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ESPIRITUAL
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DEMONIOS
Em seu último livro, Entendendo a Batalha Espiritual e a ação dos de-
m ônios, Ron Phillips, com a habilidade de um sábio construtor, estabelece
uma sólida abordagem de questões importantes na batalha espiritual. Ao
mesm o tem po, ele prioriza a obra expiatória de Cristo na cruz provendo
ferram entas bíblicas indispensáveis na luta contra nosso inimigo por meio
da autoridade e da soberania de Jesus. Este livro apresenta as armas espi-
rituais necessárias para todo cristão que deseja ter uma vida de superação
além deste mundo. Esta obra é leitura obrigatória para todo o cristão que
busca o melhor de Deus em sua vida.
- M arcus D . L amb
P residente / F undador da D aystar T elevision N etwork
DEMONIOS
R on P hillips
bvbooks
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BV Films Editora Eireli. C o pyrig ht ° 2 0 I5 . In Entendendo a Batalha Esp iritual e a
Rua Visconde de Itaborai, 3 I I Ação dos Demônios by BV FILM S Editora E ireli. O riginally
published in English by C h a rism a House (fo rn e ly Strang
Centro | Niterói | RJ \ 24.030-090 Com m unications). 600 Rinehart Road. Lake Mary, Florida.
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A d a p ta ç ã o C apa
Laércio Filho
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Ariana Baptista
Mitsue Siqueira
T o d o s os d ire ito s em língua p ortug uesa re se rv a d o s à
Suzanne Mendonça BV Films Editora © 2015.
Esses versos tão conhecidos são geralm ente usados como base de ser-
mões que encorajam a igreja a assumir um espírito vitorioso. No entanto, o
plantio e a colheita só são produtivos quando as pessoas se livram da escra-
vidão espiritual para habitar na terra prometida da vida cheia do Espírito.
Como é inútil o chamado para o plantio e a colheita em um terreno es-
piritual pedregoso ou infértil. É no solo fértil da vontade de Deus que os
fiéis encontram , na Bíblia, as sementes preciosas da vida eterna. Apenas
por meio da liberdade é possível verdadeiram ente plantar em lágrimas e
colher com alegria.
Deus promete reflorescim ento e colheita para aqueles que voltam para
casa depois de se libertarem da escravidão. Assim, os fiéis podem vivenciar
a liberdade que os leva a dar um novo testemunho.
O livro que está em suas mãos é resultado do confronto direto desta dé-
cada contra as forças das trevas. Lutei corpo a corpo contra as forças de-
moníacas e me regozijei ao vê-las fugir, aterrorizadas e vencidas, deixando
suas vítimas em paz.
14 EN TEN D EN D O ״BATALHA ESPIRITUAL < ־a AÇÃO D O S D EM Ô N IO S
O autor Jack Taylor nos lem bra de que Satanás e os dem ônios são for-
ças decisivas, mas que eles já estão derrotados. A vitória foi conquistada
na cruz e no túmulo vazio, ainda que nossa luta na terra continue. Você não
tem de viver derrotado, sob o jugo da escravidão. A alegria da vitória e da
libertação pode ser sua.
Ainda que limitado, este manual pode ajudar as igrejas e os cristãos que
procuram saber um pouco mais sobre a batalha espiritual. Precisam os res-
taurar a unidade e buscar crescimento no corpo de Cristo para não vivermos
em derrota. Se enfrentarm os juntos a batalha contra Satanás, o avivam ento
estará à nossa espera.
Eu convoco todos os seguidores de Cristo a um treinamento para a guerra.
Não veremos nenhuma revolução moral nem mudanças nos conceitos cor-
rompidos da cultura do Ocidente sem que haja luta espiritual. O aum ento
dos militantes islamitas não será interrom pido até que a igreja se aposse da
verdade e entre na batalha fortalecida pelo Espírito Santo.
A vitória é nossa, mas temos de lutar para merecê-la.
P arte I
U m D espertar D ifícil
U m D espertar M aravilhoso
Algumas das pessoas mais infelizes que conheço são cristãs declaradas e
praticantes. Enquanto me apressava para o oeste em direção a Albuquerque,
eu sabia que já havia me tornado um membro daquela tribo! Mas por quais-
quer outras razões, depois de dez anos de um ministério intenso e bem-su-
cedido, eu queria parar.
Aquela não era uma simples síndrome de viajante - uma doença que afe-
ta os membros da igreja cujos sintomas incluem, entre outros, a infundada
convicção de que servir em outro local preencherá o vazio de um relacio-
namento espiritual perdido. Não era isso; aquela agonia terrível indicava o
desejo de deixar o ministério.
Enquanto viajava a 900 quilômetros por hora para dar uma palestra, eu
escrevia meu pedido de demissão do ministério. Seria o fim? Na verdade,
U m D espertar D ifícil 17
eu não tinha ideia de que o Deus Vivo tinha outros planos. Eu estava pres-
tes a iniciar uma jornada rumo à plenitude.
Eu cheguei na noite anterior ao dia da minha palestra e logo me senti frus-
trado com a sala da minha preleção. Ela era a única do corredor - ficava
distante de tudo. Consultei a programação para checar quem seriam os ou-
tros palestrantes e vi que eu conhecia o pregador convidado, mas nunca ti-
nha ouvido falar na mulher que também estava escalada. Mas a mensagem
daquela mulher sobre oração e conhecimento de Deus impactaria profun-
damente o meu coração orgulhoso.
No dia seguinte, sentei-me ao fundo do auditório e acompanhei o desen-
rolar de sua história. Ela era esposa de um professor universitário que ha-
via se tornado diretor denominacional do estado, mas mergulhou em uma
crise profunda após a morte súbita de seu marido. Ele havia sido sua fonte
espiritual e sua rocha. Sentada ao fundo da ambulância, ela se deu conta
de que toda a vida compartilhada por eles, até então, estava bruscamente
chegando ao fim. Naquele momento ela precisava de Jesus como nunca, e
Ele provou ser fiel.
A quela m ensagem afetou meu sentim ento de autopiedade e autossufi-
ciência. Eu estava certo. Eu trabalhei duro. Li todos os livros sobre cres-
cim ento espiritual, e, ainda assim, havia perdido a intimidade com Deus.
Triste e abatido, senti Sua Palavra sufocar aquele meu desejo de me afas-
tar do ministério.
Lutando por dentro, voltei para o quarto e me joguei na cama aos pran-
tos. N aquela noite, enquanto dorm ia, ouvi alguém cham ar meu nome.
A cordado, fui até a porta mas não encontrei ninguém . Logo peguei no
sono e, novamente, acordei ao ouvir alguém me chamar pela segunda vez.
E, depois, pela terceira vez. Como na história de Samuel, eu sentia que era
Deus me despertando do sono.
Para m im, aquele foi um despertar m aravilhoso. Senti um forte desejo
de abrir m inha Bíblia e ler os Salmos 91-95, e Deus graciosam ente fa-
lou com igo por meio daquelas palavras. Repare que Ele não Se afastou;
mas eu sim! Ele ainda estava lá, no local secreto, aguardando por mim.
Deus estava com “óleo fresco” para ungir minha vida espiritual apática.
18 ENTENDENDO ״BATALHA ESPIRITUAL c ״ ׳AÇÃO DOS DEM ÔNIOS
U m D espertar D ifícil
Isso eu ouvi de um boxeador que estava tomando vários golpes. Seu trei-
nador gritava: “Fique firme, Joe. Você está ganhando” . Depois de mui-
tos rounds, Joe se voltou para o treinador e disse: “Eu estou ganhando?
Gostaria que alguém dissesse isso a ele".
Foi assim que me senti quando minha vida se tornou um verdadeiro cam-
po de batalha, em todos os aspectos, por um período de dois anos. A de-
pressão morava em nossa casa. Quando retornei do encontro com Deus que
havia mudado a minha vida, passei por momentos de muitas dificuldades
em meu lar.
D ificuldades no Lar
No outono de 1990, tanto minha filha quanto minha esposa sofreram aci-
dentes de carro em um intervalo de dias. Heather, minha filha, não teve ne-
nhum ferimento grave, e milagrosamente seu carro não caiu em um riacho
que se formou com a enxurrada. Contudo, ela levou uma pancada na cabeça
que causou problemas recorrentes, incluindo pequenos traumas.
M inha esposa, Paulette, quase perdeu a vida. Ainda me lembro daquela
manhã de setembro e do homem que me disse ao telefone que Paulette ha-
via se acidentado perto de casa. Eu dirigi pela estrada 153 e vi uma cena
assustadora diante de mim.
Paulette estava presa há quarenta e cinco minutos nas ferragens do seu
pequeno carro. Todos os ossos do lado esquerdo da parte superior do seu
corpo estavam quebrados ou esmagados. Até mesmo alguns dentes se que-
braram com a batida. Ela entrou em choque e quase morreu, mas a equi-
pe de resgate conseguiu salvá-la. Por três meses, ela precisou de cuidados
especiais.
Em m arço de 1991, meu pai faleceu de repente. Depois de lutar a vida
inteira contra a dependência do álcool, ele se libertou e foi ordenado diá-
cono aos cinquenta e nove anos. Nós ficamos muito íntimos. Na noite de
dom ingo, que antecedeu sua morte, nós nos falamos no telefone por uma
hora. Meu pai me dava muito apoio. E, aos sessenta e nove anos, ele se foi.
20 ENTENDENDO a BATALHA ESPIRITUAL 0 a AÇÃO DOS DEM ÔNIOS
P roblemas na I greja
Uma mulher que morava em frente à igreja se suicidou. Depois, sua me-
lhor amiga foi internada em um hospital psiquiátrico. Ela também ameaça-
va se suicidar se eu não fosse vê-la imediatamente. Então, fui visitá-la com
outros ministros. Quando entramos na sala, a mulher começou a falar com
vozes estranhas. Um dos ministros que possui o dom da oração na batalha
espiritual começou a identificar e expulsar aqueles espíritos do inferno.
Em menos de uma hora, treze demônios se manifestaram como espíritos
de suicídio, avareza, m orte, doença, depressão, medo, rebelião, rejeição,
dentre outros. Todos tinham nomes de pessoas, mas quando se perguntava
sobre a natureza de seus nomes reais, na autoridade de Jesus, eles revela-
vam somente depois de muita luta. Aquela doce senhora ainda está se re-
cuperando e necessita de acompanhamento por causa das feridas deixadas
pelo inimigo. Mas ela está melhor agora, e eu acredito que ficará totalmen-
te curada no futuro.
Essa experiência me fez abrir os olhos para um outro mundo. De repen-
te, entendi que o que antes eu considerava teoria era batalha de verdade!
Talvez eu, como pastor, tivesse agido até então como um Dom Quixote es-
piritual, lutando contra moinhos de vento enquanto meu povo vivia em ca-
tiveiro, não é?
Prostrei-me de joelhos e o Espírito de Deus gentilmente me falou: “Hoje
eu te dou o que outrora me pediste” . Sim, eu queria a realidade de Deus, e
eu estava descobrindo, pelas minhas próprias dores e pelo livram ento de
outros, uma direção e uma paixão renovadas pelo ministério.
Imediatamente, o Senhor me levou a convidar um amigo ministro para fa-
zer uma conferência sobre batalha espiritual. Éramos amigos de longa data,
e nele a presença de Deus era notória. Nós e outras pessoas oramos durante
meses pelo poder revigorante de Deus.
O bispo J. Tod Zeiger aceitou o convite e pregou sobre “Fortalezas na
Vida do Cristão” . Desde o primeiro culto, Deus já estava libertando pes-
soas. A igreja foi tom ada pelo avivam ento de tal modo que o encontro
teve de acontecer outra vez. L iteralm ente, centenas de pessoas tiveram
suas vidas mudadas naquele dia. Desde então, vimos outras centenas sendo
U m D espertar D ifícil 21
D ificuldades P essoais
Em meio a todas essas lutas eu fui acometido por uma enfermidade. Uma
quinta-feira à noite, Kelli, minha filha mais velha, veio passar a noite co-
nosco porque ela havia sonhado que eu estava doente. Naquela noite, apro-
ximadamente 1:00 da manhã, eu acordei sentindo mal-estar e tonteira. Fui
ao banheiro e lá desmaiei, perdendo a consciência. M inha filha ouviu o ba-
rulho e logo foi ver o que tinha acontecido.
22 ENTENDENDO a BATALI IA ESPIRITUAL e a AÇAO DOS DEM ONIOS
P eríodos de G uerra e P az
Descobri que a intensidade da guerra espiritual é periódica. Os ciclos de
Deus incluem períodos de descanso, e mesmo assim Ele também quer que
combatamos “o bom combate da fé” (lT m 6:12).
Precisamos estar atentos o tempo todo para o ataque do nosso inim igo.
“Sede sóbrios, sede vigilantes; porque o vosso adversário, o diabo, anda
em derredor, como um leão que ruge, buscando a quem possa devorar”
(lP e 5:8). Cabe a nós resistir às suas investidas. “ Sujeitai-vos, pois, a
Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós” (Tg 4:7).
O conteúdo seguinte tem como objetivo te equipar para a batalha contra
as forças espirituais que se opõem a você. Os cristãos andam em um cam-
po minado. Ainda assim, a vitória é nossa. Deus raramente nos poupa das
dificuldades, mas Ele nos direciona pelos vales escuros e quer nos ensinar
que não conseguimos sobreviver sem Ele. Devemos nos equipar totalmen-
te com a armadura espiritual e com os outros recursos que já são nossos.
c o p í t U ίο
Por isso, decidi começar este livro pelo fim, e não pelo começo. O apóstolo
João lutou contra o inimigo e foi considerado uma ameaça tão grande ao go-
vemo e à cultura que foi exilado na ilha de Patmos. Os governantes daquela
época respiraram aliviados, acreditando que tinham se livrado daquele homem
que incitava a fé no Cristianismo. Naquele exílio solitário, temos um panorama
surpreendente do futuro de Deus, que se desdobraria para todos nós!
Assim como os grandes dramas que se resolvem em um ato final, Deus já
escreveu o último ato dos nossos dias. No livro de Apocalipse, o muro que
separa a eternidade do nosso mundo de hoje é demolido. História e profe-
cia se unem enquanto Deus põe fim a essa guerra antiga.
Apocalipse capítulo 5 é o ponto principal da luta humana. Por ser repre-
sentado diante do trono de Deus, vemos a história, os mistérios e a vitória
da humanidade.
As Lágrimas da H umanidade
O apóstolo João, que corajosamente ficou ao lado da cruz e sobreviveu à
tortura e ao exílio, não foi abalado pelo inimigo, mas hoje chora diante des-
te cenário. As lágrimas de João são as nossas lágrimas. Elas representam o
desgosto de todos aqueles que um dia se sentiram derrotados pelos fracassos.
O livro selado fala sobre a inadequação humana. Ninguém pode abrir o
livro da escravidão humana! Somente com o fim dos selos seria possível
abrir as portas do inferno e libertar a humanidade. Mas todo poder, sabedo-
ria, educação e progresso são inadequados. Lágrimas de desespero molha-
ram a terra no decorrer dos anos. Eis o registro das investidas de Satanás e
dos estragos à humanidade e ao planeta, causados pelos demônios.
C ontemple o R edentor
O preço da redenção está escrito do lado de fora do livro.
• Um compatriota, Jesus Cristo, fez-se homem para nos redimir.
O anjo bradou: “Quem é digno de abrir o livro e rom per os seus selos?”
(Ap 5:2). A resposta é que um segundo Adão veio para o cam po de ba-
talha. Ele é o Leão de Judá; o M essias judeu que surgiu para libertar o
mundo.
M aior do que D avi, o novo rei veio exigir o que é Seu por d ireito .
Quando João olha para o Leão, ele vê o Cordeiro! A vitória foi conquis-
tada pelo Cordeiro. Em Apocalipse, o Cordeiro de Deus é digno de ado-
ração (Ap 5:12), é autor da ira (Ap 6:16) e é o responsável pela vitória
contra Satanás (Ap 12:11). Apocalipse 5:5 declara que Jesus, o Cordeiro
de Deus, “venceu” . Quando contem plam os o C ordeiro, vem os que Ele
está de pé, e não deitado em uma cova. Ele tem a coroa de toda autorida-
de. Ele traz as marcas da batalha, mas está de pé em eterno triunfo.
A palavra venceu corresponde em Grego à palavra ni/cao; traduzida como
“predominar” , “conquistar” , “prevalecer” e “triunfar” . O uso do tempo ver-
bal aoristo no grego significa “agora e para sempre” . Jesus Cristo prevale-
ceu sobre o poder de Satanás agora e para sempre.
A I greja T riunfante
A história pode ser traçada pelas sete igrejas do Apocalipse. Embora lite-
ralmente elas sejam igrejas, as sete parecem representar uma linha do tem-
po. Cada uma delas é chamada para triunfar; da mesma forma que a palavra
vencer é usada para descrever a vitória de Jesus. Os que congregam na igre-
ja podem vencer o inimigo.
Podemos vencer, assim como Cristo venceu. Podemos com partilhar com
Ele uma vida de conquistas no trono. Nossa vitória só é possível por meio
do Seu sangue.
Aquele que vencer, herdará todas as coisas; e eu serei seu Deus, e ele
será meu filho.
- A pocalipse 21:7
O L ivro da G uerra
Então, veremos o livro que traz as batalhas humanas aberto. E assim, a
loucura, a desgraça e a estratégia do inimigo serão desvendados. Além dis-
so, aprenderem os a lutar contra ele e, por fim, saberemos oprim ir ao in-
vés de sermos oprimidos. Assumiremos a posição de vitoriosos, e não de
vítimas.
c o p í t U ίο
E quívocos sobre a
B atalha E spiritual
A D iferença d o M estre
Davi ganhou destaque como soldado, deixando assim o anonimato en-
quanto pastor de ovelhas. Desde o início, Davi se mostrou um menino es-
pecial. Em uma cultura de predominância de pele morena, cabelos negros
e olhos escuros, Davi era ruivo de pele clara. Ele era chamado de “olhos
brilhantes” . A Bíblia diz que Davi tinha na cabeça uma gloriosa coroa rui-
va. Sua pele era clara e seus olhos eram azuis.
Ele era tão diferente que recebeu a função de pastor de ovelhas e traba-
lhava longe de casa. Quando Samuel chegou procurando por um próximo
rei, Davi não estava na lista de candidatos de seu pai, Jessé.
36 ENTENDENDO a BATALHA ESPIRITUAL e a AÇÃO D O S D EM Ô NIOS
O G uerreiro A dorador
Sozinho com as ovelhas, Davi desenvolveu o espírito de adoração. O
Espírito Santo compôs cânticos que chamamos de “salmos” por meio dele.
Aquele jovem adorador também defendia suas ovelhas. Ele matou um urso
e um leão para defender o rebanho de seu pai.
Como vemos, o pastor precisa desenvolver um espírito de adoração. Esse
compromisso desperta o coração do guerreiro. Os hábitos de Davi eram es-
tranhos e incomuns para os outros. Mas os poetas são soldados poderosos!
U n g id o mas I nexperiente
Davi foi descoberto por Samuel, que o ungiu rei de Israel. Ele seria o su-
cessor de Saul. Entretanto, Saul ainda estava vivo! Quando Davi matou o
gigante G olias,ele imediatamente se tomou um herói nacional. Então, Saul
levou Davi para sua casa e cuidou dele como um filho. Por um tem po, tudo
parecia muito bem.
Mas um dia Davi descobriu que Saul queria matá-lo e foi forçado a fugir
para o deserto. Em meio àquela dificuldade, Deus ensinou Davi a dominar
e superar toda e qualquer adversidade.
A S ombra do P astor
Talvez você pense que não está cum prindo seus propósitos e vivendo
seus sonhos. Será que você está sendo treinado para aprender a agir e ven-
cer? A unção de Davi o levaria ao trono, mas primeiro ele teria que passar
por aquela experiência no deserto. No campo com as ovelhas, Davi conhe-
ceu o Grande Pastor. Ele resume Seu rebanho na passagem m aravilhosa de
Salmo 23:
Nesse salmo, Davi confessa sua fé em Jeová, o “Eu sou” , como Deus do
pacto. Davi O chama de Rohi - o pastor, e declara sua fé: “Nada me fal-
ta - Ele é o Deus provedor” . O Senhor traz descanso, pois Ele é o Shalom
- nossa paz. Davi aprendeu a buscar o Senhor porque sabia que Ele era
Nissi - o estandarte. Ao considerar sua vida enquanto pecador que bus-
ca viver em retidão, Davi citou o “caminho da justiça” porque ele cria em
Jeová Tsidkenu. Ele compreendeu que nunca estaria sozinho porque Jeová
Shammah estava sempre presente!
O relacionamento de Davi com Deus o preparou para lidar com o povo
de Deus, mesmo que um momento de provação fosse necessário. Davi pre-
cisava aprender a não confiar na carne. Ele tinha a unção, mas a armadura
de Saul não cabia nele. A casa de Saul não era para ele. Na verdade, Davi
desejava ser diferente para viver segundo os planos de Deus. Além do tra-
tamento diferenciado recebido na casa de Jessé, Davi também se sentiu um
intruso na casa de Saul. Deus tinha o plano de erguer uma casa distinta só
para Davi.
Neste novo m ilênio, aqueles que têm o coração em Deus talvez não se
encaixem em lugar algum. A casa de Jessé representa a tradição - zona de
conforto para a maioria das pessoas. Davi não se sentia à vontade naquele
38 ENTENDENDO a BATALHA ESPIRITUAL e a AÇÃO DOS D EM Ô NIOS
ambiente tradicional nem seus irmãos estavam confortáveis com sua pre-
sença. O pastor fiel não se envergonha de cantar, sorrir, dançar e celebrar
a glória de Deus. Sua única preocupação é guiar, alimentar e proteger seus
anim ais. Ele se arrisca por novos cam inhos em busca de alim ento para
seu rebanho. Esse pastor não teme Lúcifer, o leão que ruge, ou o urso da
opressão.
A casa de Saul representa aqueles que se apegam apenas às últimas ten-
dências religiosas. O povo de Saul admirava o espírito guerreiro de Davi,
aquele que venceu o temível Golias. Saul gostava da maneira como Davi
aquietava as almas conturbadas. Mas mesmo assim , no fim das contas, o
povo de Saul rejeitou a unção e Davi não conseguiu perm anecer naquela
casa de inconsistência religiosa.
Davi seguiu em frente com a certeza da unção para liderança. Obviamente
ele não se adequava à estrutura do passado. A guerra se aproximava daquele
povo e de suas terras, mas Davi precisava de um exército motivado para lutar.
Assim como Davi, você foi cham ado e ungido, mas onde vai habitar?
Quem te ajudará a sair do local de desajustes para o trono de um monarca
em sua vida espiritual? Deus tem um plano para você, embora pareça es-
tranho à princípio. Ele está te preparando para sair da caverna, ser coroa-
do e vencer!
Jeremiah Denton foi um prisioneiro de guerra no Vietnã por sete anos.
Depois disso, ele foi eleito para o senado de Alabama. Quando pergunta-
ram de onde ele tirava forças durante o difícil período na prisão, ele respon-
deu que era dos versículos da Bíblia que ele tinha m em orizado.1 Embora
fisicamente sua condição fosse a de um prisioneiro, sua alma estava livre
e vitoriosa!
reconhecido e temeu que Aquis, rei de Gate, quisesse matá-lo. Davi fingiu
estar mentalmente doente e escapou da morte, mas também não encontrou
abrigo no território inimigo.
Essa história é o retrato da igreja saindo do período de letargia e entran-
do no período de batalha! O treinamento de Davi na sua “ igreja-caverna”
assemelha-se ao que precisamos na igreja de hoje.
A I greja-C averna
Davi escapou de Saul e Gate e achou refúgio na caverna de Adulão.
Então, ouviu-se em Belém que o suposto rei estava em uma caverna, e cer-
ca de quatrocentos defensores corajosos começaram a procurá-lo.
Mas eles não pareciam uma grande multidão! A Palavra de Deus assim
descreve: “ E todos os que estavam em aflição, e todos os que estavam
em dívida, e todos os que estavam descontentes juntaram -se a ele; e ele
se tornou capitão sobre eles; e com ele havia cerca de quatrocentos ho-
m ens” (IS m 22:2).
Ali começava a formação do exército de Davi - os angustiados, os neces-
sitados e os desgostosos. Que começo inesperado para um exército que o
levaria ao trono de Israel! A caverna seria o começo para a igreja de Davi.
Alguns dizem que não se pode construir algo grandioso em uma caver-
na! Pensa-se que não é viável construir uma igreja em um lugar distante e
desabitado. Alguns acreditam que não se pode ediflcar a igreja em pessoas
descontentes e sem dinheiro! Na realidade, aquelas pessoas aparentemen-
te desqualificadas de Davi se tornariam um exército poderoso para Deus!
(Veja 1 Crônicas 12:22)
Nesse momento, o recruta declara a sua fé. Pelo poder de Deus, ele con-
segue derrotar uma tropa. Com a força de Deus, ele consegue saltar uma
muralha. O exército do inimigo e os obstáculos caem diante do soldado es-
piritual que tem fé.
TRAÇANDO A HISTORIA DO
SEU INIMIGO
capítu ío
á algo muito errado em nosso mundo que não pode ser explicado
H pela razão humana. Infelizmente, a maior parte do mundo, principal-
mente a sociedade ocidental, rejeita a existência do mal sobrenatural.
O ocidente é a única sociedade cultural, histórica e contem porânea que
rejeita a ideia da existência dos espíritos malignos. Desde o Ilum inismo,
as escolas ocidentais têm tentado explicar o mundo com justificativas ve-
rificáveis e racionalistas. Não há espaço para os espíritos bons ou maus
nesta era “científica” . Apesar de muito ter sido descoberto pela ciência,
ainda existe um grande ponto cego no que diz respeito ao lado espiritual
do ser hum ano.
Para os cristãos, não resta outra alternativa a não ser encarar o fato bíbli-
co, histórico e até mesmo contemporâneo de que há um inimigo sobrenatu-
ral. Por causa da literatura e dos filmes grotescos, a ideia de um ser maligno
supremo é vista por muitos como piada. Satanás é caricaturado como um
vilão de roupas vermelhas com rabo, chifres e um tridente. Esta é uma gra-
ve subestimação do inimigo.
Sun Tzu, o filósofo chinês, escreveu o clássico A Arte da Guerra há apro-
xim adam ente vinte anos atrás. Esse livro se tornou um manual de como
alcançar vitória no campo de batalha. O autor fala sobre o inimigo: “Se co-
nheces os demais e te conheces a ti mesmo, nem em cem batalhas correrás
perigo; se não conheces os demais, porém te conheces a ti mesmo, perderás
uma batalha e ganharás outra; se não conheces a os demais nem te conhe-
ces a ti mesmo, correrás perigo em cada batalha” .'
Essa é a realidade da batalha espiritual. Precisamos conhecer o nosso ini-
migo tendo também total entendimento de nossa própria identidade.
46 ENTENDENDO ״BATALHA ESPIRITUAL e a AÇAO DOS DEM O NIO S
A F ormação de S atanás
O nome Satanás aparece menos de vinte vezes no Antigo Testamento. A
total revelação do nosso antigo adversário acontece no Novo Testamento.
Vemos Satanás presente no Jardim do Éden na aurora da existência do ho-
mem na terra. Estamos engajados em uma batalha que está além das estre-
las, definida antes mesmo do início da história; de fato, uma batalha além
do tempo! Fazemos parte de uma guerra intensa que com eçou no reino
atemporal a que chamamos eternidade.
Nosso universo, com todas as suas galáxias, com o sistema solar e com a
vastidão, dimensão e mistério de espaço, foi criado por Deus no início de
tudo. Existem outros reinos e dimensões além do nosso universo. Apesar
de sua beleza, há algo errado na criação! A presença do mal, da morte e das
guerras são evidentes no nosso planeta. A raça humana tem um inimigo que
nos odeia e que quer nos destruir.
C om o E le E ra A ntes da Q ueda ?
M uito nos esclarece a passagem de Ezequiel 28:11. Assim com Isaías,
Ezequiel prediz a queda dos reis. Ele proclamou contra os reis de Tiro e de
Sidom, e vai além da descrição dos reis da terra nesta profecia.
Há muitas razões pelas quais muitos acreditam que esta passagem se refe-
re a Satanás. Primeiramente, não há referências históricas que comprovem a
existência de um rei com aquelas descrições em Tiro. Durante aquele período,
houve um príncipe que governou, mas que foi deposto. O rei de Tiro seria o pai
daquele príncipe. Em segundo lugar, o versículo 13 diz: “Estiveste no Edenjar-
dim de Deus” . Em Gênesis 3, vemos que as únicas pessoas no Jardim do Éden
eram Deus, Adão, Eva e a serpente. Como obviamente nenhum dos outros se
encaixa nessa descrição, seguramente afirmamos e concordamos com muitos
outros estudiosos que essa passagem é uma referência simbólica a Satanás.
