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Universidade Federal do Pará

Campus Universitário de Castanhal


Faculdades de Matemática
e Computação

Introdução ao LATEX
Valdelírio Silva, Yomara Pires
&
Alunos do Curso Introdutório ao LATEX
15 de março de 2017

Brasil
2017
Sumário

1 Introdução 3

2 Texto Aleatório. Capítulos. Seções. Subseções 14


2.1 Criando Texto Aleatório . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
2.2 Definindo Capítulos, Seções e Subseções . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
2.2.1 Veja que a enumeração é automática até das subseções . . . . . . . . . . 15

3 Criando e enumerando proposições 16


3.1 Apresentando demonstrações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17

4 Tabelas 18

5 Fórmulas Matemáticas 23
5.1 Equações enumeradas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
5.2 Matrizes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
5.2.1 Com delimitadores específicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
5.2.2 Com delimitadores especificados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26

6 Inserindo Figuras 28

7 Inserindo uma Capa Personalizada 33

8 Criação da Bibliografia 34
Bibliografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38

9 Hyperlinks 40

10 Criando um documento a partir de vários arquivos-fonte 42

2
Capítulo 1

Introdução

O que é TEX?
1. É uma linguagem de programação de baixo nível, criada por Donald Knuth em 1977,
para criação e edição de texto de alta qualidade tipográfica. O objetivo era melhorar a
impressão de textos científicos, sobretudo as fórmulas matemáticas;

2. É considerada uma linguagem de programação de baixo nível por suportar controle de


fluxo como if-else, e que internamente faz cálculos enquanto realiza a compilação para a
criação do texto;

3. O TEX é reconhecido como sendo estável por rodar em diferentes plataformas de compu-
tadores;

4. As versões do TEX são enumeradas acrescentando-se dígitos de convergência ao número


π. A atual é 3.141592653;

5. Em geral, a programação em TEX faz-se como sendo de aprendizado gradual requerendo


um investimento significativo de tempo para a construção de macros para formatação de
texto. Mas, felizmente existem macros (comandos) pré-construídos que nos possibilitam
redução de tempo na construção de textos e em erros cometidos por usuários. O mais
popular pacote de comandos é o LATEX.

O que é LATEX?
1. É um pacote de macros (comandos) baseados no TEX que se propõe a simplificar a mon-
tagem e processamento dos dados (texto) para impressão, especialmente naqueles que
contém fórmulas matemáticas.

2. O LATEX é um conjunto de comandos que permite usar o TEX com maior facilidade.
Foi criado por Leslie Lamport na década de 80;

3. Hoje muitas universidades (sobretudo americanas e europeias) exigem que seus alunos
usem TEX ou LATEX para apresentar suas teses, a fim de garantir que as fórmulas
sejam representadas com exatidão ou que a qualidade tipográfica seja uniforme. Muitas
publicações científicas também o preferem para a submissão de originais;

3
4 CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO

4. Em Word, você escreve e visualiza (editor visual) o seu texto na mesma janela — de
forma intuitiva.

5. Em LaTeX, você lida com dois ambientes: o código-fonte e o produto final. Ou seja,
conteúdo e forma são duas coisas separadas em LaTeX . Assim, todo resultado visto na
forma vem de um comando específico adicionado ao conteúdo (editor lógico). Isso pode
parecer trabalhoso, mas o resultado final é infinitamente superior a editores de texto
comuns.

6. O Word é excelente para documentos simples. Contudo, quando você precisa escrever
artigos longos, utilizar caracteres especiais, fazer referências entre figuras e texto, entre
outras coisas, o sistema da Microsoft deixa a desejar. Existem diversas maneiras de
aprimorar o uso do aplicativo, mas certas coisas simplesmente não ficam boas em Word.
Por essa razão, o mundo científico/acadêmico utiliza LaTeX como standard

7. Existem algumas desvantagens ao utilizar pacotes LATEX:

a) Você perde, de certa forma, a liberdade de criação de texto em formatos e estrutura


a sua escolha, em vez de diretamente programar em TEX;
b) Não é possível visualizar o texto enquanto você o edita;
c) É necessário conhecer um conjunto de comandos LATEX para a edição de texto;
d) Em alguns casos é difícil obter certas aparências que você desejar.
e) muitos comandos.

8. Mas, também existem vantagens:

i) Os códigos fontes podem ser lidos/visualizados em qualquer editor de texto;


ii) Pelo fato do TEX ser uma linguagem de programação, o LATEX permite que você se
concentre na estrutura e conteúdo do texto, e não com assuntos superficiais;
iii) Você não precisa ajustar manualmente fontes, tamanho de texto, espaçamento entre
linhas ou alinhamento de texto;
iv) Os “layouts”, fontes, tabelas são ajustados automaticamente no texto;
v) Fórmulas matemáticas são “facilmente” criadas e editadas;
vi) Índices, notas de rodapé, citações e referências são geradas facilmente;
vii) Você é forçado a estruturar os documentos corretamente porque a compilação é
exigida;
viii) Geração automática e sempre correta de sumários, listas de tabelas, listas de figuras,
etc;
ix) Gerenciamento inteligente de notas de rodapé;
x) Gerenciamento fácil de diferentes estilos de página para capa, folha de rosto, índices,
parte pré-textual, parte textual, páginas iniciais de capítulo, apêndice, et;
xi) Gerenciamento fácil de documentos a ser impressos em ambos os lados do papel.
5

Algumas informações do LATEX


• Espaços em LaTeX: um dos problemas mais conhecidos do Word é a má administração
de espaçamentos do aplicativo. Você verá que em LaTeX os espaçamentos são mais
inteligentes (e automatizados). Por exemplo, se você inserir, sem querer, dois espaços
entre duas palavras, apenas um espaço será compilado. Basicamente, em LaTeX você
tem:
(1) menos hifenizações;
(2) menos espaçamentos acima da média entre palavras;
(3) um menor desvio padrão de espaçamentos entre palavras.
Ou seja: o seu texto fica mais uniforme e regular;

• Pastas e organização:: é interessante que você crie seu tex em uma pasta só para ele.
Assim, arquivos da compilação serão gerados nessa pasta, o que evita uma desorganização
de arquivos. Além disso, ter uma pasta específica para o seu artigo é essencial para inserir
figuras, por exemplo — trata-se de um hábito importante na organização de seus artigos,
e será essencial com LaTeX. Não é algo necessário, mas certamente é recomendável. Em
breve você verá por quê;

• Você pode criar um documento tex em qualquer editor de texto simples — inclusive em
Bloco de Notas. Basta salvar o arquivo como tex.

Distribuições do LATEX
Existem três grandes distribuições populares:

1. MacTex: exclusivamente para uso na plataforma Mac OS X;

2. MiKTex: exclusivamente para uso na plataforma Windows;

3. TeX Live: distribuição do TEX para qualquer plataforma.

Executáveis
Para tornar seu código-fonte em um texto visualizável em algum formato é necessário usar
um compilador e executável. Dois muito usados são:

1. tex e latex: possibilita a criação no formato DVI (com compilador DVI);

2. pdftex e pdflatex: compiladores e formato de saída em .pdf e .ps.

