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CELEBRAÇÃO – MULHER COMPROMETIDA

“Aonde você for eu também irei. Onde você viver eu também viverei. Seu povo
será o meu povo, seu Deus será o meu Deus” (Rute 1,14-15).

Canto: /Senhor quando nós te acolhemos trazes contigo nossos irmãos.


Senhor quando nós te acolhemos trazes contigo nossas irmãs/
Animadora: Em nome do Pai, mãe Filho, Espírito Santificador...
Todas: Senhor, mais um dia de minha vida está se abrindo. É como se
as cortinas se abrissem novamente para a aventura de tantas horas de minha
existência. Sei que tu me conheces e me perscrutas e que tua Luz está na
trajetória de meu dia. Espero poder hoje dar algumas “fugidas” e retirar-me
para no meu interior dizer-te umas poucas palavras de entrega e de amor.
Leitora: Nós conhecemos as histórias bíblicas e o Senhor nos fala nas
Escrituras sobre o nascimento de muitas nações. Por exemplo, o nascimento
da nação de Israel. Foi um nascimento tão bonito; Deus chamou um homem
chamado Abrão, tirou Abrão de Hour dos caldeus, lá da Mesopotâmia, lá da
região do Iraque, e disse pra ele:
Todas: “Sai da tua terra, da tua parentela e vai para terra que Eu te
mostrarei”.
Leitora: O próprio Deus, guiando Abraão, o levou até a região de
Canaã, onde ele estabeleceu ali a sua casa, em Hebron, junto com sua esposa
Sara. Ali estavam para fazer a vontade de Deus, mas Deus disse que ele teria
uma descendência próspera e grande, que ele seria pai de muitas nações.
Leitora: Da linhagem de Abraão, Isaac e Jacó, e de Jacó da tribo de
Judá, viria o Salvador do mundo. Deus haveria de fazer com que viesse o
Salvador através da família de Jacó de Israel de Judá.
Leitora: E então a história se desenvolve, mas, paralelo a Israel, nós
temos outras nações de descendentes de Abraão até chegar a Moabe nação
de Rute.
Leitora: O que significa Rute? Rute significa amizade, e vamos ver que,
realmente, na história de Rute vamos ver uma amizade profunda, com sua
sogra, com as pessoas. Mulher de um coração muito especial, apesar de ter
nascido em uma nação pagã e idólatra. Rute 1.16-18, diz assim:
Todas: “Não insista para que eu te deixe e me obrigue a não seguir-te;
porque, aonde quer que vá, irei eu e, onde quer que repouse, ali repousarei eu;
o teu povo é meu povo, o teu Deus é o meu Deus. Onde quer que morra,
morrerei eu e aí serei sepultada; faça-me o Senhor o que bem lhe aprouver, se
outra coisa que não seja a morte me separar de ti”.

