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Cirurgião Ivo Pitanguy morre no Rio aos 90 anos

Morreu na noite do dia 06, no Rio, aos 90 anos, Ivo Pitanguy, grande nome da
cirurgia plástica mundial. Ele teve uma parada cardíaca em casa.
Ivo Pitanguy fez do Brasil a principal referência mundial em cirurgia plástica ao
desenvolver técnicas nas áreas de estética e de reparação.
Transformou a vida de milhares de pacientes, famosos e anônimos. Formou
gerações e gerações de alunos, novos cirurgiões que aprenderam com ele a
respeitar e valorizar a autoestima dos pacientes.
Pitanguy ocupava a cadeira de número 22 da Academia Brasileira de Letras.
Amava o trabalho, a harmonia e a natureza. Costumava dizer que nunca
conseguiu definir o conceito de beleza. Mas sempre que a encontrou, soube
percebê-la.
Ivo Pitanguy foi cremado, dia 07, no Rio.
Pitanquy carregou a tocha da Olimpíada, no revezamento realizado na Zona Sul
do Rio de Janeiro.
Rússia vai recorrer de exclusão da Paralimpíada do
Rio
O presidente da delegação paralímpica da Rússia disse que a punição que tirou os atletas
paralímpicos dos Jogos, em setembro, foi uma grave violação dos direitos humanos. A
Rússia foi punida por causa do escândalo de doping que envolveu atletas e autoridades.
Os russos vão recorrer de uma decisão que chamaram de “política". O chefe do time
paralímpico prometeu provar no mais alto tribunal do esporte que muitos atletas jogam
limpo.
O Comitê Paralímpico Internacional excluiu a Rússia da competição no Rio. A entidade
considera que "o sistema antidoping do país está quebrado e inteiramente
comprometido".
A posição é mais forte que a do Comitê Olímpico Internacional. O COI tinha lavado as mãos
e deixado as federações de cada esporte decidirem sobre o banimento de atletas da
Rússia. O governo russo é suspeito de supervisionar o uso sistemático de substâncias
proibidas.
Uma investigação da Agência Mundial Antidoping encontrou centenas de fraudes em
exames entre 2011 e 2015. A Rússia sofreu um golpe duro, mas não jogou a toalha.
Em raro pronunciamento, imperador japonês
sugere que deveria abdicar
Akihito, o imperador do Japão, de 82 anos, planeja abdicar por questões de saúde em favor do seu filho Naruhito, disseram fontes da
Casa Imperial japonesa. Segundo as fontes, não será uma abdicação imediata, e sim “nos próximos anos”, e o soberano já comunicou
a ideia à sua mulher, a imperatriz Michiko, e ao próprio Naruhito.
Segundo fontes, o imperador deseja abandonar o trono devido à idade avançada e antes que esteja fraco demais para conseguir
cumprir seus deveres como chefe de Estado. A Casa Imperial está procurando um momento adequado para que o imperador se dirija
ao público, segundo a emissora.
Se confirmada, a abdicação será uma medida incomum no Trono do Crisântemo. O último soberano nipônico a abrir mão do cargo foi
Kokaku, em 1817. É algo tão raro que nem poderia entrar em vigor imediatamente, já que não é uma hipótese prevista na Lei da Casa
Imperial, de modo que seria necessário que a Dieta (Parlamento) aprovasse uma reforma.
Akihito sofre problemas de saúde desde que, em 2003, recebeu um diagnóstico de câncer de próstata, e o tratamento contra a
doença resultou numa osteoporose. Em 2011, sofreu uma forte pneumonia, e no ano seguinte se submeteu à implantação cirúrgica
de um by-pass cardíaco.
O atual soberano nasceu em 1933, filho do imperador Hirohito (chamado, após sua morte, de imperador Showa, pelo nome da sua
era) e da imperatriz Nagako. Como príncipe herdeiro – apesar de não ter esse título à época –, viveu quando criança o apogeu do
expansionismo japonês e posteriormente a derrota do seu país na Segunda Guerra Mundial. As duas bombas atômicas atiradas pelos
EUA sobre Hiroshima e Nagasaki, em agosto de 1945, levaram Hirohito – em cujo nome centenas de milhares de soldados haviam se
sacrificado – a anunciar a rendição pelo rádio. Foram fatos que marcariam para sempre Akihito e seu reinado.
