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Plano de Actividade Ocpca
Plano de Actividade Ocpca
O RDEM DOS CONTABILISTAS E DOS PERITOS CONTABILISTAS DE ANGOLA
Caríssimos Membros:
Nos termos da alínea b) do nº1, do Artigo 15.º dos seus Estatutos, vem o Conselho Directivo desta nobre
Instituição – Ordem dos Contabilistas e Peritos Contabilistas de Angola (OCPCA) , submeter à
aprovação da Assembleia-‐Geral o Plano de Actividades para o ano de 2018.
1. N OTA I NTRODUTÓRIA
Com o intuito de servir os seus membros cada vez melhor, primando pela melhoria contínua de acções
desenvolvidas e a desenvolver nos anos vindouros, a OCPCA trás para o ano de 2018, um conjunto de
iniciativas conducentes à materialização da visão e missão a que se propôs, que visam, essencialmente,
por um lado materializar as actividades iniciadas no mandato anterior e em curso e por outro, iniciar a
conceptualização e definição de actividades que concorram directamente para a robustez e solidificação
da nossa OCPCA.
De notar que, diferentemente do ano transacto, existirão para o ano de 2018 iniciativas que derivam
essencialmente do Programa de Mandato dos actuais Órgaos Sociais, bem como do diagnóstico
efectuado pela equipa do Banco Mundial e Profissionais Angolanos sobre o estado actual da profissão de
Contabilidade e de Auditoria em Angola.
O Plano de Actividades para 2018 assenta na continuidade de uma gestão de rigor, cada vez mais
exigente na profissionalização dos seus membros, com relevância para a ética, formação e actualização
dos conceitos essenciais e indispensáveis, com o fito de elevar a instituição ao nível de acreditação
regional e internacional.
OCPCA
ü Proceder ao levamento/diagnóstico do estado actual de funcionamento interno da OCPCA e
propor acções de melhoria;
ü Estabelecer parcerias e acordos com organismos congêneres e membros da IFAC, solicitando
apoios para a reformulação da estrutura organizacional e dos processos internos da OCPCA;
Destacando as perspectivas desta inciativa importa dar realce á:
a) Profissionalização e Gestão de Recursos Hum anos (Adm issão, Rem uneração e
Promoção)
• Contratar um Secretário Geral/ Director Geral que esteja a tempo inteiro na ordem;
• Preencher a estrutura orgânica da OCPCA tendo em conta os requisitos do IFAC;
• Elaborar planos de acção com as actividades que visam o alcance dos objectivos traçados.
• Ajustar a realização de despesas com a Lei n.º 9/16 de 16 de junho -‐ Lei dos contratos
públicos.
• Melhoria das condições de trabalho (instalações) para os Órgãos Sociais e Pessoal Executivo
da OCPCA;
• Implementação de medidas de controlo interno para a gestão de activos.
e) Gestão Financeira
• Alinhamento dos procedimentos com a Lei n.º 3/10 de 29 de março -‐ Lei da Probidade
Pública;
• Negociação de condições preferenciais com as Direcções dos Bancos comerciais.
f) Protocolo e viagens
• Aquisição de viaturas de apoio para a Sede e as Secções Reginais que justificarem;
• Criação de uma área de protocolo dentro do Staff Executivo;
• Criação de procedimentos a adoptar nomeadamente: Na atribuição das ajudas de custo.
g) Com unicação entre o staff executivo e os dem ais órgão sociais
• Criação e implementação de um procedimento administrativo para a gestão da comunicação
e interacção entre o Staff Executivo e os demais Órgãos Sociais e organismos externos que
esteja em conformidade com o Decreto-‐Lei n.º 16-‐A/95 de 15 de Dezembro –
Procedimento Administrativo;
• Criação de procedimentos que facilitem a gestão de reuniões e a Gestão documental.
