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Zé Pelintra - O Malandro Divino - C. Maduro
Zé Pelintra - O Malandro Divino - C. Maduro
Para Zé Pelintra, todas as religiões são boas, e o princípio delas é fazer o homem se
tornar espiritualizado, se aproximando cada vez mais dos valores reais, que são
Deus e as obras espirituais. Na humildade que lhe é peculiar, Zé Pelintra, afirma que
todos são sempre aprendizes, mesmo que estejam em graus evolutórios superiores, pois
quem sabe mais, deve ensinar a quem ainda não apreendeu e compreender aquele que
não consegui saber.
Zé Pelintra, espírito da Umbanda e mestre catimbozeiro, faz suas orações pelo povo do
mundo, independente de suas religiões. Prega que cada um colhe aquilo que planta, e
que o plantio é livre, mas a colheita é obrigatória. Zé Pelintra faz da
Umbanda, o local de encontro para todos os necessitados, procurando solução para o
problema das pessoas que lhe procuram.
Ajudando e auxiliando os demais espíritos.
Na gira em que Zé Pelintra participa são invocados os caboclos, pretos velhos, baianos,
marinheiros e exus. Em cada linha, a segurança e a esperança de uma conquista certa e
segura.Viva Deus, Viva Jesus, Viva Nossa Senhora da Aparecida, Viva o Senhor do
Bonfim, Viva os Anjos, Viva os espíritos do bem, Viva nossos cabloco, Viva nossos
pretos velhos, Viva Zé Pelintra, Viva sempre nossa UMBANDA.
Zé Pelintra prega o amparo aos idosos e às crianças desamparadas por esse mundo de
Deus. Se você, ajudar com pelo menos um sorriso, a um desamparado, estarás, não
importa sua religião ou credo, fazendo com que Deus também Sorria e que o Amor
Fraterno triunfe sobre o egoísmo.
Entidades de luz, carismáticas, chegam com seu samba no pé, seu charuto na boca,
chapéu de panamá de lado com toda a ginga de um malandro.
tem como sua origem, os rituais do catimbó, provenientes do Nordeste brasileiro, onde
até hoje é cultuado a imagem do malandro Zé Pelintra, chefe da linha dos malandros.
Zé Pelintra nasceu no nordeste, foi abandonado pelos pais, se supeou das dificuldades e
jovem foi par Recife e depois para o Rio de Janeiro, onde se malandriou na Lapa.
Assim, Zé Pelintra formou uma bela Falange de malandros de luz, que vêm ajudar
aqueles que necessitam, os malandros são entidades amigas e de muito respeito, sendo
assim não aceitamos que pessoas que não respeitam as entidades e a umbanda, as
entidades usam cigarros e charutos, pois a fumaça funciona como defumador astral.
Sentada no meio do seu ateliê, a artista plástica Joana Gatis, 30 anos, aguarda o clique
da câmera. Suas mãos estão pousadas sobre a da mãe-de-santo Alice Zanin, 64, a outra
“modelo” da foto ao lado.
Elas não se conheciam: foram reunidas por Galileu para esta reportagem. Em meio a
pedidos do fotógrafo por olhares mútuos, poses e “sorrisos serenos”, Joana se emociona
- tem os olhos marejados. Sente-se reconciliada com seu lado espiritual, deixado meio
de lado desde que trocou Recife por São Paulo, há um ano. “Chora não, tem que sair
bonita”, diz Mãe Alice para a nova filha. Joana estanca o quase-choro e volta a sorrir.
Lei do passe: para abençoar Joana, Mãe Alice pediu que a artista plástica vestisse
mangas compridas, seguindo a regra dos terreiros tradicionais.
O retrato de Alice e Joana mostra dois lados da mesma
A história: a evolução da umbanda. Nos anos 1960, quando Alice começou a freqüentar
terreiros, foi preciso enfrentar a desconfiança da família, o preconceito dos ex-
companheiros espíritas e muitas sessões de iniciação.
“Até hoje o catolicismo é uma máscara usada nas religiões afro-brasileiras, máscara que
evidentemente as esconde também dos recenseamentos”, afirma o sociólogo Reginaldo
Prandi em seu livro “Segredos Guardados - Orixás na Alma Brasileira”. Além disso, a
década foi o auge da perseguição dos neopentecostais à umbanda.
Produto de exportação
Estatísticas à parte, o povo dos terreiros afirma que a suposta deserção é compensada
com novos adeptos de todas as raças, classes, idades, crenças e até países. Uma
movimentação geopolítica singularmente curiosa ora se expressa: os centros de
umbanda se reproduzem com voracidade no exterior. Afinal, a vida espiritual se
converteu em um grande supermercado holístico, onde cada um enche seu carrinho com
elementos para o panteão pessoal. Vantagem para a umbanda, que possui atributos já tão
apontados pelos estudiosos como brasileiros autócnes: cordialidade e tolerância.
