empresários souberam aproveitar a modernização por que os meios de
comunicação ("mídia", palavra que evito usar sempre que possível, é
pronúncia americana para o latim "media", você sabia?) e a indústria do
entretenimento passaram nos anos 50 e 60. A Jovem Guarda pode ser vista
hoje como uma modernização da Rádio Nacional, com seus ídolos e macacas
de auditório. Assim como Orlando Silva era "o cantor das multidões",
Carmem Miranda a "Pequena notável" e Francisco Alves era "O Rei da Voz",
Roberto Carlos foi "o Rei", Wanderléa a "Ternurinha", Erasmo Carlos o
"Tremendão", Martinha "o Queijinho de Minas". E Fred Jorge (1928/1994) e
Rossini Pinto (1937/1985) foram continuadores de Haroldo Barbosa
(1915/1979), que só no período 1937/48 produziu mais de 600 versões de
músicas estrangeiras. Nos anos 50 apareceram ou se desenvolveram novidades
como a televisão, o satélite de comunicações, o compacto de vinil e o disco
long-play, bem na hora em que a juventude de então chegava para trocar de
guarda com a anterior — a qual, por sua vez, contou com o rádio, o cinema, o
disco 78 RPM e outras regalias do progresso que a juventude anterior não
teve. (Do mesmo jeito que os jovens hoje têm fax, computador, compact disc e
TV a cores de bolso). E eu nem penso em classificar a boa canja de Carlos
Fernando no primeiro disco de Marisa Monte como "oportunismo".

"Comoção hipócrita"? "Simplicidade populista"? Para muitos, a Jovem


Guarda teve grandes falhas: foi um movimento conformista, infantil, inculto e
puramente comercial, fugindo às raízes da música popular, graças à repressão
do golpe de 1964. Por outro lado, muito se falou também dos bossanovistas
promotores do Centro Popular de Cultura, bem intencionados porém
paternalistas e maniqueístas, para quem o povão era sempre atrasado, sempre
necessitando ser esclarecido, e tudo o que fosse estrangeiro era dominador e
pernicioso (exceto as harmonias jazzísticas da bossa nova, é claro). O
populismo primário de vários momentos de iniciativas como Arena Canta
Bahia e Opinião também não era muito melhor que a Jovem Guarda — e o
próprio João Gilberto, ao ouvir a bossa nova que se fazia em meados dos anos
60, chegou a desabafar: "É melhor tocar iê-iê-iê do que este jazz retardado."

Cultura ou incultura nem são tão primordiais assim — Cartola (1908/1980) é


apenas um exemplo de artista popular (não "culto") dos melhores, e a mesma
defesa pode ser feita para o blues, por exemplo. Um jornalista diz que a Jovem
Guarda foi a vingança da classe média baixa contra a classe média alta, dos
"incultos" e "bárbaros" contra os universitários de esquerda. Inclusive, ele cita
"Pobre Menina", hit de Leno & Lilian, como amostra de nivelação social entre
pobres e ricos promovida pela incorreção gramatical, o "tu" e o "você"
vivendo juntos sem culpas ou preconceitos: "Tão pobrezinha, ela mora em um
barracão/E todo mundo quer magoar seu coração/A mim não interessa quem
sejam seus pais/porque, pobre menina, eu te quero demais". Tudo bem, mas
tal nivelação e incorreção ocorrem em toda parte, não somente no Brasil —
esse jornalista esqueceu de mencionar que "Pobre Menina" é uma versão
literal de um clássico do rhythm & blues cooptado pelo pop, "Hang On
Sloopy", de Bert Berns (o mesmo de "Twist And Shout"), confira: "Sloopy
lives in a very bad part of town/And everybody here tries to put my Sloopy
down/Sloopy, I don't care what your daddy do (sic)/'Cause you know, Sloopy
girl, I'm in love with you." Se os desafinados também têm um coração, por
que não os iletrados?
E o chamado "infantilismo" da Jovem Guarda faz parte do espírito do melhor
rock and roll, o qual até deu origem a um gênero dos mais famosos e
influentes, o 'bubblegum rock", que sempre volta à moda quando o rock
ameaça se tornar cerebral demais e hormonal e dançante de menos (o
jornalista americano Richard Goldstein assim louvou o primitivismo do rock:
"A mais idiota acusação feita ao rock no início era de que as letras pareciam
obra de pessoas incultas. Claro que eram, e esta era sua maior virtude").

Coração vai disparado, mas eu ando com cuidado

De qualquer modo, a música popular sempre foi composta de fórmulas,


sempre repetidas quando agradam, e reprovar um artista por usar a mesma
frase melódica ou riff de guitarra em mais de uma música equivale, no fundo,
a condenar Pelé ou Romário por marcarem dois gols com a mesma bola. Ou,
como diz o provérbio americano, se não estiver quebrado, não conserte.
Roberto Carlos usou em "Coisa Bonita" e "Eu Quero Apenas" a mesma
seqüência harmônica que usou em "Minha Senhora", e aquelas fizeram ainda
mais sucesso que esta. Até a repetição exige criatividade; que o diga o já
citado Chuck Berry, que construiu sua carreira e praticamente todo o rock and
roll guitarrístico sobre um riff que adaptou do jazzista Charlie Christian na
banda de Benny Goodman.

Quanto à Jovem Guarda ter sido comercial, cabe a pergunta retórica de


Gilberto Gil: qual é o disco que não vai à loja? Foi dito que o errado não é ser
comercial, mas sim vender gato por lebre, ou seja, o que não é autêntico como
se fosse, e que ganhar dinheiro com música é bem melhor que trabalhar.
Roberto se beneficiou da imagem da Jovem Guarda — calhambeques,
terninhos, gírias — para fazer sucesso, mas hoje, graças a um distanciamento
histórico, pode-se ver que ele tinha talento suficiente para vencer sem precisar
de tantos adereços. O mesmo pode ser dito dos Beatles, muito talentosos, sem
dúvida, mas que só aconteceram ao terem sua imagem pública burilada e
copidescada o suficiente; os Beatles nunca teriam sido aprovados e amados
pelo grande público se tivessem continuado como eram em Hamburgo, com
John Lennon usando jaquetas de couro e mastigando sanduíches e xingando os
alemães em pleno palco. John chegou a admitir publicamente que muitas
músicas dos Beatles eram feitas no tapa para fazer sucesso, "eu dizia pro Paul
'vamos compor uma piscina'." Se isso é lixo comercial, então quero mais, por
favor!

"Iê-iê-iê" é justamente o apelido que o pop-rock dos anos 60 ganhou no Brasil


e na Europa, evidentemente inspirado no "yeah-yeah-yeah" de inspiração
americana que marcou vários hits dos Beatles (não adiantou muito Jim
McCartney aconselhar o filhote a cantar mais britanicamente, "yes, yes, yes").
E a Jovem Guarda foi, realmente, uma tradução brasílica da beatlemania, com
seus ídolos, divulgação maciça e adereços extramusicais — filmes, roupas,
penteados, lancheiras, álbuns de figurinhas, bugigangas à vontade, numa boa
sacada do publicitário Carlito Maia (nasc. 1924), da agência Magaldi, Maia &
Prosperi, contratada para "embalar" e "vender" o trabalho de Roberto e seus
amigos ("nossa Apple", como diria Erasmo, numa alusão à gravadora e
produtora montada pelo Beatles). Carlito percebeu a possibilidade de se criar
uma beatlemania à brasileira, e, a curto prazo, sua agência e seus contratados
se deram muito bem. Só que Carlito esqueceu o pequeno detalhe de que tal
inovação motivaria concorrência, imitações e falsificações à altura — tal
como ocorreu com os próprios Beatles, a Coca-Cola e outras grandes
inovações. No fim, a MM&P passou a ter prejuízo, perdendo a conta do
programa Jovem Guarda para a Shell e a de Roberto para o mundo, já que ele,
cada vez mais famoso, dizia já não receber de acordo – e, de mais a mais,
Roberto havia crescido demais para a Jovem Guarda. Mas não fique triste por
Carlito Maia: ele deu a volta por cima divulgando outro grande ídolo, Luís
Inácio Lula da Silva. (Interessante é que recentemente, ao ser entrevistado
pelo jornal de um sindicato de jornalistas, Carlito achou irrelevante — a julgar
pela matéria como saiu publicada — falar em Roberto Carlos ou Jovem
Guarda.)

Outra revelação da distância histórica é que a Jovem Guarda não era mero
decalque do pop-rock americano e europeu. Sim, muitos artistas se limitavam
a copiar os estrangeiros tão fielmente quanto podiam, mas os mentores do
movimento eram diferentes. Roberto e Erasmo nunca perderam de vista a
brasilidade; já falei de muitos de seus rocks manterem a batida da bossa nova,
e ambos gravam até hoje, embora sem muita freqüência, sambas, valsas e
clássicos da MPB. (E se existem valsa brasileira, fox brasileiro e tango
brasileiro, por que não rock brasileiro?). Mesmo cantando rock bravo ou em
outras línguas, Roberto quase sempre deixou transparecer uma dolência que,
para mim, é herança da toada brasileira. Não é à toa que ele tem sido
regravado por breganejos como Chitãozinho e Xororó ("O Caminhoneiro") ou
caipiras mais próximos das raízes como Rolando Boldrin ("Aquela Casa
Simples"). Foram seus imitadores que, cantando com voz mais estridente e
gutural e usando harmonias e letras bem mais simplificadas, diluíram a Jovem
Guarda e acabaram contribuindo para a criação da música de letras exageradas
e melodias rotineiras que na virada dos anos 60 para 70 se chamou "cafona" e
nos anos 80 crismou-se de "brega".

Querem acabar comigo, nem eu mesmo sei porquê


Nos anos 60, universitários e esquerdistas mais xiitas perseguiam não só a
Jovem Guarda, mas tudo que, além de apolítico, deixasse entrever influência
estrangeira — basta lembrar que o slogan da I Bienal do Samba era "queremos
ver os Beatles pelas costas". Roberto defendeu o samba "Maria, Carnaval E
Cinzas", de Luiz Carlos Paraná, no 3º Festival da Record e, só por ser Jovem
Guarda, foi impiedosamente vaiado. Silvinha Telles (1934/1966), uma das
maiores cantoras da bossa nova, conseguiu fazer sucesso com "Não Quero Ver
Você Triste" de Roberto/Erasmo (num arranjo BN e com nova letra, do
maninho Mário Telles), já que seu público mais radical não identificou a
autoria da música — mas, ao tentar repetir o truque com a mais conhecida
"Quero Que Vá Tudo Pro Inferno", Silvinha levou a maior vaia. Claudette
Soares, por outro lado, se orgulha até hoje de seu maior hit ter sido presente de
Roberto, "De Tanto Amor". (Recomendo também a versão recente de "Olha"
com a grande Leny Andrade).

Se Elis Regina e Gilberto Gil fizeram passeata contra a guitarra elétrica (para
se arrependerem no ano seguinte), outros eram mais cordatos. O insuspeito
Adoniran Barbosa (1910/1983) comentou em sua "Já Fui Uma Brasa"
(parceria com Marcos Cesar), de 1966: "Eu gosto dos meninos desses (sic) tal
de iê-iê-iê/Porque com eles canta a voz do povo/e eu já fui uma brasa/se
assoprarem, posso acender de novo". (De fato, gramaticalmente Adoniran e a
Jovem Guarda pouco ficavam a dever um ao outro). E Chico Buarque esperou
até 1993 para dizer "Viva Erasmo, Ben, Roberto" em "Paratodos" (a que
Roberto retribuiu incluindo "O Que Será" em seus shows).

Ao lado de detratores, críticos mais rigorosos ou simplesmente invejosos, não


faltam intelectuais para quem Roberto tem alguma coisa a dizer. O poeta
Mário Quintana (1906/1994) pode não ter gostado de "Eu Te Amo, Te Amo,
Te Amo", dizendo que ele repete a frase "eu te amo" "tão inexpressivamente
como quem diz 'não tenho fósforo'", mas ressalva que "no gênero, "Detalhes"
é esplêndido, comparável ao melhor de Paul Géraldy [1885/1983, poeta
francês autor do livro Eu E Você, de 1913, clássico da literatura
sentimentalmente romântica]". Na opinião de Vinícius de Moraes
(1913/1980), "Roberto é um bom letrista, tocando numa superfície romântica
e intensa", citando "Proposta" como um bom exemplo. Ferreira Gullar (nasc.
1930) também opina: "Roberto Carlos diz coisas verdadeiras de maneira
muito simples. Quando diz, numa música, que 'detalhes tão pequenos de nós
dois são coisas muito grandes pra esquecer', ele não se impõe pela novidade,
mas pelo comum de toda experiência amorosa." Austregésilo de Athayde
(1898/199.) assim opinou: "[...] Roberto Carlos não ficaria por tanto tempo no
primeiro lugar da estima pública, com absoluta prioridade, se não houvesse
entre ele e a alma lírica do seu povo uma comunicação natural de que nasce o
encontro permanente de gostos pela leveza, sinceridade e graça intuitiva." E é
de Affonso Romano de Sant'Anna (nasc. 1937) mais uma das tais grandes
definições de Roberto: "Ele é o lado kitsch dos ouvintes mais sofisticados e o
lado mais sofisticado dos ouvintes mais kitsch."

Vale lembrarmos também a opinião de um dos mais respeitados críticos


musicais brasileiros, Zuza Homem de Mello (nasc. 1933), no jornal O Estado
De São Paulo em 1985: “Haverá algum cantor de música popular do mundo
que faça questão de manter as capas de seus discos, ano após ano,
praticamente iguaizinhas umas às outras? Pois Roberto Carlos faz. [...]
Haverá, justamente no país onde a música popular ocupa um espaço tão
importante na cabeça das pessoas, um compositor que dispense os
contagiantes e admirados ritmos de sua terra (samba, baião e suas variantes),
permanecendo num repertório amorfo, de baladinhas, mesmo tendo ele
capacidade de criar canções capazes de tocar fundo até povos de outras
nações? Pois Roberto Carlos não quer saber nem mesmo de samba-canção nos
últimos anos, insistindo em ceifar sua própria veia de compositor,
enquadrando rigidamente tudo que cria para si próprio (o que já não acontece
quando compõe para seu parceiro Erasmo Carlos interpretar), repertindo
fórmulas com variantes sobre princípios claramente identificáveis. [...] [As
músicas do disco de 1985] São canções feitas para o homem comum, dia a dia
de trabalho versus televisão, com esses sonhos pela noite adentro. Uma prova
da incrível capacidade da dupla Roberto/Erasmo de percorrer os mesmos
caminhos com elementos saídos da mesma forma. Finalmente, haverá algum
artista em qualquer país do mundo, em qualquer época, que tenha conseguido
durante duas décadas – lançando um disco novo anualmente – manter a
posição de líder absoluto em vendagem, derrubando os obtusos que tentaram
imitá-lo, superando experientes e muitas vezes ótimos antecessores, e ainda
por cima reagindo, sem que ninguém perceba como, às propostas renovadoras
e freqüentemente criativas de talentos reconhecidos mundialmente? Pois
Roberto Carlos é também esse artista inigualável. É o maior ídolo deste país
[...] invariavelmente malhado pela crítica mas ninguém resiste a seu charme
quando chega a ambicionada hora de conhecê-lo pessoalmente [...] consegue
evitar ferir a quem quer que seja com as evasivas respostas a perguntas de
algibeira; não pode nem pensar em sair à rua desprotegido, mantendo-se como
o único mito que nunca precisou sumir do mapa para fazer meditações. Não é
espantoso? Haverá na história da música popular algum cantor como Roberto
Carlos? Até agora, não. Para a música popular brasileira pode-se então
imaginar como serão o disco e as interpretações desse fantástico cantor no dia
em que ele, com sua sensibilidade anormal, achar que a cor azul lhe trouxe
algum tipo de aborrecimento.”
As estórias todas são iguais...

O próprio Roberto ajudou muito a divulgar novos compositores como Djavan


("A Ilha"), Fagner ("Mucuripe", com Belchior) e Renato Teixeira
("Madrasta"), além de revelar para as novas gerações grandes nomes como
Caymmi ("Acalanto"), Carlos Gardel ("El Dia Que Me Quieras"). Como já
lembrei, a melhor música popular sempre agrada, independente de gênero,
pátria ou idade.

E o povo, quando gosta, gosta mesmo, seja samba ou ária de ópera, toada
caipira ou Jovem Guarda. Inclusive, o povo nem se importa muito com
repetições melódicas (perdoem-me se, de tanto falar em repetições, eu mesmo
estiver me repetindo demais). Muito se fala de certas músicas de Roberto
parecerem-se demais com outras. O fato é que, mesmo partindo destas outras,
Roberto quase sempre consegue imprimir-lhe sua própria personalidade —
por exemplo, seus fãs podem apreciar "Fim De Semana" sem se importarem
com a semelhança entre ela e "String Of Pearls", de Jerry Gray, sucesso com
Glenn Miller. Nenhum compositor prolífico, seja Roberto, Jobim, J. S. Bach
ou Gershwin, escapa de algumas semelhanças, sendo apenas doze as notas
musicais a serviço de tantos zilhões de compositores no mundo. Por exemplo,
"Forget Him", de Mark Anthony, sucesso do americano Bobby Rydell em
1963, tem um de seus trechos mais marcantes bem parecido com outro de
"Love Letters", clássico de Victor Young de 1944 — e não é difícil conferir:
Roberto gravou versões das duas, "Esqueça" e "Cartas De Amor". E "Smile",
da trilha sonora do filme Tempos Modernos de Chaplin, composta pelo
próprio (e também regravada por Roberto), é bem parecidinha com uma ária
do primeiro ato da ópera Tosca de Puccini ("Quale occhio al mondo...").
Enfim, procurar e descobrir plágios é, geralmente, mais uma questão lúdica e
cultural que criminal; como diz o compositor Mário Albanese, músicas são
como pessoas; fulano tem o nariz de sicrano, a boca de sicrano, mas não é
sicrano.

E se, como já comentei, quem não é fã de Roberto o considera repetitivo


demais, o próprio Roberto (ou melhor, o compositor Getúlio Cortes) traz outra
das definições que mencionei no início, em "Nada Tenho A Perder", já em
1969: "Não preciso mudar/quero viver/nada tenho a perder, meu bem". Em
sua entrevista coletiva de 1988, Roberto reforçaria: "Não tenho o menor
interesse em mudar o meu estilo, não tenho porque mudar. Meus discos têm
tido uma boa acolhida de público."

“Forever” é para sempre...

Aliás, muito se fala em reis e súditos, e pouco se lembra dos cortesãos, às


vezes bem-intencionados mas nem sempre eficientes. Um dos mistérios
preferidos dos fãs de Roberto é o não relançamento, até o momento em que
escrevo, de seu primeiro LP, Louco Por Você, bem como de várias faixas de
compactos e 78 RPM que sumiram de circulação juntamente com estes
formatos. O mistério aumenta ainda mais quando nos lembramos de que seu
segundo LP também sumiu, mas de repente foi reeditado, 23 anos depois.
Assim como parte dos compactos mais raros de Roberto foi reunida na bem-
intencionada porém incompleta coletânea Roberto Carlos San Remo 1968
(embora a contracapa anuncie que o disco tem "todos" os compactos). Talvez
a explicação seja a pura e simples inércia endêmica a todas as grandes
gravadoras de todo o mundo (até os Beatles e Stones têm gravações que
passaram décadas esperando reedições em plena Inglaterra!). Sobre Louco Por
Você, Roberto admitiu em 1992 que "de repente a gente lança até o fim do
ano", e em 1994 disse: "Um dia a gente vai chegar à conclusão de que deve
relançá-lo, de forma a não prejudicar os colecionadores que tenham o
original" — precisamente 512 compradores, segundo a gravadora.

Não faltam rumores de que Louco Por Você não volta ao catálogo por ordem
do próprio Roberto — talvez em função de uma faixa e da contracapa. Na
faixa "Não É Por Mim" (autoria de Carlos Imperial e Fernando Cesar, autor de
clássicos menores da MPB como "Dó-Ré-Mi" e "Prece Ao Vento (Soprando o
Vento)", "o vento que balança as palmas do coqueiro..."), Roberto canta "e se
provar que eu fiz você ficar tão triste/eu saberei que existe um céu, que Deus
existe". Quanto a "Não É Por Mim", Roberto, que na época aos 19 anos, logo
se tornaria católico praticante, não perderia tempo em se desculpar no LP
seguinte em "Oração De Um Triste", de José Messias: "Que Deus me
perdoe/se às vezes duvido de sua existência/Ó Senhor, eu lhe peço perdão/pois
há horas na vida da gente/que a dor da revolta supera a razão...".

E o texto da contracapa diz que Roberto é "nascido aqui mesmo no Rio de


Janeiro". Carlos Imperial, empresário de Roberto na época, disse anos mais
tarde que Roberto, momentaneamente brigado com a família em Cachoeiro,
preferiu virar carioca neste disco — não seria à toa que Roberto, capixaba e
católico assumido, estaria "escondendo" o LP, que hoje em dia muda de mãos
(quando muda) por cerca de mil dólares (mínimo: cerca de 400 reais em
razoável estado de conservação), havendo três edições em compact-disc pirata
mais em conta, por 100 reais ou menos.