A eventual abdicação de Akihito não tem caráter político, mas, se confirmada, “terá o efeito de chamar a atenção para o imperador e
seu legado pacifista", opina Celine Pajon, do Instituto Francês de Relações Internacionais. Além do discurso do ano passado, o
imperador também fez várias visitas simbólicas a países vítimas de invasões japonesas. “Neste sentido, é possível que tenha certo
efeito político”, avalia a especialista.
Morre no Rio o ex-presidente da Fifa João
Havelange, aos 100 anos
Morreu dia 16, aos cem anos de idade, o ex-presidente da Fifa João Havelange. Ele comandou o futebol mundial por 24 anos.
O sepultamento de João Havelange aconteceu no Cemitério São João Baptista, no bairro de Botafogo, Zona Sul do Rio de
Janeiro. Além da família, estiveram presentes amigos e antigos colegas de trabalho do ex-dirigente.
Nascido em 8 de maio de 1916, este carioca, filho de belgas, assumiu a presidência da extinta Confederação Brasileira de
Desportos, a CBD, em 1956, aos 40 anos. Dois anos depois, no comando da entidade que também controlava o futebol
brasileiro, João Havelange participou da conquista da primeira Copa do Mundo.
Com o bicampeonato mundial na Copa de 62, e o tri em 1970, o nome de João Havelange ganhou força para assumir um cargo
ainda mais importante. Em 1974, ele virou presidente da Fifa e ajudou a transformar o futebol num dos negócios mais
lucrativos do planeta.
Durante 24 anos, João Havelange foi o homem mais poderoso do futebol mundial. Mas a história esportiva do dirigente
começou em outra modalidade, como atleta, na natação. Ele representou o Brasil nos Jogos Olímpicos de 1936, em Berlim.
Como atleta do polo aquático, João Havelange disputou mais uma Olimpíada, os Jogos de Helsinque, em 1952. Membro
vitalício do Comitê Olímpico Internacional, Havelange participou ativamente da campanha para o Rio de Janeiro sediar os
Jogos de 2016.
"Ele sempre disse que iria estar vivo e completar 100 anos durante a abertura dos Jogos Olímpicos, que foi o que aconteceu.
Esse foi o seu desejo da época da candidatura, da época da apresentação final", lembrou Carlos Arthur Nuzman, presidente do
Comitê Olímpico do Brasil.
Em 2011, alegando problemas de saúde, ele abriu mão do cargo de membro vitalício do COI. Em abril de 2013, aos 96 anos de
idade, ele renunciou à presidência de honra da Fifa. Naquele ano, um relatório da comissão de ética da entidade envolveu o
nome de Havelange num escândalo de corrupção. João Havelange morreu na manhã desta terça, aos 100 anos de idade, por
causa de complicações decorrentes de uma pneumonia.
Imagem de menino resgatado de bombardeio na
Síria comove o mundo
A guerra na Síria produziu mais uma imagem simbólica e comovente. A imagem
é de uma criança que não chora; um menino sujo de pó e sangue. Resignado,
mas não em paz. O registro acontece depois de um bombardeio em Aleppo.
Omran Daqneesh é resgatado dos escombros e levado à ambulância para
atendimento.
Ele não fala uma palavra, não reclama. Olha nos olhos do mundo pelas lentes
da câmera. O garoto comportado da guerra fica em silêncio. A mão encontra o
rosto machucado e tenta entender o que aconteceu. Omran recebe a
companhia de outras crianças. Os pais e os três irmãos dele teriam sobrevivido.
Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos, com sede na Inglaterra, três
pessoas morreram nesse ataque. A ONU pediu uma pausa de 48 horas nos
confrontos para conseguir levar comida e remédios à cidade de Aleppo.
Omran tem 5 anos, a idade de uma guerra que já matou 250 mil pessoas e
desalojou 11 milhões na Síria. O menino parado é vítima de uma catástrofe
humanitária e da inércia da comunidade internacional.
Congresso diz à OEA que não há ilegalidade em
impeachment
Em resposta à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados
Americanos (OEA), Senado e Câmara divulgaram dia 22, ofícios semelhantes em que dizem
que não há ilegalidade no processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff.
O ofício da Câmara foi entregue ao Ministério das Relações Exteriores que o encaminhou à