Vejamos o caso de Sebastião Gomes de Souza, um alagoano de 57 anos que atende pelo
nome de pai-de-santo Carlos Buby (veja texto “O Pai-de-Santo que Reinventou a
Umbanda”). Em 20 anos, seus templos de “umbanda moderna” chegaram aos EUA,
Canadá, Portugal, Áustria, Suíça e França. A religião também chegou à Itália, ainda que
de forma meio macarrônica. Segundo a antropóloga milanesa Andrea Modrone, lá não
há terreiros, mas acontecem rituais particulares em residências e centros culturais.
“Muitos, inclusive eu, se interessam por mandingas e feitiços, e algumas misturam
orixás com outras correntes esotéricas”, diz.
Misturada de nascença
Religião bipolar
Entidades de ambos os lados pedem oferendas (nunca diga “macumba”) para realizar
seus serviços mágicos. Não há bem e mal nessa hora, e sim crédito com os orixás.
Como resume o Pai Raimundo Medeiros: “Meu filho, você merece? Toma. Você deve?
Paga”.
Umbanda na universidade
Em 2004 surgiu uma instituição que busca unificar e passar adiante esse quebra-cabeça.
É a Faculdade de Teologia Umbandista, fundeada na Vila Alexandria, zona sul de São
Paulo, e mantida pela Ordem Iniciática do Cruzeiro Divino, que possui vários templos
espalhados pelo Brasil, sendo um no próprio câmpus. O currículo busca formar
umbandistas completos, com aulas de filosofia, biologia espiritual, botânica,
administração templária e até oficina de percussão. Só não se ensina a receber espíritos,
já que isso é uma questão de destino kármico.
Para seu diretor acadêmico, o médico Roger Soares, a missão da faculdade é “formar
cidadãos que representem a umbanda na sociedade, porque a religião não acontece só
dentro do templo”. O esforço da ordem em formar embaixadores do credo umbandista é
evidente: além de todos os professores serem voluntários, 60% dos alunos recebem
bolsa para pagar a mensalidade de R$ 350. No final desse ano se forma a primeira
turma, 35 bacharéis em teologia.
Também tem gringo estudando umbanda. Max Sandor, um guru alemão Ph.D. em
matemática e engenharia, já viveu no mundo todo e desde 1999 está no Brasil, onde
veio entender os segredos umbandísticos. Sandor sustenta que os códigos binários da
matemática têm relações profundas com as religiões africanas. Na umbanda, estuda os
pontos riscados, símbolos sagrados presentes nas vestes dos médiuns e altares dos
terreiros.
Serviços mágicos
Outro que cruzou o mundo atrás de terreiros foi o fotógrafo e etnógrafo francês Pierre
Verger (1902-1996). Ele chegou à Bahia em 1946. Foi iniciado no candomblé. Gostou
tanto que viajou à África para conhecer os orixás na origem. Lá se tornou babalaô, um
sacerdote adivinho do ifá. O ifá é um oráculo que originou o jogo de búzios brasileiro,
recentemente integrado aos centros de umbanda. O detalhe: hoje interpretamos búzios
no Brasil com as regras que Pierre Verger trouxe da África.
Idas e vindas como essa foram detectadas em pessoa por este repórter quando cobriu a
invasão dos EUA no Haiti, em 1994. Em várias favelas notava-se garrafas de Coca-Cola
e estátuas de santo de ponta-cabeça. Era um ritual de “santeria”, espécie de umbanda
caribenha, para que as tropas dos EUA ficassem no país. “Essas misturas ocorrem em
todos os países latinos com bastante intensidade”, avalia o mago Antonio Carlos
Benitez, ou Mabo Banthu, primo do autor da série de livros “Operação Cavalo de
Tróia”, J.J. Benitez. Mabo, um teólogo do vodu, vive em São Paulo, onde atende
famosos e agora se vê às voltas com o estudo da umbanda.
Altar eclético: nos terreiros se encontram imagens de (sentido horário) Caboclo, Exu,
Jesus/Oxalá, Preto Velho, São Jorge/Ogum e Pombagira
É uma evolução dos serviços mágicos tradicionalmente prestados por pais e mães-de-
santo como Alice Zanin, citada no início do texto. Mãe Alice tem uma loja e um centro
de umbanda em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo. Lá, além de realizar giras
toda segunda e sexta, atende clientes jogando búzios e cartas de tarô. E tarô é umbanda?
“Mais que búzios, filho”, afirma ela.
