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Práticas Educacionais No Sec. XXI
Práticas Educacionais No Sec. XXI
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PRÁTICAS EDUCACIONAIS NO SÉCULO XXI - GRUPO PROMINAS
Núcleo de Educação a Distância
O Grupo Educacional Prominas é uma referência no cenário educacional e com ações voltadas para
a formação de profissionais capazes de se destacar no mercado de trabalho.
O Grupo Prominas investe em tecnologia, inovação e conhecimento. Tudo isso é responsável por
fomentar a expansão e consolidar a responsabilidade de promover a aprendizagem.
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Prezado(a) Pós-Graduando(a),
Um abraço,
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PRÁTICAS EDUCACIONAIS NO SÉCULO XXI - GRUPO PROMINAS
Olá, acadêmico(a) do ensino a distância do Grupo Prominas!
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O texto abaixo das tags são informações de apoio para você ao
longo dos seus estudos. Cada conteúdo é preprarado focando em téc-
nicas de aprendizagem que contribuem no seu processo de busca pela
conhecimento.
Cada uma dessas tags, é focada especificadamente em partes
importantes dos materiais aqui apresentados. Lembre-se que, cada in-
formação obtida atráves do seu curso, será o ponto de partida rumo ao
seu sucesso profisisional.
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Esta unidade aborda e tematiza as novas tendências da edu-
cação no século XXI. A partir dos estudos clássicos sobre educação
e de pensadores contemporâneos, procura abordar a emergência de
uma educação que esteja conectada não apenas aos pressupostos
tecnológicos deste tempo, mas também aos desafios impostos à edu-
cação durante e após a pandemia da COVID-19, que alterou profun-
damente o cenário e as relações mundiais. Desta forma, são abor-
dados, ao longo dos três capítulos que compõem essa unidade, os
seguintes elementos: conceito de educação; a escolarização no sé-
culo XIX a partir da perspectiva de consolidação da escola moderna;
influências do Iluminismo e racionalismo; construção do pensamento
crítico; manifesto dos pioneiros da Educação Nova; desconstrução e
reconstrução do conceito de aprender; contribuição da educação para
o processo emancipatório; educação e cidadania.
PRÁTICAS EDUCACIONAIS NO SÉCULO XXI - GRUPO PROMINAS
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Apresentação do Módulo ______________________________________ 11
CAPÍTULO 01
EDUCAÇÃO DO SÉCULO XXI: O QUE ESPERAR?
Recapitulando ________________________________________________ 27
CAPÍTULO 02
EDUCAÇÃO E CIDADANIA
Recapitulando _________________________________________________ 49
CAPÍTULO 03
PRESSUPOSTOS TEÓRICOS SOBRE EDUCAÇÃO
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Recapitulando __________________________________________________ 70
Glossário _______________________________________________________ 80
Referências _____________________________________________________ 81
PRÁTICAS EDUCACIONAIS NO SÉCULO XXI - GRUPO PROMINAS
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Quando dizemos que a educação do século XXI precisa pas-
sar por uma renovação, não estamos defendendo apenas a entrada do
computador em sala de aula. Mais do que isso, a educação do século
XXI pressupõe o desenvolvimento, em sala de aula, de competências
necessárias para o enfrentamento da realidade da liquidez e da insegu-
rança que nos são impostas.
Diante disso, esta unidade procura abordar, de forma simples, po-
rém rigorosa e fundamentada, a necessidade de repensarmos a educação
de nosso tempo, a partir de uma perspectiva de retomada de pensadores
clássicos e também contemporâneos do campo da Educação, a fim de pro-
por que a mudança na educação comece não pelas tecnologias somente,
mas pelos valores e pela compreensão da realidade que nos cerca.
Assim, este material está dividido em três capítulos, sendo que o
primeiro trata diretamente dos desafios impostos por nosso tempo à edu-
cação. Partindo do pressuposto de que precisamos avançar em relação à
educação do século XVIII, este capítulo procura problematizar a situação
atual, abordando também a forma como a pandemia da COVID-19 afetou
profundamente as relações e os modos de ensinar e de aprender.
No segundo capítulo, é abordada a necessidade do desenvol-
vimento de competências para a cidadania no contexto educacional,
sendo retomados os pressupostos do pensamento de autores que de-
fendem a educação popular.
O terceiro e último capítulo é marcado por uma discussão con-
ceitual sobre os termos “pedagogia”, “educação”, “ensino”, “aprendiza-
gem” e “ensinagem”, a partir de uma perspectiva teórica.
Espera-se que este material sirva de pressuposto para apro-
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EDUCAÇÃO DO SÉCULO XXI:
O QUE ESPERAR?
PRÁTICAS EDUCACIONAIS NO SÉCULO XXI - GRUPO PROMINAS
Vivemos tempos esquisitos. Com tanta coisa mudando tão rapidamente, te-
mos dois caminhos a tomar. Ou lideramos as mudanças, aceitando-as como
inevitáveis, ou seremos arrastados por elas e ficaremos completamente fora.
Envolver-se ou chorar! É um desafio e tanto. Especialmente porque vivemos
durante muito tempo precisando apenas de habilidades genéricas, para pro-
fissões que mudavam muito pouco. E isso aconteceu durante quase toda a
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história humana. Mas nos últimos séculos cada geração viu profissões de-
saparecerem, enquanto novas surgiram. Máquinas foram automatizando a
manufatura cada vez mais rápido. E todas as funções repetitivas passaram a
ser trocadas por robôs e computadores. (FRIDEZZI, 2017, p. 11)
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mente; muitos outros – a maioria – sofreram dramáticas mudanças em sua
vida cotidiana, empobreceram e foram obrigados a se submeter a outros re-
gimes de trabalho e de socialização. (DUSSEL; CARUSO, 2003, p. 104-105).
O que acontece com nossos alunos e com as pessoas é que todos nós vira-
mos produtores de informação e conhecimento. O mundo passou a ser feito
por vários usuários, por muita gente, e não mais por poucos, pelas institui-
ções e veículos tradicionais. Hoje todo mundo produz, quer conversar, dialo-
gar, debater, interagir, trocar, compartilhar, informar e ser informado. Nossos
alunos deixaram de ser alunos passivos e passaram a ser criativos, muito
ativos, criadores ativos. (FRIDEZZI, 2017, p. 12).
