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SISTEMAS OPERATIVOS II

CAPÍTULO IV- SISTEMAS DE ARQUIVOS

MSc. Eng. Francisco José Dombala


TÓPICOS

 Introdução
 Conceitos
 Métodos de acesso
 Estrutura de Directório
Objectivos

Apresentar uma descrição pormenorizada sobre o Sistema de


arquivos;
Comparar as diferenças entre sistemas de armazenamento e
sistemas de arquivos
4.1 Introdução
Actualmente, o mercado oferece diferentes formas para armazenar
informações no formato digital. Os dispositivos de armazenamento existentes
incluem discos rígidos internos e externos, cartões de memória de câmeras de
foto/vídeo, pendrives USB, sistemas RAID complexos, entre outros. Os dados
são mantidos nesses dispositivos na forma de arquivos, como documentos,
fotos, bancos de dados, mensagens de e-mail etc., que precisam ser
organizados com eficiência no disco e recuperados facilmente quando
necessário.
4.1.1 O que é um sistema de arquivos
Qualquer arquivo de computador é armazenado em uma mídia de
armazenamento com uma determinada capacidade. De facto, cada
armazenamento é um espaço linear para leitura ou gravação de informações
digitais. No início do armazenamento, cada byte de informações tem seu
deslocamento (offset), este deslocamento é o seu endereço de referência. Um
armazenamento pode ser apresentado como uma grade com um conjunto de
células numeradas (cada célula é um único byte). Qualquer arquivo salvo no
armazenamento obtém suas próprias células.
4.1.2 Definição

Um Sistema de Arquivos é um sistema utilizado para armazenar,


organizar e acessar dados em um computador de forma efectiva. Os
dispositivos que utilizam sistemas de arquivos são discos rígidos,
mídias ópticas como CDs e DVDs, cartões de memória e pen drives
(flash drives) e discos flexíveis (disquetes), entre outros.
4.2 Conceitos

Um sistema de arquivos permite o armazenamento organizado de arquivos,


agregando características a cada arquivo como um nome, permissões de
acesso, atributos especiais e um índice, que é uma lista de arquivos na
partição que informa onde cada arquivo está localizado no disco. Assim, o
sistema operacional é capaz de encontrar o arquivo em seu local de
armazenamento rapidamente.
4.2.1 Para que serve um sistema de arquivos

Normalmente, um sistema de arquivos opera blocos, não sectores. Os


blocos do sistema de arquivos são grupos de sectores que optimizam o
endereçamento de armazenamento.
Os arquivos podem ser acessados em um dispositivo de
armazenamento por meio de interface gráfica ou linha de comandos.
Ambas as interfaces podem interagir com o sistema de arquivos
empregado.
4.2.2 Principais funções de um sistema de
arquivos
 Gestão de arquivos
 Navegação pela estrutura de directórios
 Acesso a arquivos e pastas
 Recuperação de dados
 Armazenamento de dados
4.2.3 Particionamento e Formatação

O espaço nos dispositivos de armazenamento é dividido em seções


denominadas “partições”, e cada partição deve ser formatada com um
sistema de arquivos para que seja possível gravar dados nela.
O processo de formatação é, basicamente, a configuração de um
sistema de arquivos de um determinado tipo no dispositivo.
4.2.4 Tipos de Sistemas de Arquivos

Existem diversos sistemas de arquivos diferentes que podem ser


utilizados para organizar os arquivos em um sistema. Cada um
organiza os dados de uma forma distinta. Alguns são mais rápidos
(para listar ou armazenar os dados), outros possuem um nível de
segurança maior, outros são mais adequados a drives removíveis ou a
mídias somente-leitura.
Cada sistema operacional utiliza um tipo de sistema de arquivos (ou
vários). Por exemplo, o sistema operacional Windows tende a utilizar o
sistema de arquivos NTFS para gerenciar o armazenamento de dados
do sistema e arquivos e programas de usuários, mas ele é capaz de
acessar dados gravados em outros tipos de sistemas de arquivos,
como FAT32 ou exFAT, por exemplo.
Durante a instalação de um sistema operacional, as partições são
formatadas automaticamente (no geral) com o sistema de arquivos que
se julga mais adequado para aquele sistema. Em muitos casos é
possível escolher outros tipos de sistemas de arquivos para formatar
uma partição, utilizando ferramentas adequadas.
Sistemas que são acessados através de uma rede também podem ter
sistemas de arquivos especiais, assim como sistemas de bancos de
dados, que podem utilizar sistemas de arquivos específicos e
proprietários, projectados especificamente para as necessidades do
banco de dados em questão.
A figura a seguir mostra a janela do utilitário GParted, utilizado para
particionar e formatar discos no Linux:
4.2.4.1 Sistemas de arquivos do Windows

