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Iliana Da Costa Nobre Jorge

Nutrição Clinica
Mestrado em Saúde Pública
Percepção Pratica Tradicional nas Culturas Feitas em Manica, Tete, Cabo Delgado, Niassa e
Inhambane

Universidade Alberto Chipande


Beira
2021
Iliana Da Costa Nobre Jorge

Mestrado em Saúde Pública


Percepção Pratica Tradicional nas Culturas Feitas em Manica, Tete, Cabo Delgado, Niassa e
Inhambane

Docente:
MSc. ______________

Universidade Alberto Chipande


Beira
2021
Índice
1.0. Introdução............................................................................................................................1

2.0. Percepção Pratica tradicional nas culturas feitas em Manica, Tete, Cabo Delgado, Niassa
e Inhambane................................................................................................................................2

2.1. Tradições gastronómicas de Tete.........................................................................................2

2.2. Pratos tradicionais de Manica..............................................................................................2

2.2.1. Kwechete...........................................................................................................................3

2.2.2. Quiabo (Therere-la-Nyanthando)......................................................................................4

2.2.3. Kadududzira......................................................................................................................4

2.2.4. Mkundza...........................................................................................................................4

2.2.5. Kabanga............................................................................................................................5

2.3. Pratos tradicionais de Cabo Delgado...................................................................................6

2.3.1. Kitfo..................................................................................................................................7

2.3.2. Xacxuca.............................................................................................................................7

2.4. Pratos tradicionais de Inhambane........................................................................................8

2.4.1. Prato Matapa.....................................................................................................................8

Conclusão....................................................................................................................................9

Bibliografia...............................................................................................................................10
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1.0. Introdução

No presente trabalho de pesquisa, faz uma abordagem sobre Percepção Pratica tradicional nas
culturas feitas em Manica, Tete, Cabo Delgado e Inhambane.

As tradições gastronómicas de Tete, há vários pratos típicos, caso da massa de farinha branca de
milho com diversos tipos de caril, miudezas de cabrito conhecido por N´Kongue, prato utilizado
assim como massa de farinha de mapira de machoeira. Em Manica, os trabalhos relacionados
com a culinária, são actividades das mulheres. Os vegetais ocupam um papel importante na
culinária local, sendo uma das principais fontes de alimentação a par de milho, mandioca,
inhame, feijões entre outros.

No Cabo Delgado, existem pratos exóticos locais cozinhados com mandioca, batata-doce,
banana verde, folhas de mandioqueira, abóbora, feijão, sobressaindo o leite do coco. E ainda a
comida Europeia como a portuguesa rica em alhos e indiana com temperos e exóticos piripiri,
sem esquecer as deliciosas entradas oriundas de Ilha de Ibo e Macomia (Mucojo e Quiterajo)
como as conservas macaza e m’bare e outras delícias como de afridisíacas e ostras. A
Gastronomia de Cabo Delgado é muito rica e variada. A cozinha de Cabo Delgado é à base do
côco, tendo como prato principal a "Chima com Matapa" no interior e "Tocossado" no litoral.

A região de Inhambane é conhecida por ser favorável à produção do coco e do amendoim.


Alguns guisados de peixe, frango, carne, matapa, xiguinha e doces revelam o segredo da
deliciosa combinação do coco com o amendoim. Prato Matapa é um prato típico da região sul
de Moçambique, preparado com a folha da mandioca e camarão ou caranguejo como
ingredientes principais.
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2.0. Percepção Pratica tradicional nas culturas feitas em Manica, Tete, Cabo Delgado,
Niassa e Inhambane

2.1. Tradições gastronómicas de Tete


Pode deliciar-se com vários pratos típicos, caso da massa de farinha branca de milho com
diversos tipos de caril, miudezas de cabrito conhecido por N´Kongue, prato utilizado assim
como massa de farinha de mapira de machoeira.

O peixe capenta também conhecido como sardinha de Tanganica foi aqui introduzido e basta
secar ao sol uma pequena quantidade para alimentar uma família. Todos os anos se pescam
toneladas de capenta, representando uma das mais importantes indústrias de exportação do
país.

Os barcos são muito especiais com uma grande rede à sua frente. Pescam durante a noite, pois
o capenta atrai-se pela luz caindo na rede. Entre Setembro e Dezembro são os melhores meses
para os capturar. E só um barco pode pescar até 1000 kg numa só noite. Os barcos regressam
ao nascer do Sol e o peixe é seco e depois comercializado.

