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Neste processo, um lingote com estrutura bruta de solidificação é

7 aquecido a temperaturas bem superiores à temperatura de recristalização.


Dependo do tipo de liga, ferrosa ou não ferrosa, a tcmpcramra de
processo (Tr) está compreendida entre 1,4T,.., < Tr < 0,8Tru.so· Depois de
aquecido, o lingote é submetido ao processo de desbaste com reduções
Se\'eras. No desbaste, a carepa de solidi ficação é removida (quebrada) e
LAMINAÇÃO toda microestrutura do lingote é modificada. A grdnulação grosseira,
típica do processo de lingotamento continuo, é modificada pela
7. 1 Introdução
deformação excessiva, que a transforma numa estrutura de grãos
A laminação é o processo no qual o material é conformado entre equiaxiais de menor tamanho.
rolos, onde a deformação é o resultado de tensões compressivas elevadas Depois do desbaste, o lingote, com a microestrutura já adequada
(PR), combinadas com tensões de cisalhamentCJ superficiais (F.) que são ao processamento tennomecânico, é encaminhado para os laminadores
responsáveis pelo puxamento do material (lig. 7. 1). A principal intennediários. Nesta etapa do processo, o lingote é inicialmente
característica deste processo é a sua alta produtividade com um bom transformado cm blocos ou tarugos de grandes dimensões, dependendo
comrole dimensional. do produto final desejado. Na fase final do trem intem1cdiário, os blocos
servem como matéria prima para produção de laminados planos como
chapas grossas ou barras. euquanto que os tarugos servem para produção
de lamiuados não-planos como vergalhões, trilhos, perfis etc. Após a fase
intcnncdiária, o produto laminado, plano ou não-plano, é processado
pelos laminadores de acabamento. As chapas grossas ou banas são
transfonnadas em chapas finas ou banas finas e placas, enquanto os
vergalhões e trilhos têm suas dimensões reduzidas. Os vergalhões podem
Figura 7. I Compressão e cisalhamento no processo de laminação. ainda ser transformados cm fio-máquina (matéria-prima para !refilaria)
ou pequenos perfis.
Do ponto de vista termodinâmico, o processo pode ser

\ ro I
classificados em: laminação a quente e laminação a JNo. A laminação a

L__·~-~_:s_pa-es_:_~:_::_s_·
quente é constintida de diferentes etapas, c.ontbnne mostrado Chapas
esquematicamente na figura 7.2. finas _J

DJooos
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Ch~tpa...,
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Figura 7.3 Seqiiência no proc~sso de laminação a frio.
ungol:o : lU! A laminação a frio é nonnahnente uti lizada como etapa final ou
,.: i.. t' ;,~
de acabamento de produtos laminados. Nesta etapa linal do processo, as
L .- .....; .................l
L-amio.t~dor laminadorc~ lumiudort5 chapas finas, laminadas previamente a quente, sofrem alguns passos a
de Dcsbüic lnt<·rotedJáriot dt Ati.bamenro frio pam melhorar o acabamento e <tiustar suas dimensões.
Figura 7.2 Seqüência no processo de laminação a quente.
Como produto final, poderão ser obtidas chapas finas, fitas ou direçào do cisalhamento, justificando o alongamento do grão nesta
folhas com excelente acabamento superficial e muito bom controle direção.
dimensional (fig. 7.3). Ressaltamos que na indústria de metais nào·
ferrosos, como a de cobre c a de alumínio principalmente, numa boa parte 7.2 Tipos de Laminadores
das etapas do processo, a laminação é feita a liio. Se, ao invés de lingote,
o produto a ser laminado for solidificado na fonna de chapas (''roll O laminador é um equipamento constituído por ci li ndros ou rolos
casting", apêndice deste capítulo) o processo de laminação do alumínio de laminação, uma estrutura de sustentação denominada de gaiola, na
pode ser todo feito a frio, desde que o produto solidificado tenha uma qual são fiXados os mancais dos cilindros e um motor com velocidade
estrutura gmnulométrica adequada e, quando necessário, a deformação controlada para fornecimento da potência necessária ao processo
seja intermediada com alguns tratamentos térmicos intermediários (fig.7.6). Pelos altos esforços desenvolvidos dumnte a laminação, com
(reciÍstalização e ou recuperação). valores que podem chegar a milhares de toneladas, a estrutura do
laminador deve ser suficientemente robusta para suportar os esforços do
processo sem sofrer defo1maçõcs plásticas consideráveis que venham a
comprometer a qualidade o produto. As pequenas deformações d<ísticas
sofridas pelo conjunto compõem o chamado molejo do laminador e serão
consideradas mais adiante.

Caixa de
lransmissâo
Figura 7.4 Alongamento dos grãos no processo de laminação a frio.

A laminação a frio tende a alongar os grãos na direção da


deformação, confonne mostrado na figura 7.4. A textura gera anisotropia
nas propriedades mecãnicas, uma ve;: que o encruamento é,
significativamente maior ua dircção da lamínação. Figura 7.6 Úlmponentes básicos de um laminador.