Preciso acreditar que gosto de alguém


Além de sua retratação a Deus em "Oração De Um Triste", em 1963, uma das
novidades de seu disco de 1994 é justamente uma averbação na letra de um de
seus hits dos anos 60, "Custe O Que Custar", cujo final era "será meu Deus,
enfim/que eu não tenho paz?" e que Roberto mudou (tendo pedido autorização
aos autores, Edson Ribeiro e Helio Justo) para "somente em Deus, enfim/é que
eu encontro a paz" (entrando em choque com o início da música, "já nem sei
dizer se sou feliz ou não"). Curiosamente, Roberto fez o mesmo que George
Harrison em seus shows dos anos 70, cantando "In My Life" de John Lennon,
com o final da letra mudado de "in my life I'll love you more" para "in my life
I'll love God more" — sem pedir permissão a John. (E Roberto tem um LP
brasileiro ainda mais raro que Louco Por Você, que é Roberto Carlos Canta a
La Juventud, seu primeiro disco em espanhol, recolhido logo após ser lançado
no Brasil e que em 1994 a gravadora definiu laconicamente como um disco
sem qualidade para o mercado de hoje – mas outros afirmam que o disco foi
recolhido por prudência, devido à recém-instalada ditadura militar, para quem
pegava mal cantar em espanhol e “portanto” imitar os revolucionários latino-
americanos).

Roberto aproveitou sua entrevista coletiva de 1994 para esclarecer uma


questão que ganhou ares de exagero ao longo dos anos; sua fama de
supersticioso. Ao contrário do que muita gente pensa, ele não se importa com
quem se veste de marrom ou roxo, e gosta de tais cores, apenas prefere se
vestir somente de azul e branco, cores que lhe trazem as vribrações mais
positivas. Na mesma entrevista, Roberto admitiu também conversar com as
plantas, além de se divertir ao comentar que amigos como Tim Maia fazem
troça de tal hábito (hábito esse, por sinal, também cultivado, sem trocadilho,
por Tom Jobim). E em seu livro Eles E Eu, Ronaldo Bôscoli (1929/1994),
grande letrista da bossa nova e produtor e roteirista de todos os shows de
Roberto desde 1969, conta que Roberto pretendia incluir em seus shows um
grande clássico da MPB, mas desistiu durante os ensaios ao prestar atenção na
letra e ver que ela ia contra a sua opinião já a partir do título: "As Rosas Não
Falam" de Cartola.

Na mesma entrevista, uma repórter perguntou a Roberto por que "o artista
Roberto Carlos tem tanta preocupação em esconder o homem Roberto
Carlos", em vista de um jornal paulista ter publicado uma série de reportagens
sobre sua vida pessoal e Roberto ter tentado embargar essa série na Justiça.
Ele respondeu que não era a favor da censura, exceto em caso de reportagens
"desrespeitosas" e que digam "coisas não verdadeiras". Em suas letras ele dá o
bom exemplo, por meio de discretas metáforas, para falar tanto de sexo quanto
de sua vida particular, como, por exemplo, o acidente que sofreu na infância,
"meu pequeno corpo que sofria/sem nada entender".

A cisma de Roberto Carlos contra o número 13 (que, ao que me consta, tem


fama de aziago por culpa de Judas, que além de traidor, era o décimo terceiro
na Santa Ceia) chega a proporções mitológicas. Como sua repetição de uma
cena cantando e tocando em um violão em um trem de um de seus especiais
de TV ao verificar que usara um assento de número 13. Ou mesmo sua recusa
em voltar à casa noturna paulistana Palace (inaugurada por ele) após perceber
que ela se situa no número 213 da Alameda dos Jamaris. Eu gostaria de saber
o que Bôscoli teria pensado se lembrasse de que sua ex-companheira Maysa
(1936/1977) fez exatamente o contrário. Ao ser convidada para inaugurar a
gravadora RGE com um LP, ela aceitou com a condição de que ele fosse o 13º
LP da gravadora. E o LP Convite Para Ouvir Maysa saiu com número de
catálogo RLP-0013 (sobrando para Panorama Musical do maestro Simonetti o
RLP-001). Não quero ser ainda mais chato do que já sou, mas o nome artístico
de Roberto Carlos tem 13 letras — podemos então dizer que foram 13 letras
de sorte para Roberto.

Aqui eu vivo este momento lindo

O episódio da letra de "As Rosas Não Falam" foi um dos raros lapsos na
carreira de Roberto, reconhecido como artista dos mais perfeccionistas. Por
exemplo, seus shows no Ibirapuera foram os melhores que já vi nesse ginásio
(Rita Lee, Deep Purple, Kenny Rogers, Jorge Ben Jor, Chitãozinho e Xororó)
praticamente sem microfonias e podendo se ouvir cada nota de cada
instrumento, vencendo uma acústica que, afinal, tratando-se de um ginásio
esportivo, foi projetada para tudo menos música ao vivo. Mesmo já não sendo
o maior vendedor de discos no Brasil, Roberto ainda tem seus shows bastante
concorridos e, inclusive, elogiados pela crítica, que luta para encontrar
defeitos em seu desempenho no palco ou na banda, cenários ou escolha de
repertório. Roberto sempre se declarou contra a violência (inclusive as
recentes invasões militares em favelas cariocas), e suas platéias costumam se
portar de acordo, sem incidentes graves (mesmo cambistas são muito raros).
E, ao que me consta, a chamada delinqüência juvenil diminuiu
significativamente durante a época da Jovem Guarda. Cantar e dançar já era
suficiente para extravasar energia. Apesar de "mandar tudo pro inferno" e "ser
terrível", Roberto nunca perdeu o "ar de moço bom", sua rebeldia era
puramente musical. O que, de certa forma, não deixa de ser preferível à atitude
de Axl Rose e outros que enfatizam o que o rock and roll tem de mais
negativo: violência física, escândalos gratuitos, morte. Pois é, uns gostam do
rock pelas qualidades, outros pelos defeitos.
Mas falar de Roberto Carlos não implica em falar em rock and roll, ele nunca
foi estritamente um roqueiro, firmando-se como artista pop. Mas, nos anos 60,
seus terninhos à Beatle, guitarras elétricas e órgãos elétricos pesados e baixo
& bateria pulsantes caracterizavam-no para o grande público como rei do rock
brasileiro — afinal, ele "cantava para a juventude". E em 1968, quando
encontrou sua própria individualidade como cantor romântico e começou a se
desligar da Jovem Guarda, Roberto comprovou uma teoria das mais
veneradas: a música popular, como a natureza, tem horror ao vácuo. Quando
um artista consagrado abandona palcos ou discos, morre ou muda de estilo,
não demora mais que alguns minutos para aparecerem legiões de imitadores
para preencherem o vácuo resultante. Foi assim com o Led Zeppelin, que, ao
diminuir a freqüência de seus discos e shows, abriu o caminho para similares
(mas que logo encontrariam seus próprios estilos) como o Rush e o Queen. O
próprio Led Zep já estava tapando o buraco deixado pelo Cream e os
Yardbirds. Idem os Beatles, cuja falta só não foi mais sentida graças a
discípulos fiéis como Big Star, Badfinger, Bread, Raspberries. No Brasil,
várias cantoras, como Leila Pinheiro e Marisa Monte, vêm se esforçando para
substituir Elis Regina, além de grupos como o Vexame aproveitarem as férias
do Lingua de Trapo. E já em 1968, embora Roberto preferisse modificar
bastante seu estilo, havia ainda muita gente querendo ouvir mais Roberto no
estilo antigo — entra em cena Paulo Sérgio (1944/1981), também capixaba,
cujos primeiros discos pareciam "outtakes" de Roberto de 1964-66 (faltando
apenas algum bom humor nas letras, realmente bregas, só reclamando da
mulher amada o tempo todo). Paulo Sérgio, por sua vez, teve sua vaga
preenchida por Amado Batista (nasc. 1951), que faz sucesso até hoje com
melodias e arranjos que geralmente se recusam a ir além de O Inimitável
Roberto Carlos.
Já que falei em bom humor, é boa hora para lembrar que não falta quem imite
Roberto Carlos com intenção paródica — geralmente universitários
esclarecidos que escolhiam a linguagem musical da Jovem Guarda diluída
("brega") simplesmente por não conseguirem tocar melhor, e admitindo que,
embora não muito fãs do Roberto Carlos romântico e baladeiro de hoje, ainda
são tietes da Jovem Guarda. Poucos destes parodistas brasileiros conseguiram
a mesma qualidade de Raul Seixas (1945/1989), que realmente conseguia
sobrelevar os ritmos e melodias simples do brega sub-Roberto com letras
inteligentes e engraçadas; quem chega perto de Raul é o cearense Falcão
(nasc. 1957), cujas letras despencam de vez para a escatologia. Mas quase
todas estas paródias são no fundo bastante afetuosas, e não é preciso ter
nascido antes de 1965 para ser tiete ou imitador da Jovem Guarda, da mesma
forma que muitos e muitos jovens ingleses dos anos 60 fizeram carreira em
cima do blues de negros americanos falecidos ou desaparecidos décadas antes.

Amanhã estaremos velhinhos...

Não é de hoje, nem é privilégio do Brasil, que o "antigo" exerce tanto fascínio.
Foi dito, com toda razão, que o século 19 foi a "era da invenção", quando
nasceram a fotografia, o cinema, a gravação de som, o automóvel, o trem, o
metrô, o telégrafo, o telefone, a luz elétrica, e o que o século 20 é a "era da
reciclagem", pródigo em permutações de tudo que já foi criado — inclusive a
revista Billboard, a bíblia da música pop, já comemorou um século de
existência, fundada em 1894.

Como já reparamos, o que é bom não tem lugar ou época para agradar. Para se
estar em dia com a moda, é preciso ir a Paris, Milão ou... ao guarda-roupa dos
avós. Muitas idéias e objetos tão "anos 60" vêm de muito antes, como os
"óculos da vovó" de John Lennon, aqueles outros óculos dickensianos do
americano Roger "Byrds" McGuinn, a escala pentatônica vinda do blues, os
acordes em Sexta que os Beatles tomaram emprestados a Glenn Miller, o
órgão Hammond inventado em 1934, o contrabaixo elétrico lançado (pela
Fender) em 1951, as batas, sitars e musicalidade indianas criadas sabe Krishna
quando, os arroubos instrumentais herdados das big bands, seqüências
harmônicas barrocas, citações ininterruptas de escritores como Lewis-Carroll,
Shelley, Wilde ou Shakespeare e, é claro, os calhambeques Ford 1932 — sim,
os famosos "little deuce coupe" aclamados pelos Beach Boys e roqueiros de
praia em geral, e que não poderiam faltar na Jovem Guarda (logo voltarei a
falar de Roberto e seus carrões). E volta e meia os roqueiros dos anos 60
homenageavam as gerações anteriores, ainda que de forma carinhosamente
irônica — experimente imaginar os Beatles e Elvis sem suas regravações
modernas de clássicos do início do século como "Are You Lonesome
Tonight?", "It's Now Or Never", "Falling In Love Again" ou "Ain't She
Sweet". E Roberto Carlos, desde sempre o "moço velho" que "ainda crê no
amor", que em 1973-4 zombou de si mesmo como "o cantor das vovós",
nunca deixou de demonstrar carinho pela velhice, já desde 1964, em "Os
Velhinhos" de José Messias ("amanhã estaremos velhinhos/contaremos
juntinhos/os segredos do amor para os nossos netinhos"), passando por
brincadeiras compostas por ele e Erasmo como "Vista A Roupa, Meu Bem", "I
Love You", "O Amor É A Moda", a valsa "Despedida" e, claro, o fox-trot
"Amante À Moda Antiga".

Como o tempo passa, o dia chegou em que a Jovem Guarda passou a ter
história e nostalgia próprias, como documentou Roberto em "Jovens Tardes
De Domingo", de 1977. E quem reparou em Roberto regravando seus próprios
hits em seus dois últimos discos ("Se Você Pensa", "Custe O Que Custar")
deveria reparar também que ele já fez isso anteriormente, com "Quero Que Vá
Tudo Pro Inferno", dez anos após o original, em 1975. Sem falar na crônica de
sua própria carreira em "Louco Não Estou Mais", de 1963, crônica esta que
soa mais como um código cifrado para quem não tiver acesso a Louco Por
Você ou aos primeiros 78s de Roberto, com suas citações a "Mr. Sandman",
"Brotinho Sem Juízo", "Louco Por Você", "Suzie", "Malena", "Triste E
Abandonado", um total de dez gravações anteriores. O melhor pop, rock ou
não, mantém um senso de história, de herança cultural (ainda que
relativamente recente), olhando não só para a frente, mas também para trás, e
essa visão do passado pode funcionar também como lanterna para iluminar o
presente e fundamentar os compositores mais aptos a serem cronistas de seu
tempo.

Por isso corro demais, só pra te ver

O melhor pop também não se preocupa tanto com ser "politicamente correto".
Vários dos melhores momentos de Roberto têm como temática as chamadas
minorias ou segmentos específicos da população: "O Feio", "Mulher
Pequena", "Coisa Bonita" (para as gordinhas), "Minha Senhora" (sobre a
paixão por uma mulher mais idosa), "É Papo Firme" (a garota avançadinha),
"Mexerico Da Candinha" (sobre a fofoqueira), "A Cigana", além de
profissionais como "A Atriz", "O Caminhoneiro", "O Velho Caminhoneiro" e,
atendendo a pedidos da categoria, "O Taxista".

Aliás, caminhões e táxis remetem a outra grande paixão de Roberto, o


automóvel. Teóricos mais radicais acham que o grande culpado da
popularidade do automóvel entre a Jovem Guarda foi o presidente Kubitschek,
que, em seu estímulo à modernização tecnológica do Brasil nos anos 50,
valorizou as rodovias demais e as ferrovias de menos; enquanto os
universiários da bossa nova preferiam barquinhos e trens de ferro, os
"bárbaros" (no mau sentido) do início do rock brasileiro e da Jovem Guarda só
entenderiam "ser moderno" como sinônimo de ter um carro. Na verdade, o
automóvel sempre foi paixão de roqueiros, não somente do Brasil. Basta
lembrar a coleçãozinha de Cadillacs de Elvis e clássicos de Chuck Berry como
"Maybelline" e "Jaguar And The Thunderbird", que motivaram um
comentário interessante do já citado crítico americano Richard Goldstein:
"Numa música de Chuck Berry era difícil separar carros de garotas, e alguns
dos melhores casamentos terminavam numa delegacia de trânsito." Roberto
Carlos não fica muito atrás de Berry em atribuir importância ao automóvel,
desde seu primeiro grande hit, "Parei Na Contramão", passando por "As
Curvas Da Estrada De Santos", "120... 150... 200 Km Por Hora", "O
Calhambeque", "Por Isso Corro Demais"... Roberto tem uma coleção
respeitável de carros já desde 1966, e, por sinal, mantém até hoje a paixão por
carros antigos, ainda que não muito antigos, declarando em 1994 que um de
seus "carros de estimação" é um Mercedes cupê 78, modelo 450 SLC.

"Vejam quem chegou de repente/Roberto Carlos com seu novo carrão",


cantava Erasmo já em seu terceiro disco e primeiro grande sucesso, em 1965.
Se a Jovem Guarda tem uma história cheia de lances e personagens
interessantes, o próprio Roberto acabou se tornando um dos mais cantados
personagens do rock brasileiro e da MPB, merecendo várias análises em
jornais, revistas e livros, obras de cordel e, é claro, músicas de outros
compositores. Em 1966-7, houve quem reclamasse da falta de imaginação dos
compositores de carnaval, com nove entre dez marchinhas mencionando
calhambeques ou "é uma brasa, mora". "Novelties", paródias, homenagens,
respostas a Roberto foram (e são) tão comuns quanto aos Beatles. Além das já
citadas homenagens de Sérgio Sampaio, Silvinha Telles, Chico e Adoniran, as
inúmeras citações à obra ou à figura de Roberto por artistas de vários gêneros
incluem "A Garota Do Roberto" de Waldirene, "O Homem Que Matou O
Homem Que Matou O Homem Mau" de Jorge Ben, "Rapaz Da Moda" de
Evaldo Garcia/Jair Amorim com Jair Rodrigues, "Baby" de Caetano Veloso
("Você precisa ouvir aquela canção do Roberto"), "Roberto Meu Amigão" de
Ed Carlos (parceria com João da Praia, aquele de "O Boi Vai Atrás", e a única
outra música que separa este último da fama de "one-hit wonder"), "Arrombou
A Festa" de Rita Lee e a mais recente "Hei Rei" de Cazuza, sem falar em Rei,
disco-tributo com Marina, Barão Vermelho, Skank e outros grandes astros pop
dos anos 80 e 90.

Aliás, a explosão do rock brasileiro do início dos anos 80, sem a necessidade
de exorcizar a ditadura como no fim dos anos 70, com suas letras até certo
ponto descompromissadas, cheias de chope, batata frita e amantes
profissionais, chegou a ser chamada de "nova Jovem Guarda" — do mesmo
modo que o estilo de muitos jovens roqueiros ingleses dos anos 90, retomando
a new wave dos anos 70-80, recebem o rótulo de "new wave of British new
wave". "No nosso tempo a coisa era mais suavizada", comentou Roberto em
1984 sobre esta "nova Jovem Guarda", "agora a linguagem é mais aberta, mais
livre".

La festa appena cominciata...

Por falar em Inglaterra, Roberto conseguiu uma boa carreira no mercado


latino-americano internacional, firmando-se hoje, ao que consta, como o único
artista latino a vender mais discos que os Beatles. Consagrado a partir do
Festival de San Remo de 1968, Roberto tem tido seus discos lançados em
vários países de quase todos os continentes, além de sempre lançar dois LPs
(ou CDs) por ano, um em português e o outro em espanhol, desde 1964.

Curiosamente, embora grave em vários idiomas, Roberto costuma ser mais


elogiado, inclusive fora do Brasil, por suas gravações em português (embora
algumas platéias latinas prefiram ouvi-lo ao vivo em espanhol). E considero
lamentável Roberto fazer menos sucesso que Julio Iglesias (nasc. 1942),
jogador de futebol tornado cantor. Afinal, enquanto Roberto é o filho que toda
mãe quer ter, Julio é o próprio “latin lover”, canastrão ao extremo, além de
extremamente comercial, manipulado & manipulativo, usando e abusando de
gravações em inglês e do velho truque de canjas com artistas de fama
internacional como Diana Ross e Beach Boys (pessoalmente, só uma canja
deste grupo me fez adquirir um LP de Iglesias). A vantagem de Iglesias é a
estratégia de preferir vendagens medianas em vários países (cerca de 400 mil
cópias).

Tal internacionalização é inevitável, já que nenhuma cultura é fechada, e os


meios de comunicação só poderiam fazer deste mundo uma "aldeia global"
(no bom sentido), além de na música pop, como em tudo, haver arquétipos e
elementos que agradam a todos em toda parte. A própria seqüência harmônica
sugerida pelo guitarrista Aristeu, guitarrista de Roberto desde 1969 (e criador
da marcação de "Sentado À Beira do Caminho" e outros hits dele e Erasmo;
como diz Aristeu, "tudo começou com uma simples guitarrinha"), tem ecos
em clássicos imediatamente anteriores do pop internacional como "Honey" de
Bobby Goldsboro ou "Esta Tarde Vi Llover" do mexicano Armando
Manzanero (além, é claro, de “Everybody's Talkin'” de Fred Neil), harmonia
esta que pode ser ouvida como uma interpretação pop diluída da bossa nova
(parênteses: foi a BN que divulgou gírias como “bicho” desde antes do
surgimento da Jovem Guarda). E outra conseqüência de tal
internacionalização é a Columbia, a mais antiga gravadora ainda existente, ser
hoje propriedade da japonesa Sony, desde 1987. Daí nada ser mais natural que
Roberto anuncie (embora com certo atraso, em 1994) sua intenção de investir
no mercado nipônico, gravando uma faixa, ou mesmo um disco inteiro, em
japonês, logo que se sentir habilitado a tanto — ele se diverte ao comentar
que, no momento, só sabe falar "domo arigato gozaimashita" (muito obrigado)
e "moshi moshi" (alô ao atender telefone). Não deve demorar muito até que
platéias japonesas estejam aclamando "Roberto wa osama desu".

A companhia de alguns amigos e meu cão...

A carreira de Roberto é cheia de círculos que se fecham, parceiros desde o


início da carreira até hoje, amigos que desaparecem e reaparecem. Eu gostei
de descobrir Aristeu num desempenho muito acima da média do rock
brasileiro (e mundial) dos anos 60 num compacto duplo obscuro de um certo
Sidneu Mar, antes de tocar com Roberto, bem como co-autor de "Ser
Estranho", gravada por Wanderléa em 1981. E Pilombeta, autor de dois hits de
Roberto, "Escreva Uma Carta, Meu Amor" e "Tudo Que Sonhei", apareceu (e
desapareceu) em discos de sambas acompanhado por um Os Tremendões
Show que nada tem a ver com os Tremendões de Erasmo.

Nos anos 60, o vanguardista e iconoclasta Frank Zappa (1940/1993), apesar de


fã de compositores pouco populares como Varèse e Stravinsky, declarou "o
que eu gosto mesmo é Gary Lewis & The Playboys", grupo americano famoso
por seu líder e baterista, filho do humorista Jerry Lewis, e por seus hits
fabricados em estúdio e ultracomerciais. E nos anos 70, Raul Seixas, estudioso
de filosofia, ocultismo, metafísica e muito mais, além de parodiar Roberto em
"Ouro de Tolo", cantaria mais tarde "eu quero mesmo é cantar iê-iê-iê/Eu
quero mesmo é gostar de você" ("Eu Quero Mesmo"). Realmente, não há nada
como música simples e bem-feita ("How potent cheap music is!", como bem
resumiu o compositor inglês Noel Coward, 1899/1973) para captar e
transmitir emoções — habilidades em que Roberto é reconhecido mestre.