Normalmente, acreditamos que uma teoria dos afetos não contribui para o escla-
recimento da natureza dos impasses dos vínculos sociopolíticos. Pois aceitamos
que a dimensão dos afetos diz respeito à vida individual dos sujeitos, enquanto
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compreensão dos problemas ligados aos vínculos sociais exigiria uma perspec-
tiva diferente, capaz de descrever o funcionamento estrutural da sociedade e
de suas esferas de valores. Os afetos nos remeteriam a sistemas individuais de
fantasias e crenças, o que impossibilitaria a compreensão da vida social como
sistema de regras e normas. Tal distinção não seria apenas uma realidade de
fato, mas uma necessidade de direito. Pois, eles só poderiam implicar a impossi-
bilidade de orientar a conduta a partir de julgamentos racionais, universalizáveis
por serem baseados na procura do melhor argumento. (SAFATLE, 2016, p. 37).
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colar] não está respondendo a isso. Como resultado, os mais empreendedores
e inquietos, vão embora. Viramos exportadores de talentos. Muita gente com
boa formação, que estudou nas melhores escolas e universidades daqui, já
nos deixou ou está indo. Não é uma questão de tamanho de cidade [...]. É de
mentalidade, de “mindset”. Está difícil se adaptar ao que acontece velozmente
pelo mundo afora á nossa vida, e muito mais à sala de aula! Agora, além da
falta de oportunidades, temos a violência. Estamos testemunhando outra onda
de pessoas que deixam nossa terra por insegurança! [...] Isso é um desafio
para a educação, que é onde tudo começa. Como formar pessoas para que
tenham interesse em permanecer, em produzir para essa comunidade, para
que a gente não fique ainda mais para atrás? (FRIDEZZI, 2017, p. 13-14).
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O afeto aqui tratado, entendido como uma competência a ser
trabalhada pela educação do século XXI, em nada tem a ver com ele-
mentos considerados da natureza humana inata, ou mesmo com algo
positivo/negativo a priori. Estamos compreendendo o afeto como mobi-
lização, como interação com a realidade.
Afetar-se neste contexto, significa reagir de forma diferente da
programação biológica, já que afeto é uma construção social e política.
Seria, em outras palavras, uma reação diante de todos os desafios que
a contemporaneidade nos impõe, dentre os quais se destacam, na es-
cola, a necessidade da comunicação, a construção da aprendizagem e
o trabalho em equipe. Seria uma educação afetiva.
EDUCAÇÃO DO FUTURO?
Acho muito difícil a posição dos educadores hoje, por terem de lidar com alu-
nos que já nascem, praticamente, com tablet ou celular na mão. Encharcados
de informação. E com mais muitas vezes omissos e infantilizados, que não têm
autoridade sobre os filhos, não sabem dar-lhes limites nem estimulá-los no que
sabem e gostam de fazer, delegando toda a árdua tarefa de ensinar somente
aos professores. Como segurar essa onda? Como manter o interesse dentro
da sala de aula? Temos grandes desafios pela frente. Estima-se que 65% das
crianças que entraram na escola a partir de 2011 vão trabalhar em carreiras
que ainda não foram inventadas. Quais carreiras vão existir no futuro e quais
século XXI. Para atender a isso, algumas escolas estão ensinando codificação e
outras habilidades. Mas a tecnologia está mudando tão rapidamente, que essas
novas habilidades não serão relevantes para a época em que esses estudantes
entrarem no mercado de trabalho. No mundo hiperconectado de hoje, precisa-
mos de “resolvedores de problemas”, pensadores inventivos e adaptados às
mudanças que encontrarão pela frente. E o modelo de educação que a maioria
dos países usa atualmente foi criado há muitíssimos anos, para momentos com
mercados estáveis, que estão deixando de existir.” (FEDRIZZI, 2017, p. 16).
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Sabemos que a escola já utiliza diferentes tecnologias em
seu cotidiano, mais no contexto da pandemia. Porém, na prática,
por vezes, essa concepção de educação tecnológica não parecia,
de fato, conectada com um projeto educacional mais abrangente, o
que mudou de forma drástica ao longo do ano de 2020.
Essa mudança possibilitou a instrumentalização que ain-
da faltava aos educadores e educandos para que internalizem e
desenvolvam as competências de trabalhar com as diferentes
tecnologias da informação, pelo menos, nos sistemas de ensino
que buscaram manter uma linha dialógica com suas comunidades
mesmo durante as restrições que o período impôs.
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habilidades, liberdade de criar novas ideias, habilidades sociais, criatividade, re-
solução de problemas, comunicação. Para as crianças saírem da zona de con-
forto, dão oportunidade para os alunos se envolverem na maioria das decisões
da escola. Por que eles estão trabalhando tudo isso? Porque não sabemos o
que vem por aí. Os suecos estão colocando os filhos em escolas de artes. A arte
de combinar o caos, coisas que não tenham conexão entre si, para fazer surgir
algo novo. Criatividade é uma das bolas do futuro. (FEDRIZZI, 2017, p. 16-17).
há são apenas rastros que nos mostram o que não queremos mais para
a escola e o que precisamos. Aproveitemos as oportunidades!
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QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Banca: MPOG Órgão: ESAF Prova: Analista técnico de políticas so-
ciais - Educação Nível: Superior.
A respeito da relação entre Educação e Tecnologias da Informação
e da Comunicação, assinale a opção incorreta.
a) As Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) foram intro-
duzidas na educação para informatizar as atividades administrativas,
visando agilizar o controle e a gestão técnica.
b) O uso das TICs na sala de aula contribui para facilitar a aprendizagem
e dinamizar o ensino se for relacionado a projetos e atividades dinâmicas.
c) A relação inicial entre TICs e o ensino e a aprendizagem foi sem uma
integração às atividades de sala de aula, representando uma atividade
adicional ou compondo projetos.
d) As TICs favorecem uma nova relação com o saber ultrapassando os
limites dos materiais instrucionais tradicionais e favorecendo a criação
de comunidades de colaboração.
e) As TICs privilegiam a comunicação e permitem eliminar os muros
que separam a instituição da sociedade e a articulação da escola com
outros espaços produtores de conhecimento e podem resultar em mu-
danças interessantes.
QUESTÃO 2
Ano: 2011 Banca: CESPE/ CEBRASPE Órgão: Serviço Nacional de
Aprendizagem Comercial – PE (SENAC/PE) Prova: Assessor técni-
co IINível: Superior.