OEA. Já o documento do Senado é endereçado diretamente à organização.
No dia 16, a comissão enviou ao Brasil um pedido de explicações sobre o processo, atendendo
a um pedido de parlamentares do PT, que acionaram a entidade com o objetivo de suspender
o andamento do processo.
A resposta é elaborada em duas partes. Uma delas, produzida pela Câmara dos Deputados,
que admite a denúncia de crime de responsabilidade contra o presidente da República; e a
outra a ser feita pelo Senado, que conduz o processo de impedimento do chefe do Executivo.
A parte do Senado, foi preparada pela Advocacia-Geral da Casa.
O texto da Câmara, elaborado por consultores legislativos da Casa e assinada por Rodrigo
Maia, diz que “não houve nenhuma violação” no processo de impeachment.
Já o ofício elaborado pelo Senado, feito pela Advocacia-Geral da Casa a pedido do presidente
Renan Calheiros (PMDB-AL), conclui que, ao longo do rito de impeachment, “foram
observados os preceitos constitucionais, legais e regimentais que norteiam o processo de
impedimento, não havendo que se falar em qualquer ilegalidade ou inconstitucionalidade dos
atos praticados pelo Senado”.
As Casas Legislativas também argumentam que o rito seguiu a Lei do Impeachment
(1.079/50), a Constituição de 1988 e as decisões do Supremo Tribunal Federal (STF). Os
ofícios também dizem que, ao longo do processo, o STF foi consultado várias vezes, o
que assegurou os direitos da presidente afastada.
O pedido de suspensão do processo de impeachment de Dilma, enviado no último dia
10 à OEA, contém cerca de 100 páginas.
Nele, os parlamentares do PT alegam que ela é uma "vítima" no processo e que há
"vícios", como suposto desvio de poder cometido pelo então presidente da Câmara,
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que acolheu o pedido de impeachment. Atualmente,
Cunha está afastado do mandato pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Os aliados de Dilma argumentam ainda que o país está "diante de uma situação que
não pode ser solucionada por meio de recursos internos".
Eles justificam, então, que procuraram a entidade internacional porque é necessária
uma medida "urgente" contra o impeachment, já que o processo pode "materializar-se
em um dano irreparável ao exercício dos direitos políticos".
'Talvez seja morto se voltar para Etiópia', diz atleta que
protestou em maratona
Após protestar durante os Jogos Olímpicos, o etíope Feyisa Lilesa, 26, afirmou que não pode
voltar para casa. Segundo o maratonista, que conquistou a medalha de prata no Rio, retornar
ao país de origem significaria ser morto ou preso.
Assim que cruzou a linha de chegada da maratona, Lilesa cruzou os braços acima da cabeça.
Trata-se de uma alusão aos símbolo utilizado por manifestantes anti-governo na Etiópia, numa
tentativa de alertar o mundo para o que está acontecendo no país.
O maratonista pertence à etnia da Oromo, que vive próximo da fronteira da Etiópia com a
Somália. O grupo, de maioria cristã, é um povo agrícola e semi-nômade, cuja história é
marcada por problemas políticos com o governo. Com 38 milhões de pessoas, constituem
cerca de 40% da população do país.
De acordo com a ONG Human Rights Watch, a Etiópia vive, desde o final de 2015, uma série de
protestos contra a desapropriação de terras do povo Oromo como parte de um plano nacional
de desenvolvimento.
No começo de agosto deste ano, a organização humanitária diz que forças de segurança do
governo etíope usaram armas letais para coibir protestos e mataram "até 100 pessoas".
Lilesa vive na região da Oromia, onde parte das mortes teriam ocorrido. "O governo da Etiópia
está matando as pessoas [da etnia] Oromo e tomando suas terras e recursos. Por isso as
pessoas estão protestando e eu apoio o protesto porque sou Oromo", disse o atleta em
entrevista coletiva após a corrida.
"Meus parentes estão na prisão e se falam de direitos democráticos, são mortos. Eu ergui
minhas mãos para apoiar o protesto Oromo", afirmou.

