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Tratado de Alquimia Sexual - SAW
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TRATADO DE
ALQUIMIA SEXUAL
Samael Aun Weor
1ª. Edição
Curitiba – PR
EDISAW
2015
TRATADO DE ALQUIMIA SEXUAL
Samael Aun Weor
Arcebispo da Santa Igreja Gnóstica
Buddha-Avatar da nova Era de Aquário
Primeira edição - Calarcá - Caldas - Colômbia - 1954
DO ORIGINAL:
Tratado de Alquimia Sexual
Aun Weor
Arzobispo de la Santa Iglesia Gnóstica
Buddha-Avatar de la nueva Era de Acuario
Primera edición, Calarcá, Caldas, Colombia – 1954
TRADUÇÃO E NOTAS:
Karl Bunn - Presidente da Igreja Gnóstica do Brasil
Curitiba - PR - Brasil – Outubro 2015
CAPA:
Ricardo Bianca de Mello
Helen Sarto de Mello
PRODUÇÃO GRÁFICA:
Paulo Lima Junior
DIAGRAMAÇÃO:
Pedro Luis Vieira
CTP E IMPRESSÃO:
Gráfica e Editora Pallotti
NOTA DO EDITOR:
As Notas de Rodapé e os textos que aparecem entre colchetes [ ] são do tradutor.
ISBN: 978-85-62455-30-8
15-09747 CDD-133.2
5
PREFÁCIO DA EDIÇÃO BRASILEIRA
Estima-se que foram escritos no ocidente cerca de cem mil obras sobre Alqui-
mia dentre livros e manuscritos. Uma das maiores (se não a maior de todas)
bibliotecas sobre o tema está em Praga, na Tchecoslováquia.
A grande maioria, senão a totalidade dos que se interessam por estes assuntos,
parte da premissa de que a Alquimia está relacionada à misteriosos laborató-
rios, à produção de ouro e à obtenção do elixir da imortalidade. Em nossas pes-
quisas chegamos a encontrar, inclusive autores brasileiros, que dizem clara e
abertamente que “algumas obras são fantasiosas e de pura ficção porque tratam
da Alquimia como uma disciplina estritamente mística e esotérica, dissociada
da prática laboratorial”.
6
Chega a ser risível e muito engraçado ver esses “sopradores” (químicos, curio-
sos e falsos alquimistas) dedicarem suas vidas a algo que pode ser tudo, menos
Alquimia. Soubemos que atualmente um dos grandes negócios da internet na
Europa é vender kits de instrumentos de laboratórios químicos para supostos
alquimistas interessados em realizar a “Grande Obra”. Seria cômico se não fos-
se trágico...
É por todos esses e outros aspectos que este livro trata de deixar claro, transpa-
rente e compreensível, para as pessoas comuns e não-iniciadas, os elementos
principais da Alquimia, para que assim, após estudo, análise e compreensão,
os que tiverem interesse, possam iniciar imediatamente o preparo do seu mer-
cúrio filosófico no laboratório do seu próprio corpo com vistas a metalizar e a
ourificar seus corpos energéticos, e com isso levar adiante as tarefas pertinen-
tes à construção da Grande Obra (Magnum Opus).
Nem Fulcanelli, nem Canseliet, nem Jung trataram disso de forma clara
e direta como o fez Samael Aun Weor na segunda metade do século XX.
Mas que não se iludam os caros estudantes e buscadores: sem um desen-
criptador ou uma chave de compreensão e entendimento dos símbolos e da
linguagem alquímica, o estudo da alquimia será cansativo, estéril e impro-
dutivo.
7
Esperamos que com o estudo deste livro o leitor possa então se dedicar à tarefa
de explorar e compreender os grandes tesouros da Alquimia que se encontram
nesse vasto mar de informações desencontradas que é a internet e as bibliote-
cas especializadas do mundo.
PAZ INVERENCIAL!
Karl Bunn
Presidente da IGB-Edisaw
Primavera de 2015
8
NOTA DO AUTOR
O autor, Aun Weor, entrega este original aos diretores dos Santuários em cará-
ter devolutivo, [ou seja, para ser devolvido] sempre que exigir o autor. É proi-
bido que os dirigentes emprestem este original a outras pessoas.
É obrigação dos dirigentes dos Santuários dar um curso de alquimia aos estu-
dantes, lendo e explicando este ensinamento.
A doutrina que eu, Aun Weor, ensino é para os estudantes; o dirigente que não
cumpre seu dever, de dar este ensinamento aos estudantes, prejudicará a si
mesmo por negar a Luz aos demais. A Luz não deve ser guardada sob o alquei-
re1; é preciso levantá-la para iluminar a todos.
Aun Weor
9
APRESENTAÇÃO DO AUTOR
Eu, Aun Weor, Buddha-Avatar da nova Era de Aquário, escrevi este livro para o
homem aquariano. De fato, a humanidade deste século [século XX] ainda não
está preparada para entender os Mistérios do Fogo. Essa classe de ensinamento
é muito avançada para esta época [anos 1950].
10
Saint-Germain, que dirige a política mundial; e o quarto Mestre era
Aun Weor, Iniciador da Nova Era de Aquário.
No centro do desfile, como uma dolorosa procissão, alguns heróis levam uma
bandeja com uma cabeça coroada de espinhos, símbolo da Força de Vontade
e do Sacrifício.
Todavia, como acreditam que já sabem tudo, atacam. Essa é a triste realidade
deste século XX; portanto, não estranhamos que não venham a entender este
Tratado de Alquimia Sexual.
Aun Weor
Summum Supremum Sanctuarium Gnóstico
de Serra Nevada de Santa Marta - Colômbia.
7 de novembro de 1953
11
INTRODUÇÃO DO ORIGINAL
Apresentamos aos nossos leitores uma nova obra do poderoso Avatar de Aquá-
rio e Mestre de Mistérios Maiores, Samael Aun Weor, a qual vem a se acres-
centar ao já volumoso número de livros seus, nos quais está entregando à hu-
manidade a essência da doutrina que, em época próxima, substituirá as teorias
caducas e pseudo-religiosas que até hoje têm se assenhoreado da mente e do
coração dos homens.
Para que o leitor desta obra possa ter uma idéia cabal de seu conteúdo, nos
atrevemos a expor, em linhas gerais, um resumo da origem e concepção es-
piritual da obra original. Vários comentadores de O Livro dos Mortos, entre
12
outros o sábio egiptólogo Bunsen, sustentam que as orações e hinos desse livro
datam da dinastia pré-menista [antes de Menes] de Abydos, anterior a Menes,
possivelmente entre os anos de 4.500 a 3.500 antes de Cristo. Bunsen sustenta
que a primitiva recapitulação remonta ao ano 3.059 do reinado de Menes ou do
estabelecimento do Império Nacional. Antes dessa época já se conhecia o culto
a Osíris e às demais divindades da mitologia egípcia.
Por outro lado, a senhora H. P. Blavatsky sustenta que Bunsen nos leva para
além dos 4.000 anos computados pela Bíblia à atual Era do mundo e que nos
hinos correspondentes a essa Era pré-adâmica já são encontrados preceitos
morais idênticos, em seus fundamentos, e muito parecidos, na forma, aos ex-
postos por Jesus no Sermão da Montanha. Isso se depreende da investigação
dos mais eminentes egiptólogos.
Os egípcios acreditavam que a vida no além túmulo era similar à terrena e que
o corpo físico devia se conservar intacto para que desempenhasse suas funções
naturais e para que agisse de acordo com seus caprichos, uma vez cumprido o
requisito de conservar a integridade de seus membros.
13
seu nome além do que lhe é próprio. Osíris era considerado o soberano dos mor-
tos, em comunhão com eles, quase um alter ego. O morto pretende, com reitera-
das súplicas, que os imortais realizem com ele o mesmo que fizeram com Osíris.
A lenda de Osíris é assim relatada por Plutarco: Osíris foi assassinado por Ti-
fon-Set, quem, depois de dividir seu cadáver em quatorze pedaços, espalhou as
partes por toda a Terra. Sua irmã e esposa Ísis as buscou, desconsolada, até que
as encontrou e com elas se uniu para conceber a Hórus, que lutou com Tifon
até vingar a morte de seu pai. Depois de morto, Osíris transformou-se em Mo-
narca e Deus do Mundo Inferior ou mundo subterrâneo. Daqui parte a crença
egípcia de que o morto tem plena fé em sua vida futura sob a condição de que
o seu corpo seja respeitado.
A mitologia egípcia coloca Osíris sobre um pedestal oblongo atrás do qual fi-
cam Ísis e Néftis. Adiante, sobre um lótus, ficam os quatro filhos de Hórus (ou
de Osíris): Mestha, com cabeça humana; Hapi, com testa de símio; Tuamutef,
com cara de chacal, e Quebsenuf, com cara de falcão.
Agora, vejamos mais algumas idéias egípcias relacionadas com as partes cons-
titutivas do indivíduo, quais sejam: físicas, mentais e espirituais. Nesta classifi-
cação seguiremos o egiptólogo Juan A. Larraya: o corpo corruptível, que só se
preservava embalsamado, se denominava Khat e possuíam-no tanto os mortais
como os imortais. Uma vez enterrado com as cerimônias e as orações prescri-
tas, podia emanar o Sahú ou corpo espiritual, o qual subia ao céu e morava
com os divinos. Conclui-se daí que as múmias eram conservadas não porque
se esperasse sua ressurreição, mas pela crença de que o Sahú germinaria nelas.
14
O Ab ou coração possuía algumas das características do Ba. Nele situava-se o
sopro vital e o bem e o mal do homem. No julgamento se lhe submetiam para
ser pesado na balança.
A Khaibit ou sombra nutria-se também com os alimentos do Ka e como ele
sua existência era independente do corpo. Movimentava-se e perambulava a
seu bel-prazer.
O Khu ou brilhante, película ou cobertura translúcida do ser espiritual que se
reunia com os deuses do céu, é mencionado sempre junto com a alma ou Ba.
O Sekhem ou elemento, citado junto com o Ba ou com este e o Ka, significa
forma, estátua ou poder, como se os egípcios tivessem concebido que o poder
ou força vital acompanhava o homem ao céu.
15
Hórus e Hathor, deuses e deusas do séquito funerário de Osíris.
Anúbis, juiz do julgamento post mortem.
Ammit (Ammut), devoradora dos mortos, sempre pronta para devo-
rar o coração do culpado.
Renenet e Meskhenet, deusas nutrizes e protetoras do morto.
Parece que a origem de O Livro dos Mortos procede de livros semitas. Algu-
mas inscrições nas pirâmides da III e IV dinastias o mencionam de forma rudi-
mentar. Esse livro, que remonta a mais remota antiguidade e que foi autoridade
durante milhares de anos, é uma compilação de orações, uma espécie de ritual
funerário dividido em 165 capítulos. Tem uma moral elevada e uma teodicéia
mais pura que as das idades mais recentes. Veja-se por exemplo o tipo de invo-
cação que uma alma deve fazer ao seu juiz celeste, quando esteja no transe da
morte: “Louvor a ti, grande Deus, senhor da Verdade e da Justiça! Venho a ti,
meu Amo, e me apresento a ti para contemplar tuas perfeições”. Parece que já
na V dinastia (3.300 anos antes de Cristo), se aceitava que as primeiras versões
provinham de épocas anteriores à I dinastia. À medida que o tempo foi avan-
çando, desde tão priscas idades, foi sofrendo uma série de mudanças de acordo
com as necessidades do culto, segundo coligiram os egiptólogos à medida que
iam descobrindo os tesouros das tumbas faraônicas.
Larraya aceita e explica oito delas, as quais partem ou têm sua origem na tra-
dição oral, passam pela chamada Heliopolitânia através de onze dinastias e
chegam à época dos faraós ptolomaicos, onde tomaram a última e definitiva
forma do livro atual.
Como se pode apreciar, essa obra é o mais puro resumo dos cerimoniais egíp-
cios, a mais completa manifestação de sua ânsia de penetração nos mundos
supra-sensíveis e a expressão mais antiga da humana inteligência. Ademais,
revela-nos que desde a obscura noite dos tempos, desde antes da era pré-a-
dâmica, o homem tem mergulhado na sombra e intuído a luz, essa luz que o
Mestre Samael Aun Weor está difundindo em suas obras. Nelas ele nos ensina
que para avançar em espiritualidade devemos retroceder em sabedoria, isto é,
voltar ao passado em busca das eternas fontes de vida que o homem deixou
secar para afundar na matéria.
16
CAPÍTULO 1
OS SETE PÃES
17
aprouver”. (Budge, E. A. Wallis. Livro Egípcio dos Mortos, Capítulo
LII, p. 240/241)2
1. Meus irmãos, não deveis comer das sujeiras oferecidas aos homens.
5. Irmão meu, alimenta-te com os sete pães que são oferecidos a Hórus e com
o pão que é levado a Toth.