Editor e extensão
Para criação e edição de texto você precisa de um editor que já disponibiliza a compilação
e visualização do documento. Existem muitos disponíveis para esse propósito. Alguns são:
TeXNicCenter, WinEdit, TeXWorks, Emacs, TeXMarker, TeXShop e TexStudio. O arquivo
fonte de criação do texto deve ser salvo com a extensão .tex ou .ltx.
6 CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO

Páginas úteis com LATEX


• ctan -ctan.org: encontra todas as referencias para latex. EX: beamer (biblioteca para
apresentações em latex);

• latex projet.org: referencias para latex, maioria paga;

• sharelatex editor de latex online

Estrutura básica do arquivo fonte


Um documento LATEXbasicamente se divide em duas partes:

• Preâmbulo;

• Texto

No preâmbulo fazemos as definições do documento: margens, estilo, tipo de letra, tamanho


de letra, numeração de páginas e etc. Isso tudo é feito através da inserção de pacotes (os
packages). O preâmbulo está relacionado ao arquivo fonte do LATEX. Veja abaixo um exemplo
da estrutura básica de um documento LATEX:

\-------------------------PREAMBULO----------------------
\documentclass[a4paper,12pt,twoside]{article}
\usepackage[brazil]{babel}
\usepackage[utf8]{inputenc}
\usepackage[T1]{fontenc}
\usepackage{geometry}
\usepackage[pdftex]{graphicx}
\geometry{tmargin=3cm,bmargin=2.5cm,lmargin=2cm,rmargin=2cm}
\-------------------------texto----------------------------
\begin{document}
Aqui todo seu texto será colocado!
\end{document}

O comando \documentclass[opções]{estilo} informará que estilo de texto será cons-


truído e quais opções (parâmetros) se aplicará, por exemplo, o formato do papel, o tamanho
da fonte, se será de duas colunas, se as páginas serão nos dois lados do papel, e outras mais.
Os estilo de texto, as mais comuns são article, report, book e letter.
Em opções, o tamanho da fonte pode ser informado desta forma 12pt por exemplo. O
formato de papel a4 pede a opção a4paper. A opção landscape habilita a impressão no modo
paisagem. Caso se deseje ter cada página em duas colunas, devemos inserir a opção twocolumn, e
se a impressão desejada for em apenas um lado do papel, usamos a opção oneside. Comecemos
por exemplo com o comando
\documentclass[a4paper,12pt,twoside]{article}.
Os pacotes são arquivos que implementam características adicionais para os documentos
escritos em LATEX. Se usarmos a estrutura básica:
7

\documentclass{report}
\begin{document}
\end{document}
não podemos, por exemplo, escrever palavras com acentos, imprimir ou mesmo produzir
alguns textos matemáticos. Para que isso seja possível, inserimos no preâmbulo os pacotes
necessários
Os pacotes são inseridos no preâmbulo com a sintaxe \usepackage[opções]{pacote}. Por
exemplo, para uso da opção em língua portuguesa precisamos usar o pacote, babel, desta
maneira \usepackage[brazil]{babel}, que nos proporciona gerar certos nomes já na língua
portuguesa, como Capítulo, Seção, ou Bibliografia, datas no formato que nós usamos aqui e
ativa a hifenização em português brasileiro.
O pacote inputenc permite a especificação de uma codificação para os caracteres permitindo
por exemplo que os acentos sejam digitados normalmente. As opções bastante usuais são para
a codificação ASCII, ISO Latin-1, ISO Latin-2, UTF8 e ANSI-Windows. Eu particularmente
uso \usepackage[utf8]{babel} ou \usepackage[latin1]{babel}.
O pacote fontenc permite que se faça mudanças de codificação nas fontes usadas no texto.
A opção T1 permite que a ordem e disponibilidade sejam alteradas; além disso auxilia na
hifenização correta em português. É bom sempre usar \usepackage[T1]{fontenc}.
Os pacotes mais utillizados são:
• pacote graphicx: permite a inserção de gráficos e figuras. Caso se deseje também fa-
zer uso colorido de texto, você pode inserir o pacote color junto a esse pacote. Use
\usepackage{graphicx,color};
• pacote includegraphics: permite a inserção de figuras pdf.Neste caso, é bom que se use
o pdftex como uma opção: \usepackage[pdftex]{graphicx};
• pacote geometry: pacote usado para definir margens. Use \usepackage{geometry} para
habilitar o comando com mesmo nome para amarrar as dimensões do texto. Por exem-
plo, \geometry{tmargin=2cm,bmargin=2.5cm,lmargin=3cm,rmargin=1cm} fixa a mar-
gem do topo em 2 cm, a da base do texto em 2,5 cm, a do lado esquerdo em 3 cm e a do
do lado direito em 1 cm;
• amsfonts, amssymb: definem alguns estilos de letras e símbolos para o ambiente mate-
mático. É um conjunto de fontes da American Mathematical Society. Use por exemplo
\usepackage{amssymb,amsmath,amsfonts,amsthm} para permitir que se use símbolos
e fontes especiais da Matemática (amssymb,amsmath), alguns deles usados mais exclusi-
vamente por essa sociedade (amsfonts), ou permitir enunciados de teorema, lemas ou
corolário com enumeração adequada de cada um desses tipos de proposições (amsthm);
• makeidx: permite a criação do índice remissivo;
Existem mais pacotes que podem ser usados, mas esses são suficientes para iniciar o uso da
produção de texto com grande liberdade de recursos.

Ambiente
Todo ambiente começa com \begin{} e termina com \end{}. O ambiente documento é o
que retorna a parte que será impressa.
8 CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO

Seção
Um documento LATEXpode ser dividido em: partes, capítulos, seções, subseções. A classe
de documento article não aceita divisões do tipo capítulo.

Tipo de arquivos
O LATEXgera alguns tipos de arquivos. O primeiro deles é o .tex. O arquivo com esta
extensão gerará um arquivo .dvi. Outros formatos:

• .log, .aux: guardam informações sobre a última vez que o LATEX processou seu docu-
mento;

• . toc: guarda os cabeçalhos. É usado para produzir o sumário.

• .lof: é usado para produzir a lista de figuras;

• .lot: é usado para produzir a lista de tabelas;

• .idx: guarda todas as palavras que vão para o índice remissivo;

• .ind, .ilg: usados para produzir o índice remissivo.

Também são gerados ainda arquivos no formato .pdf e .ps.

Formatando texto
Vamos então iniciar?! Um exemplo do preâmbulo (e da estrutura do arquivo fonte) discutido
acima pode ser:

\documentclass[a4paper,12pt,twoside]{article}
\usepackage[brazil]{babel}
\usepackage[utf8]{inputenc}
\usepackage[T1]{fontenc}
\usepackage{geometry}
\usepackage[pdftex]{graphicx}
\geometry{tmargin=3cm,bmargin=2.5cm,lmargin=2cm,rmargin=2cm}
\begin{document}
Aqui todo seu texto será colocado!
\end{document}

No ambiente destinado ao texto, vamos testar algumas fontes e formatações?


9

Estilo do texto
Os comandos básicos são:

• negrito: \textbf{negrito} ou {\bf texto}

• itálico: \textit{itálico} ou {\it texto}

• subscrito: \underline{sublinhado}

• Para que apareça caracteres especiais no documento digite, por exemplo: $, %, &.

Estilo de fonte
O Comando {\sf Sans Serif} escreve: Sans Serif
O comando {\sc caixa alta} escreve: caixa alta
O comando {\Huge Fonte gigantesca} escreve : Fonte gigantesca
Paragrafo, espaçamento e espaço
O parágrafo é feito simplesmente deixando uma linha em branco entre dois parágrafos.
Também pode ser feito utilizando o comando \quad ou \qquad para um espaçamento um
pouco maior.
Os comandos \hspace{length} e \vspace{length} inserem espaços horizontais e verticais
determinados pelo usuário. Neste caso o usuário determina o valor do parâmetro lenght em
centímetros.

Cores
Para usar cores no seu texto é preciso inserir o pacote \usepackage[usenames]{color}.
Este pacote permite escolher as cores pelos seus nomes (nomes em inglês). Vejamos o exemplo
abaixo.

\textcolor{blue}{REMO!!!}
\textcolor{red}{MELHOR TIME DO PARÁ!}

REMO!!! MELHOR TIME DO PARÁ!

Quebra de linha
A mudança de linha pode ser feita:

• Linha em branco entre duas linhas de texto;

• Duas barras no final da linha \\

• Usando o comando \newline ou \linebreak ao final da linha


10 CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO

Equações
Exemplo de equação enumerada e com label:

\begin{equation}
||u\times v||=||u||\cdot||v||\cdot |sen\ \theta|
\label{normavet}
\end{equation}

Os comando \label{normavet} além de numerar a equação no texto \ref{normavet} serve


para referenciar a pagina onde ela encontra-se \pageref{normavet} .

||u × v|| = ||u|| · ||v|| · |sen θ| (1.1)

Vocês sabem o que se refere a equação 1.1? Não lembra onde ela está? Então faça isto: ela
está em 10

Alinhamento
Para alinhar uma palavra ou texto no LATEXé necessário utilizar um dos comandos abaixo:
Alinhamento à esquerda:

\begin{flushleft}
Começo com um texto à esquerda e com estas reticências \ldots
\end{flushleft}

Começo com um texto à esquerda e com estas reticências . . .