Para terminar, mais algumas daquelas frases sobre Roberto que valem por
livros inteiros. Jorge Mautner em 1972: "Se eu fosse escolher um adjetivo para
Roberto Carlos eu diria: doçura. Roberto Carlos é o poeta popular das cidades
do Brasil. Provinciano e puro, com ingenuidade de caiçara e urbano, fatalista e
arisco, doce e nostálgico, rebelde e submisso, puritano e sexy, ídolo e cidadão
humilde, eis o grande Rei, situado exatamente na fronteira do permitido e do
não permitido." Por falar em permitido e não permitido, assim a Folha De S.
Paulo comentou o ano e meio que a Globo levou na liberação de seu
contratado para participar do Jô Onze E Meia, na arqui-rival SBT: “Um rei
que precisa ter uma permissão para fazer o que quer não é um rei, mas [...] não
vem mesmo daí a majestade de Roberto Carlos. Vem de outra parte, de outra
qualidade, como em Senna, em Pelé”.

Outra frase é de Erasmo Carlos: "Bicho, quero sempre o Roberto repetitivo!


Como ouvinte, quero o Roberto como ele é. A gente faz músicas com as
coisas que acontecem com as pessoas. Não inventamos nada. Procuramos
frases poéticas para falar do cotidiano de forma bonita."

Enfim, Roberto Carlos é mais uma legítima voz do povo, mais uma opção de
gosto e mais um estilo musical em si mesmo, e o melhor de sua obra
realmente ficou. (E ele ter cantado para o governo em 1972 ou gravar com o
formulaico Lincoln Olivetti são pecadilhos irrelevantes). "Meus temas não
dizem nada para certas pessoas, mas pro povo dizem", disse o próprio Roberto
em 1978. Roberto é mesmo o seresteiro da nova classe média, cantor de
detalhes e emoções, sem apelações baratas ou elitismos. Afinal, se os mestres
Dorival Caymmi e Jorge Amado rimaram "mar" com "mar" em "É Doce
Morrer no Mar", por que Roberto não poderia rimar "amor" com "amor" na
valsinha "Oh! Meu Imenso Amor", gravada inclusive por Dalva de Oliveira?
E se Eduardo Gudin e Paulo Cesar Pinheiro, compositores engajados e classe
A, podiam cantar em plena ditadura de 1974 "o importante é que a nossa
emoção sobreviva", por que Roberto e seu público não poderiam cantar "o
importante é que emoções eu vivi"?

Não importa que “brasa, mora” seja uma expressão tão fora de moda quanto
“cáspite”; se você gosta de música pop com influências de todo o mundo,
então deverá gostar de alguma música de Roberto e deverá estar usando sei lá
qual expressão de entusiasmo que estiver em voga no momento para elogiar
parte ou mesmo a totalidade da obra de Roberto. E, afinal, lembrar boas
coisas e músicas do passado — ou, como diz Roberto, “doces recordações” —
também é muito bom. Sim, é uma brasa, mora!

Discografia
"Eu quero apenas cantar meu canto"

Aqui estão, pela ordem: os LPs e CDs de Roberto; os 78 RPM; compactos


simples; os compactos duplos; os LPs e CDs coletâneas; e as participações de
Roberto em discos de outros artistas.

Fizemos o possível para apresentar nomes dos autores das músicas na íntegra,
muitas vezes abreviados (e às vezes incorretos) nos selos dos discos; usamos
abreviações apenas para Roberto Carlos (RC), Erasmo Carlos (EC) e versão
(vs).

O selo Columbia, desde 1987 pertencente à Sony Music, adotou no Brasil o


nome CBS de 1961 a 1990.

LONG-PLAYS/CDS

 Louco Por Você (Columbia, 37171, agosto de 1961)


Lado 1:
"Não É Por Mim" (Carlos Imperial/Fernando Cesar)
"Olhando Estrelas" (Look For a Star) (Tony Hatch “Michael Anthony”, vs.
Paulo Rogério)
"Só Você" (Edson Ribeiro/Renato Corte Real)
"Mr. Sandman" (Francis Drake "Pat" Ballard, vs. Carlos Alberto)
"Ser Bem" (Carlos Imperial)
"Chore Por Mim" (Cry Me a River) (Arthur Hamilton, vs. Julio Nagib)
Lado 2:
"Louco Por Você” (Careful, Careful) (Paul Vance/Lee Pockriss, vs. Carlos
Imperial)
"Linda" (Bill Caesar, vs. Carlos Imperial)
"Chorei" (Carlos Imperial)
"Se Você Gostou" (Carlos Imperial/Fernando Cesar)
"Solo Per Te" (A. Mineo, vs. Renato Corte Real)
"Eternamente" (Forever) (Bob Marcucci/Peter De Angelis, vs. Carlos
Imperial)
Notas: O LP vendeu apenas cerca de 500 cópias e jamais foi reeditado, sendo,
no momento, o mais procurado LP brasileiro (embora existam edições piratas
em CD).

 Roberto Carlos (CBS, 37304, novembro de 1963, reeditado como 137304,


fevereiro de 1985. CD: 850265, 1989)
Lado 1:
"Parei Na Contramão" (RC/EC)
"Quero Me Casar Contigo" (Carlos Alberto/Adilson Silva/Claudio Moreno)
"Splish, Splash" (Bobby Darin, Jean Murray, vs. EC)
"Só Por Amor" (Luiz Ayrão)
"Na Lua Não Há" ( Helena dos Santos)
"É Preciso Ser Assim" (RC/EC)
Lado 2:
"Onde Anda O Meu Amor" (Helio Justo/Erly Muniz)
"Nunca Mais Te Deixarei" (Paulo Roberto/Jovenil Santos)
"Professor De Amor" (I Gotta Know) (Matt Williams/Paul Evans, vs. Marcos
Moran)
"Baby, Meu Bem" (Helio Justo/Titto Santos)
"Oração De Um Triste" (José Messias)
"Relembrando Malena" (Rossini Pinto)
Notas: O LP tem participação não creditada de Renato e Seus Blue Caps em
faixas como "Splish, Splash". Quase todas as faixas têm acompanhamento de
orquestra e coro regidos pelo maestro Astor (1922/1968), creditado na
primeira edição em LP, mas não no relançamento de 1985 nem no CD. E o
relançamento em LP diz ser estéreo, mas é mono reprocessado.
 É Proibido Fumar (CBS, 37352, julho de 1964. Reeditado em estéreo:
137352, 1971. CD: 850085, maio de 1989)
Lado 1:
"É Proibido Fumar" (RC/EC)
"Um Leão Está Solto Nas Ruas" (Rossini Pinto)
"Rosinha" (Oswaldo Audi/Athayde Julio)
"Broto Do Jacaré" (RC/EC)
"Jura-Me" (Jovenil Santos)
"Meu Grande Bem" (Helena dos Santos)
Lado 2:
"O Calhambeque" (Road Hog) (John D. Loudermilk/Gwen Loudermilk, vs.
EC)
"Minha História De Amor" (José Messias)
"Nasci Para Chorar" (I Was Born To Cry) (Dion DiMucci, vs. EC)
"Amapola" (Joseph M. Lacalle, vs. RC)
"Louco Não Estou Mais" (RC/EC)
"Desamarre O Meu Coração" (Unchain My Heart) (Agnes Jones/Freddy
James, vs. RC)
Notas: A edição em estéreo esquece de incluir alguns efeitos sonoros (o
rugido do leão em "Um Leão Está Solto Nas Ruas", a buzina de “O
Calhambeque”) presentes na edição mono original, retirada de catálogo com o
lançamento da edição estéreo. E o vocal de “O Calhambeque” é diferente nas
edições mono e estéreo.

 Roberto Carlos Canta A La Juventud (CBS, 37383, 1965. CD: 721266,


1998)
Lado 1:
"Es Prohibido Fumar"
"Un León Se Escapó"
"Rosa, Rosita"
“La Chica Del Gorro"
"Jurame"
"Mi Gran Amor"
Lado 2:
"Mi Cacharrito"
"Mi Historia de Amor"
"Naci Para Llorar"
"Amapola"
"Loco No Soy Más"
"Desamarra Mi Corazón"
Notas: Trata-se do LP É Proibido Fumar cantado em espanhol, com versões
de J. Quirós (exceto "Amapola", originalmente em espanhol), gravado para
lançar Roberto no mercado latino-americano. Lançado no Brasil, permaneceu
pouquíssimo tempo em catálogo e é bem mais raro que Louco Por Você —
embora tenha sido reeditado em CD.

 Roberto Carlos Canta Para A Juventude (CBS, 37400, abril de 1965.


Reeditado em estéreo: 137400, 1971. CD: 850185, 1989)
Lado 1:
"História De Um Homem Mau" (Ol' Man Mose) (Louis Armstrong/Zilner
Trenton Randolph, vs. Roberto Rei)
"Noite De Terror" (Getúlio Cortes)
"Como É Bom Saber" (Helena dos Santos)
"Os Sete Cabeludos" (RC/EC)
"Parei... Olhei" (Rossini Pinto)
"Os Velhinhos" (José Messias)
Lado 2:
"Eu Sou Fan Do Monoquini" (RC/EC)
"Aquele Beijo Que Te Dei" (Edson Ribeiro)
"Brucutu" (Alley-Oop) (Dallas Frazier, vs. Rossini Pinto)
"Não Quero Ver Você Triste" (RC/EC)
"A Garota Do Baile" (RC/EC)
"Rosita" (Francisco Lara/Jovenil Santos)
Notas: A exemplo de É Proibido Fumar, este LP também perdeu alguns
efeitos sonoros (como a briga em "Os Sete Cabeludos") adicionados na
mixagem em mono. E "Rosita" é mais longa na edição em estéreo, sem o
"fade-out" da versão mono.

 Jovem Guarda (CBS, 47432, novembro de 1965. Reeditado em estéreo:


137432, 1971. CD: 850045, 1987)
Lado 1:
"Quero Que Vá Tudo Pro Inferno" (RC/EC)
"Lobo Mau" (The Wanderer) (Ernest Maresca, vs. Hamilton DiGiorgio)
"Coimbra" (Raul Ferrão/José Galhardo)
"Sorrindo Para Mim" (Helena dos Santos)
"O Feio" (Getúlio Cortes/Renato Barros)
"O Velho Homem do Mar" (Roberto Rei)
Lado 2:
"Eu Te Adoro Meu Amor" (Rossini Pinto)
"Pega Ladrão" (Getúlio Cortes)
"Gosto Do Jeitinho Dela" (Othon Russo/Niquinho)
"Escreva Uma Carta Meu Amor" (Pilombeta/Tito Silva)
"Não É Papo Pra Mim" (RC/EC)
"Mexerico Da Candinha" (RC/EC)
Notas: O disco tem participação não creditada do grupo do organista Lafayette
em faixas como "Quero Que Vá Tudo Pro Inferno". Aliás, todos os LPs de
Roberto de É Proibido Fumar até o de 1970 saíram sem crédito algum de
músicos ou maestros.

 Roberto Carlos (CBS, 37475, dezembro de 1966. Reeditado em estéreo:


137475, 1974. CD: 850195, 1989)
Lado 1:
"Eu Te Darei O Céu" (RC/EC)
"Nossa Canção" (Luiz Ayrão)
"Querem Acabar Comigo" (RC)
"Esqueça" (Forget Him) (Mark Anthony, vs. Roberto Corte Real)
"Negro Gato" (Getúlio Cortes)
"Eu Estou Apaixonado Por Você" (RC/EC)
Lado 2:
"Namoradinha De Um Amigo Meu" (RC)
"O Gênio" (Getúlio Cortes)
"Não Precisas Chorar" (Edson Ribeiro)
"É Papo Firme" (Renato Corrêa/Donaldson Gonçalves)
"Esperando Você" (Helena dos Santos)
"Ar De Moço Bom" (Niquinho/Othon Russo)
Notas: O disco tem participação não creditada dos Fevers em "Eu Estou
Apaixonado Por Você"; as outras faixas têm acompanhamento (também não
creditado) dos Jet Black’s.

 Roberto Carlos Em Ritmo de Aventura (CBS, 37525, novembro de 1967.


Reeditado em estéreo: 137525, 1974. CD: 850095, maio de 1989)
Lado 1:
"Eu Sou Terrível" (RC/EC)
"Como É Grande O Meu Amor Por Você" (RC)
"Por Isso Corro Demais" (RC)
"Você Deixou Alguém A Esperar" (Edson Ribeiro)
"De Que Vale Tudo Isso" (RC)
"Folhas De Outono" (Francisco Lara/Jovenil Santos)
Lado 2
"Quando" (RC)
"É Tempo De Amar" (José Ari/Pedro Camargo)
"Você Não Serve Pra Mim" (Renato Barros)
"E Por Isso Estou Aqui" (RC)
"O Sósia" (Getúlio Cortes)
"Só Vou Gostar De Quem Gosta De Mim" (Rossini Pinto)

 O Inimitável Roberto Carlos (CBS, 37585, dezembro de 1968. Primeiro a


ser lançado simultaneamente em mono e estéreo, 137585. CD: 850105,
maio de 1989)
Lado 1:
"E Não Vou Mais Deixar Você Tão Só" (Antonio Marcos)
"Ninguém Vai Tirar Você De Mim" (Edson Ribeiro/Helio Justo)
"Se Você Pensa" (RC/EC)
"É Meu, É Meu, É Meu" (RC/EC)
"Quase Fui Lhe Procurar" (Getúlio Cortes)
"Eu Te Amo, Te Amo, Te Amo" (RC/EC)
Lado 2:
"As Canções Que Você Fez Para Mim" (RC/EC)
"Nem Mesmo Você" (Helena dos Santos)
"Ciúme De Você" (Luiz Ayrão)
"Não Há Dinheiro Que Pague" (Renato Barros)
"O Tempo Vai Apagar" (Paulo Cesar Barros/Getúlio Cortes)
"Madrasta" (Renato Teixeira/Beto Ruschel)
Notas: O título deste LP é uma alusão a Paulo Sérgio e outros imitadores de
Roberto que começavam a surgir.
Consta que este LP vendeu um pouco menos que os anteriores, o que levou
Roberto a não dar mais títulos a seus LPs.

 Roberto Carlos (CBS, 37645 (mono), 137645 (estéreo), dezembro de 1969.


CD: 850285, 1989)
Lado 1:
"As Flores Do Jardim Da Nossa Casa" (RC/EC)
"Aceito Seu Coração" (Puruca)
"Nada Vai Me Convencer" (Paulo Cesar Barros)
"Do Outro Lado Da Cidade" (Helena dos Santos)
"Quero Ter Você Perto de Mim" (Nenéo)
"O Diamante Cor-De-Rosa" (RC/EC)
Lado 2:
"Não Vou Ficar" (Tim Maia)
"As Curvas Da Estrada De Santos" (RC/EC)
“Sua Estupidez" (RC/EC)
"Oh! Meu Imenso Amor" (RC/EC)
"Não Adianta" (Edson Ribeiro)
"Nada Tenho A Perder" (Getúlio Cortes)

 Roberto Carlos Narra Pedro e O Lobo (CBS Masterworks, 160170, agosto


de 1970).
Notas: Roberto faz a narração em português nesta gravação da obra erudita
Pedro e O Lobo (opus 67) de Sergei Prokofiev, com a New York Orchestra
regida por Leonard Bernstein. O disco traz ainda Semiramis de Giacomo
Rossini e a Abertura de Oberon de Carl Maria Von Weber.

 Roberto Carlos (CBS, 37695 (mono), 137695 (estéreo), dezembro de 1970.


Último LP de Roberto a ser lançado em mono. CD: 850115, maio de 1989)
Lado 1:
"Ana" (RC/EC)
"Uma Palavra Amiga” (Getúlio Cortes)
"Vista A Roupa Meu Bem" (RC/EC)
"Meu Pequeno Cachoeiro" (Meu Cachoeiro) (Raul Sampaio)
"O Astronauta" (Edson Ribeiro/Helena dos Santos)
"Se Eu Pudesse Voltar No Tempo" (Pedro Paulo/Luiz Carlos Ismail)
Lado 2:
"Preciso Lhe Encontrar" (Demetrius)
"Minha Senhora" (RC/EC)
"Jesus Cristo" (RC/EC)
"Pra Você" (Silvio Cesar)
"120... 150... 200 Km Por Hora" (RC/EC)
"Maior Que O Meu Amor" (Renato Barros)

 Roberto Carlos (CBS, 137745, dezembro de 1971. Primeiro a ser lançado


somente em estéreo. CD: 850125, 1987).
Lado 1:
"Detalhes" (RC/EC)
"Como Dois E Dois" (Caetano Veloso)
"A Namorada" (Mauricio Duboc/Carlos Colla)
"Você Não Sabe O Que Vai Perder" (Renato Barros)
"Traumas" (RC/EC)
"Eu Só Tenho Um Caminho" (Getúlio Cortes)
Lado 2:
"Todos Estão Surdos" (RC/EC)
"Debaixo Dos Caracóis Dos Seus Cabelos" (RC/EC)
"Se Eu Partir" (Fred Jorge)
"I Love You" (RC/EC)
"De Tanto Amor" (RC/EC)
"Amada, Amante" (RC/EC).
Notas: As faixas com * foram gravadas nos EUA com arranjos do maestro
americano Jimmy "Wiz" Wisner.

 Roberto Carlos (CBS, 137795, dezembro de 1972. CD: 850135, 1987)


Lado 1:
"À Janela..." (RC/EC)
"Como Vai Você" (Antonio Marcos/Mario Marcos)
"Você É Linda" (RC/EC)
"Negra" (Mauricio Duboc/Carlos Colla)
"Acalanto" (Dorival Caymmi)
"Por Amor" (RC/EC)
Lado 2:
"À Distância..." (RC/EC)
"A Montanha" (RC/EC)
"Você Já Me Esqueceu" (Fred Jorge)
"Quando As Crianças Saírem De Férias" (RC/EC)
"O Divã" (RC/EC)
"Agora Eu Sei" (Edson Ribeiro/Helena dos Santos)
 Roberto Carlos (CBS, 137835, dezembro de 1973. CD: 850205, maio de
1989)
Lado 1:
"A Cigana" (RC/EC)
"Atitudes" (Getúlio Cortes)
"Proposta" (RC/EC)
"Amigos? Amigos" (Isolda/Milton Carlos)
"O Moço Velho" (Silvio Cesar)
Lado 2:
"Palavras" (RC/EC)
"El Dia Que Me Quieras" (Carlos Gardel/Alfredo Le Pera)
"Não Adianta Nada" (Fred Jorge)
"O Homem" (RC/EC)
"Rotina" (RC/EC)

 Roberto Carlos (CBS, 137866, dezembro de 1974. CD: 850145, maio de


1989)
Lado 1:
"Despedida" (RC/EC)
"Quero Ver Você De Perto" (Benito de Paula)
"O Portão" (RC/EC)
"Ternura Antiga" (J. Ribamar/Dolores Duran)
"Você" (RC/EC)
"É Preciso Saber Viver" (RC/EC)
Lado 2:
"Eu Quero Apenas" (RC/EC)
"Jogo De Damas" (Isolda/Milton Carlos)
"Resumo" (Mario Marcos/Eunice Barbosa)
"A Deusa Da Minha Rua" (Newton Teixeira/Jorge Farah
"A Estação" (RC/EC)
"Eu Me Recordo" (Yo Te Recuerdo) (Armando Manzanero, vs. RC)

 Roberto Carlos (CBS, 230002, dezembro de 1975. CD: 850215, maio de


1989)
Lado 1:
"Quero Que Vá Tudo Pro Inferno" (RC/EC)
"O Quintal Do Vizinho" (RC/EC)
"Inolvidable" (Julio Gutierrez)
"Amanheceu" (Benito di Paula)
"Existe Algo Errado" (Mauricio Duboc/Carlos Colla)
"Olha" (RC/EC)
Lado 2:
"Além Do Horizonte" (RC/EC)
"Elas Por Elas" (Isolda/Milton Carlos)
"Desenhos Na Parede" (Beto Ruschel/Cesar das Mercês)
"Seu Corpo" (RC/EC)
"El Humanaqueño" (Edmundo P. Zaldivar)
"Mucuripe" (Fagner/Belchior)
Notas: Primeiro LP de Roberto com capa dupla.

 Roberto Carlos (CBS, 230015, dezembro de 1976. CD: 850165, maio de


1989).
Lado 1:
"Ilegal, Imoral Ou Engorda" (RC/EC)
"Os Seus Botões" (RC/EC)
"O Progresso" (RC/EC)
"Preciso Chamar Sua Atenção" (RC/EC)
"O Dia-A-Dia" (Nenéo/Fred Jorge)
"Pelo Avesso" (Isolda/Milton Carlos)
Lado 2:
"Você Na Minha Vida..." (RC/EC)
"A Menina E O Poeta" (Wando)
"Comentários" (Mauricio Duboc/Carlos Colla)
"Minha Tia" (RC/EC)
"Um Jeito Estúpido De Te Amar" (Isolda/Milton Carlos)
"Por Motivo De Força Maior" (Getúlio Cortes)

 Roberto Carlos (CBS, 230025, dezembro de 1977. CD: 850035, 1987)


Lado 1:
"Amigo" (RC/EC)
"Nosso Amor" (Mauro Motta/Eduardo Ribeiro)
"Falando Sério" (Mauricio Duboc/Carlos Colla)
"Muito Romântico" (Caetano Veloso)
"Solamente Una Vez" (Agustin Lara)
"Ternura" (Somehow It Got To Be Tomorrow Today) (Estelle Levitt, Chaim
Teicher "K. Karen", vs. Rossini Pinto)
Lado 2:
"Cavalgada" (RC/EC)
"Não Se Esqueça De Mim" (RC/EC)
"Jovens Tardes De Domingo" (RC/EC)
"Pra Ser Só Minha Mulher" (Ronnie Von/Tony Osanah)
"Outra Vez" (Isolda)
"Sinto Muito, Minha Amiga" (RC/EC)
Notas: Existe uma primeira (e muito rara!) edição com capa dupla; a edição
mais comum, de capa simples, inclui um poster com fotos da capa original.