7. Nós temos sete serpentes: dois grupos de três com a coroação sublime da
sétima língua de fogo que nos une com o Uno, com a Lei, com o Pai.
10. O sicômoro são as forças sexuais que temos que transmutar em nosso la-
boratório alquimista.
11. Todos os livros sagrados do mundo estão elaborados com a sabedoria dos
sete pães.
2 Este trecho, bem como todos os demais que aparecem neste livro acerca do Livro Egípcio
dos Mortos, foi transcrito e/ou baseado na tradução ao português feita por Octavio Mendes
Cajado a partir do original de E. A. Wallis Budge (que também utilizamos para fazer o
devido cotejamento) e publicado pela Editora Pensamento, 13a. edição - ano 2010. Assim
procedemos para evitar produzir um texto fruto ‘da tradução da tradução da tradução’.
Portanto, desconsideramos o texto do original em espanhol transcrito pelo autor.
18
14. A sabedoria dos profetas é a sabedoria dos sete pães.
16. Comamos do pão levado a Toth, o pão da Mente-Cristo, para nos libertar-
mos dos quatro corpos do pecado e para entrarmos na sala da dupla Maat.
CAPÍTULO 2
SPECULUM ALCHEMI3
3. Portanto, lógico é que nossa Pedra Filosofal deva ter inevitavelmente esses
três princípios.
6. Como aos metais não se pode agregar senão substâncias extraídas deles
mesmos, nenhuma substância estranha poderá servir. Portanto, a matéria
-prima da Grande Obra tem que estar em nós mesmos.
3 O Espelho da Alquimia.
19
8. Essa substância semi-sólida e semilíquida tem um mercúrio puro, claro,
branco e vermelho e um enxofre semelhante.
9. Além disso, essa substância possui dois tipos de sal: fixo e volátil.
CAPÍTULO 3
O FOGO
4. O calor, atuando sobre esses dois princípios, elabora, segundo sua pureza
ou impureza, todos os metais da terra.
6. Roger Bacon disse: “Ó loucura infinita! Quem perguntou? Quem nos obri-
ga a querer fazer a mesma coisa com a ajuda de procedimentos raros e
fantásticos?”
20
7. Queridos irmãos, acaso não é correta a frase de Roger Bacon que diz que
“a Natureza contém a Natureza, que a Natureza se alegra com a Natureza e
que a Natureza domina a Natureza e se transforma nas demais Naturezas”?
12. Os velhos alquimistas diziam: “Que vosso fogo seja tranqüilo e suave! Que
se mantenha assim todos os dias, sempre uniforme, sem se debilitar, senão
causará grande prejuízo”.
CAPÍTULO 4
O FORNINHO E O RECIPIENTE
1. Aristóteles diz em Luz das Luzes4 que o mercúrio deve ser cozido em um
tríplice recipiente de vidro muito duro.
4 Luz das Luzes não é um livro propriamente dito, mas um documento ou um escrito que
é parte de outras obras que por ele foram escritas.
21
3. Esse recipiente é o membro viril. Em nossos órgãos sexuais está o sêmen,
que é a matéria-prima da Grande Obra.
4. O recipiente deve ser fechado hermeticamente com uma tampa, isto é, de-
ve-se tapar bem os órgãos sexuais para impedir que a matéria-prima da
Grande Obra se derrame.
5. Nosso vaso deve ser colocado em outra vasilha fechada tão hermeticamen-
te como a primeira, de tal forma que o calor atue sobre a matéria-prima da
Grande Obra por cima, por baixo e por todos os lados.
9. A natureza coze os metais nas minas com a ajuda do fogo, porém precisa
de recipientes adequados para a cocção.
11. A mesma coisa temos nós que fazer com o falo e com o útero. Ambos, ho-
mem e mulher, devem se retirar do ato sexual sem ejacular uma única gota
de sêmen.
12. No princípio, que vosso fogo seja tranqüilo e suave! Que se mantenha as-
sim todos os dias, sempre uniforme, sem se debilitar; senão, causará gran-
de prejuízo.
5 Noutras palavras: União sexual entre homem e mulher sem ejaculação seminal e sem
espasmo.
22
14. No princípio, as práticas de Magia Sexual devem ser curtas, porém, mais
tarde, poderão alargá-las pouco a pouco, tornando-as cada vez mais inten-
sas para fortalecer o fogo.
15. Mói sete vezes, irmão meu.
16. São sete serpentes a serem levantadas sobre a Vara até que apareça o Rei
coroado com o diadema vermelho.
17. A obra é análoga à criação do ser humano porque “a Natureza contém a
Natureza; a Natureza domina a Natureza e se transforma nas demais Natu-
rezas”.
18. O forninho de nosso laboratório são o membro viril e a vulva conectados
sexualmente.
CAPÍTULO 5
DE COMO CONDUZIR UM BARCO
NO MUNDO INFERIOR
23
dos seres vermelhos. Sou trazido como o que padeceu naufrágio; con-
cede que a minha Alma Imortal, [que é ] meu irmão, venha a mim, e
que [eu] parta para o lugar que sabes”.
“Fala-me o meu nome” diz o Cabo. “Cabelo com o qual Anpu (Anúbis)
rematou o trabalho do meu embalsamento” é o teu nome.
“Fala-nos o nosso nome” dizem as Peças de Couro. “Vós que sois feitas
de pele do Touro Mnévis, queimado por Suti” é o vosso nome.
24
“Fala-me o meu nome” diz a Proa. “O que está à testa dos seus nomos”7
é o teu nome.
“Fala-me o meu nome” diz a Quilha. “Coxa (ou Perna) de Ísis que Rá
cortou com a faca para levar sangue ao barco Sektet” é o teu nome.
“Fala-me o meu nome” diz o Rio, “se quiseres viajar sobre mim”. “Os
que podem ser vistos” é o teu nome.
“Fala-me o meu nome” diz o Solo. “Se quiseres andar sobre mim”, “O
nariz do céu procedente do deus Utu que habita no Sequet-Aarru e sai
de lá com júbilo” é o teu nome”.
7 A palavra ‘nomo’ deriva do grego nomos. Para se referirem a estas regiões administrativas
os egípcios usaram primeiro a palavra sepat e mais tarde, durante o período de Amarna,
qâb... Então, a proa sempre esta à testa, ou seja, à frente...
25
seja a minha jornada e o seu surgimento seja o meu surgimento. Não
deixeis que me destruam na câmara Mesquet, nem que os demônios
obtenham o domínio dos meus membros. Tenho meus bolos na cidade
de Pe, e minha cerveja na cidade de Tepu, e sejam as oferendas [dadas a
vós] dadas a mim nesse dia. Sejam as minhas oferendas trigo e cevada.
Sejam as minhas oferendas ungüento anti e vestes de linho; sejam as
minhas oferendas para a vida, para a força e para a saúde; sejam mi-
nhas oferendas uma saída à luz na forma em que me apraza aparecer
em Sequet-Aarru, seja ela qual for”. (Capítulo XCIX, p.291/292 de O
Livro dos Mortos)
9. Ele é o Eu-Cristo.
10. “Até que não sejais como crianças não podereis entrar no reino dos céus”.
(Mateus 19:14)
11. Inumeráveis cores aparecem em nossa pedra filosofal antes que venha a
resplandecer.
26
13. Esta é a cinza.
14. Este é o sal da alquimia. O sal se divide em sal fixo e sal volátil.
15. Mais tarde, depois de sete destilações da vasilha, aparece o Rei coroado
com o diadema vermelho.
16. Eis aqui todos os processos iniciáticos que devemos realizar em nosso
laboratório alquimista.
17. “Salve, ó vós, que conduzis o barco sobre as costas nefastas de Apepi”.
18. Salve, ó guerreiro, que transportas a barca da tua existência sobre as per-
versas costas de Apepi [Apep], a serpente tentadora do Éden.
19. É preciso arrancar a luz das trevas no mundo soterrado para que possais
chegar ao vosso Pai Osíris, o Íntimo, vosso real Ser, Senhor da indumen-
tária Ansi.
20. O alquimista tem que aprender a sulcar o lombo maligno de Apep [Ape-
pi], a serpente tentadora do Éden.
23. É preciso praticar a Magia Sexual com a esposa para que vossa pedra
resplandeça com o fogo e que se faça logo branca, imaculada e pura.
25. Com isso queremos dizer que temos que praticar a Magia Sexual inten-
samente com a esposa para que sobrevenha o despertar de Kundalini e se
consiga a união com o Íntimo.
26. Kundalini sobe vértebra por vértebra, grau por grau, pouco a pouco.
27
30. Nosso Senhor o Cristo me disse: “O discípulo não deve se deixar cair,
porque o discípulo que se deixa cair, depois precisa lutar muito para re-
cuperar o perdido”.
31. Em meio às trevas os tenebrosos atacam para impedir tua entrada nas
câmaras de tua coluna espinhal.
32. Cada grau que ganhes em tua coluna espinhal é uma taça que roubas dos
tenebrosos do mundo soterrado.
33. Na câmara de tua coluna espinhal comes sabedoria esotérica dos sete pães.
34. Alimenta-te, irmão meu, com os sete pães oferecidos a Hórus e come dos
bolos sepulcrais oferecidos aos Kau.
36. Aquele que percorre a Senda da Iniciação tem que viver o Drama do Cal-
vário; tem que suportar o ‘aguaceiro das grandes amarguras’.
38. Sete serpentes temos que levantar sobre a nossa Vara até que apareça o
Rei coroado com o diadema vermelho.
39. Sete vezes temos que passar pelo degolamento de João Batista.
40. Conforme as sete serpentes vão passando em ordem sucessiva das vérte-
bras do pescoço até a cabeça, vamos passando de uma maneira cada vez
mais refinada, pelo degolamento de João Batista.
43. O Iniciado cada vez que sai dos punhais deixa para o mundo sua mente
grosseira e terrena.
28
44. “Salve, ó tú que atas as cabeças e fortaleces os ossos do pescoço quando te
adiantas ao punhal”.
48. Salve, guerreiro, que vitorioso vences a tentação e roubas as taças de tuas
vértebras espinhais dos habitantes do mundo soterrado.
49. Trabalha em teu laboratório até que consigas chegar ao teu Pai Osíris.
51. Tens que cozer, cozer e recozer sem jamais se cansar disso.
54. Todos os seres humanos são estrelas caídas na terra funesta do mundo
soterrado.
55. A rota está cortada pela língua de Rá, pelo anelo para a luz, pela Senda da
Iniciação que nos conduz da morte para a vida, das trevas para a luz...
56. Antebu é o guia das duas terras. Antebu é o Deus da recensão tebana.
59. Ou seja, Atman, o inefável, constitui o reino dos deuses graças aos seus
timoneiros, os seres inefáveis, aqueles que já saíram do mundo soterrado,
29
que já passaram das trevas para a luz, porque souberam extrair a brancu-
ra da pedra negra de acordo com a arte.
60. Esses são os príncipes dos seres vermelhos; esses são os príncipes do
fogo...
62. “Conceda-me que a minha alma imortal [Khu], meu irmão, venha a mim
e que eu possa zarpar para o lugar que tu conheces”.
63. Isto é, envolve-te em tua brilhante capa, irmão meu, em tua capa translú-
cida, em tua capa espiritual, para que saias dessa terra funesta e entres na
região da luz.
67. Teu nome é “Cabelo com o qual Anpu [Anúbis] rematou o trabalho do
meu embalsamento”.
68. Esse é o teu nome. Recordemos que Maria Madalena embalsamou o cor-
po do Mestre antes de sua crucificação com um ungüento precioso.
72. Teu corpo precisa ser embalsamado para a morte, irmão meu.
73. No mundo inferior deves ser amortalhado para que ressuscites dos mor-
tos.
74. Triste é dizê-lo, porém todos vós sois pilares do mundo soterrado.
30
77. Agora precisais ser aquele “que traz de volta a Grande Senhora depois que
Ela se foi”.
79. Teu nome é “Pedestal de Ap-uat” porque vais avançando pela Senda da
Iniciação obedecendo à Lei.
88. Não esqueças, irmão meu, que Ísis enxuga o sangue do olho de Hórus.
89. Nosso Eu-Cristo é acariciado pela mão suave da bendita Deusa Mãe do
Mundo.
92. Tens cabeça de homem, descendes de uma raça divina, tu és uma das
criaturas divinas, tens asas de águia, porém ficaste cativo neste mundo
soterrado.
31
96. Aquele que fez a si próprio é um Mestre de transmutações metálicas.
97. Tu que estás a frente de teus nomos [saiba que] as criaturas do mundo
inferior atacam incessantemente.
