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EEB JOÃO SILVEIRA

Marcus Arthur, Keyla, Emily

TEORIA DOS GRAFOS

Trabalho feio à trilha de aprofundamento: Matemática e o


Mundo do Trabalho com intuito de resumir o conteúdo dos
grafos.
Orientador: Franklin

PALHOÇA, SC
2023
1

PROBLEMA DAS PONTES DE KONIGSBERG

As sete pontes de Konigsberg foi um problema matemático resolvido por Leonhard Euler em
1736, onde a solução negativa resultou na criação da Teoria dos Grafos. O problema consistia em
uma região de uma cidade que era cercada por água onde existiam sete pontes, Leonhard queria
saber se era possível atravessar todas as pontes sem repetição e se no final disso podia voltar ao
ponto de partida, além disso, se retirasse uma ponte, continuaria sendo possível atravessá-las sem
repetição? Com essas questões que Euler possivelmente originou a Teoria dos Grafos.

DEFINIÇÕES DE GRAFOS

Os grafos tem muitas definições, sendo elas: formal, por diagrama e via texto. A definição
formal se resume em: Um grafo é definido da forma G = (V,E), onde V é um conjunto não-vazio de
vértices e E é um conjunto de arestas, cada aresta tem um ou dois vértices associados a ela,
chamados de extremidades. No problema das pontes, os vértices são as porções de terra, vamos
chamá-las de A (a ilha central), B (a parte da direita), C (a parte de cima) e D (a parte de baixo) e as
arestas são as pontes: g,h,i (as de cima), j (a do centro), k,l,m (as de baixo). Então a definição deste
grafo fica G = (V,E), com V sendo {A,B,C,D} e E sendo {g,h,i,j,k,l,m}.
A definição por diagramas é a mais usada e intuitiva maneira de entender os grafos, nesse nós
como no anterior, nomeamos as arestas e os vértices com letras, para então podemos resolvê-lo,
comumente fazendo a mesma pergunta: "É possível partir de qualquer um dos vértices e passar por
todas as arestas sem repeti-las? É possível fazer isso e voltar ao vértice inicial?". Dentro desse
conceito também existe os graus de um vértice, a quantidade de arestas que saem de cada vértice é o
valor do grau de um vértice, a notação para grau de vértice V qualquer de um grafo é ∂(V).
A definição via texto se resume em problemas de lógica onde se precisa montar um grafo em
forma de diagrama para resolver.
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CONCEITOS SOBRE GRAFOS

● Grafo não-direcionado: Grafo onde podemos passar pelas arestas em qualquer sentido.
● Grafo direcionado: Grafo onde cada aresta tem sentido. Esses grafos também são chamados
de dígrafos
● Laço: Uma aresta que começa e termina no mesmo vértice.
● Ordem de um grafo: Quantidade de vértices que esse grafo possui.
● Tamanho de um grafo: Quantidade de arestas que esse grafo possui.
● Grafo múltiplo (ou multigrafo): Grafo em que há mais de uma aresta ligando os dois
mesmos vértices (o grafo do problema das pontes é um multigrafo).
● Grafo valorado: Grafo onde cada aresta tem um número associado (pode ser distância,
relação entre os vértices, etc)
● Grafo rotulado: Grafo onde cada aresta tem uma rotulação (o grafo do exemplo via texto é
um grafo rotulado)
● Grafo conexo (ou conectado): Existe ao menos uma aresta ligando quaisquer dois vértices
do grafo.
● Grafo desconexo: Existem ao menos dois vértices sem nenhuma aresta ligada a eles.

Passeios, vindo da palavra walk em inglês que se traduz em caminhar, os passeios são uma
sequência de vértices e arestas onde começa em um vértice e termina em um vértice, podendo até
ser o mesmo do início e repetir arestas.
São escritos normalmente assim: V → V →V →V →
E E E E
Sendo V para vértices e E para as arestas.
Os passeios também tem uma variação, chamada de Passeio Fechado onde se começa em um
vértice e termina no mesmo, também pode ser chamado de Circuito.
Trilhas, vindo da palavra path que se traduz para caminho em inglês, são basicamente um
passeio que não se repete arestas, o vértice inicial se chama Início da Trilha e o final se chama
Término da Trilha, o número de arestas de uma trilha é chamado de Comprimento, na maioria das
vezes o valor do Comprimento é número de vértices menos um e por fim, uma trilha pode também
ser uma Trilha Simples, onde não se repete nem vértices nem arestas.
Os grafos mais usados na vida real são chamados de Ciclos. Sua definição é simples, é a junção
de uma trilha com um passeio fechado, ou seja, um ciclo é um passeio fechado que não repete
arestas. Também pode ter um ciclo simples que não repete nem vértices e nem arestas
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GRAFOS EULERIANOS E HAMILTONIANO

Um Grafo Euleriano é um ciclo que passa por todas as arestas de um grafo. Esse ciclo, caso
exista, é chamado de Ciclo Euleriano. Um dado grafo será euleriano se todos os vértices desse grafo
tiverem grau par. Além do Grafo Euleriano, existe algo que é quase isso, esses são os chamados
grafos semi-eulerianos ou Trilhas Eulerianas. Uma trilha é dita ser euleriana se existir uma trilha
que passe por todas as arestas, mesmo que não comece e termine no mesmo vértice. Um dado grafo
conterá uma trilha euleriana se tiver zero ou dois vértices desse grafo que tenham grau ímpar.
Um grafo é dito Hamiltoniano se tiver um ciclo que passe por todos os vértices sem repetir e
uma trilha é dita Hamiltoniana se passar por todos os vértices sem repetir.

CAMINHOS MÍNIMOS E O ALGORITMO DE DIJKSTRA

Caminho Mínimo consiste em determinar a partir de um vértice o menor caminho possível até
outro, existem muitas maneiras de achar este caminho, mas uma das melhores é o Algoritmo de
Dijkstra. Este algoritmo foi criado e publicado pelo Dr. Edsger W. Dijkstra, um brilhante cientista
da computação e engenheiro de software holandês. Em 1959, ele publicou um artigo de 3 páginas
intitulado "A note on two problems in connexion with graphs" (Uma nota sobre dois problemas em
conexão com grafos, em tradução livre), onde explicou seu novo algoritmo. Segundo ele, foi criado
como uma maneira de resolver um pequeno problema de trajeto, a ideia foi feita em apenas 20
minutos de acordo com o doutor.
Este algoritmo funciona em passos, onde a distância mais curta de cada nó para o nó de origem
é mantida, e os valores são atualizados se um caminho de menor custo for encontrado. O algoritmo
começa no nó de origem e analisa o grafo, procurando o caminho de menor custo para todos os
outros nós. Em cada passo, o algoritmo encontra o nó com a distância mais curta para o nó de
origem que não tenha sido visitado, e atualiza a distância mais curta para esse nó. O processo
continua até que todos os nós tenham sido visitados e adicionados ao caminho. Quando todos os nós
forem adicionados ao caminho, então teremos um caminho que conecta o nó de origem a todos os
outros nós seguindo o caminho de menor custo possível para chegar a cada nós.
O Algoritmo de Dijkstra é muito útil na resolução de problemas básicos de computação gráfica,
como encontrar o caminho mais curto em um mapa, encontrar caminhos alternativos para o trânsito
em um sistema de transporte, e muito mais.

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