Os laminadores são normalmente classificados pelo número de


rolos ou ci lindros e pela forma como são arranjados na gaiola. O tipo
mais simples de laminador, constit\Jido por apenas dois rolos, é o
laminador duo (tig. 7.7). Neste lamínador, os rolos giram somente num
único sentido e o material, após a redução, pode retomar para reduções
posteliores através de calhas transportadoras que trabalham paralelamente
ao laminador.
Figura 7.5 Me<:anismo de alongamento dos grãos na laminação a frio.
____()
Os esforços de cisalhamento ( r) e compressão (P) quando
~~
combinados agem sobre o material (fig. 7.5), através dos deslizamentos
entre planos, de modo que o escoamento torne-se muito mais intenso na o
Figura 7.7· Representação esquemática de um laminador duo
Para aumentar um pouco a produtividade, alguns destes
laminadores são dotados de motores que gimm nos dois sentidos. Reaçâo nos
possibilitando ao material ser laminado cm movimentos pam treme c para
trás (duo rcvcrsivcl). Estes dois tipos de laminadores são limitados a \ /mancais

pequenos esforços, urna vez que os cilindros apoiados apenas nos


mancais tendem a ser deformar por flexão. gerando geometrias
defeituosas que comprometem a qualidade do laminado, principalmente
dos laminados planos. I \
Uma alternativa ao laminador de dois cilindros é o laminador trio,
constitufdo por três rolos, conforme mostmdo nu figura 7.8. Neste Figura 7.9- Flexão p1'0duzido pelo empuxo do material sobre os rolos
laminador, upenas os rolos superior e inferior são mowrizados, enquanto
que o rolo intermediário gira por fricção. A nexào sofrida pelos rolos O laminador quátlruo, mostrado na ligura 7.1 O, é bastante versátil
neste tir>o de laminador, embora seja menor do que no laminador de dois e se aplica a qualquer uma das etapas da laminação, dependentlo tio
rolos. ainda é considerável quando gmndes reduções são impostas ao produto que está sendo Iam inado.
material.

o
o
Figuro 7.8· Representação esquemática de um laminador trio fi~'Ura 7.10· RcprctiCHta~ilo CS<JUcmática de um la.ro.i.o.ador quâdruo.

Este laminador pode ser empregado tanto na laminação a quente


O laminador trio é empregado principalmente nn área de quanto oa laminação a frio. 13m ligas não-terrosas como as de alumfnio,
tlesbaste. onde o pequeno comprimento do lingote justifica a passagem por exemplo, o laminador quádruo pode ser empregado para fa.tcr as
em ida e volta do mat~rial em processo. primeird.S reduções a frio em materiais pós-caster, num processo
Em grandes reduções, um grande esforço é desenvolvido no equivalente ao desbaste na laminação a quente de ligas ferrosas.
laminador e o empuxo (reação) produ7ido pelo material pode nexionar os Para o caso da laminação de materiais com alta resistência, a
rolos (fig. 7.9), gerando um produto defeituoso por falta de planieidade: nexào do rolo tende a :.er obliqua em relação ao plano de laminação.
além de comprometer a vida útil dos mancais. Como alternativa para o Neste caso apenas um rolo de apoio, superior e inferior como no
problema da nexào, usa-se um laminador quádruo, onde os dois rolos laminador quádruo. não resolverá o problema de planicidade. Para estes
menores são motori7.ados e apoiados por rolos de grandes diàmetros e casos de esforços elevados, é recomendado um laminador agrupado (fig
resistência. 7.1 1), para conter o emruxo que se des,•ia significativamente da direçllo
normal ao plano de laminação.
7. 3 Controle de Laminadores

A reação (cmpuxo) produzida pelo material durante a laminação


produz uma deformação elástica na estrutura do laminador. Durante o
processo, esta deformação. denominada de molejo do laminador, deve ser
compensada para que o produlo laminado mantenha-se dentro das
especificações na seqUência de passes. A compensação do molejo em
cada gaiola é feita por um servo-mecanismo assistido por computador
que abre ou fecha os rolos, de acordo com as informações recebidas.

p P Cun·u
Curu \
Figura 7. 11 · Representação esquemática de um laminador ngntpndo Elistlc~ JlJAstil~

Existem outros tipos de laminadores a considerar como aqueles P, ----- ------·· ............ .
que são empregados na produção de barras. perfis, tantgos e vergalhões:
os chamados laminados não-planos (fig. 7.12).

{][t[} ...[1;0 . ,,, ,,,


···[[[}·· ···rnJ·· Figura 7.13- Motejo de um lamin3dor: curvas plástica e eláslica.