QUESTÃO 3
Ano: 2011 Banca: CESPE/ CEBRASPE Órgão: Serviço Nacional de
Aprendizagem Comercial – PE (SENAC/PE) Prova: Assessor técni-
co II Nível: Superior.
Zabala, preocupado em analisar a prática educativa, propõe um
modelo de interpretação que se contrapõe ao tradicional modelo
em que o professor é visto como aplicador de fórmulas pré-estabe-
lecidas, herdadas da tradição. Nessa análise Zabala:
1. Propõe a adoção de uma perspectiva processual que inclui pla-
nejamento, aplicação e avaliação, tendo em vista assegurar um
sentido integral às variáveis metodológicas que caracterizam as
unidades de intervenção pedagógica.
2. Valoriza a adoção de práticas docentes que vêm sendo utilizadas
pelos professores ao longo dos tempos, tendo em vista garantir a
sua segurança no ato de ensinar.
3. Considera os condicionantes do contexto educativo, a exemplo das
pressões sociais, da trajetória histórica dos educadores e das mu-
danças científico-tecnológicas que configuram os tempos presentes.
Está(ão) correta(s)
a) 2 e 3, apenas
b) 1, 2 e 3.
c) 3, apenas.
PRÁTICAS EDUCACIONAIS NO SÉCULO XXI - GRUPO PROMINAS
d) 1 e 2, apenas.
e) 1 e 3, apenas.
QUESTÃO 4
Ano: 2010 Banca: FEPESE Órgão: Prefeitura de São José - SC Pro-
va: Auxiliar de Sala - Educação Infantil Nível: Superior.
Teóricos da abordagem da Pedagogia da Infância defendem o pres-
suposto de que a infância é:
a) O melhor período para o professor reproduzir os conteúdos escolares.
b) Período da vida da criança que vai de zero até seis anos de idade.
c) Momento do desenvolvimento humano em que a criança é muito frágil.
d) Uma categoria que deve ser pautada no modelo reducionista e con-
servador de educação.
e) Uma categoria geracional, social e histórica e geograficamente cons-
truída, heterogênea, atravessada pelas variáveis de gênero, classe, re-
ligião e etnia.
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QUESTÃO 5
Ano: 2019 Banca: FUNDATEC Órgão: Prefeitura de Seberi - RS Pro-
va: FUNDATEC - 2019 - Prefeitura de Seberi - RS - Professor de
Geografia Nível: Superior.
Segundo Demo, educar pela pesquisa é também:
I. Estimular no aluno a curiosidade pelo desconhecido.
II. Incitar o aluno a procurar respostas, a ter iniciativa.
III. Iniciar a elaboração de ideias próprias.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.
QUESTÃO 6
Ano: 2010 Banca: FUMARC Órgão: Prefeitura de Governador Vala-
dares - MG Prova: Professor de Educação Infantil Nível: Superior.
O convívio social define o homem como sujeito histórico, cuja
identidade se constrói na relação com o outro, a partir de práticas
educativas que pretendem contribuir para a construção e desen-
volvimento da sociedade.
Dentre as concepções abaixo, qual delas NÃO compõe a relação
educação, sociedade e cultura?
a) O entendimento de que a educação exerce o papel de manter a so-
ciedade integrando os indivíduos no todo social. A teoria e a prática
QUESTÃO 7
Ano: 2011 Banca: FUNCAB Órgão: Prefeitura de Linhares - ES Pro-
va: Professor de Geografia Nível: Superior.
Fazendo uma análise da concepção do ensino em uma perspecti-
va Durkheimniana de que a educação é um processo de transmis-
são de conhecimentos e tendo como outro extremo a concepção
de educação que enfoca a aprendizagem (o aprender a aprender)
como principal elemento, reflita sobre a aplicabilidade da tecnolo-
gia nestas duas vertentes.
A afirmativa abaixo que melhor identifica o papel da tecnologia na
educação, na perspectiva Durkheimniana é:
a) Como ferramenta de ensino, a tecnologia tem como finalidade ser
utilizada como instrumento de acesso à informação, ao conhecimento
historicamente produzido.
b) A tecnologia na educação é uma ferramenta que possibilita a intera-
ção e a criatividade dos alunos, porém deve-se ter o cuidado de planejar
bem a atividade.
c) O ato de eleger e estudar os conteúdos que serão apresentados ou
aprofundados no laboratório de informática são essenciais para que a
aula seja objetiva e produtiva.
d) A tecnologia na escola deve estar inserida no planejamento do currí-
culo escolar e deve ser utilizada para apresentar e aprofundar conteú-
dos curriculares.
e) Todas as atividades precisam ser bem estruturadas e bem plane-
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QUESTÃO 8
Ano: 2006 Banca: CESPE-CEBRASPE Órgão: TSE Prova: Analista
Judiciário - Pedagogia Nível: Superior.
Assinale a opção incorreta acerca da relação entre educação e so-
ciedade.
a) O principal referencial epistemológico da pedagogia crítica é o pensa-
mento marxista, razão pela qual o trabalho, em sua dimensão histórica
e filosófica, é considerado, para essa tendência pedagógica, a categoria
central.
b) A ideia do trabalho como princípio educativo foi a principal contribui-
ção do sociólogo Karl Mannheim para a compreensão do papel social
da educação.
c) Segundo Althusser, as classes sociais lutam para conquistar o poder
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do Estado e usá-lo como aparelho repressivo. Paralelamente a essa
realidade, há, segundo o autor, uma outra, denominada aparelhos ideo-
lógicos do Estado, entre eles a escola.
d) Bourdieu, ao tratar da função social da educação a partir de uma
visão crítica da sociedade capitalista, considera que os sistemas edu-
cacionais cumprem a função estratégica de reprodução da cultura e da
estrutura de classes.
QUESTÃO 9
Ano: 2006 Banca: CESPE-CEBRASPE Órgão: TSE Prova: Analista
Judiciário - Pedagogia Nível: Superior.
Julgue os seguintes itens relativos à educação no contexto social.
I Toda e qualquer prática educativa expressa uma doutrina pedagógi-
ca, uma filosofia de vida, uma concepção de homem e de sociedade.
II Segundo as teorias que explicam a função social da educação
com base nos fundamentos do materialismo dialético, a sociedade
tende a se manter porque a educação promove o consenso espon-
tâneo sobre os valores sociais.
