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*

Movimento
RACISMO NUNCA MAIS!
A història que venho relatar neste info, não è apenas uma història qualquer, è um
STodato que acontece em vàrios estados, paises e cidades do mundo. T
N o dia 13 de agosto de 1995, eu e mais um camarada, saimos de um bar no centro
C da cidade atè o ponto de ônibus
para irmos para a Kaazaa, ao pararmos um pontoo
antes para conversar com um amigo que acabavàmos de encontrar, aparecem uns ca
recas junto com uns dez
boys, simpatizantes das idèias estüpidas e preconceituosas.
Mais ràpido que esperàvamos jà estavàmos completamente cercados, não tendo
como correr a melhor forma foi enfrentà-los.
Covardemente, os carecas- metidos a ma-
choes- em mais ou menos dez ou quinze contra dois, tiveram a capacidade de me es-
faquear pelas costas.
Passando alguns dias do fato ocorrido, vàrios companheiros indignados sairão
atràs dos bastardos encontrando-os em shopping no centro da cidade. Os carecas
amedrontados, chamaram a policia que veio direto nos punks. Ai como não tinha ou-
tra alternativa denùnciamos os carecas. Na mesma hora foram detidos à caminho da
delegacia. Depoimentos, mais
depoimentos e o tempo foi se passando... e os pilantras
ficaram apenas dois dias detidos. Depois de
algum tempo sempre que saiamos
encontravàmos os pilantras e tudo acabava em
pancadaria. Mais como são burgueses
conseguiram um cano, e começaram a dar uma de machões com o cano na cintura,
ameaçando-nos e atirando, por sorte que não atingiu ninguèm.
Sò que no dia 10 de março de
1996, eles cometeram mais uma de suas covardias
Que foi o assasinato do iluminador Carlos Adilson
pelo ràdio. Nos desesperamos, pois no mesmo dia Siqueira,
fato que ficamos sabendo
não haviam aparecido alguns companheiros
por aqui, inclusive um chamado Carlos. Então somente da Kaazaa Minorias se
no ou-
tro dia ficamos à par da noticia. Descobrimos
que este foi um crime RACIAL
Apòs tanta indignação começamos a nos movimentar atràs de material unem contra
xarmos explicita a posição neo-nazista dos para dei-0 preconceito
caras. Levamos um dossiê bastante com-
pleto à delegacia e apòs muita insistência convencemos os A luta contra o
Clemente (lider dos carecas e autor das facadas ). policiais a irem atràs do Preconceito acial apagou
divergências ideológicas e
Jà no outro
empolgados ficamos assistindo tv
naaueles riiicu.os pregrinas
uniu ontem punks, gays,
O S capoeilistas n
poiiciais, ai ueu a noticia:"policia prende membros da
gangue dos carecas", rapida. Oaldita.
mente nos organizamos e decidimos fazer uma organizaram Eles
uma
Como o tempo era curto não deu manifestação em frente à delegacia. manifestação em dofesa
para avisar o pessoal das outras comunidades e das minorias. Página 10
fomos nòs mesmo. Chegando lå estava toda a
imprensa de cwb que ao nos ver sairam
rapidamente para nos entrevistar,com uma faixa feita nas coxas, rapidamente a
demos ( na qual tentava jogar fascista contra fascista esten-
à jornais e emissoras de tv ) e começamos a dar entrevistaç
que estavam ali cobrindo o caso.
Conseguimos concretizar o nosso objetivo, pois muitas pessoas nos
promover atos anti-fascista e mostrar pro mundo que ajudaram
ainda existe racismo e
ignorância.
13 DE MAIO: RASCISMO NÃO, MORRA RASCISTASI
No dia 13 de maio foi realizado no
centro da cidade de Curitiba um
show de denùncia e combate a um dos grande ato/
maiores problema social existente: o
RACISMO.
Este ato foi organizado por militantes
do movimento
te deste mesmo contou com a negro/rappers
e que o
convi
vès de suas faixas de participação de militantes
punks/anarquistas
que atra
protesto e panfletagens deixaram bem claro a sua
com as itimas do racismo e
tambèm seu total repùdio ao racismo. solidariedade
No decorrer do ato houve trocas de
idèias entre
e militantes punks/anarquistas, onde atravès deste militantes do mov. negrolrappers
diàlogo foi
possivel
amplo entre ambas as partes eadquirirmos
um conhecimento e relacionamento mais
trocarmos alguns com isso
plangs
Entre as vàriaaque detrabalhoem
conjunto.
seguiu durante o ato, apresentação de
discurso de militantes do mov.
regro/rappers, houve uma quegrupos
atenção do pùblico( que por sinal
rappers e
chamou bastante a
foi a apresentação de uma estava muito Interessado e em
peça teatral por militantes do mov.
grande nùmero )
Em suma, foi um ato muito
rico culturalmente e tambèm de grande punk/anarquista.
entre todos que estavam presentes naquele lugar. solidariedade
.NAZI-FASCISTAS NÃO PASSARÃOI
A PAZ, A IGUALDADE, O AMOR NÃO TEM
-4
cORI
REFORMAS NA K@AZAA.