Figura 7.12- Laminadores para perlis especiais Para o monitoramcmo, o sistema de conb·ole do laminador utiliza
calibradores eletrônicos de espessura como sensores de proximidade
Os rolos laminadores são desenhados de modo a reproduzir (indutivos ou capacitivos). sensores a infravennclbo, de raios-x etc. Estes
seções de gcomeu·ias complexas no laminado, semelh!miOmcme ao que sensores são capazes de dctccrar, cm tempo real, variações de espessuras
ocorreria num processo de confonnaçào em matriz fechada. O na escala nanométrica.
escoamenlo do metal se dá tanto no sentido longintdinal (da laminação) Vamos considerar uma chapa de espessura h11 sendo defo1111Dda
quanto no sentido transversal, preenchendo as cavidades do rolo. Na por laminação. A curva plás1ica relativa à deformação do mate ria I tem
liguro 7.12 vê-se 1rês rolos para produção de perfis crn ..,.., perfis de um formato cm "s'', scmelhamcmemc à curva de um ensaio de
seçào quadrada e para perfis ou ,·ergalbões de seçilo circular. compressão. À medida que a carga P aumenta a espessura linal h,
Evidentemente, para se produzir um perfil de seçào complexa as diminui. A curva elá;.tica. na realidade uma reta. representa a deformação
condições reológicas devem ser analisadas pre,•iamenle para se elástica sofrida pelo laminador devido à reação do material (empuxo)
estabelecer um sequenciamento adequado de passes. Nonnahnen1e. sobre os rolos. Este empuxo produz uma deformação li que. 1>0mada à
vários passes são necessários para que a scçào do laminado vá se abertura inicial dos rolos A, modifica a redução na espessura para ,,,. Pela
fonnando gmdalivamente, evilando-se os defeitos de má formação figura 7.13 observa-se que a espessura final do laminado é dada por: hr•
(preenchimento) do perfi l devido à rapidez do proces~o. Qualllo mais A;+ b:
complexa for a scção do perfil maior deve ser o número de passes. Suponhamos agora que, por um problema qualquer, a lcnsllo de
escoamento do matel'ial tenha aumentado repentinamente. A curva
plástica deve então se modificar (fig. 7.14), considerando-se o aumento como a reduç.ão por passe (L!h) e o diâmetro (2 R) do ci Iindro de
de esforços. laminação (rolo). Estes dois parâmetros combinados detenninarn um arco
de contato que gera uma reação PR "' a0 'Rsen8.w, onde B é o ângulo
p lX I formado pelo arco e w é a largura do rolo (profundidade no desenho).
lX I PI ----------
<To •
p• ------------

' ''
''

''I Figurd 7.15- Geometria da laminação: contato metal I rolo.


figura 7.14- Molejo de um laminador: \'ariaçiio da tensão de o0 ' .
Considerando-se o triângulo retãngulo na figura 7.15 podemos
O deslocamento da curva plástica para direita é tuna determinar o valor do segmento de reta LP. cujo valor aproxima o arco de
conseqüência do aumento da tensão de escoamento. Este aumenro na contato para pequenas reduções.
resistência do material provoca um aumento na deformação elástica do
laminador, fazendo com que a espessura final h/ fique maior -do que a
espessura especiticada h; . Apesar da menor defommção sofrida pelo Eq. 7.1
material, o aumento na tensão de escoamento provoca um aumento do
cmpuxo (1ig. 7. 14), de modo que a carga de laminação passa de P0 para Desenvolvendo-se o quadrado perteito da equação acima e
Po'. O sistema de monitoramento, percebendo a maior espessura do
considerando-se que ('/uJh/ tem um valor desprezível, LPserá dado pela
laminado, fecha os rolos para uma abertura Ar, de modo que a espessura
equação 7.2.
especificada seja preservada. Assim, o empuxo resultante do fechamento
dos rolos eleva a carga de laminação para P1. Esta nova situação de Eq. 7.2
abertura deve perdurar, até que a tensão de escoamento volte ao seu valor
nonnal. A partir de então, a condição de abertura anterior volta a ser Consideremos agora as tensões que atuam nos rolos cilíndricos
restabelecida. tal cotno mostrados na figura 7.16.
Suponhamos agora que, ao invé.s do aumento na tensão de
escoamento, o material da condição anterior (fig. 7.13) sofresse um
aumento repentino na sua temperatura. Quais seriam as conscqlíências
para a espessura (inal do laminado? Quais providências deveriam ser
tomadas pelo sistema de monitoramento para compensar o molejo do
laminador?

7.4 Aspectos Geométricos da laminação

O valor da reação do material sobre os rolos (ctnpuxo)


laminadores depende fundamentalmente de parâmetros geométricos Figum 7. 16- Condição de puxamento dos rolos.
Decompondo-se a reação Pk e a força de atrito F, na direção x 7.5 Considerações sobre o ponto neutro
(horizontal). tal como mostrado na figura acima, pode-se estabelecer a
condição de puxamento para o laminado. De acordo com a ÍÍl:,'llra só Em qualquer que seja o processo de laminação, a velocidade do
haverá puxamento quando: a componeme horizontal do atrito (f4c:osa) material na entrada do laminador é menor que a velocidade tangencial do
for maior ou igual à componente horizomal da reaçào (PI/Sena). Em rolo. E contrariameme, a velocidade do material na saída do laminador é
outras palavras, a condição de puxamcnto é: maior do que a velocidade tangencial do rolo. Se isto é verdadeiro, a
componente de atrito produzida pelo arrasto do cilindro sobre o material
Eq. 7.3 muda de sentido entre os pontos de entrada (E) e a saída (Sj. Então, deve
existir um ponto neutro entre (E) e (S) onde não existe movimento
relativo entre o material e o rolo.
p ~ tga E{!. 7.4

Considerando-se o triângulo retângulo da figura 7. 14, podemos escrever

tga =
Lp .JR!lh
= --'---..,- Eq. 7.5
R-817 R-M
2 2

tga"' ~ E<t. 7.6

Substituindo-se o valor da equação 7.6 na equação 7.4 teremos Figura 7.17 • CondiçAo para continuidade durante a laminação: ó V=().

