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_- 7 TT ewww ene LONGA. VOLUCAO QUIMICA Alle Centro Morris Fish A Gho aunica sas tee sto do histonador batinico Herbert But tetfield, segundo a qual esta foi uma revo. postergada por depender eu tsdlo maior do poder da quanti 10 surgamento da quimica peumats 2 € sobretudo da teacao contra a teorna do ogssto (ver "A tevolugio de Lavwisiet", ein Ciencia Hoye n° t, 40), Embora recen temente se senha dando mavor énfase 4 tew 1a dos autores nica aida € um fendme. SSI centtado em Lave dlaboradites. Em 198, Wat) desenia set co #240 umn memibio da serteute principal io Pensamento ceniitico do séculu NVI, ta 250 pela qual se poderia ver 4 quitnicaon fy parte ds tevolusan vientilica daquele seculo Entetanto, para ela una das inane res veslizayces de Ih haute da fisiea, hs que se depreenide que s revlusau cieittice pute a sind se) etiteudide prinatiainenne ens Hermius diss csencias ise Vasa eniendct « resoluyan quimica em us toalidaue, .sei0 que xe deva pensar nin 1G rin, param Historia da € da Mediein Universidade de Chicago (EUA) ‘ma cronologia mais ampla, que englobe pe. Fiodos anteriores ao século XVINI. Devernon io 36 estar dispostos {0s desses periodos 3 luz do contexto em Que foram proxuzidos, mas, principalmen te, revonsiderar dois preceitos funda la histéria da ciéncia: © do progresso ‘ha quanuificagao como requisito para qual Auer interpretacio da tevolucio vientifica © 0 de que historia da medicina no cons. m capitulo integral da historia da siéncia, Apoiados nesses axioms, os his. adores da ciéneia tém delendide a pete mmazia das eine as fisicas em suas inter 4 revolugio crentitia, em det mento do papel desempe fae pela medicitit, qu aso pela quinn ha tevo yi cet ics tendo sotto uauaigas td funda 0) as verificadas ma astronoma Fisica lo a ovimento, Se petsarmos squiinica que se estene por = alo seculo XVI a. Mle Seveines eapaces de neoryrond revoluyde clemtifica corto ai todo. E ats: conmpreendlerems (amen qe 8s Fe exios alo século SVL a que normal: mente nos referimos sa apera Digitalizado com CamScanner SCP acclo 6 on que viam beleza ¢ unidade numa reln harmonioaa entre o macrocoamo € 0 microcosmo imaginavam © Crindor como um alquimista divino que reparava o puro do impure. 99 A\ guimica medieval nto eta un sistema de conhecimenta completo, mas um car: nto de eisciplinas digpersas que utiliza > equipament a quimicas. Dew nie OU analogs Tad hai a itera li ada 4 alguniia wransmiitaciital, em ew raposicdo, existiam os processes préticos de muineraydw com sia riqueza de ‘mento metalurgica, Amalia de Villanova, Jodo de Rupescissa — que Noresceram no fim do século Nit ena printcra metade do NWN. respectivamente — e alains auiores islimicos tinham chamado a atengao para uso da guimica na preparacao de subs fncias de valor medicinal, enquano ou. {ros medicos da epoca desemolviam me. todos de snalise de sipuas em razio dé seu interesse pelas propriedades curativas das ‘Sguas minerais, Embora alguns desses au tores tenham sugerida que seu conhecimen. 10 Superasse o de Aristotcles, Galenoe seus exegeras, eles nao chegarsin a renindicar tums reforms educacional que suplantasse as autoridades antigas e iniroduzisse 0 en- sino da alquimis nas universidades. iets Coptic (8180) rmprsenato numa Moga ae 1, Frontssio ds gine cde eo De mvourondus, Ceoerica [660 mudaria a0 longo do steulo XVI a pani da obra de F (1491 1641), contempordinen de Nicolau Co: rérnico, Anuré Vesilio e Leonard Fuchs, awuorecde De revelations arbi eo Iesium (841), De hunnant corporis fabri en 840) € De histori carpi (1842), tes pectivamente, Fsnbara essas obras, publ fendas aps a morte de Paracelso, tenbiam Ado tm papel impor nsforma pea como a presente nos estos JO nO tivel médica e quimieo swig, De ral, no entanto, esse autor tem recet poiteaateng a dos historiadores da eign. Di No pensamento de Paracelso € seus se- ruidores, desiacar-sea total rejeig8o 8 au loridade antiga — ¢ a0s axiomas es cos da Filosofia e da educagao tradicionais — ea exigéncia de uma reforma do ensine universtario, que era defendida com argu- jentos religiosos, Os paracelsianos visua- lizavam sua cosmologia, filosofia natural medicina como um conhecimento verda. Ueiramente cristio, em contraste com a fi losofia © a medicina atéiag de Aristoteles € Galeno. A