 Roberto Carlos (CBS, 230035, dezembro de 1978. CD: 850225, 1989)


Lado 1:
"Fé" (RC/EC)
"A Primeira Vez" (RC/EC)
"Mais Uma Vez" (Mauricio Duboc/Carlos Colla)
"Lady Laura" (RC/EC)
"Vivendo Por Viver" (Marcio Greyck/Cobel)
Lado 2:
"Música Suave" (RC/EC)
"Café Da Manhã" (RC/EC)
"Tente Esquecer" (Isolda)
"Força Estranha" (Caetano Veloso)
"Por Fin Mañana" (Armando Manzanero)
"Todos Os Meus Rumos" (Fred Jorge)

 Roberto Carlos (CBS, 230045, dezembro de 1979. CD: 850175, maio de


1989)
Lado 1:
"Na Paz Do Seu Sorriso" (RC/EC)
"Abandono" (Ivor Lancelotti)
"O Ano Passado" (RC/EC)
"Esta Tarde Vi Llover" (Armando Manzanero)
"Me Conte A Sua História" (Mauricio Duboc/Carlos Colla)
Lado 2:
"Desabafo" (RC/EC)
"Voltei Ao Passado" (Mauro Motta/Eduardo Ribeiro)
"Meu Querido, Meu Velho, Meu Amigo" (RC/EC)
"Costumes" (RC/EC)
"Às Vezes Penso" (Eduardo Lages/Paulo Sergio Valle)

 Roberto Carlos (CBS, 230055, dezembro de 1980. CD: 850235, 1989)


Lado 1:
"A Guerra Dos Meninos" (RC/EC)
"O Gosto De Tudo" (RC/EC)
"A Ilha" (Djavan)
"Eu Me Vi Tão Só" (Mauro Motta/Eduardo Ribeiro)
"Passatempo" (Mauricio Duboc/Carlos Colla)
Lado 2:
"Não Se Afaste De Mim" (RC/EC)
"Procura-Se" (RC/Ronaldo Bôscoli)
"Amante À Moda Antiga" (RC/EC)
"Tentativa" (Marcio Greyck)
"Confissão" (Eduardo Lages/Paulo Sergio Valle)
Notas: Existe uma edição pirata deste LP, onde "Amante À Moda Antiga" é a
primeira faixa.

 Roberto Carlos (CBS, 230065, agosto de 1981. CD: 850295)


Lado 1:
"Honestly" (Falando Sério) (Mauricio Duboc/Carlos Colla, vs. Sue Sheridan)
"At Peace in Your Smile" (Na Paz do Seu Sorriso) (RC/EC, vs. Sue Sheridan)
"Loneliness" (Paul Williams, Ken Archer)
"Sail Away" (Billy Falcon)
"Niagara" (Marvin Hamlisch/Carole Bayer Sager/Bruce Roberts)
Lado 2:
"Buttons On Your Blouse" (Os Seus Botões) (RC/EC, vs. Julie Saires)
"Breakfast" (Café da Manhã) (RC/EC, vs. Sue Sheridan)
"Come To Me Tonight" (Gary Portnoy/Sue Sheridan)
"You Will Remember Me" (Detalhes) (RC/EC, vs. Sue Sheridan)
"It's Me Again" (Doug McCornick/Dennis Smith)

 Roberto Carlos (CBS, 230065, dezembro de 1981. CD: 850245, 1987).


Lado 1:
"Ele Está Pra Chegar" (RC/EC)
"Simples Mágica" (Regininha)
"As Baleias" (RC/EC)
"Tudo Pára" (RC/EC)
"Doce Loucura" (Mauricio Duboc/Carlos Colla)
Lado 2:
"Cama E Mesa" (RC/EC)
"Emoções" (RC/EC)
"Quando O Sol Nascer" (Mauro Motta/Eduardo Ribeiro)
"Eu Preciso De Você" (RC/EC)
"Olhando Estrelas" (Eduardo Lages/Paulo Sérgio Valle).

 Roberto Carlos (CBS, 230075, dezembro de 1982. CD: 850275, 1989)


Lado 1:
"Amiga" (RC/EC)
"Coisas Que Não Se Esquece" (Mauro Motta/Eduardo Ribeiro)
"Fim De Semana" (RC/EC)
"Pensamentos" (RC/EC)
"Quantos Momentos Bonitos" (Mauricio Duboc/Carlos Colla)
Lado 2:
"Meus Amores Da Televisão" (RC/EC)
"Fera Ferida" (RC/EC)
"Como É Possível..." (Sérgio Sá/Isolda)
"Recordações" (Edson Ribeiro/Helena dos Santos)
"Como Foi..." (Eduardo Lages/Paulo Sérgio Valle).
Notas: Primeiro disco de Roberto a ter uma faixa dividida com outro artista,
"Amiga" com Maria Bethânia.

 Roberto Carlos (CBS, 230085, dezembro de 1983. CD: 850255, 1989)


Lado 1:
"O Amor É A Moda" (RC/EC)
"Recordações E Mais Nada" (RC/Fred Jorge)
"Estou Aqui" (RC/EC)
"Preciso De Você" (Mauro Motta/Eduardo Ribeiro)
"Me Disse Adeus" (Eduardo Lages/Paulo Sérgio Valle)
Lado 2:
"Você Não Sabe" (RC/EC)
"O Côncavo E O Convexo" (RC/EC)
"No Mesmo Verão" (RC/EC)
"Perdoa" (RC/EC)
"A Partir Desse Instante" (Mauricio Duboc/Carlos Colla).

 Roberto Carlos (CBS, 230095, dezembro de 1984. CD: 850025, 1987).


Lado 1:
"Aleluia" (RC/EC)
"Coração" (RC/EC)
"Sabores" (Mauro Motta/Claudio Rabello)
"As Mesmas Coisas" (Mauricio Duboc/Carlos Colla)
Lado 2:
"O Caminhoneiro" (Gentle On My Mind) (John Hartford, vs. RC/EC)
"Eu E Ela" (Mauro Motta/Robson Jorge/Lincoln Olivetti)
"Cartas De Amor" (Love Letters) (Victor Young/Edward Heyman, vs.
Lourival Faissal)
"Lua Nova" (RC/EC)
"Eu Te Amo" (And I Love Her) (John Lennon/Paul McCartney, vs. RC)
Notas: Quase todos os LPs/CDs de Roberto, a partir deste, trazem créditos
completos dos músicos e arranjadores participantes — um ótimo exemplo que
poderia e deveria ser mais seguido por outros artistas e gravadoras.

 Roberto Carlos (CBS, 230105, dezembro de 1985. CD: 850015, 1987).


Lado 1:
"Verde E Amarelo" (RC/EC)
"De Coração Para Coração" (Mauro Motta/Robson Jorge/Lincoln
Olivetti/Isolda)
"Só Vou Se Você For" (RC/EC)
"Paz Na Terra" (RC/EC)
"Contradições" (Eduardo Lages/Paulo Sergio Valle)
Lado 2:
"Pelas Esquinas Da Nossa Casa" (RC/EC)
"Símbolo Sexual" (RC/EC)
"Você Na Minha Mente" (Mauro Motta/Robson Jorge/Lincoln Olivetti/Carlos
Colla)
"A Atriz" (RC/EC)
"Da Boca Pra Fora" (Mauricio Duboc/Carlos Colla)
 Roberto Carlos (CBS, 230145, dezembro de 1986. CD: 850005, 1987).
Lado 1:
"Apocalipse"(RC/EC)
"Amor Perfeito" (Michael Sullivan/Paulo Massadas/Lincoln Olivetti/Robson
Jorge)
"Eu Sem Você" (Mauricio Duboc/Carlos Colla)
"Do Fundo Do Meu Coração" (RC/EC)
"Quando Vi Você Passar" (Mauro Motta/Isolda)
Lado 2:
"Aquela Casa Simples" (RC/EC)
"Nêga" (RC/EC)
"O Nosso Amor" (RC/EC)
"Tente Viver Sem Mim" (Mauro Motta/Robson Jorge/Lincoln Olivetti)
"Eu Quero Voltar Pra Você" (Edmundo Logos/Paulo Sergio Valle)

 Roberto Carlos (CBS, 177245, dezembro de 1987. Primeiro LP de Roberto


a sair simultaneamente em CD: 850055).
Lado 1:
"Tô Chutando Lata" (RC/EC)
"Menina" (RC/EC)
“Águia Dourada" (RC/EC)
"Coisas Do Coração" (Eduardo Lages/Paulo Sergio Valle)
"Canção Do Sonho Bom" (Mauro Motta/Robson Jorge/Lincoln
Olivetti/Ronaldo Bastos)
Lado 2:
"O Careta" (RC/EC)
"Antigamente Era Assim" (RC/EC)
"Ingênuo E Sonhador"(Mauricio Duboc/Carlos Colla)
"Aventuras" (Antonio Marcos/Mario Marcos)
"Todo Mundo Está Falando" (Everybody's Talkin') (Fred Neil, vs. RC/EC)

 Roberto Carlos Ao Vivo (CBS, 177065, junho de 1988. CD: 850065,


outubro de 1988).
Lado 1:
"Abertura" (instrumental) (RC/EC)
"Proposta" (RC/EC)
"Emoções" (RC/EC)
"Lobo Mau" (The Wanderer) (Ernest Maresca, vs. Hamilton Di Giorgio)
"Eu Sou Terrível" (RC/EC)
"Amante À Moda Antiga" (RC/EC)
"Canzone Per Te" (Sergio Endrigo/Sergio Bardotti)
"Outra Vez" (Isolda)
Lado 2:
"Seu Corpo" (RC/EC)
"Café Da Manhã" (RC/EC)
"Os Seus Botões" (RC/EC)
"Falando Sério" (Mauricio Duboc/Carlos Colla)
"O Côncavo E O Convexo" (RC/EC)
"Eu E Ela" (Mauro Motta/Robson Jorge/Lincoln Olivetti)
"Detalhes" (RC/EC)
"Imagine" (John Lennon)
"Ele Está Pra Chegar" (RC/EC).
Notas: gravado ao vivo no Canecão (Rio de Janeiro). "Imagine" é cantada em
dueto com Gabriela.

 Roberto Carlos (CBS, 177085, dezembro de 1988. CD: 850075).


Lado 1:
"Se Diverte E Já Não Pensa Em Mim" (RC/EC)
"Como As Ondas Do Mar" (Marcos Valle/Carlos Colla)
"Todo Mundo É Alguém" (RC/EC)
"Se Você Disser Que Não Me Ama" (RC/EC)
"Papo De Esquina" (RC/EC)
Lado 2:
"Volver" (Carlos Gardel/Alfredo Le Pera)
"O Que É Que Eu Faço" (RC/EC)
"Eu Sem Você" (Mauro Motta/Carlos Colla)
"Toda Vã Filosofia" (Guilherme Arantes)
"Se O Amor Se Vai" (Roberto Livi/Bebu Silvetti/RC/Carlos Colla)
Notas: "Papo de Esquina" é em dueto com Erasmo Carlos.

 Parabéns Roberto Carlos (CBS, 51225, 1988)


Notas: Lançado excusivamente para as rádios, inclui a faixa "Se O Amor Se
Vai" e uma entrevista com Roberto.

 Roberto Carlos (CBS, 177215, dezembro de 1989. CD: 850305)


Lado 1:
"Amazônia" (RC/EC)
"O Tolo" (RC/EC)
"O Tempo E O Vento" (RC/EC)
"Se Você Me Esqueceu" (Roberto Livi/Carlos Colla)
Lado 2:
"Pássaro Ferido" (RC/EC)
"Nem Às Paredes Confesso" (Arthur Ribeiro/Ferrer Trindade)
"Só Você Não Sabe" (RC/EC)
"Sonrie" (Smile) (Geoffrey Parsons/John C. Turner/Charlie Chaplin, vs.
Roberto Livi)
"Se Você Pretende" (Mauro Motta/Carlos Colla)

 Roberto Carlos (CBS, 177245, dezembro de 1990. CD: 850315)


Lado 1:
"Super-Herói" (RC/EC)
"Meu Ciúme" (Michael Sullivan/Paulo Massadas)
"Por Ela" (Por Ella) (José Manoel Soto, vs. Biafra/Aloysio Reis)
"Pobre De Quem Me Tiver Depois De Você" (RC/EC)
"Cenário" (Eduardo Lages/Paulo Sergio Valle)
Lado 2:
"Quero Paz" (RC/EC)
"Um Mais Um" (Gilson/Carlos Colla)
"Porque A Gente Se Ama" (RC/EC)
"Como As Ondas Voltam Para O Mar" (RC/EC)
"Mujer" (Roberto Livi/Salako)

 Roberto Carlos (Columbia, 177265, novembro de 1991. CD: 850325-2)


Lado 1:
"Todas As Manhãs" (RC/EC)
"Primeira Dama" (RC/EC)
"Se Você Quer" (Se Piensas... Si Quieres...) (Robert Livi/Alejandro Wezzani,
vs. RC/Carlos Colla)
"Não Me Deixe" (Marcos Valle/Carlos Colla)
"Oh, Oh, Oh, Oh" (Robert Livi/Salako)
Lado 2:
"Luz Divina" (RC/EC)
"Pergunte Pro Seu Coração" (Michael Sullivan/Paulo Massadas)
"Diga-Me Coisas Bonitas" (RC/EC)
"Mudança" (Biafra/Nilo Pinta/Aloysio Reis)
Notas: "Se Você Quer" é um dueto com Fafá de Belém. Na versão em
espanhol quem canta com Roberto é Rocío Dúrcal (cantora espanhola surgida
nos anos 60 e que chegou a ser esposa do cantor-compositor espanhol Junior,
ex-Los Brincos e intérprete do megasucesso dos anos 70 “Excuse Me”).

 Roberto Carlos (Columbia, 177305, dezembro de 1992. CD: 805335)


Lado 1:
"Você É Minha" (RC/EC)
"Mulher Pequena" (RC/EC)
"De Coração" (Eduardo Lages/Paulo Sergio Valle)
"Você Como Vai?" (E Tu Come Stai?) (Claudio Baglione, vs. RC/EC)
"Dito E Feito" (Altay Veloso)
Lado 2:
"Herói Calado" (RC/EC)
"Eu Preciso Desse Amor" (Michael Sullivan/Paulo Massadas)
"Você Mexeu Com A Minha Vida" (Mauro Motta/Paulo Sergio Valle)
"Dizem Que Um Homem Não Deve Chorar" (Nova Flor) (Los Hombres no
deven Llorar) (Palmeira/Mario Zan, vs. em espanhol, Pepe Ávila, adapt.
RC/EC)
"Una En Um Millón" (Robert Livi/Alejandro Vezzani)

 Roberto Carlos (Columbia, LP: 177375, CD: 850345, dezembro de 1993)


Lado 1:
"O Velho Caminhoneiro" (RC/EC)
"Coisa Bonita" (RC/EC)
"Hoje é Domingo" (Nenéo/Dalmo Belote)
"Obsessão" (RC/EC)
Lado 2:
"Nossa Senhora" (RC/EC)
"Tanta Solidão" (Mauro Motta/Marcos Valle/Paulo Sergio Valle)
"Se Você Pensa" (RC/EC)
"Parabéns" (Altay Veloso)
"Mis Amores" (Robert Livi/Bebu Silvetti)

 Roberto Carlos (Amigo Records/Columbia, 469005, dezembro de 1994.


CD: 879005)
Lado 1:
"Alô" (RC/EC)
"Quero Lhe Falar Do Meu Amor" (RC/EC)
"O Taxista" (RC/EC)
"Custe O Que Custar" (Edson Ribeiro/Helio Justo)
Lado 2:
"Jesus Salvador" (RC/EC)
"Meu Coração Ainda Quer Você" (Mauro Motta/Robson Jorge/Paulo Sergio
Valle)
"Quando A Gente Ama" (RC/EC)
"Silêncio" (Beto Surlan)
"Eu Nunca Amei Ninguém Como Eu Te Amei" (Eduardo Lages/Paulo Sergio
Valle)
Notas: Primeiro disco de Roberto em seu próprio selo, o recém-fundado
Amigo Records, parte de seu novo contrato com a Sony.
 Roberto Carlos (Amigo Records/Columbia, 469015, dezembro de 1995.
CD: 879015)

“Amigo Não Chore Por Ela” (RC/EC)


“O Charme Dos Seus Óculos” (RC/EC)
“O Coração Não Tem Idade” (RC/EC)
“Pra Ficar Com Você” (Mauro Motta/Carlos Colla)
“Quando Eu Quero Falar Com Deus” (RC/EC)
“Romântico” (RC/EC)
“Nunca Te Esqueci” (Eduardo Lages/Paulo Sérgio Valle)
“Quase Fui Lhe Procurar” (Getúlio Côrtes)
“Sonho De Amor” (Fernando de Souza/Mário Avellar/Edilson Campos)

 Roberto Carlos (Amigo Records/Columbia, 469025, dezembro de 1996.


CD: 879025)
Lado 1:
“Mulher De 40” (RC/EC)
“Cheirosa” (RC/EC)
“Quando Digo Que Te Amo” (RC/EC)
“Amor Antigo” (RC/EC)
“Como É Grande O Meu Amor Por Você” (RC)
Lado 2:
“O Terço” (RC/EC)
“Tem Coisas Que A Gente Não Tira Do Coração” (RC/EC)
“Comandante Do Seu Coração” (RC/EC)
“Assunto Predileto” (Eduardo Lages/Paulo Sérgio Valle)
“O Homem Bom” (Paulo Sete/Clayton Querido)
 Canciones Que Amo (Amigo Records/Columbia, 758415/9-488090,
dezembro de 1997)
“Abrazame Así” (Mario Clavel)
“Adiós” (Enric Madriguera)
“Niña” (Bebu Silvetti)
“Las Muchachas De La Plaza España” (Mario Ruccione/Arnaldo
Marchionne/vs. em espanhol de M. S. Garcia)
“El Manisero” (Moises Simons)
“Coração de Jesus” (RC/EC)
“Mi Carta” (Mario Clavel)
“Esta Tarde Vi Llover” (Armando Manzanero)
“Insensatez” (Tom Jobim/Vinicius de Moraes/vs. em espanhol de RC)
“Se Me Olvido Otra Vez” (Juan Gabriel)
Notas: Esta gravação de “Esta Tarde Vi Llover” é diferente do disco de 1979.

 Roberto Carlos (Amigo Records/Columbia, 879035, dezembro de 1998)


“Meu Menino Jesus” (RC/EC)
“O Baile Da Fazenda” (RC/EC)
“Eu Te Amo Tanto” (RC)
“Vê Se Volta Pra Mim” (Eduardo Lages/Paulo Sérgio Valle)
“De Tanto Amor” (RC/EC)
“Debaixo Dos Caracóis Dos Teus Cabelos” (RC/EC)
“Nossa Canção” (Luiz Ayrão)
“Amada Amante” (RC/EC)
“Falando Sério” (Maurício Duboc/Carlos Colla)
“Outra Vez” (Isolda)
Notas: As seis últimas faixas são gravações ao vivo. Curiosidade: “Eu Te
Amo Tanto” é a primeira composição somente de Roberto lançada desde
1968.

DISCOS 78 RPM

(Não contando, obviamente, um disco de outro Roberto Carlos, sanfoneiro:


"Baião Japonês", autoria dele mesmo, lançado pela Continental em 1960. Por
sinal, aconselharam ao sanfoneiro Roberto Carlos que mudasse de nome por
causa do cantor quando este começou a fazer sucesso, mas ele se recusou,
achando que o cantor novato não iria durar muito. Pois é.)

 Polydor, B-330 (agosto de 1959)


"João E Maria" (RC/Carlos Imperial)
"Fora Do Tom" (Carlos Imperial)
Notas: Único disco de Roberto no selo Polydor.

 Columbia, 3130 (agosto de 1960)


"Canção Do Amor Nenhum" (Carlos Imperial)
"Brotinho Sem Juízo" (Carlos Imperial)

 Columbia, 3168 (1961)


"Louco Por Você" (Careful, Careful) (Paul Vance/Lee Pockriss, vs. Carlos
Imperial)
"Não É Por Mim" (Carlos Imperial/Fernando Cesar)

 CBS, 3206 (abril de 1962)


"Fim De Amor" (Runaround Sue) (Ernest Maresca/Dion DiMucci, vs. Beto
Ruschel)
"Malena" (Rossini Pinto/Fernando Costa)

 CBS, 3239 (outubro de 1962)


"Susie" (RC)
"Triste E Abandonado" (Helio Justo/Erly Muniz)

 CBS, 3274 (1963)


“Splish, Splash" (Bobby Darin, Jean Murray, vs. EC)
"Baby Meu Bem" (Helio Justo/Tito Santos)

 CBS, 3316 (dezembro de 1962)


"Parei Na Contramão" (RC/EC)
"Na Lua Não Há" (Helena dos Santos)

 CBS, 3328 (dezembro de 1963)


“É Proibido Fumar" (RC/EC)
"Minha História De Amor" (José Messias)

COMPACTOS SIMPLES

 CBS (33328, julho de 1964)


"É Proibido Fumar" (RC/EC)
"Minha História De Amor" (José Messias)

 CBS (sem número, 1964)


“O Calhambeque” (Road Hog) (John D. & Gwen Loudermilk, vs. EC) 1964
Notas: É o famoso compacto de papel distribuído como brinde das canetas
Sheaffer’s (e esta versão é mono, incluindo a não menos famosa buzina).