III Os princípios e os fundamentos da filosofia liberal dão sustenta-
ção às formulações teóricas de John Dewey sobre a Escola Nova e
o seu papel aperfeiçoador da democracia.
IV Paulo Freire, ao enfatizar o caráter libertador da educação, atribui
ao repasse de informações a característica fundamental do ensino.
Estão certos apenas os itens:
a) I e II.
b) I e III.
QUESTÃO 10
Ano: 2011 Banca: Ministério da Defesa Órgão: Ministério da Defesa
Prova: Oficial – Área Pedagogia Nível: Superior.
Assinale a alternativa que explica um dos quatro pilares da educa-
ção: aprender a fazer.
a) Refere-se à necessidade de atribuir cada vez maior importância às
diferentes formas de aprendizagem no trabalho.
b) Considerando a rigidez dos processos de trabalho, deve preparar o
educando para desenvolver tarefas realizadas no sistema de montagem.
c) Constitui-se de competências e qualificações, anteriores ao acesso
ao mercado de trabalho, período em que o educando deve dedicar-se
plenamente aos estudos.
d) Indica que o espaço da escola e o espaço do trabalho, ainda que
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tenham relação, são dissociados na formação humana, na formação
profissional, na formação científica e na formação cultural.
e) Além da aprendizagem de uma profissão, há que adquirir uma com-
petência mais ampla, que prepare o indivíduo para enfrentar numerosas
situações, muitas delas imprevisíveis, e que facilite o trabalho em equipe.
TREINO INÉDITO
O primeiro pensador da educação a propor o ensino de tudo a to-
dos foi:
a) Paulo Freire.
b) Jean Piaget.
c) Rousseau.
d) Comênius.
e) Baumman.
NA MÍDIA
NOTA TÉCNICA DO TODOS PELA EDUCAÇÃO TRAZ PANORAMA
DE DADOS E EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS MAIS RECENTES SOBRE
ENSINO A DISTÂNCIA E DOS DESAFIOS DESSE PERÍODO
Em todo o mundo, 9 em cada 10 estudantes estão temporariamente fora
PRÁTICAS EDUCACIONAIS NO SÉCULO XXI - GRUPO PROMINAS
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NA PRÁTICA
Mesmo com todo o histórico de discussões acerca da necessidade de
repensar a educação a partir das exigências e necessidades do século
XXI, ainda parece que a educação parou no tempo, se comparada a
outras áreas do conhecimento.
Somente a eclosão de uma pandemia foi capaz de “obrigar” os sistemas
de ensino a se adequarem às tecnologias, de modo que hoje, boa parte
das redes educacionais não está mais atuando de forma presencial.
Se pensarmos do ponto de vista da necessidade de atualização das prá-
ticas escolares, isso pode ser considerado um avanço. No entanto, ainda
há a necessidade de se repensar essas práticas, e também de considerar
que a informatização do ensino torna mais evidente as desigualdades
sociais, no que se refere às condições de acesso às tecnologias.
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EDUCAÇÃO E CIDADANIA
PRÁTICAS EDUCACIONAIS NO SÉCULO XXI - GRUPO PROMINAS
vas gerações.
Este movimento educacional que perpassa o interior das so-
ciedades busca, além de transmitir formas de saber, instrumentalizar
os sujeitos que serão a próxima geração ativa daquela sociedade, aju-
dando-os a construir uma determinada visão de mundo e também a
desenvolverem as habilidades necessárias para a manutenção social.
Numa sociedade em que não há interferência externa, nem orga-
nização por classes, talvez isso seja igualitário. O problema, porém, ocorre
nas sociedades em que as relações de poder atravessam nitidamente a
organização do social, estruturando-o de tal modo que a alguns é possibili-
tado avançar para determinadas direções sociais, e para outros não.
Além disso, o processo de aculturação produzido pelo sistema
escola também influencia diretamente em sua organização, podendo
ser – em muitos casos – prejudicial.
A educação está diretamente arraigada na manutenção de
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uma cultura, seja ela qual for. E a sociedade moderna viu na escola um
espaço garantido dessa manutenção, assim como da perpetuação de
determinadas formas de organização do social. Por isso, ao pensarmos
a escola, devemos também levar em conta que essa carrega em sua
estrutura as marcas de um mundo visto sob determinadas perspectivas,
sob determinadas lentes, sob determinadas ideologias. Quem controla
a organização do conhecimento controla também a forma como a socie-
dade vai sendo forjada nos interiores dessa maquinaria escolar.
Se a educação estiver a serviço do capital e não da cidadania,
por exemplo, ela poderá contribuir para promover a exclusão massiva
dos sujeitos considerados inadequados ao exercício de poder.
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A RELAÇÃO ENTRE EDUCAÇÃO E CIDADANIA
da comunidade escolar.
Outro ponto de destaque em relação ao currículo é a influência
ideológica desse, analisando de que forma as concepções de mundo,
de sujeito, de sociedade e até mesmo de organização do social estão
atravessando e constituindo esse currículo.
Em relação à análise crítica do que está sendo ensinado, po-
demos pensar em como alguns conhecimentos podem ter um viés uti-
litário e outros, um viés mais epistemológico, porém, isso não significa
que alguns conhecimentos sejam melhores do que os outros, mas, é na
articulação entre essas formas de conhecimento que se constrói uma
postura mais democrática.
Da mesma forma, é relevante considerar se os conhecimentos
partem de um pressuposto científico, democrático e igualitário, ou se contri-
buem para a manutenção das desigualdades sociais. Todos esses elemen-
tos são importantes de serem considerados, especialmente quando trata-
mos de uma forma de educação que rompa com os paradigmas bancários
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de uma educação tecnicista e unicamente preparatória para o trabalho.
para a vida. O ensino integral, por sua vez, abrange uma noção
temporal, abarcando os estudos em turno integral.
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QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2018 Banca: LEGALLE Órgão: Prefeitura de Brochier - RS
Prova: Professor de Educação Infantil Social Nível: Superior.
Sobre as afirmativas em ‘Pedagogia da Autonomia’ de Paulo Freire,
assinale a opção incorreta:
a) Ensinar não é uma especificidade humana.
b) Não há docência sem discência.
c) Ensinar não é transferir conhecimento.
d) Somos seres inacabados, em constante aprendizado.
e) O ensino dinâmico desenvolve a curiosidade sobre o fazer e o pensar
sobre o fazer.