lopica € os debates académi- cos apenas peenetuavam os erros do pas sado. Os que procuravam 0 conhecimento Ueveriam ir para o mundo da natureza ¢ aprender por meio de novas observacdes Anatuteza era a criagde de Leus enio po. dors dna era 0 que dirigia 0% processo se especulacoes dos iatroguimicos the pa E esta quimice nlo-médiea que se_ reciam ter ido longe demais. Sua quimica tinka sida furdamentalmente anfluenciada pela Phesica subrerranca, que dava éntase B quimica inorpanica do mundo subterré- neo, Ei conveguéncia do trabalho de am bos. 0 pape! da gu mo uma forma eexplicayio dos pracessos sais dieninus ougnesma desapareceu. A quimica Mlogis fica de Stahl sis a tormar-seo sistema Qui mico 1 do seculo AVI, ea inMugneia que 6 notave! ce auimnisoalerao teve sobre a medisina nao Serta m mnificatva, A esse fe ou hha Frama tems especial portine THE SCFITICAL CHYMIST cifyaicorHysicae Doubts & Paradoxes, PRINCIOLES HYPOSTATICAL, wore be Fp ond ALCHYMISTs. i : A\ partir de meados do século XVI, Mont- pellie tornou-se um centra importante na introducao de remedios quimicos. propi ciando, um século ma eral da iairoguimcs, Todavia, com 0 sucesso da nova filosotia nas ciéncias fis: ~ cas, tentow-se paralelamente resolver pro blemas medicos por meio do mecanicismo. Embora, no inicio do secuilo XVI, a8 ex plicagdes mecanisistas do 508 vias fossem se tornando disina, 0 mov iment ‘do homem-maquina veagaa. Diante desse impasse, © conceito stahlane de anima mostrarse-ia como uma alternativa de Digitalizado com CamScanner A teagdo inicinda nor Savages em 1717 Continuo através sec Je Tdophie Novtew 1 66 Triopit Torden nensnvn 08 keguidlores de Pamneelen de verem o homem como um, se fol alémn de 178, aberta mente intivenciade por yan Helmont Sahl, arpuia ern favor cle tnxgae vitae to calizaeine em cada dpa Joseph Mavther (1344 te waene Pal referia an in. compérito de nlambiques, rn i ncinio que tonne vei tedden Nika insist que AG explicagdes qulicas deviany ert thie fermentos, sais, eferveecéneine @ Frasca de Ince. Pan cle, ave alte sw meio ce Montpetion nadn diseo tinhs n ver com as forgns vitnis, 9 Witidade: Frans Rossier de ta eer atrofiice Gisipio agli 18 promever um et Aue ws efeitos to prin Tie womevow a ensinat ele, apenas entes seria sac ® em Menipellien em lavaper © volianda se JOVI A ai distinta daq Deparagies farmaceuticay — es. ‘ada di teoria médica e das exp ol6picas. O membro n Goon Fst (ie enura ica A gana nena Inco elo 7 ‘cola médica de Montpellier, Xavier Richa (171.140, vitin a concordat totalmente com sew sores Noreen © farther stud sobre nein Flizabeth, Fle foam do sities nese po 1 de grande infuéneia ue a Fisica ea nio-qui € vitalita for mantida em Montpellier a0 Yonge do século Xx O este da 1 apresenta:nos un pi fe funded uci quimica de final do talmentediferen aquele 3s relagdo com a medicina almente@ debate 4 ceateou fo uo in tetno dos remédios preparados quimes mgntee nly na visio mistiea do mundo dos ‘Sth ta um somata gue cas Meanie Oi sul pence ie ene ba pear Digitalizado com CamScanner 6 jnvoisier seus colegne achavam que os axpectos médicos tinham poucn relevineia para n nova quimicn, Mns tal julgamento nio poderia ter sido feito por um quimico do inicio do séeulo XVI. 99 paracelsianos,anspada quimnicamente. So enon de as deogas qunicasserem univer. salmente aceitas como ves pels melon € ave a catedra de quia foram estave lecidas nas unineranades entopeiay, Qi se sem eqseyin ec sated encom em faculdades de medicina, Tinha havido, povem, uma segunda in- fugncia quimica,iambem derivada da me- dicina. As expicasdes quimicas das doen a8 € dos fendmenosfsicligcos adm em Sttima analise, de Paracel seus sep dores smediaios. Mav depots de van Hel: mont — que descrevia uma medicina site: lista usando a guimnca eanalogias quimic cas —¢ que esse aspecto da quimica passa 2 ereteer maior nfuncia, Willis € Sylius tamber uulzaran evensamenteexplicagbes uimicas, assim como Vieustens em Mont pellet Estes istroquimicos eam combat os pelos mecanicisias médicos, que susten- ta.am, 20 contrive. que ohomem eas fun bes de seus Orgaos s40 mais bem explica os pela Fisica. Para esses estudiosos 2 qu rica ndo era adequaéa aoestudo ed expi- cacdo dos process vtas. Hermann Boer hhaave ndo estava sozinho ao superit que os iemedios quimicos «a analise dos Muigos