1
Leitora: Vendo, pois, Noemi que Rute estava resolvida a acompanhá-la,
deixou de insistir com ela.
Canto: Dá as mãos e construir, passo a passo a caminhar, o que queres
tu de mim, eis aqui ó meu Senhor.
Leitora: Noemi era uma mulher de Israel, da cidade de Belém. Ela com
seu marido Elimeleque e seus dois filhos Maalon e Quelion, se mudaram para
Moabe. É muito fácil ir para Moabe, é só atravessar o rio Jordão; do lado de cá
do Jordão está Israel, atravessou o Jordão, do outro lado, Moabe.
Leitora: Houve fome em Belém e a família de Elimeleque e Noemi foram
então para Moabe. Em Moabe havia emprego, havia trabalho. Os dois rapazes
se casaram.
Leitora: Mas vieram a falecer os três homens da casa: Elimeleque,
Maalon e Quelion. As noras de Noemi agora estavam viúvas. As três viúvas,
Noemi resolve voltar para Belém. Ela sabe que a crise passou, já tem pão em
Belém... Ela resolve voltar.
Leitora: A sua nora Orfa diz: “Não, eu vou ficar com os meus parentes”.
E voltou para os seus, para sua cultura. Mas Rute, que se apegou a sua sogra,
disse:
Todas: “Não insista para eu te deixar! O teu povo é o meu povo, o teu
Deus é o meu Deus. Eu vou te seguir, eu quero estar com você até a morte!
Onde você morrer e for sepultada, eu estarei ali com você e ali serei sepultada
também. Não adianta você me mandar embora; o teu povo é o meu povo... o
teu Deus é o meu Deus”.
Leitora: Nós vemos que Rute, na convivência com a sua sogra, na
convivência com o seu marido, se converteu; ela se converteu ao Deus de
Israel, ela creu no Deus de Israel, ela o recebeu como o seu senhor, ela o
recebeu como o seu Deus, e agora, ela vai fazer esta longa viagem com
Noemi. A viagem é perigosa, mas elas vão juntas.
Canto: Vamos rever os nossos passos e, assim buscar um novo jeito de
viver, juntar as mãos abrir caminhos, romper a trama que quer nos deter.
Leitora: Rute capítulo 2 versículo 2-17: Rute, a moabita, disse a Noemi:
“Deixa-me ir ao campo, e apanharei espigas atrás daquele que me favorecer”.
Ela lhe disse: “Vai, minha filha!”.
Leitora: Ela se foi, chegou ao campo e apanhava após os segadores;
por casualidade entrou na parte que pertencia a Boaz, o qual era da família de
Elimeleque. Eis que Boaz veio de Belém e disse aos segadores: “O Senhor
seja convosco!”. Responderam-lhe eles: “O Senhor te abençoe!”. Depois
perguntou Boaz ao servo encarregado dos segadores: “De quem é esta
Moça?”. Respondeu-lhe o servo:
Todas: “Esta é a moça moabita que veio com Noemi da terra de Moabe.
Disse-me ela: ‘Deixa-me rebuscar espigas e ajuntá-las entre as gazelas após
os segadores’. Assim, ela veio; desde pela manhã até agora está aqui, menos
um pouco do que esteve na cabana”.

2
Leitora: Então, disse Boaz a Rute: “Ouve, filha minha, não vás colher
em outro campo, nem tampouco passes daqui; porém aqui ficarás com as
minhas servas. Estarás atenta ao campo que segarem e irá após elas. Não dei
ordem aos servos que não te toquem? Quando tiveres sede, vai às vasilhas e
bebe do que os servos tiraram”.
Canto: “Deus escutou nosso clamor e vem e vem e vem ser nossa força
e luz nos dá as mãos, as mãos, as mãos, o seu olhar não se distrai jamais, o
próprio Filho seu é nosso pão, é nosso pão, é nosso pão”.
Leitora: Rute volta com Noemi pra Belém; a Noemi tinha saído rica,
cheia de, quem sabe, com jumentos, com uma carga preciosa, com dinheiro,
com roupas, com seus bens... Saiu bem, feliz, com seu marido, com seus
filhos, e agora ela volta; volta pobre, volta viúva, volta triste, volta com o
coração despedaçado, achando que Deus trouxe sobre ela todo este mal. E
Noemi, quando chega a Belém, as mulheres começam a dizer:
Todas: “Ah, a Noemi chegou!”, e o nome dela quer dizer ditosa, feliz... E
ela diz: “Não me chamem de Noemi! Chamem-me de Mara, porque eu estou
amarga.” (Mara significa amargo.) “O que a mão do Todo Poderoso pesou
sobre mim? Não me chamem de feliz, não sou Feliz! Não estou bem”. Mas ela
trouxe consigo uma grande riqueza, um grande legado de Moabe, de sua
viagem à Moabe; ela trouxe Rute. Rute, que se apegou a ela e lhe dava todo o
carinho e toda a assistência.
Leitora: Então Rute diz pra sua sogra: “Olha, nós estamos viúvas,
somos viúvas. E eu sei que na cultura judaica, na cultura de Israel, na sega,
durante a colheita, eles deixam ficar pra trás os ramos de trigo e eu vou buscar
pra nós. Nós não podemos passar fome aqui; nós não temos dinheiro pra
comprar comida; eu vou trabalhar. Você já está mais velha, você fica em casa
e eu vou trabalhar. Eu ainda estou nova, forte, eu posso trabalhar no sol e vou
junto lá; vou colher o que for deixado para trás”.
Leitora: E ela foi. E diz a Bíblia, que por “casualidade” – casualidade
entre aspas por quê? Porque era Deus que estava guiando Rute. Muitas vezes,
nós temos experiências e pensamos que foi uma “casualidade”, por acaso, mas
não há acasos nas histórias do Senhor. Não há acasos quando você confia em
Deus.
Canto: “Quando a Bíblia e a vida se encontram o povo começa andar
em rumos de liberdade, que fazem a história mudar”.
Leitora: Rute confiava no Deus de Israel, Rute cria no Deus de Israel,
Rute era convertida ao Senhor, Rute era uma mulher que orava, Rute era uma
mulher que amava Deus, e deixou pra trás a sua família, deixou seus deuses,
deixou a sua casa, deixou seu conforto, deixou aquele mundo de trevas,
pagão, e abraçou a Luz, a glória do Deus de Israel. Ela sabia que Deus
cuidaria dela; ela orava, ela buscava o Senhor... Então, por “casualidade”, ou
seja, por providência de Deus, ela vai colher espigas como viúva no campo de
um homem chamado Boaz.

