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MAPAS MENTAIS
Enriquecendo Inteligências
Walther Hermann
&
Viviani Bovo
2005
O material apresentado a seguir constitui a o primeiro capítulo de introdução ao uso dos mapas mentais
como ferramenta de gerenciamento de informações e desenvolvimento de habilidades cognitivas
(ferramentas da inteligência, tais como: análise, comparação, organização, classificação, generalização,
síntese, memorização, criação, raciocínio, etc).
Esse material constitui parte do novo livro sobre o assunto que será lançado no início do próximo ano,
chamado “MAPAS MENTAIS – Enriquecendo Inteligências”, de autoria de Walther Hermann e Viviani
Bovo. Disponibilizamos esse material para “download” para que você possa avaliá-lo previamente e
aproveitar alguns benefícios iniciais dessa poderosa técnica.
Ainda antes do lançamento, disponibilizaremos um outro capítulo da seção de Desenvolvimento de
Habilidades: “Refinando sua Capacidade de Síntese de Informações”. Caso você tenha interesse de
obter também esse conteúdo, você deverá nos enviar suas informações para podermos informá-lo do
link do próximo arquivo a ser obtido por “download”.
Os assuntos tratados nesse empreendimento estão divididos nas seguintes seções:
Prólogo
Primeira Parte – Fundamentos
Introdução
Aprendendo a Aprender
Mapas Mentais – Apresentação e Exemplos
Segunda Parte – Desenvolvendo Habilidades
Memorização
Comparação, Classificação, Analogias e Metáforas
Ordenação e Hierarquia de Informações
Refinando sua Capacidade de Síntese
Ilustrações
Resgatando sua Criatividade
Elaborando Mapas Mentais – Técnicas, Método e Sugestões
Terceira Parte – Conteúdos Complementares
Apêndice 1 – Para pais, professores e educadores
Apêndice 2 – Software de Mapas Mentais
Apêndice 3 – Inteligências Múltiplas
Apêndice 4 – Focalizando sua Mente – Autocinética
Apêndice 5 – Programa de Enriquecimento Instrumental (PEI)
Conclusão
Bibliografia
Links úteis
Sobre os autores
Sobre o IDPH
Caso deseje o próximo capítulo, e não tenha feito o cadastro para obter esse arquivo por
download, por favor, cadastre-se no endereço http://www.idph.net/loja/mapasmentais.shtml
ou informe o seu nome, e-mail e telefones, numa mensagem com o assunto “Livro de Mapas
Mentais” enviada para potencial.humano@idph.net
A única diferença
Sabe qual a única diferença que existe entre você e Leonardo Da Vinci, William Shakespeare, Stephen
Hawking, Albert Einstein, Luther King, Ghandi, Marie Curie, Santos Dumont, Thomas Edson, Ayrton
Senna, Pelé, ou qualquer um dos grandes Homens e Mulheres que tiveram um desempenho muito
acima da média, ou mudaram o mundo para melhor?
O software deles. O modo como a informação era organizada na mente dessas pessoas extraordinárias.
A maioria delas, via exatamente o que todos os outros viam, mas de uma forma diferente, usando um
paradigma novo, dando uma razão especial para agirem.
Pense em qualquer pessoa muito acima da média, em qualquer campo da existência humana, e você
estará pensando em alguém que usava a própria mente, melhor do que aqueles com os quais convivia.
Você pode argumentar que esse é o caso de Einstein, mas não de Senna, ou Pelé. Pode dizer que Pelé
é fruto somente da capacidade física e que Senna era um caso de determinismo genético. Não é
verdade.
Fisicamente, Pelé é, e sempre foi, saudável e forte, mas milhões de esportistas em todo o planeta
também o são. A diferença é o que estava na mente dele, quando jogava e treinava, o modo como ele
repetia infinitas vezes certas ações, criando certos resultados. Foi isso que o transformou em “rei” do
futebol mundial. Também foi a mente de Senna, sua motivação para treinar seguidas vezes, que o
transformou em um dos maiores campeões da Fórmula 1 da história.
