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Código: PE-4AV-00014-G

TESTE DE ESTANQUEIDADE
REvAl__.
Status: .
L

Data de Aprovação: 26/08/2010


Assinatura: Wilson Barreto
Responsável(veis) Técnico:

Tipo de Cópia Impressa:


I 02 I
1. OBJETIVO

Este procedimento fixa as condições exigíveis e as práticas recomendadas na


realização do ensaio de estanqueidade por meio de passagem de gases
pressurizados (formação de bolhas), ou pela penetração de líquidos por
capilaridade.

Aplica-se a Gerência de Inspeção de Equipamentos.

3. DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA

ASME BPVC Section V - Article 10 - 2004 Addenda 2006 - Leak Testing;


N-1590 - Ensaio Não-Destrutivo - Qualificação de Pessoal;
N-1593 - Ensaio Não-Destrutivo - Estanqueidade;
N-1597 - Ensaio Não-Destrutivo Visual;
PE4AV-00003 Limpeza e preparação de superfície para inspeção;
PE-4AV-00004 Inspeção Visual;
PG-1AT-00006 Tratamento de Anomalias.

4.1. Inspetor de Estanqueidade

Inspetor qualificado, para realização do teste, de acordo com a Norma Petrobras


N-I 590.

Nota: Este Padrão de Execução foi qualificado pela EngenhanaBUSEQUI-C1 de


acordo com a Norma PETROBRAS N-1593E, pelo Inspetor Nível 3, José Maurício
PE4AV-00014-G Propriedade da PETROBRAS Pbgina: 1
Barbosa Rabello, SNQC-End 021. O original do Padrão de ExecuçClo qualificado
encontra-se aquivado na Sala de Aquivo da Gerência de Inspeção de
Equipamentos.

Este padrão se aplica na detecção de defeitos passantes em juntas soldadas,


chapas, fundidos e fojados.
NOTA: A função única dos ensaios de estanqueidade é a detecção de eventuais
vazamentos. Dessa forma, todos os ensaios aqui citados não visam a análise da
resistencia mecânica, deformação e recalques estruturais, constantes em outros
testes, hidrostáticos elou pneumáticos, muito embora estes visem também a
detecção de vazamentos.

5.2. CONDIÇ~ESGERAIS

As condições gerais devem ser conforme a norma ASME V artigo 10 e com as


seguintes complementações e exceçóes expressas em relação àquela norma.
a) Para aços inoxidáveis e ligas de níquel, as ferramentas de preparação da
superfície destes materiais devem ser utilizadas apenas para os mesmos e atender
aos seguintes requisitos:
- serem de aço inoxidável ou revestidas com este material;
- os discos de corte devem ter alma de nylon ou similar.
b) No ensaio de ligas a base de níquel, aços inoxidáveis austeníticos e titânio, os
produtos de limpeza e o líquido de ensaio somente podem ser utilizados se
contiverem teor de elementos contaminantes (cloro, flúor e enxofre) abaixo dos
limites citados na norma ASME Sec. V, Artigo 6;

c) A Limpeza e Preparação da Superfície devem obedecer ao PE-4AV-00003


(Limpeza e preparação de superfície para inspeção);

d) As áreas a serem ensaiadas devem estar livres de óleo, graxa, pintura, argamassa
e outros contaminantes que possam mascarar os resultados, devendo a superfície
ser escovada;
e) A superfície da solda, a ser ensaiada, acrescida de 25 mm para cada lado da
mesma, deve estar livre de óleo, graxa, pintura, argamassa e outros contaminantes
que possam mascarar os resultados, devendo a superfície ser escovada;
f) A temperatura da superfície a ser ensaiada deverá estar na faixa de 5 a 50 O C ;

g) Quando o ensaio for efetuado em dias de chuva, os locais a serem ensaiados


deverão estar protegidos por cobertura;

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h) Uma vez concluídos os trabalhos providenciar a retirada de todo material
descartado durante o mesmo, visando a preservação do meio ambiente.
5.3. Materiais e Instrumentos Empregados

5.3.1. O Fluido

No caso do teste com pressão positiva, para pressurização deve ser usado ar
comprimido, isento de umidade, ou gás inerte (nitrogênio, hélio, arg6nio) não sendo
permitido o uso de materiais tóxicos ou inflamáveis.