Alinhamento Centralizado:

\begin{center}
Um texto no centro horizontal da página
\end{center}

Um texto no centro horizontal da página

Alinhamento à direita

\begin{flushright}
Testando se o texto ficará à direita mesmo com o espaço \hspace{20pt} introduzido nele!
\end{flushright}

Testando se o texto ficará à direita mesmo com o espaço introduzido nele!


11

Listas enumeradas
Uma lista enumerada é criada a partir do bloco enumerate. Esse bloco deve ser criado da
seguinte maneira:
\begin{enumerate}
\item primeiro item da lista
\item segundo item da lista
\end{enumerate}
1. primeiro item da lista
2. segundo item da lista
\begin{enumerate}
\item Aqui é um item;
\begin{enumerate}
\item item dentro de outro item;
\item um outro item dentro do mais externo.
\begin{description}
\item[1.b.1] item mais interno;
\item[$2^\circ$] segundo item mais interno.
\end{description}
\end{enumerate}
\item Aqui outro;
\item e assim por diante.
\end{enumerate}
1. Aqui é um item;
(a) item dentro de outro item;
(b) um outro item dentro do mais externo.
1.b.1 item mais interno;
2◦ segundo item mais interno.
2. Aqui outro;
3. e assim por diante.
Também podemos utilizar o ambiente itemize:
\begin{itemize}
\item primeiro
\item segundo
\item terceiro
\end{itemize}
• primeiro
• segundo
• terceiro
12 CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO

Notas de rodapé
A gente usa nota de rodapé onde quiser1 , basta usar o comando \footnote{texto aqui}

Citações de textos
Citações e versos no Latex podem ser criados pelos ambientes:

\begin{quote}
Citações até três linhas
\end{quote}

Assim disse o poeta: minha terras tem palmeiras, onde canta o sabia; As aves, que
aqui gorjeiam, não gorjeiam como lá. Nosso céu tem mais estrelas ...

\begin{quotation}
Citações diretas com mais de 3 linhas.
\end{quotation}

Minha terra tem palmeiras, onde canta o Sabiá; As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.Nosso céu tem mais estrelas, Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida, Nossa vida mais amores.várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida, Nossa vida mais amores.

Agora vamos testar o ambiente quotation:


Assim disse Veridiano:

Muita esperteza é sinal de burrice!

Agora vamos testar o ambiente minipage (à direita):

Parece que aqui funciona perfeitamente! In-


clusive posso alterar o tamanho da fonte
para parecer mais uma citação: Assim
disse Veridiano: Muita esper-
teza é sinal de burrice!

\begin{verse}
Seu verso ou poema.
\end{verse}

Seu verso ou poema.


1
Viu que é mesmo onde quisermos!
13

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Capítulo 2

Introduzindo um texto aleatório.


Definindo Capítulos, Seções e Subseções

A fim de não mais estar escrevendo para preencher um espaço de texto para verificar o
que ocorre com a utilização de alguns comandos, vamos de agora em diante usar o pacote
\usepackage{lipsum}. O comando que o usa é \lipsum[1-n] sendo n o número de parágrafos
que se deseja incluir de texto aleatório.

2.1 Criando Texto Aleatório


Por exemplo, usando \lipsum[1-3] geramos os três seguintes parágrafos:
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14
2.2. DEFININDO CAPÍTULOS, SEÇÕES E SUBSEÇÕES 15

2.2 Definindo Capítulos, Seções e Subseções


Os comandos para gerar são \chapter{}, \section{} e \subsection{}

2.2.1 Veja que a enumeração é automática até das subseções


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Mas ele não enumera com o comando \subsubsection


Mas, isso aconteceu aqui porque usamos o estilo report. Caso usássemos article, não
existiria capítulos, e aí \subsubsection seria aceito.
Portanto atente:

1. Quando usamos o estilo de documento report não é possível ter diviões do tipo \subsubsection*{tex

2. Quando utilizamos o estilo de documento article, não é possível ter divisões do tipo
chapter, apenas divisões do tipo section, subsection e subsubsection podem ser
realizadas.
Chapter 3

Criando Teoremas, Lemas, Proposições ou


Corolários

Para esses propósitos, o pacote da AMS é necessário. O comando de sintaxe

\newtheorem{ambiente}{título}[critério de enumeração]

define novos ambientes, em que um título é colocado e a enumeração desejada é posta


mediante for adotado a parte do texto usada. Por exemplo:

\newtheorem{teo}{Teorema}[chapter]

define um ambiente teo com título sempre sendo dado como Teorema com a enumeração
do capítulo em que cada teorema estiver inserido. Para uso então do ambiente teo usamos:

\begin{teo}[argumento opcional]
\end{teo}

Por exemplo:

Teorema 3.1 (Independência Linear). Um conjunto de vetores v1 , v2 , . . . , vn é L.I. se e somente


se, a combinação linear nula

α1 v1 + α2 v2 + · · · + αn vn = 0

implicar em que os escalares α1 , α2 · · · , αn sejam todos nulos.

foi escrito a partir de:

\begin{teo}[Independência Linear]
Um conjunto de vetores $v_1,v_2,\dots,v_n$ é L.I. se e somente se, a combinação

linear nula $$\alpha_1v_1+\alpha_2v_2+\cdots+\alpha_nv_n=\bf{0}$$ implicar em que

os escalares $\alpha_a,\alpha_2,\cdots,\alpha_n$ sejam todos nulos.


\end{teo}

16
3.1. APRESENTANDO DEMONSTRAÇÕES 17

3.1 Apresentando demonstrações


Para apresentar as demonstrações de qualquer ambiente de proposições definido, basta usar
o ambiente:

\begin{proof}
\end{proof}

Demonstração. Suponhamos que a combinação linear nula · · ·


Capítulo 4

Construindo tabelas

Ambiente Tabular
Para inserir uma tabela no documento LATEX precisamos do ambiente tabular, nele são
definidos os parâmetros como quantidade de linhas e colunas da tabela:
Exemplo de tabela com 3 colunas:

\begin{tabular}{lll}
x & y & z\\
1 & 2 & 3\\
-1 & 4 & 0
\end{tabular}

x y z
1 2 3
-1 4 0
o símbolo & pula para a próxima coluna e o símbolo // inicia uma nova linha e por ultimo
\hline insere uma linha horizontal.
Coloquemos linhas horizontais:

\begin{tabular}{lll}
\hline
x & y & z\\
\hline
1 & 2 & 3\\
-1 & 4 & 0\\
\hline
\end{tabular}

x y z
1 2 3
-1 4 0
Podemos, ainda, inserir linhas verticais. Fazemos isso nos parâmetros de alinhamento (l-
esquerda; c-centralizado; r-direita):

\begin{tabular}{l|l|l}

18
19

\hline
x & y & z\\
\hline
1 & 2 & 3\\
-1 & 4 & 0\\
\hline
\end{tabular}

x y z
1 2 3
-1 4 0
Se quisermos fechar a tabela por completo, colocamos as linhas que ainda faltam, horizon-
tais usando o comando \hline e as verticais através de barras verticais, nos parâmetros de
alinhamento:

\begin{tabular}{|l|l|l|} \hline
x & y & z\\
\hline
1 & 2 & 3\\
\hline
-1 & 4 & 0\\
\hline
\end{tabular}

x y z
1 2 3
-1 4 0

Ambiente Table
Dependendo da necessidade, necessitamos de legenda para as tabelas. Aleém disso, somente
com o ambiente tabular não é possível dar nome à uma tabela para referenciá-la ou criar uma
lista de tabelas de todo seu texto. Para esse propósito usamos o ambiente table.
Outra vantagem do ambiente table é que sua tabela não corre o risco de ser cortada com o
fim de uma página, isto se deve ao uso de corpos flutuantes.

\begin{table}[h]
\begin{center} %aqui centralizamos a tabela
\begin{tabular}{|l|l|} %-----dividir em duas colunas
\hline
Número & Nome\\
\hline %----- linha horizontal
01 & Francisco\\
02 & José\\
03 & Maria\\
\hline %----- linha horizontal
\end{tabular}%--- fechamento do ambiente tabular
\end{center} %fim da centralização da tabela
20 CAPÍTULO 4. TABELAS

\caption{Exemplo de tabela com legenda.} %legenda da tabela


\end{table}

Número Nome
01 Francisco
02 José
03 Maria

Tabela 4.1: Exemplo de tabela com legenda.