Depois da ocupação, se deu inicio as reformas no squatt.


Qeando os primelros okupas entrarão no imôvel ele estava em condliçôes Inabità-
veis entao deram-se inicio as obras de reformas.
O interior da Kaaza estava com suas paredes todas
deterloradas com
O
interior em pêssimo estado pelo motivo de infiltração de àgua da chuva quepintura
a
vinha a
escorrer do telhado.Entao foi discutida a substitulção das tolhas quebradas por outras
telhas, nao tinhamos condiçöes financeiras para substituir telhas
por novas, começa
mos a catar outras telhas usadas no lixo que conseguimos trocar quase todooo
telhado.
Depois do telhado decidimos colocar os vidros das janelas, novamente a falta de
condiçoes financeiras não permitia, começamos a vender o fanzine "Sentido do Ser"
n 5 que teve sua renda convertida aos novos vidros.Todo lado exterior da casa estava
exposto a toda movimentaç o que acontecia na quadra por estar totalmente despro-
tegido porque o muro que existia estava todo destruido. Organizamos então um peda
gio em prol da construção do muro,que necessitavamos para obtermos uma proteção
contra os vandálos, que praticaram atos de vandalismo, tentando nos intimidar com
depredações que aconteciam durante a noite. Sem contar que estavamos sempre sen-
do vigiados pélospoliciais que notavam a movimentação na Kaaza. em dois meses de
pedàgios conseguimos colocar o muro.
Algum tempo depols decidimos substituir a porta de entrada que jà se encontrava
nela. Alquns okupas começaram a produzir uma ita com bandas püiks è ieiiutd de
textos sobre cultura punk, essas fitas forão todas produzidas dentro do squatt, e ven-
didas pelos ocupantes e vendidas em gigs e junto com a venda de zines no centro da
cidade. Recentemente substituimos a velha porta de ferro, por outra nova que nos pro-
tegerà dos ventos frios do inverno que se aproxima. Nem todas as reformas
necessàrias foram concluidas, mas estamos nos esforçando ao màximo para realiza-
las. ***.

A DOMINAÇAO PRODUZ DEBILIDADE


LABNTAL EA DEBILIDADE MENTAL
ACILI TA DOXNACAO

Distribuidora Ki:\Z1a

PUNK DL.Y
Cx.P. 1094
Cop:RO.020

Curitiba/PR r
pISTRIBUIMOS
CAMISETAS
ADE S'V°)
2 INE5, ETC.
oUKSELW

CONTATO CTI

Cx. P5 TAL 1094 :

CEP EnO20-970
LURIT IJH -

PF
AGRADECIMENTOS

Ha todos aquelesque participaram compactuando diretamente ou indiretamente ARLO


nessa conquista SQUATT.
Foram poucas as pessoas ou grupos que deram apoio para a ocupação, acredita-
mos que eles ainda estão do nosso lado agora, continuamos então, juntos sempre.
PARA
SALIR DE/
COUTRO