3
Leitora: E Boaz era parente de Elimeleque. Boaz, quando chega ao
campo, vai ver o trabalho dos seus servos e ele viu aquela moça. “Que moça
bonita, que moça diferente. Ela não é dos servos, das famílias que estão
acostumados a vir aqui em nossas terras”. E ele pergunta: “Quem é aquela
moça”?
Todas: “Ah! Aquela é Rute, a moabita. Aquela é nora de Noemi. Ela tem
cuidado de Noemi e como viúva ela vem rebuscar aqui a nossa colheita, para
levar alguma coisa para sua casa, pra levar pra sua sogra”.
Leitora: E ele disse: “Olha, ninguém encoste a mão nela. Cuidem dela
direitinho”. Ele chega até Rute e diz: “Minha filha, aqui, nesse campo, você
pode colher a vontade. Não vai pra outro campo; fique aqui. Até que a colheita
termine, até que a sega termine. Quando você tiver fome, o mesmo que meus
servos comerem você pode comer; quando você tiver sede, vai às vasilhas de
água, o mesmo que os servos tiverem direito de beber, você também. Eu já
falei com todo mundo; com todos os meus servos que ninguém encoste a mão
em você, aqui você está segura; fique aqui neste campo”.
Canto: Entoai ação de graças e cantai um canto novo, aclamai a Deus
Javé, aclamai com amor e fé.
Leitora: Rute fica maravilhada com a palavra de Boaz, ela se sente
honrada e, então, ela, inclinando-se, rosto em terra, lhe disse: “Como é que me
favoreces e fazes caso de mim, sendo eu estrangeira?”.
Leitora: Respondeu Boaz e lhe disse: “Bem me contaram tudo quanto
fizeste a tua sogra, depois da morte de teu marido, e como deixaste a teu pai, e
tua mãe, e a terra onde nasceste e vieste para um povo que dantes não
conhecias. O Senhor retribua o teu feito, e seja cumprida a tua recompensa do
Senhor, Deus de Israel, sob cujas asas vieram buscar refúgio”.
Todas: Disse ela: “Tu me favoreces muito, senhor meu, pois me
consolaste e falaste ao coração de tua serva, nem sendo eu ainda como uma
das tuas servas”. À hora de comer, Boaz lhe disse: “Achega-te para aqui, e
come do pão, e molha no vinho o teu bocado”. Ela se sentou ao lado dos
segadores, e ele lhe deu grãos tostados de cereais; Ela comeu e se fartou, e
ainda lhe sobejou. Levantando-se ela para rebuscar, Boaz deu ordem aos seus
servos, dizendo: “Até entre as gazelas deixai-a colher e não a censureis. Tirai
também dos molhos algumas espigas, e deixai-as, para que as apanhe, e não
a repreendais”. Esteve ela apanhando naquele campo até à tarde; debulhou o
que apanhara, e foram quase vinte dois litros de grãos de cevada.
Todas: “Senhor que teu olhar acompanhe o meu trabalho, ilumine
nossas preocupações, provoque em nós gestos de entrega confiante em tuas
mãos”. Olha Senhor para os pequenos da terra, que lutam que correm e não
têm nem mesmo o que comer.
Leitora: Aqui está Rute, experimentando algo novo, diferente. Aqui está
Rute, experimentando a hospitalidade, o carinho do país vizinho. O país que,
em tantas ocasiões, foi inimigo. Moabe e Israel lutaram em muitas guerras;
muitas guerras aconteceram entre estas duas nações. Rute então crê no