Apesar de deixarmos o LATEX decidir onde colocar os corpos flutuantes no texto, podemos
impor, de certo modo, qual a sua localização vertical dentro de uma página. Para isso exis-
tem os argumentos opcionais h,t,b e p, que designam aqui, no topo, na base ou na página,
respectivamente. Estes são argumentos comuns a qualquer corpo flutuante do LATEX.
Veja como foi construída a tabela 4.2:

\begin{table}[!h]
\caption{Tabela sem largura prefixada.}
\label{tablarnofix}
\centering
\begin{tabular}{clr}
\hline
\multicolumn{2}{c}{Item} & \multirow{2}*{Preço (R\$):}\\
\cline{1-2}
Vegetal: & vendido por: & \\
\hline
\multirow{2}*{Brócolis} & por kilograma & 12,90\\
\cline{2-3}
& por unidade & 11,00\\
\hline
\multirow{2}*{Couve-flor} & por kilograma & 10,00\\
\cline{2-3}
& por unidade & 8,00\\
\hline
Tofu & por unidade & 9,00\\
\hline
\end{tabular}
\end{table}

O argumento adicional ! foi colocado antes de h para dizer ao LATEX que obrigatoriamente
queríamos que a tabela fosse coloca exatamente ali onde estava situada no texto do código-
fonte. Caso não seja possível isto, o LATEX então escolherá um lugar melhor. Podemos ainda
dizer a ele que se a primeira opção não for possível, que se faça a segunda, e se mesmo assim a
segunda não seja possível, que ele então faça a terceira. Por exemplo, podemos colocar !hbt.
Notemos que no ambiente table podemos dar uma legenda a tabela com o comando
\caption{texto} e dá-la um nome através do comando \label{nome} para então referenciá-la
no texto, com o comando \ref{nome}.
21

Tabela 4.2: Tabela sem largura prefixada.

Item
Preço (R$):
Vegetal: vendido por:
por kilograma 12,90
Brócolis
por unidade 11,00
por kilograma 10,00
Couve-flor
por unidade 8,00
Tofu por unidade 9,00

Para haver uma apresentação de uma lista de tabelas é preciso que se use o comando
\listoftables onde se desejar que a lista apareça no documento. Em teses é habitual que tal
listas estejam antes do sumário.
Já criamos tabelas com o ambiente tabular, mesclando colunas para um escrever apenas um
texto (comando \multicolumn{colm-coln}{lc|r}{texto}), mas ainda não fizemos o mesmo
para várias linhas, ou fixar as larguras das colunas. Para mesclar linhas é necessário carregar
o pacote multirow e usar o comando \multirow{nlin}*{texto}, em que nlin é o número de
linhas que serão mescladas. Para fixarmos uma largura às colunas, acrescentamos aos argu-
mentos l,c ou r com p5cm, por exemplo, para cada coluna. Tente confeccionar as duas tabelas
a seguir1 . Use para a tabela 4.3 uma largura de 6 cm em cada coluna.

\begin{table}[!h]
\caption{Tabela com largura prefixada.}
\label{tablarfix}
\centering
\begin{tabular}{lp{6cm}rp{6cm}cp{6cm}} %{clr}
\hline
\multicolumn{2}{c}{Item} & \multirow{2}*{Preço (R\$):}\\
\cline{1-2}
Vegetal: & vendido por: & \\
\hline
\multirow{2}*{Brócolis} & por kilograma & 12,90\\
\cline{2-3}
& por unidade & 11,00\\
\hline
\multirow{2}*{Couve-flor} & por kilograma & 10,00\\
\cline{2-3}
& por unidade & 8,00\\
\hline
Tofu & por unidade & 9,00\\
\hline
\end{tabular}
\end{table}

1
Para criar uma linha que vai de uma coluna i até uma coluna j usamos o comando \cline{i-j}
22 CAPÍTULO 4. TABELAS

Tabela 4.3: Tabela com largura prefixada.

Item
Preço (R$):
Vegetal: vendido por:
por kilograma 12,90
Brócolis
por unidade 11,00
por kilograma 10,00
Couve-flor
por unidade 8,00
Tofu por unidade 9,00
Capítulo 5

Fórmulas Matemáticas e Matrizes

Apesar de já ter introduzido alguns ambientes matemáticos, não apresentei muitos dos
recursos do LATEX para inserção de fórmulas matemáticas. Quando desejamos mostrar uma
certa expressão matemática dentro de uma linha comum de texto digitamos ela entre dois $.
Por exemplo, digitando $E=mcˆ2$ teremos E = mc2 . Se ainda não quisermos enumerá-la, mas
quisermos um destaque à fórmula, digitamos a fórmula entre dois pares de $$ e ela aparecerá
centralizada isolada em uma linha. Por exemplo, escrevendo $$E=mcˆ2$$ obteremos:

E = mc2

5.1 equation, eqnarray e align


Para apresentação de apenas uma equação, que pode ser enumerada ou não, usamos o
ambiente equation. Por exemplo, os comando abaixo

\begin{equation}
\lim_{x\to +\infty}\left(1+\dfrac{1}{x}\right)^x=e
\label{neuler}
\end{equation}

reproduzem a equação (5.1):


 x
1
lim 1 + =e (5.1)
x→+∞ x
que foi referenciada com o comando \ref{neuler}, e o que aparece é a enumeração automá-
tica. Mas também é possível aparecer um texto que se refere a uma equação. Neste caso
acrescentamos o comando \tag{texto para a equação}. Veja o exemplo abaixo:

eiπ + 1 = 0 (Fantástica!)

Esta equação (Fantástica!) foi construída com os comandos:

\begin{equation}
e^{i\pi}+1=0 \tag{Fantástica!}
\label{eqeuler}
\end{equation}

23
24 CAPÍTULO 5. FÓRMULAS MATEMÁTICAS

e referenciada com \ref{eqeuler}. Caso não se deseje que a equação seja enumerada basta
acrescentar ∗ ao final das palavras equation do ambiente. Todos os ambientes matemáticos
que forem sucedidos de ∗ deixam de enumerar as expressões.
Para apresentar várias equações fazemos uso do ambiente eqnarray, e, se alguma das equa-
ções não se desejar enumerar usamos o comando \nonumber. Sempre usamos \\ a fim de passar
para uma nova linha para acréscimo de equação. Por exemplo:
∂f f (a + h, b) − f (a, b)
(a, b) = lim (5.2)
∂x h→0
Z√ h
A= EG − F 2 du dv (5.3)
D
x ≡ 7 (mod 12) =⇒ x ≡ 3 (mod 4), ∀x ∈ Z (5.4)
1
x = a0 + (5.5)
1
a1 +
1
a2 +
I a3 + · · ·
u(x, y) dx + v(x, y) dy
C