A distribuição de pressão sobre os rolos cilíndricos do laminador


Eq. 7.7 é semelbante àquela observada para o processo de compressão entre
placas e tem o aspecto mostrado na figura 7. J8. /1. pressão cresce desde a
entrada {E) até o ponto neutro {fi?. de velocidade relativa nula, e depois
Utilizando-se a condição limite na equação acima, podemos escrever diminui até a saída (S) dos rolos.

Eq. 7.8
O ponto neutro, onde a
A equação 7.8 nos dá a máxima redução, por passe, po.ssí vel num velocidade relativa e nula.
tem a máxima pressão.
processo de laminação qualquer. Os valores do coeficiente -de atriio
normalmente encontrados na laminação são: 0,05 :õ ).l ::; O, 1 para
laminação a lho com lubrificação; 0,2 ::; ~ até o grimpamento para a
laminação a quente.

Figura 7.18- Distribuição de pressão sobre os rolos.


O posicionamento do ponto neutro (N) pode variar ao longo do A figura 7.20 nos mostra que a tração avante, produzida pelo
processo, conforme variam as tensões api ic.adas ao plano de lalninaçào. puxameoto do bobinador, desloca o ponto neutro para entrada dos rolos,
Este posicionamento tem muita importância para carga de laminação e diminuindo a carga de lamioação. A diminuição da carga se justifica,
condiciona todo o escoamento, confonne veremos mais adiante. qualitativamente, pela redução da á.rea de contato do material com o rolo,
causada pela tendência à estricção durante o puxamento. Por outro lado, a
7.6 Tração Avante e Tração a Ré tmção a ré produzida pelo desbobinador empurra o material contra o
laminador, deslocando o ponto neutro parà a saída dos rolos. Assim, a
Numa indústria de transformação, onde a laminação se dá em área disponível ao puxamento do material cresce, diminuindo a tensão
grande escala, os laminadores são instalados em série, um atrás do outro, cisalhante (f.t) necessária ao processo. Comoj~ ; f.1 PR; sendo~· constante,
fonnando o trem de laminação (fíg.7.19). Neste trem, cada laminador é (pn} deve diminuir. Chamamos a atenção para o fato de que a redução de
chamado de cadeira de laminação e o laminado movimenta-se com (p1J não é devido unicamente à redução de área. Aspectos dinâmicos
velocidade distinta em cada cadeira. O movimento é sincronizado para também devem estar inclusos. De um modo geral, podemos dizer que a
evitar-se a quebra do material entre as cadeiras (continuidade). A tração avante c a ré reduzem a carga de laminação devido à diminuição
velocidade de saída d~ um laminador deve ser a mesma velocidade de do escorregamento do material entre rolos. O aumento de velocidade
entrada no laminador seguinte, de modo que, ao longo de toda a linha de entre os rolos acarreta uma redução na pressão durante o escoamento do
produção (trem de laminação), o tluxo de material deformado se metal. Se aproximannos a lamiJ1ação de uma compressão bomogênea
mantenha constante.. O desbobinador e o bobinador desemJ>enbam a (tig.7.21) c aplicarmos a condição de escoamento, veremos
função cspccílica de promover a tração a ré e a tração avante, quantitativamente o efeito da aplicação de uma tensão no plano da
respectivamente, que tanto contribuem para redução de esforços. laminação.
.Eq. 7.9

Figura 7. 19- Trem de laminaç.'io com desbobinador e bobinador.


_(J
o:. ---+

ComTm~'ão Sem tr.t~iiQ Figum 7.21 ApUcaçno da tmçno avante e da t111çilo a ré.
:\'<aillcea Rê Avanh:: ou a Ré

Na equação 7.9, 0" 1 =O"R (!ração a ré) ou 0"1 =O", (tração Avante) e
O"3 = - p; teremos, de acordo com Von Mises
Tração
a Ré
Eq. 7.10
Tração
Awnt~

Extensio do arco Contato Pela equação 7. 10 percebe-se que quanto maior for a tensão aplicada ao
plano de laminação (O"!), seja ela avante ou a ré, menor será a pressão
Figura 7.20 - Efeito da tenção avante e tração a ré. sobre os rolos (p) e portanto menor será a carga (P).De acordo com Voo
Mises, o menor valor da carga (p) é obtido quando se aplica Substituindo-se a equação 7.11 na equação 7.12 teremos
simultaneamente tração avante e tração a ré (a1 = a.~+ a:,J.
Do ponto de vista dinâmico pode-se dizer que a condição de Von • I a"2v
Mises está para o escoamento em processos de conformação mecânica, s.•t = -
e.a •.
J-rh cosada Eq. 7.13
assim como a condição de Bemoulli está para o escoamento de nuidos
newtonianos. A pressão serà máxima onde a velocidade de escoamento
for mínima e vic.e-versa. Considerando-se que a" é igual a 90", após a integração da equação 7.13
o valor médio da taxa de dcfonnação será igual a
7.7 Taxa de Deformação na Laminação