A acompanhar há algumas bebidas tradicionais como o pombe que leva farelo, açúcar, farinha
de mapiro e farelo. Ou então o cachaço de maçanica, farelo de tamariz e amarula (m´fula).
Que tal a fruta da região, o Malambe que tem um forte poder nutritivo. É com ele que
fabricam o yogurte, doces e bebidas tradicionais como a amarula, por exemplo, maçanica e
tamarie.

2.2. Pratos tradicionais de Manica


A cultura alimentar está directamente ligada com a manifestação das pessoas na sociedade.
Segundo Leonardo (1982ː26) alimento é um dos requerimentos básicos para a existência de
um povo, e a aquisição desta comida desempenha um papel importante na formação de
qualquer cultura. Em Manica, os trabalhos relacionados com a culinária, são actividades das
mulheres. Os vegetais ocupam um papel importante na culinária local, sendo uma das
principais fontes de alimentação a par de milho, mandioca, inhame, feijões entre outros.

Em geral, folhas verdes e hastes jovens são colectadas, lavadas, cortadas e preparadas no
vapor ou fervidas em combinação com ingredientes como cebola e tomate. Pode-se encontrar
variedade de pratos tais como massa de mapira (nsima ramapira), massa de milho (nkura
yamagwere), caril de folha de abóbora (muliwo wa tikiti), quiabo (therere), caril de folha de
feijão nhemba (muliwo wa mkunza) e quiabo do chão que nasce naturalmente
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(tove/kwechete). O quiabo, para além de ser fonte de alimento também é considerado


medicinal, porque aconselha-se a mulheres a consumir durante o período de gestação pois
segundo os nossos entrevistados, o consumo deste nasta fase facilita o parto devido a sua
viscosidade. Para além desta convicção, ainda no dizer dos mesmos, acredita-se que o
alimento proporciona um ambiente agradável dentro da barriga da gestante. Portanto esta
convicção tende a desaparecer com o tempo.

No passado a comida era servida no mesmo prato para todos a excepção do pai da família e
das crianças de idade menor. Actualmente verifica-se a mudança deste hábito, o pai passa a
refeição junto dos filhos mais velhos e casados, na qual, as esposas trazem a comida para
estes. Os solteiros passam a reifeição na casa (guero) dos jovens, enquanto as noras e as filhas
da casa passam junto da sogra e da mãe, respectivamente. Em tempos, a água usada para
beber durante a refeição era servida na cabaça (senkombo ou ndiko), que devia ser entregue
ao intereçado pelo pai ou mão. Portanto, a culinária na Localidade de Nhassacara é feita de
várias maneiras dependendo dos ingredientes e daquilo que se confecciona. Eis alguns dos
pratos mais confeccionados na localmente:

2.2.1. Kwechete
É um prato tradicional típico da Localidade de Nhassacara preparado na base do quiabo de
baixo, neste caso, o de folhas. Este vegetal ocupa um papel importante na culinária e nos
hábitos alimentares das cpmunidades locais. Porém, este prato também é uma das principais
fontes de vitaminas e proteínas a semelhança do milho, feijão e outros. O kwechete é um
vegetal de folhas finas e cada 100 grama possui aproximadamente, 32g de calórias, 0.2g de
gorduras, 7mg de sódio, 299g de potássio, 7mg de carbo hidrato, 3.2g de fibra alimentar, 1.5g
de açucar e 1.9g de proteina. (EMBRAPAː2008).

É um alimento de baixo nível calórico, possui uma boa quantidade de vitaminas A e B e sais
minerais, como: fósforo, ferro e cálcio. (Simaː 2006) Este vegetal germina e abunda no tempo
chuvoso, isto é, de Dezembro a Março. Contudo, pode ser encontrado em pequenas
quantidades durante outros meses do ano uma vez que as folhas nascem naturalmente sem
necessitar da intervenção humana. Para colmatar a escassez do produto nos meses de menor
abundância, os aldeões submetem o alimento a um processo de conservação que consiste em
seca-las ao sol, por um período de aproximadamente uma semana.

Depois são trituradas no pilão até que fique em pó e, finalmente, o pó é conservado em


recipiente limpo e seco, nomeadamente tigela, bilha, panela de barro, dentre outros. Isto faz
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com que algumas pessoas tirem quantidades enormes de quiabo ainda fresco durante o
período em abundância colocando-o a secar e posterior conservação para poder consumir em
período de escassez. Os locais afirmam que o quiabo tem bastante económico por tratar-se de
um alimento que não acarreta custos de produção, bastando apenas dirigir-se ao mato em
tempo chuvoso para poder extraí-lo.