 CBS (33369, março de 1965)


“História De Um Homem Mau" (Ol' Man Mose) (Louis Armstrong/Zilner
Trenton Randolph, vs. Roberto Rei)
"Aquele Beijo Que Te Dei" (Edson Ribeiro)

 CBS (33377, junho de 1965)


"Não Quero Ver Você Triste" (RC/EC)
"Parei... Olhei..." (Rossini Pinto)

 CBS (33409, dezembro de 1965)


"Quero Que Vá Tudo Pro Inferno" (RC/EC)
"Escreva Uma Carta Meu Amor" (Pilombeta/Tito Silva)

 CBS (33442, julho de 1966)


"Esqueça" (Forget Him) (Mark Anthony, vs. Roberto Corte Real)
"É Papo Firme" (Renato Corrêa/Donaldson Gonçalves)

 CBS (33465, janeiro de 1967)


"Namoradinha De Um Amigo Meu" (RC)
"Não Precisas Chorar" (Edson Ribeiro)

 CBS (33475, abril de 1967)


“Só Vou Gostar De Quem Gosta De Mim" (Rossini Pinto)
"Tudo Que Sonhei" (Pilombeta)
 CBS (33523, dezembro de 1967)
"Eu Daria A Minha Vida" (Martinha)
"Fiquei Tão Triste" (Helena dos Santos)

 CBS (33526, outubro de 1967)


"Maria, Carnaval E Cinzas" (Luiz Carlos Paraná)
"Ai Que Saudades Da Amélia" (Ataulfo Alves/Mário Lago)

 CBS (33536, fevereiro de 1968)


"Canzone Per Te" (Sergio Endrigo/Sergio Bardotti)
"L'Ultima Cosa" (Luciano Beretta/Balsamo)

 CBS (33574, agosto de 1968)


"Eu Te Amo, Te Amo, Te Amo" (RC/EC)
"Com Muito Amor E Carinho" (Eduardo Araújo/Chil Deberto)

 Polydor (CSPN 51044, 1968)


"João E Maria" (RC/Carlos Imperial)
"Fora Do Tom" (Carlos Imperial), 1968
Relançamento do primeiro 78 de Roberto.

 CBS (33618, novembro de 1969)


"Eu Disse Adeus" (RC/EC)
"Custe O Que Custar" (Edson Ribeiro/Hélio Justo)

 CBS (33657, julho de 1970)


“120... 150... 200 Km Por Hora” (RC/EC)
“A Palavra Adeus” (Fred Jorge)
 CBS (33723, agosto de 1971)
"Amada Amante" (RC/EC)
"Eu Só Tenho Um Caminho" (Getúlio Cortes)

 CBS (33753, março de 1972)


"Un Gatto Nel Blu" (Toto Savio)
"Detalhes" (RC/EC)

 CBS (33767, setembro de 1972)


"Agora Eu Sei" (Edson Ribeiro/Helena dos Santos)
"Por Amor" (RC/EC)

 CBS (33813, novembro de 1973)


"O Show Já Terminou" (RC/EC)
"Sonho Lindo" (Mauricio Duboc/Carlos Colla)

 CBS (setembro de 1974)


"É Preciso Saber Viver" (RC/EC)
"Eu Me Recordo" (Yo Te Recuerdo) (Armando Manzanero, vs. RC)

 CBS (33886, setembro de 1976)


"O Portão" (RC/EC)
"Olha" (RC/EC)

COMPACTOS ESPECIAIS PARA VITROLAS AUTOMÁTICAS


DE BAR (JUKEBOXES)
 CBS (CP-987, julho de 1981)
"Sail Away" (Billy Falcon), a mesma faixa em ambos os lados

 CBS (CP-501533, 1982)


“Amiga” (RC/EC)

COMPACTOS DE 12 POLEGADAS PROMOCIONAIS PARA


EMISSORAS DE RÁDIO (todos pelo selo CBS)

 "Perdoa" (51045, abril de 1984)


 "Eu E Ela" (, fevereiro de 1985)
 "O Caminhoneiro" (51075, 1984)
 "Verde E Amarelo" (51115, 1985)
 "De Coração Pra Coração" (51125, 1986)
 "Apocalipse" (51145, dezembro de 1986)
 "Do Fundo Do Meu Coração" (51155, 1987)
 "Seu Corpo"/"Café Da Manhã"/"Os Seus Botões"/"Falando Sério"/"O
Côncavo E O Convexo"/"Eu E Ela", medley tirado do disco ao vivo, 1988)
 "Se Diverte E Já Não Pensa Em Mim" (, 1988)
 "Se O Amor Se Vai" (51225, 1988)
 "Se Você Disser Que Não Me Ama" (51235, 1988)
 "O Tolo" (sem número, 1989)
 "Se Você Pretende" (51295, 1990)
 "Meu Ciúme" (51315, novembro de 1990)
 "Super-Herói" (51345, 1990)

CDS PROMOCIONAIS PARA EMISSORAS DE RÁDIO


 "Se Você Pensa", classic radio; "Se Você Pensa", classic house mix
(Columbia, 899075, 1994)
 "Alô" (Amigo Records, novembro de 1994)
 “O Terço”; “Mulher De Quarenta”; “Cheirosa”; “Tem Coisas Que A Gente
Não Tira Do Coração” (Amigo Records, 899275, 1996)
 “Adiós” (Amigo Records, 899502, 1997)
 “Coração De Jesus”; “Abrazame Así”; “Niña”; “Adiós” (Amigo Records,
899468, 1997)
 “Vê Se Volta Pra Mim”; “Meu Menino Jesus”; “Eu Te Amo Tanto”
(Amigo Records, 899665, 1998)

COMPACTOS DUPLOS

Todos reúnem faixas de LPs, 78 RPMs e compactos simples – mas atenção


para algumas curiosidades!
Todos permaneceram em catálogo até 1985, quando a CBS deixou de fabricar
compactos.
A partir de 1973 todos foram lançados em estéreo, e os anteriores, lançados
originalmente em mono, foram reeditados em estéreo, com as variações
correspondentes listadas acima nos LPs (vocais diferentes, ausência de efeitos
sonoros etc.).

 Roberto Carlos (CBS, 56110, julho de 1963)


Lado 1: "Triste E Abandonado"; "Malena"
Lado 2: "Splish, Splash"; "Baby Meu Bem"

 Roberto Carlos (CBS, 56138, fevereiro de 1964)


Lado 1: "Parei Na Contramão"; "Relembrando Malena"
Lado 2: "Na Lua Não Há"; "Professor De Amor"

 Roberto Carlos (CBS, 56162, julho de 1964)


Lado 1: "Quero Me Casar Contigo"; "Só Por Amor"
Lado 2: "Nunca Mais Te Deixarei"; "Oração De Um Triste"

 É Proibido Fumar (CBS, 56170, agosto de 1964)


Lado 1: "É Proibido Fumar"; "Rosinha"
Lado 2: "Um Leão Está Solto Nas Ruas"; "Minha História De Amor"

 É Proibido Fumar Vol. 2 (CBS, 56179, setembro de 1964)


Lado 1: "O Calhambeque"; "Meu Grande Bem"
Lado 2: "Louco Não Estou Mais"; "Nasci Para Chorar"

 É Proibido Fumar Vol. 3 (CBS, 56194, janeiro de 1965)


Lado 1: "Jura-Me"; "Broto Do Jacaré"
Lado 2: "Amapola"; "Desamarre O Meu Coração"

 Roberto Carlos Canta Para A Juventude (CBS, 56202, maio de 1965)


Lado 1: "História De Um Homem Mau"; "Os Sete Cabeludos"
Lado 2: "Eu Sou Fan Do Monoquini"; "Parei... Olhei”

 Roberto Carlos Canta Para A Juventude Vol. 2 (CBS, 56218, agosto de


1965)
Lado 1: "Não Quero Ver Você Triste"; "Aquele Beijo Que Te Dei"
Lado 2: "Brucutu"; "Como É Bom Saber"
 Roberto Carlos Canta Para A Juventude Vol. 3 (CBS, 56232, novembro de
1965)
Lado 1: "A Garota Do Baile"; "Os Velhinhos"
Lado 2: "Noite De Terror"; "Rosita"

 Jovem Guarda (CBS, 56239, dezembro de 1965)


Lado 1: "Quero Que Vá Tudo Pro Inferno"; "O Velho Homem Do Mar"
Lado 2: "Coimbra"; "Gosto Do Jeitinho Dela"

 Jovem Guarda Vol. 2 (CBS, 56250, março de 1966)


Lado 1: "Não É Papo Pra Mim"; "Sorrindo Para Mim"
Lado 2: "Pega Ladrão"; "Eu Te Adoro Meu Amor"

 Jovem Guarda Vol. 3 (CBS, 56260, junho de 1966)


Lado 1: "Lobo Mau"; "Escreva Uma Carta, Meu Amor"
Lado 2: "O Feio"; "Mexerico Da Candinha"

 Roberto Carlos (CBS, 56277, dezembro de 1966)


Lado 1: "Nossa Canção"; "Ar De Moço Bom"
Lado 2: "Eu Te Darei O Céu"; "Esqueça"

 Roberto Carlos Vol. 2 (CBS, 56278, março de 1967)


Lado 1: "Namoradinha De Um Amigo Meu"; "Querem Acabar Comigo"
Lado 2: "O Gênio"; "Eu Estou Apaixonado Por Você"

 Roberto Carlos Em Ritmo de Aventura (CBS, 56303, dezembro de 1967)


Lado 1: "Como É Grande O Meu Amor Por Você"; "O Sósia"
Lado 2: "É Tempo De Amar"; "E Por Isso Estou Aqui"
 Roberto Carlos Em Ritmo de Aventura Vol. 2 (CBS, 56312, março de
1968)
Lado 1: "Quando"; "Você Deixou Alguém A Esperar"
Lado 2: "Por Isso Corro Demais"; "Você Não Serve Pra Mim"

 Roberto Carlos Em Ritmo de Aventura Vol. 3 (CBS, 56315, setembro de


1968)
Lado 1: "Eu Sou Terrível"; "L'Ultima Cosa"
Lado 2: "De Que Vale Tudo Isso"; "Folhas De Outono"

 O Inimitável Roberto Carlos (CBS, 56330, dezembro de 1968)


Lado 1: "As Canções Que Você Fez Pra Mim"; "Nem Mesmo Você"
Lado 2: "Ninguém Vai Tirar Você De Mim"; "É Meu, É Meu, É Meu"

 Roberto Carlos de Ontem e de Hoje (CBS, GP 868, 1968)


Lado 1: "O Tempo Vai Apagar"; "Na Lua Não Há"
Lado 2: "Eu Amo Demais"; "Eternamente"
Notas: Brinde de uma edição especial da revista Sétimo Céu sobre Roberto.
Especial mesmo: inclui até uma faixa do já na época raro LP Louco Por Você.

 O Inimitável Roberto Carlos Vol. 2 (CBS, 56339, março de 1969)


Lado 1: "Ciúme De Você"; "Não Há Dinheiro Que Pague"
Lado 2: "Se Você Pensa"; "Quase Fui Lhe Procurar"

 Roberto Carlos (CBS, 56360, janeiro de 1970)


Lado 1: "As Flores Do Jardim Da Nossa Casa"; "Oh! Meu Imenso Amor"
Lado 2: "Não Vou Ficar"; Nada Vai Me Convencer"
 Roberto Carlos Vol. 2 (CBS, 56365, março de 1970)
Lado 1: "Aceito Seu Coração"; "Do Outro Lado Da Cidade"
Lado 2: "Sua Estupidez"; "Nada Tenho A Perder"

 Roberto Carlos Vol. 2 (CBS, 56398, janeiro de 1971)


Lado 1: "Ana"; "Se Eu Pudesse Voltar No Tempo"
Lado 2: "Vista A Roupa, Meu Bem"; "Preciso lhe Encontrar"

 Roberto Carlos Vol. 2 (CBS, 56401, fevereiro de 1971)


Lado 1: "Jesus Cristo"; "Uma Palavra Amiga"
Lado 2: "Minha Senhora"; "Maior Que O Meu Amor"

 Roberto Carlos (CBS, 56411, agosto de 1971)


Lado 1: "Amada Amante"; "Eu Só Tenho Um Caminho"
Lado 2: "Meu Pequeno Cachoeiro"; "Pra Você"
Notas: Esta gravação de "Meu Pequeno Cachoeiro" é diferente da incluída no
LP de 1970.

 Roberto Carlos (CBS, 56416, dezembro de 1971)


Lado 1: "A Namorada"; "Você Não Sabe O Que Vai Perder"
Lado 2: "Todos Estão Surdos"; "I Love You"

 Roberto Carlos Vol. 2 (CBS, 56423, março de 1972)


Lado 1: "Detalhes"; "Como Dois E Dois"
Lado 2: "Debaixo Dos Caracóis Dos Seus Cabelos"; "Se Eu Partir"

 Roberto Carlos (CBS, 56438, janeiro de 1973)


Lado 1: "A Montanha"; "Negra"
Lado 2: "Quando As Crianças Sairem De Férias"; "Acalanto"

 Roberto Carlos (CBS, 56456, abril de 1974)


Lado 1: "A Cigana"; "Não Adianta Nada"
Lado 2: "Atitudes"; "Palavras"

 Roberto Carlos (CBS, 56463, dezembro de 1974)


Lado 1: "Eu Quero Apenas"; "Resumo"
Lado 2: "Despedida"; "Você"

 Eu Disse Adeus (CBS, 56473, novembro de 1975)


Lado 1:"Un Gatto Nel Blu"; "Você Me Pediu"
Lado 2: "Eu Disse Adeus"; "Sonho Lindo"

 Eu Amo Demais (CBS, 56474, novembro de 1975)


Lado 1: "Eu Amo Demais"; "Com Muito Amor E Carinho"
Lado 2: "O Show Já Terminou"; "Custe O Que Custar"

 Eu Daria a Minha Vida (CBS, 56475, novembro de 1975)


Lado 1: "Eu Daria A Minha Vida"; "Ai Que Saudades Da Amélia"
Lado 2: "Canzone Per Te"; "Maria, Carnaval E Cinzas"

 Roberto Carlos (CBS, 56479, fevereiro de 1976)


Lado 1: "Além Do Horizonte"; "Existe Algo Errado"
Lado 2: "O Quintal Do Vizinho"; "Seu Corpo"

 Roberto Carlos (CBS, 56492, dezembro de 1976)


Lado 1: "Fiquei Tão Triste"; "Rotina"
Lado 2: "Proposta"; "Tudo Que Sonhei"
Notas: Além de dois hits do LP de 1973, inclui duas faixas raras de compactos
simples dos anos 60 — e que voltaram a ser raras quando a CBS parou de
lançar compactos.

 Roberto Carlos (CBS, 56493, janeiro de 1977)


Lado 1: "O Progresso"; "Pelo Avesso"
Lado 2: "Os Seus Botões"; "O Dia-a-Dia"

 Roberto Carlos Vol. 2 (CBS, 56508, julho de 1977)


Lado 1: "Você Em Minha Vida"...; "Preciso Chamar Sua Atenção"
Lado 2: "Minha Tia"; "Ilegal, Imoral Ou Engorda"

 Roberto Carlos Vol. 2 (CBS, 56516, fevereiro de 1978)


Lado 1: "Amigo"; "Outra Vez"
Lado 2: "Não Se Esqueça De Mim"; "Jovens Tardes De Domingo"

 Roberto Carlos (CBS, 56527, setembro de 1978)


Lado 1: "Falando Sério"; "Nosso Amor"
Lado 2: "Cavalgada"; "Pra Ser Só Minha Mulher"

 Roberto Carlos (CBS, 56537, março de 1979)


Lado 1: "Fé"; "Vivendo Por Viver"
Lado 2: "Café da Manhã"; "Todos Os Meus Rumos"

 Roberto Carlos (CBS, 56543, 1979)


Lado 1: “Desabafo”; “Às Vezes Penso”
Lado 2: “Na Paz Do Seu Sorriso”; “Abandono”

 Roberto Carlos (CBS Especial, 640002)


Lado 1: "Amigo"; "Detalhes"
Lado 2: "Café Da Manhã"; "Amante À Moda Antiga"
Notas: Distribuído como brinde de fim-de-ano pela Avon. Inclui encarte com
as letras das músicas e uma mensagem de Natal da firma às suas
revendedoras.

COLETÂNEAS

 Roberto Carlos San Remo 1968 (CBS, 137914, maio de 1976. CD:
850155, maio de 1989).
Lado 1:
"Canzone Per Te"
"Eu Daria A Minha Vida"
"Maria, Carnaval E Cinzas"
“Você Me Pediu"
"Com Muito Amor E Carinho"
"Sonho Lindo"
Lado 2:
"Un Gatto Nel Blu"
"O Show Já Terminou"
"Ai Que Saudades Da Amélia"
"Custe O Que Custar"
"Eu Amo Demais"
"Eu Disse Adeus"
Notas: Bem-intencionada reunião de faixas lançadas somente em compactos,
inclusive com um bom texto de contracapa do jornalista e DJ Big Boy
(1945/1977), completo com comentários de Roberto sobre cada faixa (embora,
ao contrário do que diz o texto, este disco não tenha todos os compactos de
Roberto). Pena que este texto esteja ausente da edição em CD e que, desde
então, a gravadora não tenha se dedicado a outras coletâneas de gravações
raras de Roberto (exceto uma ou outra faixa em compactos duplos).

 Roberto Carlos (CBS, 850001, dezembro de 1987, somente em CD.


Reeditado em 1998 com título As Melhores).
"Emoções"; "Detalhes", "Outra Vez"; "Os Seus Botões"; "Proposta"; "Ele Está
Pra Chegar"; "O Portão"; "Falando Sério"; "Cavalgada", "Café Da Manhã";
“Desabafo”; "Eu E Ela"
Notas: Primeiro CD de Roberto Carlos, que inclusive chegou a ser vendido
pelo correio, numa promoção conjunta com a ECT, no início dos anos 90.

 Inolvidables (Globo/Columbia, 423028, junho de 1993. CD: 419028).


Lado 1:
"Amigo"
"Desahogo"
"Un Million De Amigos"
"Inolvidable"
"La Distancia"
Lado 2:
"Lady Laura"
“Propuesta"
"Amante A La Antigua"
"El Dia Que Me Quieras"
"Amanda Amante"
Notas: Coletânea de faixas dos LPs/CDs de Roberto em espanhol, até então
exclusivas dos mercados latino-americano e norte-americano. As versões são
de Buddy McCluskey, exceto "Desahogo" (Desabafo), de L. G. Escolar. Pena
que este disco não inclui “No Quiero Verte Triste” e “Quiero Casarme
Contigo”, não apenas versões, mas também regravações dos anos 70, com
acompanhamento instrumental bem diferente (aguarde para breve uma
discografia nossa de Roberto no exterior!).

PARTICIPAÇÕES EM DISCOS DE OUTROS ARTISTAS

 A História De 68 Em Música E Informação (Jornal do Brasil, 1968)


Disco-retrospectiva do ano de 1968, inclui Roberto cantando “Canzone Per
Te” ao vivo no Festival de San Remo.

 Erasmo Carlos Convida, Erasmo Carlos (Polygram, 1980)


Roberto canta em dupla com Erasmo "Sentado À Beira Do Caminho"
(RC/EC).

 Música Para Amar, vários (CBS, março de 1976)


Roberto canta "Amore Mi Sbagliai" (Você Já Me Esqueceu) (Fred Jorge, vs.
F. Specchia).

 A Turma do Balão Mágico, A Turma do Balão Mágico (CBS, 1984)


Roberto canta com a TBM "É Tão Lindo" (It's Not Easy) (Al Kasha/Joel
Hirshhorn, vs. Edgard Poças)

 De Corazon a Corazon, Eydie Gormé (Epic, 1988)


Roberto canta "Sentado A La Vera Del Camino" (RC/EC, vs. Robert Livi).

 Rendez-Vous, vários (Opus/Columbia, 1984)


Roberto canta "La Guerre Des Gosses" (A Guerra Dos Meninos) (RC/EC, vs.
P. Saisse).

 Es Facil Amar, Lani Hall (A & M, 1985)


Roberto canta em dupla com Lani Hall (ex-cantora de Sergio Mendes) na
faixa "De Repente El Amor" (Albert Hammond/Anahi), também lançada em
compacto, inclusive no Brasil.

 "Chega De Mágoa" (criação coletiva), vários (Caixa Econômica


Federal/Chantecler, 1985)
A famosa versão cabocla do "We Are The World", cantada por Roberto junto
com dezenas de outros grandes nomes do rock nacional e da MPB.

 "Cantaré, Cantarás" (I Will Sing, You Will Sing) (Albert Hammond/Juan


Carlos Calderon/Anahi), Hermanos (Columbia, 1985)
Mais um "We Are The World", só que versão latino-americana. Roberto canta
ao lado de Vikki Carr, Celia Cruz, Placido Domingo, Lucho Gatica, Julio
Iglesias, Sergio Mendes, Palito Ortega, Simone, Gal Costa, Pedro Vargas e
muitos outros.