O Microsoft Windows emprega dois principais sistemas de arquivos:


NTFS, o formato principal que as versões mais modernas deste
sistema operacional usam por padrão, e FAT, que foi herdado do DOS
antigo e tem exFAT como sua extensão posterior. Além disso, o
sistema de arquivos ReFS foi desenvolvido pela Microsoft como um
sistema de arquivos de nova geração para computadores servidores a
partir do Windows Server 2012.
Falando de uma forma mais clara: O Sistema de Arquivos é criado no
momento em que o Disco Rígido é formatado. Durante a formatação, o
conteúdo do disco rígido é removido para então instalar o Sistema
Operacional, e nesse momento, é criado um Sistema de Arquivos.
Vamos entender um pouco mais das tecnologias implantadas pelo
Sistema Operacional Windows:
4.2.4.2 FAT (File Allocation Table)

FAT 16 é uma Tabela de Alocação de Arquivos, implantada nas


seguintes versões do Sistema Operacional: Windows 95 e Windows 98.
FAT 32 é uma Tabela de Alocação ode Arquivos, implantada nas
seguintes versões do Sistema Operacional: Windows 98, Windows ME
e Windows XP;
4.2.4.3 NTFS (New Technology File System)
NTFS é a Nova Tecnologia de Alocação de Arquivos, muito mais
aprimorado em comparação com as versões FAT 16 e FAT 32.
Ele proporcionou ao Sistema Operacional Windows uma estabilidade
muito maior do que as versões anteriores, com relação a travamentos.
Foi introduzido em 1993 com o Windows NT e actualmente é o sistema
de arquivos mais comum para computadores com Windows. A maioria
dos sistemas operacionais da linha Windows Server também usa esse
formato.
O sistema de arquivos é bastante confiável graças ao registo no diário
e suporta muitos recursos, incluindo controlo de acesso, criptografia,
etc. Cada arquivo no NTFS é armazenado como um descritor de
arquivo na Master File Table (Tabela de Arquivos Mestre) e no
conteúdo do arquivo.
4.2.4.4 Algumas vantagens do NTFS sobre o FAT:

NTFS permite a implementação de senhas em pastas do


computador. Já o FAT não permite o uso de senhas;

Estabilidade e segurança nos diretórios são uma das grandes


novidades que a NTFS trouxe para o Sistema Operacional.
4.3 Métodos de Acesso

Quando um arquivo é usado, as informações são lidas e acessadas na


memória do computador e há várias maneiras de acessar essas
informações do arquivo. Alguns sistemas fornecem apenas um método
de acesso para arquivos. Outros sistemas, como os da IBM, suportam
muitos métodos de acesso, e escolher o correcto para um aplicativo
específico é um grande problema de design.
4.3.1 Formas de Acesso
Existem três maneiras de acessar um arquivo em um sistema de
computador: Acesso sequencial, Acesso directo e Método sequencial
de índice.
1. Método Sequencial
É o método de acesso mais simples. As informações no arquivo são
processadas em ordem, um registro após o outro. Esse modo de
acesso é de longe o mais comum; por exemplo, o editor e o compilador
geralmente acessam o arquivo dessa maneira. Ler e escrever
constituem a maior parte da operação em um arquivo.
Uma operação de leitura -read next- lê a próxima posição do arquivo e
avança automaticamente um ponteiro de arquivo, que mantém a
localização de E / S da trilha.
Da mesma forma, para a gravação, escreva em seguida, acrescente ao
final do arquivo e avance para o material recém-escrito.
Pontos chave:
 Os dados são acessados ​um registo logo após outro registo em um
pedido;
 Quando usamos o comando de leitura, ele avança o ponteiro em um;
 Quando usamos o comando de escrita, ele aloca memória e move o
ponteiro para o final do arquivo;
 Esse método é razoável para fita.
2. Acesso directo
Também conhecido como método de acesso relativo . Um registo
lógico de comprimento de campo que permite ao programa ler e gravar
registos rapidamente. em nenhuma ordem particular. O acesso directo
é baseado no modelo de disco de um arquivo, pois o disco permite
acesso aleatório a qualquer bloco de arquivo. Para acesso directo, o
arquivo é visto como uma sequência numerada de bloco ou registo.
Assim, podemos ler o bloco 14, depois o bloco 59 e, em seguida,
podemos escrever o bloco 17.
Não há restrição na ordem de leitura e escrita para um arquivo de
acesso directo.
3. Método sequencial de índice
É o outro método de acessar um arquivo que é construído na parte
superior do método de acesso sequencial. Esses métodos constroem
um índice para o arquivo. O índice, como um índice no final de um livro,
contém o ponteiro para os vários blocos. Para encontrar um registo no
arquivo, primeiro procuramos o índice e então com a ajuda do ponteiro
acessamos o arquivo directamente.
Pontos chave:
 É construído em cima do acesso sequencial;
 Ele controla o ponteiro usando o índice.
4.4 Estrutura de Directório