98. Tem muito cuidado com teu recipiente para que dele não escape uma só
gota da matéria-prima da Grande Obra.
102. “Aqua é teu nome, ó tu que brilhas na água; raio oculto te chamas”.
104. No sêmen relampeja o fogo terrível das sete serpentes que se revolvem
aterradoramente entre relâmpagos terríveis.
105. És uma perna de Ísis, cortada por Rá, e agora deves voltar à Deusa Mãe
que te espera na sala de Maat.
109. És um destrutor do deus Au-a na casa da água porque esta água ou sêmen
cristônico de teus órgãos sexuais se transforma em fogo.
110. Teus dois Uraeus, tuas duas serpentes do sul e do norte, brilham em tua
testa.
111. Essas duas serpentes são os dois cordões ganglionares por onde sobe a
energia seminal até a cabeça.
112. A água se transforma no vinho de luz e esse vinho sagrado sobe pelos
dois cordões ganglionares para resplandecer no entrecenho.
32
113. Os reis antigos tinham duas coroas na cabeça e a Serpente Sagrada no
entrecenho.
114. Estás no campo das canas e precisas praticar a Magia Sexual intensamen-
te com a esposa para fazeres o fogo subir pela Vara.
117. Comerás bolos sepulcrais oferecidos aos Kau, mas jamais comerás teo-
rias, religiões, escolas etc. porque é abominável.
119. “Ah! tua morte será doce e quem a presenciar se sentirá inteiramente feliz”.
120. “Tua morte terá de ser o selo do juramento de nosso eterno amor”.
122. Que a Deusa Ísis nos cumule de pães diante do Grande Deus!
123. Que a Deusa Ísis nos alimente com os sete pães oferecidos a Hórus!
124. Não permitam que se destruam na região de Mesquet nem que os demô-
nios se apoderem de seus membros.
127. É por isso que quando encontramos o negrume da pedra devemos extrair
dela a brancura oculta e imaculada.
128. Quando vires aparecer a brancura, não esqueças que entre essa brancura
se oculta o vermelho, que tem de ser extraído cozendo, cozendo e reco-
zendo sem nunca se cansar disso.
33
130. Mais tarde esse fogo resplandece na coluna dorsal com uma brancura
imaculada.
133. O sal volátil difunde-se por todo o corpo e passa para a laringe da mulher.
137. Primeiro a pedra é negra porque temos que entrar no mundo inferior
para roubar a tocha de fogo de Bafometo.
141. São sete destilações, ou seja, são sete serpentes que temos que levantar
sobre a Vara até que o Rei apareça coroado com o diadema vermelho.
143. “Tenho meus bolos na cidade de Pe, e minha cerveja na cidade de Tepu, e
sejam as oferendas [dadas a vós] dadas a mim nesse dia”.
144. “Sejam as minhas oferendas trigo e cevada. Sejam as minhas oferendas un-
güento anti e vestes de linho; sejam as minhas oferendas para a vida, para
a força e para a saúde; sejam minhas oferendas uma saída à luz na forma
em que me apraza aparecer em Sequet-Aarru, seja ela qual for”.
34
145. A verdadeira comida do alquimista está na cidade de Pe, isto é, no Baixo
Egito, nossos órgãos sexuais.
146. Ali estão os sete pães; ali estão nossos sagrados bolos; quanto à nossa
cerveja, está na cidade em que Toth faz o Íntimo triunfar.
149. Na terra das canas somos deuses inefáveis quando concluímos a Grande
Obra.
CAPÍTULO 6
ELIXIR BRANCO E ELIXIR VERMELHO
6. Ainda que todos os metais sejam levados à perfeição pelo Elixir, não há dú-
vida de que os mais perfeitos metais são aqueles que chegam rapidamente
à perfeição.
35
9. O importante é aprender a projetar os Elixires Branco e Vermelho sobre os
metais para transmutá-los em ouro puro.
10. A fórmula consiste em misturar uma parte do Elixir com mil partes do
metal mais próximo da perfeição.
12. Em seguida, volta-se a repetir a operação com outro metal dos mais próxi-
mos. Assim, pouco a pouco, vamos conseguindo a transmutação dos me-
tais em ouro puro.
13. Esse ouro é mais puro do que qualquer ouro das minas terrestres.
14. Os metais são os nossos corpos internos que se cristificam com os Elixires
Branco e Vermelho.
16. Sobre esse metal projetamos nossos Elixires Branco e Vermelho para trans-
mutá-lo em ouro puro do Espírito.
17. Este trabalho se realiza quando já tivermos levantado nossa primeira ser-
pente sobre a Vara [Primeira Iniciação Maior].
18. Depois de três dias, isto é, depois que a primeira serpente atravessou as
três câmaras altas da cabeça, o corpo búddhico ou corpo da consciência se
funde integralmente com o Íntimo.
20. Desta fusão resulta o novo Mestre que surge das profundidades vivas da
consciência.
36
24. O fogo do forninho no princípio pode ser lento, porém, depois, precisa ser
intensificado para se conseguir a transmutação perfeita.
29. Este trabalho o realizamos com a terceira serpente que pertence ao corpo
astral.
33. Assim é como entramos na sala da dupla Maat e nos libertamos dos quatro
corpos de pecado.
34. Os quatro corpos de pecado nos dão quatro corpos de ouro quando conse-
guimos uma transmutação metálica perfeita.
35. Os quatro corpos de pecado são substituídos por quatro corpos celestiais
que servem de templo ao Espírito Triúno e imortal.
37. Esse corpo é feito de carne, porém de carne que não vem de Adão.
39. Do corpo etérico extraímos o corpo de ouro que vem se compenetrar com
o corpo da liberação.
40. Do corpo astral extraímos o Menino de Ouro da Alquimia que vem subs-
tituir o corpo astral [lunar].
37
41. E do corpo mental extraímos a Mente-Cristo que vem substituir o corpo
mental.
43. Assim os quatro corpos do pecado são substituídos por quatro corpos glo-
riosos.
49. Contudo, como estão livres dos quatro corpos do pecado, os animam por
hipóstase.
50. A própria Trindade eterna e espiritual precisa passar por gigantescas trans-
mutações alquímicas para conseguir a união com o Uno, com a Lei, com o
Pai.
51. São sete as serpentes que temos que levantar sobre a Vara para nos conver-
termos no Rei coroado com o diadema vermelho.
54. O recipiente precisa ficar tapado hermeticamente para impedir que a ma-
téria-prima da Grande Obra derrame.
38
CAPÍTULO 7
O ELIXIR DA LONGA VIDA
1. Quando tivermos obtido glória diante do duplo Deus Leão, isto é, diante
da Lei, a Lei nos abre a porta do Divino Seb [Keb].
39
5. Quépera é a deidade criadora dos Deuses. Ela é o escaravelho sagrado, é Rá
em nós, a Deidade.
6. Ao cair da tarde converso com os marinheiros. Entro, saio e vejo o Ser que
ali está.
7. Esse Ser é meu próprio Ser, meu Pai que está em lugar secreto.
8. Com ele converso quando tenho me aperfeiçoado.
9. Então tenho existência e sou livre, depois de descansar na morte porque
adquiri o Elixir da Longevidade, depois de haver traçado uma profunda
lista de sacrifícios.
10. O corpo da liberação não está sujeito à morte nem às enfermidades.
11. O corpo da liberação é feito de carne e osso, porém é carne que não veio de
Adão; é carne do Cristo Cósmico.
12. O corpo da liberação assemelha-se ao Divino Rabi da Galiléia.
13. O corpo da liberação é o corpo dos Deuses.
14. Com esse corpo sentamos no trono da justiça e da verdade e somos exalta-
dos como imortais em Osíris e Hórus.
15. Osíris é o Íntimo, “o poderoso Deus, Príncipe da perpetuidade, que conta
seus anos, escuta os que estão nas ilhas (ou lagos), ergue seu ombro direito,
julga os príncipes divinos, e manda [o falecido] a Osíris (porque Osíris
manda a Osíris, porque os deuses mandam aos deuses) ante a presença dos
grandes príncipes soberanos que vivem no mundo inferior”.
16. Todo o segredo do Elixir da Longa Vida está no falo de Osíris.
17. Até o corpo físico pode ser conservado durante longos Eons de tempo com
o Elixir da Longevidade.
18. O Mestre Mejnour viveu sete vezes sete séculos.
19. O Mestre Zanoni conservou seu corpo físico por milhares de anos.
20. O conde Saint-Germain ainda vive com o mesmo corpo físico com que se
apresentou nas cortes européias durante os séculos XVII e XVIII.
21. Com os Elixires Branco e Vermelho entramos no reino do Super-homem e
nos convertemos em deuses onipotentes do universo.
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CAPÍTULO 8
CAPÍTULO PARA DAR AR NO SUBMUNDO
6. Quem tem com que pagar, paga e se sai bem nos negócios.
7. Quem não tem com que pagar, termina pagando com muita dor.
13. O Chacal dos Chacais conduz a luz por todos os limites do firmamento e
chega até as fronteiras da ave Nebe, a enorme Serpente, um dos 42 juízes
de Maat no julgamento.
41
14. Esse Grande Juiz é o Logos do sistema solar.
15. O Chacal dos Chacais trabalha sob as ordens desse Grande Juiz.
16. Esses jovens seres divinos que trabalham com Anúbis são os Senhores do
Karma.
CAPÍTULO 9
O LEÃO VERMELHO
7. Esse ouro potável precisa ser misturado com o álcool de vinho para lavá-lo
e destilá-lo num bom alambique até que desapareça totalmente a acidez da
água régia.
8. O álcool de vinho é nada menos do que o vinho de luz com o qual se mis-
tura o sêmen durante os processos de transmutação sexual.
42
10. Há que se destilar, isto é, transmutar o sêmen totalmente.
11. Assim é como desaparece a acidez da água régia, da qual fala a alquimia.
13. O ouro potável necessita ser colocado num recipiente bem fechado.
14. Precisa cozer e recozer três vezes até obter a perfeita tintura do sol.
15. A perfeita tintura do sol é a que nos dá o poder de ressuscitar dos mortos.
18. Quando o Iniciado leva sua terceira serpente ao coração, passa pela morte
simbólica, pela ressurreição e ascensão de Nosso Senhor Jesus Cristo.
CAPÍTULO 10
O LEÃO VERDE
43
8. O VITRIOLO tem duas cores: vermelho e branco.
12. Quando estamos roubando o fogo do diabo, entramos pelas portas eróticas
no mundo da paixão para dele roubar as taças correspondentes às vérte-
bras da coluna espinhal.
13. Então os demônios tentadores nos atacam no mundo inferior e nos toca
travar grandes batalhas com eles para lhes arrebatar as taças de nossa me-
dula espinhal.
14. Cada taça roubada no mundo inferior resplandece com brancura imacula-
da em sua correspondente vértebra medular.
16. Em busca dos Leões Vermelho e Verde temos que descer muitas vezes ao
abismo e subir de novo.
20. Separar a terra do fogo, o sutil do espesso, suavemente e com grande habili-
dade. Ele sobe da terra para o céu e em seguida volta a descer à terra para
recolher a força das coisas superiores e inferiores.
21. Assim terás todas as glórias do mundo porque toda a escuridão se afastará
de ti.
22. É a força forte de toda força porque vencerá toda coisa sutil e penetrará toda
coisa sólida. Assim é como foi criado o mundo.
44
23. Se agrega ao VITRIOLO ar e água e se purifica durante um mês.
25. Com isto queremos dizer que depois de estar praticando Magia Sexual por
algum tempo, o fogo de Kundalini desperta.
26. O despertar desse fogo não oferece perigo algum porque se realiza me-
diante a direção de um especialista do mundo invisível.
28. Paracelso diz: Trabalha com essa tintura em uma retorta e verás sair dela
sua negrura.
32. Esse líquido branco são todos os graus esotéricos da nossa coluna espinhal.
33. Há que se retificar incessantemente nossa tintura para obter o Leão Verde.
34. Esse Leão Verde é o bálsamo natural de todos os planetas celestes e tem o
poder de curar todas as enfermidades.
35. O Leão Verde é nosso anjo interno, nosso ‘Eu Superior’, nosso Íntimo.
CAPÍTULO 11
TINTURAS ASTRAIS
45
2. Quatro partes de água metálica e duas partes de terra de sol vermelho
constituem a tintura mãe da alquimia.
4. Essa é a tintura mãe da alquimia porque com essa tintura elaboramos todas
as sete tinturas da alquimia sexual.
6. Logicamente temos que solidificar três vezes, uma vez que somos um trio
de corpo, alma e espírito.