Além de prestar serviços, a umbanda pode inspirar. Que o diga a recifense Joana Gatis,
a estilista e artista plástica, companheira de foto com Mãe Alice. Além de tatuagens de
Iemanjá e pombagira (nos braços direito e esquerdo, respectivamente), fez quadros das
duas entidades. À sua devoção, consagrou uma coleção: colocou na passarela 13 looks
baseados nos orixás. “Gosto da rebeldia da pombagira, da boemia do Zé Pilintra, me
identifico com eles”, diz. Ansiosa por recarregar suas baterias espirituais, no dia da foto
até pediu o cartão de Mãe Alice.
Pai Rivas, fundador da Ordem Iniciática do Cruzeiro Divino, diz que a umbanda é uma
idéia que se manifesta de várias formas. A forma que a cineasta Martha Nowill
encontrou foi montar um “terreiro caseiro”. “Antes precisava de um local ‘oficial’, mas
percebi que o essencial está na intenção.” Em um quartinho perto do quarto estão orixás,
elementos indianos, santos, Jesus Cristo e Nossa Senhora. “Pode parecer uma bagunça,
mas garanto que eles convivem em harmonia”, diz Martha. Ela admira as raízes
brasileiras da umbanda e arrisca um trocadilho: “É o santo de casa que faz milagre”.
Pai-de-santo superstar: Pai Buby espalha seus templos pelo mundo, conquistando
adeptos e admiradores
Sexta-feira, 8 horas da noite. O som dos tambores ecoa na sala. Em círculo, mulheres
com saias rodadas e homens de bata batem palmas e entoam cantos que evocam orixás e
Pretos Velhos. Em instantes, os médiuns teriam começado a incorporar suas entidades.
A descrição seria fiel a diversos terreiros de umbanda. Nessa casa, porém, boa parte dos
umbandistas é francesa. O templo de Paris é um dos 11 terreiros de umbanda espalhados
por sete países (dois se localizam em São Paulo) e dirigidos por um único pai-de-santo:
Carlos Buby.
Mas o que surpreende os especialistas é a nova umbanda criada por esse pai-de-santo.
“É uma reedição moderna da religião”, afirma Vagner Gonçalves da Silva, antropólogo
da Universidade de São Paulo. Os templos Guaracy apresentam várias novidades. A
primeira delas é que são projetados e pensados para abrigar com conforto as classes
média e alta. Outra inovação: normalmente, o pai-de-santo é responsável por apenas um
terreiro. Carlos Buby controla uma rede no Brasil e no exterior.
Diferentemente de outros centros, no Templo Guaracy os rituais são organizados de
modo circular, com cada médium em seu lugar para dar maior visibilidade ao visitante.
Evita-se qualquer ação que possa chocar ou constranger, como gritos ou a incorporação
de espíritos que façam o médium se arrastar pelo chão. A duração dos cultos não passa
de duas horas e sempre começa no horário, em sintonia com o relógio do pai-de-santo.
“Isso tudo dá segurança à pessoa”, afirma Buby.
Outra distinção importante: no terreiro de Buby, o fiel não encontra exus e pombagiras.
Bebidas alcoólicas não são ingeridas na frente dos freqüentadores, uma prática comum
na umbanda. Boa parte dos cultos é feita à luz do sol, sempre com a presença de
crianças. Também não há sacrifícios de animais.
Embora alguns pais-de-santo digam que Buby quer padronizar a religião e controlar os
fiéis, seu estilo de dirigir o terreiro parece ser uma alternativa para a sobrevivência da
umbanda no Brasil. A nova leitura da crença feita por esse pai-de-santo, somada à
administração moderna, pode atrair novos seguidores para a religião. “No futuro, quase
todos os pais-de-santo serão como ele”, diz o antropólogo Vagner Gonçalves da Silva.
(Mariana Sanches, da revista Época)
Infinito particular: Martha Nowill não freqüenta terreiros, mas, como muitos
umbandistas, mantém um altar dentro de casa
Incorporando o futuro
Agora que a umbanda ganhou alvará, passaporte, diploma e microfone, aonde mais ela
quer chegar? Qual será o seu futuro? Rubens Saraceni, autor de 48 obras sobre
umbanda, prevê que a religião vai crescer nas elites porque dá respostas múltiplas para o
que as pessoas buscam, como um Google espiritual. E aí o IBGE concorda: em 2000, os
umbandistas declarados tinham 7,3 anos de estudo em média, contra 5,9 do Brasil em
geral. Além disso, é a fé dos que precisam ver para crer: “A umbanda preenche o vazio
existencial com a manifestação física de espíritos, ao contrário de outras religiões, nas
quais eles são entidades abstratas”.
Só uma coisa é certa: a umbanda será sempre uma “metamorfose ambulante”, como já
cantava um umbandista famoso.