 “Vamos Llegar”, vários (Som Livre, 1994/EUA: EMI, 1994)


Canção especial para as Olimpíadas de Atlanta, ao lado de Gloria Estefan,
Jon Secada e outros artistas latino-americanos. (Esta música foi gravada por
Estefan numa versão em inglês, “Reach”.)
 40 Anos De Spots E Jingles, vários (Escola Superior de Propaganda e
Marketing, 199.)
Inclui um jingle dos anos 60 para a Shell interpretado por Roberto.

 Um Universo de Notícias/Objetivo: Prestação de Serviço, Equipe da Rádio


Jovem Pan (Jovem Pan/Odeon, maio de 1973)
LP produzido para a 5ª Semana de Estudos de Jornalismo promovida pela
Escola de Comunicações e Artes da USP. Inclui trechos de notícias, vinhetas e
um trecho de um programa de José Fernandes onde ele "metralha" uma das
primeiras músicas de Roberto, "O Aniversário Do Meu Bem", numa gravação
mais recente, de Claudio Fontana. Após a "metralhada" de José Fernandes no
"bagulho", Roberto aparece dizendo "ô bicho, a gente tava começando..."

Filmografia
"O beijo que eu dei nela dentro do cinema"

 Agüenta O Rojão, 1958.


Direção: Livio Bruni.
Elenco: Zé Trindade, Reginaldo Farias, Zezé Macedo, Carlos Imperial,
Roberto Carlos.

 Alegria De Viver, 1958.


Direção: Watson Macedo.
Elenco: Eliana Macedo, John Herbert, Yoná Magalhães, Carlos Imperial,
Roberto Carlos.

 Minha Sogra É Da Polícia, 1958.


Direção: Livio Bruni.
Elenco: Violeta Ferraz, Costinha, Carlos Imperial, Roberto Carlos, Erasmo
Carlos, Wilson Simonal.

 Roberto Carlos Em Ritmo De Aventura, 1968, 100 min.


Direção: Roberto Farias.
Elenco: Roberto Carlos, José Lewgoy, Reginaldo Farias, Wanderléa, Márcia
Rodrigues.

 Roberto Carlos E O Diamante Cor-De-Rosa, 1970, 100 min.


Direção: Roberto Farias.
Elenco: Roberto Carlos, José Lewgoy, Erasmo Carlos, Wanderléa, Paulo
Porto.

 Roberto Carlos A 300 Km Por Hora, 1971, 100 min.


Direção: Roberto Farias.
Elenco: Roberto Carlos, Erasmo Carlos, Libânia Almeida, Raul Cortez, Otelo
Zeloni, Walter Forster, Flavio Migliaccio, Reginaldo Farias.
Estes três filmes de Roberto foram lançados em videocassete em novembro de
1990.

Composições
"As canções que você fez para mim"

Músicas de Roberto Carlos que foram lançadas por outros intérpretes. Esta
relação não se atreve a ser completa (Roberto já compôs cerca de 500
músicas), mas serve para mostrar que a produção e o sucesso de Roberto como
compositor chegou a proporções dignas de Lennon/McCartney ou Gerry
Goffin/Carole King. E muitas destas músicas tornaram-se clássicos do pop
brasileiro.

Esta lista se divide em três partes: as músicas só de Roberto; as em parceria


com Erasmo; e as lançadas por Erasmo. As músicas estão listadas da seguinte
forma: título, parceria com Roberto ou Erasmo quando houver, intérprete que
lançou a música, gravadora e ano.

MÚSICAS COMPOSTAS POR ROBERTO CARLOS

 "Acho Que Me Apaixonei" (parc. Edson Ribeiro) — Célia Vilela


(Musidisc, 1964)
 "As Flores" (parc. Paulo Sergio Valle/Thanah Corrêa/Fred Pinheiro) -
Myriam Rios (CBS, 1982)
 "Cara De Pau" (parc. Janete Adib) — Cleide Alves (RGE, 1964)
 "Ciranda Do Mosquito" (parc. Thanah Corrêa/Fred Pinheiro) — Myriam
Rios (CBS, 1982)
 “Confia” — João Dias (Odeon, 1967)
 “Estou Começando A Chorar" — Wilson Miranda (RCA, 1967)
 "Faça Alguma Coisa Pelo Nosso Amor" — Os Vips (Continental, 1965)
 "Largo Tudo E Venho Te Buscar" — Os Vips (CBS, 1968)
 "Meu Grito" — Agnaldo Timóteo (Odeon, 1967)
 “Não Adianta Nada” — Nichollas Mariano (Continental, 1967)
 "Não Presto Mas Te Amo" — Demetrius (Continental, 1966)
 "Não Quero Mais Saber De Mim" — Ed Costa (RCA, 1968)
 "O Aniversário Do Meu Bem" — Reynaldo Rayol (Copacacbana, 1962)
 "O Cavaleiro" (parc. Paulo Sérgio Valle/Fred Pinheiro/Thanah Corrêa) -
Myriam Rios (CBS, 1982)
 "Por Você Esqueço Até De Mim" — Ronaldo Lopes (CBS, 1967)
 "Reino Encantado" (parc. Fred Pinheiro/Thanah Corrêa) — Myriam Rios
(CBS, 1982)
 "Se Não Eu Morro Também" — Regina Célia (Farroupilha, 1966)
 "Sou Feliz Com Mamãe" (parc. Luiz Carlos) — Erasmo Carlos (RGE,
1965)
 "Telefonema" — Ed Wilson (Odeon, 1963) e Cidinha Santos (Rozenblit,
1967)
 "Tenho Minhas Razões (parc. Rossini Pinto), Cleide Alves (RCA, 1970)
 "Tenho Um Amor Melhor Que O Seu", Luiz Carlos (CBS, 1967), Antonio
Marcos (RCA, 1968)
 "Tocatua E Tocantins" (parc. Fred Pinheiro/Thanah Corrêa), Myriam Rios
(CBS, 1982)
 "Vou Brigar Com Você", Luiz Carlos (CBS, 1967).
 “Vou Gritar Aos Quatro Cantos” (parc. Rossini Pinto) – José Ricardo
(Caravelle, c. 1969)

MÚSICAS COMPOSTAS POR ROBERTO E ERASMO CARLOS

 "Adolescente Enamorado", The Snakes (Rozenblit, 1964)


 "A Festa do Bolinha", Trio Esperança (Odeon, 1965)
 "A Hora É Essa", Célia (Continental, 1972)
 "Alguém Na Vida Da Gente", Célia Villela (Musidisc, 1964), Idalina de
Oliveira (Chantecler, 1966) (A gravação de Célia Villela credita apenas
Erasmo como autor)
 "Alice", Myriam Rios (CBS, 1982)
 "Antes Que O Mundo Acabe", Wanderléa (Odeon, 1978)
 "A Terceira Força", Wanderléa (Odeon, 1977)
 "A Volta", Os Vips (Continental, 1965)
 "Beijo Quente", Cleide Alves (RGE, 1964)
 "Bicho De Estimação", Marília Gabriela (Som Livre)
 "O Bofe", Osmar Milito & Quarteto Forma (Som Livre, 1971)
 "Brotinho Transviado", Cleide Alves (RGE, 1964)
 "Os Brutos Também Amam", Agnaldo Timóteo (Odeon, 1972)
 "Canção De Enganar Um Coração", Wanderléa (CBS, 1968)
 "Cedo Pra Mim", Kátia (CBS, 1980)
 “Cena Muda”, Sônia Melo (EMI-Odeon, 1977)
 "Claustrofobia", Edy Star (Som Livre, 1974)
 "Coqueiro Verde", Trio Mocotó (Philips, 1970)
 "Deixe-Me Outro Dia, Menos Hoje", Agnaldo Timóteo (Odeon, 1969)
 "Dela", Cyro Monteiro (Continental, 1972)
 "De Tanto Amor", Claudette Soares (Philips, 1971)
 "O Diamante Cor-De-Rosa" (com letra), Agostinho dos Santos e Walter
Forster (London/Odeon, 1970)
 "Duas Bonequinhas", Sergio Murilo (RCA, 1964)
 "É Difícil Amar Na Minha Idade", Ed Carlos (Fermata, 1969)
 "Edifício De Carinho" (parc. Tom Gomes), Ed Carlos (Fermata, 1967)
 "Editora Mayo, Bom Dia", O Grupo (Copacabana, 1971)
 "Emoção", Os Vips (Continental, 1965)
 "É Preciso Saber Viver", Os Vips (CBS, 1968)
 "É Tão Fácil Dizer Não Fique Triste", Cidinha Santos (RCA, 1965)
 "Eu Queria Era Ficar Sambando", Os Originais do Samba (RCA, 1970)
 "Fala Dorival", Renata & Flavio (Som Livre, 1972)
 "Feitiço", Leno (RCA, 1978)
 "Foram-Se Os Anéis", Rosemary (Som Livre)
 "Frustrações", Agnaldo Timóteo (Odeon, 1973)
 "Gatinha Manhosa", Renato & Seus Blue Caps (CBS, 1964)
 "Grego Só", Os Vips (Som Livre, 1972)
 "Instantes", Jacks Wu (Som Livre, 1972), Wando
 "Jacaré" (1964)
 "Jóia", Rosemary (RCA, 1982)
 "Juro Por Deus", Rosemary (RCA, 1966)
 "Lembranças", Kátia (CBS, 1979)
 "Lucinha", Ed Costa (RCA, 1967)
 "Macho", Frenéticas (WEA, 1978)
 "Madame Sabe Tudo", Nelson Motta (Som Livre, 1972)
 "Mamãe Acha Que É Normal", Cleide Alves (RGE, 1964)
 “Mané João", Wanderléa (Philips, 1972)
 "Mapa Do Tesouro", Claudio Faissal (Som Livre, 1972)
 "O Marginal", Wilson Miranda (Continental, 1974)
 "Matando A Miséria A Pau", Edith Veiga (Chantecler, 1965)
 "Meu Ego", Nara Leão e Erasmo Carlos (Philips, 1977)
 "Meu Nome É Gal", Gal Costa (Philips, 1969)
 "Meu Primeiro Amor", Ed Carlos (Fermata, 1971)
 "Milhões De Vezes”, Didier (Epic, 1971)
 "Moço", Betinho (Som Livre, 1972)
 "Mundo Deserto", Elis Regina (Philips, 1971)
 "O Muro De Berlim", The Bells (RGE, 1965)
 “Musa De Qualquer Estação”, Gal Costa (RCA, 198.)
 "Na Hora Da Raiva", Wanderléa (CBS, 1981)
 "Nasci Numa Manhã De Carnaval", Célia (Continental, 1971)
 "Pão De Açúcar", Herb Alpert (A & M, 1982)
 "Papai, Não Foi Este O Mundo Que Você Falou", Tony Tornado (Odeon,
1970)
 "Perdido No Mundo", Eustáquio Sena (Som Livre, 1972)
 "Porcelana, Vidro E Louça", Osmar Milito, Luna e Suza (Som Livre, 1972)
 "Preciso Urgentemente Encontrar Um Amigo", Os Mutantes (Polydor,
1970)
 "Promessa", Wanderley Cardoso (Copacabana, 1965)
 "Quando A Cidade Acorda", Francisco de Assis (Continental, 1977)
 "Que Bobo Fui", Os Vips (CBS, 1968)
 "Quem Mandou", Djalma Dias (Som Livre, 1972)
 "Rainha Da Roda", Elza Soares (Som Livre, 1972)
 "Samba Da Preguiça", Nara Leão (Philips, 1972)
 "Samba Do Sapatão", ... (Som Livre, 1974)
 “A Semana Inteira”, Ellen De Lima (Odeon, 1971)
 “Só De Brincadeira”, Sandra (Som Livre, 1972), Marcelo (WEA, 1982)
 "O Sorriso Da Narinha", Trio Mocotó (Philips, 1970)
 "Surpresa De Domingo", Cleide Alves (RGE, 1964)
 "Tema De Chacrinha", RC-7 (CBS, 1971)
 "Tema De Kiko", The Youngsters (Philips, 1970)
 "Toque Balanço, Moço", Elza Soares (Odeon, 1966)
 “Uma Noite Na Discoteca Da Moda”, Ronaldo Corrêa (Polydor, 1979)
 "Um Grande Amor", Roberto Leal (RGE, 1985)
 "Um Quilo De Doce", Wanderléa (CBS, 1966)
 "Vi Meu Bem Com Outro Rapaz", Os Dolentes (CBS, 1964)
 "Você Acabou Com O Meu Carnaval", Clério Moraes (CBS, 1970)
 "Você Já Morreu E Se Esqueceu De Deitar", Silvinha (Odeon, 1971)
 "Você Tem Que Mudar, Meu Bem", The Jet Black's (Chantecler, 1969)
 "Você Vai Ser O Meu Escândalo", Wanderléa (CBS, 1969)
 "Você Zangada É Feia", Wanderley Cardoso (Copacabana, 1966)
 "Vou Recomeçar", Gal Costa (Philips, 1968)
 “O Zorro”, Almir Duarte (Continental, 1966)

MÚSICAS DE ROBERTO E ERASMO LANÇADAS POR ERASMO

Na gravadora RGE:
 "A Bronca Da Galinha (Porque Viu O Galo Com Outra) (1970)
 "Alô Benzinho" (1965)
 "A Pescaria" (1965)
 "A Próxima Dança" (1968)
 "É Duro Ser Estátua" (1965)
 "Festa De Arromba" (1965)
 "Johnny Furacão" (1969)
 "Minha Fama De Mau" (1964)
 "Não Vivo Sem Você" (parc. Rossini Pinto) (1966)
 "Nunca Mais Vou Fazer Você Sofrer" (1968)
 "O Dono Da Bola" (1966)
 "O Maior Amor Da Cidade" (1968)
 "Peço A Palavra" (1965)
 "Senhor, Aqui Estou" (1968)
 "Sentado À Beira Do Caminho" (1969)
 "Terror Dos Namorados" (1964)
 "Vou Chorar, Vou Chorar, Vou Chorar" (1968)
 "Vou Ficar Nu Para Chamar Sua Atenção" (a mesma que Roberto gravou
com título "Preciso Chamar Sua Atenção) (1969).

Na gravadora Polygram (Philips e Polydor):


 "Abra Seus Olhos" (1986)
 "A Carta Do Índio" (parc. Cacique Seattle) (1981)
 "A Experiência" (1974)
 "A Festa Do Corpo Lindo" (1974)
 "A Lenda De Bob Nelson" (1974)
 "Amar Para Viver Ou Morrer De Amor" (1982)
 "Amiga Forte" (1974)
 "Amores Indecisos" (1986)
 "Análise Descontraída" (1976)
 "A Semana Inteira" (1972)
 "Baby" (1976)
 "Banda Dos Contentes" (1976)
 "Boca Descarnada" (1975)
 "Bom Dia, Rock And Roll"(1972)
 "Buraco Negro” (1984)
 "Cachaça Mecânica" (1974)
 "Ciça, Cecília" (1971)
 "Close" (1984)
 "Dia De Chuva"(1973)
 "Dor De Cabeça" (1981)
 "É Preciso Dar Um Jeito Nisso" (1971)
 "Esse Imenso Fliperama" (1984)
 "Filho" (1981)
 "Filho Único" (1976)
 "Filosofia De Estrada" (1982)
 "Gente Aberta" (1971)
 "Grilos"(1972)
 "Haroldo, O Robot Doméstico" (1974)
 "História Dos Meus Sonhos" (1982)
 "Largo Da 2a. Feira" (1976)
 "Maria Joana" (1971)
 "Mesmo Que Seja Eu" (1982)
 "Meu Bumerangue Não Quer Mais Voltar" (1982)
 "Meu Mar"(1972)
 "1990, O Projeto Salvaterra" (1974)
 "Minha Superstar" (1981)
 "Mundo Cão"(1972)
 "Nação Dividida" (1985)
 "Nana" (1984)
 "Negue" (1985)
 "Noite Cheia" (1982)
 "O Comilão" (1973)
 "O Fim Do Eco" (1982)
 "O Resto É Blá, Blá, Blá" (1982)
 "O Sorriso Dela" (1972)
 "Os Sete Gatinhos" (1979)
 “Panorama Ecológico" (1978)
 "Papagaio De Pirata" (parc. José Augusto) (1986)
 "Pega Na Mentira" (1981)
 "Pelas Esquinas De Ipanema" (1978)
 "Primogênito" (1981)
 "Quero Voltar"(1979)
 "Rico Sem Dinheiro" (1986)
 "Sábado Morto"(1972)
 "Senhora" (1985)
 "Sodoma E Gomorra" (1971)
 "Tantas Noites" (1986)
 "Turma Da Tijuca" (1984)
 "Você Ou Não Você (Eis A Questão)" (1982).

E na gravadora Sony (ex-CBS):


 "Fases Da Lua" (1992)
 "Homem Da Rua" (1992)

Discos-tributos
“Como as ondas voltam para o mar”

 Homenagem, Carlos Roberto (Scala, 1975)


Lado 1:
“Olhando Estrelas”
“Com Muito Amor E Carinho”
“O Show Já Terminou”
“Parei Na Contramão”
“Custe O Que Custar”
“Você Me Pediu”
Lado 2:
“Canzone Per Te”
“Eu Daria A Minha Vida”
“Eu Disse Adeus”
“Tudo Que Sonhei”
“A Palavra Adeus”
“Fiquei Tão Triste”

 A Música De Roberto Carlos, vários (PolyGram, 1977)


 Waldick Soriano Interpreta Roberto Carlos, Waldick Soriano (Arca, 1984)
 ...E Que Tudo Mais Vá Pro Inferno, Nara Leão (PolyGram, 1978)
 Sônia Melo Interpreta Roberto E Erasmo Carlos, Sônia Melo
(EMI/Odeon, 1976)
 Sônia Melo Interpreta Roberto E Erasmo Carlos, Vol. 2, Sônia Melo
(EMI/Odeon, 1978)
 As Estrelas Cantam Roberto E Erasmo, vários (Songs/ELAM, 1987)
 As Canções Que Você Fez Pra Mim, Maria Bethânia (PolyGram, 1993)
 Rei, vários (Sony, novembro de 1993)
Não esquecendo a Orquestra Brasileira de Espetáculos, que, de 1966 a 1973,
lançou pela CBS pelo menos sete LPs com versões instrumentais de músicas
gravadas por Roberto.

Músicas gravadas no exterior


“Onde você estiver, não se esqueça de mim”

Uma pequena amostra de gravações estrangeiras de composições de Roberto


Carlos – incluindo algumas versões feitas e gravadas no Brasil.

 “Comment Ne Pas Penser À Toi” (A Volta, vs. J. Plait) – Les Safari (CBS,
c. 1966, França)

 “Jesus Cristo” (vs. J. Dermany) – Romuald (Mercury, 1972, França)

 “Jesus Cristo” (vs. sem crédito) – Nilton César (RCA, 1970, Colômbia)

 “Que Todo Vaya P’Al Infierno” (Quero Que Vá Tudo Pro Inferno, vs.
Cacho Pomar) – 4 Para El Tango (Odeon, 1966)

 “Io Ti Propongo” (Proposta, vs. C. Malgioglio) – Iva Zanicchi (Ri-Fi,


1975, Itália)
 “La Distance” (A Distância, vs. C. Level) – Rita Pavone (..., Itália, 1974)

 “I Don’t Want You To Be Sad” (Não Quero Ver Você Triste, vs. Sibby) –
Bob Goldfinger (Polydor, 1976)

 “Heaven On Earth” (Eu Te Darei O Céu, vs. Bobby MacKay) – Bobby


MacKay (Rozenblit, 1967, Brasil)

 “L’Appuntamento” (Sentado À Beira Do Caminho, vs. B. Lauzi) – Ornella


Vanoni (Ariston, Itália)

 “Detagli” (Detalhes, vs. B. Lauzi) – Ornella Vanoni (Ariston, 1973, Itália)


 “Todos Estan Sordos” (Todos Estão Surdos, vs. Buddy Mary McCluskey)
– Christian Andrade (RCA, 1972, Argentina)

 “Se Non È Per Amore” (Por Amor, vs. Calabrese) – Ornella Vanoni
(Ariston, 1977)

Como curiosidade adicional, algumas regravações estrangeiras de músicas não


compostas por Roberto, mas celebrizadas por ele:

 “È Questa La Mia Vita” (Só Vou Gostar De Quem Gosta De Mim, de


Rossini Pinto, vs. Gaspari) – Frank Sinatra Jr. (RCA, 1968)

 (Custe O Que Custar, de Edson Ribeiro/Hélio Justo, vs. T. Alyagon) –


Yehoram Gaon (CBS, 1971, Israel)

 “Dos Y Dos San Cinco” (Como Dois E Dois, de Caetano Veloso) –


Claudia (com nome Claudia Del Brasil, Odeon, 1972, Argentina)

 “Più Grande Del Mio Amor” (Maior Que O Meu Amor, de Renato Barros,
vs. D. Pace) – Ornella Vanoni (Ariston, 1973)

 Nell’Estate Dei Miei Anni (Se Eu Partir, de Fred Jorge, vs. B. Lauzi) –
Ornella Vanoni (Ariston, 1973)

Regravações
"Uma força me leva a cantar"
Músicas gravadas por Roberto Carlos lançadas originalmente por outros
intérpretes. Esta lista não é completa, mas serve como um bom painel das
influências de Roberto — rock, MPB e pop de todas as épocas e países — ,
além de demonstrar que a melhor música pop não tem pátria ou idade. As
gravações estão listadas por título da música, intérprete, gravadora e ano.
Todas as gravações são brasileiras ou norte-americanas, salvo outra indicação.
E os autores de cada música estão na discografia de Roberto.