• Em legislação específica, determinar as normas a serem utilizadas para realizar auditorias e a
instituição que deverá ser responsável por emiti-‐las, actualizá-‐las ou prescreve-‐las;
2) Para a sua prossecução a OCPCA pretende levar a cabo as seguintes acções de alavancagem
imediatas:
• Avaliar os aspectos legais relacionadas com a necessidade de robustez do controlo interno;
• Remeter o Relatório ao Ministério das Finanças para início das acções ou iniciativas
legislativas;
• Que a Comissão de revisão dos estatutos ora criada, avalie as várias opções legais da inclusão
de outras categorias de membros, por particularidade daqueles envolvidos na cadeia de valor
dos relatórios financeiros em Angola.
2.3. N ORM AS DE C ONTABILIDADE , A UDITORIA E É TICA
Num mundo em que assistimos a galopante globalização da economia, a consistência e comparabilidade
das normas entre os vários Países e jurisdições torna-‐se num problema, particularmente, importante.
Constituindo competência da Ordem dos Contabilistas e dos Peritos Contabilistas de Angola (OCPCA)
contribuir junto das entidades oficiais em matéria de normalização contabilística procedendo a uma
aproximação aos padrões internacionais, nomeadamente com as Normas Internacionais de Contabilidade
e de Auditoria do International Accounting Standards Board (IASB), do International Public Sector
Accounting Standards Board (IPSASB) e do International Auditing and Assurance Standards Board (IAASB)
e, considerando que países proactivos, com fortes desenvolvimentos e internacionalização de mercados
de capitais e de bens e serviços, têm estado a ajustar os seus referenciais contabilísticos (Plano Geral de
Contabilidade) as normas internacionais de contabilidade no sector privado e público (Contabilidade
Pública), bem como sectoriais: Contabilidade seguradora, bancárias, entre outras, é imperiosa a criação
de um Órgão de Normalização Contabilística em Angola, que pela complexidade da missão deve ter,
entre os seus integrantes, todos os parceiros económicos, cujas matérias de regulação e supervisão
implique contabilidade e auditoria.
Nestes termos, o Conselho Nacional de Normalização Contabilística, que se pretende criar, para além do
trabalho atinente adopção de normas internacionais de contabilidade ao sector empresarial configura-‐se,
também, como um veículo bastante útil para a discussão e tratamento da implementação das Normas
Internacionais de Contabilidade para o Sector Publico (Estado).
Destacam-‐se como actividades principais, tão logo se crie o Conselho Nacional de Normalização
Contabilística, as seguintes:
• Estudar o modelo de adopção e implementação das Normas Internacionais de Contabilidade
e das Normas Internacionais de Relato Financeiro do IASB, devendo avaliar se será mais
avisado que estas sejam aplicáveis obrigatoriamente apenas a determinado tipo de
empresas, em especial as que forem cotadas em Bolsa, ou se deverão ser de aplicação
generalizada a todas as empresas bem como o modelo de adopção e implementação das
Normas internacionais para o sector público;
• Proceder à revisão do PGC e adequá-‐lo ou elaboração de um outro normativo, na medida do
que for entendido mais apropriado, no sentido de uma adopção das Normas Internacionais
de Contabilidade para o sector empresarial;
• Propor um Normativo contabilístico para o sector público, na medida do que for entendido
mais apropriado, no sentido de uma adopção das Normas Internacionais de Contabilidade
para o sector público;
• Estudar no sentido da recomendação imediatamente na adopção para efeitos académicos do
ensino das normas internacionais, assegurando que o futuro profissional tenha bagagem
teórica para exercer a actividade, num ambiente de Normas Internacionais;
• A qualquer momento propor alterações aos normativos existentes no sentido de manter os
normativos actualizados em linha com os desenvolvimentos internacionais;
• Outras tarefas que por iniciativa própria o Conselho entenda executar, no exercício das
competências que vierem a ser-‐lhe conferidas.
Ainda em sede de sua criação, constitui igualmente actividades essenciais do referido Conselho, as
seguintes:
ü Estudos comparados e afins;
2018 2019 1
Janeiro
Processo
legislativo
2020
Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Publicitação
Ao nível da Educação e formação profissional o Plano de Actividade para 2018 surge na sequência das
acções já iniciadas em 2017 e insere-‐se na estratégia para o período 2018-‐2020 para esta área, integrada
no projecto “Academia OCPCA” e contemplando a chamada: International Education Standards – IES.