TRABALHOS DE RUA

Dentre os trabalhos que são desenvolvidos hoje em cwb, um deles se destaca


pela sua Inmportancla que tem causado desde seu Inlclo: a venda de materiais PUNKS
no centro da cidade. Esse trabalho começou a ser desenvolvido quando foi sentida a
neceasidade de obter fundos para manter a ocupação de forma alternativa, que 'se
iniclou com fanzines, geralmente com temas como preconcelito racial, cultura punk
etc..
O trabalho da venda de zines se iniciou na frente de uma universidade, logo apos
sendo trantferido para a rua XV de novembro onde se encontra um maior fluxo de pes-
soas.
O trabalho foi e è de grande importancla para nos todos, pois não sò serviu de
melo de obter grana para manter a ocupação, nosso sustento, como tambèm serviu
de fonte para que fizèssemos propaganda do mov. punk/anarquista de forma direta
objetiva para grande parte da cidade. Atravès da venda de zines pudemos ter um
contato dirpto com as pessoas e expor a elas nossa forma de vida, posições politicas
discutir assuntos relativos a liberdade na sociedade, etc..
Esse trabalho nosbportunidade de fazer muitos contatos interessantes com
pessoas ligadas à cultura, a imprensa, e abrir novos espaços para gigs, palestras,
exposiçQes,etc. Enfim a venda de materiais feita diretamente ao povo sem mais inter-
mediàrios, fez com aprendessemos a expôr melhor e organizar melhor nossas idèias
conhecer melhore mals de perto os problemas das pessoas na sociedade em que so-
brevivemos. Saimos de uma certa redoma e aprendemos a nos mostrar ao povo como
PUNKE
realmente somos, sem rotulos "politicamente corretos" e sem posturas prè
conceituosas em relaçáo as demais pessoas que não conhecem nosso movimento.
Esse trabalho è livre e nos dà autonomia para que cada um desenvolva da melhor
forma que Ihe convier, por isso existe diversidade, desde o modo e o interesse
politico de cada punk ao vender e expôr seu material, ate o material em si, que està
sendo vendido, que vai desde zines atè compactos, camisetas, etc..
Desde o começo não exitamos em passar as mais diversas publicaçðes que são
feitas dentro do mov. punk/ anarquista, divulgando o endereçogriginal e o nosso, pois
ruitas passoas se sentiam interessadas em contactar com alguèm que jà conheciam.
Com a venda de materiais punks na rua podenios sci:ut quis os ipcs de acsuntrs
que chamam a atenção das pessoas, e os assuntos e temas que ainda são muito cho-
cantes aos olhos conservadores da população burguesal estüpida curitibana.
Aprendemos a criar novas formas de trabalho, e de certa forma mostrar pra muita
gente que PUNK è uma coisa bem diferente do que mostra o Green Day ou a folha de
S.P.
Vivemos do mangueio da nossa cultura, como sempre quisemos. Não estamos
interessados em parar noss os trabalhos, pois mesmo que nossa grana nao dê mais
do que uma inteira para o rango, umas pingas e manter nossas atividades dentro do
punk: zines, gigs, faixas, cartas,tec...è bem melhor do que entrar parao mercado de
trabalho tradicional.TRABALHO? NO MI GUSTAI NO QUERO E NO POssoI

TCABAJO?;oME GUsTA! No Qoieeo y no Po6po,


-
PROBLEMAS NA CUPAÇÄO:

Desde o inicio da ocupação até o final de 1995, tivemos vários problemas


com os malacos e a policia. A polícia invadiu duas vezes,
a ocupação na primeira
pegou um punk plantando cannabis no quintal e por incrlvel que pareça não deu

nada, fizeram algumas ameaças e se retiraram levando sementes. Na


as
segundae
vez eles chegaram e já foram invadindo todos os quartos procurando por uma
menina de menor que havia descolorido os cabelos e fugido da casa da familia
dizendo que ia morar com os punks, felizmente nem a conhecíamos."
Após algumas perguntas e insinuações do tipo: "vocês ínvadiram essa
casa? "eles partiram. Os malacas foram os
que mais encheram o saco nas
madrugadas eles invadiram o interior do scquatt chapados de pinga e sei lá o que,
perguntando qual era nossa loucura, cadê as meninas que moram aqui? eles
queriam zoar o
espaço, usar drogas. Quando tentávamos explicar nossas idéias,
eles não acreditavam e partiam prá ignorância, pegava faca acordava todo mundo.

Com muita paciência conseguimos convencê-les á se retirar sem tretas, isso


acontecia com frequência. Houve também
algumas pessoas que tentavam se
apossar da metade da ocupação, nos intimidaram fizeram várias ameaças prá que
cedéssemos algumas peças da casa ou eles mandariam a
policia(eles tinham
bastante influência na polícia civil) eles podiam inventar
qualquer coisa dizer que
achou drogas com a gente, por
exemplo. Eles disseram também que iriam fazer um
abaixo assinado para nos expulsar e
pedir para a vizinhança inteira assinar, já que
eles eram do Bairro e conheciam todo mundo. Passamos
situações terriveis de
desespero, éramos obrigados a nos organizar cada vez melhor e com o passar dos
tempos as coisas se apaziguaram.

30PI95
JA CASA
NoSSA LO

CUNIKN

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