7. Com uma onça de tintura de sol, podemos tingir de sol mil onças.
12. Com a tintura solar podemos transmutar em metal perfeito nosso corpo
astral ou Cristos cósmico.
15. Porém, a tintura de ouro nos unirá com o Uno, com a Lei, com o Pai.
17. Nossas sete serpentes sintetizam toda a sabedoria dos sete Cosmocratores.
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18. Cada um dos nossos sete corpos deve sintetizar toda a perfeição de cada
um dos sete Cosmocratores.
19. Temos que trabalhar com nossa bendita pedra na retorta de nosso labora-
tório sexual até obter a Fênix dos filósofos.
20. Assim é como nós, depois de termos morrido, ressuscitamos como a ave
Fênix da filosofia.
22. Os sete seres ordenadores, os sete Logoi8 Planetários do nosso sistema so-
lar, no amanhecer da vida se expandiram como se expandem as chamas e
de sua expansão resultaram milhões de partículas divinas evoluindo atra-
vés do Mahanvantara.
23. Cada partícula divina deve se realizar como Mestre de transmutações me-
tálicas e voltar ao Pai.
24. Toda Chispa tem de regressar à Chama de onde saiu, porém conservando
sua individualidade.
25. O Livro dos Mortos diz: “Eis que o deus de Um Rosto está comigo. Salve, ó
Sete Seres que decretais, sustentais a Balança no dia do julgamento do Utchat,
cortais cabeças, despedaçais pescoços, tomais posse de corações pela violência
e fendeis os lugares em que eles se fixam, fazeis matanças no Lago do Fogo, co-
nheço-vos e conheço vossos nomes; portanto conhecei-me como eu conheço
vossos nomes. Saio para vós, portanto saí para mim, pois viveis em mim e eu
quisera viver em vós. Fazei-me vigoroso por meio do que está em vossas mãos,
o que quer dizer, pela Vara de poder que está em vossas mãos. Decretai-me a
vida pela [vossa] fala ano após ano; dai-me multidões de anos além dos meus
anos de vida, e multidões de meses além dos meus meses de vida, e multidões
de dias além dos meus dias de vida, e multidões de noites além das minhas
noites de vida; e consenti que eu saia e brilhe sobre minha estátua; e [concedei-
me] ar para o nariz, e tenham meus olhos o poder de ver entre os seres divinos
que habitam no horizonte no dia em que se avaliam com justiça o malfazer e o
mal”. (Budge, E. A. Wallis. Livro Egípcio dos Mortos, Capítulo LXXI, p. 262)
8 Plural de Logos.
47
26. O Deus de um Rosto que está em nós é o Íntimo.
28. Cada vez que uma das nossas sete serpentes sobe das vértebras do pescoço
à cabeça, passamos pelo simbólico degolamento de João Batista.
31. Há que se morrer para viver. Há que se morrer para o mundo para se viver
para o Pai. No magistério do fogo morremos e ressuscitamos como a ave
Fênix da alquimia sexual.
32. Os Deuses imortais nos dão vigor com o bastão de mando que empunham
em sua destra.
33. Esse bastão é a nossa coluna espinhal, a nossa Vara de bambu com sete nós,
por onde sobem as sete ardentes serpentes.
35. Com as tinturas astrais voltamos ao seio do Pai e a ouvir palavras inefáveis.
37. O Livro dos Mortos diz o seguinte: “Sou a serpente Sata cujos anos são
muitos. Morro e renasço todos os dias. Sou a serpente Sata que reside nas
partes mais extremas da Terra. Morro e renasço, renovo-me e rejuvenes-
ço a cada dia. (Budge, E. A. Wallis. Livro Egípcio dos Mortos, Capítulo
LXXXVII, p. 280)
48
39. O alquimista tem que elaborar as sete tinturas para transmutar todos seus
metais.
CAPÍTULO 12
AS DUAS TESTEMUNHAS
5. Por esses dois canais nervosos sobe o sêmen [a energia do sêmen] até a
cabeça, quando refreamos o impulso animal.
8. Por isso os reis antigos tinham duas coroas na cabeça e sobre o entrecenho
a serpente sagrada.
49
9. Os átomos solares do nosso sistema seminal sobem pelo cordão ganglionar
da direita.
10. Os átomos lunares do nosso sistema seminal sobem pelo canal ganglionar
da esquerda.
13. Quando os átomos solares e lunares do nosso sistema seminal fazem con-
tato perto do Tribeni, no Chakra Muladhara, situado no cóccix, então des-
perta o Kundalini que entra pelo orifício inferior da medula espinhal.
15. Os átomos solares e lunares de nosso sistema seminal fazem contato com o
osso do cóccix quando aprendemos a nos retirar da mulher sem derramar
o sêmen.
20. O ser humano deve fazer subir seu sêmen [a energia do sêmen] pelos dois
cordões ganglionares até o cálice.
22. Com a traição dos Mistérios de Vulcano, os magos negros do pólo contrá-
rio desse santuário ensinaram magia sexual negra ao homem.
50
24. Quando os guardiões desse santuário se deixaram seduzir pelos irmãos da
sombra, cometeram o crime de trair os Mistérios.
25. Os magos negros ejaculam o sêmen durante seus atos de magia sexual ne-
gativa.
26. Então a serpente desce para os infernos do homem e o ser humano se con-
verte em um perverso demônio.
27. A cauda com que se representa Satã é o Kundalini dos magos negros diri-
gido para baixo, para os infernos do homem.
29. Quando a serpente baixa, forma a cauda de Satã. Eis aí a serpente tenta-
dora do Éden, a serpente Píton de sete cabeças que Apolo feriu com seus
dardos.
31. “Então o Senhor Deus disse à serpente: Porquanto fizeste isto, maldita serás
mais que toda a fera, e mais que todos os animais do campo; sobre o teu ven-
tre andarás, e pó comerás todos os dias da tua vida”. (Gênese 3:14)
35. O vitorioso Osíris-Ani diz: “Eu Sou o Grande, o filho do Grande; [Eu Sou] o
Fogo, o filho do Fogo, a quem foi dada a cabeça depois de ter sido degolada.
A cabeça de Osíris não foi tirada dele; não deixe que a cabeça de Osíris-Ani
seja apartada dele. Eu mesmo juntei e uni meus ossos e me fiz inteiro e com-
pleto. Eu renovei minha juventude; Eu sou Osíris, o senhor da eternidade”.
(Capítulo 43, p.235, de não permitir que se decapite um homem no mundo
soterrado - O Livro dos Mortos).
51
36. A Chispa que mora dentro de nós é filha da Chama, é o grande Filho do
Grande.
38. Quando a serpente sagrada passa das vértebras do pescoço à cabeça, pas-
samos pelo degolamento de João Batista.
39. Ninguém pode cortar a cabeça do Íntimo, porém devemos evitar cair no
Abismo.
40. Nós nos fazemos completos e nos tornamos donos da eternidade, cheios
de eterna juventude, quando levantamos nosso Kundalini sobre a Vara, tal
como o fez Moisés no deserto.
42. O intendente da casa do intendente do selo, Nu, triunfante, diz: Sou o divino
crocodilo que mora em seu terror; sou o divino crocodilo e agarro[minha presa]
como um animal voraz. Sou o grande e poderoso Peixe que está na cidade de
Quem-ur. Sou o senhor ao qual fazem saudações e prosternações na cidade de
Sequem”. (Capítulo de como operar a transformação num crocodilo. Budge,
E. A. Wallis. Livro Egípcio dos Mortos, Capítulo LXXXVIII, p. 281)
44. Ele é o Crocodilo Divino que captura suas vítimas como um animal voraz.
45. Essas presas são os extratos anímicos de todos os veículos que o Íntimo
assimila para se realizar como Mestre do Mahanvantara.
46. Ele é o grande e poderoso Peixe que sai das águas da vida para realizar o
universo interior.
47. Ele é o Senhor a quem reverenciamos e que vive dentro de nós mesmos.
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49. A serpente Rerek é a serpente da fornicação que treme diante do Deus vivo
e que quebra os ossos do gato impuro porque nos afunda no abismo do
desespero.
50. “Eu sou o crocodilo Sebec. Eu sou a chama de três pavios e meus pavios são
imortais. Eu entro na região de Sekem. Eu entro na região das chamas que
derrotam meus adversários”. (O Livro dos Mortos)
53. Esses três pavios são: a Alma Divina, a Alma Humana e a Mente-Cristo.
56. É preciso fazer subir nossa energia seminal pelos cordões ganglionares até
o cérebro a fim de fazer subir a serpente sagrada Kundalini ao longo da
medula espinhal através de suas 33 vértebras.
58. Conforme vamos entrando em cada uma das 33 câmaras santas, vamos
aprendendo a sabedoria divina.
64. Comamos dos sete pães; alimentemo-nos com essa sabedoria divina.
65. Devemos fazer subir a nossa energia sexual pelas duas testemunhas.
53
66. Elas são as duas oliveiras do templo.
67. Elas são os dois candeeiros que estão diante do Deus da Terra.
CAPÍTULO 13
O KAOS
No princípio criou Deus o céu e a terra. E a terra era sem forma e vazia;
e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia
sobre a face das águas. E disse Deus: Haja luz; e houve luz. E viu Deus
que era boa a luz; e fez Deus separação entre a luz e as trevas. E Deus
chamou à luz Dia; e às trevas chamou Noite. E foi a tarde e a manhã,
o dia primeiro. E disse Deus: Haja uma expansão no meio das águas,
e haja separação entre águas e águas. E fez Deus a expansão, e fez se-
paração entre as águas que estavam debaixo da expansão e as águas
que estavam sobre a expansão; e assim foi. E chamou Deus à expansão
Céus, e foi a tarde e a manhã, o dia segundo. E disse Deus: Ajuntem-se
as águas debaixo dos céus num lugar; e apareça a porção seca; e assim
foi. E chamou Deus à porção seca Terra; e ao ajuntamento das águas
chamou Mar; e viu Deus que era bom. (Gênese 1:1-10)
54
6. A terra se reduzirá a água e a água é a morada do fogo.
9. Se quisermos criar nosso universo interior, temos que fazer o mesmo que
Deus fez quando criou o universo.
12. Por isso Hermes Trismegisto diz: Separarás a terra do fogo, o sutil do espes-
so, suavemente, com grande habilidade. Ele sobe da terra ao céu e em seguida
torna a baixar à terra para recolher a força das coisas superiores e inferiores.
(Tábua de Esmeralda)
14. Há que se trabalhar sobre nosso Kaos para separar as trevas da luz e dar às
trevas a residência de nosso Deus.
16. Hermes Trismegisto diz: O que está em baixo é como o que está em cima e o
que está em cima é como o que está em baixo, para fazer os milagres da coisa
una. (Tábua de Esmeralda)
17. O Kaos do universo agora reside em nosso sistema seminal. Se Deus, para
criar o universo, teve que fecundar as águas do Kaos com o fogo, a nós toca
fazer o mesmo: fecundar as águas de nosso Kaos, isto é, o sêmen, com o
fogo de Kundalini para fazer surgir nosso universo interno e nos conver-
termos em Deuses inefáveis. Isso se chama alquimia sexual.
18. As águas supracelestes do Kaos são puro sêmen e desse sêmen saiu o universo.
55
19. Essas águas supracelestes do Gênese são uma substância pura, flexível e
inflamada que não se consome jamais.
22. Agora nosso sistema seminal, isto é, a nossa terra, está toda desordenada e
vazia. Agora as trevas estão sobre a face do abismo e o Espírito de Deus se
move sobre a superfície de nossas águas seminais.
23. Façamos a luz, irmãos, façamo-la arrancando-a das trevas mediante a ma-
gia sexual.
25. Separemos as águas das águas, isto é, a luz das trevas. Juntemos as águas
tenebrosas no Abismo9 para descobrir a parte seca: um rico universo inter-
no, corpos de perfeição, etc. Assim nos realizaremos como Mestres desse
Éden interno e delicado, onde brilham as luminárias do céu e de onde sai
toda a criatura viva.
32. Se Deus teve que fecundar as águas para criar o universo, a nós compete
fazer o mesmo.
56
33. Essas águas são o sêmen de nossos órgãos sexuais.
35. Quando sejamos Deuses, fecundando o sêmen com o fogo, faremos surgir
universos majestosos nas terríveis profundezas de nossa consciência su-
perlativa.
37. Porém, quando o Mestre já se libertou dos quatro corpos do pecado, já não
precisa pedir entrada porque ingressou no mundo dos Deuses e é também
um Deus.
38. O Mestre que chegou a essas alturas sabe que entrar em uma Iniciação
mais elevada significa fecundar seu Kaos para fazer novas criações inter-
nas, o que também significa novas responsabilidades diante das leis kármi-
cas.