∇ · (F~ × G)
~ =G
~ · ∇ × F~ − F~ · ∇ × G
~ (5.6)
 
n n!
= (5.7)
k k!(n − k)!
foi gerado pelo conjunto de comandos:
\begin{eqnarray}
\dfrac{\partial f}{\partial x}(a,b)=\lim_{h\to 0}\dfrac{f(a+h,b)-f(a,b)}{h}\\
A=\int\limits_D\!\!\sqrt{EG-F^2}\ du\ dv\\
x\equiv 7\!\!\!\pmod{12} \Longrightarrow
x\equiv 3\!\!\!\pmod 4, \forall x\in \mathbb{Z}\\
x=a_0 + \cfrac{1}{a_1 +
\cfrac{1}{a_2 +
\cfrac{1}{a_3+\dotsb}}}\nonumber\\
\oint\limits_{C}u(x,y)\ dx+v(x,y)\ dy\\
\nabla\cdot(\vec F\times \vec G)=\vec G\cdot \nabla\times \vec F -
\vec F\cdot\nabla\times \vec G\\
\binom{n}{k}=\dfrac{n!}{k!(n-k)!}
\end{eqnarray}
Para se fazer referência a somente uma das equações devemos primeiramente dar um
\label{nome} a ela, antes mesmo de digitar \\. Por exemplo: a equação (5.5) é um exemplo
de frações contínuas.
Para o alinhamento vertical das equações usamos o ambiente align. O símbolo & é colocado
justamente onde queremos alinhar cada equação. Por exemplo, ao escrever os comandos:
\begin{align}
\nabla \cdot \epsilon {\bf E} &= 0, \\
\nabla \times {\bf H} - \mathfrak{y} {\bf E} &= {\bf J}_f, \\
5.2. MATRIZES 25

\nabla \cdot {\bf H} &= 0, \\


\nabla \times {\bf E} + \mathfrak{z} {\bf H} &= {\bf 0},
\end{align}

produzimos as equações:

∇ · E = 0, (5.8)
∇ × H − yE = Jf , (5.9)
∇ · H = 0, (5.10)
∇ × E + zH = 0, (5.11)

5.2 Matrizes e Funções definidas por mais de uma expres-


são
5.2.1 Com delimitadores específicos
Para construir matrizes usamos, entre pares de $$, os comandos pmatrix, bmatrix, Bmatrix,
vmatrix e Vmatrix; ou o ambiente array, que é semelhante ao tabular no que concerne às
escolhas de alinhamento dos elementos.
O ambiente pmatrix confecciona uma matriz com delimitares sendo parênteses. O ambiente
bmatrix tem os delimitadores sendo colchetes; no Bmatrix tais delimitadores são as chaves. Já
os ambientes vmatrix e Vmatrix delimitam os elementos da matriz por barras verticais e duplas
barras verticais, respectivamente. Veja os exemplos de comandos que geraram as matrizes:

$$\begin{pmatrix}
\alpha & \beta^*\\
\gamma^* & \delta
\end{pmatrix}$$

α β∗
 

γ∗ δ

$$\begin{bmatrix}
\epsilon & \eta & \theta\\
\lambda & \mu & \xi \\
\rho & \sigma & \tau
\end{bmatrix}$$
 
 η θ
λ µ ξ 
ρ σ τ

$$\begin{vmatrix}
\phi & \varphi & \chi\\
\psi & \omega & \Gamma \\
\Delta & \Theta & \Lambda
\end{vmatrix}$$
26 CAPÍTULO 5. FÓRMULAS MATEMÁTICAS


φ ϕ χ

ψ ω Γ

∆ Θ Λ

\begin{equation}
A=\begin{Vmatrix}
a_{11} & a_{12} & \dotsb & a_{1n} \\
a_{21} & a_{22} & \dotsb & a_{2n} \\
\vdots & \vdots & \ddots & \vdots \\
a_{m1} & a_{m2} & \dotsb & a_{mn}
\end{Vmatrix}
\end{equation}

a11 a12 . . . a1n

a21 a22 . . . a2n
A = .. (5.12)

.. .. ..
. . . .

am1 am2 . . . amn
Com esses comandos _matrix podemos referenciá-los como equações somente se eles esti-
verem em um ambiente matemático enumerável (equation, eqnarray ou align).

5.2.2 Com delimitadores especificados


A outra opção de apresentação de matrizes é com o ambiente array. Neste caso o limitador
é simplesmente digitado, e, por existir uma maior liberdade na abertura e fechamento com
delimitador, este ambiente é apropriado para escrever funções, ou sistemas, com mais de uma
expressão.
A sintaxe do array é semelhante a do tabular porque podemos escolher o alinhamento de
cada coluna com l,c ou r. Os comando a seguir constroem a matriz J
$$J=\left[\begin{array}{cc}
\dfrac{\partial u}{\partial x} & \dfrac{\partial u}{\partial y} \\
\dfrac{\partial v}{\partial x} & \dfrac{\partial v}{\partial y}
\end{array}\right]
$$
∂u ∂u
 

J =  ∂x ∂y 

∂v ∂v 
∂x ∂y
Verifiquemos que os colchetes foram inclusos manualmente com os comandos \left[ e
\right] antes e no depois do ambiente array1 . Assim como a construção de matrizes feitas
acima, o ambiente array pode ser referenciado se estiver inserido em um ambiente matemático
enumerável. Vejamos o exemplo do rotacional da função vetorial F~ = A(x, y, z)~i + B(x, y, z)~j +
C(x, y, z)~k que é determinado pelo pseudo-determinante (5.13):
~i ~j ~k

rot F~ = ∂x ∂y ∂z
∂ ∂ ∂
(5.13)
A B C
1
Não é possível usar delimitadores de tipos diferentes para a abertura e fechamento da matriz!
5.2. MATRIZES 27

Esta equação foi construída com o delimitador | dentro do ambiente equation e com o
\label{rotF}:

\begin{equation}
{\textrm rot}\ \vec F = \left|
\begin{array}{ccc}
\vec i & \vec j & \vec k \\
\frac{\partial}{\partial x} & \frac{\partial}{\partial y} &
\frac{\partial}{\partial z} \\
A & B & C
\end{array}
\right|
\label{rotF}
\end{equation}

Para os casos em que desejamos apresentar um sistemas de equações ou uma função com
mais de uma expressão, podemos usar ambiente array criando o delimitador somente em sua
abertura. Mas, obrigatoriamente devemos escrever o comando \right. em seguida o fecha-
mento do array. O sistema (5.14) foi construído com os comandos2 :

\begin{equation}
\left\{
\begin{array}{ccrcc}
3x & - & 3y & = & 18 \\
x & + & 6y & = & 10
\end{array}
\right.
\label{ex_sis}
\end{equation}

3x − 3y = 18
(5.14)
x + 6y = 10
E a função modular |x| pode ser escrita com os comandos:

$$|x|=\left\{
\begin{array}{lcr}
x,& \mbox{se} & x \geq 0\\
-x,& \mbox{se} & x < 0
\end{array}
\right.
$$

x, se x ≥ 0
|x| =
−x, se x < 0

2
Notemos que para uso das chaves é necessário o \ a precedendo.
Capítulo 6

Inserindo Figuras

Ambiente includegraphics
Com o conhecimento que temos no LATEX sobre corpos flutuantes e posicionamento desses
elementos fica bastante fácil inserir e manipular localizações e aspectos de apresentação de
figuras. Quando já temos uma figura criada e a desejamos inserir no texto do LATEX usamos o
comando:
\includegraphics[opções]{nomedafigura}
Este comando aceita figuras JPG, PNG e PDF.É necessário também a inserção do pacote
graphicx no preambulo \usepackage{graphicx}
Como opções temos:
• Proporção: percentual do tamanho da figura. Por exemplo: scale=0.3 significa que a
figura aparecerá num tamanho igual a 50% do tamanho original
• Altura:aumenta ou diminui a altura da figura para o tamanho desejado. Exemplo:
height=2cm
• Largura: aumenta ou diminui a largura da figura para o tamanho desejado. Ex: width=3cm
• ângulo de rotação: rotação em graus da figura com relação a horizontal, sentido antiho-
rário. Por exemplo: angle=-45
Caso não tenhamos noção em alguma unidade que delimitam o texto ou a página, podemos
simplesmente pedir que a largura ou altura sejam dadas em função das dimensões da largura
da linha ou do texto. Para isso usamos, por exemplo:
0.5\linewidth ou 0.5\textwidth.
Se a figura desejada para incluir no texto já está na mesma pasta do arquivo fonte, apenas
precisamos colocar o nome da figura. Caso contrário, é necessário dar todo o caminho em seu
computador para que o LATEX possa achar e inserir a figura. Se duas figuras tem extensões
distintas mas mesmo nome, é preciso então informar junto ao comando do nome a extensão
da figura desejada. É importante lembrar que a habilitação de inserir figurar em .pdf é feita
mediante a chamada do pacote\usepackage[pdftex]{graphicx} no preâmbulo.
Como exemplos, veja os comandos usados para o logotipo da UFPa que está na pasta
figuras:

28
29

\begin{center}
\includegraphics[scale=0.3,angle=-45]{figuras/logo_ufpa2}\hspace{1cm}
\includegraphics[width=0.1\textwidth,angle=135]{figuras/logo_ufpa2}\hspace{1cm}
\includegraphics[height=4cm,width=0.35\linewidth]{figuras/logo_ufpa2}
\end{center}

Ambiente figure
O comando \includegraphics não habilita fazermos referência à figura ou criar legenda a
ela. Para esse propósito devemos usar o ambiente figure, que é um corpo flutuante, e que por
isso aceita/permite que entremos com opção de posicionamento. Fazendo-se então uso desse
ambiente podemos criar uma lista de figuras, com o comando:

\listoffigures

em qualquer página do documento1 (costumeiramente em teses a lista de figuras vem antes


do sumário!). Por exemplo, o comando abaixo produz a figura (6.1):

\begin{figure}[!htb]
\centering
\includegraphics[scale=0.3]{figuras/logo_ufpa2}
\label{logoUFPA}
\caption{Logotipo da Universidade Federal do Pará}
\end{figure}

Vejamos o exemplo:
No ambiente figure temos as opções:

• Legenda: através do comando \caption{texto da legenda}. As legendas são numera-


das automaticamente.

• Marca: através do comando \label{marca}. Fora do ambiente figura, se for necessário


citar tal figura, usamos o comando \ref{marca}. A referência é feita automaticamente
1
Veja também que este documento apresenta uma lista de figuras no início e mostrando as páginas onde as
figuras estão.
30 CAPÍTULO 6. INSERINDO FIGURAS

Figura 6.1: Logotipo da Universidade Federal do Pará

Um mesmo ambiente figure pode conter mais de um comando \includegraphics. Note


que neste exemplo uma mesma figura é inserida em tamanhos diferentes: com 10% do tamanho
original (devido ao scale=0.1), com 20% do tamanho original (scale=0.2) e com 40% do tamanho
original (scale=0.4).
A legenda da figura é fornecida como parâmetro do comando \caption. O \centering signi-
fica que a figura deve ser centralizada. Se forem colocados vários comandos \includegraphics
em um único ambiente figure, o LATEX os considerará como sendo uma única figura.

\begin{figure}[!htb]
\centering
\includegraphics[scale=0.1]{figuras/logo_ufpa} \includegraphics[scale=0.2]{figuras/logo_
\includegraphics[scale=0.4]{figuras/logo_ufpa}
\caption{scale = 0.1, 0.2 e 0.4, respectivamente}
\end{figure}

Figura 6.2: scale = 0.1, 0.2 e 0.4, respectivamente

Para colocar duas ou mais figuras lado a lado, deve-se usar um único ambiente figure e
colocar nele as figuras dentro de ambientes minipage. Cada minipage pode ter suas próprias
legendas, rótulos, etc. A soma das larguras de todas as minipages não deve ultrapassar o
tamanho da linha atual (\linewidth). No exemplo a seguir, duas figuras são colocadas lado
a lado. Elas são alinhadas pela parte de baixo devido ao “[b]” usado como parâmetro dos
ambientes minipage.

\begin{figure}[!htb]
\begin{minipage}[b]{0.45\linewidth}
\includegraphics[width=\linewidth]{figuras/logo_ufpa}
\caption{Figura da esquerda}
\label{fig:patu}
31

\end{minipage} \hfill
\begin{minipage}[b]{0.45\linewidth}
\includegraphics[width=\linewidth]{figuras/logo_ufpa}
\caption{Figura da direita}
\label{fig:catole}
\end{minipage}
\end{figure}

Figura 6.3: Figura da esquerda Figura 6.4: Figura da direita

É comum termos a necessidade de apresentar figuras como se fossem elementos de uma


tabela, ou matriz de várias figuras. Apesar de ser possível usar somente o ambiente figure
para isso, não seria possível referenciar cada elemento figura dentro do conjunto formado.
Neste caso um pacote que contempla essa necessidade é o subfig chamado no preâmbulo por
\usepackage{subfig}. Ele usa o comando \subfloat[opção]{\includegraphics{...}},
que torna cada figura entrada no \includegraphics um “subcorpo” flutuante, e por isso pode
ser referenciada no texto. Para exemplo, consideremos a função (6.1)

f (x, y) = 2 cos(10x) sen(10y) + sen(10xy). (6.1)


Os comandos que criam na página 32 a figura (6.5) são:

\begin{figure}[!ht]
\centering
\subfloat[mesh]{\includegraphics[width=0.45\textwidth]{figuras/mesh}
\label{figmesh}}\hspace{2pt}
\subfloat[surf]{\includegraphics[width=0.45\textwidth]{figuras/surf}
\label{figsurf}}\\
32 CAPÍTULO 6. INSERINDO FIGURAS

\subfloat[meshz]{\includegraphics[width=0.45\textwidth]{figuras/meshz}
\label{figmeshz}}\hspace{2pt}
\subfloat[meshc]{\includegraphics[width=0.45\textwidth]{figuras/meshc}
\label{figmeshc}}\\
\subfloat[surfc]{\includegraphics[width=0.45\textwidth]{figuras/surfc}
\label{figsurfc}}\hspace{2pt}
\subfloat[contour3]{\includegraphics[width=0.45\textwidth]{figuras/contour3}
\label{figcontour3}}
\caption{Comandos no {\it Matlab} para plotagem 3D da função \ref{fxy}.}
\label{plot3d}
\end{figure}

mesh(X, Y, Z) surf (X, Y, Z)

3 3

2 2

1 1
z

z
0 0

-1 -1

-2 -2
0 0
0.2 0.2
0.4 0.4
0.6 0.6
1 1
0.8 0.8 0.8 0.8
0.6 0.6
0.4 0.4
x 1 0.2 x 1 0.2
0 0
y y

(a) mesh (b) surf

meshz(X, Y, Z) meshc(X, Y, Z)

2 2

1 1
z

0 0

-1 -1

-2 -2
0 0
0.2 0.2
0.4 0.4
0.6 0.6
1 1
0.8 0.8 0.8 0.8
0.6 0.6
0.4 0.4
x 1 0.2 x 1 0.2
0 0
y y

(c) meshz (d) meshc

surf c(X, Y, Z) contour3(X, Y, Z, 80)

2 2

1 1

0 0

-1 -1

-2
0 0
0.2 0.2
0.4 0.4
0.6 0.6
1 1
0.8 0.8 0.8 0.8
0.6 0.6
0.4 0.4
x 1 0.2 x 1 0.2
0 0
y y

(e) surfc (f) contour3

Figura 6.5: Comandos Matlab para plotagem 3D da função 6.1.