Ezequiel 28:13 diz que Satanás foi criado. Essa passagem nos dá a opor-
tunidade de responder uma das perguntas mais frequentes: “ Deus criou o
mal?” . Se essa for verdadeiramente uma descrição da formação de Satanás,
então podemos responder um sonoro não! O versículo 15 de Ezequiel 28
48 ENTENDENDO a BATALHA ESPIRITUAL e a AÇÃO D O S DEM Ô NIO S
novamente se refere à sua criação: “Tu eras perfeito nos teus caminhos, des-
de o dia em que foste criado, até que se achou iniquidade em ti” (Ez 28:15).
Segundo esse versículo, nosso inimigo de hoje foi criado perfeito, mas
optou pelo mal. Deus deu às hostes angelicais o direito de fazer escolhas
como os homens. Isso nos mostra um retrato da formação de Satanás, mas
devemos observar suas descrições anteriores reveladas nas Escrituras.
A Q ueda de S atanás
Quando ele caiu?
M uitos acreditam que sua queda aconteceu entre G ênesis 1:1 e 1:2.
Embora a extensão deste capítulo não nos permita afirmar essa visão cos-
m ológica, vários pontos-chave precisam ser observados, pois se referem
ao nosso prévio conhecimento sobre a origem e função do nosso inimigo.
Primeiramente, há uma justificativa bíblica de que Deus não criou essa ter-
ra “sem forma e vazia” originalmente. O termo usado em Gênesis 1:2 é a
palavra hebraica tohuw, que significa “sem forma” , e bohuw, que signifi-
ca “vazia” .
Encontramos essa mesma palavra hebraica tohuw em Isaías 4 5 : 18, mas
ela está traduzida como “caos”: “Porque assim diz o Senhor, que criou os
céus, o Deus que formou a terra, que a fez... não a criando para ser um caos,
mas para ser habitada: Eu sou o Senhor e não há outro” (Almeida Revisada
Imprensa Bíblia, grifo do autor).
Se Deus não criou a terra dessa forma, então uma catástrofe de propor-
ções desastrosas deve ter acontecido entre esses dois versículos. Gênesis
1:3 e os versículos seguintes indicariam uma “recriação” após um perío-
do de tempo desconhecido. No texto isso é possível porque a palavra criou
50 ENTENDENDO ״BATALHA ESPIRITUAL < ־a AÇÃO D O S D EM Ô NIOS
A V elha C riação
Lúcifer reinou sobre a terra em uma região chamada Éden, cujo local de
adoração estava na “ M ontanha de Deus” , que antigamente era conhecido
como Salém (“paz”) e que agora é chamado de Jerusalém. O mundo era re-
pleto de vida. Era o zoológico de Deus, com estranhas criaturas conhecidas
como dinossauros. De Jerusalém, Lúcifer conduzia a adoração e andava so-
bre as pedras de fogo, que representam o poder da cura (Veja Ezequiel 28).
A queda de Lúcifer foi como o impacto de um asteroide. De repente, toda
a vida animal que havia sobre a terra desapareceu. Foi repentino e catastró-
fico. Quando visitei o Parque Nacional dos Dinossauros, no leste de Utah,
duas coisas causaram-me espanto. Primeiro, os dinossauros morreram ater-
rorizados com comida em suas bocas e seus ovos nos ninhos! Também, o
rio perfurou uma colina de rocha sólida como uma broca. Em circunstân-
cias normais, aquele rio teria circundado a montanha. Uma força inexpli-
cável para a geologia perfurou aquela rocha!
Acredito que essa tragédia antiga seja resultado da queda de Satanás. O
que os cientistas chamam de período cambriano foi causado pelo impacto
do julgamento de Deus a Satanás. Os fósseis das várias espécies de vida do
A G uerra C ontínua no É den 53
E d en , U ma T erra V asta
Quando olham os o Éden prim itivo, vemos uma terra vasta e bela! Em
Gênesis 2:10-14, descobrimos que ao norte do Éden fluíam quatro grandes
rios - Pisom, Giom, Hiddekel (Tigre) e Eufrates. Dois desses rios são fa-
cilmente reconhecíveis - o Tigre e o Eufrates.
O rio Pisom não existe mais, mas sua fenda foi descoberta pela tecnologia
via satélite. Sua abertura vai da Arábia Saudita ao Mar Vermelho. Alguns
acreditam que antes do deslocam ento do continente ele fluía por toda a
índia, até onde agora chamamos de rio Ganges.
Com o rio G iom , aconteceu algo diferente; ele fluiu por Israel e pelo
Jordão percorrendo todo o caminho até o Mar Vermelho pelo Egito e sain-
do no Nilo! O dilúvio provocou mudanças no curso dos rios.
O utra C atástrofe
A grande mudança aconteceu em decorrência de um fortíssimo terremo-
to causado pela colisão das placas continentais da África, Europa e Ásia.
Esse fato é relatado na Bíblia nos dias de Pelegue (101 anos após o dilúvio).
O Leste do E den
Adão e Eva continuaram a adorar, retornando à porta de entrada do Éden.
Lá, eles ofereciam sacrifício e ensinavam seus filhos a fazerem o mesmo.
O interessante é que a presença de Deus era guardada por outros queru-
bins, substitutos de Lúcifer! “Assim ele expulsou o homem, e colocou no
leste do jardim do Éden querubins, e uma espada flamejante, que se voltava
a todos os lados para guardar o caminho para a árvore da vida” (Gn 3:24).
Na condição de pecador, se o homem tivesse comido da árvore da vida, es-
taria condenado a envelhecer no corpo, mas seria imortal.
Quando o tabernáculo e, mais tarde, o tem plo foram construídos, ima-
gens de dois querubins de ouro foram colocados representando a proteção
do trono de Deus na terra, a arca da aliança! Os querubins ainda assistem e
protegem a presença de Deus.
Em Gênesis 3:8, ao lermos sobre “o virar” do dia, quando Deus apareceu
a Adão e Eva, a palavra “virar” é ruwach, ou “espírito” . Talvez, quando a
família caída de Adão tivesse se aproxim ado dos portões do jardim para
adorar, eles tivessem visto a nuvem de glória ou Shekinah e tenham senti-
do sua brisa fresca.
56 ENTENDENDO ״BAIAEHA ESPIRITUAL e a AÇÃO DOS DEM Ô NIOS
O R etorno ao Jardim
O dilúvio viria e a catástrofe iria novamente tocar a terra. A região do
Éden e seu jardim desapareceríam . Mas Deus havia escolhido Jerusalém
para ser Seu ponto de contato com a terra e a humanidade! Por amar aque-
la região. Deus cham ou Abraão para abandonar tudo e ir para lá plan-
tar uma nova nação. Por que Ele escolheu aquela terra? Acredito que foi
por causa de Sua montanha! Em Salmos 135:21, lemos que Deus habita
em Jerusalém . Jerusalém é m encionada nas Escrituras mais de oitocen-
tas vezes. A cidade que abrigaria a noiva de Cristo, a igreja, é chamada de
Nova Jerusalém. Muitos acreditam que sua localização será perto da velha
Jerusalém.
Abraão voltou a Jerusalém , também chamada Salém, para entregar os dí-
zimos a Melquisedeque (Gn 14). De acordo com o livro de Jasher, um dos
livros apócrifos da Bíblia que nos dá uma perspectiva histórica do Antigo
Testamento, Melquisedeque é descendente de Sem, o filho mais velho de
Noé. Sem viveu cem anos antes dessa visita e falou com Isaque e Jacó .1
(Veja Josué 10:13; 2 Samuel 1:18.) Abraão ofereceu Isaque na montanha
do Senhor.
Mais tarde, Davi resgataria Jerusalém dos jebusitas. Desde aquela época
até os dias de hoje, Satanás odeia os judeus, Jerusalém e o plano de Deus
para salvar o mundo por meio de um M essias judeu.
A A rvore da V ida
A dão perdeu o direito da vida eterna ao escolher a árvore usada por
Satanás, a do conhecimento do bem e do mal. Mas, por intermédio de Jesus,
podemos novamente provar da árvore da vida.
Ora , a serpente era mais sutil cio que qualquer animal do campo que
o Senhor Deus havia feito. E ela disse à mulher: Sim. Deus tem dito:
Não comereis de toda árvore do jardim?
- G ên esis 3:1
Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes, então vossos
olhos serão abertos, e vós sereis como deuses, conhecendo o bem e
o mal.
Seduzida pela tentação, Eva come do fruto proibido e Adão faz o mesmo.
A G uerra C ontra a H umanidade 59
E quando a mulher viu que a árvore era boa para alimento, e que era
agradável aos olhos, e uma árvore a ser desejada para fazer alguém
sábio, ela tomou do seu fruto, e o comeu, e deu também a seu marido,
e ele o comeu com ela.
- G ên esis 3:6
Eles, que antes estavam cobertos pela glória de Deus, agora se viam despi-
dos pelo pecado. “E os olhos de ambos foram abertos, e eles souberam que
estavam nus; e coseram folhas de figos, e fizeram para si aventais” (Gn 3:7).
Como não conseguiam se cobrir, esconderam-se de Deus.
E ele disse: Quem te contou que estavas nu? Tens tu comido da árvore
da qual eu te ordenei que não comesses? E o homem disse: A mulher
que tu me deste para estar comigo, ela me deu da árvore e eu corni.
- G ê n e s is 3:11-12
Adão culpou Eva e ela acusou Satanás; de fato, ambos fizeram a escolha
errada.
“E o Senhor Deus disse à mulher: Ό que é isto que tu fizeste?’ E a mulher
disse: ‘A serpente me enganou, e eu corni’” (v.13). Deus julgou Satanás e
prometeu que uma semente viria para ser ferida, mas que por fim ela esma-
garia sua cabeça.
60 ENTENDENDO ״BATALI IA ESPIRITUAL e a AÇAO DO S D EM O NIOS
Tendo lido esta história, vejamos suas implicações para nossa vida hoje.
Como podemos observar, existem dados que nos levam a crer que, antes da
sua queda, Lúcifer havia sido encarregado por Deus de comandar a criação.
Na sua queda, a criação primitiva foi arruinada e encoberta pela escuridão.
Lúcifer, o portador de luz, tornou-se Satanás, o adversário ou inimigo. O
querubim de luz transformou-se em um dragão feroz, e Satanás achou que
ele mesmo fosse a fonte de sua beleza e sabedoria. Ele é descrito com o
uma joia cuja glória só poderia ser vista quando exposta à luz. M otivado
pelo seu orgulho, Lúcifer ignorou o fato de que sua glória era o reflexo da
glória do Deus Altíssimo; um diamante no escuro nada mais é do que uma
pedra afiada.
Consequentem ente, Satanás recebe o veredito do céu e é julgado e ex-
pulso, perdendo sua posição e autoridade. A criação sofre devido a esse
julgam ento devastador e à escuridão, e há vários versículos bíblicos que
confirmam sua ruína: Jó 9:3-10; 38:4-13; Salmos 18:7-15.
A terra carrega as marcas de duas catástrofes da antiguidade: a queda e o
dilúvio. Nosso planeta foi abalado, seus continentes divididos - com uma
era do gelo e com geleiras que formaram altas elevações instáveis sobre
falhas na terra, vulcões imprevisíveis e terremotos devastadores que testi-
ficam a queda.
O Cristo pré-encarnado era o divino criador. João 1:3 revela-nos que
“Todas as coisas foram feitas por ele” , e em Colossenses 1:16-17, lemos:
“ Porque nele todas as coisas foram criadas... e por ele todas as coisas sub-
sistem” . A queda de Satanás levou à devastação do mundo antigo. Tratava-
se de um ataque a Cristo antes mesmo de Sua encarnação - de Ele Se tornar
Deus encarnado.
A terra permaneceu devastada e em ruínas por um período de tempo des-
conhecido. Então, Deus instituiu Seu plano para a criação arruinada, e a
A G uerra C ontra a H umanidade 61
O I nício da G uerra
Com isso, Satanás começou a atacar a humanidade. Há duas coisas impor-
tantes que devemos notar sobre suas investidas nos versículos de Gênesis:
sua motivação e seu método de ataque.
Primeiro, é possível ver a motivação do inimigo. Por que ele atacou o ho-
mem? Porque, para ele, a criação do homem era um erro. Ele invejava o
futuro glorioso que Deus havia prometido à Sua criatura, e em Salmo 8:5
lemos: “Porque o fizeste por um pouco, menor do que os anjos, e o coroaste
62 ENTENDENDO a BATALHA ESPIRITUAL e a AÇAO DOS D EM O NIOS
com glória e honra” . Satanás e sua hoste de seres celestiais desejavam a ter-
ra e sua glória, e odiavam o homem e sua posição. Hebreus 2:7 afirma: “E
o puseste sobre as obras de tuas mãos” . A motivação de Satanás permanece
a mesma - frustrar os planos de Deus na terra.
Em segundo lugar, o método de ataque do inimigo é claro. Satanás atacou
os primeiros seres humanos em uma tentativa de chegar a Deus por meio
da humanidade; eis o seu método. Efésios 6:11 nos admoesta em relação às
“ciladas” do diabo. A palavra cilada em grego é methodeia , e dela temos a
palavra método. Satanás é enganador, mas previsível; ele usou a m entira e
a tentação, métodos muito repetidos desde sua queda.
As V ítimas da G uerra
Satanás lançou seus ataques contra a mulher, referida na Bíblia como o
sexo mais fraco. Isso não significa que ela tenha mente, corpo, resistência
ou valor inferiores aos do homem, e sim que ela é mais suscetível. Embora
haja algumas divergências a respeito desse tema, Matthew Henry afirma em
um de seus estudos que Satanás se aproximou de Eva enquanto ela estava
longe do seu marido. Eva foi completamente enganada e achou que estava
fazendo o melhor para seu companheiro. Primeira Timóteo 2:14 nos reve-
la que “Adão não foi enganado...” , pois ele sabia o que estava fazendo. Ele
escolheu desobedecer por livre e espontânea vontade.
Depois dessa decisão, a humanidade se perdeu. (Veja Romanos 5:12, 17,
19; 1 Coríntios 15:21-22). Em um dado momento, havia apenas duas von-
tades: a de Deus e a de Satanás. Depois, todo homem teve o direito de es-
colher ficar com Deus ou se opor a Ele. O homem é, por natureza e pelas
suas escolhas, um pecador, e está completamente perdido.
A C ontinuação da G uerra
Deus anunciou a contínua hostilidade entre o homem e Satanás, nosso ad-
versário. Aparentemente ele tinha vencido, pois conseguiu enganar a mu-
lher e fazer o homem questionar a veracidade da palavra de Deus, fazendo
com que duvidassem de Sua bondade. Mas Satanás fracassou em um ponto
crucial: ele não conseguiu controlar a vontade do homem. Isaías 53:6 nos
A G uerra C ontra a H umanidade 63
revela: “Cada um para seu próprio caminho” . O homem agora confessa sua
vontade decaída, e Satanás não consegue controlar o caos humano atando-o
aos seus propósitos malignos.
Eis o porquê das terríveis tragédias e dificuldades de hoje. Trata-se de um
mundo decaído e mergulhado na maldição do pecado. Satanás se rebelou
contra Deus, e assim também é todo aquele que segue os seus caminhos.
Uma guerra está acontecendo, e o rastro de tragédia é comum às guerras.
A história humana é uma longa manifestação do homem e de Satanás ten-
tando fazer coisas sem Deus, que então permite que o terror das tragédias
aconteça para convencer este mundo infiel de que nada é possível sem Ele.
O A uge da G uerra
Como observamos em Gênesis 3:15, Deus anunciou o triunfo desde o iní-
cio: “E eu colocarei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a
sua semente; ela ferirá a tua cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar” . Haverá uma
semente ferida e uma serpente esmagada. A derrota de Satanás acontecerá
por meio do homem, e essa foi a primeira profecia sobre a batalha travada
na cruz do Calvário. Ele lançaria sua cólera contra o filho de Deus, Cristo,
que morreu pelos nossos pecados e anulou o desejo de Satanás pelas nossas
almas. Satanás tinha a morte em seu poder, como lemos em Hebreus 2:14:
“E já que os filhos são participantes da carne e do sangue, ele também parti-
cipou das mesmas coisas, para que através da morte ele destruísse aquele que
tinha o poder da morte, isto é, o diabo” .
Quando estamos salvos na família de Deus, segundo Colossenses 2:13-15
descansamos na vitória de Cristo, aquele que despiu as forças demoníacas
de autoridade e retirou o poder delas. Satanás já foi derrotado.
Portanto, cabe a nós manifestar a vitória da cruz até que Cristo volte. Não
pertencemos a Satanás, e ele não tem autoridade sobre nós. Somos proprie-
dade de Deus, e tudo o que precisamos fazer é declarar que todos os reinos
deste mundo já tiveram fim. Eles já foram vencidos, ainda que não saibam
disso.
Por fim, todas as forças invisíveis de Satanás serão para sempre apri-
sionadas no lago de fogo. Até a chegada desse dia, Deus manifestará Sua
64 ENTENDENDO a BATALHA ESPIRITUAL e a AÇAO DOS DEM O NIO S
glória por meio do Seu povo renovado, a igreja. Efésios 3:9-11 fala sobre
esse propósito final:
Deus não se surpreendeu com a queda do homem, pois Seus planos es-
tão programados. Todos os que se rendem a Ele e abandonam as armas da
rebelião tornam-se parte do Seu novo Reino. Nós nos tornamos soldados,
bem como santos e servos, até que esse dia chegue.
capítuío
U ma P reservação M ilagrosa
A m ulher de Joiada, sumo sacerdote de Israel, resgatou o único sobre-
vivente da linhagem real de Davi, Joás, e dele cuidou. Por um período de
seis anos, todas as promessas proféticas do M essias estavam naquela úni-
ca criança.
B elém S angrenta
Finalm ente, a hora do nascimento da semente prometida em Belém che-
gou. M aria e José seguiram uma longa e árdua jornada, e Jesus nasceu em
uma estalagem , foi envolto em panos e ficou deitado em uma manjedoura!
Satanás incitou o edomita Herodes, um rei perverso, para matar todos os
bebês dos arredores de Belém, pois Herodes queria eliminar qualquer pos-
sível rival ao trono. Deus enviou reis magos da Pérsia (Irã) para levar pro-
visões à M aria e a José. Prevenidos por meio de um sonho, Maria, José e
o bebê passaram sete anos no Egito tendo como sustento as riquezas que
ganharam dos magos.
Por três dias, Jesus enfrentou Satanás no reino da morte, e Pedro decla-
ra que Ele “pregou aos espíritos em prisão” (lP e 3:18-20). Jesus dom i-
nou a morte, a arma mais poderosa de Satanás, e pegou as chaves que lhe
pertenciam!
No dia de Pentecostes, Pedro, que havia sido tentado por Satanás, de-
clarou que a morte não poderia conter Jesus: “Ao qual Deus ressuscitou,
rompendo as dores da m orte, porque não era possível que ele fosse retido
por ela” (At 2:24).
Satanás cometeu o m aior erro de todos os tem pos. Tentando destruir a
semente ao matar Jesus, o ato de vingança de Satanás resultou na salvação
da humanidade.
e nós fazemos parte dessa nova ordem divina, chamada de “um novo ho-
mem” (E f 2:14-15).
A B atalha C ontinua
No próximo capítulo traçaremos algumas linhas de combate pela história
da igreja. É importante observarmos que o antissemitismo tem crescido, e
a luta sucessiva no Oriente Médio se concentra em Jerusalém. Hitler ten-
tou exterm inar o povo judeu; se seus propósitos tivessem sido alcançados,
ele impediría o povo escolhido de Deus de voltar para sua terra e teria frus-
trado a profecia bíblica. Israel sobreviveu, assim como a igreja, apesar de
dois milênios de lutas e conflitos.
capítuío
A G uerra de S atanás
C ontra a I greja
sofrerás; eis que o diabo lançará alguns de vós na prisão, para que
sejais tentados; e tereis tributação por dez dias. Sê fiel até a morte, e
eu te darei a coroa da vida.
- A pocalipse 2:9-10
Mas digo-vos, e aos demais em Tiatira, a todos que não têm esta dou-
trina, e que não têm conhecido as profundezas de Satanás, como eles
falam: Eu não colocarei sobre vós nenhum outro fardo.
- A pocalipse 2:24
Eis que eu farei aos da sinagoga de Satanás, aos que dizem ser
Judeus e não o são, mas mentem; eis que eu farei com que venham e
adorem diante de teus pés e saibam que te amo.
- A pocalipse 3:9
O E spírito da R eligião
(A pocalipse 2 : 4 - 5 , 7 )
A Igreja de Éfeso “deixaste o teu primeiro amor” (Ap 2:4). Eles tinham
uma doutrina sólida e prezavam pela ordem , mas perderam a paixão por
Deus. Se formos a Atos 19 e lermos sobre as primeiras obras e o primeiro
amor, descobriremos uma verdade surpreendente.
Quando a igreja de Éfeso surgiu, batizava-se com água, impondo as mãos
sobre as pessoas para o batismo do Espírito Santo, exaltando a Deus com
seus lábios, expulsando demônios, curando pela oração e abdicando a ve-
lha ordem.
A igreja de Éfeso tinha todos os elementos de uma igreja bem organiza-
da, e era uma congregação trabalhadora. Ainda assim, o fogo, a paixão e
o amor tinham se esvaído. Vemos que a religiosidade prevaleceu com sua
poeira tediosa e seu tradicionalismo maçante. O poder de Deus havia de-
saparecido; os demônios não eram mais enfrentados, os lábios estavam em
76 ENTENDENDO a BATALHA ESPIRITUAL ״a AÇÃO D O S D EM Ô NIOS
O E spírito da C ovardia
(A pocalipse 2 : 1 0 1 1 ) ־
A igreja de Esmirna foi alvo de perseguições, e muitos de seus membros
sofreram martírio. Por meio dessa ameaça, Satanás tenta disseminar o medo
nos corações dos crentes e intimidá-los para que percam a fé em Deus e na
Sua Palavra. Você se lembra de Simão Pedro inflamando-se com o fogo do
inimigo na noite em que Jesus foi preso? Esse fiel discípulo foi intimidado
pelo que o cercava e pela voz interrogatória de uma pequena serva. A igre-
ja hoje está muda e temerosa diante do mundo e de seus governantes. Esse
demônio deve ser derrubado!
O E spírito da C onformidade
(A pocalipse 2 : 1 2 , 1 4 1 7 ) ־
Pérgam o foi a capital da província da Á sia, e ela é m encionada em
Apocalipse como o local onde havia uma das sete igrejas asiáticas. Ela era
uma conhecida cidade da M ísia, no vale das ilhas Caicos, a pouco mais de
vinte quilômetros do mar Egeu e a aproximadamente cem quilôm etros do
norte de Esmirna. O rio Selinus cruzava a cidade, e o rio Caicos fluía ao sul
dela. Pérgamo era rica em patrimônio histórico e literário, e orgulhava-se
de possuir uma biblioteca com mais de duzentos mil volumes; sendo me-
nor apenas do que a biblioteca de Alexandria.
A cidade tinha um deus “protetor” em Asclepion, um ídolo simbolizado
por uma cobra e considerado um salvador. Eles acreditavam que o deus
deles se encarnava nas serpentes, e por isso as cobras podiam rastejar-se
livremente pelo templo. Os que precisavam de cura passavam a noite no
Os S ete D e m ô n i o s q u e A t a c a m a I greja 77
templo escuro, esperando que uma cobra passasse por cima deles. A cidade
era um local de destaque na civilização grega, e tornou-se sede de diversos
templos de muitas outras divindades.
Você consegue traçar um paralelo da situação secular da América e dessas
igrejas? A maioria delas opera em uma comunidade ou ambiente controlado
por Satanás, e não por Deus. O que a igreja pode fazer quando o ministé-
rio se torna difícil? Podemos permitir que as cobras do humanismo secular
passeiem pelas nossas congregações? Conformidade não é a resposta. Não
podemos nos conform ar com o pecado ao nosso redor!
A igreja de Jesus precisa tomar medidas práticas para prevalecer neste
mundo perdido e decadente!
Reconhecendo o espírito
Este é basicamente o espírito de dominação, ou da relutância ao desejo de
conviver pacificamente. Não se trata apenas das mulheres ou da libertação
feminista, pois esse espírito também pode dominar os homens. Talvez algu-
mas pessoas o relacionem à sexualidade por achar que uma mulher que se
80 ENTENDENDO a BATALHA ESPIRITUAL e a AÇÃO D O S DEM Ô NIO S
A estratégia de Jezabel
A ferramenta usada por esse espírito é a manipulação. Em 1 Reis 21, ve-
mos que o rei Acabe ficava desgostoso quando não conseguia as coisas à
sua maneira. Ele viu uma vinha e desejou-a intensamente, mas o proprie-
tário não quis se desfazer dela, nem mesmo para o rei. Quando Jezabel viu
o rei Acabe choroso em seu leito, ela prometeu conseguir o que ele deseja-
va. Essa mulher poderosa tinha introduzido a adoração pagã no reino, e ela
não se importaria de matar para obter o que precisava a fim de conquistar
mais poder.
A Manifestação de Jezabel
Porém, eu tenho umas poucas coisas contra ti, porque toleras aque-
la mulher Jezabel, que chama a si mesma cie profetisa, a ensinar e
a seduzir os meus servos a cometerem fornicação, e a comerem das
coisas sacrificadas aos ídolos.
- A pocalipse 2:20
Os objetivos de Jezabel
O espírito controlador vagueia pela igreja determinado a destruir e minar
tudo aquilo que apreciamos como cristãos. Pela manipulação, pelo domí-
nio e pelo controle, esse espírito dá início à sua batalha contra o corpo de
Cristo.
Em primeiro lugar, o espírito em questão odeia profetas, que são os ver-
dadeiros líderes de Deus. Ele não consegue controlá-los, e quando ten-
ta conquistar sua confiança e fracassa, não lhe resta alternativas a não ser
matá-los.
Além disso, o espírito de Jezabel odeia a pregação da Palavra. Ele não
aguenta ouvir a mensagem e tenta diminuí-la, ou diminuir o mensageiro.
O espírito controlador também odeia o louvor da igreja. Quando a adora-
ção é poderosa e verdadeira, sua carnalidade fica exposta. Em 1 Reis, quan-
do o profeta Elias orou pedindo que o fogo do céu se colocasse contra os
profetas de Baal e contra os planos de Jezabel, abriu-se espaço para o louvor
(lR s 18:39). Jezabel foi derrotada e os louvores a Deus invadiram o lugar.
82 ENTENDENDO a BATALHA ESPIRITUAL < ־a AÇÀO D O S D EM Ô NIOS
Expulse o espírito
Se você sentir que esse tipo de influência está agindo na sua igreja, é im-
portante entender que sua procedência é espiritual, e não carnal. Não odeie
a pessoa que está sendo controlada por um espírito controlador; entenda
que se trata de uma força espiritual - e que Deus deve combatê-la. Sua ora-
ção deve ser: “Ó nosso Deus, tu não os julgarás? Porque não temos qual-
quer poder contra esta grande companhia que vem contra nós; tam pouco
sabemos o que fazer; mas os nossos olhos estão sobre ti” (2Cr 20:12).
O E spírito da R eligiosidade
(A pocalipse 3 : 1 - 6 )
Há séculos, a igreja tem sido vítima de rumores, de hostilidade e, como
chamamos atualm ente, do negativism o. Frequentem ente, as igrejas pre-
cisam enfrentar essa situação hostil; entretanto, a hostilidade externa não
é a m aior ameaça! G eralm ente, a m aior am eaça está dentro da própria
congregação!
A igreja de Sardes fora estabelecida em um ambiente favorável e de boa
reputação. Porém, na carta de Cristo a ela, Ele ignorou a reputação humana
e disse que aquela igreja estava listada no obituário!
Ambiente de morte
Sardes era uma cidade de riquezas. A História nos revela que, em 550
a.C., o rei Creso encontrou ouro no rio da cidade e deu início à circulação
das primeiras moedas da história. Até os tempos do Novo Testamento, ain-
da era possível encontrar ouro naquele rio.
Os S ete D e m ô n i o s q u e A t a c a m a I g reja 83
Além de sua riqueza, a cidade era conhecida por seu paganismo. O ídolo
deles era Cibele, e os idólatras dessa deusa pagã faziam uma adoração sei-
vagem e irascível que incluía imoralidade sexual.
Notadamente a comunidade estava em paz, pois seus habitantes estavam
satisfeitos com sua autossuficiência, e essa característica pacífica também
invadiu a igreja de Sardes, o que os fez aceitar a morte. A coexistência pa-
cífica entre a cidade e sua maldade também afetou a igreja, e tudo o que
restava era sua reputação.
Fuja da morte!