Vá fundo
Para ler
“Segredos Guardados - Orixás na Alma Brasileira”, Reginaldo Prandi. Companhia das
Letras. 2005
“Umbanda Sagrada - Religião, Ciência, Magia e Mistérios”, Rubens Saraceni. Madras.
2006
“Entre a Cruz e a Encruzilhada”, Lísias Nogueira Brandão. Edusp. 2001
Para assistir
“Santo Forte” (1999), documentário de Eduardo Coutinho
UMBANDA DE A A Z
O terreiro é o local sagrado dos umbandistas, onde acontecem o culto aos orixás e as
“giras”, sessões em que os médiuns incorporam espíritos e atendem o público. Um
terreiro típico tem uma “equipe” de 20 pessoas e costuma receber 100 fiéis em noite de
rito, que dura de 2 a 4 horas. É um ambiente simples, sem ostentação (principalmente
quando comparado a uma igreja católica ou um templo evangélico). Tudo é muito
branco, iluminado e limpo. Aliás, precisa ser, para favorecer o fluxo de energia
espiritual.
O TERREIRO
PORTEIRA
A entrada do templo. Quem entra é defumado e descalço, para permitir a troca de
energia com o chão
COMÉRCIO
Muitos templos têm lojinhas com livros de umbanda, velas e essências, além de lanches
para antes e depois do ritual
BASTIDORES
Alguns santuários possuem anexos onde o pessoal de terreiro troca de roupa e se
prepara espiritualmente antes dos rituais. Em terreiros onde ocorre mais de uma gira por
noite, esse anexo serve como um local de descanso onde os médiuns literalmente
recarregam as energias
CONGÁ
O espaço sagrado do terreiro, onde o rito acontece (mais detalhes na página ao lado).
Geralmente um salão retangular de paredes brancas. Na frente ficam médiuns e
auxiliares, e atrás, o público. Na hora da incorporação, a platéia vai até os médiuns para
se consultar. Em alguns locais, o piso é de chão batido ou areia
QUINTAL
Nos arredores do congá geralmente há altares individuais com imagens das entidades
incorporadas. Alguns terreiros também possuem horta própria, onde são colhidas ervas
usadas na defumação do templo, nas oferendas sagradas e durante o ritual
MESTRE
O pai ou mãe-de-santo é o médium principal, que comanda a ordem dos eventos e se
dirige diretamente ao público. Abre e encerra o culto falando como ele mesmo, mas,
durante a incorporação, assume a personalidade, a voz, os trejeitos e os acessórios da
entidade que baixou nele
MÉDIUNS
Ficam na linha de frente, para atender os fiéis. Geralmente, os homens ficam à direita do
mestre, e as mulheres, à esquerda. Em algumas casas, essa divisão também é feita no
público. Tudo para equilibrar as energias
OGÃS
Os percussionistas que dão ritmo ao ritual, transmitindo vibrações com seus atabaques.
Um cantor próximo a eles é quem puxa cada um dos “pontos cantados”, em seguida
entoados por todo o terreiro
CAMBONES
Coordenam o atendimento ao público e auxiliam os médiuns, fornecendo os itens
necessários (charutos, bancos, colares) quando eles incorporam as entidades
CONSULTA
Você conta seu problema, e a entidade incorporada passa “o preceito”, a prescrição que
deve ser cumprida, muitas vezes envolvendo oferendas. Dependendo, o médium “faz o
passe”, ou seja, anula as suas vibrações negativas
CONSULENTES
Quem chega cedo senta, o resto precisa aguardar na fila a hora de ser atendido
AS ETAPAS DO RITUAL
AS PRINCIPAIS ENTIDADES
Fonte:http://revistagalileu.globo.com/Revista/Galileu/0,,EDG79270-7942-195-1,00-
A+NOVA+CARA+DA+UMBANDA.html
A primeira versão, muito antiga por sinal e que corre de boca em boca, diz que Vladimir
apaixonou-se perdidamente uma Cigana de sua Tribo, só que esse sentimento pela tal
Cigana também surgiu dentro do coração de seu irmão.
Para decidir a questão, o irmão de Vladimir propôs um duelo em que ambos disputariam
a amada.
Para não fugir à tradição, conta-se que Vladimir aceitou a proposta e dirigiu-se então
para o tal duelo, porém, na hora exata de desfechar o golpe, percebeu ele que levaria
vantagem, só que essa vantagem significava a possibilidade de matar o próprio irmão.
Aí então, Vladimir tem uma reação totalmente surpreendente para todos que assistiam o
duelo, ou seja, não agrediu, ao contrário, não esboçou qualquer reação e assim então,
acabou sendo apunhalado pelo próprio irmão, caindo morto em seguida.
A continuidade da história tem um desfecho um tanto quanto trágico, pois a tal Cigana
vendo seu amado caído no chão, morto com um punhal cravado no peito, caiu por sobre
seu corpo e chorando retirou o punhal do peito de Vladimir, cravando-o em seguida em
seu próprio peito, ato este que culminou também em sua morte.
