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Alfred Benjamin A ENTREVISTA DE AJUDA Mar: s Fontes ~~ eee Se Se Ses PeR ee eae te eos etetS EEL Coat tat CUreeeEECETECE#TS HESP SOILS Tattli SUITS TiTSHTestiiSHiTernIStitSttEst ads Inrange ars Wr da nr SE rae enacia Aled ‘Sta Palo: are Fone, 2008. = Su Awe — soe Tin angel Tre ISBNSTH HSMN Todos 0s dircivos Livrara Sertins ‘Rea Comsethesra Rar Tel 1) 3349 3677 Fax (21) 310 nfo martinsfocese Indice Iutrodugdo do editor 11 Prefécio 18 1.Condigaes 19 Fatores esternos e annosfera 20 Asala 20 Interrupedes 22 Fatores internos ¢ atmosfé Trazer-se a sim ra 23 mo; deseju de ajudar 23 Conhecer asim smo; confiar nas préprias idéias 25 Ser honesto, ouvir eabsorver 26 Mecanisnios de enfremtamento vs, mecea ismos de defesa 28 2.Estigios 29 Abrindo a primeira en sta 30 Iniciade pelo entrevistada 31 Iniciacla pei ensvevistador 33 Explicagao de nosso papel 34 Emprego de formulérios 35 Ofator tempo 36 Trés estigios principais 39 Abertura ou colocacdo do problema 39 Desenvolvimento ou expioragao 41 Encerramento 51 Estilos de encerramento $4 3. Filosofia 59 Minha abordagem pessoal 59 * Tipo de mudanca desejado 60 Como esumularamudanca 61 Desempenho de unt papel ativae vital 62 Demonstracao de respeito 66 Aceitacao do entrevistado 66 Compreensiio 69 Conseguir empatia 75 Humanizar aesséncia 80 4.0 registro da entrevista 83 Anotacées 83 Abordagens diferentes 83 Alguns “ndofaca” 85 Honestidade essencial 86 Gravacao 87 S.A pergunta 91 Questionandoapergunta 91 . Perguntas abertas vs. perguntas fechadas 93 Perguntas diretas vs. perguntas indiretas 96 Perguntas duplas 97 Bombardeio 99 Sttuagdo invertida 102 ‘ Perguntas do entrevistado sobre outras pessous 104 Perguntas do entrevistado sobre nds 106 Perguntas do entrevistado sobre ele mesmo 107 Por qué?” 109 Reflexdes finais 116 Como utilizar as perguntas 117 Quando utilizar as perguntas 118 6.Comunicagéo 123 Defesase valores 123 Autoridade como defesa 127 Resultados de teste como defesa 129 Julgamento como defesa 130 Tratando com obsticulos 131 O quanto vocé fala 132 Interrupgdes 132 Respostas 134 Forcasefacetas 134 Urn iitil teste de comunicagao 134 Quando 0 entrevistado ndo quer falar 135 Preocupacdo consigo mesmo 137 Fornecendo informagées de que o entrevistado necessita 139 7. Respostas e indicagées 143 (Uma lista graduada de respostas e indicagées do entrevistador, partindo das centradas no entrevistado, pasando gradualmente aquelas enfocadas no entrevistador, e dat para as autoritérias, concluindo com o emprego franco da autoridade.) Respostas e indicagées centradas no Siléncio 146 “Ahn-han” 147 Repeticao 149 Elucidagdo 151 Refletir 153 Interpretagioe 156 entrevistado 146 Explicagéo 158 Orientagdo paraa situagao 159 Explicagao de comportamento 160 Explicagao de 163 Encorajamento 163 Afirmacao-reafirmagéo 16S Sugestiaa 167 Aconsethamento 168 Pressao 175 Moralismo 179 Respostas ¢ indicagées autoritérias 183 Concordancia-discordancia 185 Aprovacdo-desaprovacdo 186 Oposicdoe critica 187 Descrédito 188 Ridicularizagdo 189 Contradi¢ao 190 Negagéoe rejeigdo 191 0 uso aberto da autoridade do entrevistador 192 Repreensiio 193 Ameaga 194 Ordem 195 Punigdo 195 Humor 196 Despedida 199 Bibliografia complementar 203 ix famitias, ds namioradas € avy a que deram a seus respectivos patsy durante a Guerra dos Sets Dias de 1967, entre Grabes ¢ israelenses, dedico este livro com a fervorosa esperanca de que a paz no Oriente Médio vsteja préxima e de que logo prevalecerdé uma coopensyan Srutifera entre os povos dessa regia Introducao do editor A entrevista — wna ferramenta ou um relacionamento? A entrevista ~ consegue-se, concede-se ou ela acontece? Acom- sobre os entrevistades, que pudessem ser Jos como empregados ou, entio, para acum Mesmo na condugdo da entrevista psi- quidtrica, eram freqiit /estigacio e interpretacdo, pergun- tas € respostas, pois v psiquiatra de trinta anos atrds, cujo contato com a psicanalise era recente, sabia bem o que tinha de fazer. ‘Sua