Para eliminarm os o espírito da religiosidade de nossas igrejas, a lideran-
ça deve se unir e se arrepender desse tipo de morte. Juntos, eles precisam
reconhecer que o reino de Jesus está se aproximando e que eles terão que
prestar contas de tudo o que fizeram em Seu nome. Em quase todas as igre-
jas que estão mortas, poucos cristãos vivem em triunfo e desejam estar na
presença de Cristo, e eles devem ser valorizados e encorajados. Junte-se
ao grupo vencedor! Por fim, repreenda o orgulho religioso que sufoca sua
igreja. Rejeite o amor à religião, às suas regras e à sua reputação, e apaixo-
ne-se por Jesus. Determine-se a ouvir a voz do Espírito Santo antes de to-
m ar quaisquer decisões que se refiram à igreja. Deixe Sua Palavra edificar,
governar e reinar do púlpito.
O E spírito da I nferioridade
(A pocalipse 3 : 7 1 2 ,8 )־
M uitas vezes, quando algum pastor me convida para dar uma palestra
na igreja, ele fala quase que se desculpando: “Somos apenas uma pequena
igreja...” , e seu tom implica um senso de fraqueza ou incapacidade. Mas
nada é pequeno ou insignificante no reino de Deus!
Por outro lado, há igrejas que pensam ter todas as respostas e que adoram
divulgar suas estatísticas e números, satisfazendo-se com seus esforços me-
díocres desde que tenham notoriedade e reconhecimento.
Deus é severo com a igreja em Apocalipse 3:
Muitas igrejas e pessoas usam sua suposta fraqueza como desculpa para
não avançar na causa de Cristo, mas esses pensamentos e afirmações estão
em desacordo com o retrato da igreja no Novo Testamento. Estou conven-
cido de que tal atitude não é apenas falsa e prejudicial, mas também tem
origem demoníaca. Trata-se de um pensamento de inferioridade, autoco-
miseração e fraqueza. O inimigo engana os que manifestam esse espírito
fazendo-os acreditar que essa, na verdade, é uma atitude de obediência e
humildade. Essa falsa humildade debilita o reino de Deus, prejudica o pro-
gresso do Evangelho e insulta o Espírito Santo.
A igreja de Filadélfia corria o risco de ser dominada por esse espírito. Se ti-
vesse que se tomar um dos pilares do reino, ela teria que derrotar esse espírito.
As Escrituras apresentam a igreja como uma instituição vitoriosa. M ateus
16:18 declara: “as portas do inferno não prevalecerão contra ela” . Em sua
formidável oração pela igreja, em Efésios 3:14-21, Paulo conclui com a
seguinte benção: “Ora, àquele que é capaz de fazer tudo muito mais abun-
dantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que
em nós opera, a esse seja a glória na igreja, por Jesus Cristo, em todas as
gerações, para todo o sempre. Amém” (vv. 20-21).
É na igreja que Jesus lança Seus divinos dons, poder e glória. A resposta
para nossa inferioridade é Sua superioridade! Não é uma questão de se em-
penhar mais, mas de confiar totalmente que Sua obra será realizada.
A igreja de Filadélfia tinha “pouca força” (Ap 3:8). A cultura grega, o
comércio internacional e a diversidade religiosa a dom inavam , e o deus
Dionísio era adorado. Esse deus grego do vinho era venerado com um ri-
tual que incitava a loucura e o êxtase, e acreditava-se que cultuá-lo trazia
alívio à tristeza e ao sofrimento. Além disso, a cidade de Filadélfia era um
centro de adoração judaica ortodoxa.
Aquela pequena igreja poderia ter se rendido às pressões ao seu redor.
Mesmo assim, ela não o fez! Seus membros receberam o surpreendente en-
corajamento descrito em Apocalipse, e a história nos revela que, por apro-
ximadamente mil e quatrocentos, anos aquela cidade perm aneceu cristã,
apesar das pressões dos muçulmanos. Apenas depois de séculos de corajo-
sa resistência, a cidade foi tomada por uma aliança militar profana entre o
império Bizantino e as forças muçulmanas.
Os S ete D e m ô n i o s q u e A t a c a m a I g r e ia 87
O E spírito d o O rgulho
(A pocalipse 3 : 1 4 1 7 , 2 1 ) ־
Apocalipse 3 também menciona a igreja de Laodiceia, cidade que era rica
e próspera. Sua riqueza era tão vasta que, quando um terremoto a destruiu,
seus habitantes não precisaram de ajuda para reconstruí-la! O historiador
romano Tácito registrou que Laodiceia “fora... abatida por um terremoto, e,
sem a nossa ajuda, reconstruiu-se com os seus próprios recursos” .1
A cidade era famosa pela sua produção de lã negra, e era conhecida como
centro comercial das lãs sofisticadas do mundo antigo. Laodiceia também
se vangloriava pela famosa escola de m edicina, que produziu dois dos me-
dicamentos mais populares para tratamentos dos olhos e dos ouvidos. Em
suma, essa cidade era imponente e cheia de orgulho.
Mas no contexto de Apocalipse 3, a igreja de Laodiceia vivia uma ro-
tina m edíocre depois dos anos que se passaram. O próprio Senhor Jesus
dá o veredito. E qual foi a Sua avaliação? Aquela igreja morna Lhe dava
náuseas! O que aconteceu àquela igreja para que ela chegasse ao ponto da
mediocridade?
Perda de fervor
Infelizmente, essa igreja reflete o estado de muitas igrejas americanas nos
dias de hoje. Não muito frias... nem muito quentes. Não tão ruins... nem
tão boas. Não tão fiéis... nem tão infiéis. A igreja de Laodiceia era comum,
morna, mas não tinha fogo. Se perguntássemos sobre suas obras, certamen-
te seus membros diriam: “Fazemos o que podemos” .
Jesus Se aborrece com a mediocridade, e Ele prefere que a igreja seja fria
como o Ártico ou quente como o Saara. Na obra de Deus, não há lugar para
os esforços mínimos.
88 ENTENDENDO a BATALHA ESPIRITUAL« ״ ־AÇÃO D O S D EM Ô NIOS
Perda de fé
A Igreja de Laodiceia tentou ser autossuficiente. Seus membros se van-
gloriavam pela riqueza, pelo acúm ulo de bens e por não precisarem de
nada; nem mesmo do Senhor. Eles foram amaldiçoados pelas suas riquezas.
Quando o grande Tomás de Aquino visitou o Vaticano, um vigário do
Papa Inocêncio IV levou até eles uma mala de dinheiro. O Papa disse a
Aquino: “Veja, jovem , foi-se o tempo em que a igreja dizia: ‘Não tenho pra-
ta nem ouro’” . Mas Aquino respondeu: “Certo estás, santo pai, mas foi-se
também o tempo em que ela dizia ao paralítico: ‘Levanta e anda.’”3
O alcance da igreja vai além do que ela consegue obter, e é preciso haver
uma visão mais ampla. Nossos desafios têm que estar além dos recursos
para que nossa confiança e fé permaneçam em Deus. A dimensão dos nos-
sos sonhos e planos deve ser determinada por Ele.
Quando Deus abençoa uma igreja financeiramente, ela deve investir em
missões, construir novas instalações, se necessário, aumentar o número de
obreiros e crer que seus recursos serão o bastante.
Infelizmente, a igreja de Laodiceia não entendia sua verdadeira condi-
ção. Deus disse que eles eram “m iseráveis, pobres, cegos, nus” - dignos
Os S ete D e m ô n i o s q l ie A t a c a m a I g r e ja 89
de pena aos Seus olhos. Para Deus, eles não possuíam riquezas e estavam
cegos. O Pai olhava para eles e os via como realmente estavam: espiritual-
mente falidos!
Perda de temor
Essa igreja não mais tremia na presença do Deus justo, e seus membros
não sentiam remorso pelas suas falhas. Jesus os admoesta apresentando três
motivos para o arrependimento: Seu amor, Sua repreensão e Sua vara de
correção. Esses três poderíam despertar neles o desejo de fazer sua igreja
seguir no caminho certo.
Perda de comunhão
Jesus estava à porta, batendo do lado de fora da igreja. Em algum momen-
to, Ele foi trancado ali e não estava mais no centro de tudo. A igreja não
tinha mais comunhão com as outras, porque Jesus Cristo era o único pon-
to em comum entre elas. Sem Ele, a igreja pode estar “reunida” , mas sem
a verdadeira unidade! “O que vimos e ouvimos vos declaramos, para que
também possais ter comunhão conosco; e verdadeiramente a nossa comu-
nhão é com o Pai, e com seu Filho Jesus Cristo... Mas se andamos na luz,
assim como ele está na luz, temos comunhão uns com os outros, e o san-
gue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado” (U o 1:3,7).
A presença de Jesus Cristo é a base para toda verdadeira comunhão, mas
muitas igrejas O deixam trancado do lado de fora.
ENTENDENDO A DINASTIA
DO SEU INIMIGO
capítuío
omo Satanás opera? Podemos traçar sua atuação pelas páginas das
C Escrituras. Vamos focar nos trechos das Escrituras em que o termo
diabolos é usado como referência a Satanás.
A primeira menção a Satanás nas histórias bíblicas está em Jó 1 e 2, quan-
do ele ataca e acusa Jó, cujas reação e vitória subsequente o silenciaram
por séculos.
Então, Satanás provocou Davi a contar Israel, medindo sua força pelos
núm eros, e não pelo Deus vivo. Ele é um instigador que tentará nos induzir
a atitudes que não e baseiam na fé (1 Cr 21:1).
Satanás aparece no culto de adoração e se opõe ao sumo sacerdote de
Israel. Depois, ele se opõe a Jerusalém e a Israel (Zc 3). Sua próxima ar-
tim anha é tentar Jesus, o Segundo Adão, por três vezes, da mesma forma
como havia tentado nosso primeiro ancestral, Adão (Mt 4). Suas aborda-
gens não mudaram, e ele ainda lança diante de nós a concupiscência da car-
ne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida.
Satanás influenciou Pedro para que ele atrapalhasse o compromisso que
Jesus tinha com a cruz em Mateus 16:22.
Em Lucas 10:18, Jesus nos diz que viu a queda de Satanás. Ele nos ad-
m oesta, em M arcos 4:15, afirmando que Satanás tentará roubar a palavra
de fé dos nossos corações. Ele fez uma mulher ficar aleijada por dezoito
anos (Lc 13:16), invadiu o coração de Judas para que ele traísse a Jesus
(Lc 22:3) e cirandou o discípulo Pedro como trigo (v. 31)!
Na igreja prim itiva, vemos Satanás encher os corações de Ananias e
Safira, fazendo-os m entir para o Espírito Santo (At 5:3). Diz-se que as
92 ENTENDENDO a BATALHA ESPIRITUAL c ׳a AÇÃO DO S D EM Ô NIOS
pessoas perdidas que aceitam a Cristo são libertas “do poder de Satanás”
(At 26:18).
Ele pode matar cristãos disciplinados ao fazê-los com prom eter o teste-
munho de Cristo e da igreja com um com portam ento imoral (IC o 5:5).
Satanás ataca a fidelidade no casam ento e o prazer sexual (IC o 7:5), tenta
trapacear os cristãos (2C0 2:11) e pode se disfarçar como um m ensagei-
ro dos céus (2Co 11:14). Ele tenta im pedir a obra da igreja (lT s 2:18) e
pode operar sinais e prodígios (2Ts 2:9). Satanás ataca usando ociosida-
de, fofocas e intromissões (lT m 5:13), blasfem ando, m atando, atacando
as sinagogas e enganando (Ap 2: 9,13).
Em bora Satanás use m uitos m étodos de opressão, não fique desani-
mado ou abatido. Ele pode ser esm agado sob os pés de todo cristão fiel
(Rm 16:20). Lem bre-se de que a vitória no Calvário garante a nossa vi-
tória hoje. Um dia Satanás será lançado no inferno, que foi preparado
para ele e para todos os seus dem ônios (Ap 20:10).
O D iabo
Como inimigo, ele semeia joio na boa terra para nos enganar (Mt 13:24-29)
e é designado pai de todos aqueles que não creem em Jesus (Jo 8:44). O
diabo oprime (At 10:38), pode dom inar um local físico (Ef 4:27) e arma
ciladas para atacar os cristãos (Ef 6:11). O diabo provoca orgulho, afron-
ta e aprisiona (lT m 3:6-7; 2Tm 2:26), mas só tem o poder da morte com
a permissão de Jesus. O diabo deseja devorar como o leão e aprisionar os
cristãos em cadeias espirituais (1 Pe 5:8; Ap 2:10). Como se pode ver, o ini-
migo é uma força resoluta na terra. Podemos resistir ao diabo e ele fugirá
dos cristãos: “ Sujeitai-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de
vós” (Tg 4:7). Aleluia!
capítuío
A H ierarquia do Inferno
N: ra série de filmes épicos Star Wars, tanto o mal quanto o bem pratica-
vam a Força, isto é, um poder invisível que tinha um lado bom e um
lado negro. A Força do lado negro era representada por um personagem per-
verso chamado Darth Vader, que antes era Anakin Sky walker. Porém, ele se
voltou para o mal.
É curioso observarmos que essa situação remete a algo que já aconteceu
antes. Nos capítulos anteriores, aprendemos que Lúcifer, um anjo de Deus
e m ensageiro de luz, se voltou para o lado negro, tornando-se Satanás. Nas
Escrituras Sagradas, o mal nunca é uma força indefinível; ele tem indivi-
dualidade e personalidade.
Satanás comanda as forças das trevas. Seu nome era Lúcifer, que significa
“portador de luz” , “estrela da manhã” , “ luz certa” . Sua luz era o reflexo da
luz de Deus, mas ele se tornou Satanás, que quer dizer “acusador” ou “ad-
versário” . Em hebraico Ha-Satan significa “o maior adversário” . Satanas
em grego significa “o acusador” . Satanás é chamado de dragão (Ap 20:2),
termo originado da palavra grega derkomai, que quer dizer “medonho ao
olhar” e que era usada para representar uma criatura monstruosa e temida.
No mesmo versículo, Satanás é chamado de “antiga serpente” , que em gre-
go é archaios ophis e significa “olhos da velha cobra” . Essa é a serpente
que tem tentado nos ferir há anos. Por fim, ele é chamado de “diabo” , que
é diabolos em grego, palavra que significa “aquele que lança” . A ideia é re-
presentar alguém lançando uma flecha ou, em nossos dias, alguém atiran-
do em outra pessoa.
Satanás pode facilmente aparecer como um anjo de luz (2Co 11:14), uma
criatura monstruosa, uma víbora disfarçada, um acusador, um assassino ou
94 ENTENDENDO a BATALHA ESPIRITUAL c>a AÇÃO D O S D EM Ô NIO S
O Exército do I nferno
Eu acredito que Satanás seja um grande im itador, e que ele tenha orga-
nizado seu exército com base nos santos anjos. A carta aos Efésios iden-
tifica essas forças das trevas na seguinte escala de autoridade: “ Porque
não lutamos contra carne e sangue, mas contra os principados, contra as
potestades, contra os governantes das trevas deste mundo, contra a mal-
dade espiritual em regiões celestiais” (Ef 6:12).
Principados
Os seres demoníacos de maior autoridade são os principados. A palavra
principados é traduzida do grego como arche, que significa “chefe” . Esses
são os chefes dos demônios, que correspondem aos arcanjos entre os santos
anjos. Esses príncipes têm domínio sobre as almas das pessoas (Ef 2:1-3), e
um principado é o que designa os espíritos demoníacos que operam a deso-
bediência. Tais príncipes também governam sobre os continentes e nações.
Em Daniel 10:12-13, Gabriel diz ao profeta que um principado da Pérsia
o impediu por três semanas de chegar ao seu destino, e ele precisou con-
vocar o arcanjo Miguel para lutar contra aquele demônio da Pérsia. Esses
demônios estão sujeitos a Cristo (Ef 1:20-22), e também estão sujeitos aos
cristãos cheios do Espírito, como lemos em Efésios 2:6; esse trecho nos re-
vela que Cristo “nos ressuscitou juntam ente com ele e nos fez assentar nos
lugares celestiais” .
Potestades
Os próximos na escala de comando das trevas são chamados de “potes-
tades” , que se originou da palavra grega exousia, que significa “autorida-
de delegada” , como a de um policial. Esses demônios parecem operar de
forma invisível em centros governamentais, como em governos nacionais.
Essas potestades não podem nos separar do amor de Deus (Rm 8:38), e tais
poderes serão abalados no final dos tempos (Mt 24:29). Esses poderes, as-
sim como os principados, estão sujeitos a Cristo (lP e 3:22).
A H ie r a r q u ia d o I n f e r n o 95
D esmascarando o I nimigo
quão grandes coisas Deus fez por ti. E ele foi pelo seu caminho, pu-
blicando por toda a cidade quão grandes coisas Jesus lhe fizera.
U ma P essoa P ode S er
P ossuída por D em ô nios ?
A palavra grega que descreve a condição de uma pessoa afetada por um
demônio é daimonizomai, que foi traduzida como “possuído por dem ônio”
na versão bíblica King James. De acordo com William Arndt e F. W ilber
Gingrich, essa palavra está no tempo presente, na voz ativa e com a termi-
nação na voz passiva.' Uma pessoa nessa condição pode ser descrita como
“sob controle demoníaco passivo” . Em outras palavras, ela é levada a ter
um certo nível de passividade por um demônio. C. Fred Dickason ressalta
corretamente que o termo possessão nunca aparece relacionada a um con-
texto demoníaco no Novo Testamento.2 Um demônio pode possuir um des-
crente, mas o cristão pode ser demonizado pelo inimigo, ou seja, ele ou ela
é controlado, mas não possuído! A intensidade da demonização nos cris-
tãos é limitada.
Os demônios podem usar as vozes das pessoas, confundir, criar imagens,
tornar insano, ter múltiplas personalidades e causar limitações na fala, na
audição e na locomoção.
Em Lucas 8:26-39, citado anteriorm ente, observam os certas façanhas
como força física incom um , acessos de raiva, personalidades m últiplas
e degenerativas, resistência a Jesus, clarividência (eles sabiam quem era
Jesus) e transferência oculta (os demônios entraram nos suínos). Alguns
desses serão discutidos detalhadamente depois.
O notável pastor alemão Kurt Koch e o psiquiatra alemão Alfred Lechler
fizeram pesquisas sobre demonização na Alemanha. Eles concluíram o se-
guinte a respeito dos indivíduos demonizados: houve resistência à Bíblia, es-
tado de transe, contrariedade às orações e reação negativa ao nome de Jesus.3
D e s m a s c a r a n d o o In im ig o 99
corpo a sua morada. Por isso Paulo nos admoesta em Efésios 4:27: “Não
deis lugar ao diabo” . Se você der lugar ao inimigo, ele providenciará uma
caixa de correio e afirmará que seu corpo é o endereço dele.
No filme Morando Com o Perigo , um jovem casal compra uma grande
casa e a reforma. Para pagar o que devem, eles alugam parte dela para um
homem. No entanto, ele se recusa pagar o aluguel, perturba o casal, abre
um processo judicial contra eles e faz de suas vidas um inferno. A casa foi
possuída por um homem louco que assume o controle de tudo.
Essa história ilustra de maneira clara a estratégia dos demônios. O demô-
nio se aproximará silenciosamente para morar naquela pequena área de sua
vida que você recusa entregar para Jesus. A partir daquele ponto, ele tentará
assum ir o controle e arruinar sua existência.
Em sétimo lugar, os demônios podem incutir pensamentos e afetar a saú-
de m ental. Em Lucas 11:25, vemos uma referência à mente humana: “E,
chegando, acha-a varrida e ornam entada” . O demônio volta à pessoa que
foi liberta e encontra a mente limpa e em ordem. Mas na verdade, essa pes-
soa não tem plenitude espiritual. O Espírito Santo não está presente em sua
vida, nem em seu espírito, e não ocupa sua mente nem controla seu corpo.
Essa pessoa voltou a cometer o mesmo pecado. Talvez a ira tenha sido a
fortaleza da qual ela foi liberta, mas ao invés de crescer no Senhor, enchen-
do sua mente com as Escrituras e com louvor, ela comete o mesmo erro
de antes. O demônio consegue ver o vazio naquele indivíduo e ataca a sua
m ente, que está desprovida do Espírito Santo.
Em oitavo lugar, os dem ônios conseguem lem brar, pensar e planejar.
Observe, em todos esses versículos, as estratégias aplicadas por essas enti-
dades. Eles são espertos e não devem ser subestimados.
Em nono lugar, os demônios podem se comunicar entre si. Em Lucas 11:26,
aquele demônio se comunica com outros sete. Quando alguém dá lugar a uma
entidade demoníaca, essa entidade muito possivelmente levará outros demô-
nios consigo. A Bíblia nos fala do “espírito de temor” (2Tm 1:7), e em 1 João
4:18, as Escrituras nos revelam que o amor é como uma arma que “lança fora
o temor” , acrescentando que “o temor tem consigo a pena” . Jesus fala dos
“atormentadores” quando menciona aqueles que não perdoam: “E, indigna-
do, o seu senhor o entregou aos atormentadores, até que ele pagasse tudo o
102 ENTENDENDO a BATALHA ESPIRITUAL e a AÇÃO D O S D EM Ô NIOS
que lhe devia. Assim também meu Pai celeste fará convosco, se de coração
não perdoardes cada um as ofensas do seu irmão” (Mt 18:34-35).
Portanto, o demônio do temor pode trazer o demônio da pena, ou melhor,
do castigo, e a falta de perdão pode abir as portas para os atormentadores
na vida de alguém. Os demônios são como as baratas, como dissemos an-
tes: eles tendem a se multiplicar, caso não sejam exterminados pelo poder
de Deus.
Em décimo lugar, os níveis de maldade seguem a hierarquia dos demô-
nios. Lucas 11:26 diz que o demônio “vai, e leva consigo outros sete espí-
ritos piores do que ele” . As entidades demoníacas vivem em vários níveis
de maldade, e no contexto de Lucas, um demônio chama outros sete para
ocupar seu hospedeiro. Se a pessoa tolera um pequeno m al, o m aior mal
lhe sobrevirá.
Em décimo primeiro lugar, os demônios são um problema para os cristãos
hoje. Efésios 6:12 nos diz que estamos engajados em uma batalha corpo a
corpo “contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das
trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares ce-
lestiais” . Embora não possam possuir o espírito do cristão, eles podem afli-
gir o corpo e oprimir a mente. Devemos estar muito atentos para reforçar a
vitória da cruz sobre essas forças malignas.
Em décimo segundo lugar, os demônios tentam enganar os cristãos pelo
ensino de falsas doutrinas. 1 Timóteo 4:1 diz: “Ora, o Espírito expressa-
mente diz que, nos últimos tempos, alguns deixarão a fé, dando ouvidos a
espíritos enganadores e a doutrinas de dem ônios” . Atualm ente, os demô-
nios têm seduzido e enganado muitas pessoas por meio de falsos ensina-
mentos. O fato de alguém andar sempre com a Bíblia e agir como cristão
não significa que seu ministério tenha a unção de Deus. A fraude religiosa
é a pior de todas as atuações demoníacas.
Ao concluir este capítulo, entenda que ignorar as verdades sobre as forças
demoníacas é inútil e arriscado. Se não encararmos a verdade sobre nosso
inimigo, deixamos nós mesmos e nossa igreja despreparados para a guerra
que se trava. Quantas mortes espirituais teremos que presenciar até que a
igreja acorde para a realidade da batalha espiritual?
capítuío 14
P rotocolos D emoníacos
As C iladas de S atanás
O termo cilada vem da palavra grega methodeia. Em português, método
também se origina dessa palavra. Methodeia deriva de duas outras palavras
gregas: m eta, que significa “em meio a’’, e hodos, que significa “percor-
rer um caminho ou fazer uma jornada” . Satanás quer interromper sua jor-
nada, acabar com a sua visão, mudar seu rumo e tirar você do eixo! Como
ele faz isso?
Satanás usa a tentação para desviar as pessoas dos caminhos de Deus.
Tentação é peirasmos, que significa “solicitar” ou “chamar à ação” . Ele usa
suas armas para nos afastar de Deus e nos levar à prática do mal. No entan-
to, Satanás pode até nos tentar, mas a concupiscência do homem precisa
aceitar e ceder a essa tentação.
Que homem algum, ao ser tentado, diga: Por Deus sou tentado; por-
que Deus não pode ser tentado pelo mal, e a nenhum homem tenta.
Mas cada homem é tentado, quando atraído e seduzido pela sua
104 ENTENDENDO a BATALHA ESPIRITUAL e a AÇÃO D O S D EM Ô NIOS
Jesus Cristo foi tentado, mas Ele não pecou. Não devemos confundir ten-
tação com pecado. Todos nós devemos resistir às tentações, não permitin-
do que os desejos enganosos dominem nosso pensamento e nos afastem de
Deus. A Bíblia nos ensina que as tentações são comuns aos seres humanos
(IC o 10:13), e também nos revela que as riquezas são um forte motivo de
tentação (lT m 6:9). Devemos orar: “E não nos conduzas à tentação; mas
livra-nos do mal” (Mt 6:13).
É interessante que a palavra pirataria também se origina da palavra gre-
ga peirasmos. A tentação é o meio que Satanás usa para roubar sua vida
preciosa.
Satanás usa a perversão para destruir as coisas boas. A palavra perverso
(usada em Isaías 19:14) vem do hebraico avah, que significa “tornar tor-
to”; às vezes, essa palavra é traduzida como “ iniquidade” . No grego, ela
é diastrepho, que significa “torcer” ou “distorcer” . Satanás transform a as
coisas boas em ruins. Por exemplo, o sexo no casamento heterossexual é
um presente de Deus, mas Satanás o tem distorcido, transform ando-o em
homossexualismo, pornografia e abuso.
Satanás usa de imitações para afastar as pessoas do verdadeiro Deus, e
muitas religiões são cópias ruins dos ensinam entos divinos. A m aior có-
pia inventada por Satanás será o Anticristo, que virá imitar os milagres de
Jesus. Ele irá até erguer-se de um golpe fatal e será adorado como Deus
(Veja 2 Tessalonicenses 2:9; Apocalipse 13:13-18).
A lém d isso , S atan ás pode tra n s fig u ra r a ad o ra ç ã o e a p reg a ç ã o
(2Co 11:14). Por esse motivo, devemos testar aqueles que afirmam ter o
Espírito Santo para que não nos confundamos com o que é falso (1 Jo 4:1-3).
Os D e m ô n io s E nganam
Apocalipse 12:9 declara que Satanás enganou todo o mundo. A palavra
engano retrata alguém que acredita em uma mentira como se ela fosse ver-
dade. Uma pessoa enganada é aquela que acredita que o certo é errado, e
P r o t o c o l o s D e m o n ía c o s 105
defesa é a confissão dos pecados, segundo 1 João 1:9, e nós não estamos
condenados; fomos perdoados.
Talvez um dos meios mais eficazes de Satanás operar no mundo seja re-
belando-se contra a autoridade, e o governo humano foi investido para frus-
trar seus propósitos de ilegalidade. Quando uma rebelião ou uma anarquia
derrubam um governo, elas sempre resultam em um regime ainda mais re-
pressor. O fracasso da autoridade nas nações, casas e igrejas resultará em
um governo severo ou na total destruição. O ataque à bomba de 1993 ao
World Trade Center, na cidade de Nova York, e o trágico ataque de 1995,
também à bomba, ao edifício do governo na cidade de Oklahoma são exem-
pios claros de rebelião por influência demoníaca.
A B íblia nos adm oesta quanto a esse pecado. A rebelião de Saul é
descrita com o feitiçaria, e sua obstinação com o iniquidade e idolatria
(ISm 15:23). Satanás conseguiu destruí-lo por meio da rebelião. Viver em
desacordo com a autoridade é perigoso! A autoridade investida por Deus
deve ser consagrada e honrada em nossas igrejas.
Dentre outros métodos de Satanás estão a tentação da carne, o ocultism o,
o charlatanismo religioso, o medo e a intimidação.
A vitória é conquistada pelo cristão que utilizar as armas concedidas por
Deus. Somente os despreparados conhecerão a derrota! Quando Eliot Ness
e o M inistério da Fazenda com eçaram a atacar a máfia de C apone, em
Chicago, o FBI não tinha autorização para usar armas. Somente depois da
morte de alguns agentes, o governo finalmente concordou com o uso de
armamentos.
Nosso rei permitiu que andássemos armados! Vamos nos revestir com a
armadura de Deus e viver em vitória!
capítuío
S intomas da
A tuação D emoníaca
triunfarei nas obras das tuas mãos” . E novamente diz: “Salva-nos, ó Senhor,
nosso Deus, e recolhe-nos do meio dos pagãos, para que demos graças ao
teu nome santo, e triunfemos no teu louvor” (SI 106:47).
CONHECENDO AS
ESTRATÉGIAS DO SEU
INIMIGO
capítuío
A E stratégia d o M edo
Medo da vida
Todos os dias, encontro pessoas que têm medo de viver plenamente. Este
foi o primeiro medo que surgiu no mundo. Depois de Adão e Eva terem caí-
do em pecado, Deus apareceu para falar com eles e Adão admitiu, “Ouvi a
tua voz no jardim e tive medo, porque eu estava nu, e me escondi” (Gn 3:10).
Adão não conseguia nem seguir sua rotina normal no jardim!