5.3.2. Solução Formadora de Bolhas

A solução formadora de bolhas a ser empregada deve estar de acordo com os


seguintes requisitos:
a) não deve conter quantidade excessiva de bolhas, de forma a minimizar a
dificuldade de interpretação entre estas e as bolhas causadas por eventuais
vazamentos;
b) a solução, que deve ser preparada com antecedência para que haja a dissipação
das bolhas e da espuma antes do uso, é preparada com detergente ou sabão líquido,
glicerina e água na proporção de 1 x 1 x 4,5, respectivamente;
c) a solução deve ser preparada com antecedência suficiente para que haja a
dissipação das bolhas e da espuma antes do uso;

d) no ensaio de ligas a base de níquel, aços inoxidáveis austeníticos e titânio, a


solução formadora de bolhas e produtos de limpeza deve atender 5.2.b.

a) Os manômetros a serem utilizados, no mínimo dois, deverão ser escolhidos de


forma que a pressão de teste se situe entre 113 e 2l3 da escala. Para facilitar a
escolha, basta que o final da escala seja aproximadamente o dobro da pressão de
teste. A menor divisão da escala não deve exceder a 5% da indicação máxima da
escala;

b) Os mandmetros deverão estar em boas condições e calibrados. Caso ocorram


batidas, quedas, vencimento do prazo de aferiçãolrecalibração ou outras
irregularidades quaisquer no instrumento, o mesmo deverá ser aferido e/ou
recalibrado;

c) Os manômetros deverão ter etiqueta com o número do instrumento, data da


aferiçáo/recalibração e assinatura do responsável pela aferiçãolcalibração;
d) O prazo máximo para aferiçãolrecalibração dos manômetros é de 6 meses;
e) Devem ser previstos bloqueios entre os manômetros e o equipamento, para
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permitir a substituição, se necessário.

5.4. INSPEÇÃO VISUAL

Antes do ensaio, a área a ser ensaiada, deverá ser inspecionada visualmente de


acordo com o PE-4AV-00004 (Inspeção Visual).

5.5. SEQUÊNCIA DOS TESTES

5.5.1. Ensaio com Pressão Positiva


a) As regiaes a serem examinadas consistem em todas as soldas em tomo das
chapas de reforço de bocais de equipamentos;
b) Na Figura I é apresentado o croqui para o ensaio. Deve ser observado que o niple
a ser conectado no furo de ensaio deve conter um entalhe na extremidade, a fim de
evitar o bloqueio do gás, no caso da extremidade do niple entrar em contato com a
chapa oposta ao furo de ensaio, ou ter comprimento de rosca pelo menos 8 mm
inferior a espessura da peça na qual deve ser conectado;

CONTRCK UILVE

PRESSURIZPiC
EOUIPLEHT

- JOINTS WHERE T E BUBBLE FORMINC SOLUTION IS TO BE APPLIED

FIGURA 1: Croqui para ensaio.

c) A pressão de ensaio deve ser de 68,6 a 98,l kPa (0,7a 1,O kgf/cm2),sendo que a
pressurização, antes do exame, deve ser mantida por um período mínimo de 15

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minutos;

d) O método de exame é visual e direto;

e) Tendo sido mantida a pressão pelo tempo estabelecido, aplica-se a solução


formadora de bolhas por meio de um pincel e faz-se a inspeç4o visual pelo método
direto, visando detectar-se algum vazamento;

f) Eventuais vazamentos devem ser reparados mediante desbaste das áreas


afetadas e o reparo de soldagem executada em seguida;

g) Somente as regiões nas quais foram detectados vazamentos é que devem ser
reparadas;

h) Todos os locais das juntas, em que ocorrerem reparos, deverão ser submetidos
novamente ao ensaio;

i) O tamponamento do furo de ensaio deve ser efetuado de acordo com a norma de


projeto de construção e montagem do equipamento.