&M = -I -2vr
-[l - sena •] Eq. 7.14
A taxa de deformação nos processos de laminação é variável,
l:!.a h
uma vez que a velocidade vertical (v1) depende do ângulo sobre o arco de
comato do rolo com o material. Por uma questão de simpli!icaçà(),
7.8 Estimativa de Esforços no Processo de Lamlnaçao
tomaremos o ângulo complementar a ao invés de (J (fig. 7.22).
A derenninação de esforços nos processos de laminação é
............
·--·~ ............ extremamente complexa, confonne foi visto no capítulo III § 3.4.
a' Resultados precisos para a equação 3.92 só podem ser obtidos por
vv= vrcosa processos numéricos (?.11EVF). Entreta!llo, para mna tomada de decisão,
como a seleção de um equipamento para realizar um determinado passe,
com vr contínua no um cálculo estimado pode ser feito rapidamente no próprio chão de
intervalo uo < u<90° fábrica. Para isto, é suficiente considemr-se o fato de que o diâmetro dos
cilindros é muito maior que a redução de espessura (D » Llh) e,
portanto, a laminação entre rolos pode ser considerada como uma
Figura i .22 - A taxa de defonnação na laminação é uma variáveL compressão homogênea entre placas planas. Assim, a carga de laminação
pode ser expressa pelo valor médio da função p(Y), dado pela equação
Sendo a taxa de deformação dada pela razão entre a velocidade 7.15.
vertical (v 1J e a a1tum (h), podemos escrever:
I L,. ! 2

P (xl =- fp(x)dx Eq. 7.15


• 2v Mo
c = -~'-cosa Eq. 7.11
h
Na equação 7.15, (x) é a direção de laminação e p{-t) o valor local da
Considerand<rse que ~: =.f(r:t} é uma função contínua no intervalo tensão de laminação que é dada pela equação 7.16.
entre a· e a", seu valor médio pode ser detenninado pelo teorema do
valor médio.
_ . [2p(Lp/
PI.,J- O'o exph /2-x·)] Eq. 7.16
• 1 (I".
&M = - Jr.da Eq. 7.12
!!.a u'
7. 9 Defeitos de Laminação
,\rca.!~ de llu~t.J
Os principais defeitos dos produtos laminados têm origem na ro.oin~ido