 "Acalanto", Dorival Caymmi com Nana Caymmi e Stella Maris (Odeon,


1960)
 "A Deusa Da Minha Rua", Sylvio Caldas (Victor, 1939)
 "Ai Que Saudades Da Amélia", Ataulfo Alves (Odeon, 1941)
 "Amapola", editada em 1924, gravada por Tito Schipa, Lecuona Cuban
Boys e outros
 "Brucutu" (orig. "Alley-Oop"), The Hollywood Argyles (Lute, 1960)
 "O Calhambeque" (orig. Road Hog), John D. Loudermilk (RCA, 1961)
 "Cartas De Amor" (orig. "Love Letters"), Victor Young (Decca, 1944).
Versão em português:
 "Chore Por Mim" (orig. "Cry Me A River"), Julie London (Imperial, 1956)
 "Desamarre O Meu Coração" (orig. "Unchain My Heart"), Ray Charles
(ABC-Paramount, 1961)
 "Dizem Que Um Homem Não Deve Chorar" (Orig. "Os Homens Não
Devem Chorar" (Nova Flor), Palmeira e Biá (Chantecler, 1958)
 "El Dia Que Me Quieras", Carlos Gardel (Victor e Odeon, 1935,
Argentina)
 "El Humanaqueño", Edmundo P. Zaldivar (h.) (Pampa e Odeon, anos 50,
Argentina)
 "Esqueça" (orig. Forget Him), Bobby Rydell (Cameo/Parkway, 1963)
 "Esta Tarde Vi Llover", Armando Manzanero (RCA, 1968, México)
 "Eu Te Amo" (orig. "And I Love Her"), The Beatles (Parlophone, 1964,
Inglaterra)
 "Fim De Amor" (orig. Runaround Sue), Dion (Laurie, 1961)
 "História De Um Homem Mau" (orig. Ol' Man Mose), Louis Armstrong
(Decca, 1935) versão rock: The Swinging Blue Jeans (HMV, 1964,
Inglaterra)
 "Imagine", John Lennon (Apple, 1971, Inglaterra)
 "Lobo Mau" (orig. The Wanderer), Dion (Laurie, 1962)
 "Meu Pequeno Cachoeiro" (orig. Meu Cachoeiro), Raul Sampaio (RGE,
1963)
 "Mr. Sandman", The Chordettes (Columbia, 1954)
 "Mucuripe", Fagner (Disco de Bolso/O Pasquim, 1972)
 "Nasci Para Chorar" (orig. (I Was) Born to Cry), Dion (Laurie, 1962)
 "Nem Às Paredes Confesso", Francisco José (Philips, 1960, Portugal)
 "Olhando Estrelas" (orig. Look For a Star), Garry Mills (Top Rank, 1960,
Inglaterra)
 "Pra Você", Elizeth Cardoso (Copacabana, 1968)
 "Professor De Amor" (orig. I Gotta Know), Elvis Presley (RCA, 1960)
 "Quero Ter Você Perto De Mim", Bárbara (Rozenblit, 1968)
 "Solamente Una Vez", Ana Maria Gonzales e Agustin Lara (Odeon, 1941,
Argentina)
 "Sonrie" (orig. Smile), da trilha do filme Tempos Modernos, 1936
 “Splish Splash", Bobby Darin (Atco, 1958)
 "Ternura Antiga", Tito Madi (CBS, 1961)
 "Todo Mundo Está Falando" (orig. Everybody's Talkin'), Fred Neil
(Capitol, 1968), Nilsson (RCA, 1969)
 "Volver", Carlos Gardel (Victor e Odeon, 1935, Argentina).
Cronologia
"Velhos tempos, velhos dias"

1941

19 de abril — Roberto Carlos Braga nasce às 10h na cidade de Cachoeiro do


Itapemirim (Espírito Santo), no bairro do Recanto, filho caçula de Robertino
Braga, relojoeiro e Laura Braga, costureira. Irmãos: Carlos Alberto, Lauro e
Norma.

1947

Já apelidado de "Zunga", gíria carinhosa para crianças altas e magras, Roberto


entra para o colégio de freiras Cristo Rei, em Cachoeiro.

29 de junho — Sofre um acidente de trem, perdendo o pé esquerdo e sendo


obrigado a amputar a perna.

1948

Ganha de sua primeira professora, Irmã Fausta, um medalhão com a imagem


do Sagrado Coração de Jesus, que sempre usará. Seu Robertino gostaria de
que o filho fosse médico, mas ele começa a demonstrar pendores musicais,
começando a aprender piano e violão, a princípio com a mãe, depois no
Conservatório de Música de Cachoeiro.

1950
Canta em rádio pela primeira vez, na Rádio Cachoeiro de Itapemirim, ZYL-9,
no programa matinal de Marques da Silva, cantando "Amor", bolero de
Gabriel Ruiz de 1941, hit de Gregorio Barrios. "Nem tinha inscrição, a gente
chegava lá antes do programa começar, dava o nome e já o violonista ia
acompanhando a gente", lembrará Roberto anos depois. "Nunca fiquei tão
nervoso na minha vida. As pernas tremiam. Eu pensava que isso fosse só uma
força de expressão, porque até então não tinha sentido essa sensação. Eu
queria que elas parassem, mas não paravam. Os joelhos tremiam, que coisa
impressionante!"

A tremedeira não demora a dar lugar à autoconfiança e ao sucesso local,


cantando boleros, tangos e samba-canções e imitando o caubói-cantor
brasileiro Bob Nelson ("meu primeiro ídolo").

Inclusive, aos onze anos de idade Roberto ganha um programa na Rádio


Cachoeiro, duas vezes por semana, durante seis meses – seu primeiro
emprego. “O programa era patrocinado pela Casa Matos, se não me engano”,
disse Roberto à Folha de S. Paulo em 1995. “É difícil alguém ter um programa
de rádio assim, tão jovenzinho.”

1952

Muda-se para Niterói (Rio de Janeiro), morando com uma tia, Amélia (que
homenageará nos anos 70 com a música "Minha Tia"), cursando o ginasial no
Colégio Brasil.

1955
A família muda-se de Cachoeiro para o Rio, no subúrbio de Lins de
Vasconcelos. Tendo cursado até o primeiro colegial científico. Roberto faz
curso de madureza. E participa de vários programas de calouros, como os da
Rádio Nacional.

1957

Estoura o rock and roll, e Roberto se torna grande fã de Elvis Presley. Otávio
Terceiro, colega de madureza e, veja só, produtor de um programa da TV Tupi
carioca, Teletur, gosta de ver Roberto cantando rock and roll e o leva para seu
programa. É a primeira aparição de Roberto na TV, cantando "Tutti Frutti",
lançada por Little Richard e também hit de Elvis.

Começa a estudar datilografia no Colégio Ultra e seu Robertino consegue-lhe


um emprego de auxiliar administrativo na Delegacia do Ministério da
Fazenda.

1958

Roberto acaba fazendo amizade com um colega do curso de datilografia,


Erasmo Esteves (nasc. em 5/6/1941), também fã de rock and roll. Entra para a
"Turma do Matoso", de Erasmo, que costuma se reunir na Rua do Matoso, na
Tijuca, ou no bar Snacks em Copacabana. A "Turma do Matoso" inclui
Sebastião Maia (o futuro Tim) e Edson Trindade. Não demora para Roberto,
Erasmo, Tim, Trindade, mais China e Arlênio, formarem um conjunto de rock,
The Sputniks, que durará até o fim do ano tocando em clubes e,
ocasionalmente, em programas de TV, como o de Chianca de Garcia, na TV
Continental, e o Clube do Rock, na Tupi, produzido e apresentado por Carlos
Imperial, na verdade um quadro de 15 minutos dentro de outro programa,
Meio Dia, de Jacy Campos.

Ao que consta, Roberto descobre que Imperial também é de Cachoeiro, e


tornam-se amigos. Imperial, também empresário, embora de maneira um tanto
amadorística, torna-se, por assim dizer, primeiro empresário de Roberto
Carlos.

1959

É desta época a primeira composição de Roberto: "Perto de mim seu


rosto/perto de você minha boca/perto de mim seus olhos/perto de nós o
amor..."

Roberto e Erasmo montam outro grupo, The Snacks (homenagem ao bar


Snacks), que mudará de formação e de nome, The Snakes, chegando a meados
dos anos 60, inclusive gravando músicas dos ilustres ex-integrantes.

março — sai o LP Chega de Saudade de João Gilberto, e a bossa nova abafa o


rock and roll na preferência de Roberto.

Por esta época, Roberto arruma emprego como crooner da orquestra de danças
da boate carioca Plaza, graças a um primo gerente da casa, cantando
principalmente samba-canção e bossa nova, muitas vezes acompanhando-se
ao violão, imitando seu novo ídolo, João Gilberto.
Enquanto isso, Carlos Imperial não pára de divulgar seu contratado, levando-o
a programas de rádio e TV, batendo às portas das gravadoras e promovendo
festas em seu apartamento de Copacabana onde reúne Roberto e outros jovens
talentos a jornalistas em geral. Roberto, promovido como "novo talento da
bossa nova", tem uma distinção que é também um defeito: imita tão bem João
Gilberto que a maioria dos bossanovistas de maior prestígio o despreza — "se
a gente já tem o João de verdade, pra que outro?", resume Ronaldo Bôscoli.

agosto — Roberto consegue uma carta de apresentação do animador Abelardo


“Chacrinha” Barbosa (1918/1988), a qual acaba funcionando na gravadora
Polydor. Joel de Almeida (1913/1993), cantor de sucesso na velha guarda, ex-
Joel e Gaúcho, rei da percussão no chapéu de palha, acaba de sair da
gravadora Odeon e, no momento, é diretor artístico da Companhia Brasileira
de Discos, futura Polygram (cargo que ocupará por um ano e meio); devido ao
estouro de João Gilberto na Odeon, Joel está justamente procurando um
similar para encarar a concorrência. E quem melhor que Roberto Carlos,
imitando João tão fielmente? De modo que Roberto não demora a gravar um
disco na Polydor.

outubro — Sai "João e Maria"/"Fora do Tom", primeiro disco de Roberto. As


expectativas são grandes, Roberto sonha ganhar muito dinheiro, um carro com
motorista particular... Só que as rádios ignoram o disco e os direitos autorais
no fim do ano acabam totalizando Cr$ 20,00, o suficiente para alguns pastéis e
caldo de cana. Então Joel de Almeida desiste de gravar Roberto e Imperial
volta a procurar outra gravadora.

fim do ano — Roberto participa de um festival de bossa nova no Colégio


Franco-Brasileiro, sempre imitando João Gilberto, e sempre sem entusiasmar
muito o público ou os companheiros. Roberto já destoa da turma a partir do
visual: todos de acordo com o verão vigente, vestindo bermudas, como bons
jovens cariocas, e Roberto com seu velho e bom terno azul. Os aplausos são
dos mais frios e polidos, mesmo quando Roberto canta "Brotinho Sem Juízo",
composição de Imperial inspirada numa garota desta turminha (e outra
conterrânea dele e Roberto), Nara Leão: “Brotinho, tome juízo/Ouve o meu
conselho/Abotoa esse decote/Vê se cobre esse joelho...” (Mais tarde, Roberto
e Erasmo comporão “Meu Ego”, gravada por Nara em dueto com Erasmo:
“Fale pelos cotovelos e pelos joelhos...”) Roberto percebe que não agradou
muito e, após o festival, diz ao apresentador e produtor do evento, veja só,
Ronaldo Bôscoli: "Obrigado, bicho, essa de imitar não é a minha. Estou com
idéia de fazer um tipo de música diferente, na linha do rock."

Ainda este ano, Roberto participa de uma fotonovela da revista Sétimo Céu.

1960

Roberto torna-se católico praticante.

E Carlos Imperial continua insistindo junto às gravadoras para contratarem


Roberto. Até que o diretor artístico da Columbia, Roberto Corte Real,
simpatiza com Imperial graças a seu nome completo, Carlos Eduardo Corte
Imperial. As "cortes" acabam se entendendo, e Corte Real se interessa em
gravar o futuro "Rei".

agosto — Sai "Brotinho Sem Juízo"/"Canção do Amor Nenhum", segundo


disco de Roberto e primeiro na Columbia, que vende um pouco mais que o
primeiro — graças a participações de Roberto em programas de TV como Os
Brotos Comandam e Festa de Brotos, apresentados por Imperial, e Hoje é Dia
de Rock, comandado por Jair de Thaumaturgo — e graças também à
artimanha de Roberto e seu milhar de amigos, que passam o dia telefonando
para as rádios pedindo para ouvir o disco.

Enquanto isso, Erasmo Esteves passa por uma série de mudanças. Trabalha
para Imperial como contra-regra, cantor, secretário e redator de suas colunas
em revistas e jornais. E vai fazendo shows e compondo. Só há um problema:
seu sobrenome. Logo Erasmo se cansa de piadinha "Erasmo Esteves onde?".
Muda para Erasmo, sem sobrenome. E sente o drama quando Thaumaturgo
apresenta "Agora com vocês, Erasmo". Realmente, Erasmo precisa de um
sobrenome para impor respeito. E, em homenagem aos amigos mais próximos,
Roberto e Imperial, ambos Carlos, nasce Erasmo Carlos — apesar dos
protestos iniciais de Roberto, "vai ficar muito Carlos na jogada".

1961

Roberto Corte Real sugere que Roberto abandone um pouco a bossa nova e
experimente gravar "música de juventude" — bolero, cha-cha-chá, guarânia
— para substituir Sérgio Murilo (1941/1992), que está deixando a gravadora.

Sai o terceiro disco de Roberto, o 78 RPM "Louco Por Você"/"Não É Por


Mim", e ele se profissionaliza de vez, aparecendo mais na TV no Rio e São
Paulo (Telefone Pedindo Bis, Astros do Disco, Cassino do Chacrinha),
ganhando cachês mais regulares. E seus discos começam a registrar vendagens
animadoras.

1962
Erasmo Carlos também se profissionaliza como cantor e compositor. Graças a
outro conterrâneo de Roberto, o cantor/compositor Raul Sampaio, consegue
um contrato na gravadora onde este trabalha, a RGE.

Conta-se que Roberto tem dificuldade para colocar letra em uma de suas
melodias e um amigo lhe diz que Erasmo tem jeito para essas coisas. Nasce
então a parceria Roberto & Erasmo Carlos. De fato, Erasmo mostra facilidade
para colocar letras sobre melodias, inclusive estrangeiras. E sugere a Roberto
que grave sua versão para um sucesso americano de Bobby Darin, "Splish
Splash" — que se torna o primeiro hit de Roberto. Logo em seguida, o
segundo hit de Roberto, "Parei na Contramão" — composição de Roberto e
Erasmo.

1963

José Messias, compositor e radialista, dá a Roberto meia hora em seu


programa na Rádio Guanabara durante algum tempo. (Messias terá músicas
gravadas por Roberto, como “Minha História De Amor” e “Os Velhinhos”).

Roberto consegue comprar seu primeiro carro, um Volks 1960.

1964

Roberto recebe o Troféu Roquette Pinto, como cantor-revelação. Está com


novo empresário, Marcos Lázaro, e ligado à agência publicitária Magaldi,
Maia & Prosperi.
1965

fevereiro a abril — Roberto começa a ser chamado de "Rei", no programa


Clubinho Da Juventude da Rádio Piratininga.

julho/agosto — A Federação Paulista de Futebol proíbe a transmissão direta


de jogos pela TV, e a audiência aos domingos começa a cair. A TV Record, na
época grande campeã de programas musicais, resolve tapar o buraco deixado
pelo programa Tarde Esportiva com mais um. E Carlito Maia sugere: por que
não uma programa de música de juventude, apresentado por um trio de
cantores? Que tal Roberto, Erasmo e...? Pensou-se em Celly Campello (nasc.
18/6/42), nossa primeira rainha do rock, mas ela recusa; chama-se então
Wanderléa (nasc. 5/6/46). O programa quase se chama Os Reis Do Iê-Iê-Iê,
mas...

22 de agosto — ... é como Jovem Guarda que o programa estréia, às 16h30.

setembro — Jovem Guarda alcança 40% de audiência. E Roberto Carlos


manda fazer 10 ternos iguais aos dos Beatles, com a grana que lhe rendeu a
música "Não Quero Ver Você Triste".

16 de outubro — Lançamento das calças e saias "Calhambeque".

novembro — Roberto faz seus primeiros shows fora do Brasil: uma turnê de
dez dias na Argentina, cantando em português, com sucesso. É também na
Argentina que sai seu primeiro disco para o mercado estrangeiro, em
português e espanhol.
Começam as filmagens do primeiro filme de Roberto, SSS Contra a Jovem
Guarda, que permanece inacabado. Ainda este ano, Roberto fica noivo de
Cleonice Rossi (1940/1990), embora as fãs ainda não saibam.

1966

janeiro — Jovem Guarda ganha mais espaço; agora vai das 16h30 às 18h10.

25 de abril — Reunido com os amigos na Avenida São João, em São Paulo,


reage a alguns jovens que ameaçam atacá-lo, pegando o revólver de um amigo
e dando alguns tiros para o alto. Todo mundo vai parar na delegacia, e, apesar
de Roberto não ter licença para porte de arma, tudo acaba bem.

junho — Segundo Festival da MPB, Roberto defende "Flor Maior",


composição de Célio Borges Pereira, que não chega a ser classificada.

julho — Sai seu primeiro LP norte-americano, Brazil's Top Teen Star, com
faixas de seus LPs brasileiros normais, em português.

julho — A TV Record promove a campanha Quero Que Você Me Aqueça


Neste Inverno, que consegue arrecadar 50 mil cobertores.

agosto — Roberto recebe o título de Cidadão Paulistano. Seu discurso na


Câmara Municipal de São Paulo é breve e emocionado: "As palavras não
dizem o que eu sinto. O que sinto mesmo é vontade de chorar. Vocês são a
barra mais limpa que já vi na minha vida. Obrigado, obrigado mesmo, mora!"

outubro — E o Rio não fica atrás: Roberto torna-se Cidadão Carioca.


agosto — A revista Sétimo Céu reedita sua fotonovela de 1959 com Roberto.

23-24 de dezembro — Promove-se a campanha Não Quero Ver Você Triste,


em prol de crianças hospitalizadas.

Ainda este ano, Roberto vai pela primeira vez a Portugal (país onde um dia
será o primeiro cantor a vender 100 mil discos). Até agora, a grife
"calhambeque" já vendeu mais de 350 mil peças e movimenta cerca de 60
indústrias.

E Erasmo canta no programa Show Em Si... Monal, apresentado pelo cantor


Wilson Simonal, cantando várias de suas músicas em parceria com Roberto —
só que os créditos finais dão autoria somente a Erasmo! Roberto não fica
muito feliz, acaba dando ouvidos a mexericos de candinhas e fica sem compor
com Erasmo durante um ano — até fazerem as pazes e ficarem mais amigos
que nunca: daqui em diante, "em rigorosamente todas as músicas há
participações de um ou de outro, nem que seja uma só palavra ou um só
acorde", como resumirá Roberto em 1986.

1967

fevereiro — E por falar em parcerias, Roberto é convidado para participar do


Festival de San Remo, para defender uma música de Sergio Endrigo e uma
composição própria — mas com a condição de ceder parceria a outro
compositor italiano. Roberto recusa e San Remo fica para outra vez.
Em compensação, ainda este mês Roberto participa do Midem, espécie de
festival entre gravadoras, em Cannes.

abril — Começa a rodar seu primeiro filme, Roberto Carlos Em Ritmo De


Aventura.

14 de maio — Lança uma coleçãozinha de livros, Roberto Carlos Em Prosa e


Verso, em quatro volumes, pela Editora Formar.

setembro — Participa do 3º Festival da MPB, na TV Record, defendendo o


samba "Maria, Carnaval e Cinzas", de Luiz Carlos Paraná (1932/1970).
Roberto quis defender também sua própria "Por Isso Eu Canto", mas perdeu o
prazo para as inscrições, não adiantando interceder junto ao presidente da
emissora, Paulinho Machado de Carvalho.

Neste ano, Roberto ainda participa de uma das telenovelas humorísticas da


Record, Esses Jovens Maravilhosos E Suas Máquinas Envenenadas, ao lado
de Elis Regina, Agnaldo Rayol e outros.

1968

7 de janeiro — Roberto comanda o Jovem Guarda pela última vez, por


sugestão de Marcos Lázaro. Além de estar pensando em se desligar do rótulo
restritivo de "cantor da juventude", ele acha que a Magaldi, Maia & Prosperi
já não lhe paga o suficiente. Por sinal, já é notória a única falha do plano de
Carlito Maia: o sucesso de Roberto, do Jovem Guarda e dos produtos
Calhambeque motivou uma enxurrada de imitações e falsificações. Daí que
realmente começa a faltar dinheiro; logo a Record venderá o horário do
programa para a Shell. O apoio dos tropicalistas é a princípio benéfico para a
Jovem Guarda, mas logo se torna num dos fatores que ajudaram a enterrá-la,
como admitirá Erasmo mais tarde: "A Tropicália era uma Jovem Guarda com
consciência das coisas, e isso nos deixou num branco total."

29 de janeiro — Estréia do primeiro programa especial de um artista brasileiro


à moda dos americanos: Elis Especial, produzido por Bôscoli e Mièle.
Roberto participa num quadro em dupla com Elis. "O Rei e Elis Rainha
Regina", e Roberto, que já era amigo de Bôscoli, apaixona-se de vez pelo
estilo de direção de Bôscoli e Mièle.

abril — Roberto assume publicamente seu romance com Nice.