5.5.2. Ensaio com Pressão Negativa

a) Conhecido também como Teste de Caixa de Vácuo destina-se, se indicado, para


aplicação em soldas das chapas de fundo de tanques, quer na inspeção de
recepção, ou nas soldas decorrentes de substituições elou reparos durante a
manutenção;

b) Nos Anexos I e II são apresentados modelos de Caixa de Vácuo;

c) O ensaio pode também ser empregado para a localização de vazamentos


constatados em operação elou após teste hidrostático;

d) A pressão de ensaio deve ser de 14 kPa (0,1428 Kgf1cm2) mantida, no mínimo,


durante 10 segundos;

e) No trecho a ser ensaiado, aplica-se a solução formadora de bolhas por meio de


um pincel, colocando-se, em seguida, a Caixa de Vácuo sobre a mesma;

f) Tendo sido mantido o vácuo pelo tempo indicado faz-se a inspeçáo visual pelo
método direto, visando detectar-se algum vazamento;

g) Na movimentação da Caixa de Vácuo deve ser utilizada uma sobreposição mínima


de 100 mm entre a região já ensaiada e a regi80 a ser ensaiada

h) Eventuais vazamentos devem ser reparados mediante desbaste das áreas


afetadas e o reparo de soldagem executada em seguida;

i) Somente as regiões nas quais foram detectados vazamentos é que devem ser
reparadas;
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j) Todos os locais das juntas, em que ocorrerem reparos, deverão ser submetidos
novamente ao ensaio.

5.5.3. Ensaio de Capilaridade

a) Usado principalmente para ensaio em soldas de ângulo, na ligação fundo-costado


ou entre compartimentos do teto flutuante de tanques de armazenamento, carcaças
de bombas e fundidos em geral, o Ensaio de Capilaridade deve ser realizado com a
utilização de um Iíquido de baixa tensão superficial, secagem e evaporação difícil
sob o efeito do ar elou temperatura, sendo que seu tempo de secagem deve sempre
ser superior ao previsto para penetração (ex.: óleo diesel, Iíquido penetrante);
b) O líquido de ensaio deverá ser aplicado por meio de pincel, borrifador ou
derramamento, na raiz da solda, na região oposta do lado de observação do inspetor;
c) Deve ser utilizado revelador que tenha comprovada eficiência de absorção, e
propicie contraste adequado para visualização, podendo ser tinta base de alvaiade,
talco ou revelador de Iíquido penetrante;

d) Na preparação da superfície deve ser evitada a limpeza com jato de areia,


granalha ou outros meios que possam deformar elou tamponar as descontinuidades
da superfície;

e) O tempo mínimo de penetração no ensaio de capilaridade deve ser de 24 horas;


f) Eventuais defeitos devem ser reparados mediante desbaste das áreas afetadas e o
reparo de soldagem executada em seguida;
g) Somente as regiões defeituosas devem ser reparadas;

h)Todos os locais em que ocorrerem reparos, deverão ser submetidos novamente ao


ensaio.

5.6. REGISTRO DOS RESULTADOS

Os resultados das inspefles, reparos e testes devem ser registrados de forma


precisa, utilizando o módulo: Relatório de Inspeção disponível no ACET.

Os resultados do ensaio de estanqueidade deverão ser registrados em relatório


(conforme padrao em anexo) e em seguida arquivado como anexo do relatório de
inspeção na pasta do equipamento. Para assegurar a rastreabilidade o número do
relatório do ensaio de estanqueidade deve ser registrado no relatório de inspeção do
ACET, da mesma forma o número do Relatório de Inspeção(Job Number) deverá ser
registrado no relatório de estanqueidade.
Recomenda-se que a terminologia para denominação das descontinuidades seja de
acordo com a norma Petrobras N-1738 (Descontinuidade em Juntas Soldadas,

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Fundidos, Forjados e Laminados). [Prática Recomendada].

6. CICLO DE CONTROLE

6.1. Indicadores

Não se aplica.

6.2. Tratamento de anomalias

Todas as anomalias devem ser tratadas conforme PG-I AT-00006 Tratamento de


Anomalias.

7. REQUISITOS DE SEGURANÇA, MEIO AMBIENTE, SAÚDE E


RESPONSABILIDADE SOCIAL

É necessário consultar os AIPRE's (ASPECTOS E IMPACTOS AMBIENTAIS,


PERIGOS E RISCOS DE SEGURANÇA E SAÚDE OCUPACIONAL E SITUAÇÕES
DE EMERGÊNCIA do PG-IAT-00025) relativos às atividades de Inspeção de
Equipamentos e Instalações utilizando o sistema inforrnatizado SMSnet cujo acesso é
através do link abaixo.
Os requisitos de SMS e de Responsabilidade Social associados as demais
atividades, produtos e serviços do Abastecimento encontram-se disponíveis no
Sistema SMSnet.
O acesso ao Sistema SMSnet é permitido através do link:
http://smsnet.petrobras.com. br.