responsabilidade era “descobrir coisas” sobre o paciente e, gagto e de atuacdo sobre a psique ¢ exagerar um pouco, mas Jonge disso. Igualmente, o assistente social s. de modo a poder tomar as decisdes ‘oletavant informagées junto 30s vez nao esteja m estava 14 para jecessaias. O: estudantes para Esses empregos da entrevi ‘em getal, e nem estio desau ila era, antigamente, o principal objetivo da entrevista; mas agora isso tem um papel menor. Hoje toda a énfase recai na “entrevis« ta de ajuda”, na qual se sublinha a fungdo de relacionamento. De fata, se levarmos em conta todas as formas de comunicagdo que ocorrem na entrevista, vemos que ela é 0 relacionamento. A necessidade atual em todos os tipos de atuagio profissional de ajuda ~ aconselhamento na escola e faculdade, servicgo so- cial, aconselhamento de reabilitagdo, grande parte da medicina ¢ da psiquiatria ~ ¢ esta: aprender como fazer da entrevista um elacionamento de ajuda. Pode haver, talvez, fomecimento de informagdes, mas agora 0 enfoque incide sobre 0 processo de crescimento do cliente. Nem todos concordario comigo, mas acredito que deva necessariamente existir um produto secundario sahutar de crescimento ¢ mudanga no enirevistador, ainda mais se © selacionamento for verdadeiramente aberto ¢ criativo, Desse modo, o objetivo da entrevista é desenvolver um relacionamento caracterizado pela confianga muitua e mudanga eriativa. Este livro trata justamente de tal questéo critica: como fazer da entrevista de ajuda um relacionamento de ajuda? E 0 tinico livro atual que conhego sobre a entrevista, tratada com sensibilidade ¢ de forma total. Seu contetido é cristalino e apre- sentado de forma atraente. O plano geral é suficientemente simples para ser entendido por estudantes, ¢ o pensamento e a linguagem sao psicologicamente bastante profundos para qual- quer especialista em relagdes humanas. Oferece com habilida- de excelente auxilio tanto a profissionais como a interessados em aspectos vilais, tais como emprego de perguntas (ou melhor, seu nio-uso!), 0 mal causado pela pergunta “por qué?”, 0 blo- queio da comunicagio pelos nossos priprios comportamentos de defesa, ete. Se o leitor esté acostumado a sublinhar passa- gens importantes em livros, aqui terd problemas, jé que cada pardgrafo apresenta uma attugo peculiar, convidando a grifar! Prevejo uma vida muito itil para essa abordagem profi damente simples do tipo de entrevista de ajuda que milhares de Profissionais empreyam todos os dias, ¢ que outros tantos estu- Introdugio do editor rr profissionalmente, com uma superficie bem-p luz calorosa e viva. C. Gilbert Wrenn Prefacio A entrevista tem ocupado grande parte do meu tempo ¢ de minhas reflexes durante os tiltimos dez anos. Tenho praticado, ensinado meditado sobre a entrevista. Agora, apés muita pon- deracao, decidi escrever sobre ela, A entrevista que me preocupa a entrevista de ajuda. Basi- camente, suponho que existam dois tipos de entrevista: aquela na qual o entrevistador procura a ajuda do entrevistado, e aque- Jaem que o entrevistador tenta ajudar o entrevistado. Scus limi- tes nem sempre podem ser definidos claramente, mas 0 propé- to de cada uma € nitido. A primeira inclui a entrevista jorna- listica, a de pesquisa e a entrevista no setor de selegao de pes- soal. O jornalista quer sua histéria, o pesquisador sua informa- sao ¢ 0 chefe de pessoal, 0 homem certo para 0 cargo vago em sua fibrica, Para eles, a entrevista é uma ferramenta que os ajuda a obter o que necessitam. Se, ao aplicarem suas habilidades, eles ainda ajudam o entrevistado, isso é mais ou menos acidental A entrevista que pretendo discutir aqui 6a do segundo tipo Seu objetivo principal é 0 de ajudar o entrevistado, Ele esta no ‘centro; ele € 0 focalizado; ele é 0 mais importante, Tudo o mais é acidenta Para mim, a entrevista ¢ um didlogo entre duas pessoas, um didlogo que ¢ sério e tem um propésito, O objetivo da entrevista BIBLIOTECA UNivERsiT,. 16

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