2.2.2. Quiabo (Therere-la-Nyanthando)


Therere-la-Nyanthando é um fruto fibroso e peludo de forma cónica e coloração verde, cheia
de sementes no seu interior de cor branca. É produzido por uma quiabeira, planta tipicamente
africana. Em Nhassacara a planta é semeada nas machambas. Therere-la-Nyanthandofornece
vários nutrientes importantes à saúde, é rico em vitaminas A, C e B1 e possui ainda em sua
composição minerais como o cálcio, fibras e proteínas. Por fornecer poucas calorias
(30kcalpor cada100g) o quiabo pode estar contido em dietas de restrições calóricas e com a
vantagem de ser um alimento de fácil digestão. ﴾Muller e Modoloː 1980) Além de todos estes
nutrientes, é também conhecido por conter propriedades medicinais. Ele é anti-helmíntico,
antiparasitário, demulcente e indicado como tratamento de várias enfermidades como diarreia,
verrinosas, disenteria, inflamações e irritação do estômago, rins e intestino.

2.2.3. Kadududzira
É um prato tradicional preparado na base de quiabo (therere-la-nyathando), típico da região de
Nhassacara. O principal ingrediente (quiabo de cima) passa antes por um processamento, que
permite a sua conservação para ser consumido durante um longo período de tempo.

O processo consiste, primeiramente, em colher o quiabo ainda fresco e depois cortá-lo em


rodelas e deixá-lo secar ao sol, por um período de uma semana ou mais, dependendo da
intensidade do sol. A posterior, leva-se as rodelas já secas e armazenam-se em recipientes
limpos e secos como tigelas, bilhas ou panelas de barro onde o quiabo é conservado. No dia
que se pretende preparar o prato, leva-se as rodelas de quiabo seco na quantidade desejada, e
se submete ao processo de trituração no pilão de maneiras a obter-se o pó.

2.2.4. Mkundza
É um caril típico da Localidade de Nhassacara, preparado com base em folhas secas de feijão
nhemba. Este vegetal serve de caril geralmente no momento seco, período em que é notável a
escassez de vegetais frescos devido a falta de água nas margens dos rios, onde normalmente
pratica-se a horticultura. Colhidas as folhas de feijão nhemba e colocadas numa peneira, são
friccionadas usando as mãos com objectivos de torna-las murchas ou colocadas numa panela
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com água ao lume para ferver durante uma média de 10 minutos, até atingir uma cozedura
intermédia.

Em ambos os casos, à posterior, as folhas passam pelo processo de secagem ao sol, por um
período médio de cerca de uma semana. Note que omkundza passado pelo processo de fervura
é de fácil cozedura no momento de preparação, comparativamente ao submetido apenas à
secagem. Secas as folhas, procura-se um recipiente seco, que pode ser um cântaro (nkari),
sacos plásticos, entre outros, onde as folhas são conservadas para o seu consumo em período
de escassez de vegetais. Há casos em que o processo de secagem acontece depois de
misturado com alguns ingredientes como o tomate e pedaços de abóbora, visto que também
no tempo seco esses ingredientes escasseiam e servem e geralmente são usados no preparo
desse prato.

2.2.5. Kabanga
As bebidas tradicionais abundam no país e, cada região possui sua bebida típica em função da
matéria-prima abundante como as feitas com base em caju, canhú, mandioca, manga, coco,
cana-de-açúcar, arroz, mapira e mexoeira.

As bebidas tradicionais podem ser agrupadas em duas categorias, nomeadamente as bebidas


alcoólicas suáveis assemelhadas a cerveja, que são resultantes da fermentação de cereais e de
frutos e as que prove da destilação primária conhecidas por aguardentes, vulgarmente
designadas de nipa, fabricados principalmente na base de frutos doces. No caso das bebidas
de fermentação, como é o caso da kabanga, os fabricantes mergulham previamente grãos de
mexoeira, mapira, arroz ou milho em água durante alguns dias, deixando até a semente iniciar
o processo de germinação. Depois os grãos são retirados e expostos ao sol durante dois dias
para secar e, de seguida pila-se para obter a farinha, neste caso de sabor azedo. Esta farinha
constitui a matéria-prima durante o fabrico das bebidas alcoólicas na base de cereais.