Talvez o seu medo seja de que as pessoas conheçam quem você realmen-
te é e de que elas te evitem. Você tem medo de que alguma coisa que você
tenha feito, algo que só você e Deus sabem, venha à tona. Você teme a ver-
dade. Entretanto, se existe algum lugar nesse mundo onde você possa viver
uma vida transparente, esse lugar é a igreja! É preciso com partilhar suas
dificuldades e seus fracassos, lidando com eles seguramente.
Deus julga o medo tão severamente quanto qualquer outro pecado des-
crito no Bíblia. Mateus 25 contém a parábola dos talentos. Um servo rece-
beu cinco talentos, outro recebeu dois e o terceiro recebeu apenas um. O
que recebera cinco investiu e duplicou aquela quantia; assim também o fez
aquele que recebera dois talentos. Deus espera algo do Seu investimento!
Ele quer ver seus resultados a partir do que Ele plantou. Entretanto, o que
recebera um talento o escondeu. Vejamos sua justificativa:
“Senhor, eu soube, que és um homem duro, que colhes onde não semeas-
te, e ajuntas onde não espalhaste. E receoso, eu fui e escondi na terra o teu
talento” (versos 24-25). O servo atem orizado não conhece de verdade o
Deus a quem servimos, e ele tinha uma percepção errada a Seu respeito.
E qual foi a resposta de seu senhor? Ele não disse: “Pobre velhinho, servo
amedrontado!” . Mas disse: “Tomai, portanto o talento dele, e dai-o ao que
tem os dez talentos” (v.28). O que você não usa, você perde.
O impacto do medo vai além das questões espirituais; ele pode afetar tam-
bém o seu trabalho. Talvez você esteja com medo de dar o próximo passo e
avançar, ou com medo de assumir um cargo de gerência por tem er das res-
ponsabilidades, que serão maiores do que todas as que você já enfrentou
até agora. Prefere-se a zona de conforto ao invés do progresso. Alguém que
está lendo este livro talvez um dia teve uma grande ideia, mas você quis
não arriscar porque teme o fracasso.
A E s t r a t é g ia d o M e d o 115
A história nos conta que Abraham Lincoln perdeu todas as eleições para
as quais se candidatou, exceto uma - a candidatura para a presidência! E se
ele tivesse desistido? Os americanos não teriam visto um dos seus melho-
res presidentes. Há pessoas que têm medo de levantar de manhã e cumprir
sua rotina. Eu te desafio a quebrar esse espírito e a acreditar que você pode
ser tudo o que Deus te capacita a ser.
Medo da morte
E já que os filhos são participantes da carne e do sangue, ele também
participou das mesmas coisas, para que através da morte ele destruísse
aquele que tinha o poder da morte, isto é, o diabo; e livrasse aqueles que,
por terem medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à servidão.
- H ebreus 2:14-15
M uitas pessoas têm um medo terrível da morte. Acredito que este seja
o motivo de tantos médicos prescreverem exames para pacientes que não
têm doença alguma. Por exemplo, muitas pessoas acordam de madrugada
com falta de ar. Talvez elas estejam sofrendo de terror noturno, um ataque
demoníaco para a saúde.
Se você está salvo, por que temer a morte? Todos os cristãos deveríam se or-
gulhar: “Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho” (Fp 1:21). O
céu não é um destino a ser temido! Já ouvi pessoas dizerem: “Sabe, eu quero ir
para o céu, mas ainda não estou pronto” . Bem, eu estou pronto para ir hoje! Eu
sentiría falta da minha família, e eles também sentiríam muito a minha falta.
Mas após ter morrido na cruz e ressurgido da sepultura, Ele iluminou o corre-
dor da morte para sempre! Não terei medo! “Sim, ainda que eu ande pelo vale
da sombra da morte, não temerei mal algum; porque tu estás comigo; tua vara
e o teu cajado me consolam” (SI 23:4). Nem mesmo na morte estamos sós.
Medo do inimigo
Aqui está a resposta apropriada para quando você enfrentar o inimigo: “Porque
eu ouvi a calúnia de muitos; o medo estava em todo lado; enquanto eles juntos
tomavam conselhos contra mim, intentaram tomar a minha vida. Mas eu con-
fiei em ti, ó Senhor;... Tu és o meu Deus. Meus tempos estão na tua mão; livra-
-me da mão de meus inimigos, e daqueles que me perseguem” (SI 31:13-15).
116 ENTENDENDO a BATALHA ESPIRITUAL e a AÇÃO DOS DEM Ô NIO S
Eu não tenho que temer o diabo nem seus emissários encarnados na terra.
Jesus derrotou os principados e potestades! Ele tirou as entidades celestiais
dos seus tronos e revelou o inimigo. Não tenho que tem er as cartas do tarô
ou o horóscopo, nem tenho que me consultar com nenhum médium para sa-
ber o que acontecerá amanhã. Eu afirmo como o salmista Davi: “Os meus
tempos estão nas tuas mãos” .
Medo do homem
Medo da insignificância
As pessoas têm muito medo de que suas vidas sejam inúteis. Penso na his-
tória de Abraão: ele deixou a fama e a fortuna em Ur dos Caldeus, deixou
sua bela casa e foi morar em uma tenda onde ninguém o conhecia. “Depois
dessas coisas, a palavra do Senhor veio a Abrão em uma visão, dizendo:
‘Não temas, Abrão; eu sou o teu escudo, e a tua recompensa será infinita-
mente grande’” (Gn 15:1).
Você pode dizer: “Não fui o funcionário do mês, embora eu tenha mere-
cido” . Mas Deus viu seu esforço e o levou em consideração. Talvez você
A E s t r a t é g ia d o M e d o 117
Medo do futuro
Porque eu sei os pensamentos que tenho sobre vós, diz o Senhor, pensa-
mentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que esperais.
- J e r e m ia s 29:11
Você não precisa temer o amanhã. Quem conhece Jesus Cristo não tem
motivos para temer o futuro.
Quando meu filho Ronnie Jr ainda era pequeno, ele adorava sair para pas-
sear comigo. Mesmo quando tinha quatro ou cinco anos, ele sentava eu-
fórico no banco de passageiro, ainda que fosse para um breve passeio. Ao
relembrar isso, acho interessante que em nenhum momento ele me pergun-
tava: “Papai, você colocou bastante gasolina no carro?” , ou “Papai, você
está com dinheiro?” ou “ Papai, você sabe mesmo para onde estamos indo?”
Meu filho não precisava me fazer essas perguntas; ele segurava na minha
mão e aquilo era o bastante. Ele estava pronto para sair, porque confiava
118 ENTENDENDO a BATALHA ESPIRITUAL e a AÇÃO D O S D EM Ô NIOS
E nós conhecemos e cremos no amor que Deus tem para nós. Deus é
amor; e aquele que habita em amor, habita em Deus, e Deus nele. Nisto
o nosso amor é aperfeiçoado, para que tenhamos ousadia no dia do jul-
gamento; porque, como ele é, assim somos nós também neste mundo.
- 1 J o ã o 4:16-17
ela por toda a sua vida, e demônios atormentadores tirarão o seu sono e a
sua paz.
Eu não tenho nenhuma solução rápida e fácil para você. É preciso sim-
plesm ente aprender a lidar com as suas m ágoas. Talvez você tenha se
ajoelhado centenas de vezes diante do altar, mas seu alívio foi passageiro
porque você agarrou aquele problema e o levou consigo quando saiu pela
porta. Pouco tempo depois, alguém disse algo que te magoou e logo toda
aquela angústia estava de volta. O medo e o torm ento aparecem quando
você não consegue perdoar. Eu estava pregando em uma série de encontros
quando uma moça me pediu que orasse por ela. O Espírito Santo revelou-
-me imediatamente qual era a necessidade daquela jovem e me instruiu a
dizer: “Você tem que perdoar seu pai” . Ela abaixou a cabeça, se ajoelhou e
disse: “Não!” . Não era ela que dizia aquilo. Era um espírito atorm entador
que estava dominando sua vida há vinte e dois anos. Toda sua com posição,
sua beleza e seu dinheiro (muito dinheiro) não a ajudaram, porque ela es-
tava atormentada pelo fato de seu pai ter agido injustamente; e ela nunca
superou aquele trauma.
Deus quer que não somente peçamos perdão, mas que perdoemos aqueles
que agiram de forma errada conosco. Talvez você pense que isso é injusto,
mas o que precisamos na vida não é de justiça - e sim de misericórdia! No
Espírito, vejo Jesus derramar Seu sangue enquanto você lê, e vejo o rom-
per das amarras. Os velhos medos estão desaparecendo, e a nova vida está
surgindo enquanto você segura este livro!
E xpulsando o M edo
Como você pode se livrar desse medo? O apóstolo João deu a resposta
quando escreveu: “o amor perfeito lança fora o medo” (1 João 4:18). Jesus
vive em nossos corações, e Seu perfeito amor está em nós. Cristo derra-
mou o Seu amor por meio do Espírito Santo. Surge a pergunta: “Como se
livrar do medo?” Mandando ele sair! Você deve perdoar aquele que te ma-
goou e dizer: “Agora, seu espírito lamentável e desprezível do m edo, e to-
dos os seus espíritos atormentadores, eu perdoei aqueles que me magoaram.
Você foi vencido. Vá embora!” Eles têm que sair, pois o amor é o antídoto.
Esqueça a dor e agarre-se ao amor de Deus.
A E s t r a t é g ia d o M t d o 121
R etendo a S ua L iberdade
Um a vez liberto do m edo, com se m anter livre? Veja novamente o que
Deus nos diz: “ Porque eu sei os pensam entos que tenho sobre vós, diz
o Senhor, pensam entos de paz, e não de m al, para vos dar o fim que es-
perais” (Jr 29:11). Imagine Deus pensando em nós; isso me apavora um
pouco. M esm o quando você não está pensando nele, Ele está pensando
em você. Seus pensam entos não são m aliciosos ou intolerantes, mas são
pensam entos de paz. Shalom em hebraico não significa apenas “bons sen-
tim entos” , mas também significa “prosperidade” . Quando Jeremias escre-
veu isso, ele o fez para o povo que estava cativo na Babilônia há setenta
anos. M uitos não viveríam o suficiente para voltar para suas casas. Eles
estavam indo para um lugar desconhecido, e era um lugar a ser temido.
M as Deus queria fazê-los saber que a esperança os aguardava no futuro.
V iva em L iberdade
Como viver diante de tamanha agitação? Como viver em esperança e não te-
mer, mesmo quando algumas coisas em sua vida parecem estar fora de controle?
Assim diz o Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel, para todos que
foram levados cativos, que eu deportei de Jerusalém para Babilônia:
Constrói casas, e habitai nelas, e plantai jardins, e comei o seu fruto.
Tomai vós esposas e gerai filhos e filhas, e tomai esposas para vossos
filhos, e dai vossas filhas para maridos, para que possam dar à luz fi-
Ihos e filhas, multiplicai-vos ali e não vos diminuais. E buscai a paz
da cidade, para onde eu vos fiz transportar em cativeiro, e orai ao
Senhor por ela, porque na sua paz, vós tereis paz.
- J e r e m ia s 29:4-7
Deixe-me apresentar outro antídoto para o medo: aproveite o que Deus con-
cedeu a você e não se sinta culpado por isso. Talvez, ao comprar alguma coisa
nova, você sinta a necessidade de se explicar para as outras pessoas. Pode ser que
você tenha receio de que elas pensem: “Poxa, como ele é pretensioso. Olha quan-
ta extravagância!” . Mas Deus disse: “Aproveite a benção que eu te concedi” .
122 E N T E N D E N D O ״BATALHA ESPIRITUAL o a AÇÃO DOS DEM Ô NIOS
segunda-feira, abra seus olhos e diga: “Bom dia, Senhor. Como vai você?
O que faremos hoje, Senhor?’’. Ainda que vá para o seu trabalho secular,
você está a serviço de Deus, que sabe todas as coisas e tem um plano para
nossas vidas.
Além disso, você verá que a oração afasta o medo. Leia Jeremias 29:12
“Então me invocarei, e ireis,e orareis a m im ,e eu vos escutarei” . Primeiro
Ele disse: “Estou pensando em você!” E agora Ele diz: “Eu te escutarei!” .
Temos que alim entar nossa paixão por Deus. Veja o que diz Jerem ias
29:13: “E vós buscar-m e-eis, e me encontrareis, quando vós procurardes
por mim com todo o vosso coração” . O versículo 14 nos diz que Deus é o
Deus da esperança. Ele diz: “E eu serei encontrado de vós” . Pode parecer
que Deus está brincando de esconde-esconde com você, mas no final Ele
dirá: “Eu estou aqui! Se você me buscar de todo o seu coração, você irá me
encontrar” . Nessa busca constante pela glória de Deus, você perceberá que
Ele está presente em todas as circunstâncias da sua vida.
Eu costum o dizer para Paulette que nosso namoro começou assim: eu
corri atrás dela até ela me pegar! É confortante saber que você irá procurar
Deus até Ele te pegar. O amor perfeito afasta o medo, e um futuro feliz e
confiante pode ser seu.
Agora mesmo você pode pedir para Deus acrescentar o que falta em sua
vida. O medo está prestes a ser dissipado para sempre:
A E stratégia da D epressão
As circunstâncias
Em Isaías 61, Jesus disse que veio “para pregar boas novas” Uma causa
óbvia da depressão são as circunstâncias negativas, ou más notícias. Johnny
Cash cantava uma música sobre as más notícias se propagando como fogo
descontrolado; na verdade, na letra da música ele diz que as pessoas o cha-
mavam de “Fogo Selvagem” .
Assim também acontece com o diabo - ele ficaria satisfeito por ser cha-
mado de “Velho Fogo Selvagem” ! Mas Jesus não é assim, pois Ele não veio
para nos dar más notícias. Até mesmo a palavra evangelho significa “boas-
-novas” . Jesus veio anunciar que a noite escura passou. Ele veio te liber-
tar! M uitos de vocês convivem com o espírito da opressão por causa das
circunstâncias negativas que têm afetado sua vida.
As doenças
Além das circunstâncias, doenças físicas e mentais também podem te le-
var à depressão. Se você está doente fisicamente há muito tempo, isso pode
atrair um espírito de depressão. As despesas com os tratamentos médicos
também são circunstâncias negativas, assim como distúrbios mentais po-
dem ser uma das causas de uma alma deprimida. Entretanto, é importante
lem brar que nem todos os problemas mentais são causados por demônios.
126 ENTENDENDO ״BATALHA ESPIRITUAL e ״AÇÃO D O S DEM Ô NIO S
Os padrões de pensamento
Às vezes, pensamentos equivocados dominam a sua vida, e fica difícil vê-
-la pelas lentes claras da realidade. Você enxerga pelos óculos escuros das
suas próprias circunstâncias, e tudo e todos parecem escurecidos pelas suas
próprias experiências. Por isso que, ocasionalmente, a filha de um homem
adúltero e infiel acha que todos os homens são adúlteros e infiéis. É hora
de se livrar dos velhos óculos do passado.
As cadeias do vício
A servidão demoníaca e os vícios podem te aprisionar. Isaías 61 nos diz que
Jesus veio proclamar libertação aos cativos. Deus não quer que você viva de-
primido como prisioneiro do inimigo. Ele veio consolar aqueles que choram.
A rejeição
A rejeição pode manter você profundamente deprimido. Se me perm ite,
eu gostaria de parafrasear Isaías 61:2 da seguinte maneira: “E ele veio para
declarar o ano da aceitação do Senhor” . Jesus veio para dizer que Deus não
te rejeitou, mas que você fez isso com Ele. Cristo veio para que você fosse
aceito. Talvez você esteja deprimido porque o inimigo da rejeição te aco-
meteu, e você acreditou no que o diabo disse sobre a sua vida. Mas vou te
revelar um segredo: Deus te ama do jeito que você é!
As mortes e perdas
Talvez você esteja deprimido porque perdeu alguém. Saiba que Jesus afir-
mou ter vindo para confortar todos aqueles que choram em Sião. Ele veio
com o óleo da alegria.
Entenda isso: não há nada de errado em chorar por um motivo verdadei-
ro. Se alguém da sua fam ília faleceu, você não está possuído pelo demô-
nio, nem demonizado só por estar triste pela perda. É natural sentir tristeza
quando alguém morre. Às vezes, as pessoas bem-intencionadas tentam con-
fortar aqueles que perderam um companheiro ou alguém amado dizendo:
“Bem, Jesus sabe todas as coisas. Sinta-se abençoado por saber que ele(a)
está no céu.” Embora essa palavra seja verdadeira, no momento do pran-
to você não se sente abençoado. Leva tempo para alguém superar a perda.
A E s t r a t é g ia d a D e p r e s s ã o 127
Quando meu pai morreu, minha mãe levou bastante tempo para se ajustar à
nova realidade. Ela amava Jesus de todo o seu coração, mas na terra meu pai
era a sua base forte. Ela passava até as meias dele! Ela o amava, e ele a ama-
va. Quando ele partiu, minha mãe não sabia o que fazer. Ela tentou arrumar
um emprego que servisse como escape, mas só trabalhou no primeiro dia.
Cada um deve ter seu tempo para passar pelas fases do luto. Entretanto,
se depois de um ano da perda você ainda estiver pranteando, é hora de re-
tirar as vestes de pranto e colocar as vestes de louvor. Não permita que o
inimigo te arraste a uma depressão sombria.
A falta de direção
Você pode estar deprimido porque sua vida está sem direção. Em Isaías
61:3, lemos: “Para nomear aqueles que pranteiam em Sião” . Ordenar é a
mesma palavra usada para coroar um rei. Saiba que Deus tem um lugar para
você. Se você se entregar a Ele, deixando-o acabar com a depressão em sua
vida, O Senhor Todo-poderoso te colocará em Seu trono. Quando você está
no centro da Sua vontade, na Sua direção, o motivo da depressão desaparece!
Fracasso
Jesus disse: “para dar-lhes beleza em lugar de cinzas” (Is 61:3). Deus
espera que você coloque os seus fracassos diante dele. Se você acreditar
em C risto, Ele pode usar seus fracassos muito mais do que jam ais usou
os seus sucessos. Bill e Glória Gaither escreveram a canção “Something
Beautiful” , que fala sobre Deus tomando os nossos fracassos e os transfor-
mando em algo belo. Procure essa música e escute-a; ela irá te abençoar
tanto quanto abençoou a mim.
Talvez você esteja se sentindo fracassado. Embrulhe o seu fracasso e le-
ve-o até Jesus, pois Ele sabe despertar os sonhos e visões que estão morti-
ficados. Ele pode trazer vida das cinzas.
não O adora mais. Louve ao Senhor não apenas quando as coisas estiverem
bem, mas também quando tudo der errado! Quando você não tiver vontade
de cantar, cante, pois é hora de cantar.
Os carcereiros espancaram Paulo e Silas quase até a morte à meia-noite.
O que faz alguém , açoitado quase até a morte, à m eia-noite, em uma ca-
deia? Amaldiçoa os carcereiros? As Escrituras nos dizem que à meia-noite,
eles começaram a cantar, e Deus se manifestou e os exaltou. Talvez você
esteja se sentindo agredido e encarcerado, mas é hora de cantar.
Os S in to m a s da D epressão
Em Salmos 42 e 43, vemos uma imagem clara do que é estar deprimido.
Correndo em pânico
“Como o cervo suspira pelos ribeiros das águas, assim minha alma suspi-
ra por ti, ó Deus” (SI 42:1). Eis um animal que está sendo caçado. A depres-
são às vezes faz você se sentir perseguido por algo. Você está tão cansado
de fugir do que te causa medo que fica sem saber para onde ir. Esse é um
dos sintomas. Davi está falando do seu espírito abatido. Ele disse: “Sinto-
me como um cervo, e o caçador está bem atrás de mim” .
Insatisfação
Sua alma pode estar sedenta e insatisfeita: “M inha alm a tem sede de
Deus, do Deus vivo; quando virei e aparecerei diante de Deus?” (SI 42:2).
Jesus disse no sermão do monte: “Abençoados são os que têm fome e sede
de justiça, porque eles serão saciados” (Mt 5:6). Fico muito animado quan-
do visito uma igreja e sinto que eles têm esse tipo de fome e sede. Eles não
sabem tudo, e suas almas estão clamando. Eles não estão satisfeitos onde
estão. A depressão te deixará sedento e levará você a dizer: “ Senhor, eu te-
nho que sair dessa, pois não aguento mais. Não importam as consequên-
cias. Estou com sede de Ti, Deus. Preciso da Tua presença em minha vida” .
Emoções instáveis
“M inhas lágrimas têm sido o meu alim ento dia e noite, enquanto eles
continuamente dizem para mim: Onde está o teu Deus?” (SI 42:3). Muitas
A E s t r a t é g ia d a D e p r e s s ã o 129
perguntas são feitas ao cristão que sofre de depressão: “Pensei que você
fosse cristão. Achei que você recebesse socorro. Pensei que você sabia algo
sobre Deus. O que há de errado com você?” .
Falo como alguém que sofreu de depressão por doze anos. Grande parte
do motivo por isso ter acontecido era o trabalho árduo diário do ministério.
Cheguei a um ponto em que eu não acreditava em ninguém, não queria ouvir
ninguém e não confiava em ninguém. Eu sei o que é ter vontade de desistir.
Eu sei o que é encharcar o travesseiro com lágrimas todas as noites, mas ain-
da ter que levantar e sorrir do púlpito, quando tudo em você está destroçado.
Também sei o que é ter vontade de morrer. Quando ainda muito jovem ,
aos catorze anos, eu fiquei de pé nos trilhos de um trem e disse a Deus:
“ Não quero mais viver. Deixe o trem me atropelar ou dá-me coragem para
pular” . Mas eu ouvi uma voz naquele trilho. Um amigo estava lá, e ele não
veio censurar a minha depressão. Ele simplesmente me puxou dali. Eu sei
como é difícil lutar contra aquelas emoções instáveis “ levando cativo todo
o entendim ento” .
Sentindo-se abandonado
Você já se pegou clamando: “ Deus, eu não sei onde estás; estou procuran-
do, mas não consigo Te encontrar?” . Bem vindo ao mundo real. Até Jesus
clamou “meu Deus, Deus meu, por que tu me abandonaste?” (Mt 27:46).
Estou falando do filho de Deus. Claro que Deus não tinha abandonado
Seu Filho, mas até mesmo Jesus, quando levou os nossos pecados e bebeu
do nosso cálice, sentiu o peso da opressão; e por um momento, Ele sentiu
como se Deus O tivesse abandonado.
Davi tam bém se sentia distante de Deus às vezes. O Livro de Salmos
é cheio de clamores: “ Deus, onde estás? Esqueceste de mim? Sou Davi,
Senhor. Estou aqui e meus inimigos me cercam. Estou doente; Senhor, não
sei o que fazer” . Por favor, entenda que a Bíblia não está cheia de “super-
-santos”; os heróis bíblicos são pessoas comuns, como eu e você.
Sentindo-se sobrecarregado
“Por que estás tu abatida, ó minha alma? E por que estás tu inquieta den-
tro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei pelo socorro do seu
130 ENTENDENDO a BATALHA ESPIRITUAL e a AÇÃO DO S DEM Ô NIOS
Opressão
“Eu direi a Deus, minha rocha: ‘Por que te esqueceste de mim? Por que
sigo pranteando por causa da opressão do meu inim igo?” ’ (SI 42:9). O
diabo não causa depressão. Ao perm itir que as circunstâncias da vida te
afastem de Deus, ao deixar de adorá-Lo e ao abandonar a igreja, você fica
suscetível a esse espírito. O versículo 4 nos diz: “Quando eu me lem bro
destas coisas, derramo minha alma em mim, pois eu havia ido com a mui-
tidão; eu fui com eles à casa de Deus, com voz de alegria e louvor, com a
multidão que guardava o dia santo” . É comum reagirmos assim sob pres-
são; o local de que mais precisamos é o local que evitamos.
você deve vesti-las, querendo ou não, ainda que seu coração esteja sofren-
do. Talvez você tenha passado por uma experiência extremamente doloro-
sa, mas clame ao Senhor mesmo assim!
O diabo não tem poder sobre o sangue derramado na cruz. Satanás não
pode invalidar a ressurreição de Cristo nem pode te isentar da salvação.
Declare juntam ente com Jó: “Ainda que ele me mate, contudo eu confiarei
nele” (Jó 13:15). “Porque eu sei que o meu Redentor vive, e que ele se le-
vantará no último dia sobre a terra” (Jó 19:25).
O demônio da depressão precisa ser extirpado, ou seu impacto será de-
vastador. Se um pai deprimido não tomar essas providências para se recu-
perar, o espírito da depressão afetará sua esposa e filhos, assim como uma
avó podería afetar seus netos. É melhor se livrar dele.
Eu costum ava lutar contra o espírito da depressão todo o Natal por causa
das dificuldades na minha infância. As memórias me assombravam todos
os anos, e eu me afastava dos amigos e da fam ília enquanto todos come-
moravam o nascimento de Jesus, mas Deus usou meus filhos para me tirar
daquele surto periódico de depressão. Eu te aconselho a ficar vigilante e
atento a esses surtos.
Os demônios não podem possuir os cristãos, mas eles podem atormentar,
oprim ir e deprim i-los, vivendo como ratos e baratas. Você precisa expul-
sá-los. Não me livrei deles dizendo: “Bem, eu lamento por vocês estarem
aqui” . Eu tive que dizer para onde eles deveríam ir: “Espíritos da depres-
são, saiam da minha vida!” . E pelo poder e pelo sangue de Jesus, os espí-
ritos fogem !
capítuío
A E stratégia da A flição
ucas nos conta a história de uma mulher, uma filha de Deus, que so-
L freu com um ataque de Satanás sobre seu corpo físico:
E ele ensinava em uma das sinagogas no shabat. E eis que estava ali
uma mulher que tinha um espírito de enfermidade fazia dezoito anos;
e estava curvada, e não podia de modo algum endireitar-se. E, ven-
do-a Jesus, chamou-a a si, e disse-lhe: Mulher, tu estás liberta da tua
enfermidade. E ele impôs suas mãos sobre ela; e imediatamente ela se
endireitou, e glorificava a Deus. E o governante da sinagoga respondeu
com indignação, porque Jesus havia curado no dia do shabat, e disse
à multidão: Seis dias há em que o homem deve trabalhar; nestes, pois,
vinde para serdes curados, e não no dia do shabat. O Senhor respon-
deu-lhe, e disse: Hipócritas! No shabat não solta da manjedoura cada
um de vós o seu boi ou jumento, e não o leva para beber água? E não de-
via esta mulher, sendo filha de Abraão, a qual há dezoito anos Satanás
havia prendido, ser solta desta prisão no dia do shabat? E, dizendo ele
estas coisas, todos os seus adversários ficaram envergonhados, e todo o
povo se alegrava por todas as coisas gloriosas que eram feitas por ele.
- L ucas 13:10-17
Aquela mulher tinha todos os sintomas de uma pessoa aleijada, mas Jesus
diz, claramente, que o próprio Satanás a manteve presa por dezoito anos.
Satanás era o culpado por ter transformado a vida daquela mulher em um
verdadeiro inferno.
O passado daquela mulher revelava que ela era uma cristã justa e temente
a Deus. Ela frequentava a igreja assiduamente, e estava na sinagoga onde
A E s t r a t é c ia d a A f l iç ã o 133
Jesus ensinava. Ela era de boa família - “filha de Abraão” , diz a passagem.
Mas como filha, ela vivia aquém dos seus direitos.
Embora alguns garantam que o inimigo não pode afetar os cristãos, ve-
mos claramente que aquela mulher era uma cristã fiel, e ainda assim ela es-
tava quase inválida por causa da sua condição.
O versículo 16 nos diz que a filha de Abraão estava “presa” por Satanás.
Em grego, a palavra presa significa “atada por correntes” ou “mantida por
obrigação” . Ela estava casada com a sua doença, e se via aprisionada e in-
capacitada por aquela enfermidade, sujeitando-se à sua autoridade. Um es-
pírito de enfermidade enviado por Satanás causou aquela escravidão.
Aquela pobre mulher não conseguia agir e trabalhar devido à sua condi-
ção física. Podemos imaginar suas dificuldades para ser uma esposa e mãe
eficiente. Satanás queria impedi-la de ser e fazer tudo o que ela podería
para o reino de Deus.
As autoridades médicas estão plenamente conscientes hoje de que muitas
doenças físicas são resultado de uma mente enferma. As pessoas apresen-
tam muitos sintomas diferentes, mas não se pode identificar a doença ou a
causa do problema físico.
A mulher da passagem bíblica não recebeu ajuda da sua igreja. Ela volta-
va semana após semana, mas eles pareciam não poder ajudá-la. E quando
Jesus a tocou e a curou, os líderes da igreja O criticaram porque, segundo
eles, ele não agiu de modo aceitável.