Estas figuras são de ilustração dos comandos no Matlab para geração de gráficos 3D na
função (6.1). A fim de fazer referência a qualquer uma das subfiguras bastar usarmos o comando
\ref{labeldosubfloat}. Por exemplo, digitando \ref{figmesh} teremos: 6.5a
Capítulo 7

Inserindo uma Capa Personalizada

Agora que já sabemos inserir uma figura no texto, poderemos criar nossa própria capa para
o documento. Crie um novo arquivo .tex, com o nome por exemplo capa.tex. Nele digite,
por exemplo:

\begin{titlepage}
\begin{center}
\includegraphics[scale=0.3]{figuras/logo_ufpa}\\[0.8cm]
\textsc{\Large Universidade Federal do Pará}\\[0.1cm]
\textsc{\Large Campus Universitário de Castanhal}\\[0.1cm]
\textsc{\Large Faculdade de Matemática}\\[0.1cm]
\textsc{\Large Curso de Licenciatura Plena em Matemática}\\[5cm]
{\Huge {\bf Introdução ao \LaTeX}}\\[0.5cm]
{\large Valdelírio Silva\\ \&\\ Alunos do Curso Introdutório ao \LaTeX}\\
\today
\vfill
{\large Brasil}\\[0.5cm]
{\large 2017}
\end{center}
\end{titlepage}

Vemos que neste arquivo não é necessário preâmbulo e ele começa simplesmente com os
comando de inicialização e finalização de {titlepage}. Usamos o ambiente center para
centralizarmos nosso texto e \includegraphics para inserir o logotipo da UFPa. Coloquei
[0.8cm] após \\ para informar que desejamos o espaçamento vertical de 0,8 cm do logotipo
para a próxima linha. Talvez eu ainda não tenha dito aqui, mas o comando \textsc{texto}
cria o texto sempre um caixa alta, e, {\bf texto} põe em negrito o texto. Com exceção de
\vfill, os demais comandos já foram comentados por aqui. O comando \vfill faz com que
se preencha com espaço em branco vertical até que se encontre um novo texto naquela página,
ou até o final dela. Atenção: Não precisamos compilar capa.tex.
Para incluirmos nossa capa no documento deveremos digitar, logo depois de \begin{document},
o comando \input{capa.tex}, e não mais usar o comando \maketitle

33
Capítulo 8

Criando e Citando Referências


Bibliográficas

Usando o Bibitem
Permite a criação de referencia bibliográfica direto no documento. O \bibitem é um co-
mando usado para inserir uma referência num ambiente thebibliography (a bibliografia) do seu
documento. A sintaxe para usar o \bibitem é:

\begin{center}
\bibitem[legenda]{chave}
\end{center}

A [legenda] é opcional e serve para adicionar o seu próprio sistema de legendagem para
o item da bibliografia. Se não estiver definida nenhuma legenda, os itens serão definidos por
ordem numérica: [1], [2], [3], etc.
O argumento chave é usado para referenciar e associar os comandos \bibitem e \cite um ao
outro, bem como a informação que estes contêm. O comando \cite contém a legenda associada
com o \bibitem pretendido, o qual se localiza dentro de um ambiente thebibliography e
contém os dados de referência. Ambos os comandos \bibitem e \cite deverão ter a mesma
chave; a forma mais simples de organizar as chaves é pelo último nome do autor. Os parênteses
secundários no ambiente thebibliography indicam a legenda mais longa que poderá ter. Por
isso, se inserir um xpto significa que você poderá ter qualquer legenda menor ou tão grande
quanto a expressão xpto. Se não definir esse parâmetro corretamente, poderá obter um recuo
não tão atrativo da sua bibliografia.
A bibliografia é uma seção à parte do seu documento principal e um exemplo de código para
a bibliografia seria semelhante ao seguinte:

%preâmbulo
\documentclass[a4paper,12pt,twoside]{article}
\usepackage[brazil]{babel}
\usepackage[utf8]{inputenc}
\usepackage[T1]{fontenc}
\usepackage{geometry}
\usepackage{lipsum}
\usepackage[pdftex]{graphicx}

34
35

\geometry{tmargin=3cm,bmargin=2.5cm,lmargin=2cm,rmargin=2cm}

\bibliographystyle{plain}

% inicio do documento
\begin{document}
Minha tese sobre a filosofia dos Simpsons vem do meu livro favorito \cite{Simpson}.
\lipsum[1]\cite{Day}
\lipsum[1]\cite{Flores}
\lipsum[1]\cite{Simpson}

\begin{thebibliography}{50}
\bibitem{Simpson} Homer J. Simpson. \textsl{Mmmmm...donuts}. Evergreen Terrace Printing
\bibitem{Day} Christopher Day, and Maria Assunção Flores. Desenvolvimento profissional d
\bibitem{Flores} Flores, Moacyr. História do Rio Grande do Sul. Nova Dimensão, 1997.
\end{thebibliography}

\end{document}

Usando a ferramenta Bibtex


Criar as referências bibliográficas como parte integrante do texto é muito comum no meio
acadêmico. Apesar de podermos criar a bibliografia em cada documento, o que é mais comum é
fazermos o armazenamento de referências bibliográficas em um arquivo base, e então no arquivo
fonte usar comandos para fazer aparecer todas as referências bibliográficas que foram utilizadas
no texto. Esse procedimento é alcançado no TEX mediante a ferramenta BibTeX, que adaptada
à sintaxe do LATEX virou BibLaTeX.
Os passos para utilizar esta ferramenta consiste:

1. produzir uma biblioteca de referências bibliográficas (arquivo.bib);

2. colocar no preâmbulo do arquivo fonte o comando \bibliographystyle{estilo} que


habilitará o estilo de apresentação e citação das referências. O estilo pode ser acm, alpha,
ieeetr, plain, sian, abbrv;

3. no local do documento onde a bibliografia deve aparecer, deve-se colocar o comando


\bibliography{arquivo}, onde arquivo é o nome do arquivo de banco de dados bibli-
ográficos sem a terminação .bib;

4. Compilar o arquivo .tex, gerar o arquivo .pdf, compilar o arquivo .bib

Criando um arquivo .bib:


Para se gerar uma bibliografia em um documento,é necessário criar um arquivo na pasta onde
está o arquivo fonte com nome terminado em .bib contendo um banco de dados bibliográficos.
36 CAPÍTULO 8. CRIAÇÃO DA BIBLIOGRAFIA

As entradas deste banco devem ter a forma1 :

@tipodaref{nomefacil,
author={Autor},
title={Título},
publisher={Editora ou Periódico},
address={Endereço da Editora ou do Periódico},
year={Ano de Publicação}}

Onde tipodaref quer dizer que deveremos entrar com o tipo de referência:

• article para artigos em periódicos;

• book para livros;

• techreport para relatórios técnicos;

• conference para apresentações orais em congressos e similares;

• inproceedings para anais de congressos;

• phdthesis para teses;

• mastersthesis para dissertações de mestrado ou TCCs; ou

• incollection para capítulos em livros.

A publicação vai ser citada no documento com o comando \cite{apelido}. Cada tipodaref
tem um conjunto de campos obrigatórios e outro conjunto de campos opcional.
Para que a bibliografia apareça na tabela de conteúdo (ou sumário ou índice) é necessário
que se coloque o comando:

\addcontentsline{toc}{section}{Sumário} ou
\addcontentsline{toc}{chapter}{Sumário}

imediatamente antes de \bibliography{arquivo}.


Pode parecer trabalhoso todo essa tarefa de construção de cada bibliografia, no entanto,
na internet, em especial nos “sites” de periódicos, de editoras e de lojas de livros é muito
comum estar disponível, já em .bib todas as entradas necessárias e mais as opcionais de uma
referência, a não ser que a referência que desejamos colocar não seja tão comum assim. EX;
Google Acadêmico
O arquivo base deve ser gravado com a extensão .bib. No documento o qual desejamos
aparecer as referências bibliográficas devemos digitar no preâmbulo o comando que habilitará
o estilo de apresentação e citação das referências. Caso não deseje usar, ou não tenha um já
construído, usamos o comando \bibliographystyle{plain}.