Somos, todos nós, resultados de nossas ações. Entretanto, cada ação é resultado de um ou mais
pensamentos, conscientes ou inconscientes. Assim, voltamos ao ponto de partida: o modo como a
informação é organizada na sua mente, pode tornar você uma pessoa extraordinária – ou não.
E uma pessoa extraordinária destaca-se por várias razões, não apenas por sua capacidade intelectual.
Uma pessoa extraordinária é motivada para agir. Essa motivação, quando analisada detalhadamente,
significa somente que ela encontrou um motivo para fazer algo, um motivo tão importante, tão forte, que
ela fará o que tiver que fazer, durante o tempo que for necessário, para concluir sua ação. Como um
surfista, que treina horas seguidas, para saber exatamente como pegar a onda perfeita. Ele tem um
“motivo para a ação”. E motivação é somente isso: um motivo para ação. O seu motivo. Só seu.
Motivos são abstratos. Os motivos que levaram Einstein a imaginar todas as maravilhas da física e seu
impacto na cosmologia eram somente dele e, claro, totalmente diferentes dos motivos que levaram
William Shakespeare a escrever, por exemplo, Sonhos de Uma Noite de Verão ou Muito Barulho Por
Nada. Cada um deles tinha um motivo para ação, um motivo que estava na mente deles – no software
de cada um.
Encontrar sua motivação é parte integrante deste livro e, para isso, Walther e Viviani usam contos e
parábolas marcantes, que levarão você a refletir e absorver parte do conteúdo destas páginas, mudando
seus hábitos sem que, para isso, você tenha que ficar preso aos conceitos meramente cognitivos.
Não há nada, portanto, que possa fazer de você uma pessoa inferior por causa de seu corpo; há
pessoas sem pernas, sem braços, sem visão, sem audição ou com outros desafios físicos enormes que
são muito superiores, em resultados de vida, do que uma pessoa fisicamente “perfeita”. Não importa se
estamos falando de um pipoqueiro da esquina ou do CEO de uma multinacional.
Aleijadinho tinha competência técnica extraordinária e motivação extraordinária para produzir as
extraordinárias esculturas de Ouro Preto, em Minas Gerais. Mesmo sem ter as mãos, ele via seu
trabalho como uma missão divina, portanto seu paradigma era o que lhe dava poder especial: ele fazia
as esculturas para Deus, e esse era seu motivo para ação. O fato de ser “aleijado” era um mero
obstáculo, ante a grandiosidade de sua missão. Sua força, portanto, era seu pensamento.
Veja os Jogos Paraolímpicos, demonstração impressionante de como pessoas consideradas
“deficientes” correm melhor do que você, ou eu, nadam melhor do que você, ou eu, lutam melhor do que
você, ou eu, jogam basquete melhor do que você ou eu. Talvez até tenham uma vida mais feliz do que a
sua, ou a minha. Qual a diferença? O que torna a vida de alguém inferior, em resultados, e a vida de
outra pessoa superior?
1
Pac-Man: Jogo muito conhecido, nos primórdios da computação pessoal, onde uma “carinha” corria pela tela do computador
“comendo” bolinhas. Era o início do games para computador de hoje.
Costumamos acreditar que o principal compromisso daquele que ensina é aprender. Mas isso não é
praticado pela maioria dos professores e educadores que conhecemos . Portanto, um dos objetivos deste
livro é despertar nesses profissionais uma nova atitude que os transforme em “aprendedores”.
Enfatizamos a questão de educar adultos, pois também cremos que, nas condições atuais de
disponibilidade do conhecimento, o maior trabalho é lidar com aqueles que perderam sua auto-
confiança, sua auto-estima e sua curiosidade natural de aprendizes – seja por estarem “enferrujados”,
desmotivados ou “bloqueados”.
Quanto às crianças, basta não atrapalhá-las... Elas aprenderão tudo o que precisam se tiverem os meios
a sua disposição – basta permitir-lhes que explorem o mundo atual.