Estes dizeres encontram paralelismo quando Tindall (1968:74) refere que o fabrico de bebidas
tradicionais na cultura Bantu é uma prática antiga e feminina, onde as mulheres são
envolvidas no seguinte processo: “o milho é mergulhado em água e deixado até brotar um
pouco, depois é espalhado ao sol para secar e misturado com alguns graus não brotados, em
seguida, as mulheres, usando o pilão, vão moer para produzir farinha que por sua vez é
fervida e deixada em repouso no potenciómetro por dias e durante a noite um pouco de
farinha que tinha sido mantida é lançada sobre o líquido para excitar fermentação” Kabanga
pela sua natureza é uma bebida de consumo caseiro, normalmente servida em ocasiões como
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cerimónia de casamento, nascimento, fúnebre, aniversário, recepção de dirigentes, entre


outras.

Na Localidade de Nhassacara, esta bebida fortifica as relações sociais e cria novos laços de
solidariedade, pese embora também não faltem pequenos conflitos derivados do consumo da
mesma. A semelhança de outras componentes da culinária em Nhassacara, o processo de
preparação do kabanga também é uma actividade exclusivamente feminina, sendo que a
transmissão dos saberes associados ao fabrico faz-se, de mãe para filhas ou entre vizinhas. A
venda de bebidas industrializadas, aliado ao facto da preparação desta bebida exigir um
esforço adicional, constitui um risco a continuidade e a trasmissão de conhecimento inerentes
a esta práticaaos as novas gerações.

2.3. Pratos tradicionais de Cabo Delgado


Existem pratos exóticos locais cozinhados com mandioca, batata-doce, banana verde, folhas
de mandioqueira, abóbora, feijão, sobressaindo o leite do coco. E ainda a comida Europeia
como a portuguesa rica em alhos e indiana com temperos e exóticos piripiri, sem esquecer as
deliciosas entradas oriundas de Ilha de Ibo e Macomia (Mucojo e Quiterajo) como as
conservas macaza e m’bare e outras delícias como de afridisíacas e ostras.

A Gastronomia de Cabo Delgado é muito rica e variada. A cozinha de Cabo Delgado é à base
do côco, tendo como prato principal a "Chima com Matapa" no interior e "Tocossado" no
litoral.

Para além da preciosa culinária moçambicana de origem étnica local, com os seus quitutes de
sabor inigualáveis, a nossa chamada de atenção recai sobre o peixe e os mariscos, visto a sua
quantidade e qualidade serem quase sem precedentes.

Moçambique por se encontrar virado para o oceano Índico, mais uma vez a confluência
cultural neste ponto geográfico, (têm muitas influências Indianas, Goesas e Chinesas na
alimentação) proporcionou a utilização de uma grande variedade de condimentos, que
transformam a cozinha moçambicana num rico património gastronómico.

O caril é muito usado em toda a cozinha de Cabo Delgado. Os luminos feitos de mandioca,
Banana verde, batata-doce com coco e mariscos, são caracteristicos da Zona costeira. O
Nicotombuiro feito com mandioca, feijão, milho com coco. O quitore e muatranca tudo
acompanhado com mariscos são outras especialidades de Cabo Delgado.
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A base da alimentação moçambicana é o milho. A partir deste cereal faz-se uma massa
chamada "Chima". Esta massa é acompanhada por molhos de vegetais, tais como a folhas de
abobora, mandioca e nheue, e também por mariscos, principalmente o camarão. O peixe seco
também é muito usado. Cabo Delgado é muito rico em mariscos. O camarão, a lagosta, o
carangueijo, ostra, maca, berbigão, e as lulas, são alguns dos mariscos que Moçambique
exporta para o Ocidente.

Os produtos típicos são o piri-piri, gergelim, amendoim, caju, côco etc. Nas bebidas existem
as aguardentes destiladas, como a nipa, tontonto, entre outras. Também se fazem maheu com
milho, mapira, e sura com a palmeira etc. Existem ainda os sumos de caju, e agua de lanho.

2.3.1. Kitfo
Feito com carne picada crua, muitas vezes servido com ingredientes como especiarias em pó
baseado em niter quibe e manteiga clarificada temperado, (que ajudam a dar ao prato um
sabor único e detalhe), o Kitfo (às vezes chamado kefto) é um delicioso prato de etíope
tradicional cozinha. A carne é cortada e marinado em mitmita, na verdade uma mistura de
temperos, a culinária típica local.

Muitas vezes a Kitfo é servido como um prato lateral: em muitas partes da Etiópia, na
verdade, pode ser um acompanhamento ideal para injera, Etiópia e Eritreia outra delicadeza
ou ser acompanhado de queijo doce e legumes cozidos. Considerado um luxo apartamento em
cozinha etíope, o kifto é ideal para recuperar a energia depois de um dia estressante de
trabalho ou depois de momentos de exaustão, no entanto.

2.3.2. Xacxuca
Um prato saudável vegetariano típico da culinária da Argélia e da Tunísia, em seguida,
introduzido na culinária israelense por tunisiano judeus imigraram para Israel. Consistindo de
alho, cebola, tomate, pimentão, ovos e especiarias, o prato é geralmente colocada no centro da
mesa para que os clientes podem usá-lo confortavelmente sem o uso de talheres, de fato, o
Shakshuka (ou às vezes até shakshouka chakchouka, ou mekbu-ba) é comumente consumidos,
como acontece com muitos outros perto de pratos orientais) com migalhas de pão ou com pão
pita, um tipo de pão ázimo plana, redondo, feito de farinha de trigo. Um prato muito rico e
nutritivo que é usado na Líbia para preparar um pequeno-almoço, ideal para capturar a energia
para enfrentar o dia.
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2.4. Pratos tradicionais de Inhambane


A região de Inhambane é conhecida por ser favorável à produção do coco e do amendoim.
Alguns guisados de peixe, frango, carne, matapa, xiguinha e doces revelam o segredo da
deliciosa combinação do coco com o amendoim.

2.4.1. Prato Matapa


É um prato tipico da região sul de Moçambique, preparado com a folha da mandioca e
camarão ou caranguejo como ingredientes principais.

Pila-se o amendoim até ficar em pó e dissolve-se em cerca de meio litro de água. (sem a
casca) Rala-se a polpa de coco e espreme-se num passador, juntando o pouco e pouco o
restante litro e meio de água de forma a extrair todo o leite ao coco. Junta-se este leite de coco
à água com o amendoim. Migam-se as folhas de mandioca ou couve da grossura de pouco
mais ou menos de 2 cm.

Cozinham-se as folhas de mandioca (sem água) durante meia hora. Se forem folhas de couve,
acrescenta-se uma pequena porção de água para que fiquem bem tenras. Num tacho, leva-se
ao lume a mistura de leite de coco com a água de amendoim, e quando começa a ferver,
juntam-se-lhe as folhas de mandioca ou couve e tempera-se de sal. Por fim, juntam-se os
camarões ou caranguejos já preparados e cozinhados e deixa-se apurar uma hora e meia em
fogo brando. Serve-se com arroz branco.

 
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Conclusão

As tradições gastronómicas de Tete, há vários pratos típicos, caso da massa de farinha branca
de milho com diversos tipos de caril, miudezas de cabrito conhecido por N´Kongue, prato
utilizado assim como massa de farinha de mapira de machoeira.

Em Manica, os trabalhos relacionados com a culinária, são actividades das mulheres. Os


vegetais ocupam um papel importante na culinária local, sendo uma das principais fontes de
alimentação a par de milho, mandioca, inhame, feijões entre outros.

No Cabo Delgado, existem pratos exóticos locais cozinhados com mandioca, batata-doce,
banana verde, folhas de mandioqueira, abóbora, feijão, sobressaindo o leite do coco. E ainda a
comida Europeia como a portuguesa rica em alhos e indiana com temperos e exóticos piripiri,
sem esquecer as deliciosas entradas oriundas de Ilha de Ibo e Macomia (Mucojo e Quiterajo)
como as conservas macaza e m’bare e outras delícias como de afridisíacas e ostras. A
Gastronomia de Cabo Delgado é muito rica e variada. A cozinha de Cabo Delgado é à base do
côco, tendo como prato principal a "Chima com Matapa" no interior e "Tocossado" no litoral.

A região de Inhambane é conhecida por ser favorável à produção do coco e do amendoim.


Alguns guisados de peixe, frango, carne, matapa, xiguinha e doces revelam o segredo da
deliciosa combinação do coco com o amendoim. Prato Matapa é um prato típico da região sul
de Moçambique, preparado com a folha da mandioca e camarão ou caranguejo como
ingredientes principais.
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Bibliografia
 Cipire, F. (1996). A Educação Tradicional em Moçambique. 2ª Ed. EMEDIL. Maputo.
 De Sales, José Roberto. (2003). O uso das Danças Folclóricas no Contexto
Pedagógico da Educação Física Escolar. Brasília.
 Estrella, E. As Contribuições da Antropologia à Pesquisa em Saúde IN: Nunes, E.D.
As Ciências Sociais em Saúde na América Latina, Tendências e Perspectivas. Brasília,
OPAS, 1985.
 Ki-Zerbo, J. (1999). História da África Negra - Volume 1. Publicações Europa -
América. Paris.

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