Outra versão, essa enviada por uma amiga e pesquisadora de Cultura Egípcia e Cigana.
Segundo essa amiga a versão a seguir chegou até ela contata por uma Cigana mesmo, ou
seja pessoa de etnia Cigana.
Conta-se que o Cigano Vladimir era de origem eslava (Indo-Européia) e que se
apaixonou perdidamente por Esmeralda, que assim a chamavam por gostar de trabalhar
em magia de cura com pedras verdes (a pedra Esmeralda é verde e também utilizada em
cura!) e também gostava desta pedra para o seu uso pessoal, por isto esse apelido; mas
ela se casou com outro, pois já estava prometida.
Vladimir se desesperou e começou a beber descontroladamente.
Mais tarde, um pouco conformado, mas ainda apaixonado, passa a trabalhar com magia
para unir os casais.
Muitos anos depois, com eles já um pouco idosos, eles se unem, mas ficam pouco
tempo juntos, pois ela logo morre.
Seja de que forma for queridos leitores, o fato é que Vladimir é hoje uma Entidade de
muita luz, sempre evocada com muito carinho por todos os amantes da Cultura Cigana,
principalmente por aqueles que mantém algum tipo de ligação, volto a dizer, com as
gloriosas Entidades Espirituais Ciganas, hoje brilhando como pontos luminosos, na
Estrada de Estrelas do Espaço Infinito.
Na Lua cheia, ele usava blusão vermelho com colete e calça azul-turquesa;
na Lua crescente, blusão branco, colete e calça brancos rebordados com fios de prata;
na Lua nova, blusão azul-turquesa, colete e calça vermelhos rebordados com pedras
coloridas; e
na Lua minguante, blusão branco de mangas compridas, colete e calça marrons e uma
faixa branca na cintura.
Em todas as fases da Lua ele usava na cintura uma faixa branca, na qual trazia o seu
punhal de prata.
SEUS ADEREÇOSOS
O lenço que Wladimir usava na cabeça era de cores diferentes, conforme a fase da
Lua.Era azul na Lua cheia, branco no quarto crescente e vermelho na Lua nova.
Na orelha esquerda ele trazia uma argola de ouro e, no pescoço, um cordão de ouro com
um medalhão antigo de seu clã.
SUA MAGIA
O Cigano Wladimir aprendeu a tocar violino com seis anos de idade.
Hoje, quando chega à Terra como espírito,pede logo o seu violino e começa a tocar
antigas músicas eslavas.
Um detalhe importante:
Quem tem esse Cigano na aura não precisa saber tocar violino, pois, ao chegar, ele traz
a essência da música.
Esse é o mistério de Wladimir.
A.D.
São subordinados aos Orixás, o que lhes concede uma força mestra na sua personalidade
e forma de trabalho, igual aos Preto-velhos.
Falam de forma rústica lembrando sua forma primitiva de ser, dessa forma mostram
através de suas danças muita beleza, própria dessa linha.
Seus “brados”, que fazem parte de uma linguagem comum entre eles, representam quase
uma “senha” entre eles.
Cumprimentos e despedidas são feitas usando esses sons.
Costumamos dizer que as diferenças entre eles estão nos lugares que eles dizem
pertencer.
Dando como origem ou habitat natural, assim podemos ter:
Caboclos da mata - Esses viveram mais próximos da civilização ou tiveram contato com
elas.
Caboclos da mata virgem - Esses viveram mais interiorizado nas matas, sem nenhum
contato com outros povos. Assim vários caboclos se acoplam dentro dessa divisão.
Torna-se de grande importância conhecermos esses detalhes para compreendermos
porque alguns falam mais explicados que outros. Mais ainda existe as particularidades
de cada um, que permitem diferenciarmos um dos outros. A primeira é a “especialidade”
de cada um, são elas:
curandeiros, rezadeiros, guerreiros, os que cultivavam a terra (agricultores), parteiras,
entre outros.
A segunda é diferença criada pela “força da natureza” que os rege.
É o Orixá para quem eles trabalham.
Para nós da Umbanda, é importantíssimo saber que a “personalidade” de um caboclo se
dá pela junção de sua “origem”, “especialidade” e “força da natureza” que o rege. E é
nessa “personalidade” que centramos nossos estudos.
Assim como os Preto-velhos, eles podem dar passe, consulta e correntes de energização
ou participarem de descarrego, contudo sua prática da caridade se dá principalmente
com a manipulação.
Quando falamos em manipulação, estamos nos referindo desde preparo de remédios
feitos com ervas, emplastos, compressas e banhos em geral até manipulação física,
como por rezar “espinhela caída”.