2. Criação de condições para a realização e fiscalização dos estágios profissionais com enfâse
para o estágio em Ambiente Controlado;
3. Criação de condições para a realização dos exames de qualificação/admissão à Ordem;
5. Formação Contínua;
O plano de formação para 2018 inserido nas linhas estratégicas para 2018 a 2020 assenta nas seguintes
linhas de acção:
• Para o efeito, produzir-‐se-‐á um documento proposta, com uma estrutura de currículo tipo
para os cursos superiores de contabilidade e auditoria que se consideram necessário para
uma formação académica exemplar dos futuros profissionais.
• No que se refere ao EAC (Estágio em Ambiente Controlado) iremos dar sequência aos
estágios iniciados em 2017 e iniciar novas edições em 2018 em Luanda e em outras
províncias de Angola, previsivelmente em Cabinda, Benguela/Lobito, Huambo e Lubango
esperando-‐se que haja o número superior a 1000 de estagiários nos diversos processos de
estágios;
• Em 2018 iremos tentar arranjar condições para que o EAC possa ser alargado a outras
províncias, nomeadamente Uíge e Namibe.
• Irá ser estruturado uma Comissão e um regulamento de exame de forma a que o primeiro
exame se realize ainda em 2018, no final de Novembro.
• Em 2018 iremos concluir um conjunto de edições já iniciadas em 2017, nomeadamente a 8ª,
9ª, 10ª e 11ª edições envolvendo um número superior a 700 Membros;
• Iremos proceder a um conjunto de iniciativas no sentido de trazer para a Ordem, para os que
ainda não realizaram o Curso de Actualização;
• Iremos iniciar um conjunto de novas edições em Luanda, Benguela/Lobito e Lubango para um
conjunto de Membros que se estima em mais de 800.
• Além da formação especializada nas áreas de Contabilidade, Auditoria e fiscalidade irão ser
feitos programas especiais para área complementares, nomeadamente para o Inglês Técnico,
com ênfase para o English Accounting, e na informática com enfase para o Excel;
• Com a previsível entrada em vigor do IVA (Imposto de Valor Acrescentar) irá iniciar-‐se, logo
que oportuno um programa de esclarecimento sobre o IVA e suas consequências
contabilísticas e fiscais, bem como um programa de formação para capacitação dos
Membros, para as questões contabilísticas e fiscais;
• Com a previsível estruturação do Normativo para a Contabilidade do sector publico, irá ser
preparado um programa de formação específico, nomeadamente com incidência nas IPSAS;
• Irá ser iniciado um programa de reuniões técnicas com os Membros no sentido de uma
actualização permanente nas áreas de Contabilidade, Auditoria e Fiscalidade.
• Iremos iniciar um programa de formação de formadores que deverá abranger numa primeira
fase entre 30 a 60 Membros, patrocinado pela Ordem, que ira integrar um Mestrado em
Contabilidade Internacional e formação pedagógica.
Nesta Dimensão, a abordagem incide essencialmente sobre o profissional liberal, a oportunidade e o
mercado de actuação no país. Inúmeras são as reclamações apresentadas pela Classe, quanto a
oportunidade de se inserirem de forma adequadamente aceitável para o exercício da profissão, que é de
princípio liberal, mas que encontram barreiras, sem explicação, tornando difícil a sua penetração e
concomitante arrecadação de receitas próprias para a sua manutenção no mercado.