QUESTÃO 2
Ano: 2019 Banca: IPEFAE Órgão: Prefeitura de Campos do Jordão
- SP Prova: Professor – Ensino Fundamental: Superior.
Um importante educador brasileiro influenciou fortemente o debate
sobre metodologias de alfabetização e obteve reconhecimento inter-
nacional sobre seu trabalho. No método que criou, a preocupação ini-
cial do professor consiste na descoberta de palavras significativas do
meio social ou comunitário de origem dos alunos e, como momento
complementar, a preocupação em promover a compreensão plena do
sentido histórico / social da palavra encontrada, a fim de incrementar
o processo de alfabetização com a transposição do limite de repre-
sentação das palavras e ideias, alcançando a significação da vida do
próprio indivíduo. Dessa forma, enfatiza que alfabetizar não é apenas
QUESTÃO 3
Ano: 2019 Banca: IDECAN Órgão: IF-PB Prova: Assistente de Alu-
no: Superior.
Existem muitos estudos sobre a autonomia. A temática autonomia
ganha em Paulo Freire, em seu livro “Pedagogia da Autonomia”,
um sentido sócio-políticopedagógico, onde é vista como
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a) uma forma de afastar a transformação da sociedade, independen-
temente de sua legitimidade e adequabilidade a outros valores, como
liberdade, igualdade ou justiça.
b) algo além da liberdade de pensar por si, pois envolve a capacidade
de agir, o que exige um homem consciente e ativo, sendo por isso que
o homem ativo é contrário ao homem autônomo.
c) condição sócio-histórica de um povo ou pessoa que tenha se liberta-
do, se emancipado das opressões que restringem ou anulam sua liber-
dade de determinação.
d) algo que deve ser conquistado, construído a partir das decisões, das
vivências, da própria liberdade, sem preocupação com a emancipação
humana.
e) um atributo humano essencial, na medida em que está vinculada à
ideia de dignidade e a de o ser humano ser espontaneamente autônomo.
QUESTÃO 4
Ano: 2019 Banca: IDHTEC Órgão: Prefeitura de Macaparana - PE
Prova: Professor de Educação Básica: Superior.
As ideias de Paulo Freire estão presentes no contexto educacional
brasileiro, numa perspectiva libertadora, que visa à transformação
social. Configuram-se elementos do pensamento freireano, EXCETO :
a) A educação não é neutra, ela é sempre um ato político.
b) Existe uma unidade dialética entre a reflexão e a ação.
c) O conhecimento não é um ato passivo.
d) O conhecimento é construído através do diálogo entre educando e
educador.
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QUESTÃO 5
Ano: 2019 Banca: Adm&Tec Órgão: Prefeitura de Poção - PE Prova:
Professor - Matemática Nível: Superior.
Leia as afirmativas a seguir:
I. Para Piaget, a assimilação e a acomodação são funções variantes,
pois mudam constantemente com o desenvolvimento do ser humano.
II. Paulo Freire propôs uma prática de sala de aula que pudesse
desenvolver a criticidade dos alunos.
Marque a alternativa CORRETA:
a) As duas afirmativas são verdadeiras.
b) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa.
c) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa.
d) As duas afirmativas são falsas.
e) Ambas as afirmações se referem ao educador Rubem Alves.
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QUESTÃO 6
Ano: 2018 Banca: IBADE Órgão: Prefeitura de Presidente Kennedy
- ES Prova: Professor MAMPA – Educação Infantil Nível: Superior.
Nesta tendência pedagógica, a atividade escolar deveria centrar-se
em discussões de temas sociais e políticos e em ações concretas
sobre a realidade social imediata. O professor deveria agir como
um coordenador de atividades, aquele que organiza e atua conjun-
tamente com os alunos. Seus defensores, dentre eles o educador
pernambucano Paulo Freire, lutavam por uma escola conscientiza-
dora, que problematizasse a realidade e trabalhasse pela transfor-
mação radical da sociedade capitalista.
É correto afirmar que as ideias abordadas no texto fazem referência à:
a) pedagogia do conhecimento.
b) abordagem pragmática.
c) pedagogia tradicional.
d) tendência tecnicista.
e) tendência progressista libertadora.
QUESTÃO 7
Ano: 2018 Banca: AMEOSC Órgão: Prefeitura de Mondaí - SC Pro-
va: Professor de Educação Infantil Nível: Superior.
O principal livro de Paulo Freire se intitula:
a) A Formação do Símbolo na Criança.
b) Pedagogia do Oprimido.
c) O Nascimento do Pensamento na Criança.
d) A Criança e o Número.
QUESTÃO 8
Ano: 2018 Banca: IBGP Órgão: Prefeitura de Coronel Fabriciano -
MG Prova:
Para Paulo Freire (1997), em “Pedagogia da Autonomia", o ensino
é muito mais que uma profissão, é uma missão que exige compro-
vados saberes no seu processo dinâmico de promoção da autono-
mia, do ser de todos os educandos, e lista uma série de “exigên-
cias" inerentes ao ato de ensinar.
Considerando os apontamentos de Freire (1997), sobre o ensino,
assinale a alternativa INCORRETA.
a) Defende que o rigor metodológico necessário a pesquisa exige inter-
venção, e por isso não faz parte do ensino.
b) Defende que o professor deve não apenas transmitir conteúdos, mas
também ensinar a pensar certo, a criticar o que se lê, a pesquisar, a ser
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curioso acima de tudo, respeitando os saberes do aluno.
c) Defende o inacabamento do ser humano, quando esse se conscienti-
za que é um ser inacabado, estando suscetível a buscar sempre novos
conhecimentos, que farão parte de sua formação criadora, começando
a modificar o meio em que vive para uma melhor acomodação.
d) Defende que a união do saber popular com o saber institucional permite
que os jovens insatisfeitos com o mundo em que vivem, possam usar o seu
inconformismo a seu favor, interagindo com esse mundo, e modificando-o.
e) Todas estão corretas.