matéria prima ou são produzidos por tensões induzidas durante a


laminaçllo. Defeitos na matéria prima como bolhas ou fissuras no lingote
não constituem problemas uma vez que tendem a ser eliminados durante
a deformaçllo a quente ainda na operação de desbaste. As impurezas,
sejam elas introduzidas ou provenientes da produção do lingote
(partículas de segunda fase) podem gerar defeito:. que se propagam e
amplificam-se ao longo do processo, comprometendo a integridade do
laminado. l~m algumas ligas de alumínio utili7adns na fabricação de Figura 7.23 - Escoamento e tensões induzidas após a laminação.
folhas finas, por exemplo, este problema tende a se tomar ainda mais
critico. Fases excessivamente duras. com a alfa hcxugonal (AI8 Fc1 Si), Ne;tas ár~as de contato, o atrito produ«ido entre o material 1: o
tomam-se incompatíveis com a malri«, uma vez que nilo se defom1am rolo restringe significativamente o fluxo. Portanto, após a laminaçao,
durante a laminação. Durante a deformação, trincas silo nucleadas na surgirão tensões trativas nas regiões que não se defom1aram (centro da
interface incoerente matriz-partícula e se propagam até a fratura total do barra e superficic) e tensões compressivas nas regiões adjacentes às áreas
laminado (rasgamento da folha). Excluindo-se estas poucas exceçôes. de fluxo restringido. Todas as considerações feitas para a soçllo
podemos dizer que os defeitos oriundos das matérias primas estão cada transversal são válidas para a scçilo longitudinal. Entretanto, como o
ve-z mais dificcis de ocorrer na indústria. A solidificaçilo controlada no espalhamento do material é significativamente maior na dircção
lingotamcnto contínuo deu bastante confiabilidadc ao processo. de modo longitudinal, os gradientes de deformação nesta seçllo serão mais intensos
que a matéria prima normalmente não apresenta defeitos. Por outro lado, do que na scção transversal c, conseqüentemente. as tensões residuais
ao longo do processo. alguns defeitos associados à geometri a podem também serão mais intensas. Em casos criticos, depois de sucessivos
surgir. Nos laminados planos os defeitos devido ao motejo ou flexão dos passes, poderá surgir uma falha do tipo rabo de peixe que se origina na
rolos tendem a ser ainda mais graves. conforme veremos adiante. região central do plano de laminação, conforme será descrita adiante.
As tensões residuais. quando elevadas, são as grandes Consideremos agora o caso no qual a razão entre o comprimento
responsáveis pelos defeitos produzidos durante o pr·occsso de laminação a de arco de contato L1• c a altura 1111 seja superior a 0,65, onde as tensões
frio. A condição final do laminado depende, portanto, destas tensões residuais, transversais c longitudinais tomam o aspecto mostrndo na
residuais que são, nonnalmeme, associadas à fatores geométricos como figura 7.24. Quando a rau1o L1Jh0 é superior a 0,65, a delbrmaçílo tanJa-
Lr/hr,, wolho e 6hlho que delimitam as áreas de fluxo restringido. Nestas se mais homogênea, de modo que toda a seção do laminado sofi-e seus
relações, Wo e h0 são, respectivamente, a largura e a altura in iciaís do efeitos. De modo análogo ao caso anterior, apenas as regiões de fluxo
laminado. Quando a razão entre o comprimento de arco de conta to Lr e a restringido apresentam um limitado escoamento do material
altura ho for inferior a 0,60, as tensões residuai~. transversais e (espalhamento) devido ao atrito. E mesmo nestes casos, onde a não-
longitudinai> tomam o aspecto mostrado na figum 7.23. uniformidade das tensõe> e não-homogeneidade da deformaçilo não :.ão
Anali.ando-se a seçào transversal verifica-se que a profundidade críticas. após sucessi~os passes de laminação, poderJo surgir tenl>Ões
de deformação não atinge a região central do laminado. O escoamento residuais consideráveis. Nas regiões que se deformam menos ou
nesta seção localiza-se apenas nas regiões adjacentes às áreas de contato praticamente não se deformaram (superficie da barra) apa=erão tensões
do material com os rolos (áreas de fluxo restringido). residuais trativas e, nas rcgiõe> adjacentes às áreas de fluxo restringido.
apareccrJo tensões residuais comprcssivas.
Considerando-se agom o caso em que os rolos de apoio impõem
um esforço ao rolo lantinador capaz de superar a reação do material, de
modo que a flecha será contrária ao caso anterior (negativa), coníorme a
t sugestâ.o da figura 7.26. Neste caso, o estirament.o (espalhamento) do
• material sen\ mais intenso na região central do que nas laterais. Se, depois
de alguns passes de laminação, as tensões residuais da borda da chapa
Figura 7.24- Defeitos produzidos duranrc o prO<:esso de laminação. superarem a tensão de ruptura do material, poderão surgir as trincas
laterais conforme a il ustração da figura 7.26.
Estas consider'dções são válidas pam as seções transversal e
longitudinal, confom1e já foi ilustrado na figurd 7.24. Observe ainda nesta
figura que, para a direçào normal ao plano de laminação da chapa, as
tensões residuais são sempre trativas, para qualquer que seja a soção Trincas ~Jbc•1as
considerada.
V~jamos agora os casos nos quais os defeitos de lami nação são
t ! t por 1ensões
tt$iduais tralivas

produzidos por flexão dos rolos. Se a flecha for produzida pela reação do
material sobre o rolo (positiva), a região central será menos deformada, ! t !
de modo que o cstiramcnto nesta região da chapa será menor que o
estiramento lateral, conforme está ilustrado esquematicamente na figura
7.25. Adotando-se como princípio o fato de que as regiões que estiram
mais tendem a se contrai r após a deformação, podemos justificar o
enrugamento lateral sofrido pela chapa laminada nestas condições pelas
tensões eomprcssivas nas bordas c trativas na região central. Para o caso
de passos sucessivos de laminação a ti'io com uma flecha positiva,
poderão ocorrer pequenas trincas na região centml do laminado, sempre
que a tensão de mptura for ultmpassada nestas regiões. ainda dunmte a Figura 7.26 - Defeitos produzidos por 11exâo negativa dos rolos.
laminação. Após o processo, as tensões compressivas das bordas da
chapa contribuirão para tcchar as trincas da região central. 7_10 Lubrificação na Laminação_

Trincas fechadas por Os óleos lubdficantes empregados na laminação a frio de


tensô..."S residuais
materiais planos são, tradicionalmente, os hidrocarbonetos derivados do
1l 1 comprc:ssi\•ns
petróleo (base parafuüca) ou óleos similares, sintetizados quimicamente.
Estes lubrificantes têm como principais caracteristicas a viscosidade

l 1l cinemática com 1,75 cSt e a densidade de 0,75, aproximadamente. Além


de reduzir o atrito e unifom1izar as tensões atraves de uma película
resistente aos esforços, o lubriticante arrefece os cilindros durante o
processo de confonnação. A figura 7.27 mostra e<>quematicamente que o
lubrificante dever ser pulverizado ou jateado sobre toda a extensão dos
cilindros, para se evitar o contado direto destes com o metal. A baixa
moihabi lidade ou baixa resistência da película do óleo em certas regiões
Figura 7.25- Defeitos produzidos por flexão positiva dos rolos. dos cil indros podem causar danos à superticie do material laminado e ao
próprio laminador. A região atingida por estes problemas tende a estirar- fungicidas e antioxidantes. O óleo emulsificante é sintético, livre de
se mais do que as outras regiões adequadamente lubrificadas. Havendo minerais e compostos hnlogênicos. Este óleo puro (oào-emulsificado) tem
um maior atrito haverá aumeoto no puxnmcnto destas zonas mal como principal característica a densidade de 0.92, aproximadamente, a
lubrificadas, gerando gradientes de tensões entre regiões afctadas e não- viscosidade cinemtitica de 42.0 cSt c um pomo de fulgor superior a
afetadas pela m:llubrifieação, produzindo ondulações do laminado. 20<fC. A molhagem dos cilindros com a esta solução refrigerante é
suficieme para o arrefecimento dos cilindros. evitando-se o caldeamento