39. Os Mestres estão fecundando seu Kaos incessantemente para criarem uni-
versos internos cada vez mais grandiosos, cada vez mais perfeitos.
40. Quanto mais grandiosos sejam esses universos internos, tanto mais res-
ponsabilidade kármica têm seus criadores.
41. Por isso é que os Buddhas já não precisam mais solicitar ao Logos entrada
em novas Iniciações.
57
47. O Gênese é um livro de atualidades palpitantes.
CAPÍTULO 14
OS TATWAS DA NATUREZA
58
11. Apas é o princípio da água.
14. No mundo físico, os Tatwas Vayú, Tejas, Pritvi, Apas e Akasha são conhe-
cidos simplesmente como elementos da natureza.
15. O horário tátwico mais exato é o da natureza.
17. Quando há calor intenso e muito sol, o Tatwa Tejas está vibrando.
59
32. Se a água se converte em ar e o ar em fogo é porque Apas se transmutou em
Vayú e Vayú se transmutou em Tejas.
37. No planeta homem vemos Pritvi reduzir-se à água do sêmen; vemos esse
Kaos seminal transmutar-se em sutilíssimos vapores e esses vapores de
Vayú transmutarem-se finalmente em Tejas, em fogo.
40. Então a terra, como é da natureza do sal, se reduz a água. Essa água, me-
diante o calor, se evapora até se converter em ar, e depois de certo tempo
de digestão, se converte em raios e trovões, isto é, em fogo.
60
47. Nossa terra, nosso organismo humano, reduz-se à água, a sêmen, durante
nossa excitação sexual.
48. O membro viril em estado de ereção faz com que a quantidade de sêmen
aumente nos vasos de nossas glândulas sexuais.
49. Assim é como o calor do sexo atua transmutando nossa terra individual
em água pura, isto é, em sêmen cristônico.
50. Ao se refrear o impulso sexual, essa água ou sêmen transmuta-se nos suti-
líssimos vapores seminais que sobem pelos dois cordões ganglionares até o
cálice do cérebro.
51. Depois de certo tempo de digestão, as correntes solares e lunares dos vapo-
res seminais fazem contato perto do Tribeni, sobre o osso sacro, para que
dali brote o fogo sagrado de Kundalini.
56. Quando um Logos fecunda seu Kaos produz uma série de transmutações
tátwicas que vêm a se cristalizar nos elementos físicos da natureza.
57. Assim é como os Logoi solares podem criar sistemas solares povoados com
toda espécie de seres.
58. Também nós, durante nossos transes de magia sexual, fecundamos nosso
Kaos com o fogo sagrado de Kundalini. O resultado é uma série de trans-
mutações tátwicas dentro do nosso laboratório orgânico que realiza o Rei
Sol, o Mestre de transmutações metálicas. Tudo isso se processa dentro das
vivas profundidades de nossa consciência interior.
61
CAPÍTULO 15
FOHAT DIVINO
12. Esse vidro líquido flexível maleável é uma substância inflamada, porém
não consumida, que se constitui na morada dos Anjos, Serafins, Tronos,
Virtudes, Potestades, etc.
14. Esse é o Cristo em substância, o Cristo líquido, que reside em nossas glân-
dulas sexuais.
10 Plural de Logos.
62
15. As águas supracelestes estão compenetradas com o ar supraceleste e pelo
fogo divino onde vivem os Deuses do infinito inalterável.
20. O ar, por ser menos puro, não consegue penetrá-lo a fundo nem se fundir
com ele, a não ser quando tenha sido depurado de maneira absoluta.
22. Essas luminárias são os astros inefáveis, os Logoi planetários, que nos en-
viam seus raios para nos ajudar em nossa evolução cósmica.
25. O fogo tem sua morada na água; se derramamos essas águas, derramamos
também o fogo e ficamos em trevas.
28. O fogo não pode suportar a água bruta; portanto, tem de ser transmutada
em sutilíssimos vapores através do calórico.
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31. O fogo purifica o ar, o ar purifica a água e a água purifica a terra com o
contínuo movimento do fogo.
33. A água do sêmen atua sobre o fogo encerrando-o em nossos órgãos sexuais
para logo após elevá-lo pela nossa coluna espinhal.
34. O fogo trabalha sobre os quatro corpos de pecado para elevá-los ao seu
próprio grau de perfeição.
35. Através do fogo extraímos, dos quatro corpos do pecado, o azeite puro do
Espírito.
36. Esse azeite, despojado de suas impurezas, se acende e arde como uma cha-
ma inefável.
37. Assim é como o azeite puro do Espírito atua sobre o planeta-homem ti-
rando a desigualdade dos elementos e levando-os todos à perfeição para
convertê-los em fogo vivo.
40. O fogo do céu provoca as chuvas e a chuva vivifica as entranhas das semen-
tes para que delas brote a vida.
41. Essas reiteradas aspersões trabalham sobre as sementes da terra onde está
encerrado o fogo da vida pujante e ativa.
42. A água do céu atua sobre as sementes para fazer brotar o fogo da vida; isso
é pura alquimia sexual.
43. O fogo do Kundalini atuando sobre as nossas sementes seminais faz bro-
tar da vida interior um universo atômico interno cheio de perfeições ine-
fáveis.
44. Eis como o planeta homem, limpo de suas escórias, se consubstancia com
o fogo do Espírito e se converte em chama eterna.
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45. A velha Fênix, em seu ninho de águia altaneira, se nutre com o fogo sagra-
do e suas crias lhe arrancam os olhos. Esse fogo sagrado produz a brancura
imaculada do espírito inefável que resplandece nos rincões do universo.
48. Todos os Iniciados que divulgaram o Grande Arcano antes de mim, mor-
reram.
50. No velho Egito dos faraós, os que tentavam divulgar o Grande Arcano
eram condenados à morte.
52. Só houve um homem na vida que pôde divulgar o Grande Arcano e não
morreu.
CAPÍTULO 16
OS SETE DIAS DA CRIAÇÃO
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5. Em todos os vegetais existe o Kaos e dentro do Kaos estão os Tatwas.
11. Quando o sêmen dos vegetais entra em atividade, eles se tornam belos,
florescem e se enchem de frutos.
13. A mesma coisa acontece com o homem. Quando transmuta a sua energia
seminal se enche de beleza, de vida e de alegria. Porém, quando desperdiça
seu sêmen em paixões animalescas, se enche de trevas e de morte.
18. O álcool se eleva em forma de estrias. Há que se aquecer e destilar sete vezes.
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23. O importante é separar o Espírito da fleuma ou mucosidade.
24. A fleuma também deve ser destilada com métodos alquímicos porque é
uma substância que tem virtudes notáveis.
25. O tártaro fica aderido ao barril: é o sal dos vegetais. Pode ser extraído sa-
biamente para usos medicinais.
26. Esse sal se reveste de dois aspectos: o sal fixo e o sal volátil.
27. O precioso arcano que devemos extrair das plantas, segundo a doutrina
espagirista, é a substância crística, o Logos imortal, que dorme encolhido
no fundo do templo.
32. Por meio da castidade coletamos todos os nossos sucos sexuais acumulan-
do-os em um lugar fresco.
35. Assim é como as estrias se evaporam a cada destilação e como obtemos o Rei
coroado com o diadema vermelho, o Rei Sol, o mago triunfador da serpente.
37. O sal volátil do homem passa para a laringe da mulher e o sal volátil da
mulher passa para a laringe do homem.
38. Assim é como preparamos nossa laringe para falar o verbo de ouro.
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40. Os sete planetas do sistema solar estão intimamente relacionados com as
sete serpentes.
42. A transmutação sexual provoca transmutações dos Tatwas porque eles es-
tão dentro do sêmen.
44. Na sétima destilação temos as sete serpentes sobre a Vara da coluna espi-
nhal.
47. A única coisa que interessa aos gnósticos é fazer subir suas sete serpentes.
48. No passado, quando éramos elementais vegetais, nossas sete serpentes es-
tavam sobre a Vara.
49. Quando caímos, essas sete serpentes baixaram pela coluna espinhal e fica-
ram aprisionadas no Chakra Muladhara, no cóccix.
56. Em sete dias, isto é, em sete grandes Iniciações de Mistérios Maiores cria-
mos o nosso universo interior, quando fecundamos nosso Kaos sexual pra-
ticando intensamente a magia sexual com a esposa.
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57. Levantadas as sete serpentes sobre a Vara, voltamos a ser seres normais
como éramos antes da queda.
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Tu emitiste um decreto, ó rei, ordenando que todo aquele que ouvisse
o som da trombeta, do pífaro, da cítara, da harpa, do saltério, da flauta
dupla e de toda espécie de música se prostrasse em terra e adorasse a
imagem de ouro, e que todo aquele que não se prostrasse em terra e
não a adorasse seria atirado numa fornalha em chamas.
Mas, se ele não nos livrar, saiba, ó rei, que não prestaremos culto aos
teus deuses nem adoraremos a imagem de ouro que mandaste erguer”.
E ordenou que alguns dos soldados mais fortes do seu exército amar-
rassem Sadraque, Mesaque e Abede-Nego e os atirassem na fornalha
em chamas.
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E os três homens, vestidos com seus mantos, calções, turbantes e ou-
tras roupas, foram amarrados e atirados na fornalha extraordinaria-
mente quente.
A ordem do rei era urgente e a fornalha estava tão quente que as cha-
mas mataram os soldados que levaram Sadraque, Mesaque e Abede-
Nego, e estes caíram amarrados dentro da fornalha em chamas.
Por isso eu decreto que todo homem de qualquer povo, nação e língua
que disser alguma coisa contra o Deus de Sadraque, Mesaque e Abe-
de-Nego seja despedaçado e sua casa seja transformada em montes
de entulho, pois nenhum outro deus é capaz de livrar alguém dessa
maneira”.
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60. A estátua de ouro que os jovens hebreus não quiseram adorar representa a
comida abominável, a comida imunda do pseudo-esoterismo, pseudo-ro-
sacrucianismo, espiritismo, politicagem e demais manjares oferecidos aos
ídolos.
64. Essas são as sete serpentes que temos que levantar sobre a Vara. Esses são
os sete dias da nossa criação interior.
67. Portanto, sete vezes temos que acender o forno de fogo ardente para nos
converter em reis e senhores do universo.
CAPÍTULO 17
SIMÃO MAGO
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6. Então compreendi que Simão Mago era o pólo contrário de Pedro.
7. Penetrei em um belo recinto onde encontrei Simão Mago com seu colégio
de fiéis discípulos.
10. Foi quando entendi que Simão Mago era realmente um mago negro.
11. Defendi-me com a minha espada flamejante e, diante das torrentes de fogo
ardente que dela saíam, aquele mago negro caiu aniquilado. Sem se atrever
a olhar para a minha espada permaneceu pasmo.
12. Eu conheci Simão Mago na antiga Roma e o escutei predicar a seus discípulos.
13. O mal é tão sutil e insinuante que a própria Mestra Blavatsky chegou a crer
que Simão Mago era um Mestre da Loja Branca.
14. Huiracocha também acreditou que Simão Mago era um grande mestre
gnóstico e declarou que tudo que Papus e outros autores ensinaram acerca
da magia nos últimos anos provinha de Simão Mago.
15. Quem não se equivocou a respeito de Simão Mago foi Dante Alighieri, o
autor de A Divina Comédia.
19. O mal é tão sutil no mundo da mente, o mal é tão insinuante e sutil no
plano do entendimento cósmico que, realmente, é preciso muita intuição
para não se deixar enganar pelos demônios do mundo mental.
20. No mundo mental os magos negros são milhares de vezes mais sutis e in-
sinuantes que os magos negros do mundo astral.
21. Simão Mago diz o seguinte: O Pai era uno porque, contendo em si mesmo
o pensamento, estava só. Sem dúvida, não era o primeiro, ainda que fos-
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se pré-existente; no entanto, manifestando-se assim, de si mesmo, chegou a
ser o segundo (ou dual). Não foi chamado de Pai até que o pensamento lhe
deu esse nome. Portanto, desenvolvendo-se de si mesmo, manifestou assim
seu próprio pensamento e assim também o pensamento manifestado não se
atualizou, senão que viu o Pai oculto nele, isto é, a potência (dynamis) oculta
em si mesma. A potência (dynamis) e o pensamento (epinoia) são masculi-
no-feminino, porém, ao se corresponderem reciprocamente (porque a potên-
cia de modo algum difere do pensamento) são um só. Assim, nas coisas de
cima, está a potência e, nas de baixo, o pensamento. No entanto, ocorre que
se é uno manifestado por ambos, aparece duplo, pois o andrógino leva em si
o elemento feminino. Assim, a mente e o pensamento são inseparáveis um
do outro por serem unos, ainda que apareçam em dualidade. (A Doutrina
Secreta - HPB - Sexto volume).