Mas a cura estava a caminho! “E, vendo-a Jesus, chamou-a a si, e disse-lhe:
‘Mulher, tu estás liberta da tua enferm idade’. E ele impôs suas mãos sobre
ela; e imediatamente ela se endireitou, e glorificava a Deus” (Lc 13:12,13).
Eu creio que toda doença causada por um espírito de enfermidade pode
ser curada pela libertação. O relato de Lucas sobre o m inistério de cura
de Jesus nos dá fortes indícios disso; ele escreveu: “Como Deus ungiu a
Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com poder; o qual andava fazendo
o bem, e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus estava com
ele” (At 10:38).
A declaração de Lucas nos diz muitas coisas sobre Jesus. Primeiramente,
Ele operava sob a unção do Espírito Santo. O mesmo Espírito Santo pode
nos equipar, dar poder e capacitar nos dias de hoje!
134 ENTENDENDO a BATALHA ESPIRITUAL e a AÇÃO DOS DEM Ô NIOS
P a s s o s para a C u r a L ibertadora
Os cristãos podem ser curados, especialm ente quando suas enfermida-
des são causadas por ataques ou por cadeias satânicas. São necessárias sete
medidas para a cura.
A E stratégia do E rro
L em bre - se d o B á sic o
R e c o n h e ç a E r r o s e F r u str a ç õ es
E todo o espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne
não é de Deus; mas este é o espírito do anticristo, do qual já ouvistes
que há de vir, e já agora está no mundo. Vós sois de Deus, filhinhos,
e já os tendes vencido; porque maior é aquele que está em vós do
que aquele que está no mundo. Eles são do mundo, por isso falam do
mundo, e o mundo os ouve. Nós somos de Deus; aquele que conhece
a Deus nos ouve; aquele que não é de Deus não nos ouve. Nisto co-
nhecemos o espírito da verdade e o espírito do erro.
- 1 J oão 4:3-6
Q u a se , m as N ão T otalmente
Imagine que você seja o controlador de uma estação de trem de última
geração. Seu trabalho é fazer com que os computadores e os horários dos
trens estejam sintonizados. O que seria mais perigoso - um relógio com
atraso de cinco horas ou um relógio com atraso de trinta segundos? Claro
que, se o relógio estivesse atrasado cinco horas, qualquer um dos seus
A E s t r a t é g ia d o E r r o 139
A R aiz d o E rro
Jesus disse: “Vós sois de vosso pai, o diabo, e quereis satisfazer os desejos
de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, e não permaneceu na ver-
dade, porque não há verdade nele. Quando ele fala mentira, fala do que lhe
é próprio; porque é um mentiroso, e pai dela” (Jo 8:44). Seja do movimento
Nova Era, do humanismo ou de qualquer outra fonte, os enganos e os erros
provêm de Satanás, que é o pai de todas as mentiras. Não se esqueça disso:
não existe mentira inocente, fofoca inocente ou boato inocente! Essas coisas
abrem portas para o inimigo, e se você participa delas, sua velha natureza
carnal ainda está sendo controlada por Satanás, o pai da mentira.
As palavras de Tiago sobre o uso de nossas línguas são muito fortes:
“Mas a língua nenhum homem pode domar. É um mal indisciplinado, cheio
de veneno m ortal” (Tiago 3:8). É fácil imaginarmos a língua mentirosa
140 ENTENDENDO ״BATALHA ESPIRITUAL c>a AÇÃO DOS D EM Ô NIOS
como uma chama do inferno, destruindo tudo o que está em seu caminho!
Na hora em que você põe uma mentira na sua língua e começa a propagá-
-la, sua boca fica “cheia de peçonha mortal” ! Você magoará não somente a
si mesmo, mas também àqueles que estão ao seu redor.
Os cristãos são facilmente sugados pelas meias verdades e doutrinas do
erro. Você consegue identificar alguns desses exemplos na sua vida e nas
suas conversas?
A F o r ç a d o E rro
Outros talvez estejam passando pela tentação oferecida pelo atraente e in-
feccioso erro. Não dê ouvidos a esse escorpião! Permita-se aceitar somente
a verdade. Permaneça na Palavra de vida de Deus e na verdade justa que
ela contém - você pode viver e amar a vida seguindo os princípios desta
verdade! Faça esta oração:
Em nome de Jesus eu amarro o espírito do erro e ordeno que ele saia da
minha mente. Eu recuso todas as mentiras e pensamentos tortuosos que tens
trazido até mim. Eu, aqui e agora, recebo em minha vida o espírito da ver-
dade. Amo você, Jesus, e agradeço por me ajudar a livrar-me das mentiras.
copítuío
A E stratégia da P erversão
seis anos de prisão. Ela parecia ter tudo o que uma jovem poderia desejar,
incluindo inteligência e beleza. Após uma noite demoníaca impregnada de
perversão, Knox e seu namorado estupraram e mataram Meredith Kercher.1
A vida de Amanda Knox está acabada, e tudo o que ela pôde fazer ao ou-
vir a sentença foi chorar e lamentar: “Não, não!”2. Mas era tarde demais.
Eu pessoalm ente já vi cemitérios imensos para as vítimas da AIDS em
países do terceiro mundo, comprovando as consequências mortais do trá-
fico com os demônios da perversão. Normalmente as pessoas não esperam
que esse pecado lhes cause problem as, mas no fim elas são aprisionadas
por ele.
Talvez você tenha se sentido em uma zona de conforto quando viu o título
deste capítulo, pensando: “Eu não tenho problemas com pecados sexuais.
Nunca me prostituí nem me relacionei com prostitutas, e eu me mantenho
longe da pornografia e dos romances baratos. Certamente este capítulo não
serve para mim” .
Entretanto o espírito da prostituição tem como problema central a idola-
tria. Tudo o que toma o controle da sua vida pode se tornar um ídolo. Isso
inclui carreira, esporte, uma pessoa, uma causa ou um projeto importan-
te, comida, TV, hobbies ou sexo. 1 Coríntios 6:12 esclarece que: “Todas as
coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me
são lícitas, mas eu não serei levado sob o poder de nenhuma” . Os que estão
sob o controle da prostituição e perversão têm mais do que simplesmente
um problema sexual; eles sempre têm outras causas enraizadas na mente e
no espírito, o que os levam a essas ações exteriores.
A C riação d o s Í d o l o s
Deus com eça os Dez M andam entos com uma instrução fundamental:
“Não terás outros deuses diante de m im ...eu o Senhor teu Deus, sou um
Deus cium ento” (Êx 20:3,5).
As m anifestações dos espíritos de prostituição e perversão começam
quando você dá prioridade a outras coisas que não ao Senhor. Quando você
dedica seu coração a qualquer coisa que não seja o Senhor Jesus Cristo,
você se prostitui. Você está se vendendo por menos do que o melhor de
146 ENTENDENDO ״BATALHA ESPIRITUAL e a AÇÃO D O S DEM Ô NIOS
Deus. A Bíblia nos revela muitas razões para que o espírito da prostituição
e da perversão entre na vida de alguém.
Há algumas noites, meu filho mais novo foi visitar sua avó. Uma das
brincadeiras favoritas dele é jogar vídeo game online. Um amigo da esco-
la, que agora sabemos sofria de abusos em casa, falou para meu filho en-
trar em um site da web. O nome parecia inofensivo para meu filho (como
também seria para qualquer um), mas ao entrar no site (sem supervisão e
sem controles de segurança), ele ficou chocado com o que viu. Meu filho
correu até a avó chorando e confessou. Aquele incidente podería ser evi-
tado se estivesse sob o controle dos pais e melhor monitorado. Após re-
compensá-lo pela confissão, também confessamos ter ocorrido uma falha
no nosso sistema de monitoramento e oramos com ele.
148 ENTENDENDO a BATALHA ESPIRITUAL e a AÇÃO D O S D EM Ô NIOS
L iç õ e s em O seias
O livro de Oseias é um livro incomum. Toda a história desse profeta se
desenrola a partir do seu casamento com Gomer, uma idólatra e prostituta,
A E s t r a t é g ia d a P e r v e r s ã o 149
e Oseias suportou a dor de amar uma mulher controlada por tal espírito.
G om er deu três filhos a ele, dos quais o último se cham ava “não m eu.”
G om er tinha uma com pulsão sexual e abandonou Oseias para se tornar
prostituta no templo do deus Baal; ela teria morrido como escrava se Oseias
não tivesse, com amor e m isericórdia, a comprado de volta. Sua vida de
adultério ilustra a infidelidade de Israel a Deus.
Como vemos, quando uma pessoa se distancia de Deus, fica fácil se des-
viar de todos os outros compromissos da vida. O livro de Oseias marca a
vida de alguém dominado pelo espírito da prostituição. Atente para os sete
passos abaixo:
Os que seguem por esse caminho destrutivo fazem uma escolha terrível.
Essa escolha é espiritualmente justificada com base na gratificação instan-
tânea e no prazer mental ou físico, que não podem ser - nem serão - du-
radouros. O juízo de Deus sobre eles é triplo. Ele os entrega à impureza, à
paixão vil e à mente maliciosa.
As ramificações dessas fortalezas destrutivas atacam duas áreas. Primeiro,
a pessoa abre sua vida para a destruição. E isso acompanha o fracasso mo-
ral, a angústia mental e o inferno em ocional. Perigos físicos e m entais,
como as doenças, depressões e AIDS, podem até causar a morte.
O grande poeta Lord Byron escreveu seus próprios fracassos m orais e
suas consequências:
As taxas de divórcios são tão altas dentro da igreja quanto fora dela. Essa
é uma prova verdadeira da influência da nossa mídia retorcida e da visão
do governo atual no que tange a ser uma família. Casamentos em ruínas e
filhos desviados testificam o poder destrutivo da perversão.
A m a r r a n d o a I dolatria
Para vencer essa fortaleza do mal, você precisa ter a certeza de que Jesus
é o Senhor. Examine o seu coração e veja se Ele reina no trono da sua vida.
Você mantém algum desejo ou algum aspecto do seu coração e da sua men-
te distantes do Senhor? Entregue-os a Ele.
Em seguida, destrua todos os ídolos que estão no seu coração. Se exis-
te algo que ocupe mais o seu tempo, talento e afeto do que sua dedicação
a Deus, entenda que isso é um ídolo e tome uma atitude imediatamente!
Por último, amarre os espíritos da idolatria e da prostituição que possam
estar enraizados na sua vida. Pare por um instante e ore:
A E stratégia da C onfusão
Naquele dia o Senhor com sua dolorosa, grande e forte espada puni-
rá leviatã, a serpente perfurante, leviatã, aquela serpente tortuosa. E
ele matará o dragão que está dentro do mar.
- Isaías 27:1
Eis o I n im ig o n ° 1 d a I greja !
Por que dizemos que ele é o inimigo número 1 da igreja? Veja de perto.
Ele está escondido: você consegue tirar com anzol ou atar com uma corda?
154 ENTENDENDO ״BATALHA ESPIRITUAL e ״AÇAO D O S DEM O NIO S
E sse I n im ig o P o d e S er V e n c id o
Naquele dia o Senhor com sua dolorosa, grande e forte espada puni-
rá leviatã, a serpenteperfurante, leviatã, aquela serpente tortuosa. E
ele matará o dragão que está dentro do mar.
— I s a ía s 27:1
Leviatã já está vencido pela espada do Senhor, que é severa, grande e for-
te. A espada do Senhor é a Palavra e o Espírito, como vemos em Efésios
6:17: “ ...e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus” . Lemos também
em Hebreus que a espada traz discernimento: “Porque a palavra de Deus é
viva e poderosa, e mais aguda do que qualquer espada de dois gum es, pe-
netrando até a divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e dis-
cerne os pensamentos e intenções do coração. E não há criatura alguma que
não se manifeste à sua vista; porém todas as coisas estão nuas e abertas aos
olhos daquele a quem temos de prestar contas” (Hb 4:12-13).
Essa espada nos ajuda a reconhecer Leviatã, e não há como fazê-lo sem
o Espírito Santo e a Palavra. Quando a igreja estiver determinada a ouvir
Jesus, a espada entrará em ação e Leviatã fugirá!
O que devemos fazer? Reconhecer que nossa soberba vem do inimigo.
Veja este último versículo sobre Leviatã: “Ele contem pla todas as coisas
altivas; ele é um rei sobre todos os filhos do orgulho” (Jó 41:34). Ele é o rei
de toda a soberba! O orgulho nos afasta de Deus e faz com que nos sinta-
mos ofendidos facilmente. Ele nos faz cair e nos afasta dos planos de Deus.
A E s t r a t é g ia d a C o n f u s ã o 157
Como em todas as suas cartas, fala sobre estas coisas, nas quais há
algumas coisas difíceis de entender, que os ignorantes e instáveis
deturpam, e como também as outras escrituras, para sua própria
destruição. Vós, portanto, amados, visto que sabeis destas coisas de
antemão, cuidai para que não vos deixeis levar pelo erro dos per-
versos, e acabeis caindo de vossa própria firmeza. Porém crescei na
graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele
seja dada a glória, tanto agora, como para sempre. Amém.
- 2 P edro 3:16-18 ( grifo do autor)
A E stratégia d o V eneno
O A b s in t h o s C o m eç a P e q u e n o
De onde vêm as guerras e brigas entre vós? Porventura não vêm dis-
to, das concupiscências que guerreiam nos vossos membros? Cobiçais,
e nada tendes; matais, e desejais ter, e não podeis obter; combateis
e guerreais, e nada tendes, porque não pedis. Pedis, e não recebeis,
porque pedis mal, para consumirdes em vossos deleites. Adúlteros e
adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra
Deus? Qualquer que quiser ser amigo do mundo, torna-se um inimi-
go de Deus. Pensais vós que a escritura diz em vão: O Espírito que em
nós habita tem ciúmes?
- T iago 4:1-5
Repare que as palavras são quem produz o veneno. Nós aprendemos que
Leviatã, o espírito tortuoso, pode causar confusão. E onde há confusão, o
veneno também está.
O A b s in t h o s se E spalha R a pid a m e n te
O A b s in t h o s I m p e d e a B e n ç ã o e T raz M a l d iç ã o
O absinthos impede o fluir da benção que nós deveriamos liberar uns para
os outros. É isso mesmo: nós deveriamos abençoar uns aos outros! Estamos
acostumados a ficar em nossos santuários como bebês em uma cadeirinha
e a gritar: “Comida, Papai” . Transferimos a responsabilidade da nossa ali-
mentação espiritual para os nossos pastores, professores e líderes da igreja.
Nós não percebemos a grande benção que existe em compartilhar, aprender,
abençoar e estar em comunhão com aqueles que estão sentados ao nosso
lado, porque estamos muito ocupados tentando descobrir se eles estão na
mesma esfera de influência ou se têm a mesma posição socioeconômica que
nós. Ou talvez estejamos dando muita ênfase ao passado deles.
A inveja na igreja entre líderes, pastores, professores e diáconos envenena
e reduz o fluir do Espírito de Deus para gotas de água. Um líder de grupo
de estudo estava apoiando um ministro de outra igreja que estava cheio de
amargura. O ministro estava falando mal do trabalho, dizendo que o núme-
ro de pessoas nas reuniões era muito pequeno. Então, o líder de grupo ten-
tou dar alguns conselhos administrativos baseados no sucesso do seu grupo
de estudo. O ministro, cheio de amargura, exclamou: “Eu não ensino em
pequenos grupos. Eu tenho um ministério” . Ele não entendeu o valor e não
recebeu a benção de um companheiro combatente!
O veneno que brota da inveja e do orgulho nos impede de ouvir as ma-
neiras pelas quais podemos melhorar nossas vidas, negócios e ministérios.
A E s t r a t é g ia d o V eneno 161
O A b s in t h o s E a S a b e d o r ia d o I n f e r n o
D ese n c a r n a d a
Agora vemos as fontes desse espírito mais claramente. Elas são:
C o m o P o d e m o s A n d a r L ivres d o A b s in t h o s ?
Precisamos que Deus fale ao nosso ser contaminado. Ele trará perdão e
derramará benção sobre nossas vidas, e os frutos do Espírito fluirão em nós.
Para andarmos em liberdade, nós devemos nos livrar das palavras torpes
como nos instrui Efésios 4:31: “Toda amargura, e ira, e cólera, e tumulto,
e blasfêmias, e toda a malícia seja tirada de entre vós’’.
Além disso, devemos mostrar perdão e desculpar os outros. Gosto da pa-
lavra perdão porque quando alguém é perdoado, seus crimes não são mais
motivos de acusação, investigação, discussão ou explicação. Se alguém é
perdoado de uma pena de prisão, ele ou ela já estiveram encarcerados, mas
agora estão livres. E é simples assim. Numa linguagem popular, eles estão
“livres do anzol” . Efésios 4:32 nos diz: “E sede amáveis uns para com os
A E s t r a t é g ia d o V eneno 163
outros, com passivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus
vos perdoou por causa de Cristo” .
Finalmente, devemos procurar a paz - correr atrás dela, persegui-la e usar
todos os nossos recursos para viver em paz com os outros. A palavra paz
significa que todos em uma sociedade ou relacionamento operam de forma
harmoniosa. Isso não significa que agimos da mesma maneira. Celebramos
nossas diferenças na busca em comum pela justiça ao invés de exigirmos
cristãos modelados em form a, que aparentam, agem e pensam da mesma
maneira.
Isso significa que não devemos dar lugar às más conversas, às mágoas,
nem deixar que o veneno se alastre pelas nossas vidas. Livre-se disso e
prom ova a paz! Esteja atento às palavras “vos perturbe” . A palavra pertur-
bar em grego é enochleo, que significa “ser assediado por uma multidão” .
Quando a Igreja se Transforma em Multidão seria um ótimo título para
um livro bem diferente. Quantos m inistros já não sofreram nas mãos de
uma multidão tirana? Até os americanos do passado temiam tanto a tirania
das massas descontroladas por uma razão errônea quanto a tirania dos reis.
Na verdade, a estrutura do nosso governo é parcialmente baseada nesses
medos.
Na Revolução Francesa, o rei Luís XVI e sua esposa, M aria Antonieta,
foram decapitados por causa da indiscrição dos tabloides, que exageraram
sobre a vida pessoal da monarquia. Os quatro anos seguintes foram os mais
sangrentos da história da França, pois mais de quarenta mil pessoas mor-
reram na guilhotina.1Os governos seguintes continuaram fracassando, em
parte por causa dos rumores, exageros e das fofocas assassinas que causa-
ram morte e caos. Finalmente, ao invés de um rei e ao invés da democracia,
os Franceses se submeteram a Napoleão Bonaparte, que é conhecido por
alguns historiadores como déspota.
164 ENTENDENDO a BATALHA ESPIRITUAL e a AÇÃO D O S D EM Ô NIOS
Não há nada pacífico em uma m ultidão m ovida por rum ores. Quantas
igrejas têm substituído a paz pelo despótico Satanás?
A solução está em compartilhar, evitar confronto, perdoar e não abando-
nar; assim, você terá a paz!
capítuío
A E stratégia da M orte
Estes, porém, falam mal do que não sabem; mas aquilo que natu-
ralmente conltecem, como animais irracionais, nestas coisas se
corrompem. Ai deles! Porque entraram pelo caminho de Caim, e
correram gananciosamente em direção ao erro de Balaão por recom-
pensa, e pereceram na rebelião de Coré.
- J udas 10-11
Abel era um homem de fé, enquanto Caim agia pelas suas próprias forças.
Hoje, matamos com as palavras, e não com armas. O ódio não é uma emo-
ção; ele é uma ação, e as palavras erradas e os falsos testemunhos podem
166 ENTENDENDO a BATALHA ESPIRITUAL e a AÇÃO D O S DEM Ô NIO S
Deus havia claramente instruído àquela primeira família que Ele apenas
se aproximaria se houvesse um sacrifício com sangue. No portão do Éden,
entre os querubins que o guardavam , Jeová derramou sangue de anim ais
para vestir nossos primeiros pais. Caim rejeitou a instrução de Sua autori-
dade, Adão e Eva, e achou que teria um caminho melhor.
Na família da igreja sempre existem “opositores” , isto é, pessoas que es-
tão sempre prontas para criticar quaisquer decisões. O discordar honesto é
bem-vindo, se proposto da maneira correta; entretanto, a rebelião que ataca
e destrói a liderança é feitiçaria, que, como já discutimos, é um elemento do
oculto que traz consigo uma série de outros demônios fortes.
Note que esse espírito expressa raiva e sarcasmo: “Mas por Caim e por sua
oferta ele não teve consideração. E Caim ficou muito irado, e o seu semblan-
te caiu” (Gn 4:5). O espírito da morte não aceitará correção, como aconteceu
com Caim. Quando viu que estava errado, Caim não se arrependeu. Ao invés
disso, ele sentiu raiva, o que ficou estava estampado em seu rosto.
O mesmo espírito pode ser visto na parábola do filho pródigo: “E ele lhe
disse: O teu irmão chegou; e teu pai matou o novilho cevado, porque ele o
A E s t r a t é g ia da M orte 167
recebeu são e salvo. E ele se irritou e não queria entrar; portanto, saindo o
pai, lhe rogava” (Lc 15:27-28). Quando o filho pródigo voltou para casa,
o filho mais velho foi quem ficou com raiva e cortou relações com ele. Em
nossa igreja local, centenas de pessoas têm sido batizadas, e milhares têm
aceitado a Cristo como Salvador; mas existem aqueles que não irão se ale-
grar por causa do espírito de Caim.
Continuando a leitura de Gênesis, vemos que esse espírito não ouvirá a
Palavra de Deus: “E o Senhor disse a Caim: ‘Por que estás irado? E por que
o teu semblante está caído?” ’ (Gn 4:6). Aqui, a Palavra de Deus veio até
Caim. Deus disse para ele que tudo poderia ser remediado, mas esse tipo
de espírito não aceita a Palavra.
Esse espírito abre portas para outros espíritos desastrosos: “Se tu fazes
bem , não serás aceito? E se não fazes bem, o pecado jaz à porta. E para ti
será o desejo dele, e tu governarás sobre ele” (Gn 4:7). Deus nos alerta que,
como Caim , se nos recusarm os a mudar, as portas estarão abertas para o
pecado. O texto de Hebreus declara que o pecado é como uma besta feroz
pronta para avançar pela porta adentro. Se você é um pai ou uma mãe que
vive nesse espírito, você abrirá portas que destruirão seus filhos!
Esse espírito bloqueia a vida: “E Caim falou com Abel, seu irmão; e acon-
teceu que, quando eles estavam no campo, Caim se levantou contra Abel,
seu irmão, e o assassinou” (Gn 4:8). Caim matou Abel, que não tinha feito
nada além de adorar e servir a Deus! Esse espírito interrompe a adoração
da igreja; por isso há contendas no ministério de música.
Além disso, esse espírito ataca em tempos de colheita para desfazer os
planos de Deus. Leia o versículo 8 novamente: “E Caim falou com Abel,
seu irmão; e aconteceu que, quando eles estavam no campo, Caim se levan-
tou contra Abel, seu irmão, e o assassinou” . Caim atacou seu irmão no cam-
po, em tem pos de colheita, e as discórdias normalmente se levantam nas
igrejas quando é tempo de colheita. O espírito de Caim não apenas acertou
seu alvo, mas matando o que lida com o campo, mata também aqueles que
dependem da colheita. O espírito de Caim, observado por essa perspectiva,
promove assassinato espiritual em massa.
Durante a Grande Depressão, a marca da tirania de Joseph Stalin domi-
nou toda a Rússia, conhecida na época como União Soviética. Durante a
168 ENTENDENDO ״BATALHA ESPIRITUAL e a AÇÃO D O S DEM Ô NIOS
E ele disse: ... quando tu cultivares a terra, ela não te dará mais a
sua força; fugitivo e errante serás na terra. E Caim disse ao Senhor:
Meu castigo é maior do que eu posso suportar. Eis que tu me expul-
saste neste dia da face da terra; e de tua face eu estarei escondido;
e serei fugitivo e errante na terra. E acontecerá que todo aquele que
me encontrar me matará. E o Senhor lhe disse; Portanto, todo aque-
le que matar Caim, a vingança será tomada sobre ele sete vezes. E o
Senhor fixou uma marca sobre Caim, para que qualquer que o achas-
se não o matasse.
-G ê n e s is 4:10,12-15
A E s t r a t é g ia da M orte 169
Esse espírito não permitirá que você encontre uma igreja para congregar.
Você ira vagar; e por onde quer que vá, você irá se deparar com a mesma
multidão. Sua vida será marcada por um espírito inquietante.
Uma pessoa espiritualm ente marcada é reconhecida em qualquer igreja
que frequentar por aqueles que têm o dom de discernir os espíritos. Essa
m arca também pode se estender pela vida profissional, fora dos muros da
igreja.
Aquele que carrega a marca do assassinato perde amigos e família, por-
que não se pode confiar no espírito de Caim.
L ib e r t a n d o - se d o E spír it o d e C aim
Mas eu vos digo que de toda a palavra ociosa que os homens disse-
rem hão de dar conta no dia do juízo. Porque por tuas palavras serás
justificado, e por tuas palavras serás condenado.
-M ateus 12:36-37
Se algum homem entre vós parece ser religioso, e não refreia a sua lín-
gua, antes engana o seu próprio coração, a religião desse homem é vã.
—T ia g o 1:26
Depois desse encontro, Isaías estava pronto para servir! Agora faça esta
oração:
A E stratégia da O pressão
P ít o n - A Voz do P a ssado
E disse: Não podes ver a minha face, porque nenhum homem me verá
e viverá. E disse o Senhor: Vê, há um lugar junto a mim, e tu ficarás
sobre a rocha. E acontecerá, quando a minha glória passar, que eu
te porei em uma fenda da rocha, e te cobrirei com a minha mão en-
quanto eu passar, e tirarei a minha mão, e tu me verás pelas minhas
costas; mas a minha face não será vista.
- Ê xodo 33:20-23
E Moisés aprendeu que Deus está sempre no controle. Deus poderia ter
Se desenhado e entregue o desenho a M oisés, dado uma descrição por es-
crito da Sua glória ou poderia ter negado o pedido que Lhe foi feito. Mas
Deus marcou um lugar e uma determinada hora para mostrar a M oisés, de
relance, por onde Ele passava.
Não há futuro em seu passado porque Deus está sempre seguindo em
frente. Se demorarmos nos corredores do passado, checando nossas vitó-
rias e fracassos para aprender com nossos erros, perderemos o que Deus
está fazendo agora e Suas promessas para nosso futuro.
P ít o n - O E m pil h a m en t o d e Más C ir c u n st â n c ia s
Terrores tomam conta dele como as águas, uma tempestade o rouba
à noite.
-J ó 27:20
P ít o n - O P o d e r d o s R e l a c io n a m en t o s E r r a d o s
Existe uma coisa chamada pressão dos amigos que nada mais é do que
um grupo de demônios que estão ao redor daqueles que não estão vivendo
corretamente.
Na sua família também podem existir os assassinos de sonhos. Às vezes,
as cordas do inimigo são as fitas do avental da mamãe. Outras vezes, as
cordas são membros controladores da família.
A E s t r a t é g ia da O pressão 175
Ora, o Senhor havia dito a Abrão: Sai-te do teu país, e da tua pa-
rentela, e da casa de teu pai, para uma terra que eu te mostrarei. E
eu farei de ti uma grande nação, e eu te abençoarei, e farei teu nome
grande; e tu serás uma bênção. E eu abençoarei os que te abençoa-
rem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem, e em ti todas as famílias
da terra serão abençoadas. Assim, Abrão partiu, como o Senhor lhe
havia falado, e Ló foi com ele. E Abrão tinha setenta e cinco anos de
idade quando ele partiu de Harã. E Abrão tomou Sarai, sua esposa,
e Ló, filho de seu irmão, e todas as posses que haviam ajuntado, e as
almas que eles tinham obtido em Harã, e eles saíram para a terra de
Canaã, e para a terra de Canaã eles vieram.
-G ê n e s is 12:1-5
Abraão teve que se afastar de sua família e cultura para encontrar seu ver-
dadeiro propósito. Paulo teve que deixar o espírito sufocante dos fariseus.
L iv r a n d o - se d o E spírito d e P ít o n
1. Temos que orar e jejuar. “Por isto todos os que são piedosos
orarão a ti, no tempo em que tu podes ser encontrado; certamen-
te nas enchentes de grandes águas elas não chegarão até ele”
(SI 32:6). “Não é este o jejum que eu tenho escolhido? Soltar os
grilhões da perversidade, desfazer as pesadas cargas e permitir
ao oprim ido ir livre, e que vós quebreis todo jugo?” (Is 58:6).
Quando oramos e jejuam os, o que está ao nosso redor se desfaz
e nós conseguimos nos proteger.
176 ENTENDENDO a BATALHA ESPIRITUAL e a AÇÃO DOS DEM Ô NIOS
A E stratégia da P obreza
Essa pessoa não é amaldiçoada pelo espírito da pobreza porque ela tem
um espírito misericordioso. Ela empresta, espalha e dá aos necessitados do
reino. A palavra espalhar é usada no sentido de semear. Uma pessoa de es-
pírito m isericordioso é honesta e cuidadosa nas finanças, e é dedicada ao
trabalho.