Esses guias por conhecerem bem a terra, acreditam muito no valor terapêutico das ervas
e de tudo que vem da terra, por isso as usam mais que qualquer outro guia.
Desenvolveram com isso um conhecimento químico muito grande para fazer remédios
naturais.
Como são espíritos da mata propriamente dita, todos recebem forte influência de
Oxossi, no sentido apenas do conhecimento químico das ervas, independente do Orixá
que trabalhe.
CABOCLOS DE OXUM
Geralmente são suaves e costumam rodar, a incorporação acontece primeiro ou quase
simultâneo no coração (interno).
Trabalham mais para ajuda de doenças psíquicas, como:
depressão, desanimo entre outras.
Dão bastante passe tanto de dispersão quanto de energização.
Aconselham muito, tendem a dar consultas que façam pensar; Seus passes quase sempre
são de alívio emocional.
CABOCLOS DE OGUM
Sua incorporação é mais rápida e mais compactada ao chão, não rodam. Consultas
diretas, geralmente gostam de trabalhos de ajuda profissional.
Seus passes são na maioria das vezes para doar força física, para dar ânimo.
CABOCLOS DE YEMANJÁ
Incorporam de forma suave, porém mais rápidos do que os de Oxum, rodam muito,
chegando a deixar o médium tonto.
Trabalham geralmente para desmanchar trabalhos, com passes, limpeza espiritual,
conduzindo essa energia para o mar.
CABOCLOS DE XANGÔ
São guias de incorporações rápidas e contidas, geralmente arriando o médium no chão.
Trabalham para: emprego; causas na justiça; imóvel e realização profissional.
Dão também muito passe de dispersão.
São diretos para falar.
CABOCLOS DE NANÃ
Assim como os Preto-velhos são mais raros, mas geralmente trabalham aconselhando,
mostrando o carma e como ter resignação.
Dão passes onde levam eguns que estão próximos.
Sua incorporação igualmente é contida, pouco dançam.
CABOCLOS DE IANSÃ
São rápidos e deslocam muito o médium.
São diretos para falar e rápidos também, muitas das vezes pegam a pessoa de surpresa.
Geralmente trabalham para empregos e assuntos de prosperidade, pois Inhasã tem
grande ligação com Xangô.
No entanto sua maior função é o passe de dispersão (descarrego).
Podem ainda trabalhar para várias finalidades, dependendo da necessidade.
CABOCLOS DE OXALÁ
Quase não trabalham dando consultas, geralmente dão passe de energização.
São “compactados” para incorporar e se mantém localizado em um ponto do terreiro
sem deslocar-se muito.
CABOCLOS DE OXÓSSI
São os que mais se locomovem, são rápidos e dançam muito.
Trabalham com banhos e defumadores, não possuem trabalhos definidos, podem
trabalhar para diversas finalidades.
Esses caboclos geralmente são chefes de linha.
CABOCLOS DE OBALUAÊ
São raros, pois são espíritos dos antigos “bruxos” das tribos indígenas.
São perigosos, por isso só filhos de Omulú de primeira coroa possuem esses caboclos.
Sua incorporação parece um Preto-velho, locomovem-se apoiados em cajados.
Movimentam-se pouco.
Fazem trabalhos de magia, para vários fins.
A.D.
Os espíritos da umbanda
Os arquétipos das entidades que atendem os fiéis nos terreiros
CABOCLOS Esses seriam os espíritos que se comportam como índios. Usam palavras
em tupi. Fumam charuto e, por vezes, tomam cerveja. Usam cocar de penas e capas.
Seriam os mais evoluídos, ao lado dos Pretos Velhos
PRETOS VELHOS Representariam os escravos brasileiros. O médium que
supostamente os recebe anda arqueado. Fumam cachimbo e tomam café. São
procurados pelo poder de cura que teriam e nomeados de
“vô” e “vó”
ERÊS Seriam espíritos das crianças. A maior parte não sabe andar. Toma guaraná, chupa
pirulito e benze os fiéis com brinquedos. Alegres, seus nomes estão no diminutivo.
Chamam os adultos de “tio” ou “tia”
BAIANOS Seriam arquétipos de espíritos nascidos na Bahia. Com forte sotaque baiano,
usam expressões típicas, como “meu rei”. Fumam cigarro de palha, tomam batida de
coco. Os homens geralmente carregam uma peixeira
BOIADEIROS O mítico peão sertanejo responsável pelo gado seria representado por
eles. hicote, boleadeiras e berrante são seus instrumentos. São valentes e fortes. Com
voz grave, é difícil entender o que falam MARINHEIROS Quando baixam, faz o
médium ter dificuldade de equilíbrio, chacoalhando de um lado para o outro, como se
estivesse em alto-mar. Explicam o mundo por meio de metáforas
sobre navegação CIGANOS É uma nova entidade na umbanda. Eles dançam e tocam
castanholas e pandeiros. A capacidade de adivinhação e leitura de cartas costuma estar
relacionada à presença desses espíritos EXUS/POMBAJIRAS Conhecidos como
nossos queridos espíritos guardiões, diferentemente do que muitos pensam, são
espíritos de luz que ajudam em nossas jornadas. O Exu toma uísque e cachaça. A
Pombajira, champanhe
e anis.