\bibliographystyle{plain}

A lista de referências bibliográficas aparecerão, no texto, onde inserirmos o comando


1
Muitos periódicos científicos ou associações de normas técnicas criaram seu próprio estilo de referências.
Daí tais instituições fornecem um arquivo .sty para ajudar na construção das referências bibliográficas.
37

\bibliography{minhabib}

Para fixação do procedimento aí vai a sintaxe:

\documentclass[a4paper,12pt,twoside]{report}

\bibliographystyle{plain}

\begin{document}

\bibliography{minhabib}
\end{document}

Para haver a ligação do arquivo fonte com o minhabib.bib devemos compilar o arquivo fonte
pelo menos duas vezes. Dependendo do editor, não é necessário compilar o minhabib.bib.
As citações bibliográficas são feitas com o comando \cite{nomefacil}. No caso em
que são feitas mais de uma citação ao mesmo tempo, basta acrescentarmos argumentos em
\cite. Por exemplo, digitando \cite{dias06,kong07} no texto, aparecerá [1,3]. Verifique
que mesmo tendo muitas referências no .bib somente as citadas no texto é que apareceram
nas referências bibliográficas. Mas se você desejar apresentar também aquelas que apesar
de não estarem diretamente citadas no seu texto, mas serviram de objetos de estudo por
exemplo, então usamos \nocite{nofacil1,nomefacil2,nomefacil3}. Vejamos: digitando
\nocite{golub2012matrix,lee78} não estaremos citando tais obras no texto, mas elas apa-
recerão nas referências bibliográficas2 .
Observemos também que o sumário não apresentou que página se inicia a lista de referências.
Para contornar esse problema digitamos3

\addcontentsline{toc}{chapter}{Bibliografia}

na linha imediatamente antes do comando \bibliography{minhabib}.


E se desejarmos fazer as referências não por números e sim pelo autor e ano? Aí vem o uso
de um estilo. Um bastante comum que já vem incluso na maioria das distribuições do TEX é o
NatBib. Para usá-lo digite no preâmbulo:

\usepackage[round]{natbib}

A opção round que dizer que você deseja, quando necessário colocar, parênteses na citação.
Outros delimitadores são: square ([ ]), curly ({ }) e angle (< >). Existem também opções
para separação das referências quando citadas em conjunto (vírgulas, ponto-e-vírgula, etc), ou
fazê-las aparecer como sobrescritos (super), ou a ordem com que devem aparecer numa lista
de citações, etc.
Agora, em vez de usar o comando \bibliographystyle{plain} no preâmbulo, você deve
usar

\bibliographystyle{plainnat}
2
Este arquivo .pdf foi gerado por último com o uso do NatBib, e por isso a lista de referências bibliográficas
não apresenta a lista de referências usadas no comando \nocite
3
Dependendo de seu documento, a bibliografia deverá ser contabilizada como um capítulo, ou como uma
seção. Basta então modificar adequadamente o argumento posterior a {toc}
38 CAPÍTULO 8. CRIAÇÃO DA BIBLIOGRAFIA

ou, \bibliographystyle{abbrvnat}, ou ainda \bibliographystyle{unsrtnat}.


Os comandos de citações com o NatBib passam a ser \citet ou \citep, seguidos ou não de
*. O uso de \citep faz com que o delimitador escolhido na chamada do pacote seja apresentado
na citação; já \citet quer dizer que a citação será no estilo textual com somente o ano sendo
usado o delimitador. O uso de * faz com que todo os nomes do autores sejam apresentados,
mesmo em quantidade maior que dois, enquanto o não uso fará com que a simbologia et al
apareça para designar a existência de mais de dois autores. Por exemplo, digitando:

\citep{ward87}, \citet{sato79}, \citep{ANDHAB86} e \citet*{ANDHAB86}

teremos:
(Ward and Hohmann, 1987), Sato (1979), (Anderson et al., 1986) e Anderson, Safinya, and
Habashy (1986).
Referências Bibliográficas

B. Anderson, K. A. Safinya, and T. Habashy. Effects of dipping beds on the response of induc-
tion tools. In 61st Annual Technical Conference and Exhibition of the Society of Petroleum
Engineers. SPE, 1986.

Hédison Kiuity Sato. Método eletromagnético para interpretação de polarização induzida e


resistividade, usando o protótipo de um sistema eletromagnético a multi-frequência. Master’s
thesis, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 1979.

Stanley H. Ward and Gerald W. Hohmann. Electromagnetic theory for geophysical applicati-
ons. In Misac N. Nabighian, editor, Electomagnetic Methods in Applied Geophysics, Vol. 1,
Theory, volume 3 of Investigations in Geophysics. SEG, 1987.

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Capítulo 9

Criando Links

Sabemos como são úteis “links” no texto. Eles podem ser acionados para encontrarmos uma
equação referenciada, uma tabela, uma figura, ou uma referência bibliográfica dada no texto,
bastando clicar sobre a citação. Os links também podem ser um acesso a um capítulo ou seção
apresentada no sumário, ou, sobre a lista de referências bibliográficas dar acesso às páginas
onde elas são citadas, ou mesmo, abrir um site selecionando um endereço informado no texto.
No LATEX essas ferramentas são disponibilizadas com o pacote hyperref requerido no preâm-
bulo. Ele funcionará nos documentos em .pdf mas podem ser criados a partir da compilação
de documentos mesmo sem pdflatex. No entanto é obrigatória a opção pdftex na chamada
do pacote.
Existem várias opções para a configuração do hyperref mas usaremos aqui somente as de
definir as cores dos “links”. Existem duas maneiras de definir as opções do pacote. Uma é digi-
tando as opções na própria chamada do pacote, escrevendo \usepackage[opçoes]{hyperref},
ou, após requerer o pacote com o comando \usepackage{hyperref} entrar com cada opção
como argumento do comando \hypersetup. Façamos uso desta última opção:
\usepackage{hyperref}
\hypersetup{pdftex,
%
colorlinks,
% Configurações de cores:
linkcolor=blue,% cor de ligações internas: \ref etc.
citecolor=magenta,% cor do \cite.
filecolor=cyan,% cor de ligações para arquivos externos.
urlcolor=red,% cor de ligações de url.
A opção colorlinks adicionada no pacote serve para retirar os retângulos que apareceriam
ao redor dos links e colorí-los de acordo com as configurações desejadas. É aconselhável chamar
o pacote \hyperref sempre como sendo o último.
Após inserir os comandos acima, verifique que os “links” funcionam perfeitamente e os núme-
ros de figuras, equações, lista de figuras e sumários ficaram azuis, enquanto que os números das
citações bibliográficas em magenta. Como ainda não fizemos “links” para endereços eletrônicos
exemplificaremos agora. Para isso fazemos uso do comando \href{endereço}{texto}. Por
exemplo, o site de nosso projeto de extensão é monitoriacastanhal.ufpa.br que aqui foi inserido
pelo comando:
\href{http://monitoriacastanhal.ufpa.br}{monitoriacastanhal.ufpa.br}

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Neste caso é necessário usar http:// dentro do comando \href. O não uso disso habilita o
“link” a um documento. Por exemplo, ao digitarmos \href{figuras/areaconv45}{resultado
da convolução discreta}, teremos um link para acessar a figura resultado da convolução
discreta que está na pasta figuras que por sua vez está na mesma localização deste nosso
arquivo fonte. Muito legal né!?
Capítulo 10

Criando um documento a partir de vários


arquivos-fonte

Com a proposta de criar um grande documento, como um livro, um relatório técnico, uma
tese ou dissertação, não é conveniente que todo o texto seja digitado em um único arquivo-fonte
com todos os capítulos e seções existentes nele. Ao digitar o documento é comum escrevermos
bastante do texto para de vez em quando compilarmos para visualização. E com isso as vezes
fica difícil localizar e identificar os erros. O LATEX permite que possamos criar arquivos inde-
pendentes para depois fazermos a unificação das várias partes e compilá-los à nossa escolha.
Tendo vários arquivos cap1.tex, cap2.tex, cap3.tex, . . . , basta usar o comando
\includeonly{cap1,cap2,...} no preâmbulo para selecionar quais arquivos deverão ser com-
pilados. E dentro do documento usar o comando \include para incluir cada um dos arquivos-
fonte. Por exemplo, de nossas aulas, podemos fazer:

\documentclass[a4paper,12pt,twoside]{report}

\includeonly{Aula_1,Aula_2,Aula_3,Aula_4,Aula_5}

\begin{document}
\input{capa.tex}
\tableofcontents
\include{Aula_1}
\include{Aula_2}
\include{Aula_3}
\include{Aula_4}
\include{Aula_5}

\end{document}

Cuidado! Agora cada arquivo fonte que você deseja incluir no arquivo maior NÃO deve
mais ter preâmbulo e nem as declarações de título ou comando de inicialização e finalização do
documento.

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