8. REGISTROS
Identificação Atmazenamento Proteção Recuperação Tempo de Disposição
Retenção
Relatório de Ensaio de Pasta suspensa, Sala de Número do Meio físico: -
Estanqueidade caixas de arquivo arquivo Relatório Pemanent
e

9. ANEXOS

I
Anexo II - Eieempb de Caixa d e v a para Siqierficies em-.doe

PE-4AV-00014-C3 Propriedade da PETROBRAS Phgina: 7


SUMÁRIO DE REVISOES

Item 3 - Removida a associacão ao PG-4AV-00125, adicionado o

.- . . -
Item 7 ~emovidaa associação ao PG-4AV-00125.
25/10/2007 Atualização das revisões dos procedimentos
26/07/2007
. . Item 5.6 aaeçentado critério arquivar e rwistrar os resultados de
END e o uso da N 1738 e do ~ ~ É T . 1 t e r7nãmscentado o uso
AIPRE's.Remoção da revisão da norma N-1593, citada no item 5.
Remoção dos links dos documentos de refe&nda (item 3).Revisão do
I
forrnuldrio.
21/07/2006 C O M Oda norma de referência N - 1 5 9 4 para N1593d, e prazo de
de retenção de registro de 30 anos para Permanente
' a c 23/06/2005
a , Adequação a itemização do SINPEP
B 27/02/2003 Migração para o SINPEP:
Código do documento no SPD: PO-3-03-009-0019
Revisão no SPD: 02
Descrição da Revisão no SPD: Rearranjo de figuras.

DOCUMENTOS COMPLEMENTARES ADICIONAIS:

LISTA DE DISTRIBUIÇAO

Deve-se dar prioridade à consulta a padrões através do SINPEP, evitando a sua impressão
I

1 02 - REVAP/IE - Sala de Arquivo I

I *** ÚLTIMA FOLHA DO PADRÃO *** I

PE-4AV-00014-G Propriedade da PETROBRAS Página: 8


PEMMBUSILEIROS.A.
ENSAIO DE ESTANQUEIDADE FOLHA 111
P~TROMAS PE-4AV-00014
INSPECÃO DE EOUIPAMENTOS - REVAP/IE
ANEXO I - EXEMPLO DE CAIXA DE VÁCUO

-
Junta

Bwracha Flexível Viaor

I : A d rrr i I

Detalhe X
L Borrachade Contorno

Corte A-A
Colar com
Loctie
ou Similar Detalhe "r
PETR~LEORRASILE~ROS.A.
ENSAIO DE ESTANQUEIDADE FOLHA 111
c~rnomm~s PE-4AV-000 14 REV. O
INSPEÇÃO DE EQUIPAMENTOS - REVAP/IE
-
ANEXO II EXEMPLO DE CAIXA DE VÁCUO PARA SUPERF~CIEEM ANGULO

I a l w (tl U Z .*.i
P E ~ R ~ L E O M ~ A S I WS.A.
RO Relat6rio no :
R.Imgu RELATORIO DE
ENSAIO DE ESTANQUEIDADE Data I I
(PE4AV-00014) F dha 111

Reviao: O Rdatórb de I m p q a o de Condiio Fisica No:


Idcntifiw@o do Equipamento :

Controle de Qualidade em -,Projeto de Reparo Projeto de Alteração No Projeto:

IDENTIFICAÇÃO DO RESPONSÁVEL PELO ENSAIO


Empresa ou Setor: Nodo Contrato:

Responsável: Matrícula:

IDENTIFICAÇÃO DO ENSAIO
TIPO P r d o Positiva Pressão Negativa Capilaridade •
FLUIDO ~r Comprimido O w inerte
CONTROE
Número Data Af-o No Do Certiíícado Escala

MAN~METROS

MATERIAS, TEMPERATURA DA SUPERF~CIEE CROQUI DA R E G ~ OENSAIADA


Material t Material ? Material + Faixa de Temperatura da Superflcie
De: OC a OC

UBERAÇÃO DO ENSAIO
O ENSAIO FOI CONSIDERADO APROVADO? ( SIM I NÁO
Tbcnico Qualificado Técnico da Ger&nciaSetorial de0-1 de Equipamentos

Ciência
O AprovaçM

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