Portanto, nossas considerações neste livro são fruto dessa experiência em lidar com pessoas que
reconheceram a importância do aprendizado permanente, seja porque buscavam atualização ou re-
direcionamento profissional, pós-graduações ou especializações, melhores recursos de comunicação ou
comportamento, melhores estratégias ou desbloqueio para aprender, melhor concentração, motivação,
criatividade, percepção, mais flexibilidade para aceitar mudanças no contexto organizacional, etc.
Aprender é acima de tudo uma atitude. Certamente pode exigir uma grande dedicação, às vezes
observação, esforço, paciência, perseverança, motivação, vontade... Mas principalmente uma atitude
essencial... A sabedoria de uma criança ao aprender a andar, aceitar seus próprios erros como se
fossem apenas resultados; e insistir, repetir, tentar de novo, enquanto vai adquirindo a percepção, o
discernimento durante a descoberta de como fazer melhor, mais fácil, com menos esforço, mais
agradavelmente.
Essa atitude, portanto, é o começo e o final de tudo que propomos aqui. Se ao percorrer esse circuito
fechado, você descobrir coisas novas, estas são resultados decorrentes da exploração de suas próprias
possibilidades.
Prezado Leitor ou Prezada Leitora, desejamos que você saiba que esse livro foi escrito para você.
Nós o elaboramos numa linguagem cotidiana, como se fosse um bate-papo, para que você também
possa aproveitar aquilo que conhecemos de mais simples e atual para o desenvolvimento de
competências de aprendizagem.
As idéias abordadas aqui não são originais. Atualmente, muitas delas pertencem a uma “colcha de
retalhos” chamada de Aprendizagem Acelerada. A doutrina da Aprendizagem Acelerada é resultado de
pesquisas e descobertas de vários autores diferentes, de diversas partes do mundo, que buscam formas
mais simples de obter, registrar, organizar, sintetizar, memorizar, lembrar e criar novos conhecimentos.
O mundo em que vivemos ficou tão diferente daquele do passado que, atualmente, as competências de
localizar e selecionar informações tornaram-se mais valiosas do que a habilidade de armazená-las
(memorizá-las), principalmente porque a validade de tais informações é cada vez menos duradoura.
Assim também, o dom de identificar quais conhecimentos podem ser mais úteis em cada momento é
cada vez mais precioso nesta nossa civilização, criadora de uma quantidade maior de informações do
que pode ser absorvida ou “consumida”.
Agora apresentaremos um mapa sintético que contém os quatro mapas anteriores, somente a título de
ilustração. Observe que, a medida que nos acostumamos com o material, podemos compreender melhor
o texto depois de lermos o mapa. No nosso caso, incluímos informações adicionais neste que não estão
explícitas no texto, somente para que você possa explorá-lo com curiosidade. Veja a seguir:
Neste início breve, incluímos alguns exemplos de mapas mentais como resumo dos
parágrafos imediatamente anteriores, de modo que você vá se familiarizando com eles,
confortável e gradualmente. Além disso, dispusemos a informação de modo a induzir a
sua leitura na seqüência pela qual são apresentadas as idéias. Pois é exatamente assim
que funcionam:
2) Existe uma hierarquia dos conceitos, de modo que conceitos mais gerais (categorias)
estejam mais próximos do centro, e idéias mais específicas nas bordas, ou seja,
afastando-se radialmente do centro do mapa (onde está o título) em direção às
extremidades, o grau de detalhamento vai aumentando, e aproximando-se do centro a
partir da periferia, vai aumentando o grau de importância das idéias;
Tendo em mente tais reflexões, gostaríamos de concluir essa apresentação com o relato de um episódio
que pode ilustrar os resultados inesperados decorrentes da postura de exploradores permanentes.
O canhoto
Certa vez, numa época em que vivia um tanto insatisfeito com os resultados pessoais e profissionais
que obtinha, apesar de um grande investimento de tempo e esforço em obter sucesso, tomei algumas
decisões que mudariam definitivamente o curso dos acontecimentos. Uma dessas decisões estava
associada a minha história pessoal de muito trabalho com esportes e atividades físicas: jogo tênis e
fui instrutor de tênis, pratico Tai Chi Chuan e também fui instrutor, além disso, ainda aprendo a tocar
bateria.