Q ~
destes com o metal e o desgaste prematuro. Nom1almente, a soluç;io
refrigerante antes de ser recirculada deve ser filtrada para retirada dos
y;ff' v óxidos ou micro-fragmentos do metal laminado.

7.11 Apêndice

Processo ··'Rol/ Custim:"

O '·Roll Casting" é um processo termomecânico util izado para


produção de chapa.5 fundidas que combina, numa única operação,
Figura 7.27 - Esquema do processo de lubriticnçllo por spmy. solidificação râpida com laminação a quente: eliminando-se desta fonna
C lique p;;ra aum~;or,ta r
diversas das etapas do processo tradicioanal de tingotamcuto. Neste
Para melhorar o d f t t cotar a vida útil dos
I , I processo os equipamentos Msicos são dois rolos cilíndrico> c um
lubrificantes, são utilizados alguns aditivos. O ácido láurico e o álcool alimentador/distribuidor de metal líquido. tal como é mostrado
láurico quando combinados com o óleo lubrificante formam uma pclicula esquematicamente na figura 7.28. Os rolos cilíndricos são refrigerados
de alta resistência (EP· Estrema Pressão) que evita o contato dircto do internamente a água e funcionam como substratO na solidificação, além
cilindro com o material durante a laminação. O ácido láurico também de puxar, como num laminador. o metal já solidificado para um
ajuda no urraste de fragmentos do metal laminado, ajudando na limpeza bobinador externo ao •·castcr''. O alimentador é dotado de canais
do óleo. Compostos halogênicos e enxofre coloidal também são ajustáveis que possibilitam a distribuição do metal liquido sobre toda a
utilizados como aditivos de extrema pressão (EP). Para dar maior extensão dos rolos ci líndrico. Assim, o vazamento é rea lizado
estabilidade (durnbilidadc) ao lubrificante c aumcot1u- sua vida útil, deve- equitativamente a uma mesma temperatura, em qualquer que seja a parte
se adicionar um antioxidante (ionol). do cilindro.
O lubri li cante ames de ser recirculado deve ser filtrado As altas taxas de resfriamento, associadas a uma redução de
mecanicamente para eliminar, principalmente. as partículas sólidas espessura, produzem um estado complexo de tensões, principalmente na
produ7idas durante o processo. Para isto, utiliza-se como filtro um frente de solidificação. contribuindo para o desenvolvimento de uma fina
material cerâmico à base de alumiou-silicato. leve. poroso e insolúvel, microestrutura de células dcndrítieas de 2 a 3 fim. em média. As tensões
que nao afeta as propriedades quimicas e riSica.- do óleo mineral. mecânicas desenvolvidas durante a solidificaç-Jo c confonnaçào
Opcionalmente, pode-se ainda utilizar uma argila ativada, que misturdda mecànica, simuhàneas, concorrem para a fragmenta~-ão dos cristais
ao óleo tem a função de atrair materiais contaminante•, nào retidos pelo dendríticos em crescimento e. conseqüentemente. para o refino de grãos.
filtro (menores que I micron) como os fragmentos de sabões e corpos
melálicosA lubrificação da laminação a que-nte para laminados planos ou
nilo-planos não pode ser feita com os óleo; tradicionais por causa do
fumegamento ou ignição dos mesmos. Au invés dos lubriíicantes
tradicionais, uti liza-se uma emulsão de óleo com água tratada com

..
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Uquldo
. . •
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Figura i.29 Aspectos Figura 7.30 Aspectos


cristalográficos da frente de macroscópicos da frente de
Figura 7.2S. Rcrrcscntaçno csqucm:ítica do processo "Roll C'1lstcr" solidificação. solidificação