180 ENTENDENDO ״BATALHA ESPIRI TUAL e a AÇÃO D O S D EM Ô NIOS
Aqui está a chave que abre o fluir dos céus em sua vida: “Dai, e vos será
dado, boa m edida, prensada, rem exida e transbordante, vos darão no vos-
so regaço; porque com a mesma m edida com que m edirdes vos m edirão
novamente’’ (Lc 6:38).
Essa pessoa não checa as oscilações econômicas na Wall Street nem age
baseada nos relatos dos homens! Em momentos de dificuldade ela confia
no Senhor, e prova isso ao não reter os dízimos e as ofertas. Ela não permi-
te que o inimigo a intimide e atrapalhe a obra de Deus, pois ela sabe que,
seja lá o que o inimigo faça, Deus reverterá para o bem.
A E stratégia do Legalismo
mais fácil viver seguindo regras estipuladas por alguém do que obede-
E cer e seguir o Espírito Santo! Lamento dizer que, nos meus quase qua-
renta anos de ministério, eu fui tanto culpado quanto vítima do legalismo.
A prim eira vez em que vivi o legalismo da igreja, eu era aluno do Ensino
M édio, e isso aconteceu em meados dos anos 60. No furor da guerra do
Vietnã, enquanto Dr. Martin Luther King Jr marchava para minha cidade
natal em Montgomery, Alabama, nosso pastor nos alertava sobre o perigo
traiçoeiro do baile de formatura!
Quando fui ministrar na Igreja Batista Central, em Chattanooga, no ano
de 1979, travou-se uma guerra nas igrejas conservadoras sobre a questão
das m ulheres usarem calças e sobre o com prim ento dos cabelos dos ho-
mens. Até mesmo óculos com armações arredondadas eram supostamente
banidos em alguns círculos, com a justificativa de que eles te identificavam
como um liberal!
Sair de um círculo cristão para outro pode ser um verdadeiro choque cul-
tural por causa do legalismo. Nunca vou me esquecer do comentário de um
amigo sobre sua visita a alguns cristãos em um país europeu. Na congrega-
ção, ouviu-se falar de algumas mulheres que lamentavam a questão do uso
excessivo de maquiagem pelas m ulheres am ericanas. Enquanto falavam
tristemente sobre o declínio do cristianismo tradicional na América, aque-
las mulheres europeias derramavam lágrimas em seus copos de cerveja!
Será que confundimos nossas mensagens com nossos próprios gostos e
preferências culturais? Como estamos delimitando a diferença entre o que
Deus exige e o que o homem deseja? E como evitar que nossas igrejas cor-
rompam a mensagem de Deus com regras hipócritas que atrapalham a obra
de Deus?
182 ENTENDENDO a BATALHA ESPIRITUAL e ״AÇÃO D O S D EM Ô NIOS
P a u l o F ala S o br e o L egalism o
Quando Jesus veio ao mundo, a fé dos judeus tinha se transform ado em
extrem o legalism o, pois as regras tinham substituído o relacionam ento
com Deus. O legalismo tinha escravizado as pessoas, mas Jesus veio para
libertá-las.
Gálatas 3 é o argumento chave de Paulo para contrastar a lei e a fé. Muitos
gálatas que tinham se convertido a Cristo estavam se voltando para o ju-
daísmo e para a lei. Gálatas 3:7 nos diz: “Sabei, pois, que aqueles que são
da fé são chamados filhos de Abraão” . Um verdadeiro judeu que faz parte
da família de Deus é “da fé” . Sendo assim , todos os que creem são filhos
de Abraão. Paulo faz dois apelos aos gálatas.
diante de Deus. Jesus tomou aquela maldição por nós: “Aquele que em seu
próprio corpo levou os nossos pecados sobre o madeiro, para que nós, mor-
tos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas
fostes curados” (lP e 2:24).
Quando Cristo gritou, “Meu Deus, meu Deus, por que tu me abandonas-
te?” (Mc 15:34), Ele estava suportando as nossas maldições para que pu-
déssemos ser livres. E foi pela morte de Cristo que a promessa da bênção
de Deus, feita a Abraão, foi cumprida. Quando cremos nele, recebemos a
promessa do Espírito e vivemos na liberdade da fé.
No fim de Gálatas 3, Paulo resume seu raciocínio contrastando a lei e a
promessa. Primeiro, ele enfatiza que a lei veio depois da promessa. Deus
fez uma promessa a Abraão quatrocentos anos antes de entregar a Lei a
Moisés para a nação de Israel. A lei não cancelou a promessa.
Paulo também nos lembra de que a Lei foi estabelecida por causa da mal-
dade: “Então, para que serve a lei? A lei foi acrescentada por causa das
transgressões, até que viesse a semente para quem a promessa fora feita; e
foi estabelecida por anjos pelas mãos de um mediador. Ora, um mediador
não é um mediador de um apenas, mas Deus é um só” (G1 3:19-20).
A Lei chegou ao povo por meio de um mediador. A salvação prometida a
Abraão foi trazida na pessoa de Jesus Cristo! Quando estudamos mais tarde
os argumentos de Paulo, aprendemos que a Lei expõe o pecado: “É então
a lei contrária às promessas de Deus? De modo nenhum. Se tivesse exis-
tido uma lei que pudesse vivificar, em verdade, a justiça teria vindo pela
lei. Mas a escritura concluiu tudo sob o pecado, que a promessa pela fé de
Jesus Cristo possa ser dada aos que creem. De modo que a lei foi a nossa
pedagoga, para trazer-nos a Cristo, a fim de que pudéssemos ser justifica-
dos pela fé” (G1 3:21-22,24).
A Lei pode revelar o pecado, mas ela não pode nos livrar do pecado.
Outra tradução usa a palavra tutor para descrever o papel da Lei em nos-
sos corações. A palavra grega usada era paidugogos. Nos tempos da Bíblia,
esse termo se referia ao escravo que era escolhido para treinar um menino
até que ele se tornasse adulto. Na arte dos antepassados, esse tutor único
era descrito com uma vara em sua mão. Os paidagogos eram geralmente se-
veros, muito parecidos com os sargentos treinadores dos fuzileiros navais.
A E s t r a t é g ia d o L egausm o 187
O propósito da Lei era nos levar à exaustão com nossa condição de per-
didos para nos forçar a encarar e confessar nossa total inabilidade e incapa-
cidade de salvação. Éramos literalmente aprisionados e vigiados pela Lei.
Mas ela nos leva a Cristo, que nos liberta e nos faz Sua família.
Como cristãos, permanecemos juntos em Cristo em plena fraternidade.
Somos partes da promessa feita a Abraão; somos herdeiros de Deus. Não
deixem os que preferências culturais, denominações e posições milenares
nos dividam . Celebrem os o fato de todos sermos salvos pelo sangue de
Jesus!
P arte V
GARANTINDO A VITORIA
SOBRE O INIMIGO
capítu lo
A V itória no C alvário
Quando foi preso, Jesus disse para os que O prenderam: “Eu tenho esta-
do diariam ente convosco no templo, não estendestes as mãos contra mim;
mas esta é a vossa hora, e o poder das trevas” (Lc 22:53).
O mundo em que Ele ministrava estava dominado por Satanás: “E nós sa-
bemos que somos de Deus, e que todo o mundo jaz no maligno” (1J0 5:19).
E mais uma vez, Seu propósito é declarado pelo autor de Hebreus: “E já
que os filhos são participantes da carne e do sangue, ele também participou
das mesmas coisas, para que através da morte ele destruísse aquele que ti-
nha o poder da morte, isto é, o diabo” (Hb 2:14).
O apóstolo Paulo não tinha dúvidas sobre o que aconteceu na esfera es-
piritual no dia da crucificação de Jesus. A passagem de Colossenses 2:6-15
nos dá em detalhes o panorama espiritual da batalha cósmica travada no
Calvário naquele dia, revelando a nossa vitória. Paulo diz que três coisas
importantes aconteceram na cruz que os olhos naturais não puderam ver.
Não somos mais culpados, e lhe foi tirado o direito de propriedade sobre
nós. Ele não tem armas nem meios de nos manter presos.
acaso Jesus morreu para que hoje tivéssemos uma igreja cheia de pessoas
enfermas, deprimidas e presas ao inimigo?
Há vitória na cruz! O sangue nos purificou dos pecados e aniquilou o po-
der do inimigo. Cada martelada nos pregos que cravaram Suas santas mãos
cravava também os pregos no caixão de Satanás. Todos os cristãos estão
libertos.
A morte de Cristo foi uma batalha na qual Deus alcançou uma vitória
imortal, e o conflito foi violento e misterioso. Nosso Senhor morreu para
vencer a batalha e ressurgiu dos mortos para nos garantir a vitória.
Temos vitória em Jesus todos os dias. Quando Satanás se aproxim a, nós
sim plesm ente o fazem os lem brar do nosso Salvador. Se ele nos acusar,
apontamos para o perdão. E se ele nos tentar, nós o afrontamos com as pa-
lavras do Senhor. E se ele tenta nos tocar, declaramos que ele não tem au-
toridade sobre o que é propriedade de Deus.
capítuío
Como Deus conquistou essa vitória? Leia Atos 10:39-40: “ao qual ma-
taram, pendurando-o em um madeiro; a este, Deus ressuscitou ao terceiro
d ia ,e o manifestou abertamente” .
196 ENTENDENDO a BATALHA ESPIRITUAL e a AÇÃO D O S D EM Ô NIOS
No novo nascim ento (João 3:3), somos vivificados pelo Espírito Santo
(E f 2:1-9) e levados a uma união vital com C risto. Rom anos 5:10 diz:
“Porque se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus pela mor-
te de seu Filho, muito mais, tendo sido reconciliados, seremos salvos pela
sua vida” . Na verdade, Sua morte assegurou nossa salvação e Sua vida nos
trouxe a salvação.
200 ENTENDENDO a BATALHA ESPIRITUAL e a AÇÃO D O S DEM Ô NIO S
Portanto, fomos sepultados com ele para morte pelo batismo, para
que assim como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória
do Pai, assim também nós andemos em novidade de vida.
• Você tem a cruz de Jesus para cuidar da sua carne. “Pois aqueles
que são de Cristo já crucificaram a carne com as paixões e con-
cupiscências” (G1 5:24). Essa identificação com a cruz de Cristo
protege você das ciladas do pecado. G álatas 2:20 diz: “Estou
crucificado com Cristo, não obstante, eu vivo, porém , não eu,
R k c l ir s o s p a r a a V it ó r ia 207
mas Cristo vive em mim. E a vida que agora vivo na carne, vi-
vo-a pela fé no Filho de Deus, que me amou, e entregou-se a si
mesmo por mim” . O Cristo que habita em nós opera nos cristãos
que vivem pela fé.
O P osicionamento d o C ristão
D iante da V itória
sendo fortalecido” , mas não é o cristão que exercita seus músculos espiri-
tuais. Ele recebe e se apropria da força advinda de Deus.
Deus perm ite que Satanás guerreie contra os cristãos. Em bora funda-
mentalmente isso seja um m istério, diversos motivos podem ser observa-
dos com clareza.
E n t e n d e n d o o P o d e r d o C ristão
velho hino “Stand Up for Jesus” tem um verso que diz assim: “Vista
O a armadura do evangelho / vista cada peça em oração.” 1 Esse pensa-
mento reflete o que Paulo está dizendo à igreja. Tendo declarado a posição
de batalha do cristão em Efésios 6:10 e sua postura diante da batalha nos
versículos 11-13, Paulo fala da armadura que deve ser usada nessa batalha.
Tanto o versículo 11 quanto o 13 convocam o cristão para ‘vestir’ toda a ar-
madura de Deus. Essa ordem final inclui todos os aparatos da armadura. A
palavra grega para “toda a armadura” , panóplia, vem de pan, que significa
“toda” e hoplon , que significa “armamento” . A panóplia (“toda armadura”)
inclui todos os equipamentos do soldado. Um estudioso traduziu: “vista a
magnífica armadura.”
Quando Paulo escreveu o livro de Efésios, ele escreveu de acordo com
o seu conhecim ento pessoal dos soldados rom anos. Ele estava algema-
do a um guarda quando escreveu: “Eu, Paulo, sou o prisioneiro de Jesus
Cristo...” (Ef 3:1); “Eu, o preso do Senhor, rogo-vos...” (Ef 4:1). Ele se de-
clara “em baixador em cadeias” (Ef 6:20). Paulo viu no soldado romano
uma maravilhosa ilustração da verdade espiritual.
Entenda que a armadura é simbólica: ela nada mais é do que Cristo em Si.
Todo cristão conhece a Cristo como Salvador, mas o problema está em quan-
do não nos apropriamos de tudo o que Senhor traz consigo. O que faz a di-
ferença não é tonar Cristo disponível a nós, mas tomar posse dele. É como
alguém que tem um milhão de dólares no banco, mas vive na pobreza. Se ele
nunca sacar e se apropriar do dinheiro, qual é a vantagem de tê-lo? Romanos
13:14 diz: “ Mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e não façam provisão
para a carne, para cumprir suas cobiças” . O verbo revestir vem da palavra
214 ENTENDENDO ״BATALHA ESPIRITUAL e a AÇÃO DOS DEM Ô NIOS
O C in t o d a V er d a d e I lustra a I n t e g r id a d e
O cinto tinha três utilidades primordiais para o soldado romano. Ele man-
tinha todas as armas e equipamentos juntos, prendia suas vestes (assim ele
não tropeçaria nem cairia a caminho da batalha) e era ornamental, mostran-
do as medalhas e brasões pelo heroísmo na batalha.
Aqui ele é uma arma espiritual, mas as funções são as m esm as. Ele é
chamado de cinto da verdade, sendo assim, ele representa o Senhor Jesus
Cristo, que disse: “Eu sou... a verdade” (Jo 14:6). Ele também representa
a Palavra de Deus, que nos protege de tropeçar nos obstáculos do mundo.
E, por último, ele revela a honestidade e integridade que deve caracterizar
a vida de todo aquele que conhece Jesus Cristo.
nenhuma culpa nele” (Jo 18:38). Até mesmo o ladrão na cruz exclamou:
“mas este homem nada fez de errado” (Lc 23:41).
Nosso Senhor Jesus Cristo falou e viveu a verdade. E Ele ainda é a ver-
dade hoje. Apocalipse 1:12-13 descreve Jesus glorificado: Ele está adorna-
do ou cingido com um cinto de ouro. Toda Sua glória está atrelada à Sua
verdade.
O cinto representa o Senhor Jesus Cristo e Sua Palavra presentes na vida
de alguém. Sua verdade. Seu caráter e Sua integridade estão refletidos em
nosso viver.
Um estudante de música entrou no estúdio do seu professor e perguntou:
“Que boas notícias você tem hoje?” . O professor pegou um martelo e ba-
teu contra o diapasão. Então ele disse: “Essa nota é Lá; ela será Lá amanhã;
ela era Lá quinhentos anos atrás. E ela será Lá daqui a quinhentos anos” .
A vida só permanece unida se estiver atada a verdades imutáveis. Jesus
C risto e Sua Palavra são o diapasão que dá à nossa vida uma referência
imutável para vivermos em harmonia neste mundo contraditório.
O C in t o d a V er d a d e n o s E n s in a a I m po r tâ n c ia da
I n te g r id a d e
Esse cinto da verdade é revelado pela honestidade e integridade do fiel.
Nossas vidas precisam ser vividas de forma que as pessoas vejam a vcrda-
de. Assim como os soldados romanos usavam o cinto para firmar suas ves-
tes e evitar que tropeçassem , a verdade da Palavra de Jesus também nos
protege de tropeçar diante do mundo que nos observa.
Além disso, as medalhas de vitória presas ao cinto da integridade são pro-
vas da sua reputação. Efésios 4:14-16 admoesta os cristãos sobre as falsas
doutrinas e mestres enganadores. O versículo 15 nos desafia a falar “a ver-
dade em am or” para que “cresçamos em tudo” .
Não podemos nos esquecer de que o nosso inimigo pode tentar destruir
nossa honestidade e caráter.
Conhecemos a verdade? Jesus é a verdade. Podemos consultar os grandes
filósofos, mas Sócrates, Platão e Kant não terão a resposta. Podemos buscar
os grandes líderes do passado, mas eles não terão a resposta. Jesus Cristo
tem a resposta para nós hoje. Ele provou Sua honestidade quando ressurgiu
216 E N T E N D E N D O ״BATALHA ESPIRITUALea AÇÃO D O S D EM Ô NIOS
O C o r a ç ã o d o G u er reiro
Portanto, estai firmes, tendo ... vestida a couraça da justiça.
-E f é s io s 6:14
eram bons exteriorm ente, e Paulo era um fariseu antes da sua conversão.
Seu testemunho em Filipenses 3:4-9 era o de que, sendo um fariseu, ele era
religioso, zeloso e não havia nele motivo de acusação.
Tudo isso significa simplesmente que não podemos ser justos (com Deus)
pelos nossos próprios méritos! Como pode então uma pessoa ser justa?
Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz,
e alegria no Espírito Santo.
- R om anos 1 4 :1 7
Quando Jesus é o rei de nossas vidas, somos beneficiados com a Sua jus-
tiça, e todas as outras coisas na vida irão bem. Os acontecimentos em nos-
sas vidas são form as de Deus dizer: “Reconheça o Meu reino e receba a
M inha justiça” .
O que você precisa fazer? Faça a seguinte oração:
Senhor, não tenho justiça sozinho e entrego meu pecado pela Tua
justiça. Senhor, eu recebo a Tua justiça, me coloco diante do Pai
e confesso alegremente que sou agora, e serei para sempre, o que
disseres que eu sou. Declaro ser Teu füho, santo, herdeiro de Deus,
parte da Tua noiva e do Teu corpo. Senhor, eu entrego o meu cor-
po como um instrumento de justiça. Reconheço que tudo o que ti-
nha em mim de Adão agora está morto, e que tudo o que sou em
Jesus me torna propriedade Tua. Senhor, aceito a Bíblia como Teu
sopro de vida e reconheço 2 Timóteo 3:16, que nos diz que toda
Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para instruir com
220 ENTENDENDO a BATALHA ESPIRITUAL e a AÇÃO D O S DEM Ô NIOS
A C a m in h a d a d o G u e r r e ir o
Portanto, sendo justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso
Senhor Jesus Cristo; pelo qual também temos acesso pela fé a esta
graça, na qual estamos firmes, e nos regozijamos na esperança da
glória de Deus.
- R om anos 5:1-2
222 ENTENDENDO a BATALHA ESPIRITUAL e a AÇÃO D O S DEM Ô NIO S
Quando sabemos que temos paz com Deus por intermédio do sangue de
Jesus, Satanás não pode nos amedrontar. W. D. Cornell deveria estar sen-
tindo a paz de Deus quando escreveu a letra de Maravilhosa Paz.
para a A lem anha. De Gaulle alertou a nação de que novas armas, como
aviões de caça e tanques, tornariam suas defesas obsoletas. Porém, nin-
guém atentou para as suas palavras e a França se tornou uma nação cativa.3
As igrejas que constroem suas próprias linhas de defesa ficarão estagna-
das. Precisamos estar prontos para avançar com o Evangelho, e nossa opor-
tunidade para servir é hoje. Devemos usar nossos recursos agora mesmo
para espalhar o Evangelho de Jesus Cristo. Precisamos nos preparar para
lutar na linha de frente, onde a batalha pelas almas está sendo travada. Não
podemos recuar nessa guerra.
Devemos estar com os pés firmados na verdade de Jesus, mantendo a es-
tabilidade do coração mesmo em meio aos conflitos. Precisamos nos pre-
parar para avançar e nos posicionar onde a batalha é mais intensa.
Aquiles, um herói da mitologia grega, foi ferido no calcanhar. Essa era a
única parte do seu corpo que estava exposta, e aquela ferida o matou. Não
podemos ficar descalços se quisermos sobreviver e triunfar.
A Fé do G u e r r e ir o
Tomando, sobre tudo, o escudo da fé, com o qual podereis apagar to-
dos os dardos inflamados do maligno.
-E f é s io s 6:16
Tomando o escudo
Para tomar o escudo, precisamos entender qual - ou melhor, quem - é o
escudo nas Escrituras. Em Gênesis 14 e 15, descobrimos a identidade do
nosso escudo. Nesses capítulos, Abraão tem uma grande vitória. O rei de
Sodoma oferece uma recompensa, mas ele sabiamente a recusa. Em vez de
aceitá-la, Abraão dá o dízimo a M elquisedeque pouco depois de recusar a
oferta do mundo. E Deus diz a Abraão: “Não temas, Abrão; eu sou o teu es-
cudo, e a tua recompensa será infinitamente grande” (Gn 15:1).
Abraão põe a sua vida nas mãos de Deus, O qual era o escudo que Abraão
precisava para viver em um mundo hostil.
Davi também tomou o escudo da fé. Ele disse: “Mas tu, ó Senhor, és um
escudo para mim” (SI 3:3). No Salmo 84:11 lemos: “Pois o Senhor Deus é
um sol e escudo; o Senhor dará graça e glória. Nenhuma coisa boa ele re-
terá daqueles que andam retamente” .
Nós levamos o escudo da fé quando confiamos no Senhor. Habacuque 2:4
diz: “o justo pela sua fé viverá” . Habacuque escreveu isso em uma época
em que o mal prosperava, o inimigo ameaçava e o povo de Deus precisa-
va de renovação. Ele fez perguntas angustiadas a Deus, que lhe respondeu:
“Viva pela fé” . Esse versículo é citado ainda em Rom anos 1:17, Gálatas
3:11 e Hebreus 10:38. A fé não só nos traz vida, mas é também a m aneira
como vivemos nossas vidas.
Somos salvos pela fé na Palavra de Deus sobre Seu filho. Nós tam bém
vivemos pela fé: “a vida que agora vivo na carne, vivo-a pela fé no Filho
A rm a n d o -se para a V it ó r ia 225
O escudo testado
O teste da fé nos faz lem brar do inimigo que enfrentam os diariamente
no campo de batalha da vida. Isso não deveria nos surpreender ou espan-
tar, pois nosso Senhor foi testado pelo inim igo na tentação do deserto.
Q uando o apóstolo Paulo escreveu sobre esse escudo da fé, ele estava na
prisão.
O escudo da fé não nos protege da vida. Paulo enfrentou circunstâncias
difíceis, fraquezas físicas, trabalho exaustivo e duras decepções, ainda que
tivesse um escudo. Nossa fé pode ser testada, mas Deus não permitirá que
nada toque em nós sem a Sua permissão. O escudo não nos fará sentirmos
confortáveis neste mundo. O escudo é Cristo, e enfrentamos tudo pela Sua
graça.
O diabo irá arremessar seus dardos violentos. As vezes eles vêm em for-
ma de tentações, distrações, acusações, fantasias e depressões. As vezes
eles vêm em forma de perseguição! Toda a fúria desses dardos inflamados
do inferno pode ser resolvida por Jesus. Esse escudo pode nos proteger de
tudo o que Satanás lança sobre nós.
Como a fé atua diante dos ataques do inimigo? Com a Palavra de Deus,
sem pre! A fé está na pessoa de D eus, na Palavra de D eus, e nas Suas
promessas.
Quando Satanás te acusar, responda com a Palavra de Deus. Deixe a cruz
de Cristo responder o inimigo e repreenda as suas lanças inflamadas.
Talvez alguém pergunte: “E se eu não me lembrar de nenhuma passagem
das Escrituras? Então apenas clame ao Senhor. Quando uma criança está
em apuros, sem saber o que fazer, ela grita: “Papai!” . Querido amigo, quan-
do você não souber o que dizer, apenas clame ao Senhor!
226 ENTENDENDO a BATALHA ESPIRITUAL e a AÇÃO D O S DEM Ô NIO S
O escudo triunfante
Tudo o que Satanás lançar na direção do cristão, Deus pode desviar. “E
esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé” (1J0 5:4). A fé é sempre
vitoriosa.
O exército romano sempre colocava seus melhores guerreiros na frente da
v
batalha. As vezes, aquela linha se estendia na distância de quase dois qui-
lômetros e o exército podia avançar por trás daquela formação de soldados
corajosos que seguiam atrás do escudo.
A igreja avança por trás do poderoso escudo da fé. Sem fé, nós ficamos
indefesos e inúteis para Deus. Não podemos agradá-Lo sem fé, pois ela é a
chave para a vitória. Vivemos pela fé, a “linha de frente” do Cristianismo.
A fé nos protege de Satanás, e por meio dela nos apropriamos das promes-
sas de Deus. A fé é sempre vitoriosa.
A M ente d o G u er reiro
E tomai o capacete da salvação...
- E fésios 6:17
O ataque à mente
Vivemos em um mundo corrupto no qual as pessoas são governadas por
um “sentimento perverso” (Rm 1:28). Os cristãos são instruídos a não andar
“como andam também os outros gentios, na vaidade da sua mente” (Ef 4:17).
O dramaturgo George Bernard Shaw escreveu: “A ciência na qual depo-
sitei a minha fé está arruinada... Por ela ajudei a destruir a fé de milhões
de adoradores... E agora, olhe para mim e veja a tragédia de um ateu que
perdeu a sua fé” .5
Nosso mundo fala sobre “sexo seguro” em vez de falar sobre a vida mo-
ral. Nossa nação sabe muito sobre direitos e pouco sobre responsabilidades.
Até mesmo a igreja pode rege o seu m inistério de acordo com o mundo.
Romanos 8:6 nos diz: “Porque a mentalidade carnal é morte” . A mentali-
dade carnal significa pensar segundo a carne.
Em Lucas 12:29, Jesus nos admoesta sobre a mente confusa: “Nem sejais
de mente duvidosa” . Esse termo é traduzido da palavra grega meteorizo,
de onde temos em português a palavra meteoro. O significado é “estar no
ar, suspenso, indeciso” . Muitos aceitam a condição de viver sem respostas.
Filipenses 4:6 nos diz: “Não estejais inquietos por coisa alguma” . Muito
desânim o e depressão são causados por preocupações desnecessárias. Não
podemos encher nossas mentes com a enganação. 2 Coríntios 2:11 nos aler-
ta sobre a mente negligente: “para que Satanás não obtenha vantagem sobre
nós, porque não ignoramos os seus objetivos” . Que tolice viver na ignorân-
cia das enganações de Satanás. Deus quer que pensemos retamente.
228 ENTENDENDO a BATALHA ESPIRITUAL < ־a AÇÃO D O S DEM Ô NIO S
A garantia da mente
O capacete é chamado de capacete da salvação. A salvação é a libertação
do cristão de sua perda do reino de Deus e de sua posição de condenado na
vida. A salvação tem três aspectos:
glorificar e ancorar nossas almas ao Seu trono. Não há nada que o mundo
possa fazer que nossa âncora de esperança não possa segurar.
Lembro-me agora de outro grande hino de fé “Que Firme Alicerce”:
A resposta da mente
Como podemos, então, controlar nossa mente e nossos pensamentos?
Prim eiro devem os nos arrepender conscientem ente. O arrependimento
vem da palavra grega metanoia, que quer dizer “mudança de pensamento” .
Em segundo lugar, precisamos receber com consciência. “Que haja em
vós a mesma mente que houve também em Cristo Jesus” (Fp 2:5). “Mas nós
temos a mente de Cristo” (1 Co 2:16). “Ora, como Cristo padeceu por nós
na carne, armai-vos também com o mesmo pensamento” (lP e 4:1).
Em terceiro lugar, temos que renovar a nossa mente. “Suplico-vos, pois,
irmãos, pelas misericórdias de Deus, de apresentardes os vossos corpos em
sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não
sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação
da vossa mente, para que experimenteis qual é a boa, agradável e perfeita
vontade de Deus” (Rm 12:1-2). Esses versículos nos ensinam que, entregan-
do os nossos corpos a Ele e recusando nos conformar com este mundo, tere-
mos nossas mentes renovadas. Essa é uma necessidade diária.
A ESPADA D O GUERREIRO
Tiago 4:7 nos diz, “Resisti ao diabo, e ele fugirá de vós” . Armas defen-
sivas mantêm Satanás à distância, mas somente as armas ofensivas podem
fazê-lo fugir! Deus nos deu como arma ofensiva a espada do Espírito.
A palavra espada se refere à espada romana de dois gumes, usada em com-
bate corpo a corpo. Essa arma perfeitamente balanceada era manejada com
habilidade pelos soldados romanos que praticavam diariamente durante horas
até conseguir usá-la perfeitamente. Vamos ver a respeito dela e de seu uso.
232 ENTENDENDO a BATALHA ESPIRITUAL e a AÇÃO DOS DEM Ô NIO S
A espada e o soldado
“Tomai... a espada” . A verbo tomar está no tempo verbal imperativo ao-
risto no texto grego. Essa é uma ordem para o santo soldado tomar posse
de uma vez por todas daquilo que Deus concede. A arma ofensiva que Deus
oferece é a Sua Palavra. A Palavra de Deus deve ser usada para atacar o
inimigo, Satanás.