22. Realmente, quem ler este parágrafo nada encontrará nele que condene Si-
mão Mago como mago negro.
24. Dante, em seu Inferno, pinta Simão Mago e todos os feiticeiros, a quem
denomina simoníacos, andando com a cabeça para trás.
25. A magia negra de Simão Mago consiste em ter ficado olhando para o pas-
sado e não quis aceitar o Cristo nem a nova corrente crística.
26. Isso é rebelião contra as hierarquias divinas. De fato, Simão Mago se colo-
cou no mundo da magia negra.
28. Simão Mago viu que a Chispa se desprendia da Chama em si mesma sem
se lembrar daquelas palavras do divino Rabi da Galiléia: Ninguém chega
ao Pai a não ser por mim.
29. Simão Mago viu o Pai oculto nele e quis realizá-lo em si mesmo, porém,
repelindo o Cristo. Assim é como ele caiu na magia negra.
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32. Algo semelhante está acontecendo agora com muitos espiritualistas neste sé-
culo XX, os quais não querem aceitar meus ensinamentos por puro orgulho.
33. Essa classe de seres, simoníacos, caem na magia negra por puro orgulho.
37. Contudo, caiu na magia negra porque ficou olhando o passado e não quis
aceitar o Cristo.
39. Se Simão Mago tivesse dominado a mente com o látego da vontade não
teria caído no abismo.
40. O alquimista que se deixa levar pelos raciocínios da soberba mental fracas-
sa na Grande Obra e cai no abismo.
41. O alquimista deve ser humilde ao extremo diante das hierarquias divinas
para não fracassar na Grande Obra.
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46. Esse Menino de Ouro é o Eu-Cristo.
50. Esses magos negros têm atitudes sublimes e cultura espiritual extraordinária.
51. Quando esses magos falam, só falam de amor, de luz, de verdade e de jus-
tiça.
52. Parecem seres inefáveis e só descobrimos que são magos negros quando de
uma forma fina e delicada começam a nos aconselhar a ejaculação seminal.
53. Se nesse momento gritamos na sua presença Viva o Cristo! Abaixo Javé! os
veremos se levantarem iracundos contra nós para nos expulsar do recinto.
55. O mal se reveste com tão sutis enganos que o discípulo deve abrir bem os
olhos, mantendo-se alerta e vigilante como sentinela em época de guerra.
59. A mente deve fluir integralmente sem o batalhar das antíteses. A mente
deve se converter em um instrumento flexível e delicado pelo qual a ma-
jestade do Íntimo possa se expressar.
60. O orgulho fez com que Simão Mago caísse nos abismos da magia negra.
61. “E Simão, vendo que pela imposição das mãos dos apóstolos era dado o Espí-
rito Santo, lhes ofereceu dinheiro.
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62. Dizendo: Dai-me também a mim esse poder, para que aquele sobre quem eu
puser as mãos receba o Espírito Santo.
63. Mas disse-lhe Pedro: O teu dinheiro seja contigo para perdição, pois cuidaste
que o dom de Deus se alcança por dinheiro.
64. Tu não tens parte nem sorte nesta palavra, porque o teu coração não é reto
diante de Deus.
65. Arrepende-te, pois, dessa tua iniqüidade, e ora a Deus, para que porventura
te seja perdoado o pensamento do teu coração.
67. Respondendo, porém, Simão, disse: Orai vós por mim ao Senhor, para que
nada do que dissestes venha sobre mim”. (Atos 8:18-24)
68. Com estes versículos das Sagradas Escrituras fica totalmente compro-
vada a nossa afirmação de que Simão Mago é um perigoso mago negro.
CAPÍTULO 18
A SALA DE MAAT
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2. Porém, o falo de Rá e a testa de Osíris perderiam seu poder se fizéssemos
algo, se fornicássemos nas bacanais dos demônios.
5. A lâmina superior da porta de Maat leva uma inscrição que diz: Senhor de
Maat sobre seus dois pés. (Capítulo CXXV, p.321)
9. Esse deus é a nossa personalidade inferior que deve morrer para que o
Deus interno se glorifique.
10. Quando o homem se liberta dos quatro corpos de pecado entra no seio
bendito da Deusa Mãe do Mundo:
12. “Senhora dos pilonos (pórticos), senhora à qual se fazem oferendas abun-
dantes, que dá o que quer que esteja lá, guia das oferendas que satisfazem os
deuses, que dá o dia para o navegar do barco Neshemet até Abtu (Abydos)”,
é o teu nome. Cap. CXLV, p. 382
13. “Ela que prevalece com facas, senhora das duas terras, que destrói os inimi-
gos do coração-que-parou-de-bater, que faz o decreto para a fuga dos neces-
sitados da má sorte”, é o teu nome. Cap. CXLV, p. 383
78
15. “Senhora à qual se fazem súplicas abundantes, cuja diferença entre a altu-
ra e a largura se desconhece; [aquela que] igual em força não foi derrubada
desde o princípio; ignorou-se o número das serpentes que lá estão sobre os
seus ventres; a divina imagem, o fortalecedor saído da noite, nascido na
presença do Coração-que-parou-de-bater, é o teu nome”. Cap. CXLV, p.
383/384
16. “Inundação de água que veste o fraco, carpideira do que ela amava, amorta-
lhando o corpo”, é o teu nome. Cap. CXLV, p. 384
17. “A que pertence ao seu senhor, deusa poderosa, graciosa, senhora que dá
origem à divina forma do seu senhor”, ou como outros dizem, “que passa
através [da terra] e [a] atravessa, [cuja] cabeça tem milhões de côvados de
profundidade e de altura”, é o teu nome. Cap. CXLV, p. 384
19. “Exaltada das portas, que levantas os que choram, que és terrível para o que
viria a ti; ou como outros dizem, “A que nos faz suplicar, em razão da força
da sua voz”; vencedora do inimigo não coagido pelo que está dentro dela, é o
teu nome”. Cap. CXLV, p. 385
20. “A que repete matanças, que queima os demônios, senhora de cada pilono
(pórtico), senhora que se aclama no dia de ouvir iniqüidades, é o teu nome”.
Cap. CXLV, p. 386
21. “A que jornadeia pelas duas terras; que destrói os que vêm com chamejamen-
tos e com fogo, senhora do esplendor; que presta atenção à palavra do seu
senhor todos os dias, é o teu nome”. Cap. CXLV, p. 386
22. Quando a companhia dos deuses é conduzida, as mãos deles estão [erguidas]
em adoração diante do rosto dela, e o abismo aqüífero brilha, luminoso, em
razão dos que estão dentro dele, é o teu nome”. Cap. CXLV, p. 386
23. “Poderosa das Almas, vermelha de cabelos, Aacabit, que sais à noite; que
destróis os demônios em suas formas criadas que suas mãos dão ao Coração-
que-parou-de-bater em sua hora; a que vem e vai, é o teu nome”. Cap. CXLV,
p. 386
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24. “Senhora de valor, destruidora dos corados, que celebra os festivais de Hequer
[quando] o fogo se extingue no dia de ouvir [casos de] iniqüidade, é o teu
nome”. Cap. CXLV, p. 387
25. “Senhora da vitória, cuja mão vai depois dos demônios, que arde com cha-
mas de fogo quando sai, criadora dos mistérios da terra, é o teu nome”. Cap.
CXLV, p. 387
27. “Adorador da chama, ser puro, que atentas para o contemplador, eis
que [ela] gosta de cortar a cabeça dos mais venerados”. “ Senhora da
Casa Grande, destruidora de Demônios ao cair do dia, [é o teu nome]”.
Cap. CXLV, p. 387
28. “Dispensadora de força”, ou como dizem outros, “de luz, do palácio, poderosa
na chama, senhora da força e dos escritos do próprio Ptá”, é o teu nome”.
Cap. CXLV, p. 388
29. “Pedra do seu senhor, campo com uma serpente, Mercadora de panos, que
esconde o que cria, posseira de corações, abridora de si mesma, é o teu nome”.
Cap. CXLV, p. 388
30. “Espada que golpeia ao proferir do próprio nome, deusa com o rosto voltado
para trás, desconhecida, a que derruba aquele que se aproxima da sua cha-
ma”, é o teu nome”. Cap. CXLV, p. 388
33. Toda a imensa natureza é o corpo bendito desta Deusa Mãe do Mundo.
34. Quando o alquimista se liberta dos quatro corpos de pecado, entra no seio
da bendita Deusa Mãe do Mundo.
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36. O discurso aos Deuses do mundo inferior, tal como figura em O Livro dos
Mortos, encerra todo o esoterismo da quarta Grande Iniciação de Misté-
rios Maiores.
37. O desencarnado que se apresenta diante dos 42 juízes é aquele que morre
para viver; que morre para o mundo para viver para Deus.
38. Somente extraímos a Mente Cristo do corpo mental por meio da alquimia
sexual.
41. Vamos transcrever a confissão negativa tal como figura em O Livro dos
Mortos:
1. Salve, ó tu, cujos passos são longos, que vens de Anu (Heliópolis),
não cometi iniqüidade.
2. Salve, ó tu, que és abraçado pela chama, que vens de Quer-aha, não
roubei com violência.
4. Salve, ó tu, que comes sombras, que vens do sítio em que o Nilo
aparece, não roubei.
5. Salve, Neha-hau, que vens de Re-stau, não matei homem nem mu-
lher.
6. Salve, ó tu, duplo deus-Leão, que vens do céu, não aligeirei o alqueire.
7. Salve, ó tu, cujos olhos são como pederneira, que vens de Sequem
(Letópolis), não agi com fraude.
8. Salve, ó tu, Chama, que vens como vais, não furtei as coisas que
pertencem a Deus.
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10. Salve, ó tu, que fazes forte a chama para a cera, que vens de Het-
ca-Ptá (Mênfis), não furtei comida.
12. Salve, ó tu, cujos dentes brilham, que vens de Ta-she (isto é,
Faium), não ataquei homem algum.
13. Salve, ó tu, que consomes sangue, que vens da casa do abate, não
matei os animais [que são propriedade de Deus].
14. Salve, ó tu, que consomes as entranhas, que vens da câmara Mabet,
não agi com fraude.
16. Salve, ó tu, que andas para trás, que vens da Cidade de Bast
(Bubástis) nunca me intrometi em assuntos alheios [para criar
discórdia).
17. Salve, Aati, ó tu, que vens de Anu (Heliópolis), não pus minha
boca em movimento [contra nenhum homem].
18. Salve, ó tu, que és duplamente mau, que vens do nomo de Ati, não
dei vazão à cólera em relação a mim sem causa.
19. Salve, ó tu, serpente Uamenti, que vens da casa da matança, não
conspurquei a esposa de homem algum.
20. Salve, ó tu, que velas sobre o que é trazido para ele, que vens do
Templo de Amsu, não pequei contra a pureza.
21. Salve, Chefe dos divinos Príncipes, que vens da cidade de Nehatu,
não despertei medo [em ninguém].
22. Salve, Quemi (isto é, Destruidor), que vens do Lago de Caui, não
violei [tempos e estações sagradas].
23. Salve, ó tu, que ordenaste a fala, que vens de Urit, não tenho sido
um homem colérico.
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24. Salve, ó tu, Criança, que vens do Lago de Hec-at, não me fiz surdo
às palavras da justiça e da verdade.
25. Salve, ó tu, que dispões da fala, que vens da cidade de Unes, não
provoquei lutas.
26. Salve, Basti, que vens da cidade Secreta, não fiz nenhum [homem]
chorar.
27. Salve, ó tu, cujo rosto está [voltado] para trás, que vens da Resi-
dência, não cometi atos de impureza, nem me deitei com homens.
28. Salve, Perna de Fogo, que vens de Aquecu, não comi meu coração.
29. Salve, Quenemti, que vens [da cidade de] Quenemet, não maltratei
[homem algum].
30. Salve, ó tu, que trazes tua oferenda, que vens da cidade de Sal
(Sais), não agi com violência.
31. Salve, ó tu, senhor de rostos, que vens da cidade de Tchefet, não fiz
julgamentos precipitados.
32. Salve, ó tu, que dás conhecimentos, que vens de Unt, não (...) e não
me vinguei do deus.
33. Salve, ó tu, senhor de dois chifres, que vens de Satiu, não multipli-
quei [minha] fala em demasia.
34. Salve, Nefer-Tem, que vens de Hetca-Ptá (Mênfis), não agi com
fraude, nem obrei iniqüidades.
36. Salve, ó tu, cujo coração trabalha, que vens da cidade de Tebti, não
sujei a água.
37. Salve, Ahi da água, que vens de Nu, não tomei soberba a minha
voz.
