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Aula 3

Cardinalidade

Em um relacionamento, a cardinalidade se refere ao grau do vínculo que


uma entidade mantém com outra entidade. A cardinalidade ou multiplicidade
define a quantidade de elementos de uma entidade associada com a
quantidade de elementos de outra entidade. Podemos ter relações de 1:1 (um
para um), 1:N (um para N) e N:N (N para N)

A cardinalidade apresentada acima tem o relacionamento 1:N, onde um


cliente pode possuir vários pedidos, porém um pedido pode ser somente de um
único cliente. Então, que do lado da entidade “cliente” aparece o número “1” e
do lado do “pedido” aparece a letra “N”.

A leitura da cardinalidade é feita de maneira cruzada, ou seja, a


cardinalidade próxima à entidade da esquerda é referente á relação com a
entidade da direita. Para a interpretação da cardinalidade, um artifício que
auxilia na identificação da mesma é a elaboração de um diagrama de
ocorrências. Num diagrama de ocorrências, representamos as entidades e
relacionamentos, na forma de conjuntos, bem como os elementos pertencentes
a cada conjunto.
Dessa forma, os pares c2, p2 e c2, p3 indicam que um cliente pode
possuir
mais de um pedido. Porém, não ocorre um par, onde, para um mesmo
pedido, tenhamos mais de um cliente.

No caso de um relacionamento com cardinalidade N:N, entre as


entidades “funcionário” e “projeto”, denominado “alocação”, um funcionário
pode estar alocado em mais de um projeto (veja o
caso dos pares f2, p2 e f2, p3), e um projeto, por sua vez, pode ter mais
de um funcionário (ver os pares f1, p1 e f3, p1).

Para o caso de um relacionamento de cardinalidade 1:1, no exemplo a


seguir, temos as entidades “empregado” e “cargo”, e o relacionamento
“ocupação” indicando a associação entre as entidades. Dessa forma as
ocorrências do diagrama indicam que um empregado pode ocupar apenas um
cargo e vice-versa.
Quanto à denominação de um relacionamento, não há uma regra para
atribuirmos um nome específico. Em vez de “ocupação”, poderíamos
denominar de “cargo do empregado” ou “cargo_empregado”.

Tipo de relacionamento

Um relacionamento pode ser, de acordo com o número de entidades


que participam na relação, unário, binário ou ternário.

1. Relacionamento binário(associando duas entidades)


2. Relacionamento unário: é identificado como um auto-
relacionamento, onde a entidade se relaciona com ela mesma

Vejamos o caso de um produto em fabricação. De acordo com o grau de


montagem, um conjunto de peças é montado de forma a produzir uma peça
mais complexa, mas que não é ainda o produto final. Essa peça complexa se
junta a outras peças ou a matérias-primas, de forma, então, a compor o
produto final. Todas essas peças são, aqui, representadas por uma entidade
“peça”, sendo o relacionamento denominado “parte de”.
Um relacionamento ternário implica a associação de três entidades ao
mesmo tempo, que pode ser exemplificado por uma associação “funcioná-rio-
área-projeto”; desde que um funcionário trabalhe apenas em uma área, porém
em mais de um projeto. O relacionamento ilustrado mostra como ficaria esta
associação e o relacionamento “ocupação”.
O diagrama de ocorrências mostra, agora, não mais os “pares”, mas
“ternos” ou “triplas” mostrando as instâncias associadas nesse modelo. Veja
que os ternos f2, p2, a1 e f2, p3, a1 validam a cardinalidade de 1:1 para a
associação “funcionário-área” e 1:N para a associação “funcionário-projeto”.

Podemos também representar relacionamentos contendo mais de três


entidades, o que caracteriza relacionamentos quaternários e subsequentes.

Exercícios

1- Porque a abordagem modelo entidade-relacionamento é útil


para a modelagem de banco de dados?
ele apresenta um bom ponto de partida para a compreensão entre os
elementos existentes em um determinado contexto e as relações
entre os mesmos. De certa forma, ele antecede o projeto lógico que
pode ser feito em um modelo relacional, o qual através de regras
para conversão pode ser montado a partir de um diagrama E-R.

2- Quais os elementos que podem constar em um diagrama E-R?


a. Entidade, atributos, relacionamento, cardinalidade,
generalização.
3- Faça um diagrama E-R de uma biblioteca
a. É um elemento ou dado referente a uma entidade

Obrigatoriedade

Em certos relacionamentos entre entidades podem aparecer situações


onde a presença de uma entidade não é obrigatória. Um bom exemplo
é o relacionamento “empregado-dependente”.

O empregado pode ter dependentes ou não. Para representar isso num


diagrama E-R, expandimos o conceito de cardinalidade para mínima e
máxima.

 Quando um empregado não possuir dependentes, caracterizamos


a cardinalidade mínima para 0 (zero) do lado da entidade
dependente. Como a entidade empregado sempre participa do
relacionamento, a cardinalidade mínima será 1 (um) do lado do
empregado.
 Quanto à cardinalidade máxima (mantemos o que foi especificado
anteriormente), do lado do dependente será N, pois um
empregado pode ter vários dependentes. E a cardinalidade
máxima para empregado será obviamente 1 (um dependente só
pode estar relacionado a um empregado) .
 Para representar agora as cardinalidades mínima e máxima,
utilizamos o par: min e max. Assim, do lado do empregado, a
representação das cardinalidades será (1, 1) e do lado do
dependente será (0, N).
Da entidade que participa num relacionamento em que não seja
obrigatória a presença, diz-se que é uma entidade fraca. Assim, elas podem
ser divididas em fortes e fracas. A entidade fraca também é representada na
literatura como sendo um retângulo com linha dupla incluindo a ligação com o
relacionamento.

você vê a representação do diagrama de ocorrências. Como nele, a


entidade “dependente” possui cardinalidade mínima 0 (não há obrigatoriedade),
existem instâncias de “empregado” que não

Diagrama Entidade-relacionamento

Como definido anteriormente, o diagrama entidade-relacionamento conhecido


como DER, é uma representação gráfica de um modelo conceitual. Muitas
vezes é tratado como sinônimo do modelo conceitual, já que o modelo pode se
tornar abstrato demais e dificultaria muito o processo de desenvolvimento geral
do sistema. Dessa forma, quando se está definindo o modelo conceitual, o
mais prático, muitas vezes, é já ir criando a representação gráfica do modelo,
ou seja, o DER.
O diagrama facilita muito a comunicação entre os evolvidos na equipe de
desenvolvimento, pois oferece uma linguagem comum utilizada tanto pelo
analista, responsável por levantar os requisitos e regras de negócio, os
desenvolvedores, responsáveis por implementar aquilo que foi modelado e até
mesmo o cliente e usuário final.

Tais diagramas foram idealizados com simbologias simples com objetivo de


serem criados inclusive à mão ou com o mínimo de recursos de softwares.

Simbologia original utilizada na constrição do DER

Os símbolos para a construção do DER são os mais simples possíveis e


podem ser criados manualmente.

Seguem os símbolos padrões e suas aplicações:

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