Os sistemas ternários de ligas eutética~ de alumínio obtidas por Nos cristais CFC. a interface sólido-líquido tende a ser paralela a
este processo podem evoluir para uma microcsrrutura de grãos uma das faces do cubo devido ao fator de acomodação. Neste tipo de
extremamente finos c com propriedades mecânicas bastante interessantes. esrnnura cristalina o crescimento dcndrítico ocorre normalmente segundo
As condições para o refino da microcsirutura são aumentadas pela ação a direçào [I 00]. Assim, os primeiros cristais nucleados têm uma de suas
de elevados gradientes térmicos que. associado> ao uso de nucleantes. faces tangenciando o rolo, tal como sugerido na figura 7.29. Es1as
aumentam a velocidade de nucleaçào na fase liquida. dircçõcs [I 00] dos primeiros cristais fonnados condicionam todo o
Os parâmetros geométricos importantes para a solidificação no crescimento dcodrítico. Assim, o dirccionamen1o colunar tende a fonnar
processo •·Roll Casting•· estão dcf111Ídos na figura 7.28, onde L. é o um ângulo ~ com o eixo da placa e, confom1e está sugerido na ligura
comprimenlo aproximado do arco de contalo; 4 e o comprimento do 7.30, quanto maior for a espessura da chapa. menor serâ o angulo ~· Por
arco onde exis1e uma deformação efetiva; h, e a espessura da lâmina de outro lado, o puxamcnto produzido pelos rolos na parte sólida da placa
líquido na entrada dos rolos; h~ é a espessura da lâmina no final da frente repercute na frente de solidiíicaç~o. principalmente nas regiões medianas.
de solidilicaç~o. onde é iniciada a dcfonnação cfctiva da chapa; d é o As tensões devido ao puxumcnto tendem a acomodar, nesta região, os
recuo da frente de solidificão e é dado por d ; 112 h, tga c Lw= L, - d. planos compactos {I I I} dos cristais sólidos da frente de solidi íicaçào,
Os mecanismos de fragmentação dos cris1ais dcndrfticos podem ser paralelamente à placa cm formação, segundo a direçâo (J 10]. Como esta
melhor explicados. qualitalivamentc. a partir da sequencia de tcnômcnos não é uma diroção fàvorávcl ao crescimento, devido tanto aos gradientes
que intervêm durante a solidificação: A nucleaçilo é seguida de um ténnieos quanto ao fator de acomodação, a frente de solidificação tem seu
crescimento colunar orientado confonne está ilustrndo na figura 7 .29. crescimento retardado nesta região mediana. provocando o recuo (d) cm
Este crescimento colunar tende a ser orientado, a panir da relação as partes da entrada dos rolos.
superficie dos rolos, pelas correntes de convecção e pelo fator de Admitindo-se que a frente de solidificação ê estacionária.
acomodação, característico do crescimento dcndritico. Durante o relalivamcotc aos eixos dos cilindros, pode se dizer que os cristais
puxamenlo da pane solidificada da chapa. a frente de solidificação sofre deodriticos formados na posição I, ao núgrarem para posi~o 2
uma distorção. Os brdços dendriticos em formação tendem a •e acomodar fragmentam-se para acomodar a nova condição de crescimento na frente
numa nova orientação, além de absorver as tensões, majoritariamente de solidificação e absorver os esforços compressivos.
compressivas, produzidas pelo esmagamento, enlre os rolos, no material
em solidilicução.
EXERCÍCIOS PROPOSTOS Referências Bibliográficas

1· Quais parâmetros de laminação condicionam a redução de espessura, GEORGE E. DlETER · Metalurgia mecânica - Ed. Guanabara dois,
por passe, do laminado? 1982.

2- Qual a importância do diâmetro dos ci lindros para a carga de H. H.ELMAN, P. R. CETLlN - Fundamentos da coníonnação mecânica
laminação? dos metais - Ed. Guanabara dois, 1986.

3- Descreva o molejo de um laminador cujas condições de atrito são J. M. MEYERS, K. K. CHA WLA - l>rincípios da metalurgia mecânica
reduzidas durante um prOC<!sSO. Ed. Edgard Hlucher, 1982.

4- Em uma cadeira de laminação, um determinado material é redu7.ido de METALS HANDBOOK - Fomling and Forging, Vol. 14; ASM 9'h
uma espessura h. para h. Se, de repente, houvesse um problema elétrico edition, 1996.
de modo que a rotação dos ci lindros fosse aumentada, que providências o
sistema de monitoramento deveria tomar para que a espessura final do METALS HANDBOOK- Mechanical Testing, Vol. 8; ASM 9'h edi tion,
produto laminado não fosse modificada? 1996.

5· Justifique a redução de carga de laminação por aplicação das traçõcs HTTP/!WWW.CIMI'vi.COM.BR!materialdidatico -> Conformação +
avante c a ré num laminador. Laminação.

6- Que modificaçõe-s seriam produzidas no molejo de um laminador, se HTIP://OCW.l'vfTT.EDU/OcwWeb/Mechanicai-Engineering/ index.htm


fosse itltroduzida, repentiuatneute, uma tração a ré no equipamento? - Plastic Defonnatioo, Metais Forming.
Neste caso. quais providências devem ser tomadas para preservação da
espessura no laminado? R. A. SANGUINEm FERREIR.'\, F. SIDNEY SILVA, M. G.
BURGER, F. G. RIBEIRO FREITAS • Decomposição Isotémlica da
7- Como podemos justificar uma fratura do tipo mbo de peixe em um Liga AA 8023 Obtida pelo Processo Roll Caster - 53° Congresso anual
laminado? da ABM, em CD ROM, 1998.
8- Qual a importância do ponto neutro para o cálculo da taxa de
defom1açâo?

9- Por quê são tàbricados laminadores com arranjos complexos de rolos,


tal com mostrado na figura 7.11.

I 0- Utilizando a teoria simplificada d~ laminação trace gráficos das


curvas da variação da carga de laminação com o diâmetro dos cilindros e
com o coeficiente de at1ito.

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