Uma das maiores dificuldades dos usuários iniciantes em Windows é


entender a localização e a estrutura das pastas do sistema operacional.
De uma maneira bem simples, tudo funciona em uma espécie de
pirâmide, do disco rígido para as pastas mais específicas do sistema.
Basicamente, no Windows temos os arquivos do sistema concentrados
nas pastas Windows e Arquivos de programas e você pode criar e
organizar suas pastas da forma que quiser.
No Linux é basicamente o contrário.
O directório raiz está tomado pelas pastas do sistema e espera-se que
você armazene seus arquivos pessoais dentro da sua pasta no
directório /home.
No Linux os discos e partições não aparecem necessariamente como
unidades diferentes, como o C:, D:, E: do Windows. Tudo faz parte de
um único diretório, chamado diretório raiz ou simplesmente “/”.
Dentro deste diretório temos não apenas todas as partições de disco,
mas também o CD-ROM, drive de disquete e outros dispositivos
Já no Windows, é como se você tivesse um arquivo desses de
escritório, com algumas gavetas, várias pastas dentro de cada gaveta e
assim por diante. No caso do Windows é muito semelhante, como você
confere no exemplo abaixo, que mostra as pastas mais utilizadas pelos
usuários:
No Linux
/bin: aqui se encontram os programas mais importantes;
/boot: arquivos de inicialização ou "boot";
/dev: controles/arquivos para todos os dispositivos de entrada e saída;
/etc: arquivos de configuração dos mais diversos aplicativos, também a
configuração básica;
/home: diretório dos usuários; como sistemas Unix são multiusuário por
natureza, cada usuário tem login/senha e uma conta que consiste em
um diretório aqui dentro, exceto o "root", que tem diretório à parte. O
diretório de cada usuário (/home/login-do-usuário) é conhecido como o
"home" do usuário;
/lib: arquivos de bibliotecas;
/mnt: lugar onde há pontos de montagem para temporários;
/root: diretório do administrador de sistema, "superusuário" ou
simplesmente "root";
/sbin: arquivos executáveis especiais - para o administrador;
/tmp: depósito de arquivos temporários;
/usr: aqui aparecem diretórios como bin e lib, mas com arquivos e
directórios diferentes dentro; os programas que usam ambiente gráfico,
por exemplo, estão em /usr/bin ou /usr/X11R6/bin, nunca em /bin;
contém documentação, aplicativos, bibliotecas...
/var: variáveis do sistema e arquivos de log.
No Windows
Arquivos de programas (Program Files)
Aqui é onde praticamente todos os programas instalados no
computador são inseridos. Ao acessar esta, você observa que há
dezenas de pastas com os nomes dos aplicativos ou de seus
desenvolvedores, o que inclui quase tudo o que é necessário para que
os programas funcionem.
Usuários
Documents and settings” passou a se chamar “Usuários”. Nela
encontramos diretórios para todas as contas criadas no seu Windows.
Ao acessá-las você confere as pastas padrão para músicas, imagens,
vídeos e outros documentos.
Próximo Capítulo

Capítulo V – Gestão de Entrada e Saida

 Princípios de E/S – Hardware

 Princípios de E/S – Software

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