Essa espada não é de invenção humana. Ela foi inventada por decreto di-
vino. Ela não foi moldada pelo fogo terreno, mas pelas chamas ardentes da
majestosa presença de Deus. O martelo da inspiração celestial afiou a es-
pada que é manejada pela mão do cristão.
Hebreus 4:12-13 nos revela que a Palavra de Deus é uma espada viva. Ela
é penetrante e eficaz. A espada afiada da Palavra de Deus expulsa o mal.
Nesta passagem a espada está nas mãos do nosso grande Sumo Sacerdote, o
Senhor Jesus. Usando a espada como uma ferramenta cirúrgica, ele penetra
nas nossas vidas, discernindo pensamentos e intenções. Com essa espada
Ele realizou a cirurgia da salvação. Após usar a espada em você, o santo,
Jesus coloca a espada em suas mãos.
O segredo da habilidade de luta do Rei Arthur era sua espada, Excalibur.
Essa espada era especial porque concedia extraordinário poder a qualquer
guerreiro comum! E assim também acontece com o cristão. A espada do
Espírito é para ele uma arma de poder ilimitado.
A espada do Espírito
“Tomai... a espada do Espírito” . Note que a espada está ligada ao Espírito
de Deus. Ter a espada do E spírito não é sim plesm ente ter a Bíblia! O
Espírito Santo inspirou a Bíblia (2Pe 1:21). Somente o Espírito Santo pode
nos ensinar a Bíblia: “ Mas o Consolador, que é o Espírito Santo, que o Pai
enviará em meu nome, ele vos ensinará todas as coisas” (Jo 14:26). João
16:13 diz a respeito do Espírito Santo: “ele vos guiará a toda a verdade.”
Sem o Espírito Santo as verdades da Bíblia não podem ser entendidas:
“Mas o homem natural não recebe as coisas do Espírito de Deus, porque
lhe parecem loucura; nem pode conhecê-las, porque elas são discernidas
espiritualmente” (1C0 2:14). O poder do Espírito Santo direciona o uso da
Palavra na vida do cristão.
A rm a n d o -se para a V it ó r ia 233
Outra m aneira de usar a espada é pelo louvor. Salmo 149:6 diz: “Estejam
em sua boca os altos louvores de Deus, e uma espada de dois fios na sua
mão” . Todos nós precisamos tomar a espada do Espírito. A Palavra de Deus
precisa ser amada, aprendida e vivida para que funcione como uma espada.
Nenhum a parte de nossas vidas deve ser vivida sem a oração e a Palavra.
Em 2 Samuel 23:10 lemos sobre Eleazar, um dos valentes de Davi. Ele
lutou com os filisteus até que sua mão ficou presa à sua espada. Essa espa-
da se tornou uma extensão de seu corpo. Que a Palavra de Deus, a espada
do Espírito, seja isso e mais para todos os que desejam ser bons soldados
de Jesus Cristo.
capítuío
B atendo a P orta na
C ara d o I nimigo
D e fin iç ã o d e F ortaleza
Uma fortaleza é um forte de pensamentos ruins que pode abrigar uma en-
tidade demoníaca. Essa entidade demoníaca pode promover ataques pro-
venientes da moradia que nosso pensamento, enganado, construiu para ele.
Na verdade, podemos pôr uma arma nas mãos do inimigo para que ele atire
em nós. Costumes e vícios são, muitas vezes, fortalezas infestadas de de-
m ônios. E isso não é possessão demoníaca, mas infestação de demônios.
Os cristãos podem ser oprimidos, deprimidos, tentados, perseguidos e gol-
peados - mas não podem ser possuídos.
Embora os cristãos não possam ser totalmente tomados por Satanás e seus
dem ônios, é triste observarmos que muitos são perseguidos por forças do
mal. Ainda que o cristão possa ter controle sobre seu corpo, os demônios
podem encontrar lugar em sua mente. A mente é um lugar comum de peca-
dos não confessados, vícios (obsessões) ou atitudes erradas. Resumindo, o
cristão abraça uma mentira. Segunda Coríntios 10:5 diz: “Destruindo ima-
ginações, e toda a altivez que se exalta contra o conhecimento de Deus...” .
A batalha avança na mente do cristão; as idéias erradas, as más atitudes, as
falsas suposições, as tradições equivocadas e as mentiras podem se tornar
o porteiro que recebe os demônios em nossas vidas. E podem ser também
esconderijos que abrigam os demônios.
As D o z e R aízes d a s F ortalezas
1. O espírito da enfermidade afetou uma m ulher de fé no Novo
Testamento: “E eis que estava ali uma mulher que tinha um es-
pírito de enfermidade fazia dezoito anos; e estava curvada, e não
podia de modo algum endireitar-se” (Lc 13:11). Essa mulher era
236 ENTENDENDO a BATALHA ESPIRITUAL c a AÇÃO D O S DEM Ô NIO S
clam am os: ‘A ba, P ai’” (Rm 8:15). V ícios, bulim ia, anorexia,
relacionamentos errados, codependência, e outros distúrbios ob-
sessivos são agravados por esse demônio.
D e r r u b a n d o a s F ortalezas d o I n im ig o
cheio de fortalezas que precisam ser destruídas. Como soldados, temos que
tomar posse do que é nosso. Uma vida abundante aguarda aqueles de nós
que expulsarmos o inimigo e tomarmos posse do território de nossas almas.
A fortaleza de Jerico caiu diante do povo de Deus. A fortaleza de Satanás
irá desmoronar diante de nós se utilizarmos nossas armas com destreza.
MANTENDO A VITORIA
SOBRE O SEU INIMIGO
capítuío
C olocando o
I nimigo pra C orrer
A E x ig ê n c ia d a S u b m issã o
A R esistên c ia a S atanás
Sujeitai-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós.
- T iago 4:7
Satanás irá usar o que dissermos e fizermos, transform ando isso em algo
que nos cause dor, ele deturpará nossa imagem e forjará o que acreditamos!
A palavra pensamento significa “entrelaçar ou adaptar” . Ela é utilizada
em julgamentos injustos. Satanás torce e deturpa nossos pensamentos para
frustrar os propósitos de Deus em nossa vida.
Salmos 56:6 declara que Satanás persegue os cristãos com o intuito de
abalar sua fé: “Eles se juntam , se escondem, marcam os meus passos, en-
quanto esperam pela minha alm a” . Essa é a tática final de Satanás. M ais do
que nunca, Satanás usa as pessoas, até mesmo as cristãs, para fazer o seu
trabalho sujo.
o que o inimigo nos roubou. Deus tem o livro! Nossas lágrimas estão sen-
do recolhidas em um odre de vinho. E o que é amargo Deus transformará
em vinho fino e converterá nosso choro em alegria.
Quarta resposta: a oração põe em cena os recursos de Deus. “Quando eu
clam ar a ti, então os meus inimigos se voltarão; disto eu sei, porque Deus
é por m im ” (SI 56:9). Aqui temos uma oração fervorosa de alguém que,
diante do inimigo, clama a Deus. Um clamor corajoso, alto e forte. Deus
ouvirá nossas orações feitas no momento de aflição.
Q uinta resposta: posso descansar em total segurança de acordo com o
versículo 9: “disto eu sei, porque Deus é por mim” . Nossa! Aqui o cristão
expressa extrema confiança. O poderoso escudo da fé está levantado con-
tra o inimigo. Romanos 8:28 traz uma promessa do Antigo Testamento: “E
sabemos que todas as coisas contribuem juntam ente para o bem daqueles
que amam a Deus, daqueles que são chamados de acordo com o seu propó-
sito” . Deus é por você - acreditei
Sexta resposta: quando honramos nossas promessas, Deus nos protege.
“Teus votos estão sobre mim, ó Deus; eu renderei louvores a ti” (SI 56:12).
Uma interpretação direta dessa passagem seria: “Cumprirei as promessas
que te fiz, ó Deus, e erguerei minhas mãos em ações de graças enquanto
louvo a Ti” . Para Deus essa é uma séria promessa, portanto, devemos cum-
prir os nossos votos. Quando cum prim os o que prom etem os, a vitória é
garantida.
Leia o seguinte alerta e promessa sobre os votos:
U ma V ida de A doração
A doração 101
Mais um salmo que parece um manual de instrução na arte de adorar.
Louvai ao Senhor.
Cantai ao Senhor uma nova canção,
e seu louvor na congregação dos santos.
Regozije-se Israel naquele que o fez,
Alegrem-se os filhos de Sião no seu Rei.
Louvem o seu nome na dança;
Cantem louvores a ele com tamhoril e harpa.
Pois o Senhor tem prazer em seu povo;
Ele embelezará os mansos com a salvação.
Alegrem-se os santos na glória;
Cantem alto sobre as suas camas.
Estejam em sua boca os altos louvores de Deus,
E uma espada de dois fios na sua mão,
Para executarem vingança sobre os pagãos,
E punições sobre o povo;
U ma V id a d e A doração 253
Esse belo salmo nos ensina que o louvor não é apenas a criação de uma
m úsica - mas o som da adoração. Esse som chega aos ouvidos do nosso
inim igo na batalha. Ele inclui riso, choro, palmas e clamor. Ele também
inclui o ruído do sopro do corpo de Cristo que busca em silenciosa medi-
tação a Sua misericórdia. Tudo isso faz parte da lua; o som da batalha nos
ouvidos do inimigo.
A adoração tem ainda mais força quando feita por todo o corpo de Cristo
reunido. Esse salmo nos ensina: “Alegre-se Israel” . A referência é coleti-
va. Algo acontece de poderoso durante a adoração em conjunto, onde dois,
três ou mais estão reunidos. Jesus prometeu: “Aí estou eu no meio deles”
(Mt 18:20).
Também sabemos ao ler Hebreus 2:12 que quando Ele se manifesta em
nosso meio e estamos cantando, Ele começa a cantar. Se você pensa que seu
louvor afeta os demônios, espere até o Senhor Jesus começar a cantar com
você; o Espírito Santo também entra em operação e Deus, o Pai, começa a
cantar de volta para você!
A adoração deve refletir ou representar as três partes do tabernáculo ou
tem plo. Começamos no átrio exterior, onde o sangue nos salvou, e louva-
mos o nome de Jesus por nossa salvação. Então prosseguimos em direção
ao lugar santo, onde existe a mesa dos pães da proposição e o candelabro.
Nesse lugar sua Palavra e Sua instrução nos iluminam um pouco mais; en-
tramos pelas portas com ações de graça e passamos pelos átrios com louvor.
E então prosseguim os ao santo dos santos, onde encontram os um véu
que foi rasgado. Quando os altos louvores começam, nos achegamos àque-
le lugar de imunidade e intimidade com o Senhor, onde nenhum demônio
do inferno pode nos tocar. O salmista disse: “todos os seus santos têm esta
honra” (SI 149:9). Houve um tempo em que só os sacerdotes podiam entrar
254 ENTENDENDO a BATALHA ESPIRITUAL e a AÇÃO D O S D EM Ô NIOS
no santo dos santos, mas depois da cruz, Jesus disse: “Entre. Você é bem-
-vindo neste santo lugar” .
Muitas igrejas nunca entraram nesse lugar durante a adoração. Elas não sa-
bem como é silenciar, repousar aos pés de Cristo e dizer: “Não me moverei,
Senhor, até que Te movas. Ficarei aqui até que me digas o que devo fazer” .
Vejamos mais adiante no salmo 149, onde o salmista diz que existem mui-
tas maneiras de adorar. Podemos tocar um instrumento. Podemos cantar.
Podemos até mesmo dançar! O versículo 3 diz: “Louvem o seu nom e na
dança; cantem louvores a ele com tamboril e harpa” .
Precisamos aprender mais sobre a adoração. O versículo 4 continua: “Pois o
Senhor tem prazer em seu povo” . Deus Se agrada quando cantamos. Salmos
22:3 diz: “Ó tu que habitas nos louvores de Israel” . A palavra hebraica para
“habitar” , yashab, significa “morar como marido com a mulher que ama” .
Quando começamos a cantar, Ele não vem com uma vara, mas com um pre-
sente em Suas mãos. Quando cantamos, Ele vem nos beijar. Adoração signi-
fica “beijar” . Quando cantamos, Deus responde como um protetor, como um
provedor, como aquele que ama, como um acolhedor, e como um pai.
Não importa se sua voz é afinada; Deus ama ouvi-lo cantar! De vez em
quando, m inha m ulher, Paulette, me pede: “Q uerido, cante para m im ” .
Minha igreja sabe que eu nunca aceitaria estar diante da congregação com
um microfone para cantar, mas cheia de amor, minha esposa acha que a mi-
nha voz é maravilhosa!
U ma A rma E ficiente
Nossos louvores a Deus se tornam um a arma poderosa. Salm os 149:6
diz: “Estejam em sua boca os altos louvores de Deus, e uma espada de dois
fios na sua mão” . Você deseja o poder da Palavra de Deus atuando em sua
vida? Comece a adorá-Lo!
Eu costumo pensar no jovem Davi, correndo para encontrar Golias, com
pedras e funda nas mãos. O louvor a Deus estava em seus lábios, e o gigan-
te conseguia evitar rir: “Venho até ti como homem poderoso, e tu envias
um bebê até mim” . Mas avançando vinha o menino cantor e adorador. O
que Golias não sabia era que a pedra na mão de Davi estava sendo guiada
pela Rocha Eterna, que nunca perde!
U m a V id a d e A doração 255
Podemos sentir que temos um Golias avançando contra a nossa vida, mas
lancemos mão da Rocha Eterna e comecemos a louvar a Deus. Então, com
a espada da Palavra de Deus, pegaremos o inimigo pelos cabelos da cabeça
e darem os o golpe final!
Deus está restaurando o tabernáculo de Davi nestes últimos dias. A ado-
ração davídica está de volta. Nossas igrejas podem incorporar cada parte
do louvor a Deus: instrumentos, coral, solistas, bandas, guitarras, palmas,
danças e clamor.
O louvor a Deus realiza muitas coisas! Deus diz em Salmos 149:7: “para
executarem vingança sobre os pagãos, e punições sobre o povo” .
Quando começo a louvar a Deus, os anjos da glória entram na guerra por
mim contra todo e qualquer inimigo. O próximo versículo revela que com
esse louvor, podem os am arrar nobres e reis; e prendê-los com cadeias.
Podemos amarrar o diabo!
Jesus disse: “E eu também te digo que tu és Pedro, e sobre esta rocha eu
edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra
ela” (Mt 16:18). E ele continua no versículo 19: “E eu te darei as chaves
do reino do céu; e tudo quanto tu ligares na terra será ligado no céu, tudo
quanto tu desligares na terra será desligado no céu” .
Quais são as chaves para o reino do céu? O evangelho, certam ente, é a
chave. O salm ista disse: “Entrai em seus portões com ações de graças, e
em seus átrios com louvores; sede gratos a ele, e bendizei o seu nom e”
(SI 100:4). Quando fazemos isso, temos as chaves que irão trancafiar as
forças das trevas.
Às vezes nossos louvores irão amarrar espíritos que tentam perturbar nos-
sas vidas. O demônio da depressão sempre foge assim que começamos a
cantar. Deus nos promete vestes de louvor em vez de espírito angustiado
(Is 61:3). Quando você sentir a escuridão das trevas cair novamente, co-
mece a cantar. A vitória virá, e Ele amarrará o demônio da depressão que
tenta m atar e destruir você.
A m úsica te dá coragem . Ela sempre teve uma poderosa influência nas
atitudes relacionadas à guerra espiritual. Em toda guerra, um a música
tem a parece surgir como um brado de guerra. Nos últimos anos, a América
enfrentou a crise do G olfo Pérsico e Iraque, e todos os dias ouvia-se a
256 ENTENDENDO a BATALHA ESPIRITUAL 0 ־a AÇÃO D O S DEM Ô NIO S
poderosa canção de Lee Greenwood “God Bless the USA” [Deus abençoe
a América]. A alma cansada, enfraquecida e temerosa começa a erguer-se
e tomar coragem com a música.
Vejamos Paulo e Silas. Eles foram espancados e machucados no escuro da
noite. “Silas” , disse Paulo, “Vamos cantar!” . Com toda força, sentindo ain-
da a dor das pancadas pelo corpo, eles cantaram, e os céus se abriram. Deus
desceu e agiu tão fortemente que as portas da prisão se abriram, e o carce-
reiro correndo ao encontro deles disse: “Senhores, que me é necessário fa-
zer para me salvar?” (Veja Atos 16). Nenhuma pregação... apenas louvor!
Todas as vezes que Davi cantava, os demônios fugiam da sua vida e daque-
les que o ouviam. E Neemias também conhecia o poder do louvor a Deus!
Uma multidão de plebeus tentava construir uma incrível muralha. Alguns
zombavam do esforço deles dizendo: “Porque, se uma raposa corresse sobre
esse muro, a pequena criatura seria capaz de derrubá-lo!” (Veja Neemias 4:3).
Os trabalhadores de Neemias eram escarnecidos e zombados, e eles estavam
exaustos além do que se possa imaginar. Mas Neemias disse: “Segui o vosso
caminho, comei a gordura, e bebei a doçura, e enviai porções para aqueles
que nada foi preparado; porque este dia é santo ao nosso Senhor; nem este-
jais contritos; porquanto a alegria do Senhor é a vossa força” (Ne 8:10). Os
trabalhadores começaram a cantar da maneira deles, e Deus Se agradou com
aquele louvor. E força brotou do espírito deles.
A mando o P róximo
I ncondicionalmente
O que diremos, então, a estas coisas? Se Deus é por nós, quem pode
ser contra nós? Aquele que não poupou a seu próprio Filho, mas o
entregou por todos nós, como não nos dará gratuitamente também
com ele todas as coisas? Quem acusará alguma coisa aos escolhi-
dos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem é o que condenará?
É Cristo que morreu, sim, que foi ressuscitado, o qual está à direita
de Deus, e também intercede por nós. Quem nos separará do amor
de Cristo? Será a tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou
a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada? Como está escrito:
Por causa de ti somos mortos todo o dia; somos considerados como
ovelhas para o matadouro. Mas em todas estas coisas somos mais
do que vitoriosos, através daquele que nos amou. Porque eu estou
258 ENTENDENDO a BATALHA ESPIRITUAL e a AÇÃO D O S DEM Ô NIO S
A maior arma na batalha espiritual é o amor de Deus. É por isso que Deus
começou com ele e o prometeu desde o início dos tempos.
Porque Deus amou tanto ao mundo que ele deu o seu Filho unigêni-
to, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
- João 3:16
Contemple, que tipo de amor o Pai nos outorgou, que fôssemos cha-
mados filhos de Deus. Portanto, o mundo não nos conhece, porque
não o conheceu.
- 1 João 3:1
E lem ento s d a A rm a
Podem os, claram ente, compreender as muitas facetas dessa arma pode-
rosa. É frustrante para m im , ao entrar em uma igreja, ver pessoas sendo
guiadas pela emoção, brincando de ser religiosas. Tenho vontade de gritar
e dizer: “Vocês acham que Deus arruinou o céu para pregar Seu Filho ama-
do num a cruz por seis horas debaixo do sol de meio dia em Israel e verter o
Seu sangue para vocês brincarem de ser religiosos? Ele verteu Seu sangue
a fim de trazer mudança para a nossa vida, nos curar por dentro e por fora,
e nos transform ar para sempre!” Ninguém que abre o seu coração e aceita
a Cristo permanece como antes. Ele nos muda.
Amor imerecido
Você é filho de Deus, e, não importam os erros que você cometeu, Ele
está contigo. Seu casam ento pode ter term inado em divórcio, mas Deus
está contigo. Você pode ter cometido alguns erros na juventude, fracassa-
do nos negócios, ou cumprido pena em uma penitenciária, mas Deus está
com você. Ele exerceu o Seu voto no Calvário por você. Ele te amou mes-
mo antes de você nascer. Antes que a primeira onda batesse nas rochas, Ele
sabia o seu nome, conhecia o seu coração e o amava! Nada pode separá-lo
260 ENTENDENDO a BATALHA ESPIRITUAL e a AÇÃO D O S DEM Ô NIO S
do amor de Deus. Você não pode fazer nada para merecê-lo. O am or ága-
pe é assim.
Quando estamos envolvidos por esse amor e lançamos mão dele, desco-
brimos algo de grande poder. Podemos amar e servir alguém sem esperar
nada em troca. Viveremos em vitória.
Amor destemido
“Quem nos separará do amor de Deus?” . Paulo pergunta. “Será tribula-
ção ou angústia?” (Rm 8:35). A resposta, claro, é não! Seus problem as e
pressões são formas de Deus mostrá-lo que o ama! “Perseguição?” . O amor
ágape irá banir toda controvérsia. “Fome, ou nudez, ou perigo, ou espada?” .
Nada disso influencia o poder do amor de Deus.
Amor invicto
Romanos 8:37 afirma: “Mas em todas estas coisas somos mais do que vi-
toriosos” . O trecho “somos mais do que vitoriosos” é definido em um a só
palavra do grego - hupernikao - e parece ser uma palavra criada pelo após-
tolo Paulo, porque ela não aparece em nenhum outro registro da literatura
grega. A palavra nikao, vencedor, representava a maior força que alguém
poderia ter. Ou seja, significava conquista; vitória; despojos; controle. Os
inimigos sucumbiram . Tudo o que alguém quer está em suas m ãos. Não
existia palavra com significado mais forte do que nikao. Mas o apóstolo
Paulo acrescentou huper em grego, que significa super em português. Ele
queria falar de algo maior do que conquista quando disse: “Vocês são mais
do que vencedores” .
Como posso ser mais do que vencedor? Por causa de Jesus, nunca te-
rei que lutar algumas batalhas novamente. Posso ter que guerrear uma ou
duas vezes na vida, mas nunca terei que lutar pela minha salvação. Ele já
venceu essa batalha! Eu não preciso lutar por perdão. Eu não preciso lu-
tar pela minha cura. Não preciso lutar pelos dons do Espírito. Eu sou mais
que vencedor!
Existe a história de uma mulher cujo marido se mudou para as ilhas das
Filipinas por um curto período de tempo a negócios. O casal criara três fi-
lhos que agora estavam quase crescidos. Poucas semanas antes do término
A m a n d o o P r ó x im o In c o n d ic io n a l m e n t e 261
da sua viagem , ele enviou um telegrama para sua esposa dizendo: “Eu não
a amo mais. Encontrei alguém aqui. Não vou voltar para casa. Adeus. Seu
m arido” .
O homem de negócios casou-se com uma jovem filipina e eles tiveram um
filho. Mas tragicamente o homem logo descobriu que sofria de um câncer
term inal, e morreu. A viúva filipina e seu filho não tinham para onde ir, en-
tão ela escreveu para a primeira mulher daquele homem: “ Fui casada com
o seu marido. Temos um filho. Eu não sei o que fazer” .
Essa mulher, agora, era cristã. “Querida,” ela respondeu, “Deus ama você.
Cristo morreu por você. Estou enviando dinheiro para que você venha para
os Estados Unidos. Acertaremos tudo quando você chegar aqui. Você e a
criança irão morar em minha casa” . Este é o poder do amor ágape!
Vencer e ser amado por Deus não significa que você não terá dores e
feridas, mas significa que você irá sempre amar. Aquela mulher poderia
sim plesm ente dizer: “Quer saber, ele se divorciou de mim. Deixe que sua
pequena aventura cuide de si mesma” . Mas isso seria perder.
Talvez você esteja perdendo sua batalha espiritual porque você não con-
segue perdoar. A Bíblia diz: “Amai os vossos inimigos, abençoai os que vos
am aldiçoam , fazei o bem aos que vos odeiam ...” (Mt 5:44). Não importa
como eles respondam ao nosso ato de amor. Se for o amor ágape, não im-
porta. O amor irá amar de qualquer maneira. O amor foi até a cruz, e con-
tinuou amando. Ele foi sepultado, e três dias depois ressurgiu.
Nos últimos anos, um falso evangelho tem sido pregado. Muitos disse-
ram: “ Ser um verdadeiro cristão é seguir esta denom inação, pertencer a
esta igreja, e fazer isso, e fazer aquilo. Você tem que se vestir desta manei-
ra e agir deste modo” . Mas a verdade é que o evangelho não é nada disso.
O verdadeiro evangelho é: Cristo nos amou, morreu por nós, levou as nos-
sas culpas, e nos ama de qualquer maneira apesar de tudo. O amor vence
o tem po todo.
Amor inegável
Paulo escreve ainda em Romanos 8:38: “Porque estou certo de que...” A
locução, estou certo, está na voz passiva no grego. Significa “estou conven-
cido de algo além de mim” . Isso não significa que eu me convencí disso. Na
262 ENTENDENDO a BATALHA ESPIRITUAL e ״AÇÃO D O S DEM Ô NIO S
voz passiva ela significa: “Não fiz nada para merecer isso. Alguém de fora
me convenceu” . Paulo disse: “Eu ouvi tanto disso que estou absolutamente
convencido; estou certo de que...”
Paulo foi espancado várias vezes. Ele foi jogado na prisão; perseguido;
mal interpretado. Mas ele disse: “Estou certo de que...” . Isso significa no
grego: “Estou plenamente convencido. Nunca vou mudar meu pensamento.
Nada pode abalar a minha vida. Não posso ser separado do amor de Deus!” .
Nem mesmo a morte pode nos separar do Seu amor.
Até a morte de minha mãe, eu ligava para ela todos os domingos. Quando
eu era ainda um calouro inseguro na universidade, minha mãe me mandava
$15 por semana. Não parece muito agora, mas nos anos 60, mamãe traba-
lhava para ganhar $ 1,25 por hora. Ela estava então me mandando o paga-
mento de um dia e meio toda semana!
O lhando para o passado, envergonho-m e hoje de não ter valorizado
isso antes. Eu vi minha mãe usar sempre o mesmo vestido para ir à igreja
durante anos. Ela lavava e usava o mesmo vestido, para que nós tivésse-
mos algo novo para vestir. Ela nos deu o seu m elhor em tem po de escas-
sez. Quando meu pai passava por crises por causa do alcoolism o, nunca
ouvi minha mãe dizer: “Vou em bora” . Antes dele se converter e assum ir
o trabalho de um diácono ganhador de almas nos últimos dez anos de sua
vida, minha mãe estava lá ao lado dele. Ela estava lá nos m om entos difí-
ceis. O amor venceu!
U m a T r a n sfer ên c ia D iv ina
Você pode estar lendo isso e sentir a necessidade de ser verdadeiramen-
te amado. Efésios 1 diz que fomos feitos agradáveis no Am ado. É hora
de você parar de se culpar por tudo e de se sentir responsável por tudo.
“Portanto, agora nenhum a condenação há para os que estão em C risto
Jesus” (Rm 8:1). Você é amado.
Talvez você só precise perm itir que o amor que Deus te concedeu seja
transferido do seu coração para a vida daqueles que estão ao seu redor. Ele
te deu o bastante para que pudesse transbordar, não importa se quem o re-
cebe irá retorná-lo dizendo “Eu te amo” ou não. Não espere por um paga-
mento compensatório. Jesus já pagou por tudo!
A m a n d o o P r ó x im o In c o n d ic io n a l m e n t e 263
Se você perm itir que o amor de Deus te inunde e flua por você, os demô-
nios irão fugir. Você experimentará a verdadeira vitória, porque o inimigo
não consegue ficar onde o amor de Deus abunda. Declare sua vitória e dis-
pare a arma do amor de Deus em sua vida!
copítuío
A R esistên c ia q u e E n fr en ta m o s
O R e in o q u e n o s P ertence
trombetas. Após terem feito isso, os muros caíram e a cidade foi tomada.
Se hoje obedecerm os às ordens de D eus, as m uralhas das fortalezas não
nos resistirão.
O G o v e r n o q u e n o s P ertence
Não dê lugar ao diabo. Em Josué 10:8-25, Josué recebeu uma clara pala-
vra de Deus a respeito de seus inimigos. Deus disse que nenhum inimigo de
Israel ficaria de pé. Depois de ouvir a voz de Deus, Josué teve um a atitude
rápida e decisiva. Após marcharem a noite toda, os filhos de Israel não des-
cansaram na presença dos seus inimigos, mas sim atacaram.
No meio da batalha Josué precisava de um m ilagre para que a palavra de
Deus se cumprisse na batalha. Ele orou. Deus ouviu a sua oração e o sol
parou durante a batalha. Se Deus prometeu vitória, Ele não perm itirá que
as trevas ultrapassem o dia.
Cinco poderosos reis, que se levantaram contra os filhos de Israel, foram
entregues nas mãos de Josué. Com a proclamação da vitória, não apenas
para a batalha que acontecia, mas para as futuras batalhas, Josué derrotou
os reis.
Deus fará por você o que fez por Josué. Ele falará claramente. Aja rapida-
mente em Suas palavras, e você será posicionado para que veja um milagre
de Deus. Ele irá entregar seus inimigos em suas mãos.
capítuío
Q uebrando M aldições
P ortas A bertas
Dr. Henry M alone, em seu excelente livro Shadow Boxing, nos indica
cinco portas abertas que permitem que forças negativas operem em nossa
vida.1
Desobediência
A desobediência consciente nos leva ao cativeiro do inimigo.