O atleta repetiu o gesto durante a cerimônia de premiação da maratona (as medalhas só


foram entregues na cerimônia de encerramento). Segundo a agência de notícias AP, a
emissora estatal da Etiópia não transmitiu os protestos de Lilesa, substituindo-o por imagens
de Eliud Kipchoge, queniano que venceu a prova.

De acordo com o "Washington Post", o maratonista afirmou que talvez seria morto se voltasse
à Etiópia. "Se não me matarem, vão me prender. Eu ainda não decidi, mas talvez mude para
outro país", disse.

O ministro de Comunicações da Etiópia, Getachew Reda, afirmou à rede americana CNN que
Lilesa "não deveria se preocupar em retornar" e que o maratonista é "um herói".

Além disso, disse garantir que "é um pouco exagerado dizer que seus entes queridos estarão
em risco porque você fez um gesto ou outro. Eu posso assegurar que nada vai acontecer à sua
família e nada vai acontecer a ele".
Deputados distritais são suspeitos de exigir propina
para liberar verba
A polícia levou para depor, dia 23, a presidente da Câmara Legislativa e mais quatro deputados do Distrito
Federal. Todos são suspeitos de exigir propina para liberar o pagamento de gastos com UTIs.
Os policiais revistaram os gabinetes e as casas de vários deputados distritais, e até a sala da presidência da
Câmara Legislativa do Distrito Federal. Cinco parlamentares tiveram de comparecer à delegacia para prestar
depoimento, inclusive a presidente da Câmara, Celina Leão, do PPS. A maioria preferiu ficar em silêncio.
A operação aconteceu uma semana depois de outra deputada distrital, Liliane Roriz, do PTB, que era vice-
presidente da Câmara, denunciar um suposto esquema de corrupção que envolveria a presidente e toda a mesa
diretora.
Em entrevista, ela disse que os deputados aprovaram um projeto destinando R$ 30 milhões para pagar dívidas do
governo do Distrito Federal com empresas que prestam serviços em UTIs em troca de propina. Depois da
votação, ela procurou Celina Leão e gravou a conversa. Nela Celina fala em incluir Liliane no projeto.
Celina: Você tá no projeto, entendeu? Você não tá fora do projeto não. Você tá no projeto. Mandei Valério falar
com você.
O "projeto", segundo Liliane, era o recebimento de propina. E "Valério", o então secretário-geral da Câmara,
Valério Neves, que chegou a ser preso na Lava Jato, na mesma fase que prendeu o ex-senador Gim Argelo.
“Foi quando eu comecei a entender as coisas, que já tinha um negócio que estava sendo concluído por um
deputado. E que esse deputado estava trazendo esse negócio e que esse negócio seria dividido em seis partes. E
que seriam R$ 30 milhões”, disse Liliane Roriz.
Depois das denúncias de Liliane Roriz, o Ministério Público decidiu aprofundar
as investigações e já ouviu mais de dez pessoas sobre o suposto esquema de
corrupção. Por ordem da Justiça, os deputados citados foram afastados da
direção da Câmara Legislativa.
“A presença dessas pessoas na mesa diretora poderia comprometer os
trabalhos no âmbito da Câmara Legislativa e as investigações”, explicou o
promotor Clayton Germano.
O Ministério Público também investiga a suspeita de que provas tenham sido