38. Salve, ó tu, que dás ordens à humanidade, que vens de [Sau (?)], eu
não maldisse o deus.
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39. Salve, Neheb-nefert, que vens do Lago de Nefer, não procedi com
insolência.
40. Salve, Neheb-cau, que vens de [tua] cidade, não tenho buscado
distinções.
41. Salve, ó tu, cuja cabeça é sagrada, que vens de [tua] habitação, não
aumentei minha riqueza, a não ser com as coisas que são [justa-
mente] minhas.
42. Salve, ó tu que trazes teu próprio braço, que vens de Auquert
(mundo inferior), não desprezei o deus que está em minha
cidade.”
(CONFISSÃO NEGATIVA – CAPÍTULO CXXV pgs. 320/327)
CAPÍTULO 19
MUDA AS NATUREZAS E ACHARÁS O QUE BUSCAS
2. Não há senão uma única matéria que serve de base à Grande Obra do Pai.
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8. Com a ajuda do calórico podemos decompor o gelo em água porque a água
é o elemento do gelo.
13. Assim também, antes de que possa redimir-se de seus pecados e entrar no
reino dos céus, o homem precisa primeiro reduzi-los à sua matéria-prima
para depois transmutá-los no homem celestial de que nos fala São Paulo.
14. Por exemplo, se eu tenho uma estátua e quero dar a essa estátua uma forma
absolutamente nova, devo em primeiro lugar reduzir essa estátua à sua ma-
téria-prima, decompondo-a nos próprios elementos de que está composta.
15. Em seguida, com essa matéria-prima faço a estátua de uma maneira total-
mente nova e completamente diferente.
18. Os alquimistas disseram que a nossa pedra bendita tem corpo, alma e espí-
rito, e assim é.
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21. Há que se sacar o sutil do espesso e o seco do úmido, isto é, separar as
águas das águas para que se descubra a parte seca.
22. Essa parte seca é a nossa Terra Divina, nosso universo interno extraído das
águas da vida.
24. Com isso queremos dizer que o sêmen se transforma em espírito e que o
espírito se seminiza.
26. Essa bendita água dissolve todos os metais da terra, dissolve todos os metais
do universo-homem, calcina e reduz todas as coisas a seus elementos primi-
tivos para fazê-las outra vez em formas mais perfeitas, puras e inefáveis.
29. A água de nosso Kaos une os princípios mais diferentes, desde que primeiro
tenham sido dissolvidos em sêmen, isto é, na água de que estamos formados.
31. O primeiro ensinamento que Cristo, o divino Rabi da Galiléia, nos deu foi
transmutar a água em vinho.
34. O Divino Mestre ao abrir a Senda da Iniciação para todos os seres huma-
nos deu como primeiro ensinamento a alquimia sexual.
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37. Essas pessoas querem sublimar forças impuras sem antes reduzi-las à ma-
téria-prima da Grande Obra.
38. Por isso todos esses temerosos espiritualistas, que comem na mesa de Jesa-
bel e se alimentam com comidas oferecidas aos ídolos, fracassaram.
40. Devemos reduzir todos os metais à sua matéria prima para depois trans-
mutá-los.
41. Se quisermos sublimar nossas baixas paixões, devemos primeiro ser cas-
tos para reduzir todos os metais ao sêmen kaótico e após transmutá-los
no Eu-Cristo, no Menino de Belém, no Menino de Ouro da alquimia
sexual.
44. Por isso fracassaram todos esses fornicários, todos esses incircuncisos, to-
dos esses sátiros do espiritualismo.
45. Não se pode sublimar, não se pode transmutar, sem reduzir primeiro nossa
velha personalidade ao sêmen que a constituiu.
48. Nossa água primeiro torna-se negra, depois vermelha e a seguir de diversas
cores.
49. Assim é como nosso magistério é tirado de um, feito com um, se compõe de
quatro, e três estão em um. (Semita Semitae de Villanueva).
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52. Nossa pedra bendita é espiritual em sua substância e o espírito se fez cor-
poral nela pela união com o corpo.
57. Essa transmutação sexual durante o transe de magia sexual, fazendo subir
o sêmen para o cálice do cérebro ao invés de derramá-lo, constitui o coito
dos alquimistas medievais.
58. Mechardus diz: Se nossa Pedra não é posta na Matriz da Fêmea a fim de que
seja nutrida, não crescerá.11
59. Pois bem, essa Matriz da Fêmea de que nos fala Mechardus é a nossa Terra-
Mãe, nosso próprio organismo humano.
61. Quando nosso organismo retém o sêmen se diz que houve concepção.
62. Quando afirmamos que o macho deve atuar sobre a fêmea, confirmamos
o contato sexual com a mulher e a atuação do sêmen sobre a terra, isto é,
transmutando-se dentro do próprio laboratório orgânico a fim de se con-
verter em Luz e Fogo.
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63. Nosso magistério é masculino e feminino ao mesmo tempo.
64. Quando os sucos sexuais são assimilados pelo nosso organismo, depois de
nos retirarmos da fêmea, dizemos que há embebição.
65. Depois o fermento se coagula em nosso corpo imperfeito e então declara-
mos que há concepção.
66. Posteriormente, vem o nascimento do Rei.
67. A turba diz: Honrai o nosso Rei que está saindo do fogo, coroado com um
diadema de ouro; obedecei-lhe até que chegue à idade da perfeição; alimen-
tai-o até que seja grande. Seu pai é o Sol, sua mãe é a Lua; a Lua é o corpo
imperfeito e o Sol, o corpo perfeito.
68. Finalmente, vem a alimentação.
CAPÍTULO 20
SAL, ENXOFRE E MERCÚRIO
4. O sal dissolvido num licor adequado dissolve coisas sólidas e lhes dá con-
sistência.
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5. O sal dá forma de perfeição ao Menino de Ouro da alquimia sexual.
6. O sal dissolve nossos metais para elaborar com eles o Menino de Ouro da
alquimia sexual.
9. A terra tem a mesma natureza do sal; por isso ela se dissolve na água e se
coagula na água.
11. Nossa terra filosófica, isto é, nosso corpo humano, deve se reduzir aos sais
seminais para elaborar o Menino de Ouro da alquimia sexual.
21. O mercúrio, no sangue, na medula, no humor aquoso, nos ossos, nos mús-
culos, etc.
90
CAPÍTULO 21
ESPÉCIES SALINAS
8. Quando esses doze sais não estão bem equilibrados em nosso organismo,
vêm as enfermidades.
9. Os doze sais zodiacais, em síntese, vêm a dar forma de perfeição aos doze
corpos que usam os habitantes da Névoa de Fogo.
14. Um estudo profundo sobre os sais zodiacais nos levaria muito longe no
campo da terapêutica.
1. Fosfato de ferro
2. Magnésia fosfórica
3. Calcário fosfórico
91
4. Natrão fosfórico
5. Potássio fosfórico
6. Cloreto de sódio
7. Cloreto de potássio
8. Sulfato de soda
9. Sulfato de potássio
10. Calcário sulfúrico
11. Calcário fluórico
12. Sílica.
CAPÍTULO 22
OURO E MERCÚRIO
2. Tal como o sol dá luz aos planetas, assim também o ouro pode transmutar
todos os nossos metais imperfeitos.
3. Porém, o ouro morto não serve. Tem de ser vivificado e reduzido à sua fê-
mea, isto é, à sua matéria-prima e renascer por retrogradação no caminho
da regeneração.
5. Em vez de ejacular esse ouro espiritual, temos que fazê-lo subir pelos dois
cordões ganglionares a fim de conseguir a regeneração do Ser.
92
10. Os metais menores são o chumbo e o estanho que são brandos e o ferro e
o cobre que são duros.
12. Esses pós são os elixires branco e vermelho da alquimia sexual. (Ver capí-
tulo Elixir Branco e Elixir Vermelho).
17. O pai e a mãe se unem para que nasça o filho e a família toda junta é o
quatro.
25. Segundo Avicena12, os metais não podem ser transmutados em ouro senão
depois de reduzidos à sua matéria-prima.
12 Avicena ou Abū ʿAlī al-Ḥusayn ibn ʿAbd Allāh ibn Sīnā - 980 d.C. a 1037 d.C. Suas
obras mais famosas são o “Livro da Cura”, uma vasta enciclopédia filosófica e científica,
e o “Cânone da Medicina” que era o texto padrão em muitas universidades medievais,
entre elas a Universidade de Montpellier e a Universidade Católica de Leuven, ainda em
1650. Ela apresenta um sistema completo de medicina em acordo com os princípios de
Galeno e Hipócrates). Escreveu ainda sobre filosofia, astronomia, alquimia, geografia,
psicologia, teologia islâmica, lógica, matemática, física e poesia .
93
26. A matéria-prima da Grande Obra é o mercúrio da filosofia secreta.
31. O homem e a mulher são o pai e a mãe de todos esses metais da nossa per-
sonalidade, os quais temos que transmutar no ouro puro do espírito.
32. Contudo, não devemos trabalhar no magistério do fogo sem antes haver
reduzido todos os metais à matéria-prima da Grande Obra.
33. Com isso queremos dizer que devemos deixar de lado todo tipo de teo-
sofismos, rosacrucianismos, espiritismos, ferrierismos etc. e compreender
totalmente o que é o mercúrio da filosofia secreta.
34. Raimundo Lulio em sua Clavícula diz:
35. Por isso aconselho que não obreis com o sol e com a lua senão depois de tê-los
levado à sua matéria prima, que é o enxofre e o mercúrio dos filósofos.
94
42. Aprendei a manejar a venerável matéria do nosso sêmen cristônico.
43. Tirai do sol e da lua, isto é, do homem e da mulher, desses dois metais, o
mercúrio da filosofia secreta.
44. Trabalhai com esse mercúrio e “aprendei a servir-vos dele para que andeis
rumo à luz com os olhos abertos e não caiais como cegos no abismo da
perdição”.
45. Assim criareis o Rei coroado com o diadema vermelho, o Mestre de trans-
mutações metálicas.
49. Às vezes é negro, às vezes é vermelho, outras branco e das mais distintas
cores.
54. O recipiente deve estar bem fechado para evitar que não escape sequer
uma gota de mercúrio filosófico.
56. Assim também a nossa semente não deve ser tirada ou arrancada de nossa
terra filosófica, senão perderemos a semente, os universos por florescer e
fracassaremos na Grande Obra.
95
58. Portanto, devemos reduzir o ouro morto à sua fêmea, à matéria-prima,
renascendo por retrogradação, isto é, por transmutação, o caminho da re-
generação.
62. Não se esqueçam, irmãos gnósticos, que a terra filosófica é o nosso próprio
organismo humano.
CAPÍTULO 23
OS DOIS MERCÚRIOS
4. Agora vamos estudar os elixires branco e vermelho atuando como sol e lua.
96
9. O Elixir Branco é o mercúrio fêmea.
10. O mercúrio vulgar, quer dizer, o mercúrio fêmea, não pode suportar o fogo
a não ser com a ajuda de outro mercúrio diferente, que seja totalmente
quente, seco e bem mais digerível.
11. O mercúrio macho torna-se fluido quando se mistura com o mercúrio fê-
mea através da magia sexual.
13. O mercúrio masculino tira do mercúrio feminino sua fleuma e sua frieza
lunar, tornando-se primeiro negro, depois vermelho, em seguida branco e
por fim de distintas cores.
14. Assim é como a mulher transmuta seus metais em ouro puro mediante o
contato sexual com o homem.
16. Os elixires branco e vermelho são os dois mercúrios com os quais trans-
mutamos todos os metais da nossa personalidade no ouro puro do Espíri-
to.
18. Não trabalhemos com o sol nem com a lua senão depois de os haver redu-
zido ao mercúrio da filosofia.
19. Saquemos o mercúrio do sol e da lua para trabalhar com essa matéria ve-
nerável na Grande Obra.
21. Temos que unir o mercúrio macho com o sol e o mercúrio fêmea com a
lua.
22. Porém, isso só é possível reduzindo-se esses dois mercúrios a sol e lua.
97
24. Reduzido o homem a sol e a mulher à lua, então teremos decomposto am-
bos a seus próprios elementos e com esta matéria-prima iremos gerar o
REI SOL, o HOMEM CELESTE, o Mestre da Fraternidade Branca, pleno
de glória e poder.
25. Assim é como nosso mercúrio se une com o sol e com a lua. Assim é como
o sol e a lua se reduzem ao sêmen, isto é, ao mercúrio filosófico.
28. Se temos um anel de ouro e queremos convertê-lo em uma cruz, temos que
fundir o ouro, inevitavelmente, reduzindo-o à sua matéria-prima, ao mer-
cúrio da filosofia, a fim de elaborar a cruz de ouro com essa matéria-prima.