Technorati Marcas: Para entender a umbanda,entidades,guias,pomba
gira,exu,caboclos,ciganos,marinheiros,crianças na UMBANDA,eres,xama,xamã,preto-
velho,preto velho,boiadeiro,bahiano
Fonte:
Foto: Marcelo Min/ÉPOCA, Cris Bierrenbach/ÉPOCA, Michel Bonfigli/ÉPOCA e
Cláudio Rossi/ÉPOCA
http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDG78474-6014-481-2,00.html
Olorun, Deus supremo, criou um ser, a partir do ar (que havia no início dos tempos) e
das primeiras águas. Esse ser encantado, que era todo branco e muito poderoso, foi
chamado Oxalá. Logo em seguida, criou um outro orixá que possuía o mesmo poder do
primeiro, dando-lhe o nome de Nanan. Os dois nasceram da vontade de Olorun de criar
o universo.
Oxalá passou a representar a essência masculina de todos os seres, tornando-se o lado
direito de Olorun. Nanan, por sua vez, teria a essência feminina, e representaria o lado
esquerdo. Outros orixás também foram criados, formando-se um verdadeiro exército a
serviço de Olorun, cada um com uma função determinada para executar os planos
divinos.
Exú foi o terceiro elemento criado, para ser o elo de ligação entre todos os orixás, e
deles com Olorun. Tornou-se costume prestar-lhe homenagens antes de qualquer outro,
pois é ele quem leva as mensagens e carrega os ebós.
Oxalá, orgulhoso por ter recebido tamanha honraria, achou desnecessário fazer as
oferendas a Exú.
Exú, vendo que Oxalá partira sem lhe fazer as oferendas, previu que a missão não seria
cumprida, pois, mesmo com a cabaça e toda a força do mundo, sem a sua ajuda não
conseguiria chegar ao local indicado por Olorun.
A caminhada era longa e difícil, e Oxalá começou a sentir sede, mas, devido à
importância de sua missão, não podia se dar ao luxo de parar para beber água. Não
aceitou nada do que lhe foi oferecido, nem mesmo quando passou perto de um rio
interrompeu a sua jornada. Mais à frente, encontrou uma aldeia, onde lhe ofereceram
leite de cabra para saciar sua sede, que também foi recusado.
Todos os caminhos pareciam iguais e, depois de andar por muito tempo, sentiu-se
perdido. De repente, ele avistou uma palmeira muito frondosa, logo à sua frente, Oxalá,
já delirando de tanta sede, atingiu o tronco da palmeira com seu cajado, sorvendo todo o
líquido que saía de suas entranhas (era vinho de palma). Embriagado pela bebida,
desmaiou ali mesmo, ficando desacordado por muito tempo.
Exú avisou Nanan que Oxalá não havia feito as oferendas propiciatórias, por isso não
terminaria sua tarefa. Ela, agindo por contra própria, resolveu consultar um babalawô
para realizar devidamente as oferendas. O sacerdote enumerou uma série de coisas que
ela deveria oferecer, entre elas um camaleão, uma pomba, uma galinha com cinco dedos
e uma corrente com nove elos. Exú aceitou tudo, mas só ficou com a corrente,
devolvendo o restante à Nanan, pois ela iria precisar mais tarde. Outros sacrifícios
foram realizados, até que Olorun a chamou para procurar Oxalá, que havia esquecido o
saco da criação com o qual criaria a Terra. Nanan, após terminar suas oferendas, foi
atrás de Oxalá, encontrando-o desacordado próximo ao local onde deveria chegar.
Ao saber que Oxalá havia falhado em sua missão, Olorun ordenou que a própria Nanan
prosseguisse naquela tarefa com a ajuda de todos os orixás. E assim foi feito. Nanan
pegou o saco da criação e o entregou à pomba, para que voasse em círculo. A galinha
com cinco dedos foi solta, para espalhar aquela imensa quantidade de terra, e,
finalmente, o camaleão arrastou-se vagarosamente, para compactá-la e torná-la firme.
Quando Oxalá acordou, viu que a Terra já havia sido criada, e não o fora por ele.