retiradas da Câmara nos últimos dias por assessores da deputada Celina Leão. À
tarde, a deputada se defendeu e negou as acusações.
“Eu estou colocando aqui que nenhum assessor meu tirou nenhum computador
meu, até porque eu não uso computador, eu mal dou conta de usar o meu
telefone. Vamos recorrer da decisão. Porque não existe motivo, não tem crime.
Qual é o crime? Não tem motivo de afastamento de uma mesa que foi
democraticamente eleita pelos colegas”, disse.
Terremoto sacode a Itália, destrói cidade e mata
pelo menos 247
Chega a 247 o número de mortos e a 400 o de feridos no terremoto que
devastou a região central da Itália na madrugada do dia 24.
Às 3h36 da madrugada, no horário local, a terra começou a tremer. Não
chegaria a ser um terremoto gigantesco. A magnitude era de 6,2 graus na
escala Richter. Mas a destruição foi enorme porque o fenômeno aconteceu
apenas 10 quilômetros abaixo da superfície da Terra.
O epicentro foi na região do Lácio, entre as cidades de Perugia e Rieti, a cerca
de 150 quilômetros de Roma.
O lugar mais atingido foi Amatrice, por sorte um vilarejo com menos de 3 mil
habitantes, mas por outro lado superpovoado nessa época de turistas.
As imagens aéreas mostram o que o terremoto fez com Amatrice. Muitas
construções foram abaixo e o vilarejo da gastronomia virou uma pilha de
escombros.
Em 2015, Amatrice foi escolhida uma das cidades históricas mais bonitas da Itália. Agora é
apenas um lugar de luto.
A maioria dos mortos ou desaparecidos é de turistas. Amatrice é famosa pelo espaguete e
muita gente estava lá para um festival gastronômico que começaria dia 26.
O terremoto fez tremer de Bolonha, no norte da Itália, a Nápoles, no sul. Nas horas
seguintes, houve mais de 150 tremores secundários que não tiveram grandes consequências.
A região atingida é montanhosa e de acesso difícil, por isso a ajuda chega com extrema
dificuldade. As estradas foram interrompidas. Nos vilarejos mais remotos só é possível
chegar de helicóptero.
O primeiro-ministro, Matteo Renzi, visitou as áreas mais atingidas e agradeceu aos
envolvidos nos esforços de resgate. "Hoje é um dia de lágrimas. Amanhã vamos falar de
reconstrução", disse Renzi. O equivalente a R$ 850 milhões em fundos de emergência foi
imediatamente liberado.
O Papa Francisco decidiu suspender a catequese preparada para a audiência e pediu aos fiéis
reunidos na Praça São Pedro que rezassem pelas vítimas.
O último grande terremoto a atingir a Itália tinha sido em 2009 e deixou mais de 300 mortos
na região de Áquila, a poucos quilômetros de Amatrice.
Senado aprova impeachment, Dilma perde mandato e
Temer assume
O plenário do Senado aprovou dia 31, por 61 votos favoráveis e 20 contrários, o
impeachment de Dilma Rousseff. A presidente afastada foi condenada sob a
acusação de ter cometido crimes de responsabilidade fiscal – as chamadas
"pedaladas fiscais" no Plano Safra e os decretos que geraram gastos sem
autorização do Congresso Nacional, mas não foi punida com a inabilitação para
funções públicas. Com isso, ela poderá se candidatar para cargos eletivos e
também exercer outras funções na administração pública.