• Existem muitos membros da OCPCA, que deveriam estar neste momento a exercerem a
profissão liberal de contabilidade e auditoria em pleno, estarem, no entanto no desemprego
ou praticamente sem mercado para oferecerem os seus serviços, contrariando-‐se
gritantemente pressupostos económicos básicos;
• Existem muitas firmas angolanas de Contabilidade e Auditoria sem Mercado aparente para
exercerem a sua actvidade primária devido a um conjunto de empecilhos criados a margem
da autoridade reguladora;
Nesta senda, depois de a OCPCA ouvir as várias sensibilidades relativas ao tema durante a realização
das suas Jornadas de Planeamento, foram definidas as seguintes acções:
• Incentivar e implementar na íntegra o plasmado na lei n.º 19/14 que exige as empresas
comerciais, industrial e prestadoras de serviços a indicação do contabilista para a preparação
das demonstrações financeiras;
• Criação de protocolos com instituições do Estado (INAPEM, AIPEX, BNA) para fazer cumprir o
que esta estipulado nos normativos, a indicação de um contabilista no acto de constituição
de uma sociedade comercial ou Financeira;
• Criar protocolos com instituições do Estado (AGT, Ministério das Finanças) para fazer cumprir
o que esta estipulado na Lei n.º 19/14 (Código de Imposto Industrial) e a Lei n.º 1/4 (Lei das
Sociedades Comercias) o cumprimento obrigatório por parte das empresas a elaboração das
demonstrações financeiras com base no plasmado no Plano Geral de Contabilidade Angolano
(Decreto n.º 82/01);
• Criar protocolos com instituições, como, BAD, BPC, PNUD, BAI e POPEMA, para
encaminharem as empresas sem contabilidade, com vista a tornar e criar oportunidade de
negócio para a Classe de profissionais;
Para além das acções apresentadas, foram definidas outras acções transversais:
• Elaborar programas de divulgação das matérias em contabilidade junto da classe de
empresários nacionais, para maior compreensão por parte deste e consequente melhoria da
tarefa do próprio contabilista;
• Fazer cumprir o que este estipulado no Decreto n.º 38/00 de 6 de Outubro (Lei do Exercício
da Auditoria) e da Lei n.º 3/01 de 23 de Março (Lei do Exercício da Contabilidade) sobre a
obrigatoriedade das empresas apresentarem as demonstrações financeiras auditadas;
• Potencializar as instituições do Estado, como, (INAPEM, AIPEX, BNA, AGT, Ministério das
Finanças, Tribunal de Contas);
• Criar grupos remuneratórios para trabalhar com o Estado em matérias específicas;
Dado
existirem
ainda
lacunas
no
que
tange,
a
capacidade
de
execução
técnica
de
alguns
órgãos
supervisores
e
reguladores
no
país;
considerando
que
a
OCPCA
encerra
em
seu
portfolio,
um
número
considerável
de
técnicos
capacitados
e
competentes
que,
poderão
colaborar
e
participar
do
esforço
e
do
dialogo
para
o
aprimoramento
dessa
capacidade
em
falta
para
as
entidades
com
destaque
para,
nomeadamente;
o
Banco
Central,
ARSEG,
CMC
e
em
especial
a
AGT,
proporemos
o
estabelecimento
de
um
acordo
mútuo
para
que
se
possam
fazer
cumprir
as
diversas
disposições
das
leis
em
tempo
útil.
Dado
persistirem
ainda,
muitas
reclamações,
fruto
de
entendimentos
diversos
sobre
a
mesma
matéria
e
afins
e
para
que
no
futuro,
esse
desalinhamento
seja
erradicado
até
ao
limite,
propomo-‐
nos
a
estabelecer
uma
relação
de
proximidade
e
de
harmonização
sobre
os
vários
conceitos
e
a
legislação
vigente,
bem
como
apoiaremos
na
capacitação
dos
seus
quadros
em
matéria
contábil
e
auditoria,
munindo-‐os
de
habilidades
técnicas
de
monitoramento
e
supervisão
de
empresas
(contribuintes),
o
que
por
um
lado
a
tornará,
sem
dúvida,
mais
eficiente
e
capaz
de
arrecadar
maior
volume
de
receitas
tributárias
para
o
pais
enquanto
por
outro
eliminar-‐se-‐ão
ao
máximo
as
enormes
discrepâncias
e
percepções
distintas
entre
os
profissionais
da
Classe
e
os
técnicos
da
AGT,
a
exemplo
as
inúmeras
notificações
erradamente
emitidas
pelos
serviços
tributários.