corporait deviam ser estudados, mas agui Sanam os limites da guimiea na medica, TTodavia, para muitos médicos 3 ciéncia dda mecanics era gualmente insatisftoria Se um homem vivo devesse ser entendido erm termos de les fiscas, oque ¢emdo que Ihe dava a vida? O que ihe dava movimen to! Estes eram problemas que tinham ator- mentado tanto van Helmont como Staht Eles foram novamente debatidos pelos me dicos de Montpellier depois que Sausages de inicio as suas prelegdes sobre as vsdes smistcus de Stahl resultado seria urna nova escola vitals de medicina Entcian to, 20 contririo dos trabalhos de van Hel monte dos alroquimicns que o sucedcram, cesta era uma medicina ndo-yuirmica, ence. {o para analisese preputo de temédias © desenvolvimento desss medica antimeca hicstae vitals ambérn tenia diver 2 quimica da medina, €tevuiade Far uma {uimiea mais independenve, entrada mas fm estudos inorginicos da que tinh exer Tido no passado, Se ese divéicio nda nese ocorride, Lavoisier provavelmente tes 1 do que se confrontar multe: mals com a ta igh médica Ev arpumentaria que a alotdlageny tra Alicional da tevalueao qulimica do sécuto NVI conduzinndesos ae loge de tr batho de Eavwisies, la teain ane afinida des, da teevia ee Hapa, esti do ga Ses, mais recententete, desta da ee Tin dla arérin — ne €satisfandia. Parece mie ae 190 esta base nua anise his {rica w peveriori, caminhanla pata tras partir dle Lavwisie, mac mantendl-e den 10 dos limites ke nose defini ee qu nica come uma das eigneins fsicns, Pen sano Perpetuamos ¢ conceive de ma revo poser sientifiea, Fssaidciasenpre foi mit ten ora, Esti presente, por exemplo, ea dis nitida que Marie Boas de ser feta emre a abordag conduz 8 assim chamada ada pela magia’ (0 entanto, os trabalhos de Paracelso € seus seguidores, seja na quimica ou na me- icina, foram conlemporineas aos de Co- pemico ¢ Ves e como esses promoveram ‘mudangas fundameniais. F dificil susten "ar que os progressos devides a Paracelso 1fe-tenham sido verdadeiramente revoli siondrios em sua natureza € espicito. O re- sultado seria uma medicina quimica gue se estabeleceu nas faculdades de medicina da Europa no curso do século XVI. Essa cei lagio académica da quimica merece set sonsiderada coms uma primeira [ase da fe: ‘alugso quimica, Esse, no entanio, foi um fendmeno essencialmente médico e, para entender a quimica do século XVIII coma. la € apresentada nortalmente, & preciso imieacomo.o incpal mea der tial dos procesos vss. Vanos aso na Soordapem mecaniia de Doerhave, na edicina ania de Sahl no unger Yoda escola ait de me 1A alroguiics do culo AV fe um papel decisivo no seu desparscinenta to que hoa pat tence Etnbora nao ‘ena a petensve de i alem das considerages telson historia da quimica, estou certs de gue hi Pesquisadores de outras aeeas que ditiam ‘mesmo bascadds en sa prt jen sa. O-gue ev E que tornerios Parte antepral de nso nto da te- Solu quinuica ex prime lupat a eve. Iugaa medico-qimica dos séeilay NV1 MMi, h segutnulo, 0 conto entre ne: Nias, quince €Vitalistay no nici Uo Sécul SVIIL_Aa fazer isso, serenmos capa liminagao | 2 Fac e Medina Ge Mortar famosa dese 3 lease Masa. No stculo x, gacas a Bovey, Barer Bien eo se cesacou pehceesa de uma meses lat. fe qumis, Agonamesnaseacala rome ‘bo uteio x, 2es de reparar ums interpretagio hi muito equivocada finado a re 0 uimica essencialme do seculo XVII. Di ‘etiamos pensar suma revoluedo quimica sendendo-se por dais seculos e meio, do {inicio do século XVI até 0 fim do século MJIL. Muito mais importante €0 Tato de Aue essa interpretagzo ex sxtremamente necessiria de nosso entend. mento da revolucio cientifica como um to do,.uma vez que ela exige 0 recone to de que a quimi ‘ia e a lisica no movimento que resullou na eiéncia moderna, *Colatoracio de Car Aero L. Flguerase Roberto Bde Canalo SUGISTOES PARA LEITURA, DEWUS AG. Man and nature wn the Renalsaam: se. Cambridge University Press, 178 JACOM 1, Paracelsus: selevted writings, Prince ton University Press, 199 PAGCL W', Jan Bprita tan Helmont eformer (of sience and medicine, Cambridge Univer- sity Press, 10 SI (ed), Occult and scientific mentale ‘evn the Renaissance, Cambridge Uninet sliy Press, 98 COLDIARUA SIA, Du alguna quimica, Sto Paulo, Nova Siells/DUSR, i Digitalizado com CamScanner

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