A decisão de afastar Dilma definitivamente do comando do Palácio do Planalto


foi tomada na primeira votação do julgamento final do processo de
impeachment. A pedido de senadores aliados de Dilma, o presidente do Supremo
Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, decidiu realizar duas
votações no plenário.
A primeira, analisou apenas se a petista deveria perder o mandato de presidente da República.
Na sequência, os senadores apreciaram se Dilma devia ficar inelegível por oito anos a partir de
1º de janeiro de 2019 e impedida de exercer qualquer função pública.
Na votação, 42 senadores se posicionaram favoravelmente à inabilitação para funções públicas
e 36 contrariamente. Outros 3 senadores se abstiveram. Para que ela ficasse impedida de
exercer cargos públicos, eram necessários 54 votos favoráveis.

A condenação de Dilma se deu após seis dias de julgamento no Senado. Até o impeachment,
houve sete votações no Congresso.
O primeiro parecer foi aprovado na comissão especial da Câmara, em 11 de abril de 2016, por
38 a 27.
A autorização para a abertura do processo foi dada em 2 de dezembro de 2015, pelo então
presidente da Câmara, Eduardo Cunha, no mesmo dia em que a bancada do PT decidiu votar
pela continuidade do processo de cassação contra ele no Conselho de Ética.

Em 12 de maio, o Senado decidiu afastar Dilma, e Temer assumiu a Presidência interinamente.


Desde então, o processo de impeachment passou a ser conduzido pelo presidente do
Supremo.
Hackers prometem tirar Pokémon Go do ar em 1º de
agosto
O grupo hacker que diz ser responsável pela queda de Pokémon Go no último sábado, 16,
promete realizar uma ação ainda maior contra o jogo no dia 1º de agosto.

Na data, uma segunda-feira, os integrantes do Poodlecorp planejam fazer com que uma rede
de robôs com cerca de 600 mil dispositivos acesse o jogo simultaneamente, a fim de
derrubar os servidores. O grupo diz ter controle sobre vários tipos de aparelhos, incluindo
DVRs, roteadores, câmeras e, claro, computadores.
A ação deve durar mais de 20 horas - “basicamente um dia inteiro”, segundo informou um
deles em entrevista ao Tech.Mic. “Colocamos os servidores offline porque [o jogo] é popular
neste momento e ninguém pode nos parar”, afirmou. “Fazemos isso porque podemos (…) e
gostamos de causar caos. Escolhemos 1º de agosto para ter tempo de relaxar.”

Não está confirmado que foram eles que tiraram Pokémon Go do ar durante o fim de
semana, mas um integrante do grupo chamou classificou o ocorrido como "um pequeno
teste" para o que está por vir. A Niantic, desenvolvedora do jogo, vem sofrendo para mantê-
lo estável. Por isso a cautela com a distribuição, o que fez com que vários mercados
importantes, como Brasil e Japão, tenham ficado de fora da novidade até agora.
Colômbia e Farc anunciam histórico acordo de paz
Depois de quase quatro anos de diálogos em Cuba, os rebeldes das Forças
Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e o governo da Colômbia
anunciaram que chegaram a um acordo de paz definitivo para o conflito armado
de mais de 50 anos no país. O acordo deve ser aprovado pela população
colombiana, que votará em plebiscito no dia 2 de outubro, segundo anunciou o
presidente Juan Manuel Santos em pronunciamento na televisão.

Principais pontos
1. As bases do acordo preveem a criação de uma jurisdição especial com um
tribunal para reunir todos os casos do conflito, com obrigatoridade de sentença.
Os que admitirem a culpa serão punidos entre cinco e oito anos com restrição
para crimes graves. Os que não reconhecerem pegam até 20 anos em reclusão
normal.
2. O modelo-base dos julgamentos se dará através da justiça
restaurativa, prevendo restrição de liberdade e serviços públicos, mas
não necessariamente cadeia. Cada sentença poderá ser acordada
entre vítima e agressor. A prioridade será dada a casos emblemáticos.

3. A questão de justiça prevê que o Estado colombiano outorgará uma


lei de anistia, que não se aplica a crimes de guerra, genocídio, tortura,
violência sexual, execuções extrajudicial e desaparecimento forçado,
tanto às Farc quanto a agentes do Estado. O procurador-geral do país
também suspendeu processos contra a cúpula da guerrilha.

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