29. Assim também o homem deve se reduzir ao sêmen que o gerou para elabo-
rar com esse sêmen o Mestre de Mistérios Maiores da Fraternidade Branca
Universal.
32. Recordemos que o primeiro milagre que Cristo fez o realizou nas bodas
nupciais de Canaã.
34. Também nós devemos transmutar as águas do nosso Kaos sexual no vinho
de luz do alquimista.
35. O primeiro ensinamento que Cristo nos deu foi de alquimia sexual.
36. Se lançarmos uma olhada a tudo que foi criado, veremos que todos os seres
foram gerados sexualmente.
37. Nós mesmos fomos gerados por um homem e por uma mulher.
98
38. Portanto, se queremos ser Mestres, devemos gerar o Mestre porque tudo o
que existe no universo foi um dia engendrado.
45. Com uma onça desse pó de projeção criaremos milhões de sóis e transmu-
taremos em lua todo tipo de metal saído de uma mesma mina.
99
CAPÍTULO 24
EXTRAÇÃO DO MERCÚRIO
3. Temos que aprender a manipular a cal da lua para extrair o mercúrio vul-
gar, o mercúrio feminino.
4. A cal da lua, embebida em óleo de ouro puro, é secada ao calor do sol para
que seja transmutada dentro do matraz de nosso laboratório sexual.
5. Essa cal da lua, esses princípios sexuais femininos da lua, devem ser sabia-
mente transmutados em nosso laboratório biogenésico.
6. A cal da lua deve ser depositada em uma vasilha de terra bem cozida.
11. Porém, precisa-se extrair o mercúrio feminino da cal da lua para que suba
pelo cordão ganglionar da esquerda.
13. Há que se juntar água ao recipiente para que a vasilha ferva incessantemente.
14. Essa água, primeiro é negra, depois vermelha, em seguida branca e por fim
de diversas cores.
100
15. Eis o Camaleão Universal, a Ave Fênix ressuscitada das próprias cinzas, a
Salamandra que subsiste no fogo.
16. Com o contato sexual extraímos da cal da lua esse mercúrio feminino, es-
ses hormônios de increção sexual que precisamos para o trabalho sagrado
com a nossa pedra bendita.
17. No ser humano comum e normal a serpente da direita sobe, enquanto que
a da esquerda desce para os seus infernos atômicos por causa da satisfação
passional.
21. Uma se enrosca com a cabeça para cima e a outra se enrosca com a cabeça
para baixo.
26. Antes de o homem ter saído do Éden, as duas serpentes estavam levantadas
sobre a Vara, porém quando o homem saiu do paraíso, Jehová Deus disse à
serpente:
27. Porquanto isto fizeste, maldita serás entre todas as feras e entre todos os ani-
mais do campo; sobre teu peito andarás e pó comerás todos os dias de tua
vida. (Gênese 3:14)
28. Essa serpente lunar, essa serpente caída, essa serpente passional, precisa
ser levantada sobre a Vara para acender o fogo.
101
30. Lutemos contra a paixão animal a fim de feri-la na cabeça já que ela nos
feriu no calcanhar.
32. Devemos extrair o mercúrio vulgar da cal da lua a fim de levantar a serpen-
te caída.
33. Os anjos têm os dois pólos de sua força sexual fluindo para cima, para a
cabeça.
34. Os seres humanos têm sua energia sexual dividida. Enquanto as correntes
solares (masculina e positiva) sobem, a corrente sexual lunar (feminina e
negativa) desce.
37. As duas serpentes devem fluir para cima, para a cabeça, tal como ocorre
com os anjos.
CAPÍTULO 25
A CAL VIVA DOS FILÓSOFOS
102
6. Portanto, o sêmen transmutado em mercúrio macho e em mercúrio fêmea
sobe pelos nossos dois cordões ganglionares da medula espinhal.
10. A cal misturada com o mercúrio fêmea se reduz à verdadeira lua, à verda-
deira prata, através da magia sexual.
CAPÍTULO 26
BASE FUNDAMENTAL DA ALQUIMIA SEXUAL
103
3. SANTIFICAR AS FESTAS.
5. NÃO MATAR.
6. NÃO FORNICAR.
8. NÃO FURTAR.
9. NÃO ADULTERAR.
14. Quem viola o sexto mandamento da Lei de Deus não consegue fecundar as
águas mercuriais porque não possui fogos solares.
15. A magia sexual somente pode ser realizada entre esposo e esposa.
16. O homem que viola este mandamento, adultera. A mulher que violar este
mandamento também adultera. Se crêem que vão conseguir alguma coisa,
equivocam-se porque nenhum adúltero consegue nada.
19. Todos os malvados que se unem para praticar a magia sexual sem serem
casados caem na magia negra porque cometem adultério.
104
CAPÍTULO 27
O GRANDE ARCANO
10. A medula, com seus dois cordões ganglionares, tem o formato do Caduceu
de Mercúrio, e forma o número 8.
105
14. Porém, antes, temos que levantar as quatro serpentes dos quatro corpos de
pecado e nos convertermos em Buddhas.
16. E havendo aberto o sétimo selo, fez-se silêncio no céu quase por meia hora. E
vi os sete anjos, que estavam diante de Deus, e foram-lhes dadas sete trombe-
tas. E veio outro anjo, e pôs-se junto ao altar, tendo um incensário de ouro;
e foi-lhe dado muito incenso, para o pôr com as orações de todos os santos
sobre o altar de ouro, que está diante do trono. E a fumaça do incenso subiu
com as orações dos santos desde a mão do anjo até diante de Deus. E o anjo
tomou o incensário, e o encheu do fogo do altar, e o lançou sobre a terra; e
houve depois vozes, e trovões, e relâmpagos e terremotos. E os sete anjos, que
tinham as sete trombetas, prepararam-se para tocá-las. (Apocalipse 8:1-6)
18. E abriu-se no céu o templo de Deus, e a arca da sua aliança foi vista no seu
templo; e houve relâmpagos, e vozes, e trovões, e terremotos e grande granizo.
(Apocalipse 11:19)
22. Como nos dias de Noé, que se salvou com o Grande Arcano, também por
estes dias em que está para iniciar a Era de Aquário13, vos entrego a Arca
do Testamento, meus irmãos, para que não pereçais nesta hora crítica para
a humanidade.
23. O abismo abriu suas bocas tenebrosas, e vós, como nos dias de Noé, pode-
reis vos salvar desta hecatombe na Arca da Aliança.
24. O templo dessa Arca são os órgãos sexuais. Eis aí a Catedral da Alma, a
Santa Igreja Gnóstica.
13 Este livro foi escrito bem antes de iniciar a Era de Aquário, ocorrido em 4 de fevereiro
de 1962.
106
25. Dentro dessa Arca está a Vara de Aarão e as Tábuas da Lei que se consti-
tuem na base fundamental da alquimia sexual.
30. Hoje, Deus cumpriu o pacto que firmou com Moisés. Aqui entrego à hu-
manidade a Arca da Aliança, o segredo indizível do Grande Arcano, a al-
quimia sexual.
31. Aqueles que desprezarem a Arca da Aliança, como nos dias de Noé, pere-
cerão.
CAPÍTULO 28
NOSSO TRABALHO AO VERMELHO E AO BRANCO
107
5. O elixir branco e o elixir vermelho, o homem e a mulher unidos sexual-
mente, o ouro e a prata, têm o poder de transmutar os metais de nossa
personalidade no ouro puro do Espírito durante o transe sexual.
10. Nossa terra filosófica bebe a água fecundante que aguardava, sacia sua
sede e depois produz centenas de frutos.
13. O corvo que voou da Arca de Noé representa a água negra que devemos
branquear. Trata-se do mercúrio da filosofia secreta que devemos fazer
resplandecer com o ouro puro do Espírito.
14. Essa cabeça de corvo, mãe, coração e raiz das outras cores, é o latão imun-
do, o resíduo negro, o bronze dos filósofos, o húmus, o enxofre negro, o
esposo macho, etc.
16. Nossa Grande Obra não é outra coisa que uma permuta de naturezas, uma
evolução dos elementos.
108
19. É a pomba do Espírito Santo.
22. Aqueles que não sabem morrer e ressuscitar devem abandonar a sagrada
arte.
23. É preciso morrer para viver. É preciso perder tudo para ganhar tudo.
26. Não se pode passar de um extremo para o outro sem passar pelo meio.
31. As duas primeiras águas são o Elixir Vermelho e o Elixir Branco com os
quais realizamos nossos trabalhos ao vermelho e ao branco.
109
37. Com a magia sexual branqueamos o corvo negro e nos convertemos em
onipotentes Deuses do universo.
CONCLUSÃO
O mais certo é que os pedantes da época, ao lerem estas linhas, lançarão contra
nós toda sua baba difamatória.
110
DIS, DAS e DOS são os mantras fundamentais da alquimia sexual.
DIIIIIIIIIIIISSSSSSS.
DAAAAAAASSSSSSS.
DOOOOOOSSSSSSS.
Os Mantras DIS, DAS e DOS são vocalizados durante o transe de magia se-
xual. Com estes Mantras, o discípulo evitará o perigo de uma queda sexual. O
discípulo deve se retirar da mulher antes do espasmo a fim de evitar a ejacula-
ção seminal. Vocaliza-se muitíssimas vezes este mantra durante a prática.
111
Os alquimistas medievais esconderam o Grande Arcano nos inumeráveis sím-
bolos e alegorias esotéricas para salvá-lo da profanação e para evitar que fos-
sem queimados vivos nas fogueiras da Inquisição católica.
Ao finalizar esta obra temos que alertar nossos discípulos gnósticos que o ato
de magia sexual somente pode ser realizado entre esposo e esposa e em lares
legitimamente constituídos. Este é o mistério da dupla polaridade. Marido e
mulher formam uma polaridade completa: positivo-negativa. Porém, quando
o homem entra em outra mulher ou a mulher se deixa entrar por outro homem
para praticar a magia sexual, forma-se uma dupla polaridade de cunho total-
mente negativa.
Essa dupla polaridade não tem poder para transmutar a energia sexual. Essa
dupla polaridade não pode fecundar o mercúrio da filosofia secreta com os
fogos solares. Ela não consegue despertar o Kundalini porque é absolutamente
negativa. As águas kaóticas permanecem intactas sem poder serem fecundadas
nem transmutadas.
Em cada átomo seminal existe um germe vital. Quando nosso universo planetá-
rio se dissolver e se reduzir a átomos, nesses últimos dormirão os germes deste
mundo até que o fogo dos Deuses os fecunde na aurora de um novo Mahanvan-
tara. Em nosso sistema seminal dormem germes divinos que apenas aguardam a
hora de serem fecundados pelo fogo para nos darem consciência divina.
112
Essa Luz Super-astral é a primeira luz da criação. Ela é o Elohim Primordial.
A Luz Super-astral tem dois pólos: um positivo e outro negativo. O pólo positi-
vo é a Serpente de Bronze que curava os israelitas no deserto. O pólo negativo
é a serpente tentadora do Éden. O pólo positivo é OD e o pólo negativo é OB.
Buddhi (alma espiritual) é uma centelha que foi gerada pela Alma do Mundo
que deve amadurecer através da magia sexual para despertar a consciência ab-
soluta e nascer no próprio Absoluto.
113
Há dois caminhos: o caminho Logóico e o caminho do Absoluto.
Eu digo aos meus Arhats que o Mestre que renuncia à felicidade do Nirvana
para seguir a senda do dever, longa e amarga, depois de muitas idades se liberta
da Alma do Mundo e nasce na luz increada da vida livre em seu movimento,
onde reina apenas a felicidade absoluta, a consciência absoluta e a absoluta
realidade de SER.
AUN WEOR
S.S.S - Novembro de 1953.
CHAMADO À GNOSE
Não basta ler este livro. Ele precisa ser estudado profundamente e seus ensina-
mentos precisam ser levados à prática. Indispensável abandonar a tibieza e se
decidir de uma vez a trilhar a Senda do Fio da Navalha.
Chegou a hora das grandes decisões e não há mais tempo para se perder. Esta-
mos diante do dilema do SER ou NÃO-SER da filosofia. Por toda parte existe
fome e desespero, ignorância e enfermidades, guerras e revoluções de sangue
e aguardente.
114
As raposas da política fracassaram lamentavelmente e o mundo está em cha-
mas. Toca agora aos homens de espiritualidade, aos líderes religiosos porem-se
de acordo e organizarem um programa fecundo e criador, cujo propósito seja
o de salvar a pobre humanidade doente. Aproximam-se os dias em que haverá
de chover fogo do céu. Tenham piedade dos que sofrem, dos desvalidos, dos
que choram.
FIM
115
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Brasil nos seguintes endereços:
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