QUESTÃO 9
Ano: 2018 Banca: AMEOSC Órgão: Prefeitura de Mondaí - SC Pro-
va: Professor Ciências Nível: Superior
“A transformação da educação não pode antecipar-se à transfor-
mação da sociedade, mas esta transformação necessita da educa-
ção". Esta afirmação é defendida por:
a) Lev Vygotsky.
b) Jean Piaget.
c) Luiz Carlos Cagliari.
d) Paulo Freire.
e) Rubem Alves
QUESTÃO 10
Ano: 2018 Banca: IBADE Órgão: Prefeitura de Cujubim - RO Prova:
Professor Séries Iniciais Nível: Superior
Referente a superação da relação entre opressor x oprimido, se-
PRÁTICAS EDUCACIONAIS NO SÉCULO XXI - GRUPO PROMINAS
TREINO INÉDITO
Principal pensador brasileiro que defende a educação dos menos
favorecidos, a alfabetização dos esquecidos socialmente e se opõe
a uma concepção de educação que ele chama de “bancária”:
a) Paulo Freire.
b) Rubem Alves.
c) Jean Piaget.
d) Florestan Fernandes.
e) Anísio Teixeira.
NA MÍDIA
EXISTE MÉTODO PAULO FREIRE NAS ESCOLAS PÚBLICAS?
O mais famoso educador brasileiro, Paulo Freire, acreditava que ensinar
era como despertar o aluno para ler o mundo. Ou seja, possibilitaria a
formação da consciência sobre quem o sujeito é no meio em que ele vive.
Para ele, as grandes transformações partem desse princípio. A alfabeti-
zação era, para o educador, um modo de os desfavorecidos romperem o
silêncio em que são colocados, podendo ser, então, os protagonistas da
própria história, como escreveu em seu livro Pedagogia do Oprimido. A
suposta aplicação de sua filosofia nas escolas públicas é alvo de críticas
por parte do candidato à presidência, Jair Bolsonaro (PSL), para quem
seus ensinamentos "marxistas" atrapalham o desenvolvimento dos alu-
NA PRÁTICA
Uma escola que educa para a vida deve estar atenta ao combate às de-
sigualdades sociais e ao ensino por meio da cidadania. É fundamental
que se pense que o futuro não é um elemento estável, considerando-se
as mudanças e demandas do século XXI.
Entretanto, cada vez mais, se faz necessária a participação social de su-
jeitos críticos, conscientes e dispostos a dialogar. Diante disso, a escola
deve fomentar o debate crítico e saudável por meio de suas atividades,
apresentando aos alunos também um panorama sobre a organização
da sociedade e a necessidade de participação social.
54
PRESSUPOSTOS TEÓRICOS
SOBRE EDUCAÇÃO
O QUE É PEDAGOGIA?
Você pode ter uma visão mais abrangente sobre como era or-
ganizada a educação na Grécia Antiga e sobre a função do pedagogo
assistindo ao vídeo “Educação na Grécia Antiga/ Aula Tempo Nerd”.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=pVx-
DFGYnlT0>.
Acesso em: 24 ago., 2020.
Ao notarmos a origem da palavra pedagogia, o que importa é ver que ela guar-
da, ainda hoje, algo do significado utilizado no mundo grego antigo. Quando
usamos a palavra pedagogia não estamos nos referindo propriamente ao con-
teúdo que é ensinado, mas aos meios de ensino, aos procedimentos para que
alguém tenha acesso a um determinado conhecimento de modo a aproveitá-lo
da melhor maneira possível. (GHIRALDELLI JR., 2007, p. 12).
60
Com isso, podemos dizer que a pedagogia, como área de co-
nhecimento, exerce um papel fundamental no sistema educacional, de
pensar a formação basilar, primária e primordial dos sujeitos.
O QUE É EDUCAÇÃO?
A educação pode existir livre e, entre todos, pode ser uma das maneiras
que as pessoas criam para tornar comum, como saber, como ideia, como
crença, aquilo que é comunitário como bem, como trabalho e como vida. Ela
pode existir imposta por um sistema centralizado de poder, que usa o saber
e o controle sobre o saber como armas que reforçam a desigualdade entre
os homens, na divisão dos bens, do trabalho, dos direitos e dos símbolos. A
educação é, como outras, uma fração do modo de vida dos grupos sociais
que a criam e recriam, entre tantas outras invenções de sua cultura, em sua
sociedade. Formas de educação que produzem e praticam, para que elas re-
produzam, entre todos os que ensinam-e-aprendem, o saber que atravessa
as palavras da tribo, os códigos sociais de conduta, as regras do trabalho, os
segredos da arte ou da religião, do artesanato ou da tecnologia que qualquer
povo precisa para reinventar, todos os dias, a vida do grupo e a de cada um
de seus sujeitos [...]. (BRANDÃO, 2007, p. 10-11).
mas que também esse mesmo currículo nos faz. O currículo é uma es-
pécie de “raio-x” da instituição escolar, que mostra suas crenças e tam-
bém mostra a forma como a escola pretende interagir com a sociedade.
Este subcapítulo busca realizar algumas distinções conceituais
entre três elementos considerados caros ao campo da educação: ensi-
no, aprendizagem e ensinagem.
O ensino está ligado, segundo Castello; Mársico (2007), à no-
ção de oferecer alguma coisa a alguém que não possua esta coisa. Dito
de outro modo, ensinar também pressupõe a inserção de um signo no
sujeito, de uma unidade de significação:
66
signo”, “colocar um exemplo”. A base do termo é a raiz indo-europeia sekw,
cujo significado é “seguir”, de modo que signum, o principal formador de insig-
nare, remete ao sentido de “sinal”, “signo”!, “marca” que é preciso seguir para
alcançar algo. O “signo” é, então, “o que se segue”, e “ensinar” é colocar sinais
para que outros possam orientar-se. (CASTELLO; MÁRSICO, 2007, p. 37).
69
QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2014 Banca: FCC Órgão: TCE-PI Prova: Pedagogo Nível: Su-
perior.
Considere as afirmativas abaixo, enquanto propostas para superar
as críticas ao caráter apenas instrumental e neutro da didática.
I. Sua perspectiva fundamental assume a multidimensionalidade
do processo de ensino aprendizagem e coloca a articulação das
três dimensões: técnica, humana e política, no centro configurador
de sua temática.
II. Procura partir da análise da prática pedagógica concreta e de
seus determinantes.
III. Tem na competência técnica a melhor direção para um ensino
de qualidade.
IV. Contextualiza a prática pedagógica e procura repensar as di-
mensões técnica e humana, sempre situando-as.