Desesperado, correu até Olorun, que o advertiu duramente por não ter reverenciado Exú
antes de partir, julgando-se superior a ele. Oxalá, arrependido, implorou perdão. Olorun,
sempre magnânimo, deu-lhe uma nova e importantíssima tarefa, que seria a de criar
todos os seres que habitariam a Terra. Desta vez ele não poderia falhar!
Usando a mesma lama que criou a Terra, Oxalá modelou todos os seres, e, insuflando-
lhes seu hálito sagrado, deu-lhes a vida.
Fonte:
Do livro Lendas Africanas dos Orixás - Pierre Fatumbi Verger/Caribé / Imagem copiada
do site : http://luzdearuanda.weblogger.com.br
Toda a pessoa que escuta esta frase: “Você tem que vestir branco, e precisa desenvolver
a sua mediunidade”. Pronto! Aí vem o medo e ao mesmo tempo a ansiedade, imagi-
nando-se vestido de branco e já incorporando “seus guias”, ele julga que após poucas
semanas já estará apto a “trabalhar” dando “consulta”… Será que é só colocar o
médium “novo” no meio da gira e girar? Ou será que ele precisa primeiro de atenção,
carinho, ajuda e esclarecimento neste momento único e delicado de transição dos seus
valores religiosos, e principalmente de doutrina, acrescido de tempo e humildade de
ambos os lados, seja do dirigente para com o filho pequeno (que nasce para a espiritua-
lidade) e precisa ser cuidado com amor. Ou por parte do filho que precisa de
conhecimento e isto só é conseguido através do estudo, movido pela paciência,
humildade e fé, pois só assim conseguirá de fato ser um filho de fé da Umbanda
Sagrada. Como as giras de desenvolvimento fazem parte deste processo mediúnico
comentarei sobre os recursos rituais: atabaques, cantos, defumações, danças, roupa
branca, etc…
Cantos: a Umbanda recorre aos cantos ritmados que atuam sobre alguns plexos, que
reagem aumentando a velocidade de seus giros. Com isso, captam muito mais energias
etéricas, que sutilizam rapidamente todo o campo mediúnico, facilitando a
incorporação. Os pontos cantados são uma das primeiras coisas que afloram a quem vai
a um terreiro de Umbanda pela primeira vez. Os pontos cantados são, dentro dos ri-
tuais, um dos aspectos mais importantes para se efetuar uma boa gira. São louvações e
orações cantadas, para chegada dos Orixás e guias, também para descarga e limpeza
fluídica, bem como para a subida dos Orixás e guias. Um verdadeiro ponto cantado nos
atinge lá dentro do coração e da emoção, nos trazendo paz, fé, pela pureza e firmeza
desses pontos maravilhosos.
Roupa Branca: O branco é a cor de Oxalá, que é o regente da Fé, da religiosidade dos
seres da pureza, da humildade, da benevolência, da paciência da fraternidade da união e
da caridade… O simbolismo da veste branca é bem visível, além de permitir uma
uniformidade na apresentação do corpo mediúnico. Mas, se alguém se veste de branco e
assume o grau de médium, dele também se exige que purifique seu íntimo, reformule
seus conceitos a respeito da religiosidade e porte-se de acordo com o que dele esperam
os Orixás Sagrados, pois estes que o ampararão daí em diante. O fato é que a Umbanda
como uma religião possui seus próprios rituais ,suas próprias característica, e suas
práticas.
Desenvolver a mediunidade não significa dar algo a quem não está habilitado para
recebê-lo, mas sim, em habilitar alguém a assumir conscientemente o dom com o qual
foi ungido.
Saravá Umbanda!
Um grande abraço.
Não a tememos.
O nosso segredo está em gozar a cada dia as pequenas coisas que a vida nos oferece e
que os outros homens não sabem apreciar:uma manhã de sol, um banho na nascente,o
olhar de alguém que nos ama.
Ciganos se nasce.
Dizem que lêem o futuro nas estrelas e que possuem o filtro do amor.
As pessoas não crêem nas coisas que não sabem explicar.
Uma amiga cigana Simone me deixou essa mensagem e gostaria de compartilhar com
voces.Não nasci cigana nessa vida mas vivi na outra e e é assim que sinto.
Beijinhos
Eliene
Postado em Aruanda, Ciganos, Mensagens, Orixas, Umbanda, guias, povo de Aruanda.
1 Comentário »O Sábio
Agosto 21, 2008 — CMaduro
A.D.
Senhor, perdoa aqueles que a escuridão ainda não deixou ver os erros cometidos na sua
passagem terrena.
Dá, Senhor, a eles que sofrem a luz de Seu imenso Amor e da Sua Sabedoria.
Que a sua luz nos ilumine neste mundo e em outros que ainda desconhecemos, e em
todos os lugares por onde passarmos nos proteja.
Perdão a todos os nossos erros, e que Vossa Bondade não nos falte hoje e sempre…
Amém”.