Não sabeis vós que a quem vos apresentardes como servos para obe-
decer-lhe, servos sois daquele a quem obedeceis, seja do pecado
para a morte, ou da obediência para a justiça?
-R om anos 6:16
Falta de Perdão
A falta de perdão é a segunda porta que permite que o inimigo trabalhe
em nossa vida. Para aproveitar os benefícios do reino dos céus agora, é pre-
ciso perdoar aqueles que nos magoam. Jesus nos ensinou diversas vezes
sobre o perdão.
Trauma emocional
Outra ferram enta usada pelo inimigo é o trauma emocional, que pode ser
resultado de acidentes, abuso, divórcio, crim e, traição e palavras erradas.
Precisamos ser curados de coisas como medo, falta de perdão, traumas, re-
presália e autopiedade.
Eu, porém, vos digo: Não jureis de modo algum; nem pelo céu, por-
que é o trono de Deus. Nem pela terra, porque é o escabelo de seus
pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei. Nem jura-
rás pela tua cabeça, porque não podes tornar um cabelo branco ou
preto. Mas seja o vosso falar: “Sim”, “sim ”; “não”, “não”; porque
o que passa disto vem do maligno.
-M ateus 5:34-37
As pessoas irão jurar que elas nunca terão determinada atitude. Satanás
ouve isso, e então elas serão persuadidas a tomar determinada atitude, e se-
rão vitimadas por isso. A maioria dos abusadores sofreu abuso - e a maioria
jurou nunca fazer aos outros o que fizeram a eles. As palavras de julgamen-
to contra o próximo também abrem portas para que o inimigo libere o mes-
mo problem a em nossa vida.
Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com
que julgardes sereis julgados; e com a medida que medirdes vós se-
reis medidos.
-M ateu s 7:1-2
Eclesiastes 5:5 nos diz: “M elhor é que tu não prom etas, do que promete-
res e não pagar” . Cuidado com as palavras “Eu nunca vou” ou “eu sempre
vou” . Satanás age até que essas palavras sejam invertidas.
Maldições
Todos os itens acima podem incluir maldições - a quinta porta aberta que
permite a atuação das forças espirituais das trevas. Uma m aldição é uma
corda do mal esticada e amarrada a você numa extrem idade, e na outra a
“sabe-se lá o que” do passado. Você pode estar vivendo sob uma m aldição
se algo parece estar constantemente lhe impedindo ou criando conflitos em
certa área da sua vida.
As maldições, que podem também ser chamadas de hábitos, afetam famí-
lias, igrejas, círculos sociais, cidades e a natureza. Elas podem ser passadas
para outros membros da família se não forem quebradas e operam no reino
invisível, além de poderem ser passadas por palavras ou objetos.
Para saber se você está lidando com uma maldição, existem muitas coi-
sas que podem ser percebidas no reino físico que irão indicar uma maldição
ativa no mundo espiritual.
Uma vez confirmado que você está lidando com uma maldição, o próxi-
mo passo para reverter isso é expor. “Como o pássaro ao vaguear, como a
andorinha ao voar, assim a maldição sem motivo não virá” (Pv 26:2).
C a u sa s e E feitos d a s M a l d iç õ e s
As maldições são sempre causadas por algo ou alguém no passado ou no
presente. Existem certos pecados que constantemente causam as maldições
- como a rebelião e a desobediência.
Maldito seja aquele que se deitar com a esposa de seu pai; porque
descobriu a nudez de seu pai; e todo o povo dirá: Amém. Maldito
seja aquele que se deitar com qualquer tipo de animal; e todo o povo
dirá: Amém. Maldito seja aquele que se deitar com sua irmã, a filha
de seu pai, ou a filha de sua mãe; e todo o povo dirá: Amém. Maldito
seja aquele que se deitar com sua sogra; e todo o povo dirá: Amém
- D euteronômio 27:20-23
Palavras ditas por aqueles que estão sob autoridade afetiva podem resultar
em maldições. Quando você diz alguma coisa quando está com raiva para
alguém que está sob sua autoridade, você amaldiçoa essa pessoa. Frases
simples e ditas rapidamente, como: “Você é estúpido” ou “Eu odeio você” ,
trazem efeitos tardios. Raquel, a esposa de Jacó, morreu jovem por causa
274 ENTENDENDO a BATALl IA ESPIRITUAL c a AÇÃO D O S D EM Ô NIOS
das palavras do seu marido: “Com quem encontrares os teus deuses, que
este não viva. Diante de nossos irmãos, discerne o que é teu com igo, e to-
ma -0 a ti. Porque Jacó não sabia que Raquel os tinha furtado” (Gn 31:32).
A mentira, a fofoca, e religião professada sem propósito atraem o mal.
Aquele que desvia o seu ouvido de ouvir a lei, até a sua oração será
abominação.
- P rovérbios 28:9
L iv r a n d o - se d a M a l d iç ã o
Uma vez identificada e revelada, o próximo passo é expulsar a maldição.
Um elemento essencial para se livrar de uma m aldição é saber que você
está salvo! Os demônios consideram seu corpo a habitação deles até que
você seja salvo.
Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se por nós uma mal-
dição, porque está escrito: Maldito é todo aquele que for pendurado
em uma árvore.
-G álatas 3:13
Para concluir, renuncie todo espírito que tem oprimido sua vida, receba a
libertação e louve a Deus. Confesse Salmos 34 em oração:
C onstruindo C ercas de
P roteção E spiritual
A Bíblia nos revela pelo menos duas vezes ou duas razões para Deus per-
m itir que as cercas caiam. Às vezes, Ele irá retirar a cerca em julgamento.
Deus canta para Isaías no capítulo 5 e basicamente diz: “Porque dei Meu
Amado como uma videira, e limpei as pedras e plantei Meu povo na Minha
vinha. Eu removi tudo” . Então Deus diz: “Eu coloquei um cercado ao seu
redor para protegê-lo. Mas quando vim colher os frutos, em vez de belos e
doces cachos de boas uvas, as frutas cheiravam mal. Elas eram silvestres e
278 ENTENDENDO a BATALHA ESPIRITUAL e a AÇÃO D O S DEM Ô NIO S
sem valor” . Deus disse a Isaías que devido à desobediência deles, Ele trou-
xe julgamento e removeu a cerca, deixando que a destruição viesse sobre
a nação.
Quando Deus remove a cerca de uma nação, de uma igreja, de uma famí-
lia ou de uma pessoa, problemas sérios aparecem!
Deus pode tam bém tirar a cerca para provar que Satanás é um m enti-
roso. No prim eiro capítulo de Jó, o diabo aparece. E Deus fala para ele:
“Tu consideraste o meu servo Jó, que não há ninguém como ele na terra,
homem perfeito e íntegro, que teme a Deus e se afasta do m al?” (Jó 1:8).
E o diabo respondeu: “Bem, como não poderia ser - Tu tens o cercado.
Se retirares a cerca e se me deixares entrar, ele irá amaldiçoá-Lo diante da
Tua face” .
Deus disse: “Não acredito que Ele Me ame apenas pelo que tenho feito a
ele. Acredito que ele Me ame de todo coração” . Portanto, para provar que
Satanás estava errado e para provar a fé de Jó, Deus permitiu que Satanás
afligisse Jó por um tempo. Ao vermos Jó do outro lado da cerca rem ovida,
sua fortuna se foi, sua família se foi, sua saúde se foi e sua mulher o enco-
raja a amaldiçoar a Deus e morrer. Mas ainda assim Jó diz: “Ainda que Ele
me mate, contudo eu confiarei nele” (Jó 13:15).
Jó passou naquele difícil teste de fé e viveu para ver tudo ser restituído em
dobro. Essa parte da história normalmente não é discutida o suficiente - en-
fatizamos tanto o seu sofrimento que nos esquecemos de que Deus recom-
pensou sua fé abundantemente, muito além do que tinha sido tirado dele.
Jó foi um dos quatro prováveis homens da Bíblia de quem Deus confiaria
remover a cerca. José foi outro em quem Deus confiou o bastante ao ponto
de retirar o cercado. Ele permitiu que José suportasse a escravidão, a ten-
tação, a prisão e a rejeição para a Sua glória. Paulo tam bém teve a cerca
retirada. M ilhares foram curados através do seu m inistério, mas estúdio-
sos acreditam que seus olhos eram seu “espinho na carne” , um a enfermi-
dade que continuaria a afligi-lo se ele se exaltasse demais (Veja 2 Coríntios
12:7). Deus tam bém confiou em Jesus e retirou a cerca para que Ele pu-
desse morrer na cruz, sacrificando a Si mesmo em favor dos nossos peca-
dos e falhas.
C o n s t r u in d o C ercas d e P roteção E s p ir it u a l 279
P recisando de P roteção ?
Verdadeiramente, muitos de nós que temos a proteção de uma cerca que-
brada ou a ausência desta, não enfrentamos a vida por nossos próprios mé-
ritos ou por termos sido escolhidos por Deus para um teste especial. Muitas
lacunas em nossas cercas protetoras acontecem porque fazemos escolhas
que nos deixam vulneráveis aos ataques do inimigo. E por causa dessas es-
colhas nos sentimos tristes, nos magoamos, aborrecemos, brigamos, fracas-
samos e caminhamos em meio à dificuldade.
A boa notícia é que podemos permitir que Deus construa uma cerca refor-
çada ao nosso redor e ao de nossa família, que o diabo não pode ultrapassar.
A cerca de louvor
Lemos em Jó: “E seus filhos iam e festejavam em suas casas, cada um no
seu dia; e mandavam chamar as suas três irmãs para comerem e beberem
com eles. E assim era que, quando os dias de seus banquetes terminavam,
enviava Jó, e os santificava, e se levantava de madrugada, e oferecia ofertas
queim adas de acordo com o número de todos eles; porque Jó dizia: ‘Pode
ser que meus filhos tenham pecado e amaldiçoado a Deus em seus cora-
ções’. Assim fazia Jó continuam ente” (Jó 1:4-5).
Vejamos que no versículo 10 Satanás perguntou a Deus: “Tu não fizeste
um a cerca sobre ele, e sobre a sua casa, e sobre tudo que ele tem por todos
os lados?” . Como você acha que esta cerca foi colocada ao redor dos filhos
de Jó? Deus viu a seriedade da fé de Jó. Jó não pegava logo no sono, ron-
cando às oito horas da manhã - ele estava de pé às 4:30, intercedendo pela
sua fam ília.
Podemos imaginar as suas orações. Talvez ele dissesse: “Eu não sei o que
meus filhos e filhas fizeram hoje, mas Senhor, aqui estou com uma ofer-
ta, um memorial para Ti. Deus, por favor, coloque uma cerca ao redor dos
meus filhos!” .
M uitos pais ficam perdidos quando seus filhos vão para a faculdade ou se
mudam. É fácil cair em profunda preocupação e medo sobre o que eles es-
tão fazendo a qualquer hora do dia ou da noite. Mas aqui temos um prático
280 ENTENDENDO a BATALHA ESPIRITUAL e a AÇÃO D O S DEM Ô NIO S
e possível meio de ajudá-los: pedir a Deus para colocar uma cerca ao redor
deles. Laçá-los com o Espírito Santo!
Anos atrás, como um jovem ministro aprendendo lições de Deus, eu es-
tava visitando Natchez, no Mississippi. Uma família me hospedou por uma
noite, e aquela mãe era uma amável santa de Deus. Aquela querida m ulher
tinha uma filha de catorze anos que era temente a Deus e um filho de vinte
um anos que não era fiel a Deus.
Por volta das 4:30 da m anhã, eu fui beber um copo de água quando
ouvi algo que parecia um gemido de um animal ferido no quarto ao lado.
Preocupado, eu parei para ouvir e entendi apenas trechos da fala daque-
la santa mãe dizendo: “Oh Deus, por favor, salve-o Senhor. Se necessário
for, tire minha vida, Senhor, mas não perm ita que ele vá para o inferno.
Senhor, proteja-o essa noite. Eu não sei onde ele está, Senhor, mas por fa-
vor, proteja-o” .
Comovido, voltei para cama, mas não consegui dormir logo, fiquei pen-
sando no fardo daquela mãe.
Na manhã seguinte, sentado à mesa com a família para o café, gentilmen-
te eu disse: “Escutei você orando na noite passada” .
Ela rapidamente se desculpou: “Oh, me desculpe irmão Ron, eu não que-
ria perturbá-lo” .
E eu disse: “Não senhora, sua oração não me acordou, mas ela certamen-
te perturbou o meu espírito complacente” .
E ela respondeu: “Estou orando há sete anos para que meu filho saia das
drogas e do álcool e volte para casa” .
Penso nessa história e imagino quantas vezes oramos por cinco minutos
por algo que precisamos ou que nos preocupa, e quando a resposta não vem
jogamos a toalha e não persistimos na nossa intercessão. Mas essa mãe era
como Jó. Ela disse: “Eu não desisti” . E sua fé foi recompensada - na noite
seguinte seu filho entrou numa igreja e entregou seu coração para Cristo!
Você pode construir uma cerca que levará sua família de volta para Deus
por meio da oração. Você pode construir um cercado ao redor do seu ne-
gócio. Se você começar a orar com sinceridade, você verá uma trem enda
diferença. Se você não entende por que os lucros estão caindo ou por que
os negócios não estão sendo lucrativos, saiba que o diabo é um ladrão que
C o n s t r u in d o C ercas d e P roteção E s p ir it u a l 281
adora roubar o sucesso de nós. Fique firme na íe e ore pela proteção da cer-
ca do Senhor sobre você, afastando o diabo daquilo que é seu.
A cerca da unidade
As pessoas em união podem construir uma cerca. Você pode relembrar
a história de Abraão implorando a Deus para poupar Sodoma e Gomorra.
Abraão perguntou: “Você as pouparia se cinquenta pessoas ali fossem acha-
das justas?” E Deus respondeu: “Eu as pouparei pelas cinquenta pessoas” .
Abraão barganhou até chegar ao número de dez pessoas. É confortante sa-
ber que dez pessoas justas e de oração poupariam aquelas cidades perver-
sas (Veja Gênesis 19)!
Coisas surpreendentes aconteceriam se começássemos a orar seriamente
por questões governamentais que estão afetando famílias e igrejas hoje. E
se começássem os a orar em unidade? Se dez justos vivendo em pureza te-
riam poupado Sodoma, o que não podería fazer um grupo de cristãos inter-
cessores pela nossa nação hoje?
anjos acampados! Hebreus 1:14 diz: “Não são todos eles espíritos minis-
tradores, enviados para servir àqueles que serão herdeiros da salvação?” .
Essa verdade se tornou ainda mais preciosa para mim quando me tornei
pai de um adolescente! Quando seus filhos chegam à idade dos dezesseis
anos, e assumem a direção de um carro, parece que toda a sua vida de ora-
ção muda! Eu costumava brincar que eu teria que comprar parte de um ter-
reno de depósito de ferro velho só para guardar os carros que meus filhos
destruíssem! Mas aprendi que os olhos de Deus estão sempre sobre a minha
família; Ele nunca dorme. Ainda que você cochile, agradeça a Deus por es-
tar atento e porque os santos anjos estão posicionados ao redor da sua casa,
ao redor das suas posses, e ao redor dos seus filhos. Nenhuma distância é
grande demais, pois viajam à velocidade da luz.
O profeta Daniel orou certa vez durante três sem anas por um pedido.
Deus respondeu Daniel no prim eiro dia, mas Daniel não viu a evidência
da resposta até que um anjo chegasse. A criatura angelical se identificou
e então disse: “Eu deveria ter chegado mais cedo, mas tive que lutar con-
tra um demônio da Pérsia. Eu estava a caminho com sua resposta” (Leia
Daniel 10).
Muitas pessoas desistem muito rapidamente. Enquanto estamos orando,
os anjos estão agindo, e os dem ônios estão guerreando contra eles, mas
Deus está a caminho com a resposta. Os anjos podem estar trazendo o fi-
lho desobediente de volta para sua casa agora, protegendo-o por todo o
caminho.
A cerca do avivamento
O avivamento constrói uma cerca. Salmos 80:14 diz: “Retom a, nós te im-
pioramos, ó Deus dos Exércitos; olha para baixo do céu, contem pla e visi-
ta esta videira” . Novamente, no versículo 18 está o apelo: “Assim nós não
voltaremos de ti, vivifica-nos, e nos chamaremos pelo teu nom e” . Quando
vem o avivamento, um cercado é colocado ao redor de tudo o que aconte-
ce em sua casa.
Visualize novam ente a imagem da vinha. Os que cultivavam uvas no
tempo da Bíblia valorizavam e protegiam suas plantações a todo custo. A
proteção ao redor dos brotos preciosos era de multicamadas. Prim eiro eles
C o n s t r u in d o C ercas d e P roteção E s p ir it u a l 283
mas ele não pode penetrar a poderosa cerca de Deus. Nossos filhos estão
seguros na área cercada.
É hora de nos apropriarm os de toda a proteção dada por Deus. Apenas
façamos esta oração:
Como m anter uma vida abençoada? Siga estes oito simples passos e des-
cubra como uma vida feliz é o antídoto para a depressão!
1. Faça algo.
Encontre algo para fazer. Comece a servir a Deus! João 13:17 diz: “Se
sabeis essas coisas, felizes são os que as praticam ” . Talvez possa ser uma
das mais simples tarefas, como por exem plo, auxiliar no berçário. Nessa
tarefa, você se sentirá feliz. Faça algo para Deus e a alegria irá alcançá-lo
pelo caminho.
4. Leia o Livro!
Tome-se um leitor da Bíblia. Provérbios 3:13 declara: “Feliz é o homem
que encontra sabedoria, e o homem que adquire entendimento” . A Palavra de
Deus não é o livro do mês, mas é o Livro de Todos os Tempos. Ela é o best-
-seller de Deus! Nela encontramos mais de 3.000 promessas e elas são todas
suas. Segunda Coríntios 1:20 nos diz: “Porque todas as promessas de Deus
nele são sim, e por ele o Amém, para a glória de Deus por nós” . Isso significa
que elas pertencem a nós. Somos felizes quando encontramos esse tesouro.
Quase todas as pessoas deprimidas que aconselhei tinham abandonado a vida
devocional e não estavam abastecendo suas vidas com as promessas de Deus.
Se não sabe por onde começar, comece pelo livro de Salmos.
triste, está errado! Romanos 14:22 diz: “Feliz é aquele que não se condena
a si mesmo nas coisas que aprova” . Eis o significado desse versículo: “Feliz
o homem que não caminha na condenação por causa das coisas que permite
entrar em sua vida” . Se você se sente culpado por isso, pare de fazê-lo, não
importa se os outros concordam ou não. Se existe algo em sua vida que não
deveria estar ali, remova-o. Livre-se do horóscopo. Lance fora qualquer ta-
lismã que você possa estar carregando no pescoço que honre ao diabo.
L ivre-se de todo tipo de m úsica que glorifique a carne e o inim igo.
Com ece a pôr sua vida em ordem. Comece a espalhar na sua vida coisas
que façam transbordar a alegria. Se você ainda tem dúvidas se algo é cor-
reto ou não, pergunte a si mesmo: “Posso fazer isso sem ofender o meu
próxim o? Consigo m anter o meu testemunho diante dos perdidos? Posso
continuar fazendo isso e não viver sob condenação?” .
Introdução
1. Ted Row lands e M ichael Cary, “Arm y H onors D ead, Searches for
M otive in Fort Hood Shootings” , C N N .com , 7 de N ovem bro de 2009,
http://www.cnn .com/2009/CRIM E/l 1/06/texas .fort.hood .shootings/index.
html (acesso em 28 de abril de 2010).
2. Aaron Cooper, Ted Rowlands, Barbara Star e Brian Todd, “Fort Hood
Suspect Charged W ith M urder” , C N N .com , 12 de N ovem bro de 2009,
http://w w w .cnn.com /2009/C RIM E/11/12/fort.hood.investigation/index.
html (acesso em 28 de abril de 2010).
Capítulo 2
Tomando Posse da Vitória
1. Oscar Cullman, Christ and Time (n.p.m.p., 1964),84.
2. James S. Stewart, A Faith to Proclaim (London: Hodder e Stoughton,
1962), 102-103.
Capitul03
Equívocos sobre a Batalha Espiritual
1. NotableBiographies.com , “Joy Adam son,” http://notablebiographies.
com/A-An/Adamson-Joy.html (acesso em 1 de junho de 2010).
Capítulo 4
Treinando para Reinar
1. Eu ouvi o Senador Denton afirmar isso em uma reunião que participei.
2. De a co rd o com a c ita çã o em “Top Ten Arm ies o f the World ” ,
StrategyPage.com, http://www.strategypage.com/militaryforums/30-2212/
page23.aspx (acesso em 29 de abril de 2010).
N otas 289
Capítulo 5
Batalha Além das Estrelas
1. Sun T zu, The A rt o f War, trans. Lionel G iles, Project G utenberg,
http://www.gutenberg.org/files/17405/17405-h.htm (acesso em 29 de abril
de 2010).
2. Joseph D elG rippo, “C ow boys-49ers: B reaking Down the Best 12
Games in NFL’s Best Rivalry” , BleacherReport.com, http://bleacherreport.
com/articles/243827-the-dozen-best-games-in-the-nfls-best-rivalry-dallas-
-and-san-francisco (acesso em 29 de abril de 2010).
Capítulo 6
A Guerra Contínua no Eden
1. Livro de Jasher 16:11, http://w w w .ccel.0rg/a/anonym ous/jasher/16.
htm ; 2 4 :1 7 , h ttp ://w w w .c c el.o rg /a /an o n y m o u s/ja sh e r/2 4 .h tm ;2 8 :1 8 ,
http://w w w .ccel.0rg/a/anonym ous/jasher/28.htm (acesso em 29 de abril
de 2010).
Capítulo 10
Os Sete Demônios que Atacam a Igreja
1. Publius Cornelius Tacitus, Annals 14.27, trans. Alfred John Church
e W illiam Jackson Brodribb, http://m cadam s,posc.mu.edu/txt/ah/tacitus/
TacitusA nnalsl4.htm l (acesso em 3 de maio de 2010).
2. De acordo com a citação no serm ão “Revival Recovers A ll” do Dr.
Harold L. W hite, http://www.angelfire.com /az3/hlwl932/lsam 3011revre-
covers .html (acesso em 3 de maio de 2010).
3. Lambeth and the Vatican: or, Anecdotes o f the Church o f Rome, o f the
Reformed Churches, and o f Sects and Sectaries, vol.3 (London: Oxford
University, 1825), 149.
Capítulo 13
Desmascarando o Inimigo
1. W illiam F. Arndt e F. W ilber Gingrich, A Greek-English Lexicon o f the
New Testament (Chicago: University of Chicago Press, 1979).
290 ENTENDENDO a BATALHA ESPIRITUAL e a AÇÃO D O S DEM Ô NIO S
Capítulo 17
A Estratégia da Depressão
1.B ruce L ev in e, Commonsense Rebellion: D ebunking Psychiatry,
Confronting Society (n.p.: Continuum International Publishing G roup,
2001), citado em Christopher Kem p, “Respectable Drugs and the M ental
Health Craze,” CityBeAtcom, 9 de Agosto de 2001, http://www.citybeAt-
com /cincinnati/article-6075-respectable-drugs-and-the-m ental-health-
craze.html (acesso em 4 de maio de 2010).
Capítulo 19
A Estratégia do Erro
1. Neil T. Anderson, The Bondage Breaker (Eugene, OR: Harvest House,
2000), 23.
2. De acordo com citação em Percy W illiam s, “The C hristian Fam ily
Series: The R ole o f the C hurch in C reating and M ain tain ig S trong
F am ilies” . The Vision Speaks, vol. 48, Edição 1, Prim avera de 2004,
http://w w w .thechurchofgodntj.org/strongfam ilies.htm l (acesso em 4 de
maio de 2010).
Capítulo 20
A Estratégia da Perversão
1. Associated Press, “Am anda Knox Judges: M urder Was Im pulsive” ,
C B S N e w s.c o m . 4 de m arço de 2 0 1 0 , h ttp ://w w w ,c b s n e w s .c o m /
stories/2010/03/04/world/main6266494.shtml?source=related_story&tag=
related (acesso em 4 de maio de 2010).
2. C B S/A ssociated Press, “A m anda Knox Found G uilty o f M urder” ,
C B SN ew s.com . 4 de dezem bro de 2 009, http ://w w w ,cb sn ew s.co m /
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N otas 291
3. C hild W elfare Inform ation G atew ay, “W hat Is C hild A buse and
Neglect?” ChildWelfare.gov, http://www.childvvelfare.gov/pubs/factsheets/
whatiscan.cfm (acesso em 21 de abril de 2010).
4. Lord Byron, “On My Thirty-sixth Year,” Bartleby.com. http://ww w.
bartleby.com/100/368.187.html (acesso em 1 de junho de 2010).
5 . F o to s da C a m p a n h a N O H 8 : C in d y M c C a in , h ttp ://w w w .
noh8cam pain.com /photo-gallery/fam iliar-faces/photo/5722 (acesso em 4
de maio de 2010).
Capítulo 21
A Estratégia da Confusão
1. M atthew George Easton, Easton’s Illustrated Bible Dictionary (New
York: T. Nelson and Sons, 1894), s.v. “Leviathan” , 420.
2. PCStudy Bible, Bíblia online, Brown-Driver-Briggs Hebrew Lexicon,
copyright © 1993, W oodside B ible F e llo w sh ip , O n ta rio , C anada;
Licenciado por Institute of Creation Research; usado com permissão; s.v.
“Leviathan.”
Capítulo 22
A Estratégia do Veneno
1. Fullerton.edu, “The French Revolution” , http://faculty.fullerton.edu/
nfitch/historyllOb/rev.htm l (acesso e m 4 de maio de 2010).
Capítulo 23
A Estratégia da Morte
1. ProjectAvalon.net, “Soviet Policy and the Ukranian Genocide of 1932-
33” , http://projectavalon.net/forum /showthread.php?t=8690 (acesso em 5
de maio de 2010).
Capítulo 27
A Vitória no Calvário
1. John Bunyan, O Peregrino - Parte 1 (Rio de Janeiro: BV Films Editora,
2009), p. 165.
2. Stewart, A Faith to Proclaim, 95-97.
292 ENTENDENDO a BATALHA ESPIRITUAL « a AÇÃO D O S DEM Ô NIO S
Capítulo 28
Alicerces para a Vitória
1. Stewart, A Faith to Proclaim.
2. Ibid.
3. Gustav Aulen, Christus Victor: An Historical Study o f The three Main
Types o f the Idea o f the Atonement (n.p.: Society for Promoting Christian
Knowledge, 1945).
4. P. T. Forsyth, “The Fatherhood of Death” , em Missions in State - and
Church (New York: A. C. Armstrong and Son, 1908), http://ww w.archive.
org/stream/missionsinstatecOOfors/missionsinstateOOfors_djvu.txt (acesso
em 5 de maio de 2010).
5. John Calvin, Calvin’s Bible Commentaries: Philippians, Colossians,
and Thessalonians, Prim eira Edição em 1847 (n.p.: Forgotten B ooks,
2007), 161.
6. Cullman, Christ and Time, 198.
Capítulo 30
O Posicionamento do Cristão Diante da Vitória
1. C. S. L ew is Society o f C a lifó rn ia , “C itaçõ es de C. S. L e w is” ,
http://www.lewissociety.org/quotes.php (acesso em 5 de maio de 2010).
Capítulo 31
Armando-se para a Vitória
1. “Stand up for Jesus” de George Duffield Jr Domínio Público.
2. “Wonderful Peace” de Warren D. Cornell. Domínio Público.
3. N o ta b le B io g ra p h ie s .c o m , “ C h a rle s de G a u lle ” , h ttp ://w w w .
notablebiographies.com /De-D u/de-Gaulle-Charles.htm l (acesso em 6 de
maio de 2010).
4. “O Worship the King” de Robert Grant. Domínio Público.
5. George Bernard Shaw, Too Good To Be True: A Political Extravaganza
(n.p.: Samuel French, Inc., 1933,1934,1960,1961), 99.
6. “How Firm a Foundation” de John Rippon. Domínio Público.
N otas 293
Capítulo 36
Amando o Próximo Incondicionalmente
1. “O Am or de Deus” de Frederick M. Lehman. Domínio Público.
2. “At Calvary” de W illiam R. Newell. Domínio Público.
Capítulo 38
Quebrando Maldições
1. Henry M alone, Shadow Boxing (n.p.: Vision Life Publications, 2004).
Capítulo 39
Construindo Cercas de Proteção Espiritual
1. G. A. Studdert Kennedy, “Indifference,” em The Unutterable Beauty
(London: H odder and S toughton, 1927), 24; http://w w w .m un.ca/rels/
restmov/texts/dasc/TUB .HTM (acesso em 7 de M aio de 2010).
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