1º de maio — Casamento de Roberto e Nice, na cidade boliviana de Santa


Cruz de la Sierra; Nice é desquitada e as leis brasileiras da época não aceitam
o divórcio.

27 a 29 de junho — Roberto defende "Canzone Per Te" no 28º Festival de San


Remo e se torna o primeiro intérprete não-italiano a vencer o Festival.

novembro/dezembro — Roberto participa do 4º Festival da MPB defendendo


"Madrasta", de Renato Teixeira/Beto Ruschel.

Em 1968/69 Roberto terá dois outros programas efêmeros na TV Record,


Roberto Carlos À Noite e Todos Os Jovens Do Mundo.

1969
início do ano — Jovem Guarda sai do ar.

23 de maio — Roberto ganha mais um Troféu Roquette Pinto.

7 de dezembro — Faz sua estréia na Rede Globo, com um programa dirigido


por Miele e Bôscoli.

14 de dezembro — nasce seu filho Roberto Carlos Braga 2o, o "Segundinho".

1970

Roberto, que até agora só fazia shows que eram meros "discos ao vivo", uma
tão-somente músicas sem texto entre elas, e com acompanhamento de grupos
pequenos, recebe de Marcos Lázaro a bela incumbência de um show no
Canecão, em plenos 25 m2 de palco. Bôscoli e Mièle convencem Roberto a
contratar uma big band — a exemplo dos shows mais recentes de Elvis
Presley em Las Vegas — e a se acostumar com um texto. Roberto resiste:
"Bicho, texto, não! Eu não sei falar! O máximo que eu já falei foi 'o meu
amigo... Fulano de Tal!'" Mas logo pega o jeito e o show é um sucesso —
embora Roberto tenha feito questão de ensaiar somento no escuro sem a
presença de Mièle e Bôscoli.

abril — Estréia da novela Editora Mayo, Bom Dia, na Record, com tema
musical de Roberto e Erasmo.

1971
A CBS proíbe que outros artistas regravem músicas de LPs novos de Roberto
até março, quando termina o pico de vendagem.

Estréia o último filme de Roberto, A 300 Km Por Hora. O diretor é o mesmo


dos anteriores, Roberto Farias — "Queria que fosse o Glauber", dirá Roberto
mais tarde.

6 de março — Nasce sua filha Luciana Braga.

Roberto começa a gravar nos EUA, com arranjadores e músicos norte-


americanos.

1972

fevereiro — Roberto participa do 31º Festival de San Remo, com "Un Gatto
Nel Blu" de Toto Savio.

19 de junho — Estréia da telenovela O Bofe, da Globo, com trilha sonora


totalmente composta por Roberto e Erasmo.

Ainda este ano, Roberto funda sua primeira empresa, a transportadora Braga
Transportes Industriais, em sociedade com seu primo Wanderley Braga.
Outras firmas pertencentes a Roberto incluirão a editora musical Amigos, a
RC Produções Artísticas, a emissora belorizontina Terra FM, a Horizonte
Veículos e a gravadora Amigo Records.

1974
24 de dezembro — Primeiro especial de Natal para a Rede Globo.

1977

4 de dezembro – Roberto é agraciado com o Troféu Villa-Lobos, pelo LP mais


vendido de intérprete mesculino.

1978

fevereiro – A revista norte-americana Stereo Review comemora vinte anos de


existência, e suas listas de melhores discos desse período incluem a coletânea
Roberto Carlos In Portuguese.

Roberto começa a trabalhar com o maestro Eduardo Lages. Ainda este ano,
seu show no Canecão bate recordes de público, 250 mil pessoas, e
permanência em cartaz, seis meses.

1979

Roberto visita o México, onde um coro de 60 mil crianças canta "Amigo" para
o Papa João Paulo 2o.

junho — A revista americana Newsweek define Roberto como "um Elvis


Presley de estilo latino". Ainda este ano, Roberto separa-se de Nice e lidera a
campanha do Ano Internacional da Criança.

1980
janeiro — Morre Robertino Braga, pai de Roberto, aos 84 anos. 3 mil pessoas
comparecem ao enterro.

dezembro — Roberto assume publicamente seu romance com a atriz Myriam


Rios.

Ainda este ano, lidera a campanha do Ano Internacional do Deficiente e


processa seu ex-mordomo, Nicolau Mariano, que acaba de lançar um livro, O
Rei E Eu, considerado ofensivo e indiscreto por Roberto. O processo corre em
sigilo por três anos e Nicolau perderá a causa.

1981

agosto — Lança seu primeiro LP em inglês.

outubro — Show no Madison Square Garden de Nova Iorque, dividindo o


palco com outros artistas. Segundo a Folha De S. Paulo, Roberto agrada
menos à platéia que "uma chicana" cantando "um bolerão desafinado".

1982

Estréia o musical O Sonho De Alice, estrelado por Myriam Rios e incluindo


músicas de Roberto.

Roberto ganha o troféu Globo de Cristal, por 5 milhões de discos vendidos


fora de seu país de origem.

1983
5 de abril — Inaugura a casa noturna paulistana Palace, com o show Emoções.

maio — Torna-se o primeiro artista brasileiro a fretar um avião para shows em


todo o Brasil.

julho — A revista Status publica a reportagem "O Roberto Carlos Que


Ninguém Conhece", de Ruy Castro e Fernando Ferreira, sob pseudônimo.
Roberto considera a matéria difamatória e entra na Justiça. Ruy e Fernando
são absolvidos; o júri, embora reconhecendo a intenção da revista de explorar
a fama de Roberto, atenta também para o final da matéria, em que o (s) autor
(es) se desculpa (m) e elogia (m) Roberto.

Ainda este ano, Roberto canta pela primeira vez num ginásio esportivo, o
Maracanazinho.

1984

fevereiro — Notoriamente apolítico, Roberto se declara "a favor de eleições


diretas".

Ainda este ano, Roberto abandona os hábitos de carne e da vida noturna.

1985

22 de julho – A revista Contigo noticia que Helena dos Santos, autora de nove
músicas gravadas por Roberto, está em má situação financeira. Os sucessos de
Helena gravados por Roberto incluem “Na Lua Não Há” (1963), “Nem
Mesmo Você” (1968) e “Agora Eu Sei” (1972). “Em 1982, quando a situação
começou a pesar demais, fui até o Canecão e falei com Roberto”, diz Helena.
“Ele entendeu o problema e gravou ‘Recordações’.”

1986

maio/junho — Em plena abertura democrática, o presidente José Sarney


proíbe a exibição pública no Brasil do filme Je Vous Salue, Marie, do cineasta
franco-suíço Jean-Luc Godard. Roberto apóia a proibição, recomendando aos
fãs que não vejam o filme, para ele "um desrespeito à religiosidade de cada
um".

junho — Shows em Nova York, no Radio City Music Hall, desta vez com
mais sucesso que no Madison há cinco anos atrás.

outubro/novembro — Apóia pela primeira vez um político em campanha,


Antonio Ermírio de Moraes, candidato a Governador do Estado de São Paulo,
chegando a participar de alguns comícios.

1988

janeiro — Sai o primeiro compact-disc de Roberto (e da gravadora CBS do


Brasil), que é também a primeira coletânea brasílica de seus sucessos.

26 de fevereiro — Roberto é proclamado Cidadão de Los Angeles pela


prefeitura desta cidade, que declara ser hoje o "Dia de Roberto Carlos".
junho — Primeiro LP ao vivo de Roberto, incluindo participação de Gabriela
Ferreira, 12 anos — primeira artista a dividir o palco com Roberto desde a
Jovem Guarda.

1989

março — Roberto ganha o Grammy de Melhor Intérprete Latino.

maio — Conhece Rafael Carlos Torres Braga (nasc. 1966), seu filho com uma
antiga namorada, Maria Lucilia Torres. "Minha mãe só falou sobre meu pai
quando eu tinha 12 anos", diz Rafael. Exames de DNA comprovam a
paternidade e Roberto reconhecerá o filho em março de 1991, além de pagar-
lhe uma pensão alimentícia e alugar-lhe um apartamento em São Paulo.
Infelizmente, Lucilia, vítima de câncer, falecerá dias após Roberto reconhecer
Rafael como seu filho em juízo.

1990

janeiro — Separação de Myriam Rios.

maio — Morre Cleonice Rossi, de câncer, aos 49 anos.

setembro — Roberto apóia mais um político, José Saulo Ramos, candidato a


deputado federal e também advogado de Roberto. Mas desta vez sua
participação na campanha limita-se a fotos com o candidato. "Vamos fazer o
Saulo Ramos ganhar, bicho", diz Roberto. "Roberto não quis saber nem qual
era o meu partido", diz Saulo.
1991

abril — Comemora 50 anos de idade com o show Coração, que estréia em


São Paulo, no Ginásio do Ibirapuera.

19 de abril — No show de seu 50º aniversário, o presidente da Sony brasileira


(ex-CBS), Claudio Monteiro, comparece ao palco e anuncia que é de Roberto
o primeiro disco no selo Columbia, selo esse que a filial brasileira não usava
desde 1961, quando mudou o nome para CBS.

1º de setembro — Roberto participa do show de inauguração da Rádio X,


novamente no Ibirapuera, ao lado de vários artistas. É o primeiro show de uma
rádio paulistana em que Roberto canta.

25 de dezembro – Roberto em dose dupla, com o especial Viva A Luz na Rede


Globo de Televisão e ao vivo, à tarde, no Teatro Fênix em São Paulo,
comandando uma campanha em benefício dos menores abandonados e idosos.

Ainda neste ano, Roberto assume novo romance, com a pedagoga Maria Rita
Simões (nasc. 1965).

1992

março — Mais novidades radiofônicas: Roberto participa do programa Sala


De Visitas da 105 FM do Rio. É a primeira vez em 25 anos que Roberto
participa de um programa de rádio ao vivo, com linha direta para os ouvintes e
tudo.
1993

9 de maio — Roberto quase é agredido por um rapaz ao cantar "Jesus Cristo"


num show religioso, Emoção E Fé, na Praia de Copacabana.

21 de agosto — Participa do show Criança Esperança no Ginásio do


Ibirapuera, ao lado de outros artistas.

novembro — Roberto entra para o Guinness Book Of Records como o


brasileiro que ganhou mais Discos de Ouro (18) e Platina (17).

E o novo empresário de Roberto é Dody Sirena (DC-Set Produções).

1994

março — Roberto faz um acordo com a Scania do Brasil e consegue à sua


disposição um ônibus rodoviário.

março — Assina contrato de um ano com a Brahma e faz seu primeiro


comercial, que irá ao ar em dezembro.

setembro — Todos seus LPs (exceto, é claro, Louco Por Você) voltam às lojas
em CDs remasterizados digitalmente.

27 de junho — Show beneficente para cegos no hotel paulistano


Transamérica.
23 de junho — Estréia na MTV, com o clip de sua nova gravação de "Se Você
Pensa".

novembro — Sai Rei, disco-tributo a Roberto, com vários de seus hits


interpretados pelo Skank, Barão Vermelho, Marina e outros.

novembro — Sai Eles E Eu, livro de memórias de Ronaldo Bôscoli; o texto da


contracapa é de Roberto.

dezembro — O novo disco de Roberto sai em seu próprio selo, Amigo


Records, como parte de seu novo contrato com a Columbia/Sony, que
doravante é apenas distribuidora dos discos de Roberto no Brasil.

16 de dezembro — O especial de TV de Roberto deste ano é gravado no


Mineirinho, em Belo Horizonte. "Acho importante que estas gravações
deixem o eixo Rio-São Paulo", explica Dody Sirena. "Além disso, no dia 17
de dezembro, os chefes de Estado dos países do Mercosul estarão sendo
recepcionados pelo presidente Itamar Franco em Belo Horizonte. Vai ser um
momento histórico." A estratégia de Dody para a carreira de Roberto em
1994-5 inclui uma "reengenharia do mercado musical", com menos
temporadas longas, mais megashows e mais shows no exterior, inclusive os
primeiros shows de Roberto no Japão.

1995

17 de fevereiro – Roberto inaugura em Presidente Prudente, no interior


paulista, sua sexta loja, uma franquia da Pizza Hut e a 134 ª filial brasileira
desta rede.
9 de março – Roberto é o destaque da edição de hoje de A Entrevista,
programa da MTV.

19 de março – O jornal paulistano Shopping News anuncia que Roberto está


compondo uma missa, a ser completada possivelmente no segundo semestre.

julho –Roberto comparece ao programa Jô Soares Onze E Meia, na emissora


SBT. Detalhe curioso da entrevista: Roberto lembra que, ao se mudar para o
Rio, cantou na boate carioca Plaza; Jô lembra que também se apresentou lá,
tocando bongô nas jam-sessions de jazz às segundas-feiras, e Roberto
completa: “Era minha folga”.

novembro – A PolyGram lança cinco CDs comemorando trinta anos da Jovem


Guarda, reunindo quase todos os grandes nomes do movimento. Roberto não
participa por, explica, estar sob contrato com outra gravadora. “Pelo lado
sentimental, gostaria muito de participar, o projeto é lindo”, diz.

22 de dezembro – casamento de Roberto Carlos Braga 2 o, o Dudu (ou


“Segundinho”), e Márcia Mello Malheiros, em São Paulo. Roberto comparece,
assim como Erasmo e Wanderléa.

1996

março – Roberto participa de comercial da Nestlé, que utiliza não só sua


imagem mas também a música “Como É Grande O Meu Amor Por Você”,
inclusive no slogan, “Leites Nestlé, amor por você”. “A campanha tem tudo a
ver comigo porque tem tudo a ver com amor”, diz Roberto. Curiosamente, em
1995 Roberto não permitiu que a Ajinomoto usasse a mesma música em
comerciais do tempero Sazón, cuja campanha publicitária tinha como tema o
amor.

17 de junho – Morre João Carlos Magaldi, aos 69 anos, de enfisema pulmonar.

dezembro – Especial de Natal da Rede Globo, incluindo participação de


Rafael Braga.

1997

28 de janeiro – Às 18h15 nasce em São Bernardo do Campo (na fronteira com


São Paulo) João Paulo Braga, filho de Rafael Braga com Maria Lucila Torres
e primeiro neto de Roberto.

5 de outubro - Nasce às 9h33, em São Paulo, Giovanna Malheiros Braga, filha


de Dudu e primeira neta de Roberto (que já tem um neto, filho de Rafael
Braga).
Roberto recebe a notícia no mesmo dia, logo antes de cantar para o Papa João
Paulo 2o (em sua terceira vinda ao Brasil) numa missa no Aterro do Flamengo,
no Rio de Janeiro. Cantando “Nossa Senhora” e “Jesus Cristo”, Roberto
encerrou o evento, que reuniu 2 milhões de pessoas.

novembro – Roberto e Erasmo ganham o 17o Prêmio Shell da MPB.

novembro – Sai o livro As Canções Que Você Fez Pra Mim, de Beth Cançado,
reunindo 404 de suas músicas (incluindo as de Louco Por Você) com os
acordes cifrados para acompanhamento.
dezembro – Sai novo disco de Roberto, Canciones Que Amo, reunindo
canções latino-americanas que ele cantava na infância em Cachoeiro do
Itapemirim, ao lado de “Insensatez” de Tom Jobim e uma inédita de Roberto e
Erasmo, “Coração De Jesus”.

dezembro – Roberto e Erasmo perdem o processo de plágio da música “O


Careta” (semelhante a “Loucuras De Amor” do advogado e compositor
Sebastião Ferreira Braga, lançada em 1983) e são condenados a pagar
indenização entre R$ 2 e 3 milhões.

1998

4 de abril – Roberto e o tenor Luciano Pavarotti (nasc. 1935) se apresentam


no estádio Beira-Rio, em Porto Alegre. O show termina com ambos cantando
em dueto a “Ave Maria” de Franz Schubert e a canção napolitana “O Sole
Mio” de Giovanni Capurro e Eduardo di Capua.

16 de maio – Roberto participa do show de abertura do projeto 1 o Teleton


Brasil, em prol da AACD (Associação de Assistência à Criança Defeituosa),
realizado em São Paulo e transmitido pela SBT às 21h.

22 de agosto – Roberto canta no Paramount Theatre, espaço para shows


dentro do Madison Square Garden em Nova Iorque, para uma platéia de 5600
pessoas – a lotação do local. É o primeiro show de Roberto nesta cidade em
quatro anos.
setembro –Maria Rita, esposa de Roberto, é internada no hospital Albert
Einstein, em São Paulo, devido a um câncer na região pélvica. Para lhe dar
melhor assistência, Roberto interrompe as gravações de seu novo disco, que
terá apenas quatro músicas novas – gravadas no estúdio próprio de Roberto,
ainda em construção – , uma delas inspirada em Maria Rita, “Eu Te Amo
Tanto”.

20 de dezembro – Roberto canta em dueto com o padre Antônio Maria


Gomes, no Ginásio da Portuguesa, em São Paulo; este show é gravado e
constituirá o décimo-segundo disco do sacerdote.

1999

25 de janeiro – Missa pelos 445 anos da fundação da cidade de São Paulo, no


Pavilhão de Exposições do Anhembi; Roberto participa ao lado dos padres e
cantores Marcelo Rossi e Zezinho, e o ponto alto do show é a música “Jesus
Cristo”, cantada por Roberto para cerca de 50 mil pessoas.

Bibliografia
“Resumo do riso e da dor”

Livros
 Roberto Carlos Por Ele Mesmo de Lázaro Martins (Martin Claret, 1994)
 Eles E Eu de Ronaldo Bôscoli (Nova Fronteira, 1994)
 A Rebelião Romântica Da Jovem Guarda de Rui Martins (Fulgor, 1966)
 ABZ Do Rock Brasileiro de Marcelo Dollabella (Estrela do Sul, 1987)
 História Do Rock Brasileiro, 1955-65 de Albert Pavão (Edicom, 1990)
 Discografia Brasileira 78 RPM, 1902-1964 de Jairo Severiano e outros
(FUNARTE, 1982)
 Enciclopédia Da Música Brasileira Erudita, Folclórica E Popular, vários
autores (Art Editora, 1977 e 1998)
 Chega De Saudade de Ruy Castro (Companhia das Letras, 1990)
 História Social Da Música Popular Brasileira de José Ramos Tinhorão
(Caminho, 1990)
 Roberto Carlos... Suas Canções (Saber, 1992)

Jornais
Folha de S. Paulo, Folha da Tarde, O Estado de São Paulo, Jornal da Tarde,
Notícias Populares, Cruzeiro do Sul (Sorocaba), O Pasquim (Rio de Janeiro)

Revistas
Intervalo, Realidade, Contigo, São Paulo na TV, 7 Dias na TV, Bizz,
Semanário, Manchete, O Cruzeiro, Melodias, Fã-clube Especial, Somtrês,
Casseta & Planeta (com uma entrevista barra-limpa e muito esclarecedora
com Erasmo Carlos!) e os fascículos sobre Roberto e Erasmo Carlos da
Editora Abril Cultural.

Home-pages
Recanto do Rei, www.zaitek.com.br/rcdetalhes
O Rei, www.montreal.com.br/~rdrf
Clube do Rei, www.geocities.com/Broadway/6508

Sobre o autor
"Eu sou terrível"
Paulistano de 1957, Ayrton Mugnaini Jr. é jornalista, crítico musical,
compositor, pesquisador de música popular em geral, músico e radialista, dos
mais versáteis de sua geração. É colaborador de publicações como Jornal Da
Tarde, Folha Da Tarde, Cruzeiro Do Sul (Sorocaba), O Pasquim (Rio),
Revista Do CD, HV, Som Sertanejo, Bizz, Qualis e, atualmente, Dynamite,
Shopping Music, Música Do Brasil, Showbizz, Brazilian Music Uptodate,
Rock In Magazine e outras. É também autor de textos de contracapas ou
encartes de discos como a série de CDs Luar Do Sertão (BMG, 1997), de
música sertaneja tradicional. E vem ministrando oficinas e palestras sobre
crítica musical desde 1994.

Autoproclamado “músico e compositor em estado crítico”, tem composições


gravadas por Kid Vinil, Língua de Trapo, Falcão, Nasi & Os Irmãos do Blues
e outros. Como intérprete e multi-instrumentista, vem lançando várias fitas
cassete e um LP, todos independentes, desde 1984.

Co-produz o programa de música, humor e informação Rádio Matraca


(atualmente na USP FM). Nos anos 90 co-produziu programas radiofônicos de
Kid Vinil e Miguel Vaccaro Netto.

Seus livros incluem a coleção Biblioteca Musical (editora Nova Sampa), sobre
Raul Seixas, Roberto Carlos, Janis Joplin, Caetano Veloso, Rita Lee, Queen,
Cazuza e Elis Regina e outros, além de um estudo sobre as origens do rock
and roll, História Do Rock Os Primeiros 200 Anos, e uma pequena
enciclopédia sertaneja, ora em preparo. Além disso, colaborou na atualização
para 1998 da Enciclopédia Da Música Brasileira Erudita, Folclórica E
Popular (Art Editora), lançada originalmente em 1977.

Dedicado à pesquisa das origens e evolução da música popular em geral,


possui um acervo de mais de 8 mil discos, do 78 RPM ao CD, e centenas de
fitas de rolo e cassetes, com músicas, jingles, entrevistas e palavra falada de
todos os países, do fim do século 19 ao presente, além de centenas de livros,
revistas, partituras e recortes de jornais, nacionais e estrangeiros.

Para mais (ainda mais!) informações sobre o autor, visite a home-page:


www.musicultura.art.br/ayrtonmugnaini
Endereço do autor: ayrtonmu@uol.com.br

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