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Senhor. Ela vai fazer o seu trabalho. Rute não olha para as suas limitações, as
da sua sogra; as dificuldades... Mas ela vai ao campo, ela vai ao trabalho em
tempos de crise; o trabalho não falta.
Todas: Senhor eu te entrego a minha vida, Senhor eu te entrego o meu
trabalho, entrego as necessidades de minha família.
Leitora: Rute arregaça as mangas e diz: “Eu vou trabalhar! Eu vou
buscar o sustento, eu vou buscar o pão! Eu vou fazer aquilo que está ao meu
alcance!”. Ao alcance das viúvas o que era? Ir rebuscar. Rebuscar significa
apanhar o que sobrou; quando se sacudiam as oliveiras e então caíam as
azeitonas maduras, mas algumas ficavam, e aquelas que ficavam, ficariam
para os órfãos, para as viúvas e para os estrangeiros. Rute tinha três requisitos
para entrar no campo e rebuscar: ela era mulher, viúva e estrangeira.
Canto: “Escreve do jeito que bem entender escreve seu moço, porém
não se esqueça de acrescentar que eu também sei lutar que também sei amar
e meu nome é mulher”.
Leitora: Então Rute, quando Boaz lhe diz: “Fica aqui. Não vá para outro
campo; eu já dei ordens a teu respeito. Quando você tiver fome, come o pão,
come. O que é para os meus servos, também é para você. Quando você tiver
sede, vá às vasilhas, bebe a água, a minha água. Você é bem-vinda”. Rute
então diz para Boaz: “Quem sou eu? Quem sou eu para o senhor olhar pra
mim? O senhor é tão rico, o senhor é tão bom. Eu não sou nem como uma das
suas servas! Sou apenas uma estrangeira. Quem sou eu?”. Quem sou eu?
Leitora: Quantas vezes moabitas que atravessaram a fronteira eram
maltratadas em Israel? Assim como muitos israelitas eram maltratados em
Moabe, ou em Amon, ou em nações estrangeiras? Ela disse “Quem sou eu
para me tratares tão bem?”. Mas era Deus; era Deus levando Rute, e Rute
mostrando a sua humildade em trabalhar, em fazer aquilo que ela tinha de
fazer no tempo de crise.
Todas: O trabalho não é vergonha pra ninguém. Trabalhar não é
vergonhoso.
Leitora: Quantos brasileiros saem daqui, formados em curso superior,
vão para o estrangeiro, para a Europa, para os Estado Unidos, Austrália, e vão
ser faxineiros, vão trabalhar na construção. Não é vergonha trabalhar. E
quantos imigram para o nosso país em busca de mais vida.
Meditar em silêncio: Rute 3,1-5. 4,13.
Leitora: Não é maravilhoso o que Deus faz? Ele valorizou uma
estrangeira que creu nele. Você crê? Saiba que Deus tem um plano
maravilhoso para a sua vida.
Todas: Senhor, nós entregamos em Tuas mãos todas as crises de
nossa congregação; Entregamos a nossa velhice, nossas insatisfações, nossos
acertos e nossas fragilidades. Tu és Senhor, Tu és Maravilhoso e tudo o que
Tu fazes é Perfeito. Nós entregamos em Tuas mãos para aprendermos a amar,
Te servir, e Te adorar. Recebe-nos e usa-nos nos Teus planos maravilhosos,
hoje e sempre. Amém.

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Deus Pai, Mãe que a Tua bênção envolva todas as pessoas, entre em
cada lar com a Tua paz, entra em cada lar com a Tua cura, entra em cada lar
com a Tua libertação e o Teu poder; entra Senhor trazendo paz e o suprimento
que vem de Ti, em nome de Nosso Jesus Cristo. Amém.

Pela Fraternidade do Centro Vida e Paz


Ir. Maria Conceição A. Nascimento

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