V. Analisa as diferentes metodologias explicitando seus pressu-
postos, o contexto em que foram geradas, a visão de homem, de
sociedade, de conhecimento e de educação que veiculam.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I, III e V.
b) II, III e IV.
c) II, III e V.
d) I, II, IV e V.
e) I, III, IV e V.
PRÁTICAS EDUCACIONAIS NO SÉCULO XXI - GRUPO PROMINAS
QUESTÃO 2
Ano: 2014 Banca: FCC Órgão: TCE-PI Prova: Pedagogo Nível: Su-
perior.
É preciso reconhecer a inclusão curricular do tema “ética” em
projetos pedagógicos de várias escolas. Entretanto, se como ci-
dadãos (ou mesmo usuários), temos experimentado o hábito de
avaliar certas práticas sociais e profissionais a que estamos liga-
dos no dia a dia, não se pode dizer que o mesmo venha ocorren-
do explicitamente e com a mesma frequência quando colocamos a
educação escolar em pauta.
Em conformidade com o exposto, é correto afirmar que
a) raras são as vezes em que a discussão ética é presenciada de modo
explícito no campo pedagógico, principalmente entre os pares escolares.
b) depois da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional incluir este
tema como conteúdo obrigatório, a discussão ficou mais frequente nas
70
escolas.
c) ética se pratica, não se discute.
d) a discussão deste tema nas reuniões pedagógicas, no Brasil, já se
tornou uma prática comum.
e) esse tema só aparece quando problemas disciplinares graves são
identificados nas escolas.
QUESTÃO 3
Ano: 2014 Banca: FCC Órgão: TCE-PI Prova: Pedagogo Nível: Su-
perior.
A tecnologia sempre esteve presente na sala de aula, auxiliando
direta ou indiretamente o trabalho do professor, sua comunicação
didática, em busca da aprendizagem.
Foi assim desde o giz e a lousa, o retroprojetor, o vídeo, o mimeó-
grafo, o computador, a xerocópia, entre outros. Não seria dife-
rente hoje, quando se pode contar com recursos da informática,
ampliando, diversificando e agilizando a comunicação e a disponi-
bilidade, em rede, de conteúdos escolares, acadêmicos e sociais.
Neste contexto, nada mais esperado que a escola e o professor
a) reservem o uso da tecnologia para as ações complementares, fora da
sala de aula, tentando evitar o simples recorta e cola.
b) utilizem a tecnologia disponível, em prol de uma aprendizagem autô-
noma e significativa, ultrapassando a simples repetição do saber.
c) indiquem o uso da tecnologia apenas para as situações de pesquisa,
em que o aluno tem mais liberdade de escolher os temas de estudo.
d) evitem as novas tecnologias para não haja dispersão e, em conse-
QUESTÃO 4
Ano: 2014 Banca: FCC Órgão: TCE-PI Prova: Pedagogo Nível: Su-
perior.
A Emenda Constitucional nº 59/2009 estabeleceu que o dever do
Estado com a educação terá efetivado mediante
a) a organização da educação básica em ensino fundamental e ensino
médio.
b) o oferecimento de vagas ao ensino fundamental a partir dos 6 (seis)
anos de idade.
c) a obrigatoriedade, por parte dos pais, em matricular seus filhos a par-
tir dos 7 (sete) anos de idade.
d) a garantia de educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro)
71
aos 17 (dezessete) anos de idade.
e) a gratuidade da educação infantil ao ensino superior.
QUESTÃO 5
Ano: 2016 Banca: IBEG Órgão: Prefeitura de Mendes - RJ Prova:
Pedagogo Nível: Superior.
Com relação à Lei Nº 11.494, de 20 de junho de 2007, que regula-
menta o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação
Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação – FUNDEB,
marque a alternativa correta.
a) Compete apenas à União desenvolver programas de apoio ao esfor-
ço para conclusão da educação básica dos alunos regularmente matri-
culados no sistema público de educação.
b) A União desenvolverá e apoiará políticas de estímulo às iniciativas de
melhoria de qualidade do ensino, em especial aquelas voltadas para a
exclusão de crianças e adolescentes em situação de risco social.
c) Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão implantar Pla-
nos de Carreira e remuneração dos profissionais da educação básica.
d) O poder público deverá fixar, em lei específica, até 31 de agosto de
2007, somente o piso salarial profissional estadual para os profissionais
do magistério público da educação básica.
e) A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão as-
segurar no financiamento da educação básica a melhoria da qualidade
do ensino, de forma a garantir padrão máximo de qualidade definido
nacionalmente.
PRÁTICAS EDUCACIONAIS NO SÉCULO XXI - GRUPO PROMINAS
QUESTÃO 6
Ano: 2016 Banca: UFF Órgão: Prefeitura de Niterói - RJ Prova: Pe-
dagogo Nível: Superior.
É comum se encontrarem nas escolas duas maneiras de organização
das turmas. Ou agrupam os alunos por faixa etária, ou agrupam de
acordo com a série em que os alunos se encontram. De acordo com
Lúcia Moysés, a segunda opção permite interações mais ricas, mas:
a) necessitam de maior controle disciplinar e de organização na sala de
aula.
b) requerem do professor um preparo em saber lidar com tarefas diver-
sificadas.
c) dependem da arrumação dos alunos juntando os mais calmos com
os mais agitados.
d) demandam um compromisso e um acompanhamento maior do pro-
fessor.
e) carecem de professores auxiliares e de apoio de toda a equipe pe-
72
dagógica.
QUESTÃO 7
Ano: 2016 Banca: IDHTEC Órgão: Prefeitura de Itaquitinga - PE
Prova: Pedagogo Nível: Superior.
No contexto de uma educação para a diversidade, alguns princí-
pios devem nortear a prática de ensino, uma vez que possibilitam
a aprendizagem em qualquer contexto educacional. Dentre estes
princípios temos:
I. Negociação de objetivos.
II. Práticas homogeneizadoras.
III. Colaboração e apoio mútuo.
IV. Avaliação permanente.
V. Aprendizagem ativa e significativa.
Estão corretas:
a) III, IV e V.
b) I, II, III e IV.
c) I, III, IV, V.
d) III e IV.
e) Todas.
QUESTÃO 8
Ano: 2016 Banca: IBEG Órgão: Prefeitura de Mendes - RJ Prova:
Pedagogo Nível: Superior.
Com relação à Lei Nº 11.494, de 20 de junho de 2007, que regula-
menta o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação
QUESTÃO 9
Ano: 2013 Banca: FUNCAB Órgão: Prefeitura de Cacoal - RO Pro-
va: Pedagogo Nível: Superior.
Conforme o PNE, a determinação legal (Lei nº 10.172/2001, meta 2
do Ensino Fundamental) de implantar progressivamente o Ensino
Fundamental de nove anos, pela inclusão das crianças de seis anos
de idade, tem duas intenções: “oferecer maiores oportunidades de
aprendizagem no período da escolarização obrigatória e assegurar
que, ingressando mais cedo no sistema de ensino, as crianças pros-
sigam nos estudos, alcançando maior nível de escolaridade”. Essa
ação requer planejamento e diretrizes norteadoras para o atendimen-
to integral da criança em seu aspecto físico, psicológico, intelectual e
social, além de metas para a expansão do atendimento, com garantia
de qualidade. Assinale a alternativa que NÃO corresponde à determi-
nação da LDB em art. 23, como objetivo do Ensino Fundamental.
a) O desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios
básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo.
b) A compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da
tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade.
c) O desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista
a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes
e valores.
d) O fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade
humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.
PRÁTICAS EDUCACIONAIS NO SÉCULO XXI - GRUPO PROMINAS
QUESTÃO 10
Ano: 2016 Banca: IDHTEC Órgão: Prefeitura de Itaquitinga - PE
Prova: Pedagogo Nível: Superior.
Leia o texto a seguir:
A ENTRADA DOS PRISIONEIROS FOI COMOVEDORA (...)
Os combatentes contemplavam-nos entristecidos. Surpreendiam-
-se; comoviam-se. O arraial, in extremis, punha-lhes adiante, naque-
le armistício transitório, uma legião desarmada, mutilada faminta e
claudicante, num assalto mais duro que o das trincheiras em fogo.
Custava-lhes admitir que toda aquela gente inútil e frágil saísse tão
numerosa ainda dos casebres bombardeados durante três meses.
Contemplando-lhes os rostos baços, os arcabouços esmirrados e
sujos, cujos molambos em tiras não encobriam lanhos, escaras e es-
74
calavros – a vitória tão longamente apetecida decaía de súbito. Re-
pugnava aquele triunfo. Envergonhava. Era, com efeito, contraprodu-
cente compensação a tão luxuosos gastos de combates, de reveses
e de milhares de vidas, o apresamento daquela caqueirada humana
– do mesmo passo angulhenta e sinistra, entre trágica e imunda, pas-
sando-lhes pelos olhos, num longo enxurro de carcaças e molam-
bos... Nem um rosto viril, nem um braço capaz de suspender uma
arma, nem um peito resfolegante de campeador domado: mulheres,
sem-número de mulheres, velhas espectraismoças envelhecidas, ve-
lhas e moças indistintas na mesma fealdade, escaveiradas e sujas, fi-
lhos escanchados nos quadris desnalgados, filhos encarapitados às
costas, filhos suspensos aos peitos murchos, filhos arrastados pelos
braços, passando; crianças, sem-número de crianças; velhos, sem-
-número de velhos; raros homens, enfermos opilados, faces túmidas
e mortas, de cera, bustos dobrados, andar cambaleante.
(CUNHA, Euclides da. Os sertões: campanha de Canudos. Edição
Especial. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1980.)
No último parágrafo do texto:
a) O autor empregou o recurso estilístico da repetição para enfatizar a
dramaticidade na descrição dos prisioneiros.
b) O autor optou por frases indicativas de ação (orações), a fim de ca-
racterizar a lentidão dos movimentos dos rendidos.
c) A predominância de sentenças nominais se deu pela opção do autor
em enfatizar a rápida rendição dos derrotados.
d) Ao ressaltar o tom lento e arrastado do caminhar dos prisioneiros, o
autor cria uma quebra de expectativa em relação ao início do texto, no
TREINO INÉDITO
Conceito que remete ao processo e às estratégias de ensino:
a) avaliação.
75
b) didática.
c) aprendizagem.
d) ensinagem.
e) ensino.
NA MÍDIA
PROBLEMAS DE APRENDIZAGEM OU ENSINAGEM?
O que é um problema de aprendizagem? Vamos primeiro tentar enten-
der o significado de cada uma dessas palavras:
Problema: surgiu no século XVII e, segundo o Dicionário Aurélio, refere-
-se a uma questão matemática proposta para que se dê uma solução.
Aprendizagem: de acordo com o Dicionário Aurélio, trata-se do ato ou
efeito de aprender.
Aprender: tomar conhecimento de algo, retê-lo na memória em conse-
qüência de estudo, observação, experiência, advertência, etc.
Fonte: Portal Educação
Data: s/d
Leia a notícia na íntegra: https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/
artigos/direito/problemas-de-aprendizagem-ou-de-ensinagem/1045
NA PRÁTICA
A prática docente é permeada por um objetivo quase universalizante no
campo da educação: a aprendizagem. Pensando nisso, podemos dizer
que a preocupação e verificação da ensinagem docente é um proce-
dimento importante, tendo em vista que é por meio das estratégias de
ensinagem desenvolvidas que a aprendizagem poderá ter sucesso.
Assim, podemos pensar que, na prática, as atividades de ensinagem
PRÁTICAS EDUCACIONAIS NO SÉCULO XXI - GRUPO PROMINAS
76
GABARITOS
CAPÍTULO 01
QUESTÕES DE CONCURSOS
TREINO INÉDITO
Gabarito: D
77
CAPÍTULO 02
QUESTÕES DE CONCURSOS
TREINO INÉDITO
Gabarito: A
PRÁTICAS EDUCACIONAIS NO SÉCULO XXI - GRUPO PROMINAS
78
CAPÍTULO 03
QUESTÕES DE CONCURSOS
TREINO INÉDITO
Gabarito: D
79
TECNOLOGIZAÇÃO: processo de introdução das tecnologias em um
determinado contexto.
PRÁTICAS EDUCACIONAIS NO SÉCULO XXI - GRUPO PROMINAS
80
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filo-
sofando: Introdução à filosofia. Volume Único. 4 ed. São Paulo: Moder-
na, 2009.
SANTOS, José Luiz dos. O que é cultura. São Paulo: Brasiliense, 2006.
82
83
PRÁTICAS EDUCACIONAIS NO